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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0001443-34.2017.8.26.0537 e código 3AF5C9E.
SENTENÇA
Vistos.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDSON NAKAMATU, liberado nos autos em 06/04/2018 às 18:39 .
EVERTON GAMBARRO PLOIA, OLBIS RUEDA GARCIA, LEONARDO
DE FARIA e ROMER GUTIERREZ QUEZADA foram denunciados pelo MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO como incursos no artigo 33, “caput”, e artigo 35,
ambos da Lei nº 11.343/2006, em concurso material de crimes (artigo 69 do Código Penal), porque
desde data incerta até o dia 07 de julho de 2017, nas cidades e comarcas de São Bernardo do
Campo e São Paulo, teriam se associado para o fim de praticarem reiteradamente o crime previsto
no artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/06.
Consta, por fim, que ainda no dia 07 de julho de 2017, logo após a apreensão da
droga acima descrita, na Rua Cachoeira, bairro Belenzinho, número não informado, na cidade e
comarca de São Paulo, EVERTON GAMBARRO PLOIA (vulgo “gordinho”), teria em depósito,
para fins de comercialização e entrega a terceiros, substância entorpecente que causa dependência
física e psíquica, consistente em aproximadamente 50kg de cocaína, compactados na forma de
tijolos, sem autorização legal e regulamentar.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 1
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de drogas na região do ABC Paulista, envolvendo o depósito, o transporte e a distribuição de
elevada quantidade de cocaína. Após três meses de investigação, apurou-se que LEONARDO,
OLBIS e ROMER eram responsáveis por recolher os entorpecentes os quais eram mantidos em
uma edificação na cidade de São Paulo, sob a responsabilidade de EVERTON e transportá-los
até São Bernardo do Campo, dentro de um cofre existente no interior do veículo I/Hafei Mini Pick-
Up, placas EUD-5510, entregando-os a terceiros no estacionamento do Hipermercado Extra
Anchieta e nas proximidades da Churrascaria Varandão.
No dia dos fatos, durante campana realizada na Rua São José, próximo à referida
churrascaria, policiais civis avistaram o automóvel I/Hafei Mini Pick-Up estacionado naquela via
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pública, bem como seus ocupantes, cujas características físicas coincidiam com aquelas descritas
por notícia anônima. Assim, feita a abordagem, os agentes públicos identificaram o condutor do
veículo como LEONARDO, o qual ensinava os bolivianos OLBIS e ROMER a abrir o cofre no
momento em que foram surpreendidos.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 2
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aplicação da pena no mínimo legal, com a redução prevista no artigo 33, §4°, da Lei n° 11.343/06
e fixação de regime de cumprimento de pena mais brando (fls. 657/679). A Defesa de
LEONARDO pugnou pelo reconhecimento da circunstância atenuante da confissão no tocante ao
crime do artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/06, com a fixação da pena no patamar mínimo e a
redução prevista no artigo 33, §4°, da Lei n° 11.343/06. No mais, pediu a absolvição do acusado
quanto ao crime tipificado no artigo 35 da referida lei (fls. 683/708). Por fim, a Defesa de
EVERTON requereu a absolvição do acusado por falta de provas (fls. 709/724).
É o relatório.
Fundamento e decido.
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A pretensão punitiva é procedente.
A materialidade dos delitos está comprovada pelo auto de prisão em flagrante (fls.
06/16), boletim de ocorrência (fls. 18/21), auto de exibição e apreensão (fls. 22/23), laudo de
constatação provisória (fls. 24/26), laudo pericial do veículo (fls. 447/448) e laudo de exame
químico-toxicológico (fls. 603/605), que concluiu pelo resultado positivo quanto à natureza das
substâncias entorpecentes dos materiais apreendidos quando dos fatos, apontando-os como
“cocaína”.
Dessa forma, é possível afirmar que crime houve e foi de tráfico ilícito de
entorpecentes, tipificado no art. 33 da Lei nº 11.343/06.
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No que toca à autoria, a mesma é inequívoca.
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endereço. Autorizou a entrada dos agentes públicos, os quais nada encontraram no primeiro e
segundo cômodos, este último objeto da sublocação. Todavia, após revistarem os fundos do
imóvel, os policiais retornaram dizendo que estava preso, pois a droga havia sido encontrada.
Disse que não sabia da existência do entorpecente no local, não sabendo informar quem utilizava a
parte dos fundos do imóvel, cuja porta sempre estava fechada. No mais, alegou ter visto a
caminhonete saindo do imóvel quando da sua primeira ida ao local naquele dia, por volta das 12
horas. Ao final, afirmou que não conhecia os corréus.
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há 20 metros de distância aproximadamente. Na delegacia, os policias comunicaram a respeito da
droga apreendida, dizendo que seria melhor colaborar. Em razão disso, afirmou que não sabia da
existência da droga e passou informações a respeito do local onde pegou o caminhão, descrevendo
ainda a pessoa de Maurício. Explicou que já havia prestados serviços de funilaria para Maurício.
Inclusive, quando Maurício foi retirar o carro da oficina, ele presenciou a cobrança do agiota e
chegou a conversar sobre como andavam os negócios. Depois de duas semanas Maurício apareceu
com a mencionada proposta. Esclareceu que sua dívida com o agiota era de R$ 2.000,00. No mais,
afirmou que não conhecia os corréus.
O acusado OLBIS negou a prática do delito. Disse que na data dos fatos havia ido
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almoçar com Romer na Churrascaria Varandão. Após, saíram para esperar o táxi, momento em
que foram abordados pela polícia. Alegou que os policiais não perguntaram sequer o nome e já
foram algemados e colocados na viatura. Não viu outro rapaz ser preso, nem caminhão branco.
Assegurou que estavam caminhando no momento da prisão. Veio ao Brasil para participar de
encontro mundial entre Brasil, Bolívia e Argentina.
Por fim, o acusado ROMER também negou a prática delitiva. Narrou que na data
dos fatos saiu do hotel com Olbis e foi almoçar no restaurante Varandão, onde já havia ido
duas/três vezes. Saindo do restaurante, quando caminhavam e procuravam um taxi, policiais
chegaram, apontaram a arma e já o algemaram, sendo levado para delegacia. Afirmou que estava
caminhando na rua no momento da prisão e que não estava perto do caminhão branco. Por fim,
esclareceu ter vindo ao Brasil para participar de um encontro mundial entre Brasil, Bolívia e
Argentina.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 5
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Chegou a essa conclusão com base na movimentação, isto é, eles ligaram o veículo, o ar
condicionado e em seguida apertaram o botão que destravava o compartimento na parte de trás do
caminhão. Informalmente, Leonardo colaborou com a polícia e passou as informações do local em
que havia pegado o caminhão, esclarecendo que a pessoa só tinha pedido para ele fazer um frete.
No local indicado, encontraram o acusado Everton, que franqueou a sua entrada e de seu colega.
Disse que em uma das salas tinha coisas de colchão, travesseiros, mas no fundo do salão havia
mais 50 kg de cocaína. Na ocasião, conversaram com a locadora, a qual afirmou que Everton
trabalhava com roupas de cama, mesa e banho. Afirmou ainda que naquela ocasião não havia mais
ninguém no imóvel. Everton disse que não sabia da droga e que o ramo de atividade dele era
outro. Por outro lado, não soube responder quem movimentava o fundo do galpão. Por fim,
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afirmou que na carteira do corréu Romer foi encontrado um cartão de outro boliviano preso em
flagrante anterior.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 6
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mesa e banho e muita comida, que era do restaurante. No fundo, tinha uma porta de aço, o veículo
Uno e, na esquerda, droga embaixo de saco plástico. Na hora que estavam saindo, a locatária
apareceu para saber o que estava acontecendo. Na ocasião, ela disse ter alugado para um cliente,
posteriormente identificado como sendo Everton. Na busca pessoal, Romer tinha um cartão de
visita de Edgar, preso anteriormente. Pelo que entendeu, Leonardo estava levando os
entorpecentes para os bolivianos.
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Eventuais contradições são meramente circunstanciais, e não afasta a condição que
os agentes foram surpreendidos no local dos fatos, onde houve o encontro de significativa
quantidade de substância entorpecente, que se constatou ser cocaína.
Por oportuno, ressalte-se que as palavras de policiais não se tornam duvidosas pela
simples condição de agente público. Não se admitem insurgências generalizadas contra
depoimentos de policiais; presume-se a imparcialidade na execução de seus trabalhos, até porque
não há qualquer indício de desavenças por parte dos agentes em relação aos réus, que os
motivassem a construir todo um plano tão somente para incriminar pessoas inocentes.
Não obstante, não há previsão legal de que, para a legitimação da ação policial,
exija-se a presença de testemunhas fora de seus quadros.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 7
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ocorre com as demais testemunhas que as suas declarações não encontram suporte e nem se
harmonizam com outros elementos probatórios idôneos.” (HC n° 74.608-0, SP, rel. Min. Celso de
Mello, j. 18.2.97, apud JTJ 263/518).
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E ainda:
"O depoimento do policial é tão válido como outro qualquer, desde que insuspeito
e capaz de infundir, pelo seu conteúdo, indeclinável credibilidade. Por outro lado, nos termos do
art. 202 do CPP, se toda pessoa pode ser testemunha, sem qualquer dúvida que os agentes podem
testemunhar sobre o que viram e sentiram no cumprimento da missão. Se por acaso outras
pessoas havia no local da diligência, cumpre à defesa arrolá-las como testemunhas" (RT
574/401).
"Os policiais não estão impedido de depor sobre atos de ofício nos processos em
cuja fase inquisitorial tenham participado. A eventual inidoneidade tem que ser específica e não
genérica, não podendo abranger toda uma categoria de pessoas, pois o simples fato de ser a
testemunha um policial não basta, por si só, para afastar a credibilidade de seu depoimento" (RT
594/332. Em idêntico sentido: RTs 394/282, 526/445, 554/420, 558/313, 568/315, 581/311;
RJTJ 93/400 e 95/468, dentre tantos.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 8
fls. 735
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As versões apresentadas pelos acusados não contam com qualquer respaldo na
prova produzida sob o crivo do contraditório. Vejamos.
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tomar conhecimento da prisão deste. Chama a atenção a quantidade exagerada de drogas
encontrada (cerca de 50 kg).
Também não deve ser acolhida a tese defensiva de LEONARDO de que não tinha
conhecimento que estava transportando entorpecentes. Ainda que seja verdadeira a afirmação de
que passava por dificuldades financeiras e que estava sendo pressionado por agiota, não é crível
que em nenhum momento teve um mínimo de curiosidade em saber o que iria transportar,
considerando a quantia expressiva que receberia pela execução de serviço sem a mínima
complexidade (R$ 3.000,00).
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 9
fls. 736
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Não é outro o entendimento jurisprudencial, já cristalizado:
“O paciente foi condenado, não por haver vendido entorpecentes, mas sim
porque, antes disso, portava a droga, para o tráfico, o que justificou a diligência realizada pelos
policiais. E essa conduta também configura o delito do art. 12 da Lei 6.368/76.” (STF, HC
77.484-2, Rel. Min. Sidney Sanches, j. 18.08.1998, DJU 26.03.1999, p. 3)
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consigo, guardar, ou, ainda, de adquirir não exigem o fim de traficar enfocado (precedente do
Pretório Excelso e do Superior Tribunal de Justiça).” (STJ, Resp. 172.969, Rel. Min. Félix
Fischer, j. 11.05.1999, DJU 28.06.1999, p. 136)
“Tem sido dito e repetido que, para a caracterização do crime de tráfico, não é
indispensável que o agente do crime seja encontrado no ato de comércio, pois o tipo múltiplo do
artigo 12 relaciona diversas outras condutas” (HC 70015107089, 1ª C., rel. Ivan Leomar Bruxel,
17.05.2006).
E mais: por tudo quanto foi até aqui exposto, extrai-se, ainda, a subsunção de suas
condutas ao crime de associação, previsto no art. 35, caput, da Lei nº 11.343/06, pois estavam eles,
indubitavelmente, associados para o tráfico.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 10
fls. 737
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Aqui, insta salientar que a nova lei de tóxicos não repetiu a anterior, não exigindo
mais a permanência associativa para a caracterização do crime. Basta, agora, que os réus se
reúnam, ainda que por uma única vez, para executar uma meta comum.
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delitivas, passo à dosimetria das penas de cada um dos réus.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 11
fls. 738
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arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
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O réu não faz jus à substituição da pena privativa de liberdade, por força de
disposição expressa no artigo 44 da Lei 11.343/06.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 12
fls. 739
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errado no veículo.
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§ 1º, da Lei 8.072/90, com redação dada pela Lei 11.464/07.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
O réu não faz jus à substituição da pena privativa de liberdade, por força de
disposição expressa no artigo 44 da Lei 11.343/06.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 13
fls. 740
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fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
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atenuantes.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 14
fls. 741
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O réu não faz jus à substituição da pena privativa de liberdade, por força de
disposição expressa no artigo 44 da Lei 11.343/06.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
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fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 15
fls. 742
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arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
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O réu não faz jus à substituição da pena privativa de liberdade, por força de
disposição expressa no artigo 44 da Lei 11.343/06.
Como são parcas as informações acerca da situação financeira do réu, por isso,
arbitro o valor do dia-multa no seu mínimo legal, calculado sobre o salário mínimo da data dos
fatos e atualizado até o dia do efetivo pagamento.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 16
fls. 743
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art. 35 da Lei nº 11.343/06: à pena de 03 (três) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa,
no valor unitário mínimo; C) reconhecer, nas condutas acima descritas, a ocorrência do concurso
material, previsto no artigo 69 do Código Penal, razão pela qual, as penas devem ser somadas.
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É que “seria incongruente que o réu preso provisoriamente em virtude de medida
cautelar, viesse, ao depois de condenado, ser libertado ex-vi da Lei 5.941/73. Poder-se-ia, então,
dizer que ficou preso pelo menos e foi posto em liberdade pelo mais” (RT 504/339).
Recomendem-se os acusados no presídio em que se encontram. Oportunamente, lancem-se os
nomes dos réus ao rol dos culpados.
Nos termos do artigo 58, § 1º, da Lei 11.343/06, determino a destruição das drogas
apreendidas, observando-se o disposto no artigo 32, §§ 1º e 2º, do mesmo diploma legislativo,
reservando-se material para contra-prova. Oficie-se.
Transitada em julgado, lance-se o nome dos réus no Rol dos Culpados e oficie-se
ao E. Tribunal Regional Eleitoral para os fins do artigo 15, inciso III, da Constituição Federal.
Não obstante o teor da Súmula 716 do STF, deixo de conceder aos réus a
progressão de regime ou aplicação imediata de regime menos severo, ante a falta de elementos nos
autos que atestem o seu comportamento carcerário, requisito que também deve ser levado em
consideração para que os acusados possam fazer jus ao benefício, nos termos do art. 112, “caput”,
da Lei n° 7.210/84.
0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 17
fls. 744
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Por fim, condeno os acusados ao pagamento das custas equivalentes a 100
UFESP's, nos termos do artigo 4º, inciso III, item 5, § 9º, alínea “a” da Lei nº 11.608, de 29 de
dezembro de 2003, obrigação que fica suspensa em atenção ao disposto nos artigos 11 e 12 da Lei
nº 1.060/50, caso sejam beneficiários da justiça gratuita.
P.R.I.C.
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0001443-34.2017.8.26.0537 - lauda 18