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jusbrasil.com.br
27 de Março de 2018
[Modelo] Contestação
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAMÍLIA
E SUCESSÕES DA COMARCA DE ...........
Processo nº: ............
Requerente: ............
Requerida: ..............
CONTESTAÇÃO
1. ESCLARECIMENTOS INICIAIS
Insta esclarecer que a Requerida trata-se de pessoa que goza de pouca condição
econômica, não podendo arcar com os custos e despesas decorrentes de um
processo judicial, bem como honorários advocatícios, sem privar a si mesmo do
próprio sustento ou de seus familiares.
O presente pedido de gratuidade Judiciária está devidamente amparado pelas leis
1.060/50 e Lei nº 5478/68, bem como do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição
Federal, com o fim precípuo de não afastar a distribuição da Justiça aos
jurisdicionados mais carentes.
Assim, requer-se, desde já, com base no Art. 98, 99 do CPC, que se digne Vossa
Excelência em conceder os benefícios da assistência judiciária nos termos
da legislação em vigor, vez que a Requerida, mormente por não dispor de recurso
material, não tem condições de arcar com os custos e despesas processuais e
honorários advocatícios.
Dispõe o Art. 335, I do CPC que a contestação deverá ser oferecida no prazo de 15
dias, cujo termo inicial será a data da audiência de conciliação ou de mediação,
quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver
autocomposição.
Pois bem, a audiência de conciliação foi designada e realizada em ..........., onde não
houve autocomposição, portanto, considerando a aplicação dos Arts. 219 e 224 do
CPC, a contestação apresentada nesta data, é TEMPESTIVA.
2. DO ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA AUDIENCIA
DE CONCILIAÇÃO – CONTUMACIA
Veja que, o Art. 334 § 8o do CPC dispõe que o não comparecimento injustificado
do autor à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da
justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
Perguntase, isso é querer o melhor e preocuparse com os interesses
da filha? Isso é agir com responsabilidade com os atos do processo?
Acreditase que não!
Pois bem, diante da conduta do Requerente Requer a Vossa Excelência que seja
aplicado a sanção previsto no Art. 334, § 8º do CPC por caracterizar, a conduta do
Requerente, verdadeiro ato atentatório à dignidade da Justiça, haja vista não ter
comparecido a Audiência conciliatória.
3. PRELIMINARMENTE – DA LITISPENDÊNCIA
Dispõe o Art. 337, § 1º, 2º e 3º do CPC que há litispendência quando se repete ação
que está em curso, bem como se reproduz ação anteriormente ajuizada, hipótese
dos autos.
Ocorre, porém, que perante a mesma Vara de Família e Sucessões desta Comarca
encontra-se tramitando AÇÃO SEMELHANTE, com AS MESMAS PARTES, a
MESMA CAUSA DE PEDIR e o MESMO PEDIDO o que, à evidência, caracteriza a
litispendência prevista no art. 337, §§ 1º, 2º e 3º do CPC.
Na data .......... foi ajuizada ação de DIVORGIO LITIGIO pela Requerida em face do
Requerente referente ao Processo nº. .........., onde a Requerida pede o Divórcio, a
Regulamentação de visitas, os alimentos e a guarda.
Veja que a presente ação ajuizada em .........., trata-se de ações semelhantes, com as
mesmas partes, a mesma causa de pedir e os mesmos pedidos, conforme se
observa dos processos.
Dispõe o Art. 337, inciso IV do CPC que incumbe a Requerida antes de discutir o
mérito, alegar inépcia da petição inicial.
O Art. 330, inciso I e IV do CPC diz que a petição inicial será indeferida quando for
inepta ou quando não atendidas as prescrições do Art. 321, ou seja, a petição inicial
deverá atender integralmente os requisitos dos Arts. 319 e Art. 320 todos do CPC.
Vale esclarecer que o Art. 434 do CPC diz que Incumbe à parte instruir a petição
inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações. No
caso dos autos o Requerente não juntou documentos a sustentar as absurdas
alegações, estória, falácias alegadas na exordial, via de consequências, não
comprovadas.
O Art. 337, inciso III do CPC esclarece que incumbe ao réu, antes de discutir o
mérito, alegar: III - incorreção do valor da causa.
Portanto, considerando o artigo acima, utilizando do Art. 293 do CPC que diz que o
réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo
autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a
complementação das custas, passamos a impugnar o valor atribuído a casa pelo
Requerente.
Pois bem, conforme Art. 291 do CPC toda causa será atribuído valor certo, ainda
que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
No mesmo sentido, o Art. 292 do CPC fala que o valor da causa constará da petição
inicial ou da reconvenção e será: III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze)
prestações mensais pedidas pelo autor; VI - na ação em que há cumulação de
pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
4. BREVE RESUMO DA EXORDIAL
Alega que a menor esta sendo cuidado por terceiros e pessoas estranhas ao
convívio familiar, o que está afetando o crescimento e desenvolvimento da criança;
Alega ainda alienação Parental pois é impedido de permanecer com a filha a sós e
só lhe é permitido visitar a filha algumas vezes.
Requereu o direito de visita a menor e conviver com a filha e portanto, em sede de
liminar requereu a concessão provisória da Regulamentação de visita.
Em síntese é a exordial.
5. DA VERDADE DOS FATOS
6.1 DO CASAMENTO
Em ......, com apenas quase 01 (Hum) ano de casada, a Requerida descobriu que o
Requerente vinha descumprimento com o dever conjugal de fidelidade,
companheirismo, afetividade, proteção, entre outras incumbências que só o Varão
detêm perante uma família.
Desde a data em que a Requerida mudou-se com sua filha para ............, é a
Requerida quem vinha fazendo frente, de maneira digna, a todas às
necessidades da menor, contudo, sem contar com qualquer ajuda financeira do
Requerente.
6.3 DA FilhA
Registre-se desde logo, que a filha do casal está sob a guarda e responsabilidade da
Requerida, posto que a menor está sendo educada com todo o carinho, dedicação,
atenção, respeito e demonstração do mais salutar modo de convívio em sociedade,
conforme documentos em anexo. (Doc. Anexo)
6. DO MÉRITO
Dispõe o Art. 77 do CPC que são deveres das partes, de seus procuradores e de
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo expor os fatos em
juízo conforme a verdade; não formular pretensão quando cientes de
que são destituídas de fundamento, dentre outros.
Ademais, dispõe ainda o Art. 80 do CPC que considera-se litigante de má-fé aquele
que “II alterar a verdade dos fatos; V proceder de modo temerário
em qualquer incidente ou ato do processo”, dentre outros.
Pois bem, percebe-se claramente da exordial que o Requerente não cumpriu seu
dever de lealdade e boa-fé no processo, haja vista que além de inventar “estória”
alterando a verdade dos fatos o que será demonstrado abaixo, procedeu conforme
acima relatado de modo temerário a ato do processo (audiência) ao preferir
“passear no .....” com sua noiva em vez de comparecer a audiência de conciliação
designada, mesmo ciente.
Ora excelência as partes conviveram mais .... anos juntos o que, portanto, por
obvio, adquiriram Bens na constância do casamento, vejamos:
QUANTIDADE
DESCRIÇÃO DO BEM
ANO DE AQUISIÇÃO
No segundo momento alega ser impedido pela Requerida de visitar e passear com
sua filha. Mentira !!!
No mesmo dia ..............), após pressão do Requerente para que a menor fosse com
ele para a cidade de .........., mesmo no período de aula escolar, a Requerida na
pressão acabou permitindo que a menor fosse com o pai, sob uma condição, qual
seja, devolve-la no dia ..............
Ocorre que o Requerente, no dia combinado da entrega da menor ...........), o pai
ligou por volta das 20h30m para a Requerida dizendo que não ia trazer a filha para
a cidade de ..........., fato que permaneceu até o dia .......... quando, sem resistência
da família do Requerente a Requerida trouxe a menor para a cidade de ............
Ato continuo, até a narração na exordial é sucinta sem riqueza de detalhes, o que
demonstra o verdadeiro intuito de converter a mentira em verdade, na tentativa de
levar este juízo ao erro.
Nesse sentido, dispõe o Art. 142 do CPC que convencendo-se, pelas circunstâncias,
de que autor se servindo processo para praticar ato simulado ou conseguir fim
vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos da parte, aplicando,
de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.
Da mesma forma, o Art. 79 do CPC diz: “Responde por perdas e danos aquele que
litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente”, sendo por via de consequência
aplicada a penalidade do Art. 81 do mesmo códex.
A menor de apenas ..... anos de idade está sendo usada como instrumento pelo
Requerente e familiares, bem como influenciada, pressionada e psicologicamente
coagida para ficar contra a genitora/Requerida, conforme se comprova pelos
documentos juntados nos autos Processo nº: ................
A ligação afetiva com seus avôs maternos é muito forte, tendo como apoio toda a
família da Requerida, que, vale repetir, residem em ............
Pela apreciação detida dos documentos ora acostados aos autos, é
perceptível que aquilo que mais atende aos interesses da menor, é ficar
sob a guarda unilateral de sua genitora.
Ademais, o Requerente reside na casa dos pais, não havendo, portanto, nenhuma
despesa que o onere de fato, possuindo plenas condições de fornecer alimentos a
Menor.
7. DOS REQUERIMENTOS
c) Ato continuo, não obstante as preliminares, que seja reconhecido ainda ato
atentatório à dignidade da Justiça pela contumácia do Requerente em audiência de
conciliação pelos motivos expostos;
Nestes termos,
Pede deferimento.
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