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Thelma A. Bombona1ti
Faculdade de Saúde Pública-
Universidade de São ~aulo
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AÇÃO FARMACOLÓGICA
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é por si s6 curativa. O ato médico. por ação transcendente que faz com que o sa-
outro lado, envolvendo seus jargões e ber seja de forma menor ou maior trans-
posturas próprias, pode ser considerado formado em poder curativo. Da terapêu-
como um ritual: sem consagração ritual o tica faz parte, portanto, a própria consulta
remédio é inoperante, Assim, a atividade com seu conjunto de palavras, toques e
clinica do medicamento pode ser consi- símbolos escritos. Existe uma atitude de
derada conseqüência de uma ação pura- cura onde está implícita a vocação, a qual
mente farmacolôgica, ponderável, e uma permite o surgimento do afeto, aliás tam-
ação transcendente. imponderável (figu- bém terapêutíco, É, precisamente, esse
ra). Já se vê que é o uso maior ou menor momento mágico que envolve, de um la-
da ação transcendente que dará ao médico do a expectativa de vida e, de outro;
maior ou menor poder curativo, já que a a atitude de cura. que faz a Medicina e
ação farmacológica isolada é relativa- que confere ao médico o dom de curar.
mente limitada e bem estabelecida. É a
C.Permissão.