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História Secreta do Brasil (Portugalidade e Brasilidade

na Obra Divina) – Entrevistas de Vitor Manuel Adrião


à Comunicação Social brasileira

A edição do meu livro História Secreta do Brasil (Flos Sanctorum Brasiliae) em


2004 pela Madras Editora, São Paulo, entrando nos circuitos comerciais logo ao
início de 2005, provocou uma reacção muito positiva em todo o território brasileiro,
com os seus meios de comunicação social anunciando-o profusa e elogiosamente,
o que apesar de sensibilizar-me e impor-me a consciência do dever cumprido,
igualmente não deixou de aumentar a minha responsabilidade para com a
historiografia brasileira e sobretudo para com a sua espiritualidade, que sendo
brasílica por isto mesmo é universal. Para mim foi hora grata de dever cumprido,
já o disse, mantendo a humildade ante as luzes da ribalta esquivando-me à
exaltação presunçosa que, bem sabia por há muito pisar palcos e bisar fama
pública, era hora feliz mas que haveria de passar… como passou, e ficou só a obra
que esta é a única que afinal importa.

Das várias entrevistas orais e escritas que concedi à comunicação social brasileira,
além das entrevistas directas às Rádios Eldorado e CBN de São Paulo, com
cobertura nacional, e de uma anterior à Rádio Oásis de Sobral de Monte Agraço,
em Portugal, também pertinente ao tema Brasilidade onde a radialista eera
brasileira, destaco e transcrevo a seguir os textos integrais de duas reportagens
cedidas a dois jornais importantes do Brasil, acreditando que o seu conteúdo acaso
possa transmitir ao leitor o senso de Espírito Único subjacente a duas modalidades
distintas na aparência mas interligadas na essência de Portugalidade e Brasilidade.

JORNAL DE TOCANTINS
Aurélio Prado Peixoto entrevista V.M.A. em 20.1.2005

P. – Que tipo de surpresa o leitor tocantinense (Tocantins é um Estado do Brasil)


poderá encontrar nas páginas do seu livro?

R. – As mais variadas e creio que as mais agradáveis, mesmo que acaso sejam de
espanto geral pelas conclusões a que cheguei, baseado não em ficções delirantes
mas em dados sólidos, verificados e comprovados no terreno e em gabinete, numa
pesquisa laboriosa que me consumiu vários anos na qual abrangi um campo vasto
de gente, locais e imóveis patrimoniais, desde o bibliográfico ao monumental
natural ou artificial, em que entrou a mão do homem. Da Pré-História à Proto-
História brasileiras e daí à sua Actualidade, são vários os cenários abrangidos, por
exemplo, o mito da Atlântida reachada no Brasil, as navegações transoceânicas dos
povos mediterrânicos a estas partes, o projecto marítimo da antiga Ordem dos
Templários e o mito do “Ocidente Eterno”, a geografia sagrada brasileira e as
cidades do Futuro, como, por exemplo, Brasília, etc.

P. – Baseado em que factos, documentos e depoimentos o senhor chegou a essas


conclusões?

R. – Como disse, abrangi um vasto campo de pesquisa. Para chegar à validade das
conclusões que apresento consultei os mais renomeados autores, desde as Crónicas
das Capuchinhos e dos Jesuítas, os Relatos das Bandeiras ou dos seus capitães,
passando Gustavo Barroso e Ludwig Schwennhagen até ao “Champollion” brasileiro
que foi Bernardo Ramos, não descurando outros e brilhantes autores da
historiografia, arqueologia, espeleologia, etnologia, etc., da Academia Brasileira
mas também da Portuguesa, como Jaime Cortesão e Joaquim Ribeiro. Todos, desde
os mais aos menos conhecidos, a maioria com obras de vulto onde avulta o saber e
demonstra o amor à sua Pátria brasílica. Além disso, para dar interpretação
plausível a muitos aspectos da História do Brasil, até agora “hiatos” inexplicáveis,
recorri à Tradição Iniciática da Teosofia “Brasileira”, isto é, a da Sociedade
Teosófica Brasileira, socorrendo-me pelos inúmeros escritos do seu fundador,
Professor Henrique José de Souza (1883-1963), baiano de alma portuguesa,
provavelmente o maior Mestre de Pensamento Espiritual que o Brasil e o Mundo
conheceram no século XX. Nisto, fiz igualmente recurso de alguns decanos da
Teosofia Brasileira coevos e discípulos do mesmo Professor, como, por exemplo,
António Castaño Ferreira, Paulo Albernaz e Roberto Lucíola. Aproveito ainda esta
oportunidade para agradecer aos inúmeros colaboradores na feitura deste meu
livro agora dado à estampa, pois sem eles tal não seria possível: Wagner Veneziani,
David Caparelli, Oriental Luiz Noronha, Arthur Henrique de Souza e a todos os mais
para não esquecer nenhum.

P. – O que foi mais difícil na hora de escrever o livro?

R. – O mais difícil foi contrariar a História corrente do Brasil ensinada nas carteiras
escolares que um certo sindicalismo marxista impôs após o usurpo nos anos 20, 30
e sobretudo 40 do século XX do senso nascente de brasilidade como afirmação
política de independência, esquerdismo esse que “trocou as voltas” aos mais
elementares factos históricos de maneira a justificar um certo caos psicossocial
como culpa original dos “bandidos portugueses” que invadiram o Brasil após o
«achamento» que realmente não houve e sim Descobrimento, logo, os males
próprios de um país novo só podiam encontrar “a culpa no Cabral”. Essa tornou-se
uma História «vermelha» forjada quase inteiramente (hoje já é questionada e até
posta de lado por excessiva viciação dos dados factuais), pois a frota do almirante
Pedro Álvares Cabral que ia a caminho da Índia, aproveitando as correntes do Golfo
da Guiné para a partir de Cabo Verde deslocar-se propositadamente para ocidente
chegando a Vera Cruz, dizia, a sua tripulação além dos marujos era exclusivamente
composta por militares da Ordem de Cristo e por religiosos franciscanos de
Coimbra, que absolutamente nada tinha de “celerados incultos”. E mesmo as
feitorias que os portugueses fundaram depois ao longo do litoral de Vera Cruz,
eram sobretudo povoadas por militares da mesma Ordem de Cristo, alguns da de
Avis, e religiosos letrados franciscanos juntos com carmelitas (os jesuítas vieram
muito depois), além de comerciantes mandatados pela coroa, que os proibia sob
severos castigos de dedicarem-se ao desregro de exploração e usurpo do autóctone
e suas riquezas. Só na segunda metade do século XVII e ao longo do século XVIII,
com a chegada de aventureiros portugueses mas sobretudo franceses e holandeses,
que foram estes quem deram “caça ao índio” quase o exterminando, é que
aconteceram as iniquidades desumanas que a História relata. Mas convém não
confundir “a árvore com a floresta”… Ora toda essa historiografia de dados viciados
propositadamente, sempre deixou um sabor amargo de inconsistência e divagação
na própria intelectualidade brasileira. Por minha parte, deixo o meu contributo a
comatar tal, e fazendo ante o que antes era “secreto e misterioso”, fiz a História
não-contada ou a Intra-História que assim só poderá legitimamente ter o título
de História Secreta do Brasil feita num ramalhete literário de flores brasílicas,
ou seja, Flos Sanctorum Brasiliae.

P. – O senhor conhece a fundo a História do Brasil?

R. – Conheço boa parte da historiografia brasileira e a maioria dos autores clássicos


que a têm feito, tanto no vector académico, quanto no esotérico e até no
fantástico, este que inibo-me comentar. Se “conheço a fundo” a História mítica e
cronológica do Brasil, creio que ninguém a conhece inteiramente. Todos os dias
surgem novidades, não raro as mais surpreendentes, desde logo descartando a
possibilidade de se a conhecer por inteiro. A presunção do contrário é tão inútil
quanto pueril, tanto para a Tradição como para a Ciência.

P. – O senhor concorda com tudo aquilo que está no seu livro ou apenas relatou
nas páginas como sendo parte da pesquisa?

R. – Quando o autor não concorda consigo e as suas conclusões, mal vai ele e mais
parece que escreve ao gosto do cifrão a quem se vende como triste “sabe-tudo”.
Se eu não acreditasse no que escrevo e transmito, há muito que me teria dedicado
a outras artes porventura mais lucrativas. Como já disse, assinalei e desenvolvi
factos que considero como principais da História Secreta do Brasil, assim mesmo
nunca tendo aparecido quem a sistematizasse com fiz. Nisto é completa e inédita,
e mesmo Gustavo Barroso nos seis volumes da sua “História Secreta do Brasil” foi
tão quanto eu, talvez por estar possuído daquilo que despossuo: certa tendência
político-religiosa inserta num vasto movimento «anti-portugalidade» em prol do
fincar da nascente brasilidade ou identidade exclusivamente brasílica, que depois
o marxismo usurpou e adulterou e se conservou durante o «nacionalismo» da
ditadura militar, como deixei subentendido em resposta anterior. De maneira
diferente mas com fim igual, fez o ditador Oliveira Salazar com a História
Portuguesa. Posso, pois, afirmar que esta minha é a primeira História Mítica do
Brasil isenta de quaisquer partidarismos aparecida na terra de Vera Cruz desde a
fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro no Rio de Janeiro, em 21 de
Outubro de 1848.

P. – O Brasil seria descoberto se Pedro Álvares Cabral não tivesse errado o


caminho das Índias?

R. – Eis aqui um grande equívoco que acredito propositado na História: Pedro


Álvares Cabral não errou o caminho marítimo das Índias, logo, não navegou
equivocado para Ocidente. Ele sabia onde se dirigia, nunca mareou ao acaso nem
acaso andou perdido no mar!… Não. Herdeiro legítimo dos conhecimentos da
Tradição Templária transmitida à Ordem de Cristo a que pertencia a Escola de
Navegação ou Marítima do Infante Henrique de Sagres, Administrador e 8.º Mestre
Geral da Ordem Militar de Nosso-Senhor Jesus Cristo, vulgo Ordem de Cristo, Cabral
veio ao Brasil propositadamente para inaugurar o ciclo ibero-ameríndio em 1500.
Acompanharam-no Nicolau Coelho, mestre já experiente nas artes de mar e ofícios
de letras e saberes herméticos, e frei Henrique Soares de Coimbra chefiando uma
delegação de cinco franciscanos, contando com ele. Todos eles aparentemente
mandatados pela Ordem de Cristo e o rei de Portugal, mas secretamente por uma
certa e misteriosa Ordem de Mariz a qual, diz a Tradição, está por detrás dos
destinos de Portugal e mesmo do Brasil. Esperavam-nos em Porto Seguro os
melhores da raça autóctone tupi, no caso os tupinambás do litoral, cujos chefes
seriam Tibiriçá, Icaraí e Saixê. A Ordem de Cristo, herdeira directa dos saberes da
Ordem dos Cavaleiros Pobres de Cristo e do Templo de Salomão, como disse, sabia
pela abundante mas reservada documentação dela haver terra vasta a Ocidente,
principalmente graças às navegações dos fenícios na Proto-História e dos árabes na
História. Aliás, o nome Insula Brasil já era conhecido de há muito: os cartógrafos
medievais destacaram nos seus mapas o nome da terra Brasil, como foi o caso
da Carta de Pizigano, de 1367, do Atla de Andrea Bianco, de 1436, ou da Carta de
Bartolomeo Pareto, de 1455. Por seu turno, aquando da viagem à Índia do
almirante Vasco da Gama, em 1498, ele navegou a Ocidente e ancorou defronte a
terra firme e larga, que os historiadores consideram hoje ter sido o Brasil, antes
de retomar a marcha a Oriente. Já antes, em 1487 e em 1488, Pedro Vaz da Cunha,
o “Bizagudo”, e João Fernandes de Andrade navegaram do Golfo da Guiné para o
Brasil aproveitando as correntes marítimas sudoeste. Duarte Pacheco Pereira,
autor do famoso Esmeraldo de Situ Orbis, também aqui se dirigiu várias vezes antes
de Cabral. E antes de todos esses, o capitão de mar Sancho Brandão, pertencente
à Marinha de Guerra da Ordem do Templo, fez uma expedição ao Brasil, notícia
comunicada pelo rei de Portugal ao papa Clemente VI, em 12 de Fevereiro de 1343,
portanto, já depois da abolição dessa Ordem em 1312. Por conseguinte, as
referências abundam apesar de dispersas, mas mais abundante é o “muro de
silêncio” sobre isso e que não se consegue explicar, a não ser talvez por
preconceitos político-sociais que, em si mesmos, também não se conseguem
explicar coerentemente.

P. – O que mais o intrigou nessa pesquisa?

R. – O que não me intrigou mas mais fascinou foi a controvérsia acerca dos
bandeirantes. Tudo quanto há de mau, cruel e selvático é-lhes atribuído, é claro
que eram portugueses. Contudo, abundam as crónicas jesuítas sobre os
bandeirantes e rareiam os documentos das próprias Bandeiras. Isto é muito
sintomático, pois jesuíta e bandeirante eram como “cão e gato”, aquele querendo
um império para a sua Companhia, e este um País livre para o seu povo; aquele
não se misturando a raças estranhas, este fundindo-se no autóctone e dando o
mameluco, o genuíno luso-brasileiro. Repara-se nos sintomáticos episódios
sangrentos que no século XVII deram-se em São Paulo em volta do mosteiro de São
Bento de Piratininga, envolvendo bandeirantes e jesuítas. Creio ser mais que tempo
de começar a ver o bandeirante com outros olhos que não os jesuiticamente
preconceituosos.
P. – Apresente um breve currículo do senhor.

R. – Sou licenciado na antiga cadeira de História e Filosofia, especializado na área


da “religiosidade medieval”, bacharel em Sociologia da História, comendador do
título da cadeira Histórica e Cultural da Sociedade de Estudos de Problemas
Brasileiros, interventor em diversas campanhas de investigação historiográfica
desde há cerca de 30 anos, com cerca de 40 livros publicados, várias centenas de
artigos escritos, algumas dezenas de cursos na especialidade realizados, alguns
milhares de conferências feitas e intervenção em órgãos de comunicação social
nacionais e estrangeiros. Sou o actual presidente e fundador da Comunidade
Teúrgica Portuguesa, iniciada no Promontório de Sagres em 1978 e logo depois
instalada em Sintra, esta que nós, Lusos, consideramos a Montanha Sagrada da
Europa, logo, “Capital Espiritual” da mesma.
P. – Demais considerações sobre a obra, que porventura tenha interesse em
divulgar.

R. – A História Secreta do Brasil que há muito vinha prometendo fazê-la, assim o


cumpri com amor incondicional a esta Terra de Promissão, que sendo país é maior
que um continente. Se a Europa é Passado-Presente, o Brasil já é Presente no
Futuro que não se pressente mas vislumbra, e cada vez mais. Esta é a Pátria da
Concórdia Universal, o que vai bem até no seu lema Ordem e Progresso visto à luz
dos signos principais do seu mapa astrológico: signo solar Virgem (Ordem) e signo
ascendente Aquário (Progresso), mesmo que próximo ao primeiro grau de Peixes
que como símbolo são dois: um para Portugal e outro para o Brasil. Um para a
imaginação e criatividade (peixe superior), e outro (peixe inferior) para o fatalismo
e a maledicência. Até nisso Portugal e Brasil comungam das mesmas virtudes e
vícios psicossociais. É meu desejo sincero que o leitor deste livro que ofereço à
Brasilidade encontre nele os mais altos e imortais valores do que é ser Brasil e
Brasileiro, e igualmente à Portugalidade, para que, em arremedo final, saiba que
ser Português é não ter fronteiras, é ter a Língua que é o Espírito, que é Portugal.

JORNAL “O TEMPO”

(MINAS GERAIS)

Ana Elizabeth Diniz entrevista V.M.A. em 11.2.2005

P. – Como surgiu a ideia desse livro?

R. – O projecto de escrever uma História “não-contada” nos bancos de escola do


Brasil é uma ideia antiga que agora realizei e a Madras Editora deu à forja, para
maior entendimento do que é realmente este país maior que um continente, e para
o engrandecimento ainda do espírito singular que fez e projectou o ser brasileiro.
Com efeito, durante alguns anos vim prometendo que um dia haveria de escrever
uma História do Brasil, sobre o que o país possui de imaginário colectivo que
surpreende e assombra a perspicácia até do investigador mais arguto, assim não
raro paralisando ante o enigma maior subjacente à formação e desenvolvimento
desta terra imensa e das pretensões ocultadas sob o véu das aparências dos
inúmeros constituintes do Paanteão Humano, nobre e digno, feitores tanto da
Portugalidade como da Brasilidade, unidos pelo Verbo único do falar Lusitano, ou
melhor, Português, já que a língua lusitana original era uma mescla de celta e
eslavo a que se juntaria depois o grego e o latim. Repara-se nisso inclusive na
pronúncia brasileira, de raiz toponímica tupi mas de sonoridade portuguesa do
Alentejo – no Sul de Portugal, de ascendência etnológica árabe – de onde era
originária a maioria dos bandeirantes nos séculos XVI-XVII, a quem se juntou o
crioulo da África e as três línguas vieram a dar nesta forma cantante agradável de
ouvir e falar. Paul Teyssier, na sua História da Língua Portuguesa, aborda este
tema com profusão e alguma felicidade.

P. – Qual a sua religião ou ligação com grupos iniciáticos ou exotéricos?

R. – A minha religião é a Humanidade, o Pensamento Humano. A minha filiação


iniciática é favorável à integração do mesmo Homem em uma Socidade mais Justa
e Perfeita. Ainda assim, compreendendo e limitando a sua pergunta, a minha
orientação mental tem sido a Teosofia, nomeadamente a “Brasileira” da tónica do
Professor Henrique José de Souza, que em Portugal, na Serra Sagrada de Sintra, é
levada à prática como Teurgia ou a aplicação da mesma Teosofia, individual e
colectivamente, com vínculo profundo aos Mistérios de Melkitsedek e à Linhagem
Templária do Santo Graal. Resta saber o que significa tudo isso e o que tudo isso
implica, mas concorde não ser este o espaço mais indicado para o seu
desenvolvimento apurado.
P. – Remanescentes atlantes viveram no Brasil?

R. – Quando a Academia fala no “Homem antediluviano” está-se referindo ao


Homem Atlante da, em termos teosóficos, 4.ª Raça-Raiz antecessora da actual 5.ª
Raça-Raiz ou Mãe, a Ária ou Ariana por ter começado a sua evolução antropológica
na região asiática da Aryavartha, a antiga Índia. A Era Secundária, a Terciária e o
início da Quaternária, indo do Triássico ao Plioceno, correspondeu ao da existência
dessa Raça, e é dessa época que se registam os primeiros afloramentos humanos,
cientificamente aceites, no Brasil. O Homo Brasilicus, isto é, o Homem Brasileiro
original, Tupi-Guarani, é todo ele descendente afastado dessa Raça em cujo
continente vasto, hoje a maior parte sepultado no Atlântico, oceano que lhe herda
o nome, o Brasil se integrava.
P. – O senhor poderia explicar melhor sobre o império fenício no Brasil? Existem
evidências geográficas em solo brasileiro?

R. – O empório fenício do Brasil, sito entre 1050 e 1000 a. C., terá sido uma imensa
colónia de exilados de Tiro, capital política da Fenícia, hoje Síria, cuja odisseia
conto no meu livro com pormenores e bibliografia vasta. Essa colónia teve papel
marcante, durante muito tempo, entre os povos mediterrânicos, a ponto de estar
assinalada na própria Bíblia como Ophir, a terra a ocidente de onde vinham
papagaios, ave que, afinal de contas, não existe em nenhuma ilha do Atlântico,
mas em contrapartida até hoje o Brasil é conhecido como a ocidental “Terra dos
Papagaios”. As evidências arqueológicas e etnológicas da presença fenícia no Brasil
são vastíssimas e espalham-se desde o Rio Amazonas até ao Rio da Prata. Falta só
a constituição de um roteiro, devidamente identificado e catalogado, do Brasil Pré
e Proto-Histórico, dando continuidade ao trabalho colossal de Bernardo Ramos por
parte da especialidade na Academia Brasileira. Para isso, creio, é necessário antes
perderem-se definitivamente os envergonhados complexos intelectuais que minam
e limitam o panorama científico até hoje. Só assim a Ciência poderá unir-se à sua
Mãe incoercível: a Tradição das Idades, e de Idades se faz a História.
P. – O senhor poderia explicar melhor sobre a Pedra da Gávea ser uma esfinge?
Ela guarda algum segredo?

R. – Guardou… A Pedra da Gávea altaneira à cidade do Rio de Janeiro é talvez o


maior enigma da Proto-História brasileira. Sendo o maior maciço rochoso litoral do
mundo, foi aproveitado por mãos humanas em tempos perdidos nos milénios que
se foram, diz a Tradição, facto que hoje a Geologia pode contestar mas não negar
ante as evidências sobejas, dizendo-se ter servido de gávea ou posto alto de vigia
a quanto se aproximava e adentrava a “baía grande”, isto é, Guanabara. Ainda
segundo a mesma Tradição Iniciática pertinente ao Brasil, diz-se que também terá
sido parcialmente cinzelada de maneira a configurar uma esfinge em cujo interior
ter-se-á escavado um templo e um túmulo. O seu maior segredo ou inquietação
será, talvez, o de continuar a desafiar os modernos a decifrarem-na, a
apreenderem o seu significado último e real. Não esqueça que, assim como a cidade
do Salvador na Bahia, também a do Rio de Janeiro assenta numa quadra de artérias
subterrâneas, e mesmo que aparentemente isto nada queira dizer, na realidade
diz tudo.
P. – O que dizem as inscrições petroglíficas da Pedra da Gávea?

R. – Bernardo Ramos, cerca de 1930, interpretou as inscrições petroglíficas da


Pedra da Gávea como sendo fenícias e querendo dizer: “Tiro Fenícia, Badezir
Primogénito de Jethbaal”. Mas a frase foi posteriormente corrigida, cerca de 1950,
pelo maior sábio e espiritualista que o Brasil já teve, em minha opinião, o Professor
Henrique José de Souza: “Jethbaal, Tiro Fenícia, Primogénito de Badezir”.

P. – Como a Ordem Templária se iniciou no Brasil?

R. – Se entende por Ordem Templária os altos graus maçónicos, dir-lhe-ei que ela
aparece como tal em solo brasileiro só no quartel final do século XX, apesar de
haverem algumas semelhanças à mesma no último quartel do século XIX na
Maçonaria Adonhiramita, que é a original brasileira importada de Portugal. Por
outro lado, vários apontamentos documentais de cronologia histórica, com
destaque para os escritos do jesuíta eborense Manuel Fialho (1616 – 21.12.1718),
apontam Sancho Brandão, pertencente à Marinha de Guerra da Ordem dos
Cavaleiros Pobres de Cristo e do Templo de Salomão, vulgo Ordem dos Templários,
como capitaneando uma expedição de reconhecimento à “Ilha Perdida do Mar do
Ocidente”, apontada como o Brasil, notícia comunicada pelo rei de Portugal ao
papa Clemente VI em 12 de Fevereiro de 1343. Mas já antes haviam saído de Lisboa
outras expedições à “Ilha Venturosa”, em plenos séculos XII e XIII, facto que depois
entrou nas falas lisboetas para designar os carvoeiros da cidade como os “brasis”,
alcunha evocativa do estado sujo e miserável em que regressavam à terra esses
marinheiros esquecidos de uma época sem comparação alguma aos confortos
modernos da navegação actual, na altura inimagináveis.
P. – Brasil é um nome cabalístico?

R. – Sim, é. Isto se fizer socorro da Kaballah Gemátrica Sefardita, a Profética


genuína da Península Ibérica, aliás, a “Terra de Sefarad” da diáspora judaica no
século IV d. C. Por ela poderei transpor o nome Brasil para o hebraico BRSL, com a
interpretação de “o Lugar elevado de Deus Pai e Mãe”, de modo que o próprio
“Lugar” ou Trono expressará o Filho, desta maneira expressando a Santíssima
Trindade judaico-cristã, ou a mesma Trimurti hindu, na Terra de Eleição que assim
é o próprio Brasil. De maneira que BRSL funde-se cabalisticamente em JHS, sigla
avatárica ou messiânica expressiva de “Deus feito Homem”, cabível a todo o
verdadeiro Iluminado, e neste particular “Deus feito Carne, Corpo, Terra”: BRSL,
expressando a “Jerusalém Celeste” do Apocalipse descida, manifestada nesta
Terra Edénica venturosa e virgem assim firmada “Nova Jerusalém”, antes, Nova
Lusitânia.

P. – Quais foram os principais profetas que viveram no Basil e que legado


deixaram?

R. – O cardápio de profetas com intenções de santidade, no Brasil, é vastíssimo,


vem praticamente desde 1500 com o padre franciscano Henrique Soares, de
Coimbra, a bordo das caravelas de Pedro Álvares Cabral, tendo celebrado a
primeira missa no Brasil e que foi a Missa do Espírito Santo no domingo de Pascoela.
Dentre muitos outros, pode-se evocar o cabalista António de Montesinos,
anunciando em 1650 que achara as “tribos perdidas de Israel” na Colômbia e no
Brasil; encontra-se também Pedro Rates de Hanequim, natural de Lisboa e
residente durante vinte anos em Minas Gerais, preso pela Inquisição em 1741, o
qual sustentava que a Bahia fazia parte do Paraíso Terreal e que Adão ali habitara,
por ter encontrado umas pegadas gravadas numas rochas perto do litoral baiano.
Seria imperdoável não evocar aqui os inolvidáveis padres Manuel da Nóbrega e José
de Anchieta, assim como o incomparável profeta milenarista do V Império, o padre
António Vieira. Esse V Império do Futuro, Pedro de Mariz, em 1670, disse ir irromper
na “Nova Lusitânia”, isto é, no Brasil, tanto que Nova Luzitânia veio a ser o nome
de um município do Estado de São Paulo, pertencente à microrregião de Auriflama,
enquanto Feliz Lusitânia era assim conhecido o núcleo inicial de Belém do Pará.
Atestando o testemunho vaticinador do padre António Vieira em São Luís do
Maranhão, é este o lugar do Brasil onde têm maior e mais vincada presença as
festas populares do “Império” (do Divino Espírito Santo), inteiramente milenaristas
que o mesmo religioso terá dinamizado pela intensidade dos seus sermões de
Advento ou de Parúsia universal. Também elas deverão a sua origem aqui aos
franciscanos que assistiram os cavaleiros da Ordem de Cristo em 1500, vindos na
cabrálica “Cavalaria do Mar”.
P. – Qual o verdadeiro papel do padre José de Anchieta?

R. – Fundador espiritual da actual metrópole económica do Brasil e a maior da


América do Sul, São Paulo, o padre José de Anchieta deverá também ser
considerado como o “pai” do Teatro religioso brasileiro, portanto, indo bem com
a supradita vertenteTeatro, iniciada por ele em São Sebastião do Rio de Janeiro e
desfechada em São Paulo de Piratininga. Para a vertente Escola tem-se o padre
Manuel da Nóbrega, “pai” da Literatura religiosa do Brasil, que quando não tinha
papel à mão compunha hinos e mais louvores à Mãe Divina escrevendo-os nas areias
douradas da paradísiaca Ilha de Itaparica, defronte a São Salvador da Bahia de
Todos os Santos, a “tebaida de Nassau” berço da Raça Brasileira. Por fim, tem-se
o Templo assumido pelo padre António Vieira, “pai” do Futurismo espiritual do
Brasil. Futurismo esse que começa antes em 1500, com Pedro Álvares Cabral, dando
início ao ciclo ibero-ameríndio, ano em que espiritualmente, diz a Tradição, Sintra
se liga a São Tomé das Letras aqui mesmo, em plena Lavra de Minas no coração do
Brasil.

P. – Por que São Lourenço é a capital espiritual do Brasil?

R. – São muitos os escritos apontando São Lourenço como a capital espiritual do


Brasil, vêm desde Pedro Álvares Cabral, frei Henrique Soares, Nicolau Coelho e
Pêro Vaz de Caminha, redactor do “codicilo espiritual do Brasil”, a famosa carta
da sua Descoberta comunicada a D.Manuel I, rei de Portugal, passam as crónicas
capuchinhas, jesuítas bandeirantes, chegam ao polígrafo ibérico Mário Roso de
Luna e têm a apoteose última no magistral Henrique José de Souza, a quem esta
cidade turística por sua estância hidromineral no Sul de Minas, tanto e quase tudo
lhe deve. Consagro-lhe capítulo extenso no meu livro História Secreta do Brasil,
mas, ainda assim e aqui, pressentindo ou intuindo o papel determinante de Minas
Gerais no futuro imediato do Mundo, o caríssimo e saudoso amigo pessoal, professor
Agostinho da Silva, a quem a Academia brasileira tanto deve, teve ocasião de
proferir cerca de 1966: “Minas Gerais não é, como nas estrelas gregas, a doce e
melancólica jovem que adormece para sempre na morte, irmã do sono e do amor;
é como no conto nosso, a Bela Adormecida que espera no Palácio encantado a vinda
do Príncipe seu Mago”.

P. – Na sua opinião que futuro nos espera?

R. – O Brasil não tem Futuro… porque é o próprio Futuro! Agora, isto sim, deve
libertar-se de vez do “banditismo politiqueiro vendido” e do esclavagismo
socioeconómico que outras e menos apetecíveis potências lhe impõem. O Brasil já
de si é ele mesmo uma potência socioeconómica, e poderá figurar como a maior
do mundo se o quiser e os seus políticos tiverem coragem para tanto, dando provas
práticas – que palavras bonitas e ocas leva-as o vento dos floreados retóricos… – de
serem verdadeiramente amigos dedicados da sua pátria e do povo que os elegeu
para que os defenda. Em seu seio vibra intensamente o espírito de Concórdia e
Fraternidade, senão, de Ordem e Progresso, e é esse espírito desta Terra virgem
que alastra já a todos os continentes por via da actual diáspora brasileira, levando
consigo a Paz e o Futuro que afinal caracteriza cada brasileiro. Terra venturosa
onde se diz que “Deus é Baiano, Deus é Mineiro, Deus é Brasileiro”, e sendo assim
só me resta terminar com o encómio tupi:Oromoetê Tupan Thoru – Iá Cunca Idathâ
Oca Juco Nipireaí, que é dizer, “Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos
homens de boa vontade”!

ENTREVISTA DE VITOR MANUEL ADRIÃO POR CLAIRE BONNET, JORNALISTA


BRASILEIRA, DA RÁDIO “OÁSIS” DE SOBRAL DE MONTE AGRAÇO, PORTUGAL, EM
31 DE OUTUBRO DE 1993

Radialista após apresentar o convidado:

P. – Dr. Vitor Manuel Adrião, para si que relação pode haver entre o português,
o brasileiro e a música?

R. – Boa-tarde, Claire Bonnet e estimados ouvintes. É com enorme satisfação que


acedo ao convite de tão prestimosa presença brasileira quanto a voz que por esta
prestigiosa Rádio vem transmitindo regularmente os valores culturais, artísticos e
musicais do grande país irmão do nosso Portugal que é o Brasil. Respondendo à sua
pergunta, direi que a Música é a Fala Universal pela qual os povos se entendem e
mesmo irmanam!… Quando em Seiscentos as caravelas de Cristo alcançaram as
praias seguras de Vera Cruz, os seus nautas levavam consigo a música tradicional
portuguesa: as danças várias, o folclore, o fado que pela primeira vez foi aí
cantado, não o fado menor ou de lamento, não o fado maior, o mouraria ou de
afirmação, mas o fado corrido, dançável, portanto, cantou-se e dançou-se
juntamente com o índio autóctone, o tupinambá habitante do litoral,
representante de toda a Raça Tupi-Guarani, que acolheu os recém-chegados com
demonstrações puras de alegria, com flores e palavras de amor. Após a primeira
Missa de Júbilo no areal dourado de Vera Cruz, na ponta da Coroa Vermelha onde
hoje é a Bahia de Todos-os-Santos que está defronte para a Ilha Sagrada de
Itaparica, a qual foi celebrada pelo santo frei padre Henrique Soares, franciscano
da Congregação de Santa Cruz de Coimbra ao serviço da Ordem de Cristo, logo a
seguir a essa celebração estalaram naturalmente as danças e cantares,
misturaram-se os risos e sorrisos lusos e tupis, e, pela primeira e única vez em toda
a História Universal pertinente a qualquer colonização, foi a tradição musical o
ponto de encontro e fusão de dois grandes povos de novo irmanados, após a
tragédia atlante os trazer por separados. Portanto, em arremedo apologético à
questão posta, foi a Música quem uniu o nascente ibero-ameríndio.

P. – Dr. Vitor Adrião, que é para si a relação espiritual Portugal – Brasil?

R. – Quando as caravelas lusitanas vogando sobre as vagas do sonho empurradas


pelos ventos do espírito alcançaram Vera Cruz, a fim de lusos e tupis se unirem
pelo sangue e pela alma, esse foi o maior anúncio do alvor da então ainda distante
Era do Aquário ou III Milénio que ora começa, o qual se deseja e quer que seja de
promissão, de redenção e de felicidade para todo o Orbe, para toda a Família
Humana. Nesta Idade do Espírito Santo vaticina a Tradição dos nossos Maiores que
o luso-brasileiro desempenhará papel predominante e decisivo no destino e
evolução do Mundo. A relação espiritual, e também humana, Portugal – Brasil, é a
que têm quaisquer Pai e Filho. Nenhuma e falaz tendência política, económica ou
social a poderá destruir e tampouco macular, pois os laços de união são por demais
profundos e sagrados, criados pelo divino Pensamento de um punhado de bravos
mais parecendo deuses humanizados. Brasil e Portugal fitam-se hoje
enternecidamente um vendo no outro a sua STELLA MARIS, um sonho sinárquico
ainda encoberto mas já pressentido e mais ainda desejado. Nestas curtas palavras
está, pois, a essência espiritual e também humana, repito, da relação Portugal –
Brasil, cimentada na aventura do heroísmo e da fé, assim se podendo dizer que se
Deus existe – e existe! – então Deus é tagano, é baiano, Deus é luso-brasileiro.
P. – Palavras bonitas e poéticas, dr. Vitor Adrião. Elas levam a perguntar-lhe:
que pensa sobre o futuro do Brasil?

R. – O futuro do Brasil não se pressente por já se antever. Esse grandioso país é


hoje um caldeirão fervilhante de raças de todas as latitudes e longitudes para aí
confluídas, em profunda mutação pelo que a presente confusão psicossocial tão só
faz parte da grande alquimia por que está passando, de maneira a que da sua
essência nasça o ouro mais puro de Humanidade, sim, o simbólico da Raça Dourada
do Futuro hoje antevendo-se um pouco por toda a parte. O BRASIL criou-se de uma
gigantesca TEURGIA ou “Obra Divina” e do seu Futuro, neste século, terá sido o seu
mais preclaro difusor, imbuído de forte censo patriótico, o brasileiro de
ascendência portuguesa HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, verdadeiro Mestre Vivo saído
do nosso “Pico do Graal”, Sintra, para insistir em apontar a mais bela estância
hidromineral de todo o continente americano, ou seja, a cidade de São Lourenço,
no Sul do Estado de Minas Gerais, como a futura capital espiritual do Brasil e do
Mundo. O mesmo proferiu o eminente professor Agostinho da Silva quando, quer a
sertanejos, quer a letrados, apontava “Minas Gerais como a Bela Adormecida”!…
Já o grande etnógrafo mexicano, José de Vasconcelos, dizia que “era dentre as
bacias do Amazonas e do Prata que haveria de sair a RAÇA CÓSMICA”. Isto bem no
Planalto Central, o Brasil Central de Dom Bosco e de Juscelino Kubitschek para
onde hoje concorrem todas as línguas, todas as expressões culturais e artísticas da
Humanidade de que sairá, num Futuro que se antevê imediato ante o “colapso da
velocidade” do Ciclo precipitando os acontecimentos mais inesperados, essa
mesma RAÇA CÓSMICA nascida das angústias e anseios de toda a Humanidade, a
renascida TATWANTYSIO do antigo império inca-tupi.

P. – O sr. dr. viveu entre os índios da Amazónia. Para fechar esta entrevista,
gostaria de falar um pouco na língua indígena para os nossos ouvintes?

R. – Se me permite, responderei de outro modo. De facto, conheci de perto os


meinaku do Alto Xingú e os txukarramãe do Baixo Xingú, além de descendentes
mais ou menos próximos dos misteriosos xavantes, os índios de pele branca, dos
quais há ainda tribos incontactadas pelo homem «civilizado» no interior do mato
cerrado entre Mato Grosso, Goiás e o Acre. Antes de terminar quero dizer que o
índio, o verdadeiro dono do Brasil por ser o seu verdadeiro natural, é
essencialmente puro, uma verdadeira criança semelhante ao Homem da Idade de
Ouro e sem a maldade e as doenças mentais, psíquicas e físicas das gentes das
grandes cidades, e que ele está sendo exterminado num holocausto envolvendo a
própria floresta amazónica, sendo mais que altura das forças ditas civilizadas
pararem tamanho crime não só a um país e a um continente mas a todo o planeta.
Este e o meu voto, este é o meu apelo. Com ele, a velha saudação da Nação Tupi:
OROMO-ETÊ-ARA-TUPÃ na Taba Brasil, que é dizer, “Salve a Luz de Deus em sua
Pátria Brasileira”! Pátria esta trazendo consigo o sangue não menos nobre do seu
progenitor lusitano. Resta, pois, no Propósito dos Deuses cumprir-se o “Brasil
Português” ou o “Portugal Brasileiro” no alvor da Nova Civilização que ora desponta
para maior glória do Género Humano. E assim: “Ó Makaras da Taba sagrada. Ó
Makaras da tribo Tupi. Falam Deuses no canto do Piaga. Ó Makaras, meu canto
ouvi”. Por isto e muito mais, OROMOETÊ TUPAN THORU – IÁ CUNCA IDATHÂ OCA
JUCO NIPIREAÍ, ou seja, “Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos homens de
boa vontade”!

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