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Portuguesa
Professor
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 04
6º Ano | 4º Bimestre
Habilidades Associadas
1. Observar os aspectos formais relacionados ao verso, à estrofe e à exploração gráfica de
espaços em textos poéticos nacionais, portugueses e/ou de origem africana.
2
Caro Tutor,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 3º Bimestre do Currículo Mínimo de Língua Portuguesa
do 6º Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante
o período de um mês.
A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as
trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir
no percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento
da disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional
de nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI.
3
Sumário
Introdução ..........................................................................................................3
Objetivos Gerais ................................................................................................... 5
Materiais de Apoio Pedagógico........................................................................... 5
Orientação Didático-Pedagógica ......................................................................... 6
Aula 1: Alguma poesia... ....................................................................................... 7
Aula 2: Agora, um poema ............................................................................ 14
Aula 3: Rima, rimador! ................................................................................ 19
Aula 4: Verso e Reverso...................................................................................... 26
Aula 5: Diga-me com quem andas... .................................................................. 33
Aula 6: De Olho na Ortografia! ........................................................................... 39
Avaliação ............................................................................................................ 45
Pesquisa.............................................................................................................. 51
Referências ......................................................................................................... 56
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Objetivos Gerais
Aula
Teleaulas nº Orientações Pedagógicas do CM Reforço Escolar
Referência
http://www.conexaoprofessor.rj.g http://www.conexaoprof
Aula 1 --- ov.br/downloads/cm/cm_11_9_6A essor.rj.gov.br/download
_4.pdf s/cm/cm_76_9_6A_4.pdf
http://www.conexaoprofessor.rj.g http://www.conexaoprof
Aula 2 --- ov.br/downloads/cm/cm_11_9_6A essor.rj.gov.br/download
_4.pdf s/cm/cm_76_9_6A_4.pdf
Aula 3 http://www.conexaoprof
---
http://www.conexaoprofessor.rj.g essor.rj.gov.br/download
5
ov.br/downloads/cm/cm_11_9_6A s/cm/cm_76_9_6A_4.pdf
_4.pdf
http://www.conexaoprof
Aula 4 http://www.conexaoprofessor.rj.g
--- essor.rj.gov.br/download
ov.br/downloads/cm/cm_11_9_6A
s/cm/cm_76_9_6A_4.pdf
_4.pdf
http://www.conexaoprofessor.rj.g http://www.conexaoprof
Aula 5 --- ov.br/downloads/cm/cm_11_9_6A essor.rj.gov.br/download
_4.pdf s/cm/cm_76_9_6A_4.pdf
http://www.conexaoprofessor.rj.g http://www.conexaoprof
Aula 6 --- ov.br/downloads/cm/cm_11_9_6A essor.rj.gov.br/download
_4.pdf s/cm/cm_76_9_6A_4.pdf
Orientação Didático-Pedagógica
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Aula 1: Alguma poesia...
Durante todos os bimestres anteriores, vimos gêneros textuais que são escritos
em prosa, ou seja, fazendo uso de toda a extensão de linha disponível ao escritor. No
entanto, essa não é a única forma de produção do registro escrito. Neste bimestre,
vamos aprender sobre o poema, gênero textual que, dentre outras características,
geralmente apresenta rimas e não ocupa todo o espaço disponível da linha.
Quando lidamos com os poemas, uma das primeiras questões que precisamos
saber responder é: “Qual a diferença entre poema e prosa?”. Por isso, antes de
trabalharmos efetivamente com os poemas, precisamos saber diferenciá-los da prosa
e, sobretudo, da poesia. Embora sejam usados muitas vezes como sinônimos, poema e
poesia são distintos em sua essência. Veja:
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sua música. Efetiva-se por meio de versos, que se caracterizam pelas linhas de
um poema. Uma vez reunidos, compõem o que chamamos de estrofes. Tem
elementos sonoros importantes, herança da música que o acompanhava:
métrica, ritmo e rima.
Texto I
Cãibra
Um cacho de gente pendura-se ao meu lado, do estribo do bonde descendo a
Presidente Vargas em demanda da Central. Na ponta do cacho, como uma banana não
prevista, um mulatinho segura-se ao bonde por apenas dois dedos de cada mão. Numa
hora lá, ouço-o dizer:
- Puxa, que cãibra!
Olho a penca humana do meu lugar à ponta do banco. Tenho à minha esquerda
um velho que cochila, com toda a pinta de funcionário da Central, os punhos puídos e
a gravata desfiando no nó. À minha frente há uma mulata gorda, de pé, ou melhor, no
seu impressionante posterior, Vejo, nas caras à minha volta, sinais de imemorial fadiga
e paciência, Dir-se-ia que estamos na Índia. A cor de todo mundo é a da desnutrição e
da desesperança. Há poucos rostos escanhoados. Muitos olhos trazem sinais de
conjuntivite crônica e paira um ar geral de avitaminose dentro do elétrico a
transportar lentamente a sua carga humana para a cidade. O sol bate a pino no cacho
pendente, como a querer amadurá-lo à força, e rapidamente. Lá de fora chega-me
novamente a voz, meio aflita:
- Tou com uma cãibra!
Mas ninguém dá atenção. O bonde prossegue um pouco mais, eu de olho no
mulatinho de cara contraída, os braços elásticos a abraçar de fora a penca de homens
de cerrada catadura. "Ele vai cair…" penso comigo. Mas logo depois acho que não, que
ele aguenta mais um pouquinho, porque já por estas alturas estamos atingindo a
antiga Praça Onze, onde há um ponto de parada. Mas a voz chega novamente,
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aflitíssima, enquanto eu vejo os dedos do mulatinho com as pontas brancas de
esforço, agarrados como garras ao balaústre:
- Não aguento mais essa cãibra!
A queda veio em seguida, mas o "roxinho" era muito safo. Apesar de cair de
costas, ele aproveitou o movimento, girou numa espetacular pantana e pôs-se de pé.
Foi evidentemente sorte sua o bonde estar a fraca velocidade.
Vi-o ainda sacudindo o braço da cãibra que o tomara, sem qualquer sinal
aparente de ferimento ou choque. O seu substituto no cacho ficou olhando, o corpo
estirado para fora do bonde, e comentou meio para si mesmo:
- O homem devia tar com uma cãibra...
MORAES, Vinicius de. Disponível em:
http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/article.php3?id_article=692. Acesso em: 21 set. 2013.
Texto II
Simpatia em Poema: Pra curar a Cãibra (II)
Cãibra é uma dor muito forte
Na barriga da perna ou pé,
Se desse mal padecer,
Precisa logo saber
Que há boa simpatia.
É só com cuidado ler
Essas notas, que um dia
Vieram pro meu saber.
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Com um pano de algodão
E tantos outros milagres
Que deles perdi a conta
Mas aqui deixo assinado
Se quiser, bem relatado,
Tudo é questão de fé.
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Atividade Comentada 1
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4) No Texto II, qual é a simpatia ensinada para curar a cãibra?
Resposta Comentada: É importante que o aluno consiga identificar
informações explícitas em um texto e reconheça a simpatia. O poema ensina
que se deve molhar um dedo com saliva e passá-lo no lugar onde se sente a
dor, fazendo nele o Sinal da Cruz. Ensina, ainda, que o alívio virá assim que
secar a saliva.
5) O que revela o trecho “O homem devia tar com uma cãibra...”, que aparece ao
final do Texto I?
Resposta Comentada: É importante que o aluno consiga inferir informações
implícitas em um texto e reconheça que o trecho revela que, apesar de ele já
ter declarado por três vezes que sentia cãibra, as pessoas que estavam por
perto pareciam não conseguir ouvi-lo. O aluno pode argumentar, ainda, que
as pessoas o ouviam, mas não podiam fazer nada que fizesse com que a dor
diminuísse, já que o bonde estava lotado e já havia várias outras pessoas
penduradas na porta.
6) No Texto II, o poeta diz que “Não há dor que não se sare/ por remédio ou
simpatia”.
b) De todos esses “milagres”, qual é o único que pode ser comparado a uma
simpatia ou compreendido como tal?
Resposta Comentada: O aluno deve perceber que o único “milagre” que
pode ser compreendido com uma simpatia é o que trata de uma criança
birrenta dormir depois de ter sua cabeça coberta com um pano de
algodão.
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c) E os demais “milagres”?
Resposta Comentada: É importante que o aluno compreenda que os
demais “milagres” devem ser atribuídos ao avanço científico, que permite
à Medicina conquistar progressos cada vez mais notáveis nas variadas
áreas da saúde humana. O aluno pode argumentar, ainda, que os demais
“milagres” são verdadeiros Milagres, visto que não há simpatia que possa
fazer com que um cego venha a enxergar, um aleijado venha a levantar-se
e uma mulher idosa vir a engravidar.
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Aula 2: Agora, um poema
Como vimos na última aula, o poema é uma composição que constitui a arte de
retratar a poesia no papel. Sua forma se caracteriza por versos que, uma vez reunidos,
compõem o que chamamos de estrofes. Apresenta elementos sonoros importantes,
como o ritmo e a rima. Vamos compreender um pouco esses elementos?
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O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
Veja que, ao final de cada verso, há palavras que apresentam sons combinando
com as palavras que encerram os versos seguintes. Veja, ainda, que os versos se
agrupam, no caso deste poema, em conjuntos de três ou quatro versos.
Agora, observe este outro poema:
A bailarina
Cecília Meireles
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
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Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Atividade Comentada 2
1) Toda criança sonha com o que vai ser quando for um pouco maior, quando for
“grande”. O que a menina do poema quer ser?
Resposta Comentada: É importante que o aluno perceba que a menina
retratada no poema tem o desejo de ser bailarina.
2) Observe o trecho “Põe no cabelo uma estrela e um véu / e diz que caiu do céu”.
Com o que a menina se compara ao dizer que caiu do céu?
Resposta Comentada: Nesta questão, há duas respostas possíveis. O aluno
pode relatar que a menina compara-se a um anjo, por possuir conhecimento
de que os anjos moram no Céu. Pode, ainda, responder que a menina se
compara a uma Fada, em virtude de ter colocado nos cabelos uma Estrela.
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3) Na segunda, na terceira e na quarta estrofes, o poema declara que há coisas
que a menina não conhece e outras que já lhe são familiares.
a) O que a menina não conhece?
( ) As outras crianças. A única menção que o poema faz a “outras crianças” é
quando retrata que a menina que sonha em ser bailarina quer dormir, ao fim do
dia, como as outras crianças, que não têm esse desejo.
( ) Uma bailarina. O texto não comenta se a menina conhece alguma outra
bailarina, mas, como ela sabe fazer os passos de ballet, acredita-se que faça aulas
com uma bailarina profissional.
( X ) As notas musicais. Quando menciona que a menina conhece os passos de
ballet, o poema relata que a menina “Não conhece nem dó nem ré”, “Não
conhece nem mi nem fá”, “Não conhece nem lá nem si”.
( ) As danças. O poema não menciona se a menina conhece ou desconhece outras
danças que não o ballet. Quando fala em esquecer “todas as danças”, refere-se
aos passos de ballet aprendidos.
4) Retire do texto:
a) Um exemplo de verso.
Resposta Comentada: Relembrando as explicações dadas durante a aula, o aluno
pode retirar do poema qualquer linha isolada, que caracteriza um verso. É
importante que ele compreenda a distinção entre verso e estrofe, para que não
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confunda os dois conceitos. Um exemplo é o verso “Roda, roda, roda, com os
bracinhos no ar”.
b) Um exemplo de estrofe.
Resposta Comentada: Da mesma forma, é importante que, relembrando as
explicações dadas durante a aula, o aluno consiga identificar no poema os
conjuntos de versos que aparecem. Um exemplo é a estrofe “Põe no cabelo uma
estrela e um véu / e diz que caiu do céu”. Se for necessário, explique ao aluno que
as barras inclinadas são utilizadas para mostrar que ali há mudança de verso.
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Aula 3: Rima, rimador!
Pedro Pedreiro
Chico Buarque
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Disponível em: http://letras.mus.br/chico-buarque/45160/. Acesso em: 05 out. 2013.
a) Alternada (ABAB): O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo rima com
o quarto.
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Soneto do Amor Maior
Vinicius de Moraes
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
A Lágrima
Guerra Junqueiro
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d) Misturada: Não possui esquema fixo.
As Palavras Interditas
Eugénio de Andrade
Os navios existem e existe o teu rosto Na areia branca, onde o tempo começa,
encostado ao rosto dos navios. uma criança passa de costas para o mar.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades, Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
partem no vento, regressam nos rios. É preciso partir, é preciso ficar.
Canção Amiga
Carlos Drummond de Andrade
Ou isto ou aquilo
Cecília Meireles
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
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Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Atividade Comentada 3
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2) No poema, podemos encontrar várias rimas entre os versos de cada estrofe.
Identifique as palavras que rimam entre si e indique em qual verso e em qual estrofe
elas se encontram.
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4) Muitas vezes, nos encontramos em situações nas quais temos de fazer escolhas
e elas nem sempre são fáceis. Então, pensamos: “Por que não posso ter as duas
coisas?” Leia as opções apresentadas abaixo e crie versinhos com rimas que expressem
o desejo de fazer as duas coisas, mas só poder fazer uma delas. Se possível, tente fazer
rimas com as frases que for formando.
Veja o exemplo:
Recebi convite para o Cinema,
Mas já tinha uma festa marcada.
Não sei se vejo o filme com amigos
Ou se vou à festa com a namorada
Algumas possibilidades de respostas:
a) Recebi convite para o Cinema,
Mas o ingresso para o Teatro já estava comprado.
Não sei se vejo o filme com amigos
Ou se vou ao teatro com a namorado.
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d) Queria ir à Festa de Formatura
Queria fazer uma viagem
Não sei em qual das duas escolhas
Sairia em mais vantagem.
Resposta Comentada: Neste exercício, a ideia é fazer com que os alunos se
acostumem com o trabalho de produzir versos e rimas, para que posteriormente
possam produzir todo um poema.
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Aula 4: Verso e Reverso
Sinônimos: São palavras que têm sentido igual ou semelhante. Mantêm relação
de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia. Mas: Por
que “praticamente” a mesma ideia? Porque são muito raros os sinônimos
perfeitos, que tenham sentido exatamente idênticos em qualquer ocasião.
Veja:
Embora ambas as palavras (cansada e
Marina está cansada. exausta) estejam relacionadas a um
vs. desgaste físico, estar exausto dá uma
Marina está exausta. ideia de um cansaço maior do que o
estar cansado.
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Antônimos: São palavras que têm sentido contrário, de forma que um se opõe
ao outro ou lhe nega o significado. Podem ser palavras de origem diferente,
como feio e bonito, ou podem se originar da utilização de prefixos negativos ou
opostos, como fazer e desfazer.
Certas Coisas
Lulu Santos
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
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Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
Atividade Comentada 4
1) No poema acima, que é uma música de Lulu Santos, percebemos que há uma
série de antônimos que, colocados lado a lado, reforçam a ideia de que o poeta
não sabe dizer “certas coisas”. Identifique alguns desses antônimos.
Veja o exemplo:
Som – Silêncio
Luz – Escuridão
Dia Noite
Não Sim
Canta o Amor Não diz
Não diz Quer dizer
O que cala Fala mais alto
Medo Desejo
Silenciosamente Eu te falo
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Resposta Comentada: Este exercício pretende fixar as noções de sinônimos e
antônimos apresentadas aos alunos, com a intenção de verificar se
conseguiram compreender os conceitos que lhe foram passados e se são
capazes de identificar tais aspectos em um texto de extensão maior do que
uma frase.
Palavra Sinônimo
Som Barulho
Luz Claridade
Escuridão Trevas
Amor Paixão / Romance
Sinfonia Concerto
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Não presta muita atenção. Que as coisas que a gente fala
Então as palavras entram Vão voando, vão voando,
E saem pelo outro lado E ficam por todo lado.
Sem fazer complicação. E até mesmo modificam
O que era nosso recado.
[...] [...]
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c) Na última estrofe, identifique os pares de antônimos que você puder
encontrar:
Resposta Comentada: Assim como nos exercícios anteriores desta questão, o
aluno precisa saber identificar o que é uma estrofe para então poder praticar
o conceito de antonímia solicitado. Os pares de antônimos a serem
encontrados são: “Bonitas – Feias”, “Mentiras – Verdades”, “Calar – Falar”.
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5) Agora, ligue as palavras da primeira coluna às da segunda coluna, encontrando
os pares de antônimos:
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Aula 5: Diga-me com quem andas...
E te direi quem és. Muitos de nós já ouvimos essa frase com relação às nossas
companhias, no sentido de que acabamos por reproduzir muito do que essas
companhias são para nós. Quem é que nunca pegou algumas “manias” de seu melhor
amigo? Assim também é com as palavras, que assumem significados diferentes a
depender do contexto em que se encontram. Contexto é o texto que precede ou
segue determinada palavra, frase ou texto, contribuindo para o seu significado.
Em Língua Portuguesa, podemos ilustrar esse conceito de que as palavras
dependem muitas vezes do contexto em que se encaixam para assumirem significados
com dois grupos que conheceremos agora: os homônimos e os parônimos. Trata-se de
palavras que são muito semelhantes, na grafia ou na pronúncia e, por esse motivo, só
podem ser compreendidas em seu real significado quando inseridas em um ambiente.
Vamos compreender o que eles representam em nossa língua?
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Hoje assisti a um concerto da Orquestra Sinfônica.
Meu computador está no conserto.
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Atividade Comentada 5
2) O poema fala de uma menina que muda de modos e assume duas formas
diferentes de ser.
a) Consulte um dicionário e descubra qual é o significado da palavra “modos”
no contexto em que se encontra.
Resposta Comentada: O aluno deve perceber que a palavra “modos”
indica maneira de ser ou de se portar, conduta ou comportamento. É
importante, neste caso, que a consulta ao dicionário revele os variados
sentidos que essa mesma palavra pode assumir, a depender do contexto,
e que o aluno consiga identificar o que mais perfeitamente se adequa ao
uso que é feito no poema analisado.
c) Quando passa a ser amada, qual é a característica física que o poema diz
que desaparece?
Resposta Comentada: Da mesma forma que na questão anterior,
pretende-se avaliar se o aluno é capaz de identificar informações
explícitas no texto. Ele deve reconhecer que a menina, quando passa a ser
amada, deixa de ser trombuda.
3) O poema fala de uma menina trombuda. Sabendo que tromba é o focinho mais
extenso de alguns animais, como o elefante, qual o significado que o adjetivo
“trombuda” assume no contexto do poema?
(a) Nariguda. (c) Gorda.
(b) Emburrada, Bicuda. (d) Orelhuda.
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Agora, observe o texto abaixo, que é o trecho da música “Tira as mãos de mim”, de
Chico Buarque.
Tira as mãos de mim
Chico Buarque
Éramos nós
Estreitos nós
Enquanto tu
És laço frouxo
Tira as mãos de mim
Põe as mãos em mim
E vê se a febre dele
Guardada em mim
Te contagia um pouco
Disponível em: http://letras.mus.br/chico-buarque/86065/. Acesso em: 14 out. 2013.
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que o substantivo nós se refere ao entrelaçamento de fios amarrados de
maneira bastante apertada, quase impossível de ser desatado.
5) No trecho “És laço frouxo”, por que podemos dizer que o adjetivo “frouxo” era
desnecessário no contexto?
Resposta Comentada: É importante que o aluno ative os seus conhecimentos
de mundo e se recorde de que o laço já é algo que denota frouxidão, uma vez
que pode ser facilmente desatado, enquanto os nós, também mencionados
no poema, são mais firmes e quase impossíveis de serem desfeitos.
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Aula 6: De Olho na Ortografia!
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de chumaço, enchumaçado; serão escritas com j:
de chocalho, enchocalhar; jiboia, pajé, Moji...
de chiqueiro, enchiqueirado.
ESCRITAS COM CH Pessoas, tempos e modos
Com ch, mais palavras de verbos com fim em jar
poderemos encontrar: devemos grafar com j:
advinda de desfecho, “Viaje” – de viajar;
a grafia é desfechar; de sujar – “Que eles não sujem”;
pichar deriva de piche; “Beije a mamãe” – de beijar.
de aconchego, aconchegar...
PALAVRAS ESCRITAS COM G
COM X Palavras com g anote,
Também quando a sílaba me faça o seu apontamento:
é a sílaba inicial coragem, ágio, agiota,
da palavra, põe-se x estrangeiro, rabugento,
(ch fica ilegal): colégio, relógio, monge,
“Mexedor mexeriqueiro megera, vagem, sargento...
mexicano"... (Está legal?)
NA MESMA PISTA: G-G; J-J; Z-Z
EXCEÇÃO A palavra derivada
Mas como em nossa gramática seguirá na mesma pista
pra exceção sempre há brecha, da palavra primitiva:
é preciso adiantar-se de loja virá lojista;
veloz tal qual uma flecha de cozinha, cozinheira;
pra dizer que a exceção de massagem, massagista.
a essa regrinha é mecha.
COM E
COM J Continue ou continui,
Com exceção de Sergipe como se deve grafar?
(que com g deve vir), formas de verbos findados
as palavras oriundas em uar e em oar
do idioma tupi serão escritas com e:
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continue – continuar.
S EM ESE E OSE
COM I Usa-se s nas palavras
De instruir vem instrui, findadas com ese e ose:
possui vem de possuir – diurese, catequese,
veja que a forma verbal exegese, simbiose,
será escrita com i sudorese, anamnese,
se o verbo no infinitivo mitose, osmose, teose...
tiver final em uir.
PEL – PULS
EMPREGO DO I A correlação pel – puls
Sobre o emprego do i de uso do s é motivo:
há mais para se dizer: de impelir, se tem impulso;
empregamos i nas formas de repelir, repulsivo;
de verbos de fim oer, de expelir, tem-se expulsão,
também com fim em air – expulsório, expulsivo...
sai (sair) e rói (roer).
ND – NS
COM E E COM I O s também se emprega
Para escrever ante ou anti quando há correlação
você tem dificuldade? – nd e ns:
anteontem, antebraço... pretender dá pretensão;
ante: anterioridade; suspender dá suspensivo,
anticristo, antialérgico... suspensório, suspensão...
anti é contra, na verdade.
DANTAS, Janduhi. Lições de Gramática em Versos de Cordel. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
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Atividade Comentada 6
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4) Complete as lacunas abaixo com l, r ou s e descubra palavras conhecidas:
5) Complete com u ou l:
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b) Qual é a exceção apresentada:
o No emprego de x:
Resposta Comentada: O aluno deve reconhecer informações explícitas no texto e
observar que duas são as exceções apresentadas para o emprego do x. A
primeira delas diz respeito ao fato de a palavra mecha ser a única que se inicia
com a sílaba me- que não se grafa com x. A segunda diz respeito ao fato de a
palavra encher ser a única em que, após a sílaba en- inicial, não se empega a
letra x.
o No emprego de j:
Resposta Comentada: O aluno deve reconhecer informações explícitas no texto e
observar que a exceção apresentada para o emprego do j diz respeito ao fato de
a palavra Sergipe ser a única de origem tupi a não ser escrita com j.
7) Para identificar se a palavra será escrita com g ou com j, o poeta dá uma dica. Que
dica é essa?
Resposta Comentada: O aluno deve reconhecer, no texto, o trecho que expõe a
dica para saber se a palavra deve ser escrita com g ou com j e identificar que o
poeta declara que “A palavra derivada seguirá na mesma pista da palavra
primitiva”, de modo que as letras também se repetirão.
44
Avaliação
Caro aluno, agora, você fará uma verificação de tudo que aprendemos neste
caderno. Vamos lá? Você é capaz!
45
Acho que a chuva Eu acabo de perder a cabe___a
Ajuda a gente a se ver Não saia do meu lado
Venha, veja, deixa Segure o meu pierrot molhado
Beija, seja E vamos embolar
O que Deus quiser... (2x) Ladeira abai___o
A___o que a ___uva
A gente se embala Ajuda a gente a se ver
Se embora se embola Venha, veja, dei___a
Só para na porta da igreja Beija, seja
A gente se olha O que Deus qui___er... (2x)
Se beija se molha
De chuva, suor e cerveja... (2x) A gente se embala
Não se perca de mim Se embora, se embola
Não se esque___a de mim Só para na porta da igre___a
Não desapare___a A gente se olha
A ___uva tá caindo Se bei___a se molha
E quando a ___uva come___a De ___uva, suor e ___erve___a... (6x)
46
1) As lacunas nas palavras esque___a, desapare___a, come___a e cabe___a
devem ser preenchidas por qual das letras abaixo?
a) Ç
b) SS
c) S
d) X
a) CH – CH – X – X
b) X – CH – X – X
c) CH – X – CH – X
d) X – CH – CH – CH
Resposta Comentada: O aluno deve perceber que cada uma das palavras as palavras
abaixo e deixa são escritas com x porque antes possuem um ditongo decrescente. Já
as palavras chuva e acho são escritas com ch porque são derivadas, respectivamente,
do latim pluvia e afflare, cujos grupos consonantais pl- e fl- se transformaram no
dígrafo ch da Língua Portuguesa.
47
3) Qual das opções abaixo apresenta duas palavras que podem ser consideradas
sinônimas?
4) Qual das opções abaixo apresenta duas palavras que podem ser consideradas
antônimas?
48
5) Identifique qual das opções abaixo apresenta rima:
6) No trecho “Acho que a chuva / Ajuda a gente a se ver / Venha, veja, deixa /
Beija, seja / O que Deus quiser”, a sucessão de sons semelhantes parece imitar
qual som da natureza?
a) Chuva
b) Trovoadas
c) Buzina de automóveis
d) Bateria de uma Banda de Rock
Resposta Comentada: A sucessão dos sons de /s/, /ch/, /x/ e /j/, /g/ faz com que o
poema se assemelhe ao som emitido pela chuva.
49
7) No trecho “Eu acabo de perder a cabeça”, qual é o significado da expressão
sublinhada?
50
Pesquisa
51
Ora vai, na porta aberta Lutam os bichos de pelo
De repente, vacilante Pela terra prometida.
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante. "Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
E logo após, no buraco "Também sou filho de Deus!"
De uma janela, aparece Um protesta; e o tigre - "Não!"
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece. Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Enquanto, entre as altas vigas Uns com raiva, outros com susto
Das janelinhas do sótão Vão saindo os animais.
Duas girafas amigas
De fora as cabeças botam. Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
Grita uma arara, e se escuta E os fracos, humildemente
De dentro um miado e um zurro Vêm atrás, como na vida.
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro. Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
A Arca desconjuntada Que passam, passam até
Parece que vai ruir Onde a vista não avista.
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair. Na serra o arco-íris se esvai...
E... desde que houve essa história
Vai! Não vai! Quem vai primeiro? Quando o véu da noite cai
As aves, por mais espertas Na terra, e os astros em glória
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas. Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
Enquanto, em grande atropelo A fala mansa dos bichos
Junto à porta de saída Na terra repovoada.
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Disponível em: http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/arca-de-noe. Acesso
em: 20 out. 2013.
a) Neste poema, o autor relata um episódio bíblico bastante conhecido por todos
nós. Qual é esse episódio? Discuta com o seu grupo, pesquise em livros na
Biblioteca de sua Escola e pergunte a seus pais.
Comentário: Os alunos, recorrendo às mais variadas formas de pesquisa
possíveis, devem reconhecer que o poema A Arca de Noé remete ao Episódio
Bíblico em que Noé resgata do dilúvio um casal de cada espécie de animais.
b) Qual dos dois animais determina algo para todos os outros? E qual é a ordem
dada por ele aos outros animais?
Resposta Comentada: O aluno deve reconhecer informações explícitas no
texto e observar que o Leão determina que os bosques são todos seus.
c) O outro animal identificado apenas diz uma palavra: “Não!”. Em sua opinião,
ele parece discordar da ordem do Leão de que os bosques todos lhe pertencem
ou discordar da afirmação do outro animal?
Resposta Comentada: O aluno deve saber interpretar as informações
explícitas e reconhecer informações implícitas, percebendo que a fala do tigre
é em resposta ao protesto do animal que não foi identificando e afirma que
também é filho de Deus, de modo que o tigre concorda que os bosques
pertençam todos ao leão.
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b) No trecho “Grita uma arara, e se escuta / De dentro um miado e um zurro”,
quais são os animais referidos pelos barulhos miado e zurro? Discuta com seu
grupo ou pesquise em dicionários e enciclopédias para descobrir qual é o
animal que mia e qual é o animal que zurra.
Resposta Comentada: O aluno deve reconhecer informações explícitas no
texto e avaliá-las conforme a pesquisa que empreender, reconhecendo que o
miado é um som emitido pelo gato, enquanto o zurro é um som característico
do burro, animais que são mencionados posteriormente na mesma estrofe.
IV – Retire do texto um trecho que relaciona os animais da Arca de Noé aos seres
humanos na vida.
Resposta Comentada: “Os maiores vêm à frente / Trazendo a cabeça erguida / E os
fracos, humildemente / Vêm atrás, como na vida”.
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Referências
[5] SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44 Lições com mais de 1700 Exercícios.
São Paulo: Ática, 1984.
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Equipe de Elaboração
COORDENADORES DO PROJETO
PROFESSORES ELABORADORES
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