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FACULDADE GUANAMBI

ENGENHARIA CIVIL

LUIS HENRIQUE DE CARVALHO SOARES


MAGDA REIJANE DA VEIGA MONTALVÃO
MARCOVANE PEREIRA MONTALVÂO

RELATORIO DA AULA PRATICA - DETERMINAÇÂO LIMITES DE ATTERBERG E


ENSIAO DE GRANULOMETRIA

Guanambi – BA
2018
LUIS HENRIQUE DE CARVALHO SOARES
MAGDA REIJANE DA VEIGA MONTALVÃO
MARCOVANE PEREIRA MONTALVÂO

RELATORIO DA AULA PRATICA - DETERMINAÇÂO LIMITES DE ATTERBERG E


ENSIAO DE GRANULOMETRIA

Relatório apresentado ao curso de


Engenharia Civil da Faculdade Guanambi,
como um dos pré-requisitos para avaliação
da disciplina Mecânica dos Solos I.

Professora: Naiara de Lima Silva.

Guanambi – BA
2018
1 INTRODUCAO

O presente trabalho tem como função ressaltar acerca de um ensaio de


laboratório. É importante destacar a importância deste para o meio educacional bem
como para a construção civil, pois a atuação correta de um ensaio eleva a qualidade
geral do produto, testemunhando a observância de parâmetros que induzem a
melhoria de propriedades destes, resultando na qualidade total dos recursos que
forem trabalhados em laboratórios. Destaca-se também que os custos dos ensaios
são considerados um tipo de investimento feito pela empresa, reduzindo muitas vezes
os riscos de patologias além de garantir a segurança de obras.
Dessa forma, realizou-se no dia 02/04/2018 no campus de engenharia civil da
UNIFG ensaios de solos de uma amostrada de 2KG coletadas nos perímetros do
campus para ensaio de granulometria, limite de liquidez e limite de plasticidade, onde
foi retirada 400g da amostra para o ensaio de liquidez e 400g para limite plasticidade
e o restante para o ensaio de granulometria. Com o intuito de conhecer o material
utilizado e analisa-lo este ensaio foi realizado auxiliando os educandos na teoria e
principalmente na pratica escolar.
METODOLOGIA

Materiais Utilizados

Para o ensaio de granulometria foi utilizado as diversas peneiras com diâmetros


diferentes com agitados e balança de precisão para medir a massa das amostras.

Figura 1: Peneiras utilizadas.

Para determinar os limites de Atterberg foi utilizado os seguintes materiais:

 Concha de porcelana para a homogeneização da amostra.


 Aparelho de Casagrande.
 Cinzel Padronizado.
 Capsulas.
 Balança.
 Placa de vidro para rolagem de amostra no ensaio de L.P.
 Estufa.

Procedimentos utilizados

Em princípio foi realizado o ensaio de granulometria através do peneiramento


da amostra de solo. O ensaio de peneiramento é feito agitando a amostra de solo
através de peneiras com furos de diâmetros decrescentes, a peneira de menor
diâmetro que deve ser utilizado é a peneira 200 de diâmetro de 0,075mm que separa
o solo grosso do fino. Após agitado a massa retida em cada peneira pode ser
contabilizado assim como a massa total e a massa no fundo.

Figura 2:Peneiras sendo agitadas no experimento. Fonte: Autor.

Assim que é contabilizado os valores retidos em cada peneira podemos calcular


a porcentagem passante e acumulada em cada peneira gerando o gráfico de
distribuição granulométrica.
Através do gráfico de distribuição granulométrica podemos obter alguns
parâmetros extremamente importantes como o diâmetro efetivo que é o diâmetro das
partículas correspondente a 10% passante no gráfico bastante utilizado para se
calcular a condutividade hidráulica do solo, coeficiente de uniformidade determinando
a uniformidade das partículas do solo e o coeficiente de curvatura.

Os dados obtidos de massa retida, acumulada e passante da equipe podem


ser visualizados na tabela 1 dos resultados.

Após o ensaio de granulometria foi realizado o ensaio de limites de Atterberg


que determina a coesão do solo, em primeiro o de limite de liquidez onde visa
determinar o teor de umidade que a solo passa do estado plástico para o estado
liquido; foi coletado uma porcentagem da amostra que passa na peneira 40 onde foi
adicionado uma certa quantidade de agua e homogeneíza essa amostra, essa mesma
amostra foi colocada na concha do aparelho de Casagrande e foi feito uma ranhura
com um cinzel padronizado na concha o aparelho de casa grande elevasse a amostra
a uma altura de 10mm e derruba com uma frequência de 2 rotações por segundo até
a ranhura se fechar.

O limite de liquidez é o teor de umidade que a ranhura se fecha com 25 golpes,


como isso é praticamente impossível de se obter na pratica foi realizado o experimento
4 vezes com grupos diferentes da turma cada turma foi encarregada de uma capsula.

Após a ranhura se fechar na concha foi coletada uma parte desta mesma
amostra e colocada em uma capsula onde foi medido em balança sua massa obtendo
assim a massa da capsula mais solo e mais agua. Após isso a amostra foi para estufa
onde permaneceu por 24 horas para secagem e depois pesada obtendo a massa da
capsula mais solo como esses resultados podemos determinar o teor de umidade do
solo que levou o fechamento da ranhura através da relação umidade igual a massa
da agua divido por massa do solo.

Obtendo os dados de umidade e golpes, com auxílio de programas


computacionais como Excel plotamos a curva de fluidez com linha de tendência, assim
podemos obter o LL olhando o gráfico onde tem 25 golpes ou com a equação da linha
de tendência também podemos obter. Este resultado foi calculado através da linha
tendência.
Figura 3: Imagem do experimento realizado, observa-se a ranhura na concha no aparelho de
Casagrande. Fonte: Autor.

No final a equipe foi responsável pela Capsula 11 com dados de massa da


capsula 6,4g e massa da capsula mais solo úmido 12,6g.

Em sequência foi realizado o ensaio de limite de plasticidade onde tem como


objetivo determinar o teor de umidade que o solo passa do estado semissólido para
plástico. Com a mesma amostra do ensaio anterior foi feito o de limite de plasticidade
que apenas foi adicionado um pouco mais de agua e amassado a amostra em uma
superfície lisa de vidro, após amassado foi tomado em torno de 10g da amostra e
executado o ensaio que consiste em rolar a amostra do solo até se obter um cilindro
com aproximadamente 10cm de comprimento e 3mm de diâmetro, caso a amostra se
quebre antes dos 3mm devesse adicionar mais agua e amassar a amostra por 3min,
caso chegue a 3mm de diâmetro e não se quebre devesse amassar de novo a amostra
e realizar o processo de novo.

O limite de liquidez é o teor de umidade que a amostra quebra exatamente com


3mm de diâmetro. Assim como ensaio de limite de liquidez devesse realizar pelo
menos 3 ensaios para maior precisão no nosso caso foram realizados 4 ensaios e
cada equipe encarregada de um ensaio e capsula. Em seguida se colocou a amostra
executada em capsula para determinação da massa da capsula mais solo úmido em
seguida levada a estufa por 24 horas para secagem e determinação da massa da
capsula mais solo seco. Com estes dados é possível se determinar os teores de
umidades com isso foi determinado o L.P fazendo a média dos teores de umidades
obtidos.

A equipe foi encarregada da capsula 7 com massa da capsula mais solo úmido
de 8,3g e massa da capsula de 6,2g.

Figura 4: Processo da amostra até atingir parâmetros exigidos. Fonte: Autor.


RESULTADOS

Granulometria
%
Peneira Abertura (mm) Massa Retida (g) Massa Acumulada (g) Massa Passante Passante
3/4'' 19,2 31,2 31,2 1095,57 97,2
1/2'' 13 135,9 167,1 959,67 85,17
3/8'' 9,6 122,6 289,7 837,07 74,289
4 4,75 343,3 633 493,77 43,822
10 2 143,9 776,9 349,87 31,051
40 0,425 58,2 835,1 291,67 25,885
200 0,075 289,5 1124,6 2,17 0,193
fundo 2,17 1126,77 0 0,0
toral 1126,77
Figura 5: TABELA 1

Granulometria
100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
0,01 0,1 1 10

Classificação de acordo com a Abnt.

Pedregulho = 68%

Areia = 31%
Silte = 0%

Argila = 0%

𝐷60 0,7
𝐶𝑢 = = = 4,6
𝐷10 0,15

2
𝐷30 1,82
𝐶𝑐 = = = 30,86
𝐷60 × 𝐷10 0,7 × 0,15

Limite de Liquidez

Nº da Cápsula 8 10 11 1
Cáp + S + A (g) 11,6 11,5 12,6 15,1
Cáp + Solo (g) 10,9 10,5 11,5 13,8
Cápsula (g) 6,3 6,2 6,4 7,7
N° de golpes 51 41 31 22
w 15,217 23,256 21,57 21,3
LL 22,298

Capsula 8

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑´á𝑔𝑢𝑎 (𝑐𝑎𝑝 + 𝑠𝑜𝑙𝑜 + 𝑎𝑔𝑢𝑎) − (𝐶𝑎𝑝 + 𝑆𝑜𝑙𝑜)


𝑤= × 100 = × 100
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 (𝑐𝑎𝑝 + 𝑠𝑜𝑙𝑜) − 𝑐𝑎𝑝
11,6 − 10,9
= × 100 = 15,2 %
10,9 − 6,3

Capsula 10

11,5 − 10,5
𝑤= × 100 = 23,2 %
10,5 − 6,2

Capsula 11

12,6 − 11,5
𝑤= × 100 = 21,5 %
11,5 − 6,4

Capsula 1
15,1 − 13,8
𝑤= × 100 = 21,3 %
13,8 − 7,7

Limite de liquidez
25

20
y = -0,1742x + 26,653
15

10

0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

𝐿𝐿 = −0,1742 × 25 + 26,653
𝐿𝐿 = 22,29%

Limite de Plasticidade
Nº da Cápsula 9 4 7 6
Cáp + S + A
9,1 8,1 8,3 8,1
(g)
Cáp + Solo (g) 8,7 7,9 7,9 7,9
Cápsula (g) 6,9 6,5 6,2 6,5
w 22,222 14,3 23,5 14,3
LP 18,581

Capsula 9

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑´á𝑔𝑢𝑎 (𝑐𝑎𝑝 + 𝑠𝑜𝑙𝑜 + 𝑎𝑔𝑢𝑎) − (𝐶𝑎𝑝 + 𝑆𝑜𝑙𝑜)


𝑤= × 100 = × 100
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 (𝑐𝑎𝑝 + 𝑠𝑜𝑙𝑜) − 𝑐𝑎𝑝
9,1 − 8,7
= × 100 = 22,2 %
8,7 − 6,9

Capsula 4

8,1 − 7,9
𝑤= × 100 = 14,3 %
7,9 − 6,6
Capsula 7

8,3 − 7,9
𝑤= × 100 = 23,5 %
7,9 − 6,2

Capsula 6

8,1 − 7,9
𝑤= × 100 = 14,3 %
7,9 − 6,5

22,2 + 14,3 + 23,5 + 14,3


𝐿𝑃 = = 18,58%
4

𝐼𝑃 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃 = 22,29 − 18,58 = 3,51%

CONCLUSÂO

Podemos concluir que o solo analisado tem um baixo teor de finos pois apenas
um pouco mais de 1% passa na peneira 200 tendo um solo predominante granular
com 31% de areia e 68% de pedregulho e tendo menos de um por cento passante na
peneira 200. Com um coeficiente de uniformidade de 4,6 o que indica um solo muito
uniforme sendo um solo com muito vazios, e coeficiente de curvatura de 30,86
indicando um solo mal graduado o que também pode ser visto no gráfico de disposição
de granulometria uma curva mal graduada.

Com os ensaios de Casagrande determinamos os limites de Atterberg


conseguimos primeiro os valores do limite de liquidez e depois do limite de
plasticidade. O L.L foi de 22,29% e de L.P de 18,58% com isto podemos calcular o
índice de plasticidade do solo que foi 3,51% o que indica um solo ligeiramente plástico.

Por fim podemos perceber a importância dos ensaios de limites de Atterberg


pois de acordo com a classificação granulométrica não se apresenta argila na amostra
mas com os ensaios de limite de liquidez e plasticidade podemos identificar que o solo
apresenta um pequeno comportamento plástico.
REFERÊNCIAS

DAS, BRAJA M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo, 2007.

PINTO, CARLOS DE SOUZA. Curso Básico de mecânica dos solos 3ª edição.


São Paulo, Oficina de texto, 2006.

CAPUTO, HOMERO PINTO. Mecânica dos solos e suas aplicações


fundamentos 6ª edição. Rio de Janeiro, LTC, 1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6502 Rochas e solos.


Rio de Janeiro, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6459 Determinação


do limite de liquidez. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 7180 Determinação


do limite de plasticidade. Rio de Janeiro, 1984.

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