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Os elementos da aprendizagem

São três os elementos da aprendizagem: os aspectos mais importantes na pessoa que aprende são
os órgãos dos sentidos, o Sistema Nervoso Central e os músculos.
A soma dos fatores que estimulam os órgãos dos sentidos da pessoa que aprende é conhecida
como situação estimuladora, quando se focaliza apenas um único fato, este é chamado de estímulo. A
ação que resulta da estimulação e da atividade nervosa subsequente é chamada resposta, que pode ser de
forma variada, sendo classificada como desempenho.
O processo de aprendizagem se realiza quando a situação ‘estimuladora’ afeta de tal maneira o
aprendiz que o desempenho por ele apresentada antes de entrar em contato com essa situação se modifica
depois de ser nela colocado. É a modificação do desempenho que nos leva à conclusão de que a
aprendizagem se realizou. Quando é manifestada na criança é a aquisição de uma nova capacidade. O tipo
básico de habilidade aprendida é o chamado de ‘associação’, que é o mais simples, mas fundamental para
a elaboração de outras performances mais complexas.
Portanto, o processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação. Esse processo se dá
no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo
estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas (Vigotsky). Nas situações escolares, o
interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do
conhecimento.

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM
Memória é a capacidade de adquirir, reter e evocar, quando necessárias, informações que, de
alguma forma, são relevantes.
Aprendizagem é o Conjunto de processos psicológicos (cognitivos, emocionais, motivacionais) e
comportamentais (psicossociais e culturais) que permitem que as pessoas adquiram (ou aprendam) algo
de novo.
Portanto, o aprendizado está intimamente ligado à memorização, e nada mais é do que a aquisição
equilibrada de novas informações que, armazenadas pela memória, guiarão o comportamento. Toda
pessoa que aprende algo muda seu comportamento.
Hoje é possível afirmar que a memória não possui um único lócus. Diferentes estruturas cerebrais
estão envolvidas na aquisição, no armazenamento e na evocação das diversas informações adquiridas por
aprendizagem.
O esquecimento é um processo natural, e não uma falha, é um mecanismo de limpeza, que tenta
evitar uma sobrecarga de retenção de dados, e que vez ou outra nos deixa na mão deletando informações
importantes, mas claro que pode haver defeitos no sistema de esquecimento tanto por excesso (amnésia)
quanto por falta (hipermnésia) que provoca uma confusão nas informações por excesso de
armazenamento.

TIPOS DE MEMÓRIA
As memórias podem ser classificadas em quatro tipos, de acordo com o seu tempo de duração
(Psicologias - Bock, Furtado e Teixeira, p.159)
Denominamos memórias os produtos mais ou menos permanentes que subjazem o processo de
aprendizado. Ou seja, se a aprendizagem é o processo mediante o qual adquirimos informações, então a
palavra “memória” se refere à persistência dessa informação em um estado tal que possa ser evocada
consciente ou inconscientemente no futuro.
1. Memória sensorial/operacional - Retém brevemente a impressão de um estímulo depois que este
desaparece, ou seja, depois que o sistema sensorial correspondente deixa de enviar informações ao
cérebro. Permite o processamento e a integração das distintas modalidades sensoriais. Possui grande
capacidade de registro. É o tipo de memória que nos permite continuar "vendo" a página da revista por
uma brevíssima fração de tempo, ainda depois de ter fechado os olhos.
2. Memória de curta duração - Permite-nos manter na mente, de forma acessível, uma pequena
quantidade de informações recém-adquiridas, que podem proceder diretamente da memória sensorial ou
da de longa duração, bem como ser o resultado do processamento mental desses dados. Esse tipo de
memória é utilizado para tarefas corriqueiras, como guardar brevemente um número de telefone para o
qual precisamos ligar. Se por algum motivo a ligação telefônica não se completar, teremos de verificar
de novo o número no papel em que o anotamos ou perguntar a quem nos forneceu a informação para
rediscar.

3. Memória de trabalho - Dura segundos e é parecida com a memória do computador. É a


memória on-line, por exemplo, da terceira palavra da frase anterior, que permanece apenas o suficiente
para dar sentido à frase seguinte e logo desaparece. Ela é processada sobretudo no córtex pré-frontal, É
ele que decide o que deve ser guardado ou não, isto é, o que é importante guardar porque poderá ser útil
para tomar uma decisão rápida ou que pode ser descartado porque não vai servir mais.

4. Memória de longa duração - como o próprio nome diz, esse tipo de memória contém itens mais
ou menos persistentes. São as memórias às quais nos referimos quando utilizamos o termo "memória':
Elas se dividem em dois grupos: as memórias explícitas (ou declarativas) e as implícitas (ou não
declarativas). As primeiras podem ser acessadas de forma consciente e referem-se ao conhecimento sobre
nossa história
pessoal e sobre os eventos a ela relacionados. As segundas são aquelas às quais não temos acesso
consciente e incluem o conhecimento de procedimentos (andar de bicicleta, por exemplo), a habituação e
alguns tipos de condicionamento.
Resumindo:
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO, OPERACIONAL, DE TRABALHO – faz o arquivamento
temporário de informações para a realização de tarefas cognitivas: ler, falar, escrever.
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO – faz a retenção de informações por um período prolongado de
tempo: léxico –mapa semântico – frequência de uso, familiaridade.

Teorias psicológicas da aprendizagem


Teoria Empirista - Na Teoria empirista a uma fonte de conhecimento que o ser humano tem é a
experiência que ele adquire no meio físico mediado pelos sentidos, tudo que se aprende é através dos
nossos sentidos. Esta Teoria aponta a experiência como algo que se impõe sem a necessidade de uma
interferência orgânica. Ou seja, as bases do conhecimento estão nos objetos, em sua observação. A
pedagogia para os empiristas é diretiva. O aluno aprende, se e somente se, o professor ensina. O professor
acredita no mito da transferência do conhecimento. Principal Representante - Ivan Petrovich Pavlov
(1849 - 1936).
A epistemologia apriorista opõe-se ao empirismo por considerar que o indivíduo, ao nascer, traz
consigo, já determinadas, as condições do conhecimento e da aprendizagem que se manifestarão ou
imediatamente (inatismo) ou progressivamente pelo processo geral de maturação. Toda a atividade de
conhecimento é exclusiva do sujeito, o meio não participa dela.
Por isso, para os aprioristas a origem do conhecimento está no próprio sujeito, ou seja, sua
bagagem cultural está geneticamente armazenada dentro dele, a função do professor é apenas estimular
que estes conhecimento aflorem.
Dentro do apriorismo surge a teoria da forma ou da Gestalt: o conhecimento se produz porque
existe no ser humano uma capacidade interna inata que predispõe o sujeito ao conhecimento; há uma
super valorização da percepção como função básica para o conhecimento da realidade. A teoria da Gestalt
é conhecida como a da aprendizagem por "insight“.

Teorias psicológicas da aprendizagem


Teoria Sócio-interacionismo - Nesse estudo o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem,
nesse processo é que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores e a interação
tem um papel determinante, a troca através da comunicação que acontece entre a criança e o adulto.
Principal Representante - Lev S. Vygotsky (1896-1934), foi contemporâneo de Piaget.
Teoria do Construtivismo - A teoria do construtivismo aponta que a criança constrói a linguagem
através da interação com o mundo físico e esse processo acontece por meio de estágios. Essa teoria tem
uma postura epistemológica que mostra o conhecimento como uma interação do sujeito com o objeto.
Principal Representante Jean Piaget, mas Émile Durkheim (1858 - 1917), sociólogo, também era adepto
desta teoria.

Teoria Behaviorista - Uma teoria muito encontrada no âmbito escolar, quando a pratica do ensino
repetitivo é empregada, ela consiste em reproduzir com pouca reflexão, o educador não é visto como um
ser atuante. Para se sustentar este modelo pedagógico são apresentados exercícios prontos, acabados e
com um sentido único. Principal Representante Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). John Watson
(1878-1958).
Teoria Humanista - Esta teoria apresenta a aprendizagem centrada no aluno, sua prática vem da
psicoterapia, nela o ser humano é visto como essencialmente bom, e em cada individuo existe um núcleo
positivo que é o valor pessoal. O ser humano é visto como mais que um organismo biológico, ele um ser
que pensa, sente, escolhe, decide, tem capacidade de mudar, por esse motivo que a educação tem que ter
essas características e focar o processo nas necessidades do aluno. Principal Representante - Carl Rogers
(1902-1987). Suas idéias chegaram ao Brasil na década de 70, em confronto direto com o ideal
behaviorista.
Como Aprendemos: Retenção do Aprendizado
Via nossos sentidos/percepção

1% pelo paladar/gosto 10% quando lemos


1,5% pelo tato 20% quando escutamos
3,5% pelo olfato 30% quando vemos
11% pela audição 50% quando vemos + escutamos
83% pela visão 70% quando ouvimos + discutimos
90% quando ouvimos e logo aplicamos

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