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Geografia
População

Conceitos Básicos para o Estudo da População ......... 3


Distribuição e Expansão Geográfica da População ..... 5
Estrutura da População ................................................ 6
Movimentos Populacionais ........................................... 8
Urbanização ............................................................... 10
População Brasileira .................................................. 12

A Agricultura

Os Sistemas Agrícolas ............................................... 19


A Pecuária no Mundo ................................................. 22
Brasil - Atividades Agropecuárias .............................. 23

Recursos Naturais

no Código Penal, Artigo 184, parágrafo 1 e 2, com


empréstimo, troca ou manutenção em depósito sem
autorização do detentor dos direitos autorais é crime previsto
A reprodução por qualquer meio, inteira ou em parte, venda,
exposição à venda, aluguel, aquisição, ocultamento,
Os Recursos Minerais ................................................ 26

multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.


Os Recursos Energéticos – Combustíveis Fósseis .... 32
Carvão Mineral ........................................................... 36
A Energia Hidrelétrica ................................................ 37
Energia Nuclear .......................................................... 40

As Questões Ambientais

Ecologia ..................................................................... 41
Crise Ambiental .......................................................... 42
Lixos ........................................................................... 43
Aquecimento Global ................................................... 44
Poluição ..................................................................... 45
Biodiversidade ........................................................... 46

M2
NÍVIA BORBA / SÍLVIO VIÉGAS
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POPULAÇÃO
A compreensão geográfica, política e econômica do mundo é de fundamental importância para entendê-lo.
O estudo da demografia (estudo da população) envolve:
a) a população absoluta. e) a estrutura etária.
b) a densidade demográfica. f) a estrutura por sexo.
c) o crescimento populacional com suas taxas g) a mobilidade dos movimentos internos e externos.
de natalidade e mortalidade. h) o desenvolvimento social e econômico.
d) a distribuição geográfica.

CONCEITOS BÁSICOS PARA O ESTUDO DA POPULAÇÃO

População absoluta País superpopuloso

É o número total de habitantes de um país, estado Usa-se esta expressão quando a população de um
ou região. determinado país ou área ultrapassa um limite além
do qual não está existindo, naquele momento, a
País populoso possibilidade de aumentar a produção de recursos
Usa-se esta expressão quando determinado país para a sobrevivência de sua população. Ex.: países
apresenta um elevado número de habitantes. Ex.: da África Sub-saariana.
China, Índia e Brasil.

País povoado É bom lembrar:

Usa-se esta expressão quando determinado país O homem apresenta uma capacidade muito elástica
apresenta um número elevado de pessoas por de produzir os meios de subsistência, sendo mais
quilômetro quadrado, isto é, elevada densidade lógico considerar o termo superpopulação como
demográfica. Ex.: Holanda, Bélgica, Cingapura, etc. um fenômeno relativo.

Na fase atual do mundo, vamos aos exemplos:


a) O Japão é um país populoso, muito povoado e não é superpopuloso.
b) O Brasil é um país populoso, pouco povoado e não é superpopuloso.
c) O Bangladesh é um país populoso, povoado e superpopuloso.

Outros conceitos
Como se obtém a densidade demográfica:

População absoluta
= Densidade demográfica ou População relativa
Área (km 2 ) (hab./km2)

Exemplo: Brasil - área 8.547.403,5 km2. 170.000.000


= 19,89 hab./km2
- População 170.000.000. (1999). 8.547.403,5 km2

Como se obtém a taxa de natalidade:


Número de nascimentos ocorridos no período de um ano multiplicado por 1.000, e dividindo-se o resultado
pelo número da população absoluta.
Número de nascimentos x 1.000
= Taxa de Natalidade
Número de habitantes

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Exemplo: país hipotético

- População: 100.000.000 hab. 2.500.000 x 1.000


= 25‰
- Nascimentos em um ano: 2.500.000 100.000.000
Nesta situação, diz-se que a taxa de natalidade do país é de 250/00 (25 por mil). Significa que nasceram 25
crianças vivas para cada grupo de mil habitantes em um ano.
Como se obtém a taxa de mortalidade:
Usa-se o mesmo processo.
Número de mortes ocorridas no período de um ano multiplicado por 1.000 e dividindo-se o resultado pelo
número da população absoluta.
Número de mortes x 1.000
= Taxa de Mortalidade
Número de habitantes
Exemplo: o mesmo país anterior

- População: 100.000.000 hab. 1. 000 . 000 x 1. 000


= 10‰
- Mortalidade em um ano: 1.000.000 100 . 000 . 000

Nesta situação, diz-se que a taxa de mortalidade do país é de 100/00 (10 por mil). Significa que morreram 10
habitantes em cada grupo de mil habitantes em um ano.
Como se obtém o crescimento vegetativo:
De posse dos dados das taxas de natalidade e mortalidade, é só encontrar a diferença.
CRESCIMENTO VEGETATIVO = Taxa de natalidade - Taxa de mortalidade
_
Exemplo: - tx de natalidade = 25‰
15‰ = 1,5% ao ano
- tx de mortalidade = 10‰
C.V. 15‰

A ONU (Organização das Nações Unidas) considera excessivas as taxas de crescimento vegetativo superiores
a 1,5% ao ano. Com 3% de crescimento vegetativo ao ano, a população de um país multiplica-se por 2 em
apenas 23 anos; com 4%, em 18 anos.
Pelas estimativas da ONU, a população
continuará crescendo, embora em menor Média de filhos por mulher
ritmo, a partir dos anos 90, até o ano de
1965-1970
2.025, quando a população estimada do
planeta atingirá mais de 8 bilhões de 1995-2001*
habitantes, e se estabilizará. Nível de reposição: 2,1

Também por estimativa da ONU, a


população mundial cresce cerca de 90 4,9
Mundo
milhões de pessoas por ano. 2,8
Países menos 6,0
Porém ao analisarmos o gráfico ao lado
desenvolvidos 3,1
perceberemos como as taxas de fecundida-
de do mundo tendem a cair até o ano 2.001. 2,4
Países mais ricos
1,6
Em queda livre Estados Unidos
2,6
2,0
As taxas de fecundidade estão em queda 2,4
Europa
em todo o mundo desde os anos 60. Nos 1,5
países mais ricos, caíram tanto que
Brasil 5,7
ficaram abaixo dos níveis de reposição
2,0
populacional. * Projeção
Veja, ao lado, como as taxas recuaram: VEJA 30/04/97
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DISTRIBUIÇÃO E EXPANSÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO


a) A maior ou menor concentração demográfica vai concentrações populacionais: as regiões férteis de
variar de acordo com as ações das condições solos ricos das várzeas como as regiões do Yan
naturais, históricas e econômicas de uma área Tse Kiang, na China.
geográfica. e) Cerca de 4/5 da população mundial ocupa menos
b) As condições econômicas de uma área poderão de 1/10 da superfície dos continentes, sendo que,
facilitar a maior concentração da população, como por outro lado, 1/5 dessas terras abriga menos de
também o esgotamento de recursos em uma área 0,02% dos homens.
poderá levar à diminuição da população. f) Deve ser observado que o fator físico não age sozinho
c) As áreas de coletas serão quase sempre determinando a ocupação de uma região qualquer,
fracamente povoadas; as áreas pastoris apesar de serem determinantes em algumas áreas.
apresentam maiores possibilidades de ocupação, g) “(...) A partir do momento em que uma população
pois sua atividade requer maior número de desenvolve as suas forças produtivas, o papel dos
trabalhadores e as áreas industriais, sim, são as fatores naturais como condicionantes da
mais povoadas. distribuição dos homens na superfície da Terra
d) Alguns fatores possibilitaram as maiores tende a diminuir. (ADAS, MELHEM. PÁG. 131)
A ONU, criou na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento de 1994, um programa de ação
que aponta como objetivos básicos para o controle populacional nos próximos 20 anos:
1º - Crescimento econômico apoiado no desenvolvimento sustentável;
2º - Planos sobre a educação;
3º - Educação sobretudo para as mulheres, pois o controle da natalidade é, basicamente, feito por elas;
4º - Igualdade entre os sexos;
5º - Redução da mortalidade neonatal;
6º - Acesso universal a serviços de planejamento familiar;
7º - Saúde reprodutiva sexual;
8º - A urbanização também é tratada como alternativa para conter o crescimento (a natalidade nas cidades
é mais baixa que nas áreas rurais).

Distribuição da população pelo mundo


População por continente (2000)
Por continentes e países, a população apresenta-
Oceania 0,52%
se distribuída com contrastes acentuados. Somente o
continente asiático concentra acima de 62% dos mais
África 12,95% de 6 bilhões de habitantes da Terra, apresentando um
contingente populacional próximo de 3,7 bilhões de
América 15% habitantes.
Os restantes, 38% da população mundial
aproximadamente, ocupam terra dos outros continentes.
A África, a América e a Europa concentram,
Europa 9,28% aproximadamente, 37,5% da população mundial,
apresentando a seguinte população absoluta, em 1996
por continente:
Ásia 62,25 % África: 811 milhões; América: 838 milhões;
Europa: 744 milhões de habitantes.
A população da Oceania representa apenas 0,5% da população mundial, e no continente Antártico encontram-
se apenas bases científicas de diferentes países, com ocupação quase que restrita aos meses do verão antártico.

População absoluta, área e densidade demográfica (2000)


População absoluta Área Densidade demográfica
Continente
(milhões) (milhões de Km 2) (hab/Km 2)
Ásia (inclusive parte asiática da Rússia) 3.694,7 44 117
América 838 42 21
Europa (inclusive parte européia da Rússia) 743,9 10 71,8
África 811 30 26,8
Oceania 30,4 9 3,5
Total 6.1 135 44 (média)
Almanaque Abril 2002
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ESTRUTURA DA POPULAÇÃO
Dentre os dados significativos do estudo da Estrutura etária
população, destacam-se sua estruturação etária, sua jovens 0 a 14 ou 0 a 19
estruturação por sexo e a ocupação por setores adultos 15 a 59 20 a 59
econômicos. velhos 60 e mais 60 e mais

A estruturação etária da população varia de acordo com a diversidade econômica apresentada por eles.
Podemos classificar quatro tipos principais:
1- Países industrializados velhos 3- Países subdesenvolvidos industrializados - NPIS
2- Países industrializados jovens 4- Países subdesenvolvidos não industrializados.

Características de cada um destes grupos:


• países europeus e Japão • industrialização tardia.

Nº 3 - NPIS
• taxas de natalidade e mortalidade muito baixas • reduziram muito a mortalidade e pouco a natalidade.
Nº 1

• nº de jovens inferior ao nº de velhos • redução da natalidade somente a partir dos anos 80/90
• escassez de mão-de-obra • predomínio de adultos mas com elevado nº de jovens.
• grandes gastos sociais • início do envelhecimento populacional.

• países desenvolvidos, tipo EUA, Canadá e Austrália. • formado pelo grupo mais heterogêneo.
• semelhantes ao grupo 1 • apresentam altas taxas de natalidade e mortalidade,
Nº 2

Nº 4

com grandes diferenças para a natalidade.


• nº de jovens pouco superior ao nº de velhos
• péssima qualidade de vida.
• população altamente qualificada
• apresentam baixo percentual de velhos.

Exemplos de países 1 Exemplos de países 3

País jovens adultos velhos País jovens adultos velhos


Suécia 18% 59% 23% Coréia do Sul 26% 68% 6%
Reino Unido 19% 60% 21% Brasil 41% 52,5% 6,5%

Exemplos de países 2 Exemplos de países 4

País jovens adultos velhos País jovens adultos velhos


Austrália 22,5% 62,5% 15% Etiópia 46% 51% 3%
EUA 21% 62% 17% Rep. D. Congo 47% 51% 2%

Expectativa de vida:

país 1: Ex.: Suécia - 80 anos (média) país 3: Ex.: Brasil - 68,4 anos
país 2: Ex.: EUA - 76 anos país 4: Ex.: Etiópia - 42 anos

Estudo de pirâmide
Permite perceber:
a) expectativa de vida g) a base larga de uma pirâmide leva a um círculo vicioso,
b) média de crescimento pois os jovens, antes de se tornarem adultos, já estão
c) encargos sociais no mercado de trabalho. Sem especialização, irão
d) classificação da qualidade de vida no futuro, gerar filhos que apresentarão os mesmos
e) equilíbrio dos sexos problemas a partir do momento em que a família
f) a base larga leva à compreensão de que o país precisar de ajuda para sustentá-los.
deverá ampliar as possibilidade do trabalho.

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Países em transição – Um bom exemplo


Veja as pirâmides etárias do Brasil de 1970, 1991 e 2000.

Brasil: Pirâmides etárias


³ 65 1970 1991 2000*
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44 Homens
35 a 39 Mulheres
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5a9
0a4

*Projeção
FONTE: VESTIBULAR DA FUVEST, SÃO PAULO, 1993.

O estudo destas pirâmides permite perceber um declínio da mortalidade e da natalidade, e um aumento na


faixa etária superior a 60 anos. Tendo por base estas duas pirâmides, podemos afirmar que o Brasil, na
segunda década do século XXI, será um país adulto.

Distribuição etária da população em alguns países (em %)


Países “maduros” Em transição Países “jovens”

EUA Japão Suécia Brasil México Egito Nigéria


Jovens 31,0 29,0 24,8 41 53,7 50,8 58,4
Adultos 52,3 52,4 52,0 52,5 40,1 42,9 37,4
Idosos 16,7 18,6 23,2 6,5 6,2 6,3 4,2

FONTE: ONU, ADAPTADO DOS DADOS DO BRASIL - 2002

Estrutura por sexos


A população feminina representa pouco mais de 50% da população mundial, existindo quase um equilíbrio
entre os dois sexos. Porém é necessário registrar:
a) No âmbito geral as mulheres vivem um pouco mais do que os homens levando uma pequena diferença
na fase senil. Veja os exemplos:

País homens mulheres


Alemanha 75 81
Noruega 76 81,9
Paraguai 68,6 73,1
R. Centro-Africana 42,7 46

b) Nos países de emigração, o percentual masculino é maior, mas este total nunca ultrapassa os 5%. (O
homem lança-se mais à aventura.)
c) Os países que valorizam o homem, como, por exemplo China e Índia. Na China, o Estado impõe uma
família de um ou dois filhos. Os chineses acreditam na necessidade do elemento masculino para a
continuação da linhagem familiar.
No caso da Índia, por questões culturais, a manutenção das filhas onera por demais as famílias.
Nestes dois casos, os infanticídios femininos são comuns.

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Estrutura Ocupacional
A estrutura ocupacional de uma população divide-se em dois grandes grupos:

1º- População economicamente ativa - PEA.


A população economicamente ativa (PEA) é representada por pessoas que estejam exercendo uma atividade
econômica remunerada – no mercado formal ou informal de trabalho – e aquelas que estejam procurando
trabalho.

2º- População inativa.


A população inativa é representada pelas pessoas que não estão empregadas ou que não exercem uma
atividade econômica remunerada. Aí estão incluídos os aposentados, as crianças, os inválidos, as donas-de-
casa, por exemplo.

As mulheres e a PEA.
Apesar de sofrer pressão, o chamado Porcentagem de mulheres na população ativa
“segundo sexo” tem emancipado seu trabalho em País % País %
todos os campos. Em geral, as mulheres recebem Lituânia 52,8 Cuba 36,1
salários 40 a 60% mais baixos que os homens em Rússia 51,8 Brasil 33,5
cargos do mesmo nível, tanto nos países
Dinamarca 47,6 Argentina 28,5
desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos. As
Suécia 47,6 México 28,2
mulheres das famílias mais pobres são as que mais
Polônia 46,0 Casaquistão 21,6
sofrem, com duas cargas de trabalho (fora e dentro
Hungria 45,8 Egito 14,6
de casa). Algumas vezes percebemos mulheres de
EUA 44,3 Paquistão 13,0
classes mais elevadas forçando suas “empregadas”
a terem a mesma relação opressora da sociedade. França 42,4 Argélia 10,0
Japão 40,0 Bangladesh 8,0
FONTE: INTERNACIONAL LABOUR OFFICE, YEARBOOK OF LABOUR STATISTICS, 1995.

Veja os dados da tabela, analise os países retratados acima, e retire conclusões quanto ao nível de seu
desenvolvimento.
As atividades econômicas, que ocupam a PEA, podem ser classificadas em três grupos, ou setores,
econômicos:
• Setor Primário: agricultura, pecuária, extrativismo, silvicultura.
• Setor Secundário: atividades industriais.
• Setor Terciário ou de Prestação de Serviços: comércio, bancos, educação, hospitais, transportes,
funções públicas, etc.
Nos países mais desenvolvidos, pode-se apontar a presença de mais um setor do PEA:
• Setor Quaternário: evolução da mão-de-obra da informática e da robótica.

MOVIMENTOS POPULACIONAIS
Os movimentos populacionais sempre contornos de emergência.
ocorreram, pois o ser humano está sempre em busca Veja o caso da União Européia, que, a partir de
de melhores condições de vida. 1993, passando por cima das próprias recomendações
Entre o início do século XIX até cerca de 1930, sobre a abertura de fronteiras internas, concordaram
40 milhões de europeus migraram para as Américas, em fechar a todo estrangeiro que não tiver o seu
escapulindo justamente da fome e das péssimas passaporte a possibilidade de procurar emprego fora
condições de trabalho da época. Naquele período áureo do país, onde está autorizado a residir. Esse foi o
de migrações, os Estados Unidos receberam cerca de bloqueio aos chamados “migrantes econômicos”.
30 milhões de pessoas numa corrente migratória que Os países desenvolvidos industrializados
ficou conhecida como clássica. estudam internamente a mudança do conceito de
Na fase atual, iniciando o novo milênio, apenas “reunificação familiar” que ainda vigora, segundo o qual
2% da população mundial está se movimentando (cerca um cidadão que migra para um determinado local tem
de 100 milhões de pessoas) e esta questão adquiriu o direito a levar sua família.

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A Questão dentro da Europa do Leste


Apenas no primeiro ano de mudança dos regimes provenientes da Romênia, e a própria Alemanha, já
do leste, entre 1990 e 1991, cerca de 1,2 milhão assustada com suas migrações internas, criou um
deixaram a antiga parte da Alemanha Oriental rumo à sistema sofisticado na fronteira com a Polônia para
Alemanha Ocidental, e devemos lembrar que a barrar o avanço dos poloneses.
Alemanha já tinha se reunificado. Isso vem provar que A desintegração da URSS levou o pânico a cerca
dentro da própria Alemanha os desníveis sociais de 25 milhões de pessoas com medo de perder sua
provocam grandes levas de migrantes. cidadania provocando um surto flutuante de migrantes.
Vejamos outros casos: Apenas para se ter uma idéia, cerca de 1,5
A Itália colocou, nos anos 90, tropas em prontidão milhão eram “alemães” russos que tentavam,
para impedir o desembarque de milhares de albaneses no desesperadamente, vistos para entrada na Alemanha.
sul de seu território. Essa prática se mantém até hoje. Cria-se um estado de alerta em determinados
A Áustria utilizou-se do seu exército, também países europeus que argumentam que podem perder
nos anos 90, para barrar a entrada dos ciganos parte de suas “soberanias” étnicas.

A Questão Americana
A atração pela qualidade de vida americana tem chegando à conclusão que 50% dos moradores da
levado a extremismos, quando se relatam os problemas Califórnia são hispânicos. A questão do futuro tem
migratórios desta área. preocupado o governo. Em uma estimativa feita para o
Porém, não se pode esquecer que os Estados ano 2050, prevê-se que, se prevalecerem as atuais
Unidos, quando se separaram do domínio britânico, já correntes migratórias, apenas 50% dos americanos terão
eram um país multirracial, com 60% de ingleses, 9% ascendência européia.
de irlandeses, 8% de escoceses e alemães e um vasto Não se pode esquecer da atração exagerada que
contingente de cidadãos subjugados formado por negros os hispânicos têm pelos Estados Unidos, que significam
e indígenas. basicamente uma melhoria substancial de qualidade de
Para se pensar: vida. Nesta situação pensa-se no mexicano, no haitiano,
Um país cuja maior cidade, Nova York, tem mais no cubano e no próprio brasileiro.
da metade da sua população de origem estrangeira e Todos esses elementos referidos nada mais são
cuja segunda metrópole, Los Angeles, será dentro das do que a “globalização das migrações”. Após os
próximas duas décadas 70% de origem hispânica. atentados de 11 de Setembro de 2001, a política
A questão da migração hoje toma contornos de migratória norte-americana tornou-se mais severa,
difícil análise. Veja, por exemplo, o pensamento do aumentando o preconceito contra o imigrante,
hispânico residente dentro dos Estados Unidos: em 2000, principalmente o clandestino. O forte impacto da
o governo norte-americano realizou um censo latino, vigilância migratória reforça a onda xenófoba.

Globalização da Migração Mundial


No texto passado já estudamos esta mobilidade. Agora vamos sintetizar para melhor completar este estudo.

Principais fluxos migratórios a partir dos anos 80


Região de origem Região de entrada (pretendida) Características
Leste europeu e CEI União Européia Migração bastante seletiva
1º chamada de migração de cérebros
Leste e Sudeste asiático Austrália Região de atração de capitais do
2º Japão e seus tigres
Sul asiático, EUA, Austrália Dificuldade de entrada nestes países
3º Grã-Bretanha
Índia e Paquistão (leis rigorosas e preconceitos)
4º África do Norte e Or. Médio Europa e Estados Unidos Dificuldade de entrada (leis rigorosas)

África Negra EUA, Europa e Oceania Dificuldades, poucas chances de


5º entrada, preconceitos.
América Latina Estados Unidos Hispânicos; leis restritivas e
6º ilegalidade (ver texto anterior)

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Veja a direção das migrações no mapa.


Principais fluxos migratórios mundiais da década de 80, por região de origem.

I
II
IV IV II
VI VI III III
IV
V
V
VI VI

Conceitos de população urbana, suburbana e rural

População Características
Reside dentro dos limites das cidades.
Trabalha em atividades urbanas, isto é, no
Urbana
comércio, nos serviços e mesmo na indústria.
Possui um estilo de vida marcado por intensas
relações sociais e receptivo às inovações.
Reside na periferia das cidades, na chamada
zona suburbana, onde coexistem atividades FONTE: IGOR A. G. MOREIRA
Suburbana
urbanas e rurais.
Reside fora dos limites urbanos e suburbanos.
Trabalha em atividades ligadas à terra.
Rural Possui um estilo de vida mais conservador,
muitas vezes resistindo às inovações.

URBANIZAÇÃO
No processo moderno, pode-se dizer que a urbanização teve maior destaque após a Revolução
Industrial, nas regiões hoje chamadas de desenvolvidas ou Centro. Nas regiões subdesenvolvidas ou periféricas,
este processo é relativamente recente sendo que o seu dinamismo, foi marcado principalmente após a 2ª
Guerra Mundial.
As cidades são, hoje, o centro do poder, do comando, das decisões. Se, inicialmente, a cidade
subordinou-se ao campo, fornecedor de alimentos e matéria-prima, hoje o campo subordina-se à cidade,
embora não tenha perdido sua importância. Não podemos deixar de analisar que:
• a sobrevivência da cidade depende do campo, já que ela não é auto-suficiente;
• quanto maior o nível de urbanização do mundo, maior a dependência da cidade em relação ao campo, em
relação à necessidade de alimentos e matérias-primas agrícolas.
A partir dos anos 50, o processo de urbanização mundial acelerou-se.

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AS MAIORES ÁREAS METROPOLITANAS EM 1995 AS MAIORES ÁREAS METROPOLITANAS EM 2015


População do mundo População estimada
(em milhões) (em milhões)
1. Tóquio (Japão) 26,8 1. Tóquio (Japão) 28,7
2. São Paulo (Brasil) 16,4 2. Bombaim (Índia) 27,4
3. Nova York (EUA) 16,3 3. Lagos (Nigéria) 24,4
4. Cid. do México (México) 15,6 4. Xangai (China) 23,4
5. Bombaim (Índia) 15,1 5. Jacarta (Indonésia) 21,2
6. Xangai (China) 15,1 6. São Paulo (Brasil) 20,8
7. Los Angeles (EUA) 12,4 7. Karachi (Paquistão) 20,6
8. Pequim (China) 12,4 8. Pequim (China) 19,4
9. Calcutá (China) 11,7 9. Daca (Bangladesh) 19,0
10. Seul (Coréia) 11,6 10. Cid. do México (México) 18,8
FONTE: WORLD RESOURCES INSTITUTE.
ÁGUA E SANEAMENTO

Hoje pode-se considerar que todos os países desenvolvidos apresentam


cerca de 80% de seus habitantes nas áreas urbanas. Algumas vezes este total
chega a mais de 90% principalmente nos países europeus que tiveram revolução
EL SIC
O industrial (o Reino Unido, por exemplo, tem mais de 93% da população urbana).
ÁV BÁ
POT NTO Nos países subdesenvolvidos industrializados os processos de urbanização já
UA E
ÁG AM
NE ultrapassam os 60%, porém estes países sofrem com o processo rápido e
SA
desorganizado da urbanização, com favelas, desemprego, subemprego e
marginalização.
13,5% Nos países subdesenvolvidos não indus-trializados, os índices de
28,5% urbanização são baixos, fator ligado a um maior domínio de atividades rurais.
1980
A China é um caso à parte. Com cerca de 1,3 bilhões de habitantes, não
apresenta grande percentual urbano porque o Estado exerce o papel controlador
no planejamento global da economia.
44,8%
48%
1994

População servida

População não servida

FONTE: WORLD RESOURCES

Vocabulário da Urbanização
Megalópole - é o encontro de várias metrópoles ou várias regiões metropolitanas, formando uma fusão de metrópoles.
Exemplos na América:
Boswash Boston - New York - Washington
Exemplos na Ásia:
Tokaido Tóquio - Nagoia - Osaka
Exemplos na Europa:
Londres - Birmingham - Manchester
Metrópole - é a cidade principal ou “cidade-mãe”, aquela que possui os melhores equipamentos urbanos do país - Metrópole
Nacional - (São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York) ou de uma grande região - Metrópole Regional (Belém, Vancouver, Seatle).
Região Metropolitana - é o “conjunto de municípios contíguos e integrados sócio-economicamente a uma cidade principal
(metrópole), com serviços públicos de infra-estrutura comuns”. Ex.: Região Metropolitana de Tóquio, cidade do México, Nova York,
São Paulo, Pequim, Xangai.
Conurbação - é o encontro de duas ou mais cidades próximas, normalmente dentro de uma região metropolitana. Ex.: Belo
Horizonte - Contagem - Betim, São Paulo e seu ABCD.

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POPULAÇÃO BRASILEIRA
A POPULAÇÃO ABSOLUTA
Com os seus 170 milhões de habitantes, o Brasil Permanecendo com estas taxas, o Brasil deverá atingir
é o quinto país de maior população absoluta do mundo, 1% do crescimento populacional dos países
sendo superado apenas pela China, Índia, Estados desenvolvidos. De 1991 para 2000 a população urbana
Unidos e Indonésia. brasileira cresceu pouco mais de 5 pontos. Veja os
O Brasil é um país populoso e pouco povoado. números:
Desde o 1º censo brasileiro de 1872 até a
estimativa em 2000, a população brasileira cresceu BRASIL - População Urbana
quinze vezes. O aumento da população nas últimas
décadas deve-se principalmente ao crescimento 1991 = 75,59% 2000 = 81,23%
vegetativo, já que deixamos de ser atrativos aos Agora, observe o número de jovens de até 14
imigrantes. anos.
O censo realizado em 2000, apresentou um
decréscimo da taxa de 1,89% para 1,56%. Este fato 1991 = 34,74% 2000 = 29,5%
reflete uma queda nas taxas de fecundidade (número de
filhos por mulher fértil), mostrando que a família brasileira Estes dados foram os que nos permitiram concluir
caminha para o padrão de dois filhos por casal, que é que o Brasil terá percentuais de crescimento
reconhecido como nível de reposição populacional. populacional de países desenvolvidos.

O declínio do crescimento populacional brasileiro ocorreu em todas as regiões, em função da queda das
taxas de fecundidade e de natalidade.

POLÍTICA DEMOGRÁFICA BRASILEIRA

Da década de 30 até a década de 60, o Brasil de planejamento familiar. Nesse período, surgem
desenvolveu uma política demográfica claramente entidades civis, como a BENFAM (Sociedade Brasileira
populacionista, explicada pela necessidade de um de Bem-estar Familiar). Verifica-se a utilização maciça
grande contingente de mão-de-obra de baixo custo, de diversos métodos anticoncepcionais, como: pílulas,
necessário para sustentar o crescimento urbano, in- DIU, ligadura das trompas.
dustrial e econômico que ocorria no mesmo período. Esta política, juntamente com a urbanização da
Outra razão era a necessidade de ocupar os espaços população e outros fatores, explica a diminuição das
vazios do país, principalmente no oeste e na Amazônia. taxas de natalidade e do crescimento populacional
A partir da década de 70, oficiosamente, o governo verificada nos últimos censos.
passou a desenvolver uma política antinatalista, rotulada

A Imigração
Teve seu período áureo entre 1880 a 1930. A partir desta data sua participação é muito pequena. Na fase
atual, o Brasil exporta mais cidadãos que importa. Os grupos que têm chegado ao Brasil são, principalmente, sul
americanos, angolanos e coreanos.

Principais correntes migratórias

Alemães: começaram a chegar ao Rio Grande do Sul em 1824, nos vales do Caí e dos Sinos, onde fundaram
São Leopoldo. Em suas pequenas propriedades, dedicaram-se à policultura alimentar e à indústria de couro.
A imigração aumentou entre 1850 e 1870, devido à guerra de unificação alemã. Ocuparam o litoral catarinense
e o vale do Itajaí, fundando Blumenau e Joinville. Além da policultura, instalaram pequenas indústrias têxteis e
de cerâmica.
Italianos: chegaram ao Rio Grande do Sul a partir de 1871 e ocuparam a região serrana, fundando Caxias do
Sul e Bento Gonçalves, entre outras cidades. A principal atividade foi a vitivinicultura. Entre 1887 e 1914,
dirigiram-se em massa para São Paulo, para trabalhar nas lavouras de café.
Eslavos: entraram entre 1875 e 1890, vindos principalmente da Polônia, Rússia, Ucrânia e Iugoslávia. Fixaram-
se no Paraná - primeiro em torno de Curitiba e Ponta Grossa, depois no vale do Ivaí. Em suas pequenas
propriedades, cultivavam batata e introduziram a indústria madeireira em larga escala.

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Japoneses: chegaram a São Paulo a partir de 1908. Originários de áreas rurais, dedicaram-se à agricultura e
depois diversificaram suas atividades (granjas e cooperativas). Recentemente, passaram a trabalhar nas indústrias
das grandes cidades. Na Amazônia, ocupam regiões de Tomé-Açu, no Pará, onde implantaram o cultivo da
juta. Conforme a geração, são denominadas issei (primeira geração), nissei (segunda), sansei (terceira) e
yonsei (quarta). A partir dos anos 80, a falta de mão-de-obra não especializada no Japão leva cerca de 200 mil
descendentes a inverter o caminho de seus ancestrais, em busca de melhor remuneração.

Merecem ainda destaque:


• Austríacos e Húngaros, final do século passado.
• Turcos (sírios, libaneses, armênios, chamados de turcos devido ao passaporte do antigo Império Otomano).
• Judeus - vindos da Europa em fuga do nazismo.
• Estadunidenses, vindos da Guerra de Secessão para o interior de São Paulo.
• Coreanos, indonésios, chineses; estes grupos chegando mais recentemente ao país e se concentrando
praticamente em São Paulo.

Distribuição geográfica da população brasileira


A distribuição geográfica da população brasileira apresenta violento contraste: elevada concentração na
parte leste do Brasil (a até 500 Km do litoral) e grandes vazios populacionais nas porções central e norte do país.
A regra é a diminuição gradativa da população e das densidades de leste para o oeste do país.

Brasil: População Absoluta e densidade demográfica por regiões (2000)

FONTE: IBGE - CENSO 2000


Densidade demográfica
Região População absoluta Área (Km2) (Hab/Km2)
Centro-Oeste 11.636.728 1.612.000 7,2
Norte 12.900.704 3.870.000 3,3
Sul 25.127.606 577.000 42,3
Nordeste 47.741.711 1.561.000 29,8
Sudeste 72.412.411 927.000 75,7
Essa estimativa não inclui a população rural da Região Norte.

A SAÚDE DO BRASILEIRO
Segundo o PNAD de 1998, publicado em 1999, houve uma melhora na saúde dos brasileiros, mas uma mudança
radical nos tipos de morte encontradas que hoje mais se assemelham aos países desenvolvidos. Esses tipos de
morte são causadas por:
Enfermidades infecciosas
Afecções crônicas degenerativas
Distúrbios Cardiovasculares
Tumores malignos
Houve redução de mortes por causas:
Epidêmicas
Parasitárias
As desigualdades regionais e interestaduais na mortalidade infantil continuam apresentando os seguintes dados:
NE: 58 por mil
SUL/SE: 20 por mil
Exemplos extremos:
Maior índice de mortalidade infantil: AL: 72 por mil
Menor índice de mortalidade infantil: RS: 19 por mil
Por quê o Brasil ainda mantém uma taxa de mortalidade infantil alta?
• OMS determina que durante o período de gestação, a mulher deve ter pelo menos seis consultas e, no Brasil,
apenas 50% das grávidas atingem este patamar.
• Cerca de 52% da mortalidade infantil brasileira, em crianças com menos de 7 dias, ocorre entre filhos de
mulheres que não tiveram o atendimento pré-natal.
• Com o declínio da mortalidade infantil do Brasil, nosso país assegurou completamente seu compromisso com
a Cúpula Mundial da Criança. Entretanto, a taxa de mortalidade infantil ainda é alta: 32%º.

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Densidades demográficas brasileiras


As regiões Sudeste, Sul e Nordeste,
cuja área é pouco maior que um terço do Santarém

território brasileiro, concentra mais de 80% de


nossa população. Os estados mais populosos
do Brasil (SP, MG, RJ, BA e RS) concentram
mais da metade da população brasileira. Esses
dois exemplos explicam a irregularidade da Brasília
concentração demográfica do país. densidade (hab./km)
Encontramos também no país áreas
até 2 Belo Horizonte
densamente povoadas, como, por exemplo, a
baixada fluminense, o vale do Itajaí, a baixada 2 a 10 São Paulo

Santista, a zona da Mata nordestina e outras


10 a 100
mais.
Observe o mapa de densidades e mais de 100 FONTE: ADAPTADO DO IBGE,
identifique estas regiões. ATLAS GEOGRÁFICO, P.26

IDH - Brasil no ranking mundial em 2002: 73º lugar - Nota 0,757 , ficando atrás, na América Latina,
dos seguintes países: Argentina (34º), Uruguai (40º), Chile (38º), Costa Rica (43º), Trinidad Tobago (50º),
México (54º), Panamá (57º), Venezuela (69º), Colômbia (68º), Cuba (55º), entre outros.

Estrutura da população brasileira


Estrutura etária
A estrutura etária depende fundamentalmente das significa quase 9% do total. Em números absolutos,
características relacionadas às taxas de natalidade e cerca de 14 milhões de habitantes. Disso se conclui
de mortalidade e à expectativa de vida da população, que o Brasil possui uma da maiores populações de idosos
reflexo direto das condições sócio-econômicas e no mundo, sendo superior à população idosa encontrada
culturais do país. em países como França, Grã-Bretanha e Itália.
O ritmo do crescimento da população com mais O maior número de idosos do Brasil está concentrado
de 60 anos tem sido intenso. Veja os dados publicados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
pelo IBGE, comparando os dados de 1980 aos de 2000: O expressivo número de idosos na população
A população com menos de 20 anos cresceu 12% brasileira tem preocupado o Governo, que não se
neste período, enquanto que a população com mais de encontra preparado para o custo social que essa parcela
60, no mesmo período, cresceu cerca de 70%. da população representa.
Entre os idosos com mais de 60 anos, para cada Tal fato levou a modificações na Previdência Social,
120 mulheres, tem-se 100 homens. principalmente no que diz respeito às aposentadorias
O número de idosos na população brasileira da população.

Estrutura Ocupacional
Ocupando cerca de 46,2% de população ativa e 47%, somente nos anos 90.
cerca de 53,8% de população inativa, afirma-se que o Com o envelhecimento da população, a
Brasil tem problemas na sua PEA. Na tendência previdência nacional não está resistindo ao seu custeio,
Neo-Liberal adotada pelo governo brasileiro, o plano e deve-se levar em conta que este trabalhador informal,
econômico e a redução de gastos, aumenta o índice de quando envelhecer tentará obter uma pensão, mesmo que
desemprego do país. A utilização da terceirização seja mínima. A previdência não agüentará pagar.
também ajudou a mudar o perfil do trabalhador. Chega-se a afirmar que desemprego e
Este fato levou milhares de brasileiros a se informabilidade são mais problemáticos que o
virarem por conta própria, surgindo uma forte economia envelhecimento demográfico do país. O IBGE, estima
informal. Segundo o IBGE (dados do censo), o número que esta economia já tenha atingido a mais de 25% da
de carteiras assinadas caiu do patamar de 53% para população ativa do país.
FONTE: IBGE, ANUÁRIOS
ESTATÍSTICOS DO BRASIL

Brasil: Distribuição da população ativa por setores de atividade ( % )


Setor 1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996
Primário 70,2 60,7 54,0 44,2 29,0 22,5 21,0
Secundário 10,0 13,1 12,7 17,8 25,0 23,0 24,0
Terciário 19,8 26,2 33,3 38,0 46,0 54,5 56,0*

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Migrações Populacionais
A movimentação das populações dentro do país sempre obedeceu a razões econômicas. O Brasil sempre
foi um país caracterizado por um intenso processo migratório interno. Nesse século, sem um programa efetivo
de fixação do homem ao campo, registra-se um forte movimento populacional com direção certa: a cidade - o
êxodo rural - e a conseqüente concentração de população nas cidades industrializadas, em busca de melhoria
econômica e progresso material.

A MIGRAÇÃO INTER-REGIONAL NO BRASIL

A mudança no destino e na intensidade das correntes migratórias brasileiras

1940 - 1970
O grande fluxo dos nordestinos
Os fluxos migratórios inter-regionais são uma
constante na história brasileira. Desde o século XVIII,
a Região Nordeste transformou-se em área de repulsão
populacional.
A industrialização do Centro-Sul do Brasil
acelerou o processo de repulsão populacional
nordestina. A estagnação econômica e a extrema
concentração fundiária transformaram o Nordeste em
um vasto depósito de mão-de-obra para os centros
industriais do Sudeste.
A presença desta população no Sudeste, e no
Sul provocaram, na década de 80 (“Década Perdida”),
falta de moradias, desemprego, subempregos e
marginalização social. Veja o mapa.

1970
A Nova Fronteira Agrícola do Brasil
A partir da década de 70, a região Sul passou a
ter importância como área de saída populacional em
direção à nova fronteira agrícola brasileira (MT, RO).
O desenvolvimento na região Sul, o aumento das
culturas mecanizadas (como a soja), a geada negra
que atingiu a cafeicultura e o crescimento do tamanho
médio das propriedades foram fatores que colaboraram
para a expulsão dos trabalhadores rurais e dos pequenos
proprietários.
O Paraná registrou a maior saída de migrantes
do Sul.
A população da região Centro-Oeste cresceu
73% na década de 70, enquanto a Norte obteve maior
crescimento populacional na década de 80. Nessas
duas regiões, o crescimento deu-se devido ao forte
fluxo migratório, favorecido pelo projeto de colonização
e pela abertura de novas rodovias.
Rondônia registrou crescimento migratório, pois
sua população aumentou 342% na década de 70.

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Anos 90
A Atração dos Centros Regionais

Na década de 90, devido à crise econômica, têm ocorrido duas


situações:
• Primeira: a migração de retorno, em que milhares de
nordestinos, expulsos do mercado de trabalho em
contração, retornam a suas cidades de origem.
• Segunda: o crescimento nas áreas industriais e
agroindústrias das capitais regionais, cidades com forte
atração dos migrantes brasileiros.
A década de 90 registra o fim das grandes correntes migratórias,
como a dos nordestinos ou a dos paranaenses.
Migrações pendulares ou commuting Transumância
Trata-se do movimento de vai-e-vem dos É o movimento sazonal, imposto pelo clima,
trabalhadores urbanos típicos das grandes cidades. O quando a população desloca-se de uma área para outra
salário e a especulação imobiliária afastam os em determinadas épocas.
trabalhadores obrigando-os a percorrer longas Pode-se afirmar que existe um tipo de transumân-
distâncias entre o trabalho e suas casas. Deve-se cia no Brasil, quando a seca pronunciada do sertão
lembrar também dos pequenos centros urbanos faz o trabalhador se deslocar para outras áreas à procu-
próximos às grandes cidades, que funcionam como ra de trabalho, e a chuva traz de volta este homem à
cidades dormitórios. sua terra. Sertão ® Zona da Mata (cultura canavieira).
A Urbanização Brasileira
O Brasil foi país de tradição agrícola até 1960, quando apresentava uma população predominante rural;
com a expansão da industrialização, este quadro é alterado.
Veja na tabela abaixo esta mudança.

BRASIL OS ESTADOS MAIS OS ESTADOS MENOS


Anos Rural Urbana URBANIZADOS DO PAÍS: URBANIZADOS DO PAÍS:
Estado Percentual Estado Percentual
1950 64% 36%
1960 55% 45% Rio de Janeiro 96% Maranhão 59,5%

1970 44% 56% São Paulo 93,4% Piauí 62,9%


1980 36% 64% Amapá 89% Acre 66,4%
1991 25% 75% M. Grosso do Sul 84,1% Rondônia 64,1%
2000 18,8% 81,2% Rio Grande do Sul 81,7% Alagoas 68%
Obs.: Distrito Federal e Minas Gerais apresentam respectivamente 95,7% e 82%.

URBANIZAÇÃO POR REGIÕES - 2000


FONTE: SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS 2000 / IBGE

100

80

60

40

20
81,23
18,77

69,83
30,17

69,04
30,96

90,52

80,94
19,06

86,73
13,27
9,48

0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-
Oeste
População urbana População rural

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Hierarquia Urbana Brasileira


Metrópoles nacionais: São Paulo e Rio de Janeiro, cujas áreas de influências ultrapassam as fronteiras de
seus estados, ou da região em que se localizam ou, até mesmo do Brasil, como no caso de São Paulo.
Metrópoles regionais: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, e Porto Alegre
Capitais regionais: Manaus, Cuiabá, Campo Grande, Bauru, Ribeirão Preto, Uberlândia, Londrina.
Centros regionais: Caxias do Sul, Londrina, Ribeirão Preto, Montes Claros, Campos, Feira de Santana.
Centros sub-regionais: Gramado, Ponta Grossa, Lambari, Santarém.
Centros locais: Formiga, Dourados, Limoeiro do Norte.

As Regiões Metropolitanas do Brasil


O crescimento das grandes cidades do Brasil foi tão intenso que, em muitas delas, seus limites urbanos
acabaram se encontrando com os limites de municípios vizinhos, provocando o fenômeno da conurbação.
Estes grandes aglomerados humanos trazem como conseqüência inúmeros problemas, como:
1º - Falta de transporte urbano compatível com o fluxo diário.
2º - O saneamento básico não atinge toda a cidade e expõe a população de baixa renda a diversos tipos de
doença.
3º - O uso inadequado do solo, já que na área urbana o custo do terreno é caro. Aparecem as favelas nas
áreas de barrancos ou próximas a rios que servem como esgotos, gerando grandes problemas nos
períodos chuvosos.
4º - A marginalidade social, o desemprego, subemprego, o tráfico de drogas, o pivete urbano, etc.
5º - O atrito social entre a população de alta e média renda, que tornam suas casas “gradeadas” com o
medo da violência urbana.

URBANIZAÇÃO
Segundo o IBGE, o estudo das regiões metropolitanas brasileiras, aos quais foram acrescentadas a região
integrada de desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE) revela as diferentes escalas do processo de urbanização
brasileira.
Leia abaixo os textos dos professores Lúcia Marina de Almeida e Tércio Barbosa Rigolin – Ed. Ática, 2002:

“Segundo o IBGE devemos distinguir áreas metropolitanas plenas e áreas metropolitanas emergentes.
O número mínimo de habitantes para as regiões metropolitanas plenas é de 800 mil em seu município
central. Já as regiões metropolitanas emergentes possuem um número menor de habitantes em seu município
central, mas os municípios em seu entorno podem apresentar um patamar suficiente para construir uma aglomeração
urbana integrada.
Duas exigências são feitas para que as regiões sejam consideradas metropolitanas emergentes:
• Que apresentem densidade demográfica igual ou superior a 60 Hab/km2.
• TenhaM um percentual de população economicamente ativa – PEA – em atividades urbanas igual ou
superior a 65% da PEA total”.
Segundo o IBGE, são doze as regiões metropolitanas plenas e dez regiões metropolitanas emergentes.

Nº Região Metropolitana Nº de Município Principal


Plena municípios
1 São Paulo 39 São Paulo
2 Rio de Janeiro 19 Rio de Janeiro
3 Salvador 10 Salvador
4 Belo Horizonte 33 Belo Horizonte
5 Fortaleza 13 Fortaleza
6 RIDE 23 Brasília
7 Curitiba 25 Curitiba
8 Recife 14 Recife
9 Porto Alegre 30 Porto Alegre
10 Belém 5 Belém
11 Goiânia 11 Goiânia
12 Campinas 19 Campinas

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Nº Região Metropolitana Nº de Município Principal


Emergente municípios
13 São Luís 4 São Luís
14 Natal 6 Natal
15 Londrina 6 Londrina
16 Baixada Santista 9 Santos
17 Norte/Nordeste Catarinense 19 Joinville
18 Florianópolis 22 Florianópolis
19 Maringá 8 Maringá
20 Grande Vitória 6 Vitória
21 Vale do Itajaí 16 Blumenau
22 Vale do Aço 4 Ipatinga

Regiões Metropolitanas com áreas mais verticalizadas:


• Salvador
• Rio de Janeiro
• Porto Alegre
• Distrito federal

ITENS ENCONTRADOS NO CENSO DE 2000 QUE MERECEM DESTAQUE:


• Melhoria da qualidade de vida em relação a 1991.
• Queda na taxa de analfabetismo 1991 - 20%; 2001 - 13%
• Melhoria na infra-estrutura, maior número de casas com água tratada e esgoto.
• Redução da taxa de natalidade: 2,4% (1980); 1,89% (1991); 1,3% (2000)
• Taxa de fecundidade mostra queda: 2,9% (1991) - 2,35% (2000)
• Aumento do índice de senilidade: 7% (1991) - superior a 8,4% (2000)
• Aumento da população economicamente ativa.
• Redução do crescimento das grandes metrópoles.
• A ocorrência de mais de 2,5 milhões de mulheres a mais do que homens, o que tem pouco significado numa
população de quase 170 milhões de pessoas e que as mulheres vivem mais.

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A AGRICULTURA
A importância da atividade agrícola está apoiada em Agricultura - População e Área Cultivada
variados aspectos:
1º - é responsável pela produção de alimentos Continente População Pop. econ. Área cult.
necessários à manutenção da vida humana Rural (%)* ativa (% sobre o
no planeta. na agric. (%)* total)**
2º - é uma atividade econômica lucrativa. África 62,3 57,6 6,5
3º - é fornecedora de uma enorme variedade de América do Norte 22,8 2,1 11,7
matérias-primas destinadas à indústria. América Central 32,5 24,0 22,1
4º - exerce papel importante nas relações político- América do Sul 20,2 17,8 6,6
econômicas entre as nações. Ásia 62,4 56,3 17,5
Sem dúvida, seu papel mais importante é o Europa 25,0 8,6 13,8
Oceania 29,8 19,0 6,4
fornecimento de alimentos para a humanidade e,
embora tenha havido grande progresso nas técnicas * PROJEÇÃO PARA 2000. ** DADOS DE 1997. FONTE: FAO
agrícolas, grande parcela da população mundial ou é
subnutrida ou passa fome, demonstrando a força do FONTE: ALMANAQUE ABRIL 2000
papel político da atividade agrícola. Leia o texto a
seguir do professor Marcos de Amorim Coelho: A atividade agrícola sofreu grandes modificações a
“A fome é muito mais decorrente de fatores políticos partir do século XVIII, com introdução de maquinários
e econômicos do que propriamente da existência de desenvolvidos através do processo da Revolução
condições naturais adversas ou da falta de alimentos. Industrial.
O mecanismo capitalista (dominador versus O espaço agrícola, que até então comandava a
dominado) tem suas facetas diabólicas, como economia dos países, desenvolve uma relação de
mostram, por exemplo, estes fatos: interdependência com o espaço industrial, tornando-
• Milhões e milhões de pessoas passam fome, se ambos espaços econômicos complementares. Veja
no entanto a produção de alimentos é suficiente o esquema:
para alimentar toda a humanidade.
• O Brasil é um dos maiores produtores mundiais alimentos
de alimentos, mas milhões de brasileiros são matérias-primas
subnutridos.
• Embora a maior parte dos países Espaço agrícola Espaço industrial
subdesenvolvidos tenha predomínio de rural urbano
população rural e economia baseada na
maquinários
produção de alimentos e matérias-primas, eles
mercado consumidor
não são os maiores produtores, tampouco os
maiores consumidores de alimentos.
• É inegável que, mesmo no Terceiro Mundo, nos
últimos 25 anos, a agricultura sofreu um Complementariedade
significativo processo de modernização
(variedade híbrida de sementes, mecanização
da agricultura, uso de fertilizantes químicos, etc.) São três os fatores econômicos que determinam a
e de aumento da produção, entretanto o número produção agrícola:
de famintos aumentou. (grifo nosso)”. - Terra
COELHO, MARCOS DE AMORIM. - Trabalho
GEOGRAFIA GERAL. O ESPAÇO NATURAL E SÓCIO-ECONÔMICO. - Capital
ED. MODERNA, 3ª ED. SP. SÃO PAULO. PÁG. 251. Da combinação desses três fatores resultam os
variados sistemas agrícolas existentes.

Segundo a FAO - Organização das Nações OS SISTEMAS AGRÍCOLAS


Unidas para a Agricultura e a Alimentação, no ano 2000,
mais da metade da força de trabalho dos continentes De modo geral, podem ser classificados como:
africano e asiático, está empregada na atividade agrícola, intensivos ou extensivos.
sendo responsável por uma parcela significativa do
A noção contemporânea de sistema intensivo ou
produto interno bruto de muitos países. Nesses
extensivo está ligada ao grau de capitalização e ao
continentes mais da metade da população é rural.
índice de produtividade, independentemente do
Entretanto, nos países ricos, onde uma pequena parcela
tamanho da área cultivada ou de criação. As
da população é rural, o uso da tecnologia na agricultura
propriedades que, através da utilização de modernas
faz com que esses países, especialmente aqueles que
técnicas de preparo do solo, cultivo e colheita,
possuem grande área agricultável, se transformem nos
apresentam elevados índices de produtividade e
maiores produtores agrícolas do mundo.
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conseguem explorar a terra por um longo período de colheita. De toda forma, não haverá excedente de capital
tempo, praticam agricultura intensiva. Já as para ser investido em melhorias técnicas.
propriedades que se utilizam da agricultura tradicional
– aplicação de técnicas rudimentares, apresentando Agricultura de Jardinagem
baixo índice de exploração da terra e obtendo, assim,
baixos índices de produtividade – praticam Esse sistema agrícola procura obter o máximo
agricultura extensiva. de produção do menor espaço possível, com o objetivo
de alimentar o maior número de pessoas.
São muitos e diferentes os sistemas agrícolas Desenvolveu-se no leste e sudeste asiático, região
praticados no mundo. superpovoada, onde ocorrem as monções, que ainda
Conheça alguns deles: determinam o calendário agrícola.
Devido à pressão demográfica, algumas
Agricultura de Subsistência melhorias técnicas, como seleção de sementes,
adubação, terraceamento, avanços biotecnológicos e
Nesse sistema agrícola, o fator capital é pouco técnicas de preservação do solo foram implementadas
presente. Desenvolve-se em pequenas e médias gerando alta produtividade. Isso também gera a fixação
propriedades ou em parcerias com grandes latifundiários. da família na terra, não havendo a necessidade de
(terra) mobilização em busca de novas áreas agrícolas.
A mão-de-obra (trabalho) é familiar. A utilização maciça de mão-de-obra é
As técnicas (capital) utilizadas são rudimentares. decorrência da pressão demográfica existente na região,
A produtividade é muito baixa. que necessita ocupar grande contingente populacional,
O solo esgota-se rapidamente e o cultivo passa reduzindo o uso de maquinários.
a ser praticado em novas áreas; daí, o nome itinerante Sua produção destina-se basicamente ao
dado a esse sistema. abastecimento do mercado interno, embora alguns
O produto é destinado basicamente ao sustento países já estejam inseridos no mercado mundial de
familiar, seja através do cultivo, seja através da venda da alimentos.

Agricultura de “Plantation”
Praticada desde os tempos coloniais, a “Plantation” desenvolveu-se e adequou-se aos modernismos industriais
impostos à atividade agrícola. Entretanto, ainda persistem relações de trabalho semi-escravo nessas grandes
propriedades, quando se trabalha em troca de moradia e alimentação.
Destina-se ao abastecimento do mercado externo de produtos tropicais.
Utiliza-se das melhores terras, prejudicando a produção de produtos agrícolas essenciais. Reforça a existência
dos latifúndios e a destruição das lavouras de subsistência.
Reforça, também, a divisão da sociedade em classes antagônicas: proprietários capitalistas e trabalhadores
assalariados.
A prática da monocultura de exportação traz a dependência e a instabilidade econômica para o país.
Veja, no mapa, exemplos de “plantations” pelo mundo tropical.

Agricultura de “Plantation” (séc. XX)

FONTE: MAGNOLI, DEMÉTRIO E ARAÚJO, REGINA. A NOVA GEOGRAFIA -


ESTUDOS DE GEOGRAFIA GERAL. 1ª EDIÇÃO - 1992.

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Os cinturões verdes e as bacias leiteiras


Ao redor dos grandes centros urbanos, onde a terra é valorizada, pratica-se agricultura e pecuária intensivas
para atender às necessidades de consumo da população local. Nessas áreas, produzem-se hortifrutigranjeiros
e cria-se gado para a produção de leite e laticínios em pequenas e médias propriedades, com predomínio da
utilização de mão-de-obra familiar. Após a comercialização da produção, o excedente obtido é aplicado na
modernização das técnicas.
São exemplos o “green belt” e o “dairy belt” americanos.

As agroindústrias
Nesse sistema, predomina o fator capital que, largamente investido, buscou o mais avançado grau de
tecnologia aplicado à agropecuária.
Originam-se nos países ricos do Norte, porém já estão implantadas nas regiões mais desenvolvidas dos
países subdesenvolvidos industrializados.
A produtividade é muito alta, em decorrência da seleção de sementes, uso intensivo de fertilizantes, elevado
grau de mecanização no preparo do solo, no plantio e na colheita, utilização de silos de armazenagem, sistemático
acompanhamento de todas as etapas da produção e comercialização por técnicos, engenheiros e administradores.
Funciona como uma empresa e sua produção é voltada ao abastecimento tanto do mercado interno quanto do
externo. Nas regiões onde se implantou esse sistema agrícola, verifica-se uma tendência à concentração de
terras, na medida em que os produtores que não conseguem acompanhar a elevação dos níveis de produtividade
perdem condições de concorrer no mercado e acabam por vender suas propriedades. É o sistema agrícola
predominante nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, União Européia (com exceção da região mediterrânea) e
porções da Argentina e do Brasil (regiões onde se cultivam soja e laranja, por exemplo).
São também características das agroindústrias:
• a agressão ao meio ambiente (agrotóxicos, desmatamento, etc.) e a destruição das lavouras de subsistência;
• o aumento do trabalho assalariado, dos “bóias-frias” e do êxodo rural;
• a conquista e a ocupação de novas terras, os conflitos sociais pela posse da terra;
• aperfeiçoamento dos mecanismos de comercialização e de escoamento da produção;
• crescente aumento do número de produtores especializados e da produtividade agrícola;
• elevada interferência e domínio das grandes empresas e multinacionais na produção, na comercialização e na
industrialização dos produtos agropecuários.
Nos Estados Unidos, as grandes propriedades se organizaram em cinturões (belts), em função das
características do clima e do solo. O alto nível de capitalização exigiu uma especialização produtiva em
grandes propriedades.

O Panorama agropecuário nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos: uma comparação


Nos países desenvolvidos, de modo geral, a agricultura e a pecuária são praticadas de forma intensiva, com
grande aplicação de capital, responsável pelo alto índice de utilização de agrotóxicos, fertilizantes, técnicas
aprimoradas de conservação e correção de solos, seleção e cruzamento de espécies e mecanização. É pequena
a utilização de mão-de-obra no setor primário da economia.
Como resultado, obtém-se um enorme volume de produção que abastece o mercado interno e o mercado mundial.
Qualquer quebra da safra norte-americana ou européia tem reflexos no comércio mundial e na cotação de
preços dos produtos agrícolas.
Mesmo com esse desempenho esse setor tem pequena expressão na economia dos países ricos.
Nos países subdesenvolvidos, o quadro da atividade agropecuária não apresenta homogeneidade, já que
existem enormes contrastes entre os países, e entre as regiões de um mesmo país, deste bloco.
Convivem, lado a lado, sistemas agrários mais avançados com sistemas arcaicos de cultivo e criação.
A “plantation” desempenha papel importante e as agroindústrias já se fazem presentes e tendem a aumentar
seu campo de ação.
Com esse panorama, o sistema agrário tem papel importante na economia dos países desenvolvidos, sendo
responsável por significativa parcela do PIB (Produto Interno Bruto) e da PEA (População Economicamente Ativa).

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Para você ler


A Agricultura nos Desertos Quentes
Até poucas décadas atrás, a agricultura nos desertos quentes esteve restrita aos oásis, onde se pratica até
hoje um sistema de rotação de culturas (tamareiras, trigo, centeio, alguns legumes e frutas) com baixa rentabilidade.
Entretanto, nos dias de hoje, em algumas áreas desérticas do planeta, obtêm-se elevados índices
de produtividade e rentabilidade, através da instalação de eficientes sistemas de irrigação. É o que se
verifica nos desertos de Negev (Israel), da Califórnia (Estados Unidos), de Sonora e de Chihuahua (México),
de Talara e de Piura (Peru) e na porção egípcia do Saara. No Brasil, destacam-se as regiões semi-áridas do
vale do São Francisco e Norte de Minas Gerais. Nessas áreas, investiram-se grandes capitais e a produção
voltou-se para o mercado mundial. O baixo custo do fator terra viabiliza maciços investimentos voltados
para a modernização agrícola e a expansão da área cultivada.
(SENE, EUSTÁQUIO, MOREIRA, JOÃO CARLOS. GEOGRAFIA. ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO. ED. SCIPIONE, SP. PÁG. 272)

Agricultura Socialista
Nos países onde foi implantada a estrutura socialista de produção, a questão agrária recebeu atenção
especial.
A propriedade particular da terra foi abolida e o Estado passou a gerenciar a produção agrícola, em nome
da coletividade. No auge do domínio socialista da produção, era o Estado quem determinava ONDE, QUEM, O
QUE - deveria ser plantado, de acordo com o que considerava necessidades daquela comunidade.
Surgem modelos agrários como as comunas chinesas e os Kolkhozes e Sovkhozes soviéticos.
A importância dada à agricultura era diferente nos dois maiores países socialistas do mundo.
Na China, a agricultura foi considerada a base do desenvolvimento, enquanto no espaço soviético, a
indústria mereceu todas as atenções.
São concepções da atividade agrária chinesa:
• a agricultura é a base do desenvolvimento e a indústria, o fator dirigente;
• auto-suficiência primeiro, mecanização depois .
As comunas populares tornam-se unidades sociais básicas da China. São comunidades que passaram
a desempenhar, além da atividade agrícola, outras funções, tais como culturais, educacionais, políticas, industriais
e de defesa do território chinês. A comuna é cidade e campo ao mesmo tempo.
A partir dessa concepção, criaram-se as bases para um posterior desenvolvimento e crescimento indus-
trial, que fez da China a “surpresa “econômica do final do século XX, como a principal das economias emergentes
do mundo.
Apesar do espaço soviético ter se tornado uma das grandes potências agropecuárias do mundo possuindo
grande extensão territorial, solos férteis, expressiva mão-de-obra, intensa mecanização, vários problemas
resultaram em insucessos no setor agrícola.
Os principais fatores do insucesso soviético são:
• maior prioridade à produção industrial e bélica;
• condições climáticas desfavoráveis em grande parte do território (secas, invernos muito rigorosos, etc.);
• ineficiente sistema de armazenamento e de escoamento da produção;
• excessiva burocratização e centralização administrativa.
O fracasso agropecuário soviético causou o desabastecimento do mercado interno, causa importante da
desagregação da União Soviética, ocorrida no início da década de 90.

A PECUÁRIA NO MUNDO
A atividade pecuária beneficiou-se grandemente da introdução de tecnologias modernas, que vão desde
uma adequação da alimentação do gado, visando alcançar o peso necessário para o abate, até a manipulação
genética, aprimorando e selecionando espécies e tornando-as adequadas ao propósito final da criação.
Dessa forma, vários setores da pecuária foram modernizados e tornados eficientes para o mercado
internacional.
Logicamente, essas melhorias são praticadas nos países ricos do norte. Nos países do sul ainda acontece
a permanência de práticas pecuárias arcaicas.

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BRASIL - ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS


A ocupação do espaço brasileiro pelas atividades agrárias apresenta-se diversificada, refletindo as diferenças
regionais, físicas, históricas, sócio-econômicas e a política agrária do país.
O reflexo dessa diversa paisagem agrária é visto no espaço rural brasileiro. Espaços agrários apresentando
cultivos monocultores, utilizando modernos sistemas e tecnologias agrícolas, com alto índice de produtividade
convivem com roçados policultores, cultivados com técnicas arcaicas.
O mito de que a terra brasileira seria uma “terra em que se plantando tudo dá” poderia se tornar uma
verdade se houvesse uma política agrária global para o país partindo de uma iniciativa do governo central. Cerca
de 70% do solo brasileiro é constituído por terras agricultáveis, porém apenas 10% desta área está ocupada por
lavoura ou pecuária. De cada 7 hectares bons para o plantio, apenas 1 está produzindo. Comparado ao índice
mundial médio – 22% – de aproveitamento agrícola dos solos, os 10% brasileiros tornam-se vergonhosos.
Países como a China, com sérios problemas naturais – montanhas, desertos, poucos rios – produzem
cinco vezes mais grãos que o Brasil.
Mesmo aproveitando mal os seus recursos, o Brasil apresenta resultados muito importantes.
Veja:
- é o 4º produtor mundial de grãos;
- é o 1º exportador mundial de café, suco de laranja, farelo de soja e açúcar;
- a produção agrícola representa 7,8% do PIB nacional;
- se à produtividade forem agregados os outros negócios que complementam a agricultura –armazéns,
tratores, insumos – chega-se a 35% do PIB.
Para melhorar o desempenho dessa atividade são necessárias medidas tais como:
- avaliação técnica para determinar o melhor uso da terra;
- substituição de cultivos pouco rentáveis por outros de maior valor no mercado;
- utilização de tecnologia correta melhorando a produtividade;
- ampliação do critério agrícola aos pequenos e médios proprietários, com dilatação do prazo de pagamento
e redução das taxas de juros;
- ampliação do número de cooperativas agrícolas;
- treinamento e especialização de mão-de-obra;
- e, urgentemente, promover uma real Reforma Agrária no país, redimensionando o atual panorama
agrícola brasileiro.
Veja os dados e retire suas conclusões:

ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO BRASIL


Estabelecimentos Área

28,90%
52,90% 2 35,10%
4

3
1 37,10% 2 5
3
15,00%
5
8,90% 18,50%
1 < 10 ha 2,70%
0,04%
2 10 a 100 ha 1
0,80% 3 100 a 1.000 ha
4 4 1.000 a 10.000 ha
5 > 10.000 ha FONTE: CENSO AGROPECUÁRIO.

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USO DA TERRA NO BRASIL


476.275 ha

1
Não apropriadas por
1
estabelecimentos agrícolas
2 Lavouras 2 52.148 ha
3 Pastos
4 Silvicultura 6
19.424 ha 5 3
5 Sem uso
179.188 ha
6 Inaproveitáveis 118.198 ha
4 5.967 ha
FONTE: ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - 1992, IBGE.

Relação de Trabalho no Meio Rural


• Trabalhadores sazonais: conhecidos como volantes, corumbas, peão de trecho ou bóias-frias.
• Arrendatários: trabalhadores que pagam uma renda fixa pela utilização da terra.
• Parceiros, Terça, meeiros: que pagam o uso da terra com uma parte do lucro ou da produção.

A PECUÁRIA
Tipos de criação
Bovina
São características do tipo de criação: extensiva e intensiva.

EXTENSIVA INTENSIVA
• Utilização de extensas áreas; • Utilização de áreas menores;
• O gado é criado solto no pasto; • O gado é criado estabulado;
• Os rebanhos são mais numerosos; • As pastagens são mais selecionadas;
• Os rebanhos recebem menos cuidados; • O gado recebe alimentação complementar;
• Geralmente destina-se ao abate. • Os rebanhos são menores;
• O gado recebe mais cuidados técnicos;
• Geralmente destina-se à produção leiteira.

PECUÁRIA BRASILEIRA • Alta incidência de mortalidade, principalmente de


animais jovens;
A pecuária brasileira coloca-se entre as maiores do • Crescimento retardado, devido à perda de peso nas
mundo, apesar do inúmeros problemas inseridos na estiagens e alimentação incompleta;
criação do gado. • Perdas de peso ou morte nos deslocamentos entre
O baixo nível cultural, as práticas defeituosas, a as áreas produtoras, de engorda e de abate;
inadequação da estrutura fundiária, as grandes • Baixa rentabilidade geral, impedindo a introdução
distâncias, baixo nível tecnológico, o alto preço dos de métodos zootécnicos modernos;
medicamentos são fatores que pesam no rendimento • Dificuldades de mercado nacional e de exportação;
da pecuária. • A idade média do gado bovino para o abate é muito
Os principais problemas enfrentados são: elevada e o peso médio é baixo, causando uma taxa
de desfrute (percentual do rebanho abatido
• Baixa qualidade da maior parte do rebanho nacional; anualmente) muito baixa;
• Baixa fertilidade dos rebanhos, decorrente da • A relação bovino-habitante é baixa (0,9 bovino por
alimentação e manejo deficientes e da grande habitante) e o consumo per capita de carne e leite é
ocorrência de doenças; também muito baixo.
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Características do rebanho brasileiro


De Pecuária de corte:
Há uma concentração acentuada nos estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul.
Considerando-se a distribuição da pecuária de corte, podem ser citados:
SÃO PAULO MINAS GERAIS MATO GROSSO DO SUL RIO GRANDE DO SUL
• Alta Sorocabana • Triângulo Mineiro • Campos de Vacaria • Campanha Gaúcha
(Presidente Prudente) • Região de Montes • Pantanal
• Alta Nordeste Claros
(Araçatuba e Barretos) • Médio Jequitinhonha

Quanto ao regime de exploração, há diferenciações entre essas áreas:


• Em São Paulo o destaque é para atividade de engorda (invernadas), já que SP recebe parte do gado proveniente
do Centro Oeste (MS, GO) e MG.
• Em Minas Gerais (Triângulo Mineiro) o destaque é para a produção e comercialização de animais de raça pura,
especialmente reprodutores zebuínos.
• Mato Grosso do Sul - produção de corte destinada a São Paulo.
De Pecuária leiteira:
É no Sudeste que se encontram as principais bacias leiteiras do Brasil, em SP, MG e RJ, cuja produção
visa ao abastecimento dos maiores centros consumidores brasileiros.
O rebanho leiteiro é de cerca de 13 milhões de cabeças (de vacas ordenhadas no Sudeste).
As áreas mais importantes, quanto à pecuária leiteira, são:
SÃO PAULO RIO DE JANEIRO MINAS GERAIS
• Vale do Paraíba • Vale do Paraíba • Sul de Minas Gerais
• Região de S. João da Boa Vista • Norte fluminense • Zona da Mata Mineira
• Região de S. José do Rio Pardo - Mococa • Bacia leiteira de Belo Horizonte
• Região de Araras - Araraquara • Alto Paranaíba
É bom lembrar que a pecuária leiteira aparecerá sempre próxima de um grande centro urbano. Citamos aqui
apenas as principais bacias leiteiras, que estão principalmente próximas aos grandes centros brasileiros.

Bezerra brasileira é clone de embrião


Vitória nasceu da clonagem de uma célula de um embrião de cinco dias, metodologia diferente da usada para
criar a ovelha escocesa Dolly – clone de um animal adulto. A clonagem de adultos é muito mais difícil do que a de
embriões, mas também é feita pela Embrapa. Dentro de alguns meses a Embrapa espera ver o nascimento dos
primeiros clones de animais adultos no Brasil.
Os clones de vacas adultas estão em gestação, mas os pesquisadores da Embrapa preferem esperar pelo resultado
antes de comemorar. Os clones foram produzidos a partir do DNA de uma célula de orelha de vaca.
Com a clonagem de animais, será possível ao Brasil conquistar maior competitividade no mercado internacional.
No futuro, será possível produzir bovinos resistentes a doenças, como a febre aftosa e o mal da “vaca louca”.
RECEITAS DIFERENTES
Os métodos que criaram a bezerra brasileira e a ovelha escocesa.
VITÓRIA DOLLY

Os cientistas extraíram Os cientistas extraíram


o núcleo de um óvulo. o núcleo de um óvulo.

No lugar, colocaram células de um Ele foi substituído por célula retirada da


embrião bovino de cinco dias. glândula mamária de uma ovelha adulta.

O produto dessa fusão foi Outra fêmea recebeu o material resultante.


transferido em seguida para o útero Ela emprestou o útero para gestar Dolly,
de uma vaca. como uma barriga de aluguel.

Vitória é igual ao embrião Dolly é uma cópia da ovelha que doou a


doador das células. célula mamária.

FONTE: ÉPOCA 26/03/01


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RECURSOS NATURAIS
Os recursos naturais são os bens fornecidos pela natureza: a água, o sol, o ar, o solo, a vegetação, a flora,
a fauna, os minerais, etc.
A crosta terrestre, uma fina camada com apenas 0,6% do volume total do planeta, fornece os combustíveis,
metais e minérios que consumimos. A crosta contém pequenas quantidades da maioria dos metais. Apenas
alumínio, ferro e magnésio são abundantes.
- Recursos naturais renováveis: são aqueles que se gastam com o uso. São susceptíveis de
regeneração através de práticas conservacionistas. Ex.: solo, ar, florestas, o sol e a fauna.
- Recursos naturais não-renováveis: são aqueles que são destruídos pelo uso. Não são susceptíveis
de regeneração espontânea ou mesmo pela intervenção adequada do homem. Ex.: minerais,
combustíveis fósseis.
“A necessidade de disciplinar a utilização dos recursos naturais utilizados pela sociedade, principalmente
quando o homem percebe que determinado recurso tem que ser economizado, ou seja, melhor explorado, levou
a uma nova prática chamada de conservacionista.
(...) Denomina-se análise ambiental o estudo que se faz do funcionamento dos diferentes ecossistemas
pelo ser humano (...) Com o aumento da população, o surgimento de formas sociais mais complexas e, sobretudo,
com o processo de industrialização, a interferência e as perturbações provocadas pelo ser humano nos ecossistemas se
tornaram drásticas, e ficaram preocupantes as grandes questões ambientais de nossos dias (...)”
(COIMBRA, TIBÚRCIO. RETIRADO - GEOGRAFIA. UMA ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO. PÁG. 5)
Os recursos naturais são a base da segurança, do desenvolvimento, do poder e da riqueza de um país.
Por isso, o conservacionismo deve fazer parte da política sócio-econômica dos países. Entretanto, não se deve
esquecer que apenas a presença de recursos naturais e a prática do conservacionismo em um país não
determinam nem asseguram um desenvolvimento igualitário para todas as camadas da população, uma vez
que os recursos naturais, sozinhos, não criam riquezas.
A partir dos anos 60, com a formação das Sociedades Civis (ONG’S), o mundo capitalista começou a
sentir uma maior pressão em cima dos governos e das entidades internacionais, como BIRD, FMI, as
multinacionais, etc.
Com o surgimento dos RIMA’s - Relatório de Impacto Ambiental – nos anos 70, como instrumento
necessário aos grandes projetos de utilização do espaço natural, o homem “tenta” se organizar para melhor
aproveitar o que lhe oferece a natureza, mas falta muito para que haja uma consciência ambiental.
O que é um RIMA, e para que serve?
RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) é um trabalho multidisciplinar do qual participam diversos
profissionais, como: o geógrafo, o geólogo, o biólogo, o botânico, o historiador, o economista, o administrador,
etc.
Estuda o meio físico e suas implicações sócio-econômicas, as condições para a implantação de um
projeto, tendo como base as tendências mais modernas da tecnologia sem agressões ao espaço natural.
Espera-se do RIMA um prognóstico das possíveis alterações ambientais de um projeto, se ele causará
ou não modificações que poderão mudar o espaço, apresentando as características positivas ou negativas de
sua implantação.

OS RECURSOS MINERAIS

Mineral
É um elemento ou composto químico, resultante, em geral, de processos inorgânicos de composição
química geralmente definida, encontrado naturalmente na crosta terrestre.

Rocha
É um agregado natural formado por um ou mais minerais. As rochas são classificadas em magmáticas,
sedimentares e metamórficas, como já estudamos no livro anterior.
Os recursos minerais se distribuem de forma desigual pelo planeta. A distribuição regional dos recursos
minerais é levantada através de mapeamentos, resultado de pesquisas e sondagens feitas por equipamentos
sofisticados, como radares e imageamento de satélites. Entretanto, esses mapeamentos logo se tornam
ultrapassados, pois o levantamento dos recursos ainda é muito impreciso e limitado. Geralmente, a sofisticação
e utilização de equipamentos de última geração não são acessíveis aos países pobres do planeta, e suas
pesquisas tornam-se bastante prejudicadas.

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Observe no mapa abaixo a irregular distribuição das áreas carboníferas do mundo.


Principais jazidas carboníferas do mundo

Tomamos como exemplo o mapa de carvão mineral. Como sabemos, este combustível foi a grande sensação
da Revolução Industrial. A sua localização na Grã-Bretanha facilitou em muito este fenômeno histórico.
A sociedade industrial, neste caso, foi de extrema importância, pois foram suas reservas e produções que
mudaram o mundo no sentido das transformações ocorridas desde então.
Isto nos leva a:
A indústria extrativa mineral depende da identificação e da localização das reservas minerais, além da
conjuntura econômica e política mundial, à qual está subordinada. Alguns fatores determinam a possibilidade de
exploração de uma jazida mineral, como:
1º) A situação de consumo interno do mineral;
2º) O seu preço no mercado internacional;
3º) A viabilidade técnica e financeira da transformação do mineral;
4º) As condições de transporte;
5º) A constituição físico-química do recurso mineral.

Classificação dos Recursos Minerais

Tipos de Recursos Minerais

a) Minerais Metálicos, subdivididos em dois grupos:


Minerais Metálicos Ferrosos: ferro, alumínio, cromo, manganês, titânio, magnésio.
Minerais Metálicos Não-Ferrosos: cobre, chumbo, zinco, tungstênio, ouro, estanho, prata, platina,
urânio, mercúrio, molibdênio, entre outros.
b) Minerais Não-Metálicos:
• Minerais destinados a usos químicos, fertilizantes: cloreto de sódio, fosfatos, nitratos, enxofre,
calcário.
• Materiais de construção: cimento, areia, cascalho, gipso, amianto.
• Combustíveis fósseis: carvão mineral, petróleo, gás natural e folheto betuminoso.
• Água de lagos, rios e água subterrânea.

FONTE: BRIAN J. SKINEER. RECURSOS MINERAIS DA TERRA. SÃO PAULO, EDGARD BLÜCHER/EDUSP, 1970, P. 8.

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Neste estudo, vamos destacar apenas alguns recursos importantes para a vida do homem.
a) - alumínio
- ferro
- manganês (dos minerais metálicos ferrosos)
- cobre
b) Minerais não metálicos
- chumbo
- zinco Químicos - fosfatos - calcário

- tungstênio  petróleo

- ouro Combustíveis  carvão

- estanho  gás natural

- urânio (dos minerais não ferrosos)

ALUMÍNIO / BAUXITA

Visão geral

Alumínio
O alumínio, mineral mais abundante da crosta terrestre, é obtido da bauxita. São necessárias de 4 a 6
toneladas de bauxita para produzir duas toneladas de alumina, da qual se extrai apenas uma tonelada de
alumínio. Além disso, o processo de industrialização da bauxita consome enormes quantidades de energia
elétrica, tornando muito caro o processo de produção: uma usina considerada pequena, com capacidade de
produção de 100.000 t/ano, consome mais eletricidade do que uma cidade como Salvador.
Este mineral é controlado por um pequeno número de multinacionais. Entre elas, destacam-se ALCAN,
ALCOA, KAISER, REYNOLDS e PECHINEY, que detêm mais da metade da produção mundial de bauxita e
cerca de dois terços da produção mundial de alumínio.
Veja o contraste em relação ao alumínio e a bauxita: os países subdesenvolvidos detêm quase 70% da
produção mundial de bauxita, mas não produzem 5% do alumínio. E os Estados Unidos possuem menos de 4%
das reservas mundiais de bauxita e produzem 40% do alumínio mundial.
Veja o mapa da distribuição mundial de bauxita.

Bauxita: Distribuição Geográfica Mundial

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ALUMÍNIO / BAUXITA
Visão do Brasil
O Brasil está entre os cinco maiores Os pólos de alumínio - Albrás e Alumar
produtores de bauxita e alumínio, com uma pequena
vantagem para a bauxita. Porém a produção
brasileira é quase totalmente controlada pelas
grandes empresas multinacionais já citadas.
Dois grandes projetos na produção de
alumínio no Brasil, situam-se na região Norte e
Nordeste:
ALBRÁS – Belém, e ALUMAR - São
Luís. Três motivos explicam esta localização:
1º - proximidade das maiores reservas
brasileiras de bauxita;
2º - presença da hidrelétrica do Tucuruí;
3º - subsídio do governo de 20 anos com
desconto de 15% nas tarifas de ele-
tricidade. (Com garantia de que neste
prazo o custo com eletricidade não
ultrapassaria o preço de 20% do metal
no mercado internacional. (Devemos
ALBRÁS E ALUMAR.- FONTE - MINERAIS, MINÉRIOS METAIS -
lembrar que são essas multinacionais
EDUARDO LEITE DO CANTO - ED. MODERNA.
que controlam os preços).
Foi devido a estes dois projetos que o Brasil passou de importador a exportador deste recurso.
A principal empresa produtora de ferro, no Brasil, a Cia. Vale do Rio Doce, foi privatizada em 1997; sua
produção ultrapassa a metade do país. Os portos de Vitória (ES) e Sepetiba (RJ) são os destaques principais,
em menor escala o porto de Itaquí, no Maranhão, sendo o Japão um dos clientes de destaque do Brasil.
Veja, no mapa abaixo, o Quadrilátero Ferrífero, que continua sendo a principal área produtora do Brasil,
embora as maiores reservas apareçam na Serra dos Carajás (PA) (Projeto Carajás - SE do PA)
Quadrilátero Ferrífero - Complexo Siderúrgico e Eixos de Escoamento

Belo Horizonte
Sabará
Nova Santa Bárbara
Lima

Itabirito
Mariana
Ouro Preto
Congonhas

Sua produção destina-se, em sua maior parte, à exportação, sendo escoada através de dois eixos:
• pelo vale do Rio Doce, através dos portos de Vitória e Tubarão, transportada pela Ferrovia Vitória-Minas;
• pelo vale do Rio Paraopeba, através do Porto do Rio de Janeiro e do terminal de Sepetiba, transportada por
ferrovia.
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MINÉRIO DE FERRO
Visão Geral
Com inúmeras vantagens e pelas grandes
Principais produtores 5º Índia
ocorrências, o ferro é um dos metais mais utilizados
mundiais de minério de Maiores produtores
no mundo. Seu processo de fundição é
ferro de aço
relativamente simples, requerendo poucas
condições para tal: existência do recurso, carvão País País
(mineral ou vegetal), calcário e calor. 1º China 1º Japão
Porém não podemos esquecer que a 2º Fed. Russa 2º Estados Unidos
siderurgia não depende unicamente da exploração 3º Brasil 3º Alemanha
do ferro. Depende também de outros elementos 4º Austrália 4º Itália
para a sua produção, como: a utilização do níquel, 5º Índia
tungstênio, vanádio, cromo, cobalto e,
FONTE:9º Brasil ABRIL MUNDO 2000
ALMANAQUE
principalmente, o manganês, para a obtenção de
diversos tipos de aço. Veja na tabela acima a questão da produção do ferro e aço no
As maiores reservas de minério conhecidas mundo.
O Brasil se destaca como o segundo maior
no mundo são: as da Austrália, do Brasil e da
exportador de minério de ferro do mundo.
Rússia.

MINÉRIO DE FERRO
Visão do Brasil
Matéria-prima básica para a produção de aço, é o minério mais explorado pelo Brasil, representando cerca
de 20% da produção mineral não-energética do país. Suas exportações representam aproximadamente 85% do
valor total das exportações de minerais.
O Brasil é o primeiro produtor mundial de ferro. As reservas nacionais localizam-se, sobretudo, em Carajás
(PA), no Quadrilátero Ferrífero (MG) e, em menor escala, no maciço do Urucum (MS). A área produtora mais antiga
é o Quadrilátero Ferrífero. O Brasil assegura, cada vez mais, esta posição. Devemos lembrar também que grande
parte desta produção destina-se ao seu próprio parque siderúrgico, que se apresenta em grande expansão.
O projeto Grande Carajás não é só Ferro. Veja com atenção e analise o mapa abaixo:

ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO GRANDE CARAJÁS

Óxido de manganês
(eletrolítico)

Principais jazidas ou
depósitos

TO
FONTE: FRANCISCO R. C. FERNANDES ET ALLI. A QUESTÃO
MINERAL DA AMAZÔNIA. BRASÍLIA, MCT/CNPQ, 1987.

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MANGANÊS

Visão Geral
Utilizado de forma geral na indústria siderúrgica, é essencial para a composição do aço.
O mundo conta com grandes jazidas de manganês, cujo principal minério é a pirolusita, sendo o Brasil um
dos primeiros do mundo em reservas e na produção.
Além de sua grande importância na composição com o aço (15 a 50 Kg com teor 45% para uma tonelada
de aço), é também utilizado na fabricação de pilhas elétricas, esmaltes e na indústria química.
Maiores reservas mundiais:
Rússia - Brasil - Gabão

MANGANÊS

Visão do Brasil
No Brasil, este recurso aparece associado às rochas metamórficas algonquianas em companhia do minério
de ferro nos terrenos Proterozóicos.
As jazidas deste recurso deixam o Brasil entre as cinco maiores reservas mundiais, sendo um ótimo
exportador, principalmente para o mercado norte-americano.

Principais ocorrências no Brasil:

Minas Gerais - área do Quadrilátero Ferrífero, maiores concentrações próximas das cidades de Conselheiro
Lafaiete, Itabira e Ouro Preto.
- Destino - atende principalmente as áreas siderúrgicas do próprio mercado nacional.
Amapá - área Serra do Navio - já exaurida.

Mato Grosso do Sul - área: Pantanal - Maciço do Urucum


Cidade Corumbá
- Exploração - baixa, distante dos mercados consumidores; área promissora dentro do
MERCOSUL, cujos países precisam importar o manganês.
Bahia - área: cidades de Santo Amaro de Jesus, Brumado e Jacobina, produção baixa.
- Destino - mercado regional.

VISÃO GERAL VISÃO DO BRASIL

COBRE
Utilizado desde a antigüidade pelo homem, sendo A produção brasileira não é suficiente para atender o
o 3º metal mais consumido pelo mundo. Os mercado interno. É o recurso mais importado após o
países subdesenvolvidos respondem por 70% da petróleo. Principal área no Brasil - Bahia (Caraíba)
produção. Destaque: Chile, Zâmbia, Rep. Dem. mais de 90% da produção. Aparecem ainda: RS -
Congo. PA - Projeto Carajás
CHUMBO
Metal maleável e resistente à corrosão. Utilizado A produção brasileira não é suficiente para atender o
na fabricação de tubulações, placas e baterias. mercado. Destaque no Brasil: Bahia - Vale S. Fco. -
Largo emprego nas telecomunicações, nos hospitais, Macaúbas - Paraná - Adrianópolis - São Paulo - inte-
etc. Destaque: Rússia, Austrália, EUA e China. rior. A Bahia produz dois terços da produção nacional.
ZINCO
Metal utilizado principalmente para formar ligas A produção brasileira é insuficiente para atender o
como o latão, e na composição dos aços especiais mercado. Destaque no Brasil: Minas Gerais - Januária
(galvanização). Principais produtores mundiais - Vazante e Três Marias. (maior destaque). Deve-se
são Canadá, Austrália e EUA. ressaltar que a Bahia tem baixas produções.

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VISÃO GERAL VISÃO DO BRASIL

TUNGSTÊNIO
Utilizado na fabricação de aços especiais e na Com produção em destaque a nível mundial, aparece,
indústria de munições e foguetes. Os principais no Brasil, o Rio Grande do Norte (Currais Novos) e
produtores mundiais são: China, Rússia, Brasil, também os estados do Pará e da Paraíba.
Coréia do Sul e Portugal.
OURO
Metal inalterável sob a ação do intemperismo, Com uma produção de destaque a nível mundial,
usado como valor padrão das moedas, objetos aparece no Brasil: Minas Gerais - Nova Lima, Pará -
de adornos e símbolos de poder. Principais Serra dos Carajás. Em explorações aluviais, nos
produtores mundiais: África do Sul, Rússia, diversos rios brasileiros, destacando-se o Madeira,
Canadá, Brasil e China. o Negro e o Tapajós.
ESTANHO
Metal de grande importância na formação de ligas Destacando-se entre os cinco maiores produtores
e na fabricação de folha de flandres. Cassiterita é mundiais. É destaque em Rondônia (Serra do Paacás
o seu minério economicamente explorado. Novos), detendo mais de 70% da produção nacional.
Principais produtores mundiais: Malásia, Brasil, Aparecem também no Amazonas, Minas Gerais,
Bolívia, Indonésia e China. Goiás e Rio Grande do Sul.
URÂNIO
Considerado a grande unidade de força do mundo O Brasil possui grandes jazidas e pouco
atual (atômica). Principais produtores mundiais: beneficiamento. Minas Gerais - Poços de Caldas e
África do Sul, EUA, Rússia, China. Quadrilátero Ferrífero. Também em Goiás, Paraná.
Itatira, no Ceará, foi considerada a maior reserva.
Não-Metálicos
FOSFATOS
Destacando-se a fosforita, que é o fosfato de Com reservas estimadas em 40 milhões de toneladas,
cálcio de origem sedimentar proveniente de uma das maiores do mundo. As principais regiões
organismos marinhos e a apatita, que surge nas produtoras são: Minas Gerais - Araxá, Patos de Minas
rochas eruptivas e metamórficas (ótimo e Coromandel. São Paulo - Jacupiranga. Pernambuco
fertilizante). - Olinda, Paranaíba, Monteiro.

CALCÁRIOS
De grande utilidade na produção de cimento e na Retirado de vários estados brasileiros. Destacam-se
siderurgia, no tratamento de água, além de pelas maiores produções: Minas Gerais, com 28% e
corretivo do pH do solo. São Paulo, com 27% do total nacional.

OS RECURSOS ENERGÉTICOS – COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS


O estudo dos combustíveis fósseis necessitam de uma maior exposição, uma vez que eles modificaram o
mundo, primeiramente com o carvão mineral, no século XIX, e com o petróleo, no século XX.
Com a Revolução Industrial, o homem passou a utilizar as chamadas fontes de energia modernas, de
rendimento mais elevado, que são: carvão mineral, hidroeletricidade, petróleo, energia atômica ou nuclear, gás
natural, que respondem, juntas, por cerca de 95% de toda a energia utilizada no mundo, sendo que desse total,
70% é proveniente do petróleo e do carvão.
Uma preocupação tem se tornado constante nas últimas décadas: a possibilidade de esgotamento das
fontes tradicionais modernas, especialmente o petróleo e o carvão. Esse fato tem estimulado a busca de fontes
energéticas alternativas, como o xisto, o sol, as marés, a biomassa vegetal, a energia geotérmica (vulcões e
gêiseres) e o álcool. Sua utilização, entretanto, depende de vários fatores, como quantidade disponível, custo e
desenvolvimento tecnológico.

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Os recursos energéticos podem ser classificados em:


Não-renováveis Renováveis Fontes de energia Fontes de energia
alternativas convencionais
Petróleo Lenha Álcool Petróleo
Carvão mineral Carvão vegetal Xisto betuminoso Carvão mineral
Gás natural Álcool Energia solar Lenha
Xisto betuminoso Energia solar Energia eólica Carvão vegetal
Energia nuclear Energia eólica Marés Gás natural
Marés Biomassa Hidroeletricidade
Energia nuclear
Quanto às fontes de energia, podemos classificá-las em:
• Antigas ou Arcaicas; • Força Muscular Humana; • Força Muscular Animal; • Fogo

PETRÓLEO
A formação do petróleo
Sua origem são substâncias orgânicas, animais e vegetais e fragmentos de foraminíferos (organismos
unicelulares que vivem exclusivamente no mar), provando sua origem marítima, além de orgânica. Através de
pesquisas, concluiu-se que o petróleo seria de origem basicamente plantônica, originário de deposição de organismos
animais e vegetais microscópicos que vivem em superfícies marítimas.
Uma vez formado, o petróleo, poderá migrar de um local para outro, dependendo da região que lhe ofereça
melhores condições, como a existência de rochas permeáveis, onde irá formar depósitos ou lençóis petrolíferos.
O petróleo pode ser encontrado em profundidades que variam de dezenas de metros até 7 quilômetros.
O petróleo e suas etapas:
1ª Pesquisa ou prospecção (avaliação das áreas, que geralmente são bacias sedimentares terciárias).
2ª Extração (perfuração para seu encontro).
3ª Refinação (fase da produção dos subprodutos).
Nesta última fase, com a produção cada vez maior de subprodutos, a indústria petroquímica deixa a área
de produção e vai em busca da área de consumo para sua instalação.
Dentre os derivados de petróleo, pode-se citar em destaque: gases de petróleo, gás liqüefeito, gasolina,
querosene de jato, óleo diesel, óleos lubrificantes, óleo combustível, asfalto, etc.
Para se ter uma noção da importância do petróleo no século XX, a produção deste recurso em 1930 foi de
193 milhões de toneladas e em 1995 de 3.318 bilhões de toneladas.
O valor alcançado pelo petróleo na atualidade decorre das características e vantagens que ele apresenta.
Suas principais vantagens são:
• Devido à sua forma líquida, é mais fácil de ser explorado e transportado.
• Possui inúmeras aplicações.
• Possui maior poder calorífico que o carvão.
• É menos poluente que o carvão.

Petróleo - Produção Mundial (Em milhões de barris por dia)


País 1997 2000 País 1997 2000
(estimativa) (projeção) (estimativa) (projeção)
MEMBROS DA OPEP OUTROS PAÍSES E REGIÕES
Irã 3,9 4,0 Estados Unidos 9,5 9,1
Iraque 1,6 2,8 Canadá 2,6 2,8
ALMANAQUE ABRIL. 2000.

Kuweit 2,6 2,7 México 3,4 3,7


Catar 0,6 0,5 Região do mar do Norte * 6,3 6,9
Arábia Saudita 11,4 11,1 China 3,2 3,2
Emirados Árabes Unidos 2,7 2,8 Federação Russa ** 7,1 7,3
Argélia 1,4 1,6
Indonésia 1,7 1,5 * Compreende Reino Unido e Noruega.
Líbia 1,5 1,5 ** Inclui os países da ex-URSS. Fonte: EIA
Nigéria 2,2 2,5
Venezuela 3,4 3,8

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A CRIAÇÃO DA OPEP E A CRISE DO PETRÓLEO


A criação da OPEP (Organização dos Países consciência de estarem sendo explorados através do
Exportadores de Petróleo), em 1960, através do Acor- petróleo, levaram os países árabes a se unirem para
do de Bagdá, foi uma reação dos países explorados fazer do petróleo a sua principal arma. Sua ofensiva
pelo cartel e em represália à redução dos preços do incluiu desde reduções no fornecimento do petróleo até
petróleo impostos por eles (redução de 36% entre 1959 o embargo total, passando por nacionalizações de sub-
e 1960). Embora criada em 1960, a OPEP ganha força sidiárias de multinacionais, culminando com a decre-
a partir de 1967, em conseqüência da Guerra Árabe- tação final, em outubro de 1973, da elevação drástica
Israel. A derrota para Israel, o apoio dado pelos Esta- dos preços do petróleo, subindo continuamente até
dos Unidos e demais potências capitalistas a Israel e a 1981, quando alcançou o valor de 24 dólares por barril.

Conseqüências das ações da OPEP


1ª - Rápido enriquecimento dos países exportadores de petróleo - fase dos petrodólares;
2ª - Racionamento do combustível e recessão econômica nos países ou regiões altamente dependentes da
importação do petróleo (Europa, Japão e países subdesenvolvidos não-produtores de petróleo);
3ª - Elevação do faturamento das grandes companhias petrolíferas, que possuíam grandes estoques de
petróleo, adquirido a 3 dólares o barril;
4ª - Pesquisa, valorização ou reaproveitamento de outras fontes - carvão, xisto - bem como a intensificação
da produção nacional de petróleo;
5ª - Os Estados Unidos foram beneficiados com a entrada dos bilhões de petrodólares que os árabes
passaram a investir no país.
6ª - O elevado preço do petróleo fez com que diversos países promovessem a prospecção em seus
territórios, aumentando, assim, o número de países produtores. Esse fato provocou uma queda no
preço do petróleo, uma vez que a oferta se tornou maior que a procura no mercado, chegando o preço
a US$ 10 / barril, nesse período.
7ª - No início de 1999, o presidente do Irã propõe à OPEP e aos países grandes produtores de petróleo
fora da OPEP a redução de 10% de sua produção. Esse fato levou a um aquecimento no preço do
petróleo, que chegou, em julho/2000, a US$ 30 / barril. A pressão internacional das multinacionais foi
grande e a Arábia Saudita propôs um aumento na produção de petróleo até que o preço do mesmo se
estabilizasse em torno dos US$ 25 / barril.

O que aconteceu no mundo?


Os chamados países desenvolvidos centrais recuperaram-se relativamente a curto prazo, e os chama-
dos subdesenvolvidos (os periféricos), que não produziam petróleo suficiente para seu consumo, mergulharam
em dívidas externas, em crises sociais e econômicas que perduram até hoje. Estas conseqüências foram tão
danosas que os anos 80 são chamados pelos economistas destes países de “a década perdida”.

O petróleo no Brasil
O petróleo é responsável por, aproximadamente, 35% do total de energia consumida no Brasil. Serve
como fonte de energia; é importante como matéria-prima para vários tipos de indústrias; é indispensável para a
obtenção de plásticos, borrachas sintéticas, fertilizantes, inseticidas, pesticidas e alguns tipos de medicamentos
e produtos químicos.

O Brasil e sua produção


Em 2000, a produção de petróleo do país foi, em média, de 1.450.000 barris por dia. Isso representa
aproximadamente 80% do petróleo consumido diariamente; o restante é importado.
Atualmente, cerca de 80% do petróleo extraído no Brasil vem das plataformas marítimas.

Principais áreas produtoras

• Região de Campos - maior produção e maiores reservas (75% do total).


• Recôncavo Baiano.
• Bacias de Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte.
• Novas pesquisas - Amazônia Ocidental (Bacia Amazônica), Bacia do Paraná; Santos -SP.

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O GÁS NATURAL NO BRASIL


Utilizado para fins industriais, comerciais e domésticos, sua produção alcançou 10,8 bilhões de metros
cúbicos em 1998. A estimativa é que até o ano 2005 cerca de 10% do total da energia consumida no Brasil seja
de gás natural. Este fato será facilitado pela finalização do gasoduto Brasil-Bolívia, inaugurado em 1999, sendo
considerado um grande projeto a nível mundial. Parte de Santa Cruz de Ia Sierra, na Bolívia, chegando ao
interior paulista. As ramificações desse gasoduto deverão alcançar Porto Alegre. A produção brasileira de gás
natural deverá aumentar nos próximos anos e nossas principais reservas localizam-se em Taquaré e Jatobá
(AM), sendo uma região de difícil acesso. Também é encontrado na Bacia do Solimões e em Campo de Barra
Bonita (PR) e no interior desse estado. Na plataforma continental as principais reservas estão na região Potiguar
e em Sergipe.
Nos grandes centros brasileiros, o gás natural já se transforma em opção energética para os veículos
automotores.

Gás Natural - Produção Anual


Em milhões de m3
Ano Produção
1995 7.955
1996 9.156
1997 9.825
1998 10.788
1999* 7.860
*Acumulado até agosto
FONTE: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Fases da produção de petróleo no Brasil até os dias atuais.


• 1938 - Descoberta em Lobato, na Bahia (nome dado em homenagem ao escritor Monteiro Lobato), região do
Recôncavo Baiano.
• 1953 - Criação da PETROBRÁS, empresa estatal que exerce o monopólio de pesquisa, lavra, extração, refino
e transporte do óleo e seus derivados.
• 1963 - Foi incluído no monopólio a importação do petróleo bruto.
• 1975 - Foi autorizada a contratação de serviços, com uma cláusula de risco para a exploração do petróleo por
empresas privadas ou estrangeiras.
• 1995 - O Congresso Nacional aprova a Emenda nº 9, declarando a União como detentora do monopólio, mas
abre para as empresas privadas e públicas a exploração como regime de concessão.
• 1997 - O Governo regulamenta a Emenda nº 9, abrindo à iniciativa privada a exploração do petróleo, criando o
CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), encarregado de formular as políticas públicas de energia.
• 1998 - A produção brasileira de petróleo chega a 1 milhão de barris por dia.
• 1999 - A licitação de novas empresas na exploração de petróleo no Brasil eleva para 12 o número de empre-
sas envolvidas nessa atividade.
• 2000 - A Petrobrás encontra petróleo a mais de 1.200 metros de profundidade na plataforma continental
brasileira. Conquista novamente prêmios internacionais de “Melhor Pesquisa”, nesse setor. A produção atinge
a 1.200.000 barris de petróleo/dia, elevando para mais de 70% do seu total do consumo interno brasileiro.
Novas áreas são anexadas à produção e a própria Petrobrás estima que até o ano 2005 terá produção suficiente
para atender todo o mercado interno. Este fato a consolida como a 15ª empresa mundial do setor petrolífero.
• Embora se destaque na área de pesquisa, os anos de 2000 e 2001 foram marcados por grandes problemas na
área ambiental, entre eles: em 2000: duto da refinaria Duque de Caxias, na baía da Guanabara; vazamento na
Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária; contaminação de vinte praias, em São Sebastião (SP);
2001: oleoduto contamina quatro rios, na Serra do Mar, no Paraná; afundamento da plataforma P-36, na Bacia
de Campos; perda de controle da plataforma P-7, na Bacia de Campos.
• 2002 - A produção brasileira chega a 1,4 milhão de barris de petróleo por dia.

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O Brasil e seu parque de refino


O Brasil apresenta o maior parque de refino da América Latina, sendo praticamente auto-suficiente no
setor. O Estado, através da Petrobrás, é o responsável por este setor. Apenas a Refinaria Ipiranga, localizada no
Rio Grande do Sul, pertence à iniciativa privada.
O maior número de refinarias está concentrado no Sudeste, a região mais industrializada do país e a que
apresenta maior consumo.

CARVÃO MINERAL
O carvão mineral é uma rocha se- Carvão Mineral - Distribuição Geográfica Mundial
dimentar de origem orgânica, produto da trans-
formação de vegetais que se desenvolveram
em grande quantidade em certas regiões da
Terra, principalmente na era Pale-ozóica, du-
rante os períodos Carbonífero e Permiano, há
cerca de 350 milhões de anos.
Veja o mapa:
Participação do Carvão mineral
no consumo energético mundial
Ano Percentual
1880 97
1929 76
1950 59
1990 ±30
2000 ±28

Formação e tipos de Carvão mineral


A transformação dos vegetais em carvão passam por várias fases ou estágios. Deve-se considerar que
quanto mais antiga é a fase de formação, mais pureza e melhor qualidade ele apresentará.

1ª fase - turfa

2ª fase - linhito

3ª fase - hulha

4ª fase - antracito

O carvão mineral constitui a fonte básica de energia, que assumiu importância capital a partir da Revolução
Industrial, no século XVIII. Revolucionou a indústria, os transportes (navegação e ferrovia a vapor) e a termoeletricidade.
É empregado, hoje, nas siderúrgicas e na produção de energia elétrica.
Dentre os maiores produtores mundiais de carvão, devem ser citados a China, com mais de 25% deste
total; os EUA, com mais de 20%. Merecem destaques ainda a Rússia, Ucrânia, Índia, Polônia, Rep. Sul Africana
e a Austrália.
Os países da União Européia apresentam boa produção, porém baixas se comparadas aos países citados.
Ali, os maiores produtores são Alemanha, Reino Unido e França.
Carvão mineral no Brasil
O carvão mineral brasileiro sempre apresentou uma produção e consumo muito restritos. Este fato deve-se
a dois itens principais.
1º - transporte
2º - qualidade
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Quanto ao transporte: o deficiente sistema brasileiro dificultou sua utilização, e a facilidade e o preço mais
baixo do carvão importado acabou por inibir a produção.
Quanto à qualidade: a presença de impurezas, fez considerá-lo de qualidade inferior (elevado teor de
cinzas e enxofre).
As maiores reservas brasileiras de carvão mineral localizam-se no Rio Grande do Sul, no baixo vale do
rio Jacuí. A área de maior exploração localiza-se em Santa Catarina, nos vales dos rios Tubarão e Araranguá.
Essa região é responsável por 75% da produção nacional. Criciúma e Siderópolis são cidades importantes nestas
produções; o carvão mineral extraído é escoado através do porto de Imbituba (Henrique Lage). Veja no mapa, mais
destaques desta área.

A ENERGIA HIDRELÉTRICA
Nos anos 90, pode-se afirmar que as usinas hidrelétricas suprem cerca de 10% da energia e 20% do
consumo total de eletricidade do globo.

Fases de destaque:

Séc. XIX - a partir da metade deste século começa a se destacar na Europa.


Séc. XX - após a 2ª Guerra Mundial ganhou real importância com elevado número de usinas.
Para a obtenção desta energia, necessita-se de rios caudalosos e de planalto. Os países que apresentam
rios em tais condições de destaques são: Brasil, Rússia, EUA, Canadá, República D. Congo etc.

Vantagens da usina hidrelétrica:

1º - Não provoca diretamente grande poluição.


2º - Não se esgota, pois, após ser construída, sua água poderá ser novamente utilizada.
3º - Sua produção será indefinida.

Desvantagens da usina hidrelétrica


1º - Provoca grande impacto ambiental • perda de acervos arqueológicos
• expulsão da população próxima • sua construção necessita de um amplo RIMA.
• imersão de cidades • perda de solos cultiváveis
No Brasil, devido à grande riqueza em rios de planaltos e à carência de petróleo e carvão, cerca de 80% do
total da energia elétrica consumida é gerada em usinas hidrelétricas.
O Brasil possui uma ampla rede hidrográfica, conseqüência do predomínio de climas caracterizados por
elevados índices pluviométricos. A predominância de rios de planaltos, implicando desníveis de terreno ao longo de
seus percursos, determina a possibilidade de aproveitamento econômico na produção de energia elétrica, determi-
nando uma enorme potência hidráulica, estimada em 209 milhões de kw, isso sem considerar as pequenas
quedas, que, somadas, alcançariam a cifra de 400 milhões de kw.
A partir dos anos 70, nota-se o grande investimento do governo brasileiro neste setor, procurando substituir,
na indústria, o petróleo pela energia elétrica.
A expansão desta produção sempre esteve a cargo do governo (ELETROBRÁS) e suas subsidiá-
rias. Na atual fase do Brasil, inicia-se a privatização deste setor. Fique atento a estas mudanças.
Devido à sua localização, próxima dos grandes centros, e também, ao seu relevo, a bacia do Paraná é
responsável por 70% da potência instalada no Brasil.

A bacia do Paraná
Ao observarmos este mapa, podemos afirmar que os fatores principais que determinaram a presença de
tantas usinas hidrelétricas foram o relevo elevado do sudeste e também os seus inúmeros rios. Este elevado
potencial hidrelétrico foi fundamental para o processo industrial do Sudeste, principalmente se levarmos em conta
a ausência de combustíveis fósseis nesta área.
Vamos destacar a usina hidrelétrica de Itaipu, devido ao seu gigantismo.
A construção da usina de Itaipu foi definida em 1973, num tratado entre o Brasil e o Paraguai. Para tanto,
foram estabelecidos os seguintes pontos:
• Formação de uma empresa, a Itaipu-Binacional, responsável pela construção da usina. A Eletrobrás e a
Administracion Nacional de Eletricidade do Paraguai (ANDE) fazem parte da comissão técnica.
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Hidrelétricas do Sudeste e Bacia do Paraná

Usina hidrelétrica

• Os recursos hidrelétricos do rio Paraná, entre Salto Guaíra, ou Sete Quedas, e Foz do Iguaçu pertencem,
em condomínio, aos dois países.
• A empresa Itaipu-Binacional pagará às partes contratantes pelo direito de utilização, e a energia não
consumida por um dos sócios será vendida ao outro.
A usina, devido ao seu porte, consumiu concreto suficiente para a construção de oito cidades do porte de
Campinas (SP). O lago artificial, criado pela barragem, comporta cinco vezes a baía da Guanabara (RJ). O vertedouro
apresenta quase meio quilômetro de comprimento. Os custos estimados da obra giram em torno de 18,5 bilhões
de dólares.

Bacia Amazônica
O potencial hidráulico da Amazônia é estimado A usina custou muito dinheiro aos cofres da na-
em 100 bilhões de kw, 80% distribuídos ao longo dos ção; foi construída quase que exclusivamente para pos-
rios da bacia Amazônica e 20% na bacia do Tocantins. sibilitar a implantação dos projetos de Carajás e Albrás,
A usina hidrelétrica de Tucuruí, segunda do Bra- além de fornecer energia elétrica para Belém.
sil em potência, foi implantada no rio Tocantins, a 300 A hidrelétrica de Balbina, no Rio Uatumã, é ou-
Km de Belém do Pará. A construção dessa usina en- tro empreendimento da Eletronorte: foi construída para
frentou dificuldades, caracterizando-se em verdadeiro fornecer energia para Manaus, situada a 200 km de dis-
desafio à engenharia nacional: no local da usina, o rio tância. Grande no preço e na devastação, sua capaci-
Tocantins chega a atingir três quilômetros de largura e dade já se tornou insuficiente face ao crescimento urba-
até 40 metros de profundidade. O processo de desvio no e industrial da cidade.
do rio para a construção da barragem se mostrou inviável, Balbina inundou 31 vezes mais florestas que
fazendo com que os responsáveis pela obra lançassem Tucuruí. O apodrecimento da vegetação inundada teve
no seu leito uma muralha de pedras, terra e concreto de como conseqüência o aumento da acidez da água e a
57 metros de altura para que fosse possível a constru- morte dos peixes em um longo trecho do rio à jusante
ção da barragem. da barragem.

A bacia do São Francisco


Na bacia do São Francisco, o represamento das águas para a alimentação das turbinas das usinas hidre-
létricas construídas em seu curso diminui a vazão das águas no período da vazante, dificultando o seu aproveita-
mento tradicional para irrigação de culturas no sertão nordestino.
A usina de Sobradinho é a mais importante das construídas em seu curso - Três Marias, Paulo Afonso,
Itaparica -, com seu lago de 4.414 Km2, que submergiu quatro municípios - Remanso, Casa Nova, Sento Sé e
Pilão Arcado -, expulsando perto de 70 mil habitantes da região. Localizada no estado da Bahia, apresenta uma
potência instalada de 1 milhão de kw.
Sendo construída pela CHESF, a barragem de Sobradinho fornece energia para todo o estado do Maranhão,
partes do Piauí e Pará e uma pequena área da Bahia.
Com a construção da barragem de Sobradinho, foi necessário construir uma eclusa para restabelecer o
trecho anterior entre as cidades de Pirapora (MG), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).

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A crise da energia hidráulica brasileira em 2001


Mais de 97% da energia elétrica no Brasil é de origem hidráulica.
Esse fato deixa o Brasil na dependência de seu regime de chuvas. E esse regime de chuvas vem sendo
afetado pelos problemas ambientais decorrentes das mudanças provocadas pelo homem.
Nos últimos anos, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, o índice pluviométrico tem sido inferior
à média, e esse fato tem levado à redução do nível de água nos reservatórios. Além disso, visando a um melhor
desempenho das usinas, no processo de privatização das mesmas, o governo maximizou a produção energética,
baixando perigosamente o nível de água.
Como resultado de tudo isso, atendendo a um apelo do governo, a população brasileira cumpre um sério
racionamento no segundo semestre de 2001.
As fortes chuvas que aconteceram no final desse ano e no início do ano de 2002 levou a uma acomodação,
minimizando o perigo de uma nova crise.

O QUE PODE EMPERRAR A GERAÇÃO DE ENERGIA?


1º A água armazenada é necessária para fazer a energia funcionar.
2º Com pouca água na turbina, a usina não funciona (tem pouca pressão).
3º Assim, a energia não é gerada e as linhas ficam sem eletricidade para transmitir.

O RACIONAMENTO COMPROMETEU:
• a produção industrial.
• os custos finais da produção.
• a inflação devido à elevação de custo.
• as metas que o Brasil estabeleceu junto ao Fundo Monetário Internacional.

No estudo da energia ainda merecem destaque:

O Xisto Betuminoso
O folheto pirobetuminoso é uma rocha distribuída pelo território brasileiro, com ocorrência na
metamórfica na qual se encontram hidrocarbonetos alo- maioria das bacias sedimentares, mas as que merece-
jados. Sendo tratada termicamente, pode produzir óleo ram estudos mais aprofundados foram as do Vale do
cru e, a partir deste, em uma refinaria convencional po- Paraíba (SP) e as da Formação Geológica Irati, com
dem-se extrair derivados idênticos aos obtidos do pe- ocorrências significativas no Paraná, Santa Catarina e
tróleo. Rio Grande do Sul.
O Brasil possui a segunda reserva mundial des- Os sedimentos que deram origem a essas re-
sa rocha, superado apenas pelos EUA. A Petrobrás de- servas depositaram-se em ambiente subaquático (la-
senvolveu tecnologia para processá-la em sua usina em gos e lagunas), formando-se por meio de acumulação
São Mateus do Sul (PR), com capacidade de 2.200 to- de algas e outros microorganismos em superfícies lo-
neladas/dia, das quais se extraem 1.150 barris de óleo, dosas ricas em silício e carbono, condições indispen-
a um custo muito elevado se comparado ao petróleo. sáveis para a transformação do material orgânico em
O xisto betuminoso é uma rocha amplamente betume.

TEXTO RETIRADO DE GEOGRAFIA CIÊNCIA DO ESPAÇO. SANTOS, PEREIRA E CARVALHO. PÁG. 85. ED. ATUAL.

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PROÁLCOOL
Criado em 1975, para fazer frente à crise do petróleo, buscando uma nova fonte de energia, foi implantado
em zonas agrícolas, que já possuíam usinas de açúcar (foi um grande lobby que beneficiou largamente os produ-
tores de cana).
A partir do final da década de 70, o PROÁLCOOL tomou grande impulso (período da Guerra Irã-Iraque).
Foi uma iniciativa bastante polêmica e recebeu inúmeras críticas, dentre elas citaremos:
• O álcool é um substituto da gasolina, e não do diesel.
• O álcool é o combustível certo no carro errado, pois beneficiava as montadoras do país.
• Contribuiu para a expulsão de grandes áreas de lavouras de subsistência.
• Foi uma reafirmação dos grandes proprietários monocultores.
• E foi também responsável pela expulsão de pequenos e médios trabalhadores do campo.

ENERGIA NUCLEAR
Datam de 1956 as primeiras tentativas no Brasil tência. A usina foi implantada entre o Rio de Janeiro e
para a implantação de centrais nucleares de pequeno São Paulo, em posição intermediária entre os dois mai-
porte, em Cabo Frio e Mumbucaba, no estado do Rio de ores centros industriais e urbanos do país. Em 1974,
Janeiro. decidiu-se pela construção de mais duas usinas: Angra
O programa nuclear brasileiro foi adotado em fins II e Angra III, de origem alemã, vinculadas ao acordo de
da década de 60, quando alegou-se escassez de com- cooperação nuclear entre os dois países, assinado em
bustíveis fósseis e alardeando-se, precipitadamente, o 1975.
esgotamento dos recursos hídricos do país. O Programa Nuclear Brasileiro e o acordo nucle-
O Brasil entra na era nuclear comprando, em ar com a Alemanha vêm sendo objeto de inúmeras críti-
1969, de uma empresa norte-americana, a cas de cientistas e da produção em geral, por vários
Westinghouse, a usina Angra I, com 626 mil kw de po- motivos:

• a área escolhida para a implantação das usinas – Angra dos Reis, Rio de Janeiro –, por apresentar
terrenos geologicamente pouco firmes, exigindo grandes obras de estaqueamento;
• a alegação do esgotamento dos recursos hídricos no Brasil a curto prazo é falsa;
• o alto custo do programa, envolvendo bilhões de dólares captados no exterior a juros altos, implicando
tarifas elevadas em função dos custos financeiros.
• A sociedade civil se posiciona contrária, pela segurança e pelo custo alto, eleva a dívida externa, além
da Usina de Angra I, que tinha como objetivo abastecer de 25% a 40% a energia do estado do Rio de
Janeiro, apresentar dificuldades, sendo chamada, por isso, de “Usina Vagalume”. Angra I, inaugurada no
final dos anos 80, não se firmou até hoje. (2000)
• 1999/2000: é inaugurada a usina Angra II, com um custo exageradamente alto. O Brasil passa para a
contra-mão do mundo, pois apenas a França inaugura usina nuclear nesse período.

OS PRÓS E OS CONTRAS DA ENERGIA


CARVÃO MINERAL: Pró: é abundante e encontrado com facilidade na maioria dos países.
Contra: é o maior poluidor entre os combustíveis fósseis.
PETRÓLEO: Pró: funciona bem na maioria dos motores e, apesar das oscilações de preço, mantém
boa relação custo/benefício.
Contra: as reservas concentram-se em poucos países, que podem manipular o preço.
É um dos maiores poluidores do ar.
GÁS NATURAL: Pró: é versátil, de alta eficiência na produção de eletricidade e não vai faltar. Polui
menos que o carvão e o petróleo.
Contra: preços instáveis em algumas regiões; exige grandes investimentos em infra-
estrutura de transporte: gasodutos e terminais marítimos.
HIDRELÉTRICAS: Pró: são uma fonte de energia renovável, que produz eletricidade de forma limpa, não
poluente e barata.
Contra: exigem grandes investimentos na construção de barragens; podem ser prejudi-
cadas pela falta de chuvas.
ENERGIA NUCLEAR: Pró: as reservas de combustíveis nucleares são abundantes, não emite poluentes, a
tecnologia tornou as usinas mais seguras.
Contra: a usina exige grande investimento e demora na entrada em operação; produz
lixo radioativo. É suscetível a falhas humanas.

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AS QUESTÕES AMBIENTAIS
ECOLOGIA
O estudo da ecologia, hoje, se confunde com o desenvolvimento econômico e suas conseqüências. Pode-se
afirmar que uma nova consciência invade o mundo, até mesmo na esfera política, questionando o
desenvolvimento industrial no mundo.
Foi principalmente a partir da conferência da ONU sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo (Suécia)
em 1972, que o mundo tomou consciência dos limites impostos pela natureza.

A Conferência de Estocolmo de 1972

A declaração oficial de Estocolmo alinhou mais de vinte princípios orientadores para as políticas nacionais
ambientais. Vejamos os principais: o direito a um ambiente sadio e equilibrado e à justiça social; a
importância do planejamento ambiental; os riscos dos altos níveis de urbanização; a busca de fontes
alternativas e limpas de energia; o uso dos conhecimentos científicos e da tecnologia para resolver
problemas ambientais; e o papel relevante da educação ambiental.
A posição do Brasil tornou-se muito conhecida na época. Nosso representante, o general Costa
Cavalcanti, declarou que “a pior poluição é a miséria”. Alegava-se que no Brasil não haveria condições
de dispender recursos para a preservação sem antes resolver os problemas sociais. Os jornais europeus
da época receberam informes publicitários do governo brasileiro convidando empresas poluidoras
para aqui se instalar.
Dessa conferência, até hoje, produziram-se inúmeros estudos e documentos envolvendo técnicos da
ONU e de diversos países. Os mais conhecidos são o ‘Estratégia mundial para a conservação’ e o
‘Nosso futuro comum’, o primeiro de 1980 e o segundo de 1987.
Foi nesse contexto que surgiu a idéia de desenvolvimento “ecologicamente” sustentável. As entidades
não governamentais e os “militantes ambientalistas” de modo geral nunca simpatizaram muito com
essa expressão. Alegam que o termo desenvolvimento refere-se ao desenvolvimento capitalista, que,
por natureza, é incompatível com o uso equilibrado dos recursos.
Diversos setores econômicos também viam na idéia de desenvolvimento “ecologicamente” sustentável
nada mais do que um discurso para aplacar a ira dos jovens ambientalistas.
FONTE: OLIVA, J. E GIANSANTI, R. TEMAS DA GEOGRAFIA MUNDIAL, SÃO PAULO, ED. ATUAL, 1995, P. 316.

Nota-se que hoje os movimentos ambientalistas no Eixo Norte já se fortaleceram. No chamado Eixo Sul,
esses movimentos surgem nos anos 80, onde há o aparecimento dos “Partidos Verdes”.
O surgimento do chamado desenvolvimento sustentável, apesar das críticas dos ambientalistas mais atuantes,
depara com o desenvolvimento tecnológico, que prevalece na sociedade contemporânea.
O debate entre estes tipos de desenvolvimento cria insegurança, levando os países do chamado Eixo Sul a
uma falta de posicionamento.
Na opinião de inúmeros cientistas, a Terra pode ser comparada a um organismo vivo do qual todas as
espécies fazem parte.
O mundo industrial, que não respeita a Terra como um ser vivo (Gaia), tem levado o mundo para o esgotamento
de inúmeros itens.

Uma vez que todos os elementos da natureza estão ligados uns aos outros, qualquer alteração ambiental
influenciará em todas as formas de vida. A idéia básica da hipótese Gaia é a de que a Terra oferece
condições adequadas à vida, porque a própria vida mantém essas condições.

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• CRISE AMBIENTAL, O QUE É?

A sobrevivência do homem, hoje, é ameaçada e exige dele uma nova consciência da relação
natureza x sociedade.

• Consciência ecológica, do que se trata?


Sua base principal é uma nova proposta que busca a análise ambiental tentando um equilíbrio entre
desenvolvimento e preservação do ambiente.

• O que é desequilíbrio sócio-ecológico?


É a fase do mundo desenvolvido (Eixo Norte) e subdesenvolvido (Eixo Sul) retratado: ou seja, o resultado
do modo pelo qual a natureza tem sido usada.

• Propostas a Partir da Realização da ECO 92, no Rio de Janeiro


O objetivo básico foi discutir acordos internacionais sobre a questão da preservação ambiental. Procurou-
se criar “uma associação global entre os países em desenvolvimento e os países industrializados,
estabelecendo necessidades e interesses comuns para assegurar o futuro do planeta”.

Limite básico desta conferência: encontrar um ponto de equilíbrio entre desenvolvimento e questão
ambiental, e estabelecer os princípios básicos do desenvolvimento sustentável.

Veja alguns pontos do resultado desta conferência publicado pela imprensa.

Convenção do Clima
• O tratado tem 26 artigos e como objetivo principal a estabilização das
concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera”. Isso deveria acontecer
em um prazo que permita que os ecossistemas se adaptem naturalmente às
mudanças climáticas.
• Por pressão dos EUA, é vago na questão dos prazos e metas. Diz apenas
que os países desenvolvidos devem tomar a iniciativa para modificar a tendência
das emissões até ”por volta do final da presente década a níveis anteriores
(...) de gás carbônico e outros gases do efeito estufa”. Em outro parágrafo –
o que impede a vinculação do prazo com a meta –, aponta como objetivo o
retorno aos níveis de 1990.
• Os recursos financeiros para pôr em prática as medidas necessárias serão
administrados provisoriamente pelo GEF (Fundo Global do Meio Ambiente),
órgão do Banco Mundial. Uma vitória dos países ricos, que não aceitaram a
criação de um fundo especial, como queriam os do Grupo dos 77 (Terceiro
Mundo).
• Criação de um fundo específico, ao entrar o Tratado em vigor .
• Na Eco-92, foi assinada por 153 países, inclusive os EUA.

O PROTOCOLO DE KIOTO NÃO É CONFIRMADO PELO NOVO


PRESIDENTE AMERICANO

O presidente Bush retirou, em maio de 2001, os Estados Unidos do Protocolo de Kioto, o tratado
internacional voltado para a redução paulatina das emissões de “gases de estufa”. Qual será a força e
eficiência de um tratado do qual não participa a maior potência global? Mesmo antes da decisão de
Bush, as estimativas da Agência Internacional de Energia indicavam que as emissões americanas
ultrapassariam largamente as cotas definidas em Kyoto para 2010.

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Declaração do Rio de Janeiro


• Tem 27 princípios genéricos “com o objetivo
de estabelecer uma nova e justa parceria glo-
bal através da criação de novos níveis de
cooperação entre os Estados, setores
importantes da sociedade e o povo”.
• É um documento retórico, aquém da força
simbólica que se pretendia para a “Carta
da Terra”.
• Entre os princípios mais importantes, diz
que “os seres humanos estão no centro das
preocupações com o desenvolvimento • “A fim de conseguir o desenvolvimento
sustentável”. sustentável e melhor qualidade de vida para
• Os Estados (...) têm o direito soberano de todos os povos, os Estados devem reduzir e
explorar seus recursos de acordo com suas eliminar padrões insustentáveis de produção
próprias políticas ambientais e desenvol- e consumo e promover políticas demo-
vimentistas”. gráficas adequadas”.

Fique atento às questões ambientais. Muitas delas poderão refletir na sua qualidade de vida. Abaixo iremos
citar algumas delas e, logo após, você encontrará textos sobre as mesmas.
Lembre-se: a questão ambiental está sempre junto do seu cotidiano.
• Desmatamentos 
 urbanísticos

• Projetos ambientais  agropecuários RESÍDUOS QUE PODEM GERAR ENERGIA
 mineração
 • BAGAÇO DE CANA: é hoje utilizado por várias usinas
para consumo próprio. As usinas paulistas poderiam gerar
• Poluição do ar 10% do que consomem do Estado.
• principalmente grandes metrópoles • CASCA DE ARROZ: tecnologia já utilizada nos Estados
• Inversão térmica Unidos e está sendo implantada no Rio Grande do Sul. A
• Ilhas de calor produção gaúcha poderia atender uma cidade de 650 mil
habitantes.
• Efeito Estufa
• BIODIGESTORES: instalações que geram energia a partir
• Destruição da camada de Ozônio
de materiais orgânicos poderiam ser alternativa para
• Chuvas ácidas fazendas de produção de leite, que aproveitariam o esterco
como matéria-prima. O biodigestor extrai dos dejetos o
• Lixo
biogás, que pode movimentar motores a combustão, que
• Poluição dos rios nesse processo faz o papel de uma turbina.
LIXOS
• Usa-se depositá-los em algumas áreas próximas a cidades, chamadas de aterros sanitários, quase sempre
sem condições adequadas para resguardar o meio ambiente.
Seus problemas principais são:
• proliferação de insetos (áreas de focos de doenças como dengue e peste bubônica).
• a contaminação do lençol freático pelo chorume, líquido escuro e ácido devido à decomposição bacteriana
da matéria orgânica.
• contaminação dos solos pelos resíduos tóxicos.
• acúmulo de materiais não biodegradáveis (exemplo principal: plástico).

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Para você entender com clareza o aquecimento global, “efeito estufa”, leia e observe com atenção o desenho
publicado na edição 30 - novembro de 1997, do Jornal Folha de S. Paulo.

ENTENDA O AQUECIMENTO GLOBAL


O “efeito estufa” A causa do aumento da
normal temperatura

Sol 8 - A queima excessiva de


1 - Radiação solar entra
na atmosfera
2 combustíveis fósseis -
petróleo e derivados e
2 - Parte da radiação so- carvão - pelas atividades
lar é refletida pela 3 1 humanas e a destruição
atmosfera e volta para de florestas pelo fogo
o espaço 8 aumentam a concen-
3 - Parte da radiação so- tração dos gases-estufa
lar também é refletida 4 na atmosfera.
pela Terra.
6
Esse aumento intensifica
4 - A maior parte da ra- 5 a retenção do calor pelo
diação solar é ab- efeito estufa, elevando a
sorvida pela super- 7 temperatura global.
fície terrestre e aque-
ce o planeta.
5 - Superfície da Terra
emite raios infraver-
melhos (calor)
6 - Parte dos raios O efeito estufa é um
infravermelhos deixa fenômeno natural. Sem ele,
a atmosfera. a superfície da Terra seria,
7 - Outra parte é aborvida em média, 33°C mais fria.
e impedida de sair Graças ao efeito estufa, a
pelo vapor de água e vida pôde surgir no planeta
por outros gases, em
especial o dióxido de
carbono (CO2), pre-
sentes na atmosfera.

Perguntas e respostas
1) A Terra está ficando mais haverá acréscimo nas chuvas possibilidade de a elevação da de 7 bilhões de toneladas de
quente? e enchentes mais freqüentes temperatura facilitar a CO 2 na atmosfera todos os
Sim, mas não muito. As tempe- em algumas áreas. Outras ocorrência de infecções e de anos, o que representa
raturas médias na superfície regiões poderão sofrer secas doenças provocadas por acréscimo anual de cerca de 1%
terrestre subiram entre 0,3ºC e crônicas. Haverá um acréscimo insetos. De acordo com um na concentração de gases.
0,6ºC desde 1860 (data de no número de dias de verão estudo, os casos de malária
extremamente quentes, mas a podem aumentar em 80 milhões. 8) O que contribui para a
início do registro). Especialistas elevação da temperatura e
atribuem parte desse aumento temperatura subirá mais durante
o inverno em altas latitudes do 6) Haverá conseqüências como evitá-la?
ao ‘efeito estufa’. Os dez anos negativas para a agricultura?
mais quentes do século aconte- hemisfério Norte. A queima de combustíveis
ceram desde 1980 e há indícios O aquecimento poderá resultar fósseis, principalmente
4) O aquecimento global vai em queda na produção de petróleo e seus derivados e
de que os anos 90 estão sendo afetar o nível do mar?
ainda mais quentes. algumas áreas, mas, em carvão, e de florestas. É preciso
O calor provoca a expansão do compensação, poderá permitir restringir os níveis atuais das
2) A elevação será de quantos volume da água. Se as geleiras a agricultura em regiões que emissões de gases-estufa.
graus? continuarem a derreter, como hoje são muito frias. Para isso, é necessário
Segundo o Painel Intergover- tem acontecido, o nível do mar desenvolver tecnologias que
pode subir ainda mais. A 7) A concentração de gases economizem energia e
namental sobre a Mudança do na atmosfera cresceu muito?
Clima (IPCC), órgão ligado à projeção é de que a elevação reduzam a emissão de
ONU que reúne cerca de 2.000 média no ano 2100 será de Em 1750, época da Revolução poluentes. Também é preciso
cientistas, a temperatura média cerca de 50 centímetros, Industrial, a concentração de racionalizar as atividades
global da superfície terrestre podendo variar de 15 cm a 90 CO 2 na atmosfera era de industriais e de transportes e
subirá entre 1ºC e 3,5ºC até o cm. Se o nível do mar subir 1 aproximadamente 280 partes impedir a queima de florestas
ano 2100, se a emissão de metro, 17,5% das terras de por 1 milhão (ppm). Agora, está e áreas agrícolas.
gases não for controlada. Bangladesh, por exemplo, próxima a 360 ppm, um
ficarão submersas. acréscimo de cerca de 30%. O FONTE: FOLHA DES. PAULO
3) O que acontecerá com o IPCC estima que, se as 30/11/1997
clima da Terra? 5) O aquecimento afetará a emissões continuarem nos
saúde humana? níveis de 1994, a concentração
Ficará mais quente e mais
úmido, mas não em todos os Especialistas em saúde pública de CO2 em 2100 será de 550
lugares. Cientistas dizem que estão preocupados com a ppm. A humanidade joga cerca

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Sobre Ilhas de Calor, leia o texto dos professores Eustáquio de Sene e João Carlos Moreira, retirados do livro
Espaço Geográfico e Globalização - Geografia Geral e do Brasil - Ed. Scipione - SP - 1997. pág 389.

A “Ilha de Calor”
Outro fenômeno climático típico das pontes e viadutos e uma série de outras construções,
grandes cidades, que também colabora para que é tanto maior quanto mais se aproxima do
aumentar os índices de poluição nas regiões centro das grandes cidades, faz aumentar significa-
centrais da mancha urbana, é a “ilha de calor”. tivamente a irradiação de calor para a atmosfera
A “ilha de calor” é um fenômeno típico em comparação com as zonas periféricas ou rurais,
de grandes aglomerações urbanas. Resulta da onde, em geral, é maior a cobertura vegetal. Além
elevação das temperaturas médias nas zonas disso, na atmosfera das zonas centrais da cidade,
centrais da mancha urbana, em comparação é muito maior a concentração de gases e materiais
com as zonas periféricas ou com as rurais. As particulados, lançados pelos automóveis e fábricas,
variações térmicas podem chegar até 7ºC e responsáveis por um “efeito estufa” localizado, que
ocorrem basicamente devido às diferenças de colabora para aumentar a retenção de calor. Sem
irradiação de calor entre as regiões edificadas contar os milhares ou, dependendo da cidade,
e as florestas e também à concentração de milhões de automóveis, que são uma grande fonte
poluentes, maior nas zonas centrais da cidade. de produção de calor, o qual se soma ao calor
A substituição da vegetação por grande irradiado pelos edifícios, acentuando o fenômeno
quantidade de casas e prédios, ruas e avenidas, da “ilha de calor”.

Camada de Ozônio
A camada de ozônio é uma cobertura Nas últimas décadas, tentou-se evitar ao
desse gás que envolve a Terra e a protege de máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o
vários tipos de radiações, sendo que a principal buraco na camada de ozônio continuou
delas é a radiação ultravioleta, principal aumentando, preocupando cada vez mais a
causadora de câncer de pele. No último século, população mundial. As ineficientes tentativas de se
devido ao desenvolvimento industrial, passaram reduzir a produção de clorofluorcarbonos são
a ser utilizados produtos que emitem clorofluor- devidas à dificuldade de se substituir esse gás,
carbonos (CFCs), um gás que ao atingir essa principalmente nos refrigeradores, ar-condicionado,
camada reage com as moléculas que a formam aerosóis e embalagens plásticas, prejudicando cada
(ozônio - O3), causando assim a sua destrui- vez mais a humanidade.
ção. Sem ela, a incidência de raios ultravioleta TEXTO DO PROFESSOR JOSÉ ARNALDO TIBÚRCIO, AUTOR
nocivos à Terra fica sensivelmente maior, DO LIVRO - UMA ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.
aumentando as chances de contrair o câncer.
ED. HARBRA.

POLUIÇÃO
Entenda a questão da poluição do ar tendo por base a publicação da Revista Veja de 16/agosto de 1995.

No balão de oxigênio
Alarmada com os altos índices de poluentes, São Paulo tenta limitar o número de automóveis nas ruas

Inverno em São Paulo. O céu da cidade está A cada dia, durante cinco dias, 20% da frota de
embrulhado por uma névoa escura e seca. É a automóveis será proibida, teoricamente - já que não
poluição, que recrudesce nesta época do ano com a haverá punição aos faltosos -, de circular na região
falta de umidade, os ventos fracos e a maior metropolitana, em um rodízio feito com base nos
concentração do ar. Como de costume, o número de números finais das placas.
óbitos aumenta 26% e as internações hospitalares por Por enquanto, é só uma experiência. Se der
problemas respiratórios, até 40%. Tudo no figurino ha- certo, reduzindo de 20% a 30% a emissão de poluentes,
bitual, exceto por duas novidades. A primeira é que o rodízio será implantando para valer, com direito a
no dia 30 de julho, em meio a um calor de rachar, o multa para quem o desobedecer. “Essa solução foi
ar da cidade bateu seu recorde de poluição por adotada em várias cidades do mundo, como Milão,
Atenas e Santiago. É a única forma de reduzir a
ozônio, um gás venenosíssimo quando ingerido em
poluição a curto prazo sem gastar muito dinheiro”, re-
grande quantidade. A segunda é que, numa
sume Alfred Schwarz, diretor da Companhia Estadual
iniciativa pioneira, será posta em prática uma
de Tecnologia de Saneamento Básico, Cetesb. O
tentativa de reduzir a maior fonte de poluição: a problema é que o sucesso de algumas cidades não se
fumaça que sai dos escapamentos dos carros. repete em outras. Em Santiago, onde o revezamento
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acontece de maio a novembro, os níveis de poluição Às soluções de emergência somam-se as


baixaram 25%. Na Cidade do México, foi tudo inútil. propostas a longo prazo para convencer os
Como o rodízio funciona o ano inteiro, famílias de cidadãos motorizados a abrir mão do conforto e da
classe média não se dispuseram a um sacrifício tão independência do carro particular. A mais comum:
longo e compraram carros extras, geralmente velhos melhorar o sistema de transportes coletivos, que levaria
e em péssimo estado, apenas para rodar no dia os motoristas a deixar seus automóveis nas garagens.
proibido. Assim, aumentou a frota em circulação e o Parece perfeito, mas não é o que se vê, por exemplo,
volume de poluentes. em Nova York, Paris ou Londres, que contam com
Solidariedade - Há outro problema. A Companhia excelentes redes de metrô e trens urbanos. Essas
de Engenharia de Tráfego, CET, estima o tráfego da cidades permanecem sufocadas pela fumaça dos
cidade em 2,8 milhões de veículos por dia. Se 20% veículos que atulham suas ruas. Na civilização in-
deles ficarem na garagem, na média de 1,5 ocupante dustrial, o carro parece ter-se transformado num
por automóvel, serão 840.000 passageiros extras prolongamento do corpo dos habitantes das
recorrendo ao transporte coletivo. São Paulo conta com metrópoles, e é duríssima a tarefa de separá-los. A
apenas 13.000 ônibus e 35.000 táxis, além de um metrô alternativa é melhorar a qualidade dos filtros instalados
que a duras penas transporta 2,6 milhões de nos escapamentos dos automóveis, bem como
passageiros. Onde enfiar os sem-carro? Schwarz, da desenvolver combustíveis menos poluentes. No Brasil,
Cetesb, sugere que a população adote o costume do o álcool foi uma ótima iniciativa nesse sentido, mas os
transporte solidário, em que colegas de trabalho fazem motores desregulados dos automóveis contribuem para
uma escala e, a cada dia da semana um deles leva os piorar a situação do ar.
outros até a empresa. “Isso desafoga o trânsito”,
argumenta.

ENTENDA A BIODIVERSIDADE
Países com maior diversidade biológica
• O que é
Biodiversidade ou diversidade biológica é a
variedade de espécies de seres vivos. Esse
conceito pode ser estendido também para o
patrimônio genético dessas espécies (diversidade
genética) e para os ambientes ou habitats em
que elas vivem (diversidade de ecossistemas)
México • Principais causas da perda de
Indonésia biodiversidade
Colômbia
Congo (ex-Zaire) • Destruição de habitats pelo homem (queimadas,
desmatamentos, poluição das águas, expansão
Brasil
Madagascar da agricultura e das áreas urbanas).
• Caça, pesca e extração predatórias provocam
a extinção de espécies animais e vegetais.
• Catástrofes naturais e outras grandes
alterações ambientais, como a que deve ter
30 milhões é o número do total causado a extinção dos dinossauros há cerca
1,4 milhão de espécies vivas
estimado de espécies vivas, incluindo de 65 milhões de anos.
já foram descritas pela
ciência as que não foram descritas Fonte: Folha de S. Paulo 5-10-1997

Novo gerenciamento de recursos e impactos ambientais

TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO

Impactos Negativos
• Realocação de população: cerca de 3.500 pessoas seriam despejadas com a desapropriação das terras.
• Haverá perda de vegetação e da diversidade de peixes: o desmatamento iria reduzir a vegetação de caatinga
e com a interligação, espécies e peixes do rio São Francisco poderiam ocupar outras bacias.
• Perda de energia: a mudança na vazão das águas poderia acarretar perdas na geração de energia de,
aproximadamente, 76 milhões de reais/ano e, num ano de seca extrema, a queda na produção de energia
da Chesf poderia chegar a 10% entre os reservatórios de Itaparica e Xingó.

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BIBLIOGRAFIA

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Almanaque Abril 1997
Jornais: Folha de S. Paulo, Estado de Minas, O Tempo, Hoje em Dia, O Globo, Jornal do Brasil.
Revistas: Veja, Isto É, Superinteressante, Ecologia e Desenvolvimento, Cadernos do Terceiro Mundo.

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Tecnologia Novo Rumo de Ensino

GEOGRAFIA

População

1) (UFMG) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado pela ONU, avalia com mais precisão as condições
humanas e sociais de um país.
Assinale a alternativa que apresenta os indicadores utilizados na determinação do IDH.
a) Consumo de calorias, taxa de analfabetismo, número de médicos por 1.000 habitantes.
b) Renda per capita, escolaridade, taxa de alfabetização entre adultos e expectativa de vida ao nascer.
c) Taxa de fecundidade, PIB por habitante, população empregada no setor primário.
d) Taxa de mortalidade infantil, valor do salário mínimo, taxa de natalidade.

2) Assinale qual dos quadros apresenta o conjunto de itens mais coerente.


a) • baixa taxa de natalidade c) • alta taxa de natalidade
• alta expectativa de vida • baixa expectativa de vida
• elevada proporção de jovens • elevada proporção de velhos
• baixa proporção de velhos • elevada proporção de jovens
• países desenvolvidos • países subdesenvolvidos
• sociedade industrializada • sociedade altamente industrializada
• pequena proporção de indivíduos • pequena proporção de elementos ativos
economicamente ativos
b) • baixa taxa de natalidade d) • alta taxa de natalidade
• alta expectativa de vida • baixa expectativa de vida
• elevada proporção de velhos • elevada proporção de jovens
• baixa proporção de jovens • baixa proporção de velhos
• países desenvolvidos • países desenvolvidos
• sociedade altamente industrializada • sociedade não industrializada
• elevada proporção de indivíduos economica- • elevada proporção de elementos economica-
mente ativos mente ativos
3) “O crescimento populacional contemporâneo é responsável pela estagnação econômica do Terceiro Mundo.”
“Os altos investimentos demográficos desviam os escassos recursos de capital do investimento produtivo.”
“O planejamento familiar visa alterar as taxas de fertilidade sem precisar modificar as estruturas fundamentais
da sociedade.”
Estas afirmações integram uma doutrina demográfica:
a) terceiro-mundista.
b) neo-marxista.
c) neo-maltusiana.
d) muçulmano-xiita.
e) clerical-progressista.

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Em material para análise de determinado marketing político, lê-se a seguinte conclusão:


A explosão demográfica que ocorreu a partir dos anos 50, especialmente no Terceiro Mundo, suscitou teorias ou
políticas demográficas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos, defende que o crescimento
demográfico dificulta o desenvolvimento econômico, já que provoca uma diminuição na renda nacional per capita
e desvia os investimentos do Estado para setores menos produtivos. Diante disso, o país deveria desenvolver uma
rígida política de controle de natalidade. Uma segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não está na
renda per capita e sim na distribuição irregular da renda, que não permite o acesso à educação e saúde. Diante
disso, o país deve promover a igualdade econômica e a justiça social.
4) (ENEM) Qual das slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano?
a) “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.”
b) “Sem reformas sociais o país se reproduz e não produz”.
c) “População abundante, país forte!”
d) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.”
e) “Justiça social, sinônimo de desenvolvimento.”

5) (ENEM) Qual das slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas?
a) “Controle populacional já, ou o país não resistirá.”
b) “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção!”
c) “População controlada, país rico!”
d) “Basta mais gente, que o país vai para frente!”
e) “População menor, educação melhor!”

6) (FGV-SP) Nos países onde é grande o desenvolvimento econômico, é pequena a taxa de natalidade. Os
países que apresentem alta taxa de natalidade possuem baixo índice de produção de alimentos. Essas
constatações têm sido utilizadas para justificar ideologicamente a posição de grupos que pretendem:
a) implantar restrições ao fluxo de migrações intercontinentais.
b) justificar a divisão dos países em três grupos: desenvolvidos, subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento.
c) justificar a livre iniciativa e a empresa privada como únicos fatores capazes de gerar desenvolvimento.
d) provar que as elevadas taxas de natalidade devem ser contidas para não prejudicar o desenvolvimento.
e) mostrar as vantagens da economia de mercado sobre a economia dos países socialistas.

7) (FCMSC-SP) O termo “megalópole” faz parte do vocabulário geográfico norte-americano e designa:


a) A região que se estende de Boston a Washington e que caracteriza o maior conjunto urbanizado dos
Estados Unidos.
b) A organização espacial e econômica das indústrias norte-americanas que, estrategicamente, formam
complexos industriais em vários pontos do território norte-americano.
c) A grande concentração agro-industrial no Meio-Oeste americano, conhecido como o de maior rendimento
agrícola do mundo.
d) A área de predomínio de atividades extrativas no Oeste americano, responsável pelo abastecimento da
possante indústria americana.
e) As áreas de grandes concentrações de população negra e centro-americanas no Sul e Oeste dos Estados
Unidos e que não conseguiram ainda se integrar no seio da sociedade norte-americana.

8) (UFMG) Com relação à hierarquia urbana e importância das cidades, NÃO é correto afirmar:
a) O tamanho populacional da cidade influi na diversificação de seu comércio e prestação de serviços.
b) O tamanho funcional da cidade, associado ao nível de renda da população, influi no seu poder de consumo.
c) Em uma rede de hierarquia urbana, a existência de uma função econômica específica, em uma cidade,
indica sua posição superior dentro da rede (metrópole).
d) A ausência de centros sub-regionais dentro de uma rede de hierarquia urbana indica um menor
desenvolvimento dessa região.
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9) (FUVEST-SP) O esboço I representa os continentes segundo a superfície. Os esboços II e III representam


cada parte do mundo com uma dimensão proporcional a diferentes informações. São elas, respectivamente:

I
a) renda per capita e volume da produção agrícola.
b) total da população e renda per capita.
c) valor da população industrial e percentagem da
população alfabetizada.
II III d) consumo de energia e renda per capita.
e) total da população e volume da produção de
minérios.

10) (PUC-MG) Quanto ao comportamento demográfico mundial, é correto afirmar, EXCETO:


a) Nas sociedades tradicionais morrem, a cada ano, mais crianças que velhos.
b) Quanto melhor a qualidade de vida, menor será a taxa de mortalidade infantil.
c) Em diferentes ritmos, caminha-se para uma diminuição progressiva nas taxas de crescimento natural.
d) Os países desenvolvidos adotam políticas de controle de natalidade e exigem que os países
subdesenvolvidos também o façam.
e) A progressiva queda nos índices de natalidade pode ser explicada pelas transformações advindas da
industrialização e da urbanização.

11) (UFLA-MG) Sobre os aspectos populacionais do Canadá, marque:


a) Apenas I é correta. d) Apenas I e III são corretas.
b) Apenas II é correta. e) Apenas II e III são corretas.
c) Apenas I e II são corretas.
I - O Canadá é um país muito povoado, ou seja, apresenta uma grande população relativa.
II - As áreas mais densamente povoadas do Canadá são as regiões dos Grandes Lagos e do Vale do Rio São Lourenço.
III - Nos dias atuais o crescimento da população é lento como resultado das baixas taxas de natalidade e da
adoção de uma política de restrição à imigração.
12) (CESESP-PE) Devido à grande importância da
estrutura etária, essa característica é habitualmente
usada para a comparação de população de diferentes Idades Pirâmide 1 Pirâmide 2
países. O método usual para a representação gráfica
da estrutura etária de uma população é através da 60 60
pirâmide etária. Observe as pirâmides 1 e 2:
Elas nos permitem concluir:
40 40
I - Os países subdesenvolvidos têm em geral, uma
pirâmide que se aproxima da pirâmide 2.
II - O declínio do número de nascimentos causa um 20 20
estreitamento da base da pirâmide, como é o caso,
por exemplo, da Suécia e dos Estados Unidos.
III - O grupo jovem é proporcionalmente grande nos H M H M
países economicamente desenvolvidos, onde a
taxa de natalidade é elevada, como podemos
verificar na pirâmide 1. a) Se somente II, IV e V são verdadeiras.
IV - A pirâmide 1 é característica da estrutura etária b) Se somente I, III e V são verdadeiras.
de um país subdesenvolvido, e a pirâmide 2
representa a estrutura etária de um país velho. c) Se somente II, III e IV são verdadeiras.
V - A pirâmide de perfil triangular achatado, com base d) Se somente III e V são verdadeiras.
larga, indica um país onde predomina uma e) Se todas as afirmativas são verdadeiras.
população jovem.

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13) (UFMG) Considerado como um dos males do final do século, o desemprego atinge hoje sociedades com
distintos níveis de desenvolvimento econômico.
Sobre a questão do desemprego, todas as afirmativas são corretas, EXCETO:
a) A adoção pelas grandes empresas da prática da terceirização de atividades tem mudado a distribuição
espacial do desemprego.
b) A dispersão geográfica do desemprego interfere na propensão dos grupos humanos a migrar.
c) A falta de emprego, embora em intensidade diferente, tem sido alvo de preocupação tanto dos que dele
precisam quanto dos que o promovem.
d) O índice de desemprego tem sido alimentado pela falta de investimentos em tecnologia e modernização
das empresas.
14) Comparando as duas pirâmides etárias, podemos concluir que:
I - A pirâmide I demonstra uma expectativa de vida e Idades
um envelhecimento da população maiores do que +80
75 - 79
a pirâmide II. 70 - 74
65 - 69
II - a pirâmide II demonstra um predomínio da 60 - 64
55 - 59
população adulta, enquanto a I apresenta 50 - 54
45 - 49
predominância de população jovem. 40 - 44
35 - 39
III - A pirâmide I demonstra que os velhos são mais 30 - 34
25 - 29
numerosos que os adultos, enquanto a II apresenta 20 - 24
15 - 19
jovens mais numerosos que os adultos. 10 - 14
5-9
IV - A pirâmide I demonstra grande mortalidade da 0-4
população, enquanto a II apresenta menor % 4 2 0 2 4 8 6 4 2 0 2 4 6 8
mortalidade, principalmente nas classes jovens, Homens
muito mais numerosas. Mulheres

V - A pirâmide I, de base estreita e lados convexos, demonstra a superioridade numérica dos adultos, enquanto
a II, de base larga e lados côncavos, demonstra a importância dos jovens em número.
VI - A pirâmide I é característica da estrutura etária de um país desenvolvido velho, enquanto a II representa
a estrutura etária de um país subdesenvolvido.
São corretas as afirmações:
a) I, IV e VI b) II, III e V c) I, V e VI d) II e III e) I e IV

15) (FUVEST-SP) Analise o gráfico a seguir e identifique as linhas que correspondem à população
economicamente ativa distribuída por setores da economia.

População econaicamente ativa no Brasil I II III


% a) primário terciário secundário
80 I b) primário secundário terciário
60
c) secundário terciário primário
40
II d) terciário secundário primário
20
III e) terciário primário secundário
1940 1950 1960 1970 1980 1991

16) (FATEC) Para preencher corretamente a tabela a seguir devemos acrescentar, respectivamente, em A e B:

Distribuição etária da população em alguns países (em %)


Países “maduros” Em Países “jovens”
transição
a) Japão e Uruguai.
Estados b) Argentina e Uruguai.
A Suécia Brasil México B Nigéria
Unidos c) Japão e Egito.
Jovens 31,0 29,0 24,8 46,5 53,7 50,8 58,4
d) Argentina e França.
Adultos 52,3 52,4 52,0 46,4 40,1 42,9 37,4
Idosos 16,7 18,6 23,2 7,1 6,2 6,3 4,2
e) Uruguai e Egito.

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17) (Diamantina) Sobre a população brasileira, podemos afirmar, EXCETO:


a) apesar dos contrastes regionais, o Brasil é um dos países mais povoados do mundo.
b) o processo de urbanização acelerado após 1960 e métodos contraceptivos ajudaram no declínio das
taxas de natalidade.
c) como a maior parte da população brasileira possui baixa renda, sua expectativa de vida será também
relativamente baixa.
d) a região Nordeste, apesar de ser a segunda mais populosa, apresenta grandes contrastes na distribuição
espacial da população.
e) o grande número de inativos, como conseqüência da composição etária, representa um pesado encargo
à parcela ativa da população brasileira.

18) (ENEM) A tabela abaixo apresenta dados referentes à mortalidade infantil, à porcentagem de famílias de
baixa renda com crianças menores de 6 anos e às taxas de analfabetismo das diferentes regiões brasileiras
e do Brasil como um todo.

Regiões do Mortalidade Famílias de baixa renda com crianças Taxa de analfabetismo em


Brasil Infantil* menores de 6 anos (em %) maiores de 15 anos (em %)
Norte 35,6 34,5 12,7
Nordeste 59,0 54,9 29,4
Sul 22,5 22,4 8,3
Sudeste 25,2 18,9 8,6
Centro-Oeste 25,4 25,5 12,4
Brasil 36,7 31,8 14,7

Suponha que um grupo de alunos recebeu a tarefa de pesquisar fatores que interferem na manutenção da
saúde ou no desenvolvimento de doenças. O primeiro grupo deveria colher dados que apoiassem a idéia de
que combatendo-se agentes biológicos e químicos garante-se a saúde. Já o segundo grupo deveria coletar
informações que reforçassem a idéia de que a saúde de um indivíduo está diretamente relacionada à sua
condição socioeconômica.
Os dados da tabela podem ser utilizados apropriadamente para:
a) apoiar apenas a argumentação do primeiro grupo.
b) apoiar apenas a argumentação do segundo grupo.
c) refutar apenas a posição a ser defendida pelo segundo grupo.
d) apoiar a argumentação dos dois grupos.
e) refutar as posições a serem defendidas pelos dois grupos.

19) (PUC-MG) Quanto aos movimentos migratórios das áreas rurais em direção às áreas urbanas no Brasil, é
INCORRETO afirmar:
a) As migrações, provocadas pelo fator de estagnação econômica, resultam da incapacidade dos produtores
em economia de subsistência de elevarem a produtividade da terra.
b) Os fluxos migratórios, provocados pelos fatores de modernização e mecanização das atividades agrícolas,
resultam do desemprego tecnológico em função do aumento da produtividade do trabalho agrícola e de
sua especialização.
c) A economia urbana, em lenta expansão, absorve uma proporção reduzida dos imigrantes provenientes da
área rural.
d) A chegada à cidade de migrantes, que provêm de áreas em economia de subsistência, provoca uma
acelerada demanda pelo produto da economia urbana.
e) A maioria dos migrantes, vindos das áreas rurais, permanece à margem da divisão social do trabalho,
ocupando-se na prestação de serviços domésticos ou em atividades autônomas.

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20) (ENEM) Uma pesquisadora francesa produziu o seguinte texto para caracterizar nosso país:
O Brasil, quinto país do mundo em extensão territorial, é o mais vasto do hemisfério Sul. Ele faz parte
essencialmente do mundo tropical, à exceção de seus estados mais meridionais, ao sul de São Paulo. O
Brasil dispõe de vastos territórios subpovoados, como o da Amazônia, conhece também um crescimento
urbano extremamente rápido, índices de pobreza que não diminuem e uma das sociedades mais desiguais
do mundo. Qualificado de “terra de contrastes”, o Brasil é um país moderno do Terceiro Mundo, com todas as
contradições que isso tem por conseqüência.
([ADAPTADO DE] DROULERS, MARTINE. DICTIONNAIRE GEOPOLITIQUE DES ÉTATS. ORGANIZADO POR YVES LACOSTE.
PARIS: ÉDITIONS FLAMARION, 1995)
O Brasil é qualificado como uma “terra de contrastes” por:
a) fazer parte do mundo tropical, mas ter um crescimento urbano semelhante ao dos países temperados.
b) não conseguir evitar seu rápido crescimento urbano, por ser um país com grande extensão de fronteiras
terrestres e de costa.
c) possuir grandes diferenças sociais e regionais e ser considerado um país moderno do Terceiro Mundo.
d) possuir vastos territórios subpovoados, apesar de não ter recursos econômicos e tecnológicos para explorá-los.
e) ter elevados índices de pobreza, por ser um país com grande extensão territorial e predomínio de atividades rurais.
21) (ENEM) A tabela abaixo apresenta algumas das principais causas de mortes no Brasil, distribuídas por
região.

FONTE: MIN. SAÚDE / 96.


Taxa por 10.000 habitantes
Brasil Região Região Região Região Região
K X W Y Z
Causas mal definidas 9 5 15 8 6 6
Causas externas 7 8 5 5 7 9
Neoplasias (cânceres) 6 5 3 3 9 9
Doenças respiratórias 6 4 3 2 8 7

São conhecidas ainda as seguintes informações sobre as causas de óbitos:


- A dificuldade na obtenção de informações, a falta de notificação e o acesso precário aos serviços de saúde são
fatores relevantes na contabilização dos óbitos por causas mal definidas.
- O aumento da esperança de vida faz com que haja cada vez mais pessoas com maiores chances de desenvolver
algum tipo de câncer.
- As mortes por doenças do aparelho respiratório estão estreitamente associadas à poluição nos grandes centros
urbanos.
- Os acidentes de trânsito e os assassinatos representam a quase totalidade das mortes por causas externas.
- A região Norte é a única que apresenta todas as taxas por 10.000 habitantes abaixo da taxa média brasileira.
Levando em consideração essas informações e o panorama social, econômico e ambiental do Brasil, pode-
se concluir que as regiões K, X, W, Y e Z da tabela indicam, respectivamente, as regiões:
a) Sul, Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. d) Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste.
b) Centro-Oeste, Sudeste, Norte, Nordeste e Sul. e) Norte, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Sul.
c) Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste.
22) (UFMG) Todas as alternativas apresentam problemas sociais brasileiros, EXCETO:
a) A falta de investimentos em habitações para a população.
b) A necessidade de buscar melhores condições de sobrevivência tem originado um novo tipo de migrante,
o itinerante, que se desloca de um ponto para outro.
c) O agravamento da concentração de renda tem deixado parcela considerável de brasileiros à margem do
processo de desenvolvimento e tem colocado o Brasil entre os países de maiores desníveis sociais do
mundo.
d) O aumento do número de nascimentos por mulher, em idade de procriar, tem resultado na retomada do
crescimento populacional de forma inesperada e tem agravado a miséria no país.
e) O prolongamento do período seco e a falta de investimentos em saúde no Nordeste têm contribuído para
a elevação, em algumas regiões, da taxa de mortalidade infantil.

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23) (UFViçosa-MG) O Brasil é um país de transição 26) (UNESP) Os imigrantes japoneses começaram a
para a maturidade. Sua população aos poucos está chegar ao Brasil em 1908, atingindo, na atualidade,
envelhecendo, resultado do declínio da mortalidade aproximadamente 1,5 milhão de “nisseis”, os quais
e natalidade, com um aumento da faixa etária su- englobam emigrantes japoneses e seus
perior a 60 anos e uma diminuição relativa da faixa descendentes. Nos últimos anos tem crescido a ida
etária jovem, de pessoas com menos de 20 anos.
de brasileiros para o Japão, principalmente na faixa
Segundo as projeções para o ano 2000, a pirâmide produtiva dos 20 aos 35 anos. Esta inversão no
etária brasileira será a de um país: fluxo migratório está vinculada ao:
a) com crescimento vegetativo negativo.
b) de adultos. a) desejo de conhecer e se engajar em trabalhos
c) de jovens. altamente especializados.
d) com crescimento vegetativo nulo. b) entrave burocrático provocado pela lei brasileira
e) de velhos. que proíbe o trabalho de imigrantes japoneses e
seus descendentes.
24) (F. Catanduva-SP) O aprofundamento da recessão
c) desejo de fazer turismo a baixo custo, apesar
e do desemprego gerou uma ampliação do número
de vendedores ambulantes (camelôs) nas áreas dos altos salários recebidos no Brasil.
metropolitanas, absorvendo, com isso, a mão-de- d) boa aceitação da comunidade japonesa, que
obra ociosa liberada por outros setores. Isto significa: reserva aos imigrantes os melhores e mais
a) que a parte do PIB criada pelo setor terciário valorizados empregos.
cresceu consideravelmente, graças à liberação e) engajamento no mercado de trabalho não-
de mão-de-obra improdutiva do setor secundário. especializado e temporário, através de
b) incremento de produtividade do setor terciário, agenciadores ou intermediários.
com o respectivo aumento da população econo-
micamente ativa. 27) (ENEM) Depois de estudar as migrações, no Brasil,
c) que o crescimento da produção de riquezas pelo você lê o seguinte texto:
setor terciário foi maior que o crescimento da
força de trabalho engajada no comércio e “O Brasil por suas características de crescimento
serviços. econômico, e apesar da crise e do retrocesso
d) uma hipertrofia do setor terciário, pela alta das últimas décadas, é classificado como um
absorção de mão-de-obra barata, com país moderno. Tal conceito pode ser, na
investimentos limitados de capital e baixa verdade, questionado se levarmos em conta os
produtividade. indicadores sociais: o grande número de
e) que a liberação de trabalhadores para a economia desempregados, o índice de analfabetismo, o
urbana forneceu um estoque de mão-de-obra déficit de moradia, o sucateamento da saúde,
barata, mas pouco qualificada, que foi integrada enfim, a avalanche de brasileiros envolvidos e
exclusivamente ao comércio, em detrimento do tragados num processo de repetidas migrações
desenvolvimento industrial. (...)”
(ADAP. Valin, 1996, PÁG. 50. MIGRAÇÕES: DA PERDA
25) (FGV-SP) No Brasil, o deslocamento de populações
DE TERRA À EXCLUSÃO SOCIAL. SP. ATUAL, 1996).
rurais para os primeiros centros urbanos provocou
o contínuo crescimento das grandes metrópoles, o
que agravou a qualidade de vida urbana. Para frear Analisando os indicadores citados no texto, você
o crescimento excessivo, qual a medida mais pode afirmar que:
adequada? Assinale-a: a) o grande número de desempregados no Brasil
a) estimular a criação de novos pólos de desenvol- está exclusivamente ligado ao grande aumento
vimento que provoquem a descentralização das da população.
atividades econômicas. b) existe uma “exclusão social” que é resultado da
b) ativar o BNH com a canalização de maiores grande concorrência existente entre a mão-de-
recursos financeiros e com maiores facilidades obra qualificada.
para aquisição da casa própria.
c) o déficit da moradia está intimamente ligado à
c) dar condições para o INSS atuar de forma mais
falta de espaços nas cidades grandes.
dinâmica e eficiente tanto no campo como na
cidade. d) os trabalhadores brasileiros não qualificados
d) reduzir o analfabetismo pela ampliação da rede engrossam as fileiras dos “excluídos”.
escolar básica nas zonas rurais em todos os e) por conta do crescimento econômico do país, os
estados. trabalhadores pertencem à categoria de mão-
e) concentrar os projetos de melhoria das grandes de-obra qualificada.
metrópoles.

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28) (FUVEST-SP) Esta questão está ligada à tabela e às informações abaixo:

ESTRUTURA ETÁRIA DA
POPULAÇÃO BRASILEIRA (%)
Faixa etária 1940 1950 1960 1970 1991
Jovens 53,3 52,3 52,9 52,7 48
(0 a 19 anos)
Adultos 42,6 43,1 42,4 42,2 45
(20 a 59 anos)
Velhos 4,1 4,6 4,7 5,1 7,0
(60 ou + anos)
(ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - IBGE)

As altas porcentagens de população jovem apresentadas na tabela conduzem a inúmeras implicações que
significam, em termos futuros:
I - pequena sobrecarga econômica para a população adulta.
II - necessidade de investimentos, principalmente nos setores de saúde e educação.
III - necessidade de conveniente formação profissional.
Os dados da tabela apóiam somente o que está contido em:
a) I b) II c) I e III d) II e III e) III

29) (UFMG) Observe o mapa.

Nesse mapa, as áreas limitadas por linhas


contínuas representam:
a) as áreas de atuação dos órgãos de planejamento.
b) áreas de influência das metrópoles brasileiras.
c) frentes pioneiras de ocupação.
d) zonas de densidades demográficas.
e) zonas de expansão do povoamento.

30) (UFMG) Com base em indicadores sociais dos seus diversos países-membros, a ONU estabelece e publica,
anualmente, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). De acordo com a publicação de 1999, é
INCORRETO afirmar que:
a) a elevação do IDH brasileiro, nos últimos anos, foi influenciada, entre outros fatores, pelo aumento do PIB
‘per capita’.
b) a média do IDH no Brasil é influenciada positivamente pelo desempenho econômico-social dos Estados
concentrados na metade sul do País.
c) o IDH brasileiro é, segundo os analistas da ONU, o mais elevado do conjunto de países latino-americanos.
d) o IDH exclui o Brasil do grupo de países que destinam grande parte de seus recursos à educação e à
saúde.

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Questões Abertas

1) (FUVEST-SP) As figuras abaixo representam, de forma muito simplificada, duas pirâmides de idade. Mostre,
resumidamente, os principais aspectos de cada uma e a que tipo de países poderiam corresponder.

A B
velhos velhos
adultos adultos
jovens jovens

país A

país B

2) (UNIMONTES) No Brasil, país de grande extensão territorial e de ocupação econômica muito desigual, tem
grande significação a migração interna.
Apresente três fatores relacionados com a mobilidade populacional, resultante da desigualdade de
ocupação econômica.
*

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3) Relacione a predominância de população de origem européia na Região Sul do Brasil com o processo de
povoamento do território brasileiro.

4) A ocupação rápida e desordenada de certas áreas do sítio urbano de grandes cidades brasileiras tem
causado problemas que evidenciam uma estreita ligação entre a questão ambiental e a questão social.

1º) Cite um exemplo de um desses problemas.

2º) EXPLIQUE como se dá, no caso, a ligação mencionada.

5) Dê as definições dos conceitos:

a) Revolução Sanitária:

b) Explosão demográfica:

c) I.O.H.:

d) Regiões Metropolitanas:

Agricultura
1) (FUNESP) O esquema mostra vários tipos de uso da terra e a perda de solo por hectare. Correlacionando o
escoamento superficial e a erosão, é possível afirmar:
1. Nas áreas de cultivos anuais, como no algodoal, a aração e capinas freqüentes facilitam o forte escoamento superficial
e erosão acelerada.
2. Nas áreas de florestas, a água concentrada nas folhagens das árvores cai fortemente sobre o solo provocando
erosão acelerada.
3. Nas áreas de florestas, o escoamento e a erosão são
mínimos.
Floresta
4 Kg 4. Sendo o algodoal um cultivo permanente, cobre todo o
solo, evitando escoamento superficial e erosão intensa.
5. No algodoal, que é uma lavoura temporária, há grande
Pastagem proteção do solo contra o escoamento superficial, que
700 Kg = 14 sacos de 50 Kg pode formar grandes sulcos erosivos.

Cafezal Assinale a alternativa que reúne o maior número


de afirmativas corretas:
1.100 Kg = 22 sacos
a) 1 e 3 d) 2 e 3
Algodoal
b) 1 e 2 e) 4 e 5
38.000 Kg = 760 sacos c) 1 e 4

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2) (UFUberlândia) Nas regiões agrícolas, em áreas tropicais, onde as características do ambiente não são
consideradas, ocorrem os seguintes problemas em relação ao uso dos recursos naturais, EXCETO:
a) Contaminação do agricultor por agrotóxicos.
b) Destruição da cobertura vegetal.
c) Esgotamento dos recursos hídricos.
d) Erosão do solo e conseqüente redução da fertilidade.
e) Desaparecimento dos controles naturais das “pragas” agrícolas.

3) (ICMG) São características da agricultura dos Estados Unidos, EXCETO:


a) Representa a menor parcela na formação da renda nacional.
b) A agricultura emprega o menor percentual de mão-de-obra ativa.
c) Não recebe apoio e proteção governamental.
d) Mostra produtividade do trabalho das mais altas do mundo.
e) Existe especialização por áreas, os “belts”.

4) (Diamantina) A agricultura de jardinagem, típica da Ásia das Monções, apresenta as seguintes características,
EXCETO:
a) Grandes excedentes exportáveis, dado ao seu caráter essencialmente comercial.
b) Mão-de-obra abundante e estrutura fundiária ligada à pequena propriedade, o que facilita o plantio e a
colheita.
c) Intenso trabalho braçal na construção de diques, terraços e canais de irrigação.
d) Utilização intensiva do solo e apresentando inundação natural ou artificial visando obter o máximo de
produção.
e) Pouco uso de máquinas, sendo o trabalho humano realizado para obter o máximo de produtividade e
produção.

5) (Alfenas) A planície Indo-Gangética é uma importante porção do território da Índia onde se cultiva,
principalmente, o arroz. O clima dessa área é característico, recebendo a denominação de:
a) desértico. b) estepes. c) monções. d) mediterrâneo. e) subtropical.

6) (CESGRANRIO) Nos países tropicais, um sistema agrícola tem-se destacado por utilizar importantes volumes
de mão-de-obra, basear-se em monoculturas, depender de demanda externa predominantemente, sofrer
oscilações de preços e gerar regime de grandes propriedades. Este sistema agrícola é conhecido por:
a) Sistema de jardinagem. c) Agricultura itinerante. e) Sistema de plantation.
b) Agricultura de jardinagem. d) Agricultura de regadio.

7) (ENEM) Um agricultor adquiriu alguns alqueires de terra para cultivar e residir no local. O desenho abaixo
representa parte de suas terras.

Pensando em construir sua moradia


no lado I do rio e plantar no lado II o
agricultor consultou seus vizinhos e
escutou as frases abaixo. Assinale
a frase do vizinho que deu a
sugestão mais correta.
a) “O terreno só se presta ao plantio,
revolvendo o solo com arado”.
b) “Não plante neste local, porque é
impossível evitar a erosão”.
c) “Pode ser utilizado, desde que se
plante em curvas de nível”.
d) “Você perderá sua plantação, quando as chuvas provocarem inundação”.
e) “Plante forragem para pasto”.
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8) (PUC-RJ)
Terra em transe
“São 900 focos de conflito e violência no campo, envolvendo mais de um milhão de famílias em
doze estados. Só no Pará foram assassinados este ano onze camponeses. De um lado os
“sem-terra”, de outro a polícia e jagunços armados.” (ISTO É/SENHOR - 22/8/90)

Que afirmativa NÃO se relaciona estritamente com o texto da reportagem?


a) As oscilações de preços dos produtos agrícolas no mercado externo e a falta de fixação de preços mínimos
internamente geram crise no campo.
b) A mecanização das lavouras, como as do trigo e da soja, determinou a saída de trabalhadores rurais de
várias áreas do país.
c) O desmembramento das propriedades por herança, sobretudo nas áreas coloniais, gera fluxos de
agricultores para outras regiões.
d) A ausência de uma política definida de reforma agrária torna inexpressiva em face da amplitude do
problema, as distribuições de terras.
e) O alto custo da terra e a existência de grandes propriedades dificultam o acesso dos lavradores à terra.
9) (Newton Paiva) Em abril de 1997, o MST (Movimento dos Sem Terra) realizou uma longa e exaustiva caminhada
pelo Brasil, que teve como local de convergência a capital federal. Dentre diversos objetivos políticos desta
caminhada, o MST apresentou ao governo Fernando Henrique Cardoso e à população o projeto de reforma
agrária contendo importantes diretrizes. Traduzindo, genericamente, estas diretrizes, pode-se afirmar que a
única que NÃO é verdadeira é a seguinte:
a) A política nacional da Reforma Agrária deve considerar as especificidades ambientais e sócio-culturais
das regiões brasileiras.
b) Toda propriedade rural deve cumprir uma função social, contrariando as práticas especulativas em torno
da propriedade fundiária.
c) É preciso dotar o meio rural de infra-estrutura e de equipamentos que garantam a permanência da população
no campo.
d) A grande propriedade deve ter garantido o acesso à tecnologia de ponta, enquanto, no minifúndio, deve
ser preservado o padrão tecnológico tradicional-rudimentar.
10) (ENEM) Em uma disputa por terras, em Mato Grosso do Sul, dois depoimentos são colhidos: o do proprietário
de uma fazenda e o de um integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terras:
Depoimento 1 Depoimento 2
“A minha propriedade foi conseguida com muito sacrifício “Sempre lutei muito. Minha família veio para a cidade
pelos meus antepassados. Não admito invasão. Essa porque fui despedido quando as máquinas chegaram
gente não sabe de nada. Estão sendo manipulados pelos lá na Usina. Seu moço, acontece que eu sou um homem
comunistas. Minha resposta será à bala. Esse povo tem da terra. Olho pro céu, sei quando é tempo de plantar e
que saber que a Constituição do Brasil garante a de colher. Na cidade não fico mais. Eu quero um pedaço
propriedade privada. Além disso, se esse governo quiser de terra, custe o que custar. Hoje eu sei que não estou
as minhas terras para a Reforma Agrária terá que pagar, sozinho. Aprendi que a terra tem um valor social. Ela é
em dinheiro, o valor que eu quero.” feita para produzir alimento. O que o homem come vem
Proprietário de uma fazenda no da terra. O que é duro é ver que aqueles que possuem
Mato Grosso do Sul. muita terra e não dependem dela para sobreviver, pouco
se preocupam em produzir nela.”
Integrante do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), de Corumbá - MS.

A partir da leitura do depoimento 1, os argumentos utilizados para defender a posição do proprietário de


terras são:
I. A Constituição do país garante o direito à propriedade privada, portanto, invadir terras é crime.
II. O MST é um movimento político controlado por partidos políticos.
III. As terras são o fruto do árduo trabalho das famílias que as possuem.
IV. Este é um problema político e depende unicamente da decisão da justiça.

Estão corretas as proposições:


a) I, apenas. b) I e IV, apenas. c) II e IV, apenas. d) I , II e III, apenas. e) I, III e IV, apenas.

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11) (ENEM) A partir da leitura do depoimento 2, quais os argumentos utilizados para defender a posição de um
trabalhador rural sem terra?
I. A distribuição mais justa da terra no país está sendo resolvida, apesar de que muitos ainda não têm
acesso a ela.
II. A terra é para quem trabalha nela e não para quem a acumula como bem material.
III. É necessário que se suprima o valor social da terra.
IV. A mecanização do campo acarreta a dispensa de mão-de-obra rural.
Estão corretas as proposições:
a) I, apenas. b) lI, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, II e III, apenas. e) III, I, IV, apenas.

12) (UFRS) Sobre a agricultura no mundo, são feitas as seguintes afirmações:


I. A agricultura de “plantation” foi introduzida no mundo tropical pelo colonizador europeu. É um sistema
monocultor com a produção agro-industrial em larga escala, voltada para o mercado externo.
II. A agricultura de jardinagem é praticada na Ásia de Monções, em grandes propriedades, com a utilização
de mão-de-obra numerosa.
III. Nas zonas tropicais foram e continuam sendo comuns a agricultura sobre queimada, a rotação de cultivos
e a pequena utilização de equipamentos agrícolas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas I e III.

13) (UFPel-RS)
I. Dá-se o nome de sistema agrícola itinerante à derrubada e queimada da mata, seguindo-se o plantio. O
solo, não suportando as mesmas culturas anuais sucessivas, obriga o deslocamento para outra área.
II. No meio rural brasileiro, o termo “camarada” refere-se aos trabalhadores que utilizam a terra e dão a
metade da produção ao proprietário.
III. O sistema agrícola da horticultura e fruticultura é praticado, geralmente, perto dos grandes centros urbanos
– o cinturão verde – e a mão-de-obra é quase exclusivamente familiar.
É (são) verdadeira (s) a (s) declaração (ões):
a) I e II. b) II e III. c) Apenas I. d) I e III. e) Apenas III.

14) “São trabalhadores que moram nas cidades e diariamente se dirigem ao campo onde trabalham em atividades
rurais, não trabalham permanentemente para os proprietários e não residem na propriedade, não se criando
vínculos empregatícios entre os mesmos”.

O texto se refere à seguinte categoria de agricultores:


a) Bóia-fria. b) Posseiro. c) Arrendatário. d) Parceiro. e) Agregado.

15) (UFMG) Todas as afirmativas a respeito do espaço agrário brasileiro estão corretas, EXCETO:
a) Apresenta grandes empresas agropecuárias que utilizam maquinário e outros insumos para produzir soja,
açúcar, frutas e outros produtos a serem beneficiados pela indústria, fechando o circuito dos complexos
agro-industriais.
b) Caracteriza-se, de um lado, por grandes propriedades pouco utilizadas que ocupam grandes extensões
de terras e, de outro, por pequenas propriedades com maior utilização do solo, que ocupam uma pequena
proporção das terras.
c) Caracteriza-se por violentos conflitos pela posse da terra nas áreas de fronteira agrícola do Norte e do
Centro-Oeste, tendo ocorrido um crescente número de mortos nos anos 70 e 80.
d) Desenvolve-se tanto nas áreas de fronteira agrícola quanto nas áreas de ocupação antiga, de maneira
independente do capital industrial, cuja atuação se restringe aos espaços urbanos.
e) Engloba tanto áreas de agricultura moderna, recentemente incorporadas ao processo produtivo, quanto
áreas de exploração estagnadas e outras que vêm passando por processo de total reestruturação de
base produtiva.

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16) (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que interferem na margem de lucro dos países exportadores
de produtos agrícolas, EXCETO:
a) A diferença de custos de transporte nos diversos países produtores.
b) A oscilação das safras provocadas por fenômenos climáticos.
c) A pressão de países monoexportadores sobre os preços praticados no mercado internacional.
d) As modificações na estrutura da demanda internacional.
e) Os subsídios à produção agrícola, mantidos por alguns países da CEE.

17) (UFMG) Todas as alternativas sobre a agricultura brasileira estão corretas, EXCETO:
a) A agricultura moderna e a rudimentar coexistem e utilizam técnicas que agridem o meio ambiente.
b) A capitalização do campo ocorreu com fortes desigualdades nas diversas regiões do país.
c) A maior parte dos solos é fértil, mas a obtenção de insumos químicos, facilitada pelo baixo custo, induz ao
uso desnecessário desses produtos.
d) O aumento da produção agrícola se deu mais pela ampliação da fronteira que por ganhos de produtividade.

18) (PUCCAMP-SP) “Sousa tem quatro filhos e mora numa casa de pau-a-pique. Planta feijão, quiabo, milho,
mandioca, pimentão e inhame, entre outros. Revolta-se quando, ao vender um saco de 30 quilos de quiabo por
R$ 3,00, fica sabendo que, em São Paulo, um quilo de quiabo custa, em média, os mesmos R$ 3,00 que recebeu.”.
A leitura do texto permite afirmar que um dos maiores problemas da agricultura brasileira é:
a) A fraca produtividade da mão-de-obra agrícola, devido à baixa especialização.
b) A fraca produtividade agrícola, resultante do baixo índice de mecanização.
c) A perversa distribuição de terras entre os agricultores, que dispõem de áreas reduzidas de terra para
garantir sua subsistência.
d) A presença da figura do atravessador, que reduz as possibilidades de ganho dos agricultores pobres.
e) A falta de incentivos fiscais para o financiamento das lavouras destinadas ao abastecimento de gêneros alimentícios.

Responda às questões 19 e 20 de acordo com o seguinte esquema :


a) Se as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda é justificativa da primeira.
b) Se as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não é justificativa da primeira.
c) Se a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa
d) Se a primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
e) Se a primeira e a segunda afirmativas são falsas.


19)
PRIMEIRA SEGUNDA

No Brasil, o recuo dos O crescimento dos estabele-


minifúndios teve como cimentos de mais de mil hectares
contrapartida uma PORQUE decorre da absorção das áreas
concentração fundiária e antes ocupadas pelos
uma forte expansão dos minifúndios e pela sua expansão
latifúndios. nas áreas de fronteiras.


20)
PRIMEIRA SEGUNDA

No Brasil, os maiores índices de A expansão da pecuária


concentração da terra têm ocorrido nas extensiva e a recorrente
áreas de expansão da fronteira agrícola, PORQUE especulação fundiária,
justamente onde seria de se esperar promovidas muitas vezes por
exatamente o contrário, tendo-se em vista incentivos fiscais e creditícios do
o povoamento que acompanha o processo governo federal, geram a
em questão. concentração da terra.

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21) (PUC) Quanto à questão agrária brasileira e à penetração ou desenvolvimento do capitalismo no campo,
NÃO é correto afirmar que:
a) Aumentou a produtividade do trabalho.
b) Gerou uma melhor distribuição da terra.
c) Destruiu milhares de pequenas unidades de produção.
d) Transformou o colono em “bóia-fria.”
e) Agravou os conflitos entre grileiros e posseiros.

22) (UFUberlândia) Em relação à agricultura brasileira e à estrutura fundiária do país, pode-se afirmar que:
I. A estrutura fundiária no Brasil é caracterizada pela extrema concentração da propriedade.
II. Os minifúndios apresentam 72% do total dos imóveis rurais, e tal fato explica a sua grande participação na exportação
de produtos agrícolas.
III. Nos últimos anos, a melhoria das condições de vida no campo levou ao desaparecimento dos conflitos pela posse
da terra.
IV. Os imóveis rurais classificados como minifúndios têm aumentado, nas últimas décadas, em virtude da melhor
distribuição de terras no Brasil.
V. Existem uma estreita relação entre a estrutura fundiária do Brasil e os cinturões de pobreza que envolvem as
grandes cidades.
Assinale:
a) Se apenas a afirmativa I for correta. d) Se apenas as afirmativas III, IV e V forem corretas.
b) Se apenas as afirmativas I e V forem corretas. e) Se todas as afirmativas forem corretas.
c) Se apenas as afirmativas I, II e IV forem corretas.

23) (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores ao processo de reforma agrária no Brasil, EXCETO:
a) Enfraquecimento do poder político dos grupos empresariais ligados às atividades agrícolas.
b) Existência de projetos e de planos governamentais voltados para a reforma agrária.
c) Mobilização dos produtores sem terra, sobretudo na parte sul do território brasileiro.
d) Necessidade de fixar, no meio rural, o trabalhador sem terra que migra para áreas urbanas.
e) Presença de grandes espaços agrícolas improdutivos ou ociosos em vários pontos do país.

24) (Lavras) A respeito dos principais produtos agrícolas do Brasil são afirmativas verdadeiras, EXCETO:
a) A cana-de-açúcar foi a primeira grande cultura comercial do Brasil, tendo se desenvolvido no Período
Colonial principalmente, no litoral nordestino (Zona da Mata) projetando o Brasil como o maior produtor
mundial. Atualmente São Paulo é responsável por quase 50% da produção nacional.
b) O café foi o principal produto e a base da economia nacional no século XIX e primeiras décadas do século
XX. O maior produtor brasileiro é o estado de Minas Gerais, seguido de perto pelo Espírito Santo.
c) A Bahia é responsável por 86% da produção brasileira de cacau e o porto de Malhado, em Ilhéus é o mais
importante nas exportações destinadas principalmente à Europa, EUA e Japão.
d) O Brasil é atualmente o 2º produtor e o 2º exportador mundial de soja tendo conseguido grande penetração
no mercado externo em virtude do pico de nossa produção coincidir com a entressafra nos EUA. Os
maiores produtores são o Rio Grande do Sul e o Paraná.
e) No Brasil, é o milho entre as principais culturas agrícolas do país, a que ocupa menor extensão (8,2%).
Destina-se principalmente, à alimentação humana e é quase todo exportado. (Dados: 1986 - Fonte IBGE)

25) (FAFI-BH) Sobre as atividades rurais brasileiras, qual é a afirmativa INCORRETA?


a) A maior parte das propriedades brasileiras são pequenas; portanto, a maior parte de suas explorações
são as diretas.
b) A presença da economia paulista no Mato Grosso do Sul determinou, naquela área, o predomínio de
propriedades pequenas e médias.
c) As grandes propriedades brasileiras, superiores a 1.000 hectares, ocupam principalmente as terras do
Centro-Norte do país.
d) O aumento da fronteira agrícola, tem levado a um distanciamento entre a área produtora e as áreas
consumidoras.
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26) (FAAP-SP) Para criação de búfalos, convém buscar condições climáticas equatoriais e campos de inundação;
para a criação do gado de origem indiana do tipo Zebu, busca-se o clima tropical com alternâncias de
estações secas e úmidas, bem como o domínio do cerrado; para a criação de gado bovino do tipo europeu,
como o Hereford e o Durhan, busca-se área de clima subtropical com domínio de campos limpos. Então, o
búfalo, o Zebu e o gado bovino do tipo europeu, no Brasil, devem ser satisfatoriamente criados,
respectivamente:
a) Em Santa Catarina; Sul do Paraná e Espírito Santo.
b) No litoral de São Paulo; Sul de Sergipe e Rio Grande do Norte.
c) No Sul do Mato Grosso do Sul; Acre e Amapá.
d) No Sul do Rio Grande do Sul; Norte do Pará e Ceará.
e) Na Ilha de Marajó; Sul de Goiás e Campanha Gaúcha.

27) (FUNESP) A Campanha Gaúcha é área muito importante para a economia do Rio Grande do Sul. Essa
região caracteriza-se por:
a) Predomínio extensivo da mata de Araucárias, possibilitando intensa atividade madeireira.
b) Domínio das coxilhas e planícies fluviais, recobertas por vegetação rasteira, onde dominam a atividade
pastoril e as culturas irrigadas.
c) Produzir 85% da produção total do trigo Rio Grande do Sul.
d) Ser área de solos profundos, propícios para intensa atividade agrícola com culturas de soja e trigo, feitas
em minifúndios, sob o sistema de jardinagem.
e) Ser área de colonização italiana, dedicada à agricultura em minifúndios, sob o regime altamente intensivo.

28) (UFMG) No Brasil, a criação de novas fronteiras agrícolas e a expansão de antigas áreas agricultáveis têm
provocado graves problemas ambientais.
Sobre esses problemas, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A expansão da agricultura e da pecuária extensiva no norte do país, ao longo das principais rodovias e em
torno das áreas urbanas, tem reduzido as reservas extrativistas.
b) A expansão das áreas de monocultura modernizada na região Centro-Oeste tem levado à exaustão do
solo e à contaminação dos recursos hídricos.
c) A expansão da cultura cafeeira no vale do Rio Paraíba do Sul , através da queima de remanescentes da
Mata Atlântica, tem aumentado a concentração de gás carbônico na atmosfera.
d) A expansão dos reflorestamentos de eucalipto na porção centro/norte de Minas Gerais tem levado ao
assoreamento e à alteração da vazão dos cursos de água.

29) (Londrina) A pecuária de corte no Brasil destaca-se numericamente no globo e apresenta como principais
características:
a) Criação intensiva, gado estabulado e localização em campos esgotados pela agricultura.
b) Criação extensiva, gado estabulado e a maior parte do rebanho em áreas especialmente preparadas para
esta atividade.
c) Criação intensiva, gado solto, localização em campos improdutivos para a agricultura.
d) Criação extensiva, gado estabulado e localização em campos esgotados pela agricultura.
e) Criação extensiva, gado solto, localização em terras esgotadas pela agricultura.

30) (Alfenas) O extrativismo e a pecuária extensiva foram respectivamente, as principais causas do povoamento
das regiões:.
a) Sul e Nordeste.
b) Norte e Sudeste.
c) Norte e Nordeste.
d) Centro-Oeste e Nordeste.
e) Norte e Centro-Oeste.

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Questões Abertas
1) (UNICAMP - SP) Que fatos provocaram as diferenças no aumento percentual das áreas cultivadas em
relação aos produtos contidos na tabela?
BRASIL: AUMENTO PERCENTUAL
DA ÁREA CULTIVADA DE ALGUNS
PRODUTOS AGRÍCOLAS DE 1970/80
Produto Aumento da área
Soja 390%
Laranja 154%
Milho 11%
Arroz 20%
Trigo 18%
Mandioca 2,5%
(MELLO, FERNANDO H. O PROBLEMA ALIMENTAR NO BRASIL.
PAZ E TERRA, 1983.)

__________________________________________________________________________________________
2) (UNICAMP-SP) “O posseiro operou como desbravador do território, como amansador de terra (...). É
freqüentemente utilizado para deslocar os grupos indígenas, para avançar sobre a terra deles, desalojado
pelo capital (...). O capital, amplamente estimulado pelo Estado, já avança sobre as terras dos posseiros e
terras indígenas.” (MARTINS, José de Souza. In: Amazônia: monopólio, expropriação e conflito.)
O texto refere-se às relações entre posseiros, índios e empresas capitalistas no processo de ocupação
territorial que ocorre na Amazônia. Com base nesse texto, responda:
a) O que é fronteira agrícola?

b) Como ocorre a sua expansão?

c) Quais são as conseqüências dessa expansão?

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03) (UNIVALE)
Esse mapa apresenta duas regiões:
A
1. Identifique essas regiões.
2. Caracterize cada uma dessas regiões do ponto de vista da
apropriação do espaço pelo homem.

Região A:
1. Identificação:

2. Caracterização: ___________________________________

Região B:
1. Identificação:
2. Caracterização:

04) (UFMG) Observe o mapa.


LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE ACAMPAMENTOS DE
TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA

FONTE: OLIVEIRA, A. U. (1988). A GEOGRAFIA DAS LUTAS NO CAMPO.


SÃO PAULO: CONTEXTO, EDUSP. P. 82. (ADAPTAÇÃO)
RORAIMA

AMAPÁ

AMAZONAS PARÁ CEARÁ


MARANHÃO
RIO GRANDE DO
NORTE
PIAUÍ PARAÍBA
ACRE PERNAMBUCO

TOCANTINS ALAGOAS
RONDÔNIA SERGIPE
MATO GROSSO BAHIA

GOIÁS

MATO GROSSO MINAS GERAIS


ESPÍRITO
DO SUL SANTO
SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO

• ACAMPAMENTOS
PARANÁ

SANTA CATARINA

RIO GRANDE
DO SUL

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Esse mapa apresenta a distribuição geográfica dos acampamentos de trabalhadores rurais sem terra no
Brasil e mostra, também, que esses acampamentos são mais numerosos nos estados do sul do país.
Apresente duas razões que justifiquem essa concentração de acampamentos nos estados sulinos e explique
cada uma delas.
Razão 1:

Explicação:

Razão 2:

Explicação:

5) Identifique as características das agriculturas de:


Jardinagem e plantations através de comparações.
Jardinagens Plantations

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Recursos Naturais
1) (PUC-MG) Relacione a colunas e indique a letra sem correspondência:
a) bauxita ( ) Importante condutor térmico, altamente anticorrosivo. Importante produção americana
b) chumbo é a da Jamaica e de Suriname.
c) cobre ( ) Uso na fabricação de baterias, cabos, isolantes e aparelhos de raio X. Na América
Latina, a produção tem destaque no Peru e no México.
d) estanho
( ) Metal usado na fabricação de ligas e revestimento de objetos de ferro. A maior
e) níquel
produção mundial é do Canadá.
( ) Uso na fabricação de latas, latões de flandres. No Brasil, é expressiva a exploração
em Rondônia.
2) (PUC-MG) Numere a 1ª coluna de acordo com a 2ª, relacionando o tipo de energia com suas respectivas
fontes. Em seguida, assinale a ordem numérica encontrada, de cima para baixo.
( ) energia química (1) homem - animais
( ) energia mecânica (2) carvão vegetal - hulha
( ) energia elétrica (3) hidráulica - térmico
( ) energia muscular (4) moinho de vento - roda d’água
( ) energia calorífica (5) pilhas - baterias

a) 3 -1 - 5 - 2 - 4 c) 4 - 5 - 3 - 2 - 1 e) 5 - 4 - 3 - 1 - 2
b) 3 - 4 - 5 -1 - 2 d) 5 - 2 - 1 - 3 - 4

3) A água, considerada por muito tempo um recurso natural inesgotável, começa a escassear em algumas
partes do mundo.
Todas as afirmativas apresentam aspectos que vêm colaborando para a escassez da água, EXCETO:
a) A utilização da água tem se caracterizado, em geral, por má gestão e por desperdício.
b) A ampliação do sistema de esgotos no Terceiro Mundo tem provocado diminuição dos níveis de água dos
rios tropicais.
c) O crescimento acelerado da população, nas últimas décadas, intensificou o nível de consumo de água no
mundo.
d) O emprego crescente de irrigação na agricultura tem gerado conflitos no uso múltiplo da água.

4) (ENEM) As sociedades modernas necessitam cada vez mais de energia. Para entender melhor a relação
entre desenvolvimento e consumo de energia, procurou-se relacionar o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) de vários países com o consumo de energia nesses países.
O IDH é um indicador social que considera a longevidade, o grau de escolaridade, o PIB (Produto Interno
Bruto) per capita e o poder de compra da população. Sua variação é de 0 a 1. Valores do IDH próximos de
1 indicam melhores condições de vida.
Tentando-se estabelecer uma relação entre o IDH e o consumo de energia per capita nos diversos países,
no biênio 1991-1992, obteve-se o gráfico abaixo, onde cada ponto isolado representa um país, e a linha
cheia, uma curva de aproximação.
Com base no gráfico, é correto afirmar que:
a) quanto maior o consumo de energia per capita, menor é o IDH.
b) os países onde o consumo de energia per capita é menor que 1
TEP não apresentam bons índices de desenvolvimento humano.
c) existem países com IDH entre 0,1 e 0,3 com consumo de energia
per capita superior a 8 TEP.
d) existem países com consumo do energia per capita de 1 TEP e
de 5 TEP que apresentam aproximadamente o mesmo IDH,
* cerca de 0, 7.
* TEP: Tonelada equivalente de petróleo e) os países com altos valores de IDH apresentam um grande
FONTE: GOLDEMBERG, J. ENERGIA, MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO. SÃO PAULO: EDUSP, 1998.
consumo de energia per capita (acima de 7 TEP).
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5) (F.E.M.M) A construção de uma gigantesca usina hidrelétrica ocasiona efeitos positivos e negativos no meio
ambiente. As conseqüências positivas são diariamente percebidas enquanto as negativas são mais difíceis
de serem identificadas.
Todas as afirmativas contêm dados corretos sobre os impactos ambientais provocados após a conclusão de
grandes hidrelétricas, EXCETO:
a) Sedimentos em suspensão que o rio sempre transportou, passam a ser retidos na barragem provocando
o assoreamento.
b) Aumento considerável no custo, gerando energia cara.
c) Inundação de formações vegetais em torno dos cursos de água.
d) Bloqueio dos nutrientes naturais, empobrecendo os solos ao longo do vale.

6) (Diamantina) Sobre o meio ambiente e os recursos naturais, pode-se afirmar, EXCETO:


a) tendo-se em vista o crescimento da população mundial, é imprescindível a prática do conservacionismo
na exploração dos recursos esgotáveis.
b) nas civilizações primitivas, o homem era um elemento integrado ao sistema natural e nele interferia apenas
de forma restrita.
c) a poluição sonora pode afetar o ser humano provocando sérias perturbações nos sistemas nervoso e
circulatório.
d) o uso indiscriminado de detergentes não degradáveis, agrotóxicos e adubos químicos já se faz notar na
qualidade das águas fluviais do Sudeste do Brasil.
e) problemas de saúde têm se agravado pela inversão térmica, fenômeno causado pelo excesso de poluição
atmosférica em cidades industrializadas.

7) (UFV) “Um dos motivos pelos quais a Era de Ouro foi de ouro é que o preço do barril de petróleo saudita
custava em média menos de dois dólares durante todo o período de 1950 a 1973, com isso tornando a
energia ridiculamente barata, e barateando-a cada vez mais. ... Sob pressão do cartel de produtores de
petróleo, a OPEP, o preço do produto mais ou menos quadruplicou em 1973, e mais ou menos triplicou de
novo no fim da década de 1970 ... “(Eric Hobsbawn. Era dos extremos: o breve século XX, 1914 - 1991)
Dentre as opções abaixo, qual é a que retrata os efeitos da crise internacional do petróleo na economia e na
política brasileira?
a) Fim de um período de crescimento econômico conduzido pelos governos militares conhecido por Milagre
Brasileiro.
b) Ampliação da entrada de recursos externos a partir da exportação do petróleo extraído pela Petrobrás na
Bacia de Campos e no Recôncavo Baiano, através dos chamados “contratos de risco” com firmas
internacionais.
c) Inicío das propostas de privatização da Petrobrás pela sua incapacidade de ampliar a produção nacional
de petróleo em resposta à crise internacional.
d) Abalo pela crise econômica da credibilidade do governo militar do General Emílio Garrastazu Médici, que,
buscando apoio popular, diminui a repressão e inicia o processo de abertura política continuada pelo seu
sucessor General João Batista Figueiredo.
e) Fim da política de crescimento econômico denominada de desenvolvimentismo, que tinha a proposta de
crescimento de “50 anos em 5” e se baseava na ampliação da indústria automobilística e de bens de
produção.

8) (UFLA) “Sendo indispensável na siderurgia, o abastecimento do mercado interno é feito pelas jazidas de
Minas Gerais e Bahia, enquanto a exportação é feita pelo Amapá com as minas da Serra do Navio e Mato
Grosso de Sul, com as minas de Urucum. No Amapá onde opera o ICOMI, responsável por cerca de 90% de
nossa exportação, foi construído o cais de Santana, em Macapá, especializado na exportação”.
(O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO - IGOR A. G. MOREIRA)
O texto se refere à produção brasileira de:
a) bauxita d) manganês
b) cobre e) níquel
c) ferro

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9) (PUC-MG) Leia com atenção os itens abaixo:


I - Eles são fontes de energia “limpas”, porque não poluem o meio ambiente, ao contrário das demais que, de
uma forma ou de outra, são poluidoras.
II - Nas últimas décadas, tem sido a que mais recebeu investimentos, porque se liga aos interesses militares
de construir ou aprimorar os armamentos.
É CORRETO dizer que:
a) O texto I se refere ao carvão e ao petróleo, e o II à energia solar.
b) O texto I se refere à água e ao petróleo, e o II à energia nuclear.
c) O texto I se refere ao carvão vegetal e à água, e o II à energia do álcool.
d) O texto I se refere à energia solar e aos biodigestores, e o II à energia do álcool.
e) O texto I se refere à energia solar e aos biodigestores, e o II à energia nuclear.

10) A origem do petróleo está associada a:


a) Rochas cristalinas e detritos orgânicos depositados em mares profundos.
b) Rochas sedimentares e detritos orgânicos marinhos depositados em mares rasos.
c) Rochas metamórficas e restos vegetais alterados por temperatura e pressão elevadas.
d) Rochas sedimentares e detritos orgânicos continentais depositados em grandes pântanos.
e) Rochas cristalinas e detritos orgânicos depositados em mares profundos.

11) (UFMG) Em relação às fontes alternativas de energia no Brasil, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) A flora brasileira caracteriza-se por uma grande variedade de plantas que podem produzir óleos e materias
combustíveis.
b) A produção de carvão, a partir da vegetação natural e de reflorestamento, está sendo incentivada e
ampliada.
c) A radiação solar é uma fonte renovável de energia de grande potencialidade em largas regiões do país,
sobretudo no Nordeste.
d) Os pequenos rios que descem as encostas dos planaltos para o litoral são boas alternativas para a
produção de eletricidade.
e) O vento, em algumas regiões, é uma importante alternativa energética para pequenas unidades de consumo.

12) (Londrina) Na região Sul do país, em terrenos sedimentares que apresentam pequeno significado para a
agricultura, pois originam solos arenosos e pouco férteis, aparecem áreas de grande significado para a
mineração do :
a) ferro b) carvão c) petróleo d) manganês e) urânio

13) (FATEC-SP) O carvão é o resultado de transformações químicas que se processaram a partir de grandes
florestas soterradas em antigos períodos da história geológica da Terra, particularmente no chamado
Carbonífero.
a) O carvão é, portanto, um combustível fóssil, encontrado apenas em bacias sedimentares, cujo principal
aproveitamento se faz nos altos-fornos das usinas siderúrgicas.
b) Nos Estados Unidos, o produto é extraído principalmente das Rochosas, enquanto na extinta União Soviética
a produção era obtida na Sibéria.
c) Na Europa, o carvão é obtido com facilidade devido à natureza cristalina de seus terrenos.
d) A industrialização do Reino Unido dependeu principalmente da importação dessa matéria-prima.
e) A República Popular da China é a maior produtora de carvão, o qual é obtido na Manchúria.

14) (FUVEST-SP) A origem do petróleo está associada a:


a) rochas sedimentares e detritos orgânicos depositados em mares profundos.
b) rochas sedimentares e detritos orgânicos marinhos depositados em mares rasos.
c) rochas matamórficas e restos vegetais alterados por temperatura e pressão elevadas.
d) rochas sedimentares e detritos orgânicos continentais depositados em grandes pântanos.
e) rochas cristalinas e detritos orgânicos depositados em mares profundos.
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15) (UnB-DF) Os países componentes da Organização 18) Quanto às fontes de energia:


dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)
I - O petróleo foi o grande recurso energético da
encontram-se localizados nos seguintes conjuntos
Revolução Industrial do início do século passado.
regionais:
II - Ainda podemos afirmar que a maioria dos
a) Europa, Oriente Médio e América do Norte. parques industriais do mundo foram montadas
b) Extremo Oriente, América do Sul e extinta União com base no petróleo.
Soviética. III - Embora com restrições de uso, o átomo é um
c) Oriente Médio, África e América do Sul. recurso enérgetico importante no mundo de hoje.
d) América do Sul, Extremo Oriente e Oriente Médio.
19) (ICMG) Assinale a alternativa onde aparecem dois
16) (ENEM) Para compreender o processo de produtos que ocupam lugar de destaque entre as
exploração e o consumo dos recursos petrolíferos, exportações brasileiras:
é fundamental conhecer a gênese e o processo de a) chumbo, gás natural, alumínio e cobre.
formação do petróleo descritos no texto abaixo.
b) xisto, prata, ferro e cobre.
“O petróleo é um combustível fóssil, originado
provavelmente de restos de vida aquática c) mercúrio, petróleo, bauxita e carvão.
acumulados no fundo dos oceanos primitivos e
cobertos por sedimentos. O tempo e a pressão do d) carvão, xisto, bauxita e zircônio.
sedimento sobre o material depositado no fundo e) ferro, urânio, zinco e manganês.
do mar transformaram esses restos em massas
viscosas de coloração negra denominadas jazidas
de petróleo.”
20) (FUVEST)
(ADAPTADO DE TUNDISI. USOS DE ENERGIA. SÃO PAULO:
ATUAL EDITORA, 1991)
As informações do texto permitem afirmar que:
a) o petróleo é um recurso energético renovável a
curto prazo, em razão de sua constante formação
geológica.
b) a exploração de petróleo é realizada apenas em A
áreas marinhas.
c) a extração e o aproveitamento do petróleo são
atividades não poluentes dada sua origem natural. 0 100 Km
d) o petróleo é um recurso energético distribuído
homogeneamente, em todas as regiões, Nas formações proterozóicas, que ocupam cerca
independentemente da sua origem. de 4% do território nacional, encontramos a maior
e) o petróleo é um recurso não renovável a curto parte dos minerais metálicos do Brasil. No mapa, a
prazo, explorado em áreas continentais de origem área assinalada pela letra A exemplifica a
marinha ou em áreas submarinas. importância econômica desses terrenos com a
(PUC-MG) Responda às questões 17 e 18 de acordo produção mineral de:
com o seguinte: a) Ferro, no Quadrilátero Central, sob o controle da
a) Se for correta apenas a afirmativa I. Companhia Vale do Rio Doce (CVDR) associada
b) Se forem corretas apenas as afirmativas I e II. a outras empresas.
c) Se forem corretas apenas as afirmativas I e III.
d) Se forem corretas apenas as afirmativas II e III. b) Ouro, no vale do Jequitinhonha, sob o
e) Se forem corretas as afirmativas I, II e III. comando da Indústria e Comércio de Minérios,
S.A. (ICOMI).
17) Quanto à exploração do subsolo brasileiro:
c) Manganês, na Serra do Navio, sob o controle do
I - A exploração mineral é uma atividade cara,
Grupo Antunes com capitais nacionais e
implicando um alto grau de monopolização do setor.
estrangeiros.
II - As empresas de capital exclusivamente estran-
geiro dominam a produção do ouro, chumbo, d) Ferro e manganês, no Maciço do Urucum,
prata, nióbio, amianto, além de estarem presentes controlada pela Indústria e Comércio de
na produção de ferro, bauxita e estanho. Minérios (ICOMI)
III - O subsolo brasileiro é de propriedade do Estado. e) Bauxita, no distrito de Paragominas, comandada
É ele quem autoriza a pesquisa e a prospecção pela Mineração Rio do Norte, associação da
de novas jazidas. CVRD com outras empresas.

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21) (PUC/UFMG) Quando à utilização de hidroeletricidade no Brasil, é INCORRETO afirmar:


a) Mais de 90% da energia elétrica provém de fonte hidraúlica.
b) Até o momento, a bacia hidrográfica do Paraná foi a mais utilizada para a construção de usinas hidrelétricas.
c) Nosso potencial hidrelétrico está prestes a ser totalmente utilizado, justificando a incrementação do programa nuclear.
d) As grandes usinas hidrelétricas brasileiras compensam a pobreza relativa de outras fontes energéticas.
e) Do total conhecido do potencial hidraúlico da bacia Amazônica, pouco foi aproveitado para a construção
de hidrelétricas.

22) (UNIFOR) ”O homem chega e já desfaz a natureza, tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar...
... e passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o sertão ia alagar, o sertão vai virar mar...
...adeus Remanso, Caso Nova, Sento Sé adeus Pilão Arcado, vem o rio te engolir debaixo d’água lá se vai a
vida inteira por cima da cachoeira a gaiola vai subir...”
(SÁ E GUARABIRA)
O grande represamento a que se refere a canção visou, principalmente, solucionar o problema da
irregularidade do regime fluvial, que prejudicava a produção de energia hidrelétrica e a navegação. Trata-se
da represa de:
a) Sobradinho, no rio São Francisco. d) Tucuruí, no rio Tocantins.
b) Boa Esperança, no rio Paranaíba. e) Três Marias, no rio das Velhas.
c) Orós, no rio Jaguaribe.

23) (UFMG) Com relação à questão hidroenergética brasileira, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) A energia hidráulica é a mais importante fonte primária para a geração de energia elétrica, tendo em vista
o potencial disponível e sua atratividade econômica.
b) A geração de hidreletricidade, a partir de novas usinas cada vez mais distantes dos centros consumidores,
implica elevados custos de transmissão por uma rede extensa e complexa.
c) A localização, avaliação e exploração do potencial hidrelétrico foram implementados, historicamente, sem
preocupações mais abrangentes em relação às múltiplas utilizações e demandas do recurso água.
d) A potência hidroenergética instalada na bacia hidrográfica do rio Amazonas excede as necessidades
regionais, e o excedente energético tem sido transferido para o Centro-Sul do país.

24) (Ucsal-BA) Cerca de 80% da potência instalada em nossas usinas provém de geradores hidráulicos. Para
esse total, os rios que oferecem maior contribuição são:
a) Amazonas e São Francisco d) Paraná e São Francisco
b) Paraguai e Uruguai e) Tocantins e Tietê
c) Paraíba do Sul e Paranaíba

25) No mapa do Brasil, estão localizados algumas jazidas minerais. Relacione-as aos parênteses.

ferro ( )
II
bauxita ( )
carvão ( )
I petróleo ( )
manganês ( )

A seqüência CORRETA encontrada é:


0 400 800 Km
III a) V, I, IV, II, III

IV b) II, III, V, IV, I

V
c) III, I, IV, V, II
d) III, I, V, IV, II
e) I, II, IV, V, III

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26) A mineração tem sido uma das atividades que provocam maior deteriorização ambiental e problemas sociais
no Brasil. Tendo em vista a afirmativa dada, assinale a opção INCORRETA:
a) A poluição ambiental nas áreas de garimpo leva à morte os garimpeiros, com a manipulação do mercúrio
e a contaminação das águas.
b) As pequenas mineradoras constituem-se em fontes de baixa poluição, sendo grandes as seguintes fontes
de corrupção: não pagamento de tributos e forte contrabando.
c) A grande mineradora acarreta destruição de rios e florestas, desemprego, êxodo rural nos campos de
mineração e ao longo de linhas férreas de uso exclusivo delas.
d) A falta de controle em áreas de garimpo permite a depredação ambiental, como paisagens esterilizadas
que disseminam erosões e uma espoliação dos trabalhadores pelo trabalho de alta periculosidade.
e) As mineradoras, além de deixarem gigantescas crateras, destroem vocações e vontades regionais,
implantam-se em áreas sem consultar os interesses regionais, com o pretexto de carrear divisas e
desenvolvimento.

Poços de
Carajás PA Centro de MG Oriximiná PA
Caldas-MG

Recurso mineral Recurso mineral


predominante predominante
X Y

27) ( FUVEST)
No esquema acima, X e Y são, respectivamente:
a) manganês e bauxita.
b) manganês e cobre.
c) cobre e cassiterita.
d) ferro e cassiterita.
e) ferro e bauxita.

28) (FATEC-SP) Instruções: Leia atentamente o texto a seguir e marque a opção CORRETA.
“O carvão é o resultado de transformações químicas que se processaram a partir de grandes florestas
soterradas em antigos períodos da história geológica da Terra, particularmente no chamado Carbonífero.”
a) O carvão é, portanto, um combustível fóssil, encontrado apenas em bacias sedimentares, cujo principal
aproveitamento se faz nos altos-fornos das usinas siderúrgicas.
b) Nos Estados Unidos, o produto é extraído principalmente das Rochosas, enquanto que na ex-URSS a
produção é obtida na Sibéria.
c) Na Europa, o carvão não é obtido com facilidade devido à natureza cristalina de seus terrenos.
d) A industrialização do Reino Unido dependeu, principalmente, da importação dessa matéria-prima.

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(PUC-MG) Responda às questões 29 e 30 tendo em vista o seguinte mapa:

Rotas dos Petroleiros

AMÉRICA DO
NORTE
ÁSIA

EU
RO
PA
ORIENTE MÉDIO

ÁFRICA

AMÉRICA
DO SUL

AUSTRÁLIA

29) Com base no mapa, NÃO é correto afirmar sobre o processo de importação e exportação de petróleo mundial:
a) Buenos Aires importa petróleo da Venezuela.
b) O petróleo produzido principalmente na América do Sul, atende, principalmente, ao mercado norte-
americano.
c) As duas principais áreas de importação do petróleo são o Japão e a Europa.
d) O principal fornecedor de petróleo do Brasil é o Oriente Médio.
e) Países do Sudeste da África exportam petróleo.

30) No mapa, as áreas circuladas representam as principais regiões mundiais:


a) Exportadoras de matéria-prima.
b) De expulsão de população.
c) De produção de cereais.
d) Industriais.
e) Mineradoras.

Questões Abertas
1) A questão da água vem preocupando toda a humanidade, pois a cada dia este recurso se torna mais escasso
no mundo. O Brasil tem uma relativa tranqüilidade neste setor, porém o mal uso da água e a crescente
poluição de nossos rios nos levam a diversos problemas. Usando como exemplo o Rio Tietê em São Paulo
faça três considerações sobre este fato.
a)

b)

c)

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2) O petróleo é o recurso básico do século XX. Qual é a sua relação com a economia mundial?

3) (UNESP) Escreva sobre o carvão mineral do Brasil: qual é o tipo predominante, onde se localizam as maiores
jazidas e como é utilizado?

4) Localização das Refinarias de petróleo.*


BRASIL
Justifique a distribuição geográfica das refinarias da
PETROBRÁS.

AMÉRICA
DO SUL o
ntic

At
o
ean
c
O

5) Dê os conceitos de:
• RIMA

• Bauxita / alumínio

• Turfa / linhito / hulha / antracito

• Xisto betuminoso

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As Questões Ambientais

1) (FUVEST) As afirmações seguintes relacionam-se a acordos internacionais – Rio de Janeiro (1992) e Kyoto
(1997) – para redução da emissão de gases que intensificam o efeito-estufa (gases-estufa).
I. Os Estados Unidos, destaque nas negociações, são o principal país a emitir gases-estufa devido ao
grande volume de sua atividade econômica.
II. O Brasil propôs, no Rio de Janeiro, que um país possa comprar, de outro, parte da cota de emissão de
gases-estufa.
III. Os acordos internacionais esbarram em interesses dos produtores de petróleo e de automóveis.
IV. Os países, em Kyoto, concordaram em diminuir, no início do século XXI, a emissão de gases-estufa.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I, II e III. d) II e IV.
b) I, III e IV. e) II, III e IV.
c) I, II, III e IV.

2) (FUNREI) Todas as correlações entre regiões do globo e problemas ambientais que aí ocorrem estão
corretas, EXCETO:
a) África Negra / rápido crescimento populacional, provocando degradação dos solos e destruição das
florestas tropicais.
b) Litoral oriental da América do Sul / presença de cidades com numerosas indústrias, ameaçando os
ecossistemas costeiros.
c) Norte do Canadá / acelerado crescimento das grandes cidades, trazendo danos ao frágil ecossistema
local.
d) Oriente Médio e Norte da África / excessiva concentração da população nos oásis e vales de rios,
provocando poluição da água.
e) Sub-continente indiano / desenvolvimento industrial recente e descontrolado, trazendo poluição do ar e
da água.

3) (PUC-MG) Ao se relacionar o capitalismo às questões ambientais, é correto afirmar, EXCETO:


a) A Revolução Industrial é um marco do capitalismo, bem como do crescimento da poluição ambiental.
b) Elementos da natureza, como a água, o solo, as plantas e os animais, se transformam em mercadoria.
c) A sociedade de consumo, imposta pelo capitalismo, gera enormes desperdícios dos recursos naturais.
d) A busca de lucros excessivos leva à intensificação da produção e da poluição ambiental.
e) No mundo de hoje, o controle da poluição, gerada pelo crescimento do capitalismo, passa a ser um
problema apenas de ordem técnica.

4) (PUC-MG) Entendendo que conservacionismo é uma moderna preocupação em utilizar racionalmente os


recursos naturais, de forma a evitar desperdícios, é CORRETO afirmar que
a) Após cada colheita, sucessivamente, sejam feitos novos plantios, até que o solo se esgote.
b) Sejam feitas severas limitações da pesca, em determinados períodos, para que não se comprometa a
reprodução de peixes.
c) Seja evitada a exploração racional de jazidas minerais, para que possa ser garantida a formação de
reservas.
d) Seja modernizada a agricultura com a intensificação da irrigação e uso em grande escala de defensivos
agrícolas.
e) Seja feita a substituição de vegetação nativa, herbácea ou arbustiva, por florestas artificiais homogêneas.

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5) Quando a questão a considerar trata dos impactos ambientais provocados pela intervenção do homem na
natureza, sendo esta entendida apenas como fonte de lucros, é correto afirmar que:
a) o “ecocapitalismo” ou “capitalismo verde”, proposta de modelo de desenvolvimento dos anos 80, garantia
o aproveitamento mais intensivo de matérias-primas não-renováveis.
b) O período técnico-científico do capitalismo favoreceu a busca de soluções para os impactos ambientais,
no desenvolvimento das sociedades de consumo.
c) A exploração dos recursos naturais não-renováveis e a orientação dos investimentos em regiões como a
da Amazônia atendem a um modelo ecologicamente sustentável.
d) A concepção de desenvolvimento sustentável surgiu em Estocolmo, em 1972, para conciliar posições a
favor do “desenvolvimento a qualquer custo”.
e) As sociedades sustentáveis baseiam-se em igualdade econômica, justiça social, preservação da
integridade ecológica e da diversidade cultural.

6) (PUC-MG) As seguintes condições têm sido apontadas como caminho para o desenvolvimento ecologicamente
sustentável, nos países pobres, EXCETO:
a) Adoção de programas de emprego intensivo de mão-de-obra para a construção e reconstrução de moradias.
b) Implantação de obras de saneamento, de infra-estrutura e equipamentos comunitários em assentamentos
populares.
c) Adoção de programas de defesa diante das inundações e de outros riscos naturais.
d) Captação direta das águas fluviais para irrigação das grandes propriedades agrícolas nos períodos secos.
e) Incorporação racional de novas terras para a ocupação de população.

7) (Uberlândia-MG) A poluição dos oceanos deve ser combatida porque suas conseqüências provocam os
seguintes problemas, EXCETO:
a) redução do pescado. d) dificuldades técnicas para dessalinização.
b) desaparecimento do fitoplâncton. e) redução da ocorrência de recursos minerais.
c) destruição das áreas de lazer.

8) (ENEM) Encontram-se descritas a seguir algumas das características das águas que servem três diferentes
regiões.
Região I - Qualidade da água pouco comprometida por cargas poluidoras, casos isolados de mananciais
comprometidos por lançamento de esgotos; assoreamento de alguns mananciais.
Região II - Qualidade comprometida por cargas poluidoras urbanas e industriais; área sujeita a inundações;
exportação de carga poluidora para outras unidades hidrográficas.
Região III - Qualidade comprometida por cargas poluidoras domésticas e industriais e por lançamento de
esgotos; problemas isolados de inundação; uso da água para irrigação.
De acordo com essas características, pode-se concluir que:
a) a região I é de alta densidade populacional, com pouca ou nenhuma estação de tratamento de esgoto.
b) na região I ocorrem tanto atividades agrícolas como industriais, com práticas agrícolas que estão evitando
a erosão do solo.
c) a região II tem predominância de atividade agrícola, muitas pastagens e parque industrial inexpressivo.
d) na região III ocorrem tanto atividades agrícolas como industriais, com pouca ou nenhuma estação de
tratamento de esgotos.
e) a região III é de intensa concentração industrial e urbana, com solo impermeabilizado e com amplo
tratamento de esgotos.

9) (UFF) A Antártida é um continente gelado de aproximadamente 14.000.000 km2. Lá não existem cidades,

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indústrias ou campos agricultáveis, porém muitos países reivindicam parcelas do seu território. Tal fato pode
ser explicado porque:
a) A posição da Antártida no extremo do hemisfério Norte é ideal para localização de bases militares para
o controle do Oceano Atlântico.
b) O buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico é alvo de preocupações e exige rigoroso
controle ambiental.
c) A grossa camada de gelo que encobre as terras da Antártida é um depósito natural e seguro para os
resíduos radioativos de usinas nucleares.
d) No subsolo da Antártida constatou-se a presença de jazidas de minerais estratégicos, especialmente
carvão e petróleo.
e) No ano 2.000 entra em vigor o “Tratado Antártico”, que prevê a instalação de bases militares e expedições
colonizadoras na Antártida.

10) (ENEM) No ciclo da água, usado para produzir eletricidade, a água de lagos e oceanos irradiada pelo Sol,
evapora-se dando origem a nuvens e se precipita como chuva. É então represada, corre de alto a baixo e
move turbinas de uma usina, acionando geradores. A eletricidade produzida é transmitida através de
cabos e fios e é utilizada em motores e outros aparelhos elétricos. Assim, para que o ciclo seja aproveitado
na geração de energia elétrica, constrói-se uma barragem para represar a água.
Entre os possíveis impactos ambientais causados por essa construção, devem ser destacados:
a) aumento do nível dos oceanos e chuva ácida.
b) chuva ácida e efeito estufa.
c) alagamentos e intensificação do efeito estufa.
d) alagamentos e desequilíbrio da fauna e da flora.
e) alteração do curso natural dos rios e poluição atmosférica.

11) (Uberaba-MG) As regiões polares continuam na pauta de conquista das grandes potências. No entanto, o
espaço físico está sendo ameaçado principalmente em função:
a) da destinação das áreas pesqueiras.
b) da formação do buraco na camada de ozônio.
c) da destruição das focas e leões-marinhos.
d) das dificuldades de adaptações das missões polares.
e) dos efeitos das marés sobre as áreas conquistadas.

12) (UFRN) “O avanço dos desertos pode ameaçar também os países desenvolvidos. As terras áridas têm
ecossistemas frágeis com pequena capacidade de recuperar-se após a perturbação. Explorá-las durante
o período de chuvas pode resultar num desastre para as plantas, para o solo, para o homem.”
Assinale a alternativa que minimizaria o problema relatado no texto.
a) Revolver bem a terra com tratores, buscando horizontes mais profundos, onde há maior umidade.
b) Não agrupar, do ponto de vista agrícola, áreas contíguas a desertos.
c) Cultivar espécies vegetais típicas de desertos na área semi-árida.
d) Conhecer o ritmo da natureza e integrar as atividades a esse ritmo, deixando de plantar temporariamente
em partes mais frágeis.
e) Não fazer lavouras e praticar o pastoreiro intensivo, comprando ração de lugares mais úmidos.

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13) (UFVIÇOSA) No tocante a poluição e degradação do meio ambiente, é INCORRETO afirmar que:
a) o problema da poluição diz respeito à qualidade de vida das aglomerações humanas; com a degradação
do meio ambiente pelo homem há uma deterioração dessa qualidade, pois as condições ambientais são
imprescindíveis para a vida, tanto no sentido biológico como no social.
b) a aglomeração urbana é por si só uma fonte de poluição, pois implica numerosos problemas ambientais,
como o acúmulo de lixo, enorme volume de esgotos, o congestionamento de tráfego, etc.
c) a poluição atmosférica caracteriza-se pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar,
provenientes das indústrias, queima de carvão e petróleo em usinas, escapamentos de automóveis, etc.
d) a industrialização do campo com a mecanização, o uso intensivo de agrotóxicos e adubos químicos vem
contaminando os alimentos e as águas de rios, lagos e lençóis subterrâneos.
e) o surgimento e a expansão de um buraco na camada de ozônio estão associados à alteração no regime
pluviométrico global em função da alteração na amplitude térmica nas regiões polares.

14) (PUCCAMP)
“É recorde este ano na Antártida a perda de
substância que filtra raios ultravioletas e evita
cânceres de pele”. Buraco de
ozônio
ROMBO SOBRE A ANTÁRTIDA Ilhas Malvinas

Este ano o buraco de ozônio bateu


todos os recordes. América ANTÁRTIDA
do Sul

1985:
Primeiro
buraco de
ozônio
detectado.
(“FOLHA DE SÃO PAULO”, 11/10/00, P. A17)

A ampliação do buraco da camada de ozônio representa risco ambiental para países como o Chile, a Nova
Zelândia,
a) a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.
b) o Paraguai, Angola e a Austrália.
c) o Uruguai, Madagascar e Namíbia.
d) a Argentina, a África do Sul e a Austrália.
e) o Paraguai, a África do Sul e Namíbia.

15) (VUNESP-SP) As chamadas chuvas ácidas, tão comuns nas proximidades de Cubatão, são um dos
exemplos de como as sociedades humanas podem interferir na natureza, modificando-a. Do ponto de vista
da ação antrópica essas chuvas são causadas por:
a) Encontro de massas de ar continentais e equatoriais úmidas.
b) Frente tropical, que provoca a ação de ventos alíseos.
c) Processos erosivos, presentes na Serra do Mar, que provocam grandes deslizamentos nas encostas
íngremes.
d) Emissão no ar de gases por veículos automotores; gases, poeiras e outros poluentes industriais.
e) Poluição hídrica dos mananciais que ficam protegidos por contínuo desmatamento.

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16) Em grandes áreas urbanas, as condições físicas naturais são profundamente alteradas e criam condições
geo-ecológicas específicas.
Todas as alternativas estabelecem uma correlação verdadeira entre o tipo de alteração introduzida em
grandes centros urbanos e suas conseqüências principais, EXCETO:
a) Alterações climáticas, responsáveis pelo surgimento de um clima urbano caracterizado por temperaturas
que são mais elevadas do que as das áreas circunvizinhas.
b) Alterações ambientais introduzidas pela presença, a céu aberto, de grandes depósitos de lixo não
biodegradável, que contribuem para a poluição e contaminação de lençóis freáticos.
c) Alterações na cobertura do solo, responsáveis pela impermeabilização da superfície, que aumentam
consideravelmente o escoamento da água e favorecem a ocorrência de grandes enchentes.
d) Alterações na distribuição das precipitações pluviométricas, introduzidas a partir de modificações na
composição química da atmosfera, que alteram o regime anual das chuvas.

17) (UFES) A figura abaixo explica um fenômeno essencialmente urbano, causado pela retirada da cobertura
vegetal para construção de edifícios. Isso cria um labirinto de refletores, aumenta a emissão de calor, limita
a circulação do ar e provoca o aquecimento atmosférico, ocasionando

a) Chuvas ácidas.
b) Círculo de fumaça.
c) Efeito estufa.
d) Ilha de calor.
e) Inversão térmica.

18) (Alfenas-MG) O esquema representa um tipo de poluição atmosférica característico de centros urbano-
industriais.

FONTE: GARCIA E GARAVELLO - POPULAÇÃO E ATIVIDADES ECONÔMICAS -


REGIÕES DO BRASIL - EDITORA SCIPIONE - 1995.

Assinale a alternativa que contém a denominação CORRETA do fenômeno indicado pela seta.
a) Efeito estufa. b) Chuva de granizo. c) Chuva ácida. d) Inversão térmica. e) Chuva orográfica.

19) (PUC-MG) O homem vem promovendo na superfície terrestre transformações que podem acarretar risco
para o futuro da espécie humana. Tendo em vista que essas transformações alteram a atmosfera e
provocam mudanças nas condições ambientais da Terra, é INCORRETO afirmar que:
a) O balanço energético da Terra é afetado pelo CO2, ozônio e outros gases derivados de processos
naturais.
b) Os “gases estufas” são transparentes à radiação de ondas curtas, provenientes do Sol, mas absorvem e
emitem a radiação de ondas longas, refletidas pela superfície terrestre.
c) Os países pouco desenvolvidos são os que mais contribuem para o aumento do CO2 na atmosfera
terrestre.
d) A utilização intensa dos materiais energéticos fósseis tem resultado em um acréscimo da concentração
de CO2 na atmosfera terrestre.
e) Com o efeito estufa, o aumento da temperatura provoca alterações climáticas e desencadeia alterações
no nível dos mares.
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20) (Itaúna-MG) Todas as alternativas apresentam informações sobre o efeito estufa, EXCETO:
a) É considerada como a destruição da camada que protege a Terra da radiação ultravioleta nociva, decorrente,
sobretudo, do maciço e descontrolado uso dos CFCs.
b) O dióxido de carbono e outros gases cumprem a função de reter calor na atmosfera, pois permitem a
entrada da energia solar e impedem boa parte da sua reemissão para o espaço.
c) As emissões de dióxido de carbono são geradas tanto pela queima de combustíveis fósseis quanto pelas
queimadas realizadas nas florestas tropicais.
d) Existem controvérsias no meio científico em relação ao fato de que o efeito estufa provocaria um
aquecimento exagerado do planeta.
e) O aumento na eficiência da geração de energia elétrica e a redução de combustíveis sólidos são
consideradas como medidas que ajudariam a evitar a intensificação do efeito estufa.

21) (ENEM) A construção de grandes projetos hidroelétricos também deve ser analisada do ponto de vista do
regime das águas e de seu ciclo na região. Em relação ao ciclo da água, pode-se argumentar que a
construção de grandes represas
a) não causa impactos na região, uma vez que a quantidade total de água da Terra permanece constante.
b) não causa impactos na região, uma vez que a água que alimenta a represa prossegue depois rio abaixo
com a mesma vazão e velocidade.
c) aumenta a velocidade dos rios, acelerando o ciclo da água na região.
d) aumenta a evaporação na região da represa, acompanhada também por um aumento local da umidade
relativa do ar.
e) diminui a quantidade de água disponível para a realização do ciclo da água.

22) (ENEM) Um dos grandes problemas das regiões urbanas é o acúmulo de lixo sólido e sua disposição. Há
vários processos para a disposição do lixo, dentre eles o aterro sanitário, o depósito a céu aberto e a
incineração. Cada um deles apresenta vantagens e desvantagens.
Considere as seguintes vantagens de métodos de disposição do lixo:
I - diminuição do contato humano direto com o lixo;
II - produção de adubo para agricultura;
III - baixo custo operacional do processo;
IV - redução do volume de lixo.
A relação correta entre cada um dos processos para a disposição do lixo e as vantagens apontadas é:
Aterro sanitário Depósito a céu aberto Incineração
a) I II I
b) I III IV
c) II IV I
d) II I IV
e) III II I

23) Todas as afirmativas a respeito do “efeito estufa” estão corretas, EXCETO:


a) Define-se pelo acúmulo de calor na baixa atmosfera, resultante da absorção da radiação de ondas longas
emitidas pela superfície da Terra.
b) É provocado pelo aumento da concentração de gás carbônico e outros gases liberados na atmosfera.
c) Evolui em conseqüência de um modelo de desenvolvimento industrial pautado no aumento decrescente
da produção e do consumo e fundamentado na queima de combustíveis fósseis.
d) Provoca mudanças no balanço de energia da Terra, na medida em que interfere nos padrões de
armazenamento e transporte de energia do sistema.
e) Tem prevista sua reversão a partir de acordos fechados entre os países participantes da ECO-92, que
definiram metas e prazos específicos visando ao controle de emissão dos gases que reforçam esse efeito.
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Responda às questões 24 e 25 com o esquema de “ilha de calor”.


ESQUEMA DE ILHA DE CALOR °C

temperatura do ar

região rural região periférica região


metropolitana

24) Com relação ao aumento das médias térmicas nas metrópoles, pode-se dizer que NÃO é fator determinante:
a) Carência de áreas verdes.
b) Grandes massas de concreto.
c) Redução do índice pluviométrico.
d) Presença de grande quantidade de gás carbônico na atmosfera.
e) Aumento de energia devido à queima de combustíveis nas fábricas.

25) A presença de poluentes na atmosfera das grandes cidades NÃO pode favorecer:
a) As inversões térmicas. d) A degradação do meio ambiente.
b) A maior incidência de doenças. e) A atmosfera de frentes frias.
c) O aparecimento do efeito estufa.

26) Com relação aos impactos ambientais em áreas rurais brasileiras, é INCORRETO afirmar:
a) A alteração do regime anual dos cursos d’água é provocada pelo solapamento de suas margens e
cabeceiras e acentuada pela declividade.
b) A remoção da camada superficial de solo arável é determinada pela declividade do relevo, fazendo-se
presente, principalmente, nas áreas de cultivo.
c) Os tratos culturais e o reflorestamento adotados por programas técnicos reduzem os impactos ambientais
sem prejudicar a produtividade.
d) A destruição da camada de húmus e de microorganismos pelas queimadas leva a um empobrecimento
precoce do solo.
e) O assoreamento de certos cursos d’água é causado pelo processo de desmatamento, associado às
chuvas.

27) (PUC-MG) A mineração tem sido uma das atividades que provocam maior deteriorização ambiental e
problemas sociais no Brasil. Tendo em vista a afirmativa dada, assinale a opção INCORRETA:
a) A poluição ambiental nas áreas de garimpo leva à morte os garimpeiros, com a manipulação do mercúrio
e a contaminação das águas.
b) As pequenas mineradoras constituem-se em fontes de baixa poluição, sendo grandes as seguintes
fontes de corrupção: não pagamento de tributos e forte contrabando.
c) A grande mineradora acarreta destruição de rios e florestas, desemprego, êxodo rural nos campos de
mineração e ao longo de linhas férreas de uso exclusivo delas.
d) A falta de controle em áreas de garimpo permite a depredação ambiental, como paisagens esterilizadas
que disseminam erosões e uma espoliação dos trabalhadores pelo trabalho de alta periculosidade.
e) As mineradoras, além de deixarem gigantescas crateras, destroem vocações e vontades regionais,
implantam-se em áreas sem consultar os interesses regionais, com o pretexto de carrear divisas e
desenvolvimento.
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28) (Santa Casa-SP) As enchentes, fenômeno na área da Grande São Paulo, acentuaram-se à medida
que a cidade se expandiu, as edificações passaram a ser aceleradas e as vias públicas pavimentadas
para facilitar a circulação de pessoas e veículos. Os gastos públicos para evitar as enchentes nas
grandes cidades são necessários e vultosos.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que:
a) O microclima urbano alterou-se, havendo hoje maiores índices de chuva do que há cem anos.
b) Os poderes públicos não investiram em infraestrutura urbana e os planejamentos não consideraram o
aumento dos índices pluviométricos que ocorre com a expansão da cidade.
c) Os bairros varzeanos recentemente ocupados não sofrem danos com as enchentes.
d) O solo urbano está impermeabilizado e as águas que antes se infiltravam hoje escoam-se superficialmente,
provocando enchentes nas partes mais baixas da cidade.
e) A alteração climática ocorrida pelo excesso das construções urbanas ocasionou maior concentração de
chuvas no verão.

29) Dois milhões de km2. O Cerrado é o único ecossistema brasileiro a cobrir território de quatro das Grandes
Regiões brasileiras. Apesar disso, ele foi esquecido até na Constituição Brasileira, que não o coloca nas
grandes zonas a serem preservadas (Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Zona Costeira), apesar de ser
o segundo ecossistema em ocupação de espaço.
Assinale a afirmativa INCORRETA acerca do Cerrado.
a) Apesar de representar grande parte da superfície do Centro-Oeste, o cerrado ocupa também vastos
espaços das regiões Nordeste, Sudeste e Norte.
b) O abate de árvores para lenha, inclusive para as guserias de Minas, para a criação de gado e, mais
recentemente, para a agricultura, já devastaram grande parte do cerrado.
c) Devido às suas condições de solo (lateríticos), tem duas características: uma, natural -não há água no
subsolo; outra, econômica – a agricultura tem de ser intensiva.
d) Das áreas do cerrado, com fortes chuvas de verão, partem inúmeros dos grandes rios brasileiros, sendo
a região dispersora de águas e, por isso, apontada como vital a outros ecossistemas.
e) A agricultura do cerrado estrutura-se na grande propriedade e na monocultura de “cereais” para a
exportação, já tendo sido chamada criticamente de “celeiro do Japão”.

30) Todas as alternativas apresentam ameaças para os ecossistemas do Pantanal Matogrossense, EXCETO:
a) A caça indiscriminada de jacarés nos rios e lagoas da região, visando à exportação de peles.
b) A intensificação recente de uma atividade turística, para a qual a infra-estrutura existente é, ainda,
inadequada.
c) A pecuária tradicional praticada em moldes extensivos nas pastagens pantaneiras.
d) A utilização intensiva de agrotóxicos na agricultura praticada nas bordas do Pantanal.
e) O assoreamento de lagoas e rios resultantes de certas práticas mineradoras em áreas que circundam o
Pantanal.

31) (UFU) “Buraco não, Buracão”. Assim se referiu a manchete da reportagem de 18/10/2000 da revista “Veja”
sobre a falha na camada de ozônio que periodicamente aparece sobre a Antártida. Sobre este fenômeno é
correto afirmar que, EXCETO
a) a causa do fenômeno está relacionada à queima excessiva de combustíveis fósseis que aumentam a
temperatura da Terra, ocasionando a dispersão dos raios infravermelhos para fora da atmosfera.
b) o fenômeno é provocado pela emissão de gás CFC (clorofluorcarbono), cujo cloro tem capacidade de
destruir as moléculas de ozônio.
c) a principal conseqüência da diminuição da camada de ozônio é o aumento da incidência de raios solares
ultravioletas.
d) a ocorrência da falha na Antártida se deve a uma conjugação de fatores, entre eles as correntes circulares
de vento e incidência de luz solar em determinada época do ano, o que potencializa os efeitos destrutivos
do CFC.
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Questões Abertas
1) (FSVA) Sabemos que não haveria vida na terra sem o efeito estufa, mas alguns cientistas têm alertado sobre
o aquecimento da nossa terra.
Explique:
a) O porquê deste alerta.

b) Quais são os principais agentes causadores deste fato?

2) (FSVA) Desde a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, muito se tem comentado na imprensa sobre o buraco
na camada de ozônio e sobre o fim da utilização dos spray.
a) Qual é o dano principal causado por este produto?

b) Quais as suas implicações na vida vegetal e animal na Terra?

c) As indústrias de eletrodomésticos já tomaram algumas medidas para sua redução. SIM ou NÃO?
Explique.

3) (UNESP) O esquema ilustra a situação da variação das temperaturas sobre as grandes metrópoles
industrializadas.

Centro
10º




a) Escreva o nome das linhas que unem, sobre o mapa, os pontos de igual temperatura.

b) Por que se verifica uma variação das temperaturas da periferia para o centro das grandes cidades?

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4) (UFPR) Explique:
“O esgotamento das reservas naturais não ocorre somente pelo consumo mas também pela forma inadequada
de consumo.”

5) (UFMG) A questão nos mostra um gráfico. Observe que as análises apresentadas estão todas contidas
dentro do gráfico. Tenha sempre cuidado para não ultrapassar estes dados. Analise o gráfico.

15,4 15,4

15,2 15,2

15,0 15,0 ¬ (média anual do período 1950-80)

14,8 14,8

14,6 14,6

14,4 14,4

14,2 14,2

Evolução da média global anual da


1880 1900 1920 1940 1960 1980 1988 temperatura (1880-1988) (Thompson,
1989: 317, apud Gribbin, 1988 c).

Redija três conclusões a partir da análise do gráfico.

Nº 1:

Nº 2:

Nº 3:

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POPULAÇÃO
1-b 2-b 3-c 4-a 5-b 6-d 7-a 8-a 9-b 10 - d 11 - e 12 - a
13 - d 14 - c 15 - a 16 - c 17 - c 18 - b 19 - c 20 - c 21 - c 22 - d 23 - b 24 - d
25 - a 26 - e 27 - d 28 - d 29 - b 30 - c

AGRICULTURA
1-a 2-c 3-c 4-a 5-c 6-e 7-c 8-a 9-d 10 - d 11 - b 12 - a
13 - d 14 - a 15 - d 16 - c 17 - c 18 - d 19 - a 20 - a 21 - b 22 - b 23 - a 24 - e
25 - b 26 - e 27 - b 28 - c 29 - b 30 - d

RECURSOS NATURAIS
1-c 2-e 3-b 4-d 5-b 6-d 7-a 8-d 9-e 10 - b 11 - b 12 - b
13 - a 14 - b 15 - c 16 - e 17 - c 18 - d 19 - e 20 - a 21 - c 22 - a 23 - d 24 - d
25 - d 26 - b 27 - e 28 - a 29 - e 30 - d

AS QUESTÕES AMBIENTAIS
1-b 2-c 3-e 4-b 5-e 6-d 7-e 8-d 9-d 10 - d 11 - b 12 - d
13 - e 14 - d 15 - d 16 - d 17 - d 18 - c 19 - c 20 - a 21 - d 22 - b 23 - c 24 - c
25 - e 26 - a 27 - b 28 - d 29 - c 30 - c 31 - a

QUESTÕES ABERTAS
POPULAÇÃO

01) (FUVEST) - As figuras... * As frentes pioneiras de ocupação têm mostrado


que a mobilidade populacional brasileira continua
País A - Nota-se relativa proporcionalidade da base
em novas direções numa busca incessante de
ao topo, com a participação de jovens praticamente
ocupar o espaço procurando novas áreas a serem
igual à dos velhos, indicando baixa taxa de
exploradas.
natalidade e alta esperança de vida. Pirâmide típica
de país desenvolvido. 03) Relacione...
A presença do europeu (não ibérico) no sul do
País B - Nota-se uma base larga e um topo estreito, a
Brasil foi devida à iniciativa do governo com
grande participação dos jovens e a pequena
doações de médias propriedades, para a efetiva
participação dos velhos, indicando elevada taxa de
ocupação do espaço pela família. As demais áreas
natalidade e baixa esperança de vida. Pirâmide
do território brasileiro tiveram uma ocupação mais
típica de país subdesenvolvido.
exploratória, em grandes espaços, sem a
02) (UNIMONTES) - No Brasil... preocupação da futura ocupação.
* A desigualdade na distribuição de terras é 04) A ocupação rápida ...
responsável pela desigualdade na ocupação
1. Ocupação de áreas de risco (encostas dos
econômica e gera uma grande mobilidade da
morros e várzea de rios) pela população de baixa renda.
população para as cidades, acentuando os
desníveis econômicos. 2. Áreas com declividade muito acentuada, que
deveriam ter sua cobertura vegetal preservada,
* A formação de um mercado consumidor em São
acabam sendo ocupadas com favelas. Uma vez
Paulo de maior importância, gerada pelo imigrante
exposto o solo, o terreno perde sua estabilidade e
e pelo café, proporcionou o desenvolvimento de
fica sujeito aos desabamentos que destroem as
um grande pólo de atração na área, provocando
condições geralmente frágeis.
uma grande desigualdade social.

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05) a) Revolução sanitária - Foi a redução brusca das taxas de mortalidade, principalmente a infantil. A ação
médica e o barateamento dos medicamentos, as campanhas de vacinação, a erradicação da malária, em
grandes áreas e a higiene social foram os principais fatores causadores dessa revolução.
b) Explosão demográfica - É a conseqüência da revolução sanitária, pois houve uma sensível redução do
número de mortos e a manutenção do elevado número de nascimentos.
Deste fato, resultaram altas taxas de crescimento vegetativo e o aparecimento deste fenômeno, chamado
de explosão demográfica, que aconteceu principalmente nos países subdesenvolvidos.
c) I. D. H. - Índice de Desenvolvimento Humano, foi criado pela ONU, para avaliar, com maior precisão, as
condições humanas e sociais de um país. Sua base é medir a escolaridade do cidadão, ou seja, sua taxa de
alfabetização, a esperança de vida, ou seja, a expectativa de vida ao nascer e sua renda per-capita, além de
avaliar dados referentes a saúde, a moradia e a renda.
d) Regiões metropolitanas - O crescimento das grandes cidades brasileiras, que acabaram por encontrar
com os limites de municípios vizinhos, provocando o fenômeno da conurbação; chama-se de regiões
metropolitanas o conjunto de municípios contíguos e integrados sócio-economicamente a uma cidade central,
com serviços públicos de infra-estrutura comuns.

AGRICULTURA

01) (UNICAMP-SP) Que fatos... 2. Caracterização = área de ocupação luso-


Os produtos agrícolas de exportação soja e laranja, brasileira, apresenta clima subtropical de verões
apresentaram grande aumento percentual da área quentes, tem uma topografia razoavelmente plana onde
cultivada (390% soja e 154% laranja), enquanto a atividade pastoril dominou por longo períodos. Hoje
os alimentos destinados ao mercado interno como apresenta uma atividade agropastoril de destaque com
milho, arroz, trigo e mandioca tiveram apenas frigoríficos e grandes áreas de plantio muitas das vezes
reduzido crescimento (milho 11%, arroz 20%, trigo ligados a irrigação. Nesta área, deve-se ainda destacar
18% e mandioca 2,5%). Este fato mostra o apoio importantes cidades como Santana do Livramento e
dado ao governo aos produtos ligados a Pelotas, dentre outras.
exportação, deixando claras as dificuldades de 04)
quem produz para alimentar o brasileiro. Razão 1: Estrutura fundiária
02) (UNICAMP-SP) “O posseiro...” Explicação: As transformações ocorridas no
a) Fronteira agrícola é onde se dá a expansão da campo, com o aparecimento das empresas agro-
atividade agropecuária sobre terras inaproveitadas. industriais geraram em “sem terras” os antigos
b) O Estado tem estimulado a incorporação de minifúndios.
novas áreas agropecuárias através da abertura de Razão 2: Pressão demográfica no campo.
novas rodovias, como também pelos incentivos fiscais Explicação: A concentração da população rural na
e financiamentos. região é, em parte, expulsa pelo capital (mecanização
c) Este fato, do avanço do capital acaba deslocando do campo etc.), formando uma massa de “sem terra”.
estruturas agrícolas tradicionais e causa sérios 05) Identifique as características...
problemas sociais, no confronto entre índios e
Jardinagem
posseiros, quase sempre desalojados.
* Pequenas propriedades;
03) (UNIVALE) Esse mapa...
* predomínio de técnicas de adubação, irrigação e
Região A
terraceamento;
1. Identificação = Norte do Paraná
* trabalho comunitário dentro do mesmo espaço;
2. Caracterização = área de influência paulista,
* obter no menor espaço, o máximo de produti-
apresenta clima tropical úmido, onde se destacam
vidade visando alimentar o maior número possível
importantes atividades agrícolas. Área de antigos
de pessoas.
cafezais, hoje se destaca pelo grande plantio de soja.
Nesta área, deve-se ainda destacar importantes Plantations
cidades como Londrina e Maringá. * grandes propriedades;
Região B * esgotamento rápido dos solos;
1. Identificação = Campanha Gaúcha * divisão da sociedade em duas grandes classes;
* desenvolvimento de monocultura de exportação
e conseqüente dependência do mercado externo.

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RECURSOS NATURAIS

01) 04) Justifique...


a) O Rio Tietê atravessa a área da região A localização das refinarias da Petrobrás estão
metropolitana de São Paulo, a mais localizadas principalmente próximas das principais
industrializada e urbanizada do país. A grande áreas de consumo, fato notado pela maior
produção diária de esgoto domiciliar e industrial concentração no sudeste brasileiro.
é desprezada no seu leito sem nenhum 05) Dê conceitos...
tratamento.
RIMA
b) Para recuperação deste rio, a grande infinidade
Relatório de Impacto Ambiental - seu objetivo básico
de pontos de descarga deve ser conectada
é fazer um estudo sobre a realização de uma obra
através de tubos, a várias estações de tratamento
em uma região, fornecendo um relatório detalhado
da água. Este tipo de obra, muito cara, é
e explicativo sobre sua construção e qual será o
considerada inviável pela prefeitura de São
impacto para aquela região para onde foi planejado.
Paulo.
BAUXITA - é o principal minério de alumínio que
c) Os rios nas grandes cidades, principalmente nos aparece em nossas jazidas com um teor médio de
países subdesenvolvidos sofrem a ação dos 45% de metal; tem a cor marrom-avermelhada e
indivíduos menos educados que jogam lixo no consiste numa mistura em que predomina a alumina
seu leito. Também o asfaltamento e a cimentação (óxido de alumínio).
nas suas margens, de onde foi retirada sua mata
ciliar tem provocado inundações catastróficas, ALUMÍNIO - é o mineral mais abundante da crosta
para toda a população. terrestre e é obtido das bauxitas (nome originário
da cidade de Les Baux no sul da França). Apresenta
02) Principal fonte energética do planeta, é a matéria baixo peso específico, alta tenacidade e elevada
prima mais importante no cotidiano do mundo. Esta resistência à corrosão.
grande dependência tem causado grande (turfa, linhito, hulha, antracito).
inquietação este foi o único recurso natural que se Fases de formação do carvão mineral.
impôs junto aos produtos industriais provocando
duas grandes crises a níveis mundiais nos anos turfa - é o carvão de menor teor de carbono.
70, e que apresentam a grande fragilidade do linhito - é a segunda fase do carvão muito utilizado
mundo para este tipo de energia. para a obtenção da energia.
03) Escreva... hulha - é também chamado de carvão de pedra; é
o tipo mais consumido no mundo.
O carvão mineral encontrado no Brasil é a hulha e
antracito - é o carvão de melhor qualidade, e
as maiores reservas encontram-se no Rio Grande apresenta o maior teor de carbono, mais de 90%.
do Sul (Vale do Jacuí) e em Santa Catarina (Vale
xisto betuminoso - o termo xisto designa uma
do Tubarão). Seu consumo principal e o das usinas
substância orgânica oleaginosa que, aparece em
termoelétricas localizadas próximas às áreas de rochas metamórficas. É o combustível que mais
extração; deve-se ainda lembrar que apenas o se aproxima do petróleo.
carvão catarinense pode ser utilizado como coque
na siderurgia.

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AS QUESTÕES AMBIENTAIS

1) (Efeito Estufa) - Explique b) O adensamento de prédios, a superfície


impermeabilizada do asfalto, do concreto, o
a) Devido ao excesso de elementos poluentes
volume de automóveis e a dificuldade de
lançados na atmosfera. Estes poluentes
circulação dos poluentes provocam um efeito
poderão reter o calor e aumentar o efeito
local de retenção de calor chamado de “Ilhas de
estufa, interferindo na vida humana.
Calor”. Nota-se também a menor variação de
b) As chaminés das fábricas e toda a forma de temperaturas na periferia, onde há mais
calor expelida da Terra, principalmente pelo vegetação e a concentração de prédios e
monóxido de carbono dos veículos veículos é menor.
automotores.
4) (UFPR) (esgotamento de reservas)
2) (ECO / camada de ozônio) A sociedade capitalista, ligada ao padrão de
consumo que visa ao aumento da satisfação
a) O gás cloroflúorcarbono, conhecido por CFC, pessoal, tem levado ao exagero do consumo. O
ataca a camada de ozônio que filtra os raios excesso de produtos descartáveis, a necessidade
ultra-violeta para a Terra. constante de novos produtos inventados “pelo
b) Nos vegetais haverá a inibição de seu marketing” tem exigido uma maior utilização dos
crescimento e ataque à sua clorofila. Ao bens naturais em bens de consumo. Nota-se hoje
homem sua exposição maior aos raios que se torna cada vez mais difícil compatibilizar o
solares poderá provocar câncer de pele. consumo com a menor utilização dos recursos
c) Sim, desde a ECO-92 ficou convencionado naturais.
que os países participantes procurariam no- 5) Resposta da questão do gráfico
vas soluções para a alteração do CFC. Em
1997, no mercado brasileiro alguns 1) Ocorreram variações em torno de 1°C na média
eletrodomésticos, principalmente a geladeira, global da temperatura ao longo dos cem anos.
já eram lançados utilizando o mínimo possível 2) Nota-se um aumento médio da temperatura,
de gás freon, e algumas empresas não mais apesar das variações.
se utilizam deste produto. 3) Durante o maior período, as médias das
3) (variação de tempo nas metrópoles) temperaturas situaram-se próximas de 15°
(principalmente no período de 1950 a 1980),
a) As linhas que unem pontos de igual sendo que somente nos anos 80 ultrapassam a
temperatura chamam-se ISOTERMAS. média dos 15°C.

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