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Coordenação Regional do Projeto ESA

Delegação Escolar do Funchal


22/02/2018
Avaliação

Participação / intervenção - 10%

Participação nas atividades realizadas nas sessões - 40%

Trabalho final - 50%


Como Aprendemos?
GNR | Dia Europeu para a Proteção das Crianças
contra a Exploração Sexual e os Abusos Sexuais

A regra da
roupa interior
Qual o órgão sexual mais importante?
O que é Sexualidade?
Sexualidade
É uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto,
ternura e intimidade; ela integra-se no modo como nos
sentimos, movemos, tocamos, e somos tocados; é ser-se
sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual.
(OMS)

A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos,


ações e interações, e por isso, influencia também a
nossa saúde física e mental.
(OMS)
Sexualidade Humana

– visão alargada e positiva e não reduzida à dimensão


biológica, reprodutiva e de riscos

– é feita de biologia, mas sobretudo de sentimentos,


de relações, de afetos, de palavras, de ideias, de
valores…

– é feita de crescimento pessoal, saúde e também de


cidadania
Sexualidade enquadrada e integrada
• A sexualidade deve ser
− orientada, elevada, integrada pelo AMOR, o único que pode torná-
la verdadeiramente Humana

− vivida no respeito pela dignidade de cada um (querer, sentir, ser)

• O ser humano é um ser em quatro dimensões :


Bio - Psico - Social - Espiritual (OMS)

• Só o ser humano é PESSOA dotado de Inteligência - Vontade e


Valores (balizam e orientam – ética)

Liberdade com Responsabilidade!


Educação Sexual
- Garantir uma educação de base humanizadora em que a
pessoa do aluno é a base do processo complexo de ensino

- Combater a solidão e a miséria de quem não se ama,


perceber as proximidades e distâncias entre sexualidade e
felicidade e alertar para os riscos, frustrações e vitórias da
era atual
(Júlio Machado Vaz)

O amor apre(e)nde-se
Educação Sexual
Vivência da sexualidade

Mais
informada

Mais Mais
responsável gratificante

Mais
autónoma

Prevenir relacionamentos abusivos, ITS´s, Gravidez indesejada…


Combater a discriminação…
Promover a igualdade de género…
Modelos de Educação Sexual

• Modelos impositivos
– Modelos conservadores
• Modelos de rutura impositivos
• Modelos médico-preventivos
• Modelo de desenvolvimento pessoal
Modelos de Educação Sexual
• Modelo de desenvolvimento pessoal
− Nasceu da necessidade de abordar as outras dimensões da
sexualidade, para além da biológica

− A sexualidade é uma construção humana, que irá ter


repercussões a nível dos conteúdos, valores e objetivos da ed.
sexual

− A ed. sexual é vista como um processo contínuo, devendo estar


presente em todo o percurso escolar, numa perspetiva inter e
transdisciplinar, para que se possa promover o debate e a escolha
crítica, e não ditar normas de conduta ou apenas informar (como
visavam os modelos impositivos)
Modelos de Educação Sexual
• Modelo de desenvolvimento pessoal

Integra uma vertente

– Biológica constituída pelo conjunto de fenómenos que fazem do


nosso corpo um corpo sexuado

– Psicológica que engloba processos como a identidade de


género, a orientação sexual, a autoimagem e a construção da
identidade sexual e todo o processo relacional, em particular as
relações afetivo-sexuais

– Social que engloba as discussões dos valores e atitudes, os


modelos morais que recobrem as vertentes anteriores
Modelos de Educação Sexual
• Modelo de desenvolvimento pessoal

Objetivos

– Ajudar as crianças e os jovens a conhecerem a sua sexualidade e a


integrarem-na de forma positiva, harmoniosa e responsável no seu
desenvolvimento e nas suas relações

– Promover o debate e as escolhas morais sobre as questões ligadas


à sexualidade humana, entendida também como um campo de
formação pessoal e de cidadania

– Promover a saúde sexual e reprodutiva, prevenindo as situações de


risco ligadas à vivência da sexualidade
Educação Sexual
Entendida como

- Um processo através do qual a pessoa se desenvolve


como ser sexuado e sexual, mediante um conjunto de
ações estruturadas e formais e não estruturadas e
informais (ES explícita e implícita)

- Um processo que se desenrola ao longo da vida, não a


partir do momento que se inicia a vida sexual, e
adquirida em diferentes contextos
(Vilar & Souto, 2008, p.69)
Educação Sexual
• Deve contribuir para
Um aumento de conhecimentos sobre
– dimensões da sexualidade
– o ser sexuado e seus órgãos internos e externos
– os componentes anátomo-fisiológicos e psicológicos da resposta
sexual humana
– a diversidade das expressões do comportamento sexual humano
ao longo da vida e das suas diferenças individuais
– os mecanismos da reprodução humana e da contraceção
– as ideias e valores da sexualidade ao longo dos tempos em
diferentes culturas
– os problemas que possam surgir a este nível e dos apoios
possíveis
(M.E. et al., 2000, p.29)
Educação Sexual
• Deve contribuir para
Um desenvolvimento de atitudes
– de aceitação positiva e confortável do corpo sexuado, do prazer e
da afetividade
– não sexistas
– não discriminatórias face a diferentes expressões e orientações
sexuais
– preventivas face à doença e promotora do bem-estar e da saúde

(M.E. et al., 2000, p.30)


Educação Sexual
• Deve contribuir para
Um desenvolvimento de competências
– de tomada de decisões e recusa de comportamentos não
desejados
– de comunicação
– para a utilização de um vocabulário adequado
– de pedir ajuda e de saber identificar apoios quando necessário

(M.E. et al., 2000, p.30)


Educação Sexual
• Conteúdos

- Noção de corpo

- O corpo em harmonia com a Natureza e o seu ambiente social e cultural

- Noção de família

- Diferenças entre rapazes e raparigas

- Proteção do corpo e noção dos limites, dizendo não às aproximações abusiva

(n.º 1 do art.º 3.º da portaria 196-A/2010, de 9 de Abril)


Educação Sexual
• Carga horária

- a carga horária não pode ser inferior a seis horas para os 1.º e 2.º ciclos do
ensino

- distribuídas de forma equilibrada pelos diversos períodos do ano letivo

- são imputados à educação sexual tempos letivos de disciplinas e de iniciativas


e ações extracurriculares que se relacionem com esta área

(n.º 2 e 3 do art.º 5.º da portaria 196-A/2010, de 9 de Abril)


Educação Sexual
Afetos e Educação para a
Sexualidade (pré-escolar e 1º ciclo):

– Identidade de género
– Relações afetivas
– Valores
– Desenvolvimento da sexualidade
– Maternidade e paternidade
• junho 2017
• DGE
• DGS
• SICAD
Reflexão sobre Educação Sexual
Mario Vargas Llosa, A Civilização do Espetáculo
Pornografia é uma coisa, erotismo é outra, mais reservada, sutil, individual.
Vivemos na era da pornografia escancarada, não do erotismo

Zygmunt Bauman, Sociedade Líquida


Característica instável, moldando-nos conforme o andar da carruagem, tudo é
inseguro, nada é garantido, não se planeia a longo prazo

Sociedade hipererotizada, materialista, pobremente ultra-hedonista,


narcisista…

É possível solidificar relações dentro de um mundo instável? … As redes sociais


Que ideias e que dúvidas nascem?
A Sociedade dos filhos órfãos …
… de pais vivos
SergioMiley
Sinay
Cyrus
Reflexão sobre Educação Sexual
• Porquê?
Porque é uma necessidade.

- Definição de saúde da OMS: um bem-estar físico, social e mental e


não apenas a ausência de doença ou enfermidade
- Estar feliz, gostar de nós próprios e de quem nos rodeia, de
nos sentirmos bem com o que nos circunda, num crescimento
harmonioso connosco e com a sociedade
- É a capacidade de cada homem, mulher ou criança
para criar ou lutar pelo próprio projeto de vida, pessoal
e original, em direção ao bem-estar
(Cristoph Djours)
Reflexão sobre Educação Sexual
• Porquê?
Porque é uma necessidade.
Reflexão sobre Educação Sexual
• Porquê?
Porque é uma necessidade.
Reflexão sobre Educação Sexual
• Porquê?
Porque é uma necessidade.

“A Educação Sexual em meio escolar é uma oportunidade para a


Educação. Permite trabalhar, com os alunos, vetores fundamentais
para o seu percurso como pessoas: o respeito pelo outro; a igualdade
de direitos entre homens e mulheres; a recusa de todas as formas de
violência, sobretudo a rejeição da violência no campo da sexualidade; a
importância da comunicação e envolvimento afetivos; a promoção
da saúde física e mental. Possibilita, também, informar com
credibilidade e aumentar o conhecimento. Ao mesmo tempo, permite
discutir sentimentos e atitudes, bem como elevar as capacidades
individuais e de grupo para tomar decisões responsáveis.”
Daniel Sampaio in site DGS
Reflexão sobre Educação Sexual
• Porquê?
Porque é um direito.
A necessidade e a importância da Educação Sexual Escolar é amplamente
reconhecida por entidades internacionais e nacionais
UNESCO
UNICEF
Conselho da Europa
ONU
Governo português
- Decreto-lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto
- Portaria n.º196-A/2010 de 9 de Abril
Estabelece o regime de aplicação da Educação Sexual em meio escolar, nos estabelecimentos do
ensino básico e do ensino secundário e “aplica-se a todos os estabelecimentos da rede pública, bem
como aos estabelecimentos da rede privada e cooperativa com contrato de associação, de todo o
território nacional” (Artigo 1.º)
Reflexão sobre Educação Sexual
• Porquê?
Porque é um direito.
A Declaração de Direitos Sexuais da
IPPF está embasada nos principais
instrumentos internacionais de direitos
humanos

os Direitos Sexuais são um


componente dos Direitos
Humanos, um conjunto em
evolução de direitos relacionados
à sexualidade, que contribui para
a liberdade, igualdade e
dignidade de todas as pessoas

IPPF – Federação Internacional de Planeamento Familiar


Reflexão sobre Educação Sexual
• Porquê?
Porque é um direito.
Reflexão sobre Educação Sexual
• Como?
Utilizando metodologias ativas e participativas.
- Trabalho em equipa
- “Chuva de ideias”
- Jogos de clarificação de valores
- Debates
- Utilização de questionários
- Simulação de casos (dramatização, discussão, saber escutar, expressar
sentimentos,…)
- Caixa de perguntas
- Fichas
- Utilização de vídeos, revistas, fotos, etc…
Educação Sexual
• Quadro ético
Definir políticas educativas e práticas profissionais
- sob o risco do «vale tudo moral»
- baseado nos direitos humanos e no conhecimento científico
disponível sobre as diversas dimensões da sexualidade humana

Deve ser:
• Claro
• Possibilitador das escolhas individuais (não há receitas de vida)
• Gerador de bem-estar físico e psicológico do indivíduo
• Gerador de relações saudáveis e gratificantes
• Gerador de responsabilidade e autonomia
• Respeitador do pluralismo moral contemporâneo
• Aberto à mudança
Educação Sexual
• Professor/a de Educação Sexual e Afetos

não tem que ser um especialista em Educação Sexual


– mas apenas um profissional devidamente informado sobre a
sexualidade humana e que, enquanto educador, já teve
oportunidade de refletir sobre ela
Educação Sexual
• Perfil desejável do professor em Educação sexual
– Genuína preocupação com o bem-estar físico e psicológico dos
outros
– Aceitação confortável da sua sexualidade e da dos outros
– Respeito pelas opiniões das outras pessoas
– Atitude favorável ao envolvimento dos pais e encarregados de
educação e outros agentes de educação
– Compromisso de confidencialidade sobre informações pessoais
dos alunos
– Capacidade para reconhecer as situações que requerem a
intervenção de outros profissionais

Went, D. (1985)
in Linhas Orientadoras em Ed Sx (2000)
Educação Sexual
• Fatores de Sucesso
• Seja tão neutro quanto possível
• Não atribua previamente “certos” e “errados”
• Controle a emissão de juízos de valor
• Proporcione a identificação de valores pessoais (criando um clima
aberto e não constrangedor)
• Atue pedagogicamente através da partilha em vez da imposição de
definições do saber
• Permita que se façam escolhas
Educação Sexual
• Fatores de Sucesso (continuação)
• Disponibilize material de apoio
• Demonstre disponibilidade e confiança
• Utilize um vocabulário adequado do ponto de vista técnico e
pedagógico
• Baseie as suas informações/conhecimentos em dados científicos
corretos e atualizados
• Aborde conteúdos apropriados à faixa etária e nível de
desenvolvimento dos alunos tendo sempre em conta os
interesses destes
• Procure a coerência entre as suas intervenções pedagógico-
profissionais e as suas práticas enquanto pessoa
Educação Sexual
• Articulação Escola - Família
Família
– Principal elemento do processo de
desenvolvimento global
– Onde se vivem as primeiras
relações afetivas, vinculativas e de
sociabilidade
– Aprendizagem por observação de
comportamentos e pela integração
de modelos
Educação Sexual
• Articulação Escola - Família
Objetivos
– Garantir e promover a participação das
famílias no processo educativo dos seus
filhos e educandos
– Encontrar formas de rentabilização e de
continuidade das intenções educativas da
escola
– Valorizar as iniciativas dos pais
− Impedir ou evitar que se desenvolvam mitos e crenças infundados
acerca da finalidade e dos efeitos das atividades associadas à
educação sexual

Difusão da informação acerca das atividades escolares =


premissa básica do projeto escolar
Educação Sexual
• Articulação Escola - Família
Dificuldades
– dos pais e EE em conjugar as atividades
profissionais com as atividades desenvolvidas
na escola
– Relativa novidade da conceptualização da
escola como um espaço de partilha
– Perceção de que a responsabilidade dos pais
no domínio educativo se exerce unicamente no
foro doméstico
– Perceção da escola como um espaço dos
professores onde os pais e EE se sentem
inibidos
Educação Sexual
• Articulação Escola - Família
Notas

– Os conteúdos abordados na ES também são de âmbito


escolar
– Não há competição entre papéis desempenhados pela escola
e pela família
– A articulação escola-família visa fomentar e efetivar o
envolvimento direto e/ou indireto dos pais e EE
– A ES suscita opiniões, saberes e posicionamentos intelectuais
e éticos divergentes que convém colocar em confronto,
valorizando a sua expressão e assumindo uma atitude de
escuta ativa, visando o consenso
Educação Sexual
• Articulação Escola - Família

Estratégias de envolvimento
– Encontros informais
– Ações formativas
– Convites para festejos
– Reuniões de esclarecimento/dúvidas
– Participação em atividades domiciliárias
– ….
Materiais Disponíveis
Obrigada!
Esa.madeira@gmail.com
Telef.: 291 950 310
(EB 2,3 Cónego João Jacinto
Gonçalves de Andrade –
Campanário)

Coordenação Regional do Projeto ESA


Delegação Escolar do Funchal
22/02/2018

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