You are on page 1of 17

SUMÁRIO

Introdução................................................................................................ 01

Aberturas e acessos em minas subterrâneas....................................... 02

Desenvolvimento e projeto da mina....................................................... 07

Mineração Caraíba S.A..................................................... 11

Layout do desenvolvimento da mina Caraíba...................................... 12

Equipamentos utilizados na Mineração Caraíba.................................. 13

Fluxograma de produção da mina Caraíba........................................... 14

Conclusão................................................................................................ 15

Referências Bibliográficas...................................................................... 16

0
INTRODUÇÃO

Este relatório tem por objetivo mostrar os passos necessários para o


desenvolvimento de uma mina subterrânea que permitem o acesso a mesma e
possibilitam a explotação de áreas mineralizadas através de planejamentos bem
elaborados que visam alcançar os depósitos minerais.
Serão abordados as principais vias de acesso e suas devidas
classificações, que foram divididas segundo sua importância, sempre que possível
apontando os fatores que condicionam sua utilização. Principalmente alguns
critérios que determinam o desenvolvimento e o projeto de uma mina. Também
será mostrado como é feito o desenvolvimento na mina Caraíba.

1
ABERTURAS E ACESSOS EM MINAS SUBTERRÂNEAS

A mineração subterrânea consiste na variedade e versatilidade dos


métodos de encontrar condições que permitam a exploração de um deposito
mineral que por ventura seria economicamente inviável sua exploração a céu
aberto. Consiste em técnicas empregadas à recuperação de minerais que se
encontram abaixo da superfície da terra, por sua vez exige um planejamento mais
elaborado para conseguir o acesso nas áreas mineralizadas, no qual é necessário
o desenvolvimento de chaminés verticais, galerias horizontais, rampas entre
outros.
Consiste na técnicas empregadas à recuperação de minerais que
encontram-se abaixo da superfície da terra. Exige um planejamento mais
elaborado para conseguir o acesso nas áreas mineralizadas, para o qual é
necessário o desenvolvimento de chaminés verticais, galerias horizontais, rampas
entre outros. Que possibilitam a explotação de um depósito mineral que seria anti-
econômico a céu aberto.

Aberturas Subterrâneas:
São vias de acesso que podem ser classificadas em três categorias
conforme sua ordem de importância, são elas:
 Primária: Shaft e Rampa;
 Secundária: Centrais de níveis
 Terciárias: Desenvolvimento lateral ou abertura no painel (Travessas,
Rampas, Chaminés, etc).

Vias de acesso

Primária Secundária Terciária


Shaft e Rampa Centrais de Níveis Desenvolvimento
lateral

2
Normalmente estas vias de acessos não são conectadas a superfície,
exceto as primárias, as secundárias e terciárias para promover ventilação natural
ou passagem do estéril ao interior da mina.

Figura 1. Visão de uma mina subterrânea

Primária:

Shaft (poço)
Consiste de um poço vertical, ligado às bernas dos diversos bancos por
travessas, o minério desmontado em cada banco é transportado horizontalmente
até o poço e despejado em silo, içado até a superfície para carregamento e
transporte por caminhões ou vagões. O acesso é representado por esses
conjuntos de vias indicado na figura 02, alem de rampas auxiliares, ligando as
várias bernas, e que pode ser consideradas como desenvolvimento subsidiário.

3
Figura 2. Acesso por Shaft

Rampa ou Planos Inclinados


O desenvolvimento de uma rampa permite a conexão entre dois níveis
diferentes. É utilizado para minas de poucas profundidades, como mostra a figura
02. A inclinação das rampas está normalmente entre 1:7 e 1:10, o que torna
possível a utilização de equipamentos sobre pneus, que proporcionam um avanço
mais rápido e fácil.

Figura 3. Acesso por rampa.

4
Secundária:

Centrais de Níveis
É utilizado quando existem condições topográficas favoráveis.

Terciária:

Divisão Vertical da jazida


A lavra de uma jazida de razoável potência e extensão e profundidade
requerem que se tomem unidades menores para o desmonte e manuseio do
material desmontado. A divisão vertical do corpo é obtida mediante planos
horizontais, abstratos, denominados níveis.

Divisão Horizontal da jazida


As próprias tiras contribuiriam unidades ainda muito volumosas para
desmonte subterrâneo, pois embora da altura limitada, a seção horizontal se
estenderia por toda a largura e pela extensão (em direção) do corpo no horizonte,
considerado.
Critérios para divisão em níveis e fatores influenciantes.
Os níveis são lavrados, geralmente em ordem descendentes, os subníveis e tiras,
quase sempre em ordem ascendentes.
A importância do nível depende do desmonte e transporte do minério que o
possibilita.
Os fatores que podem influenciar o afastamento dos níveis:
 Custos de execução e de manutenção;
 Altura içamento;
 Tipo de minério ou material útil;
 Rapidez de lavra;
 Manutenção do céu da mina;
 Métodos de lavra;

5
 Mergulho da jazida;
 Regularidade do corpo;
 Natureza e extensão do transporte horizontal;

6
DESENVOLVIMENTO E PROJETO DA MINA

De acordo com os altos custos e as diversas dificuldades durante o


desenvolvimento de uma mina, torna-se necessário então que faça estudos pré-
liminares antes da elaboração de “Layouts” de preparação e explotação.
Considerando a complexidade e os altos custos de uma mineração subterrânea,
alguns estudos devem ser feitos anteriormente para se ter uma boa exploração da
mina.

 Geologia
Envolvendo a própria natureza e condições dos terrenos trabalhados
afetam substancialmente todos os trabalhos seus custos, prazos, manutenção. As
informações possuídas condicionam a próprias modalidades dos
desenvolvimentos principiais.

 Distribuição de valores
A ocorrência de concentrações valiosas na jazida especialmente nas faixas
ricas influencia muito diretamente a locação do desenvolvimento. Com essas
concentrações representam os únicos trechos lavráveis do corpo.

 Topográficos
Em grandes ravinas existem suficientes minérios mais elevados para
justificar economicamente a execução de um túnel destinado a extração, antes as
atuais produções elevadas. Quando o mergulho do corpo não é grande as
condições topográficas poderão favorecer acesso por túnel ou por poço vertical,
se este mergulho é maior até cerca de 50 0 ou 600 , há a alternativa de poço
vertical ou plano inclinado. Para mergulho menor que 12 0, plano inclinados com
trilhos e guinchos são pouco indicado, mais, poderão servir para uso de
caminhões, correias transportadoras.

7
 Profundidade da Jazida
Uma mina é considerada pouco profunda se a profundidade de lavra é
inferior a 500m , ou 500 a 1000m é medianamente profunda, para mais de 1.000m
é classificada muito profunda. Se a jazida é bem conhecida antes de se iniciarem
os desenvolvimento, o acesso aos vários níveis pode ser bem planejado. Para
profundidade superior a 2.000m recorre-se usualmente a poços verticais em
série.

 Drenagem e esgotamento
Um desenvolvimento adequado poderá reduzir apreciavelmente dispensa
de drenagem (escoamento natural ) ou de esgotamento (escoamento mecânico ),
vultosas em minas com grandes infiltrações.

 Ventilação da mina
A obtenção de conveniente ventilação de serviços subterrâneos poderá
exigir serviços especiais, com essa finalidade exclusiva ou afetar
substancialmente o traçado e dimensões dos usos de transporte que acumulam
essa função.

 Transporte do minério
O meio de transporte está também intimamente ligado com o modo de
carregamento subterrâneo do material desmontado, constituindo um conjunto
indissociável.

 Número de locação das vias de acesso


O número e locação das vias principais de acesso são intimamente
correlacionados, para obter transporte rápidos e econômico, boa ventilação,
esgotamento e rápido acesso de homens e materiais de frentes de trabalho.

8
Figura 4. Locação de minério e estéril

 Fatores econômicos:

1. Extração diária visada ela poderá ultrapassar capacidade conveniente de


um único poço ou túnel.
2. Características do Corpo, tais características como (extensão,
profundidade, potência, regularidade, continuidade, distribuição de zona
ricas, etc..) aliados
3. As condições superficiais, influenciam muito na economia da locação e
quantidade de acessos adequados a lavra.
4. Natureza do transporte subterrâneo é evidente que a natureza e o vulto do
transporte em cada nível condicionam uma distância econômica para o
mesmo.
5. Locação Superficial do acesso, um acesso subterrâneo não deve ter o seu
inicio, superficial, em local que ofereça possibilidade de inundação por
tempestades, represamento de água ou outras eventualidades.

9
6. Método de lavra sua influência é indispensável uma vez que os acessos
são muito condicionados ao sistema de lavra adotado. Assim em lavra por
método de abatimento os acessos terão de ficar fora das áreas sujeitas a
subsidência. Em todos os casos teremos de considerar a segura
manutenção desses acessos, imobilização de pilares
7. O material útil, conjugação dos acessos com as centrais subterrâneas de
transporte.
8. Limites da propriedade ou concessão poderá assumir relevante influência
econômica servidões, despesas da desapropriações, concessões mineiros
confinantes, litígios judiciais.

10
MINERAÇÃO CARAÍBA S.A.

A mina caraíba é constituída por um conjunto de rochas


máfico-ultramáficas diferenciadas, intrudidas, supostamente sob a
forma de sill sintectônico a fase 1 de deformação, em um conjunto de
rochas de natureza supracrustal que vão de gnaisses bandados até a
presença de calcossilicatadas, mármores e rochas graníticas e
pegmatóides, conferindo ao corpo um aspecto de lentes irregulares.
O projeto de aproveitamento das reservas, em profundidade, da Mina
Caraíba, consiste em realces com 55m de altura para o painel III, 60m m de altura
para os painéis IV e V e 40m para o VI painel. Numa primeira instância os realces
foram concebidos com largura de 20m. Devido a grande incidência de
desplacamento das paredes laterais e teto dos realces, foi redefinida a largura
para 15m para os realces dos painéis IV,V e VI, e comprimento máximo 45m, após
um estudo de modelamento numérico. Entre o III e IV painel foi deixado um pilar
de 25m. Entre os painéisIV-V, V-VI, não existe pilares, com lavra ascendente de
tal forma que as carregadeiras trabalhem no painel superior sobre o piso de
enchimento pastefill, deixando com plataforma de trabalho.
Os pilares verticais entre realces têm 15m de largura e serão recuperadas
conforme seqüência de lavra. O traçado dos realces foi determinado com base no
modelo geológico do corpo mineralizado. A disposição geométrica adotada para os
realces foi preferencialmente no sentido E-W. Esta disposição visa atender
recomendações geomecânicas de se desenvolver a maior dimensão das
escavações na direção da tensão principal máxima. Os realces são todos
paralelos entre si, ficando entre eles um pilar de 15m de largura, 55m a 60m de
altura e comprimento de até 40m, onde ocorre a lavra secundaria.Após a lavra dos
realces adjacentes e enchimento dos mesmos, os pilares serão recuperados.Num
terceiro momento após enchimento dos pilares e realces, serão lavrados os pilares
entre painéis (sill pillar), utilizando o enchimento como piso para lavra do minério
que ficou no topo do painel.

11
LAYOUT DO DESENVOLVIMENTO DA MINA CARAÍBA

Figura 5. Disposição dos painéis de lavra da Mina Caraíba.

12
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA MINA CARAÍBA

EQUIPAMENTOS QUANTIDADE MODELO/CAPACIDADE


Jumbo eletro hidráulico 2 Migmatic Tamrock com 2 lanças
Raiser Borer 1 82 RH-ROBBINS/ 3,00 e 1,80m
Martelos 16 BBC17W, BBC 16 W –Atlas Copco
Carregadeira LHD 2 EJC 180
Carregadeira 1 Toro 150D
Caminhão rebaixado 2 JDT – 426 Jarvis Clark/26t/EJC 430D
Britador de Mandíbulas 1 FAÇO – 12090 –340t/hora
Correia Transportadora 665m Goodyear 42”EP-220/700t/hora
Guincho 2 ASEA – 3.200 Kw
Gaiola 1 Transporte para 100 pessoas
Compressor Estacionário 3 Ingersol Rand/3.500 C.F.M. CENTAC
Ventiladores Principais 5 Higrotec/110.000 C.F.M./250 HP
Ventiladores Principais 3 DARMA/100.000C.F.M./200 HP
Motoniveladora 2 Caterpillar
Scaler 1 Teledyne
Rompedor hidráulico 1 Teledyne
Solo Tamrock 1 Tamrock
Caminhão Plataforma 4 Getman
Caminhão Explosivo 1 Getman
Sonda 3 (2)MACH 700 –(1) Longyear 34
Caminhão rebaixado 50t 4 MT-5.000
Carregadeira 4 TORO 650D,01TORO 0010
Cubex Megmatic 5200 2 Cubex 5200
Rock Bolter 1 Secoma – TAMROCK
Caminhão projetado 1 Teledyne

13
FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DA MINA CARAÍBA

14
CONCLUSÃO

Através deste trabalho podemos observar alguns parâmetros que


determinam o desenvolvimento de uma mina subterrânea, bem como, a
necessidade de adotar técnicas corretas na abertura dos acessos, que são
criteriosamente selecionados de acordo com a profundidade e condições
topográficas do corpo mineralizado. Com isso podemos explorar uma mina com
maior rapidez e segurança diminuindo os custos de exploração e transporte da
mesma.

15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Prof. Dr. Joaquim Maia - Curso de Lavra de Minas - Desenvolvimento. Edição da


Fundação Gorceix – 1980 – São Paulo / SP.

Atlas Copco - Manual do ar comprimido. São Paulo, McGraw- Hill do Brasil, 1976.

BRITO, Luis Gonzaga Silva- Intodução a lavra Subterrânea, 1992.

Internet:
www.minacaraiba.com.br
www.google.com.br

16

You might also like