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14/08/2017

SOBRETENSÕES E COORDENAÇÃO DE
ISOLAMENTO

Sandro de Castro Assis


Sete Lagoas – 2017

SOBRETENSÕES E COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO - 2017

A seleção da suportabilidade dielétrica dos


equipamentos em função das tensões que podem
ocorrer no sistema ao qual estes equipamentos
serão ligados, levando em conta as condições em
que serão operados e as características dos
dispositivos de proteção disponíveis é chamado de
COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO.

• Para isto necessitamos determinar as sobretensões


que podem ocorrer no SEE.

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• Tensão máxima de um equipamento é a máxima


tensão de linha eficaz que pode ser mantida em
condições normais de operação, em qualquer
instante.

• Tensão máxima do sistema é o valor máximo de


tensão de operação que ocorre sob condições
normais de operação em qualquer tempo e em
qualquer ponto

• O SEE sempre esteve sujeito à diversas causas de


fenômenos de transitórios, que provocam
sobretensões com forma de onda e amplitudes
variadas
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• Qualquer tensão entre fase e terra, ou entre fases,


cujo valor de crista excede o valor de crista deduzido
da tensão máxima do equipamento (Um.2/3 ou
Um.2, respectivamente).

• O estudo destas sobretensões tem ganhado


importância considerando o aumento do nível de
tensão de transmissão e a qualidade de energia
requerida pelos consumidores

• Podem ser causadas por eventos que ser originam


– Externos, ex descargas atmosféricas
– Internos, ex manobras de disjuntores, cc
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• São classificadas de acordo com:


– Forma de onda
– Tempo de duração do fenômeno
– Efeito sobre o equipamento / isolação

Sobretensões temporárias
Sobretensões transitórias
Frente lenta
Frente rápida
Frente muito rápida
Sobretensões combinadas

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Manobra

Energização de
linhas terminadas
em trafo

Temporária

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• Em geral, a tensão que um arranjo isolante suporta


depende de três fatores:
– Amplitude da onda
– Taxa de variação no tempo
– Duração do esforço

• Em outras palavras, a suportabilidade do isolamento


depende da forma de onda aplicada

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• Adicionalmente a suportabilidade do isolamento


possui uma característica estatística. Desta forma a
submissão a testes de amostras isolantes
supostamente idênticas resultará em tensões
disruptivas diferentes entre os testes.

Elétron livre e campo elétrico


suficientemente elevado  Avalanche eletrônica
Tempo de atraso estatístico

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Determinação da tensão
crítica de descarga
(tensão com 50% de
probabilidade de
descarga) para impulso
atmosférico em um
isolador polimérico
aplicado em sistemas
com tensão nominal de
230 kV.

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• Caracterizada por uma sobretensão fase-terra ou


fase-fase de frequência fundamental de duração
relativamente longa.

• Podem ser não amortecidas ou fracamente


amortecidas.

• Em alguns casos sua frequência poder ser várias


vezes menor ou maior que a frequência industrial.

• Podem ser determinantes devido ao elevado tempo


de duração, mesmo que tenham amplitudes
reduzidas. Típicas < 1,5 pu, dezenas de milisegundos
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• São geralmente causadas por:


– Faltas nos sistemas;
– Perda súbita de carga (rejeição de carga);
– Efeito Ferranti;
– Ressonância e ferro-ressonância;

Vn < 245 kV  Faltas


 Ferro-ressonância

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• Avaliação das amplitudes das sobretensões


temporárias devido a faltas:

TOV = K.Umax

TOV - Amplitude da sobretensão no ponto considerado;


K - Fator de aterramento, dependente do tipo de
aterramento do neutro do sistema;
Umax - Máxima tensão fase-terra de operação do
sistema antes da falta.

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• Neutro efetivamente aterrado o fator de aterramento


é inferior a 1,4

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• Neutro isolado, ou aterrado por impedância, as


sobretensões nas fases sãs podem exceder à tensão
fase-fase do sistema.

• Isto se deve ao fato de que esse tipo de sistema é


acoplado à terra através de suas capacitâncias
parasitas. A tensão nas fases sãs será:

, ou acima

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Valores típicos de fatores de aterramento

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• Caracterizada por uma sobretensão de curta


duração, de alguns milisegundos ou menos,
oscilatória ou não oscilatória, usualmente fortemente
amortecida.

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• As sobretensões de frente lenta normalmente se


originam de:
– Energização e religamento de linhas;
– Aplicação e eliminação de faltas;
– Rejeição de carga;
– Energização de transformadores;
– Chaveamento de correntes capacitivas e indutivas;
– Descargas atmosféricas incidindo nos condutores
fase distantes do ponto considerado.

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• A forma de onda da tensão representativa para o


impulso de manobra normalizado utilizado nos
ensaios e em simulações:

– com um tempo até a crista de Tcr = 250 s


– tempo de meia onda valor de T2 = 2500 s.

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• Geralmente fortemente amortecidas. Sobretensões


entre fase-terra ou entre fases, em um dado ponto do
sistema, causado por descarga atmosférica ou a
outra causa qualquer, cuja forma de onda apresente:
– tempos até a crista com entre :0,1 s - 20 s
– tempos de cauda de até 300 s.

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• A descarga atmosférica, popularmente conhecida


como raio, faísca ou corisco, é um fenômeno natural
que ocorre em todas as regiões da terra.
• Na região tropical do planeta as descargas ocorrem
geralmente junto com as chuvas.
• O trovão, que é o som provocado pela expansão do
ar aquecido pela descarga;
• O relâmpago, que é a intensa luminosidade que
aparece no caminho da descarga.

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• São originadas de:


– Sobretensões devido às descargas atmosféricas
• diretamente nas linhas aéreas, seja nos cabos
condutores, nos cabos para-raios ou nas estruturas;
• descargas à terra ou em estruturas próximas ao
SEP - sobretensões induzidas;

– Sobretensões devido às descargas atmosféricas


afetando as subestações;
– Operações de manobra e faltas.

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• Polaridade

• Direção de Propagação

• Negativas descendentes correspondem a 90%

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Escala curva B

Escala curva A

Escala curva B

Escala curva A

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Visacro e outros - 2011 - Atualização das estatísticas de correntes de descargas atmosféricas


medidas na estação morro do cachimbo - SNPTEE

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Escala curva B

Escala curva A

Escala curva B

Escala curva A

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Porcentagem excedente ao valor


da tabela
Quantidade
Parâmetros Unidades de Amostras 95% 50% 5%
Pico de Corrente kA
Descargas Primeiras 101 14 30 80
Descargas Subsequentes 135 4,6 12 30
Carga Total C
Descargas Primeiras 93 1,1 5,2 24
Descargas Subsequentes 122 0,2 1,4 11
Descarga Plena 94 1,3 7,5 40
Carga Impulsiva C
Descargas Primeiras 90 1,1 4,5 20
Descargas Subsequentes 117 0,2 0,95 4
Tempo de Frente μs
Descargas Primeiras 89 1,8 5,5 18
Descargas Subsequentes 118 0,22 1,1 4,5
Máximo dI/dt kA/μs
Descargas Primeiras 92 5,5 12 32
Descargas Subsequentes 122 12 40 120
Tempo de Meia-Onda μs
Descargas Primeiras 90 30 75 200
Descargas Subsequentes 115 6,5 32 140
Energia Específica ∫i(t) dt
2 2
As
Descargas Primeiras 91 6,0x103 5,5x104 5,5x105
Descargas Subsequentes 88 5,5x102 6,0x103 5,2x104
Intervalo entre descargas ms 133 7 33 150
Duração da Descarga Plena ms
Todas 94 0,15 13 1100
Excluindo Descargas Únicas 39 31 180 900
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• Blindagem
eficiente contra
descargas diretas Vcadeia
Back-flashover

– Impedância de aterramento
– Parâmetros da LT
– Parâmetros da descarga

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Vcadeia

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Geometria e parâmetros para


cálculo dos campos originados
pelo canal de descarga
atmosférica

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• Equação de Rusck

V(x,t) = U(x,t) + U(-x,t)

– V(x,t)  é a tensão induzida no ponto x da linha;


– U(x,t)  é o componente da tensão induzida
devido à contribuição da indução no trecho de
linha à direita do ponto x;
– U(-x,t)  é o componente da tensão induzida
devido à contribuição da indução no trecho de
linha à esquerda do ponto x;

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(V0t  x)  x   2 (V0t  x) 
U ( x, t )  Z 0 I 0 h 1  
y 2   2 (V0t  x) 2 
  
 2 (V0t ) 2  1   2 x 2  y 2  

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• A severidade das sobretensões devido às descargas


atmosféricas sobre os equipamentos de uma SE
dependem basicamente :

– do desempenho das linhas aéreas conectadas a


subestação frente às descargas atmosféricas
– do arranjo físico da subestação, seu tamanho e,
em particular, do número de linhas conectadas
– do valor instantâneo da tensão de operação (no
momento da descarga)

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