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E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
PROGRAMA DIGITAL
Organização:
EvoBooks
Autores:
Thelma Cademartori Figueiredo de Oliveira
Fátima Aparecida da Silva Dias
Odete Sidericoudes
Gustavo Rahmilevitz
Caro professor,
Projeto editorial, gráfico e capa: Vale ressaltar que a venda e a
Paulo Anderson Falaster Sant’Ana distribuição deste livro é proibIda,
Assistentes editoriais:
de acordo com a Lei 9.610/98
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Andressa Cristina Gonçalves Laranjeiro
Leonardo Tavares de Assis Reprodução proibida.
Rubens Luiz Barbosa Júnior Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610.
de 19 de fevereiro de 1998.
Vários autores.
Bibliografia
ISBN 978-85-68110-61-4
16-00450 CDD-370.733
Índices para catálogo sistemático:
1. Prática de ensino : Educação 370.733
Rua Cláudio Soares, 72 — 16o andar — Pinheiros, São Paulo — SP — CEP 05422— 030
www.evobooks.com.br
SUMÁRIO
Carta ao professor ...4
Educação e tecnologias digitais ...5
O Programa Inspira Digital ...9
. Fundamentação pedagógica ...10
. Princípios Pedagógicos ...11
. Como operacionalizar os Princípios Pedagógicos ...14
Títulos Digitais ...19
. Organização dos Títulos Digitais ...20
. Estrutura pedagógica ...22
. Navegação e recursos tecnológicos ...25
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
as habilidades necessárias para este século.
4 LIVRO DO PROFESSOR
Educação e tecnologias digitais
A tecnologia digital trouxe mudanças na relação entre as
pessoas na sociedade, dinamizando a vida social e construindo
soluções para problemas da vida cotidiana.
1
CASTELLS, Manuel. Creatividad, innovación y cultura digital. Un mapa de sus interecciones. Revista Telos – Cuadernos de Comunicación e Innovación –
Dossier Telos 2009.
PROGRAMA INSPIRA 5
de que a cultura digital define mídia impressa. Por isso, podemos dizer que eles falam a
aspectos amplos na transformação linguagem digital desde que nasceram, pois já vieram ao
da sociedade contemporânea, pois mundo no apogeu dos recursos eletrônicos disponíveis
para ele: na vida cotidiana.
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reflexões conceituais muito entanto, quando precisam buscar informações em locais
amplas sobre o que é a civili- confiáveis, selecionar corretamente materiais pertinentes,
zação e o que nós estamos articular as informações entre si para construir conheci-
fazendo aqui. mento e empregar esses recursos na compreensão do
seu cotidiano, nem sempre obtêm sucesso.
Entendemos que, para o cidadão
Nesse caso, o papel da Educação e da escola são
do século XXI, é fundamental lidar
fundamentais no sentido de oferecer ferramentas
com as tecnologias digitais para se
para tornar o uso do digital produtivo em termos da
apropriar do acervo de informações
formação do acervo de conhecimentos do aluno, de
disponível na rede, seja do ponto
maneira reflexiva e consistente.
de vista da vida em sociedade, da
participação cidadã e do aprimora- Nesse sentido, a escola não pode deixar de reconhecer
mento da democracia, ou mesmo essas transformações que modificaram as relações
de sua inserção no mercado de da humanidade do ponto de vista social, econômico e
trabalho, atualização profissional até existencial, pois ela é a responsável pela educação
e formação continuada. E é nesse dessa geração. No entanto o simples reconhecimento
contexto sociocultural que vivem dessa cultura digital em nosso dia a dia não significa que
as novas gerações de jovens que estamos preparados para incorporá-la em nossa prática
conseguem obter informações de docente. É importante que as instituições escolares e
forma rápida, recorrendo primeiro os demais ambientes formativos da sociedade contem-
a fontes digitais e à Web, antes de porânea incorporem, além do uso, a discussão sobre as
procurarem-na em livros ou na novas tecnologias digitais.
PRADO, C. Política da Cultura Digital. In: COHN, Sérgio; SAVAZONI, Rodrigo (orgs). Cultura digital.br. Rio de Janeiro: Azougue Editorial,
2009. p. 45.
6 LIVRO DO PROFESSOR
Sobre esse tema, Almeida (2010) alerta que o currículo Atualmente, coexistem modelos de
escolar não pode continuar dissociado das novas possibili- sociedade e dinâmicas do mercado
dades tecnológicas. Para que não ocorra essa dissociação, de trabalho muito diferentes. E
as tecnologias digitais devem ser introduzidas no desen- cabe à Educação cumprir o papel
volvimento do currículo, propiciando que isso aconteça de preparar estudantes para o
no momento em que a tecnologia possa trazer significa- exercício da cidadania e para sua
tivas contribuições à aprendizagem e ao ensino, e não inserção produtiva nesse período
apenas em ações pontuais. Essa integração, segundo a de transição. É necessário que uma
autora, potencializa a criação da cultura digital na escola proposta educativa contemple
e a integração da escola e do currículo com a vida. Desta essas perspectivas para que as
forma, como aponta Almeida e Silva (2011, p. 5) habilidades e competências neces-
sárias para viver esse tempo sejam
estimuladas.
... a escola, que se constitui como um espaço de
Nesse aspecto, o seu papel é
desenvolvimento de práticas sociais, se encontra
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PROGRAMA INSPIRA 7
Diante disso, a formação do professor repre-
senta um desafio.
Como aponta Valente, (p. 21):
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do conhecimento pelo aluno, usando
para isso as tecnologias digitais, que
estão cada vez mais presentes em nossa
sociedade.
8 LIVRO DO PROFESSOR
O Programa Inspira Digital
O Programa Inspira Digital procura difundir e aprimorar a experiência com o uso das tecnologias digitais
na Educação, tornando-se um parceiro de professores, estudantes, gestores e coordenadores na jornada de
construção do conhecimento e na preparação para a vida na cultura digital. A metodologia está estruturada
em sólidos princípios pedagógicos e é aplicada a partir de três pilares, que se articulam de forma a potencia-
lizar a experiência em sala de aula.
Já a formação continuada de
professores é a escada que
liga o andar do mundo virtual
As Práticas Didáticas com os livros do programa são os combustíveis
com a prática em sala de aula.
facilitadores para que o professor implemente o uso da tecnologia no
A formação é fundamental
seu planejamento. Isso porque elas trazem situações concretas para o
para que os professores
professor aplicar em sala de aula, sendo criadas para envolver os alunos
se sintam à vontade para
com uma metodologia alinhada às questões atuais.
utilizar o programa. A partir
do conhecimento de como Resumindo, essa inter-relação dos três pilares faz do Programa um
integrar a tecnologia digital ao poderoso aliado para que você implemente o uso das tecnologias digitais
seu planejamento, os profes- no seu planejamento de aula, integrando-as com intencionalidade na
sores adquirem uma nova relação de ensino e aprendizagem. Ao aproveitar efetivamente todo o
forma de atuar, percebendo potencial presente nos Títulos Digitais, a tecnologia se torna uma ferra-
o digital como um aliado. menta pedagógica importante à sua prática docente cotidiana.
PROGRAMA INSPIRA 9
Fundamentação pedagógica
Atualmente, a formação para os alunos desta nova geração deve consistir no desenvolvimento de habili-
dades e competências para o século XXI, capacitando-os a viver na sociedade da cultura digital de
forma produtiva e criativa. Estas competências e habilidades serão exercitadas pelos alunos por meio
dos conteúdos envolvidos nas situações de aprendizagem com diferentes graus de complexidade. Para
isso, as situações de aprendizagem devem propiciar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
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2) Aliar iniciativa, criatividade, interesse
da tecnologia digital em sala de aula.
intelectual e curiosidade na busca por
conhecimento. A nossa proposta tem como princípios
pedagógicos a valorização da aprendizagem
3) D
esenvolver postura reflexiva e questio-
significativa e ativa, possibilitando o desenvol-
nadora para a resolução de problemas,
vimento da autonomia e do espírito indagativo,
como base da investigação científica.
e que aconteça também por meio da aprendi-
4) R
esponsabilizar-se pelo próprio apren- zagem colaborativa.
dizado, de forma ativa, reflexiva e
Para isso, o Programa Inspira Digital é desen-
contínua.
volvido a partir de fundamentos que tornam
5) Desenvolver o respeito pelo outro e a operativos os conceitos elencados acima, como
habilidade de escutar e de expor ideias. trabalhar a partir dos conhecimentos prévios
dos alunos, por meio de temas disparadores
que tragam uma problematização como eixo
condutor da reflexão e, também, por meio
de proposta de pesquisa. Nessa proposta, o
aluno é protagonista na construção do conhe-
cimento, explorando cada Título Digital por
meio do conteúdo adaptativo, de forma intera-
tiva.
10 LIVRO DO PROFESSOR
Princípios Pedagógicos
Os princípios pedagógicos mencionados têm como fundamentação teorias de estudiosos da área,
a saber:
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
1. 2.
PROGRAMA INSPIRA 11
AUTONOMIA
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desenvolvendo habilidades ligadas à tecnologia digital.
ESPÍRITO INDAGATIVO
12 LIVRO DO PROFESSOR
mentais como medir ou comparar, por exemplo. Essa tecnologia, segundo o
autor, não substitui o raciocínio humano, mas amplia e transforma a capaci-
dade de pensamento do homem.
Sendo assim, para Levy (1999, p. 166), a simulação tem como consequência
a ampliação da imaginação, pois apresenta “a capacidade de variar com
facilidade os parâmetros de um modelo e observar imediata e visualmente
LÉVY, P. Cibercultura.
(Coleção TRANS) São Paulo:
as consequências dessa variação”. Dessa forma, possibilita mais rapidez
Ed. 34, 1999. na formulação e no teste de hipóteses, bem como o compartilhamento de
experiências e de sistemas complexos de significados.
APRENDIZAGEM COLABORATIVA
PROGRAMA INSPIRA 13
Como operacionalizar os Princípios
Pedagógicos
Como mencionado, os princípios pedagógicos, como aprendizagem significativa, autonomia, espírito
indagativo e aprendizagem colaborativa, encontram a fundamentação em teóricos e estudiosos da
educação e tecnologia. Para que estes princípios sejam utilizados de forma prática no Programa
Inspira Digital, eles são desenvolvidos a partir da sua operacionalização, a saber:
Conhecimentos prévios
Retomando Ausubel, para ele os conhe- busca na sua estrutura cognitiva o
cimentos prévios são os conceitos conhecimento que irá ancorar os
iniciais relevantes que estão presentes novos conceitos e conteúdos a serem
na estrutura cognitiva do aluno e compreendidos.
que funcionam como estruturas nas
Assim, os conteúdos se transformam
quais os novos conhecimentos irão
durante a aprendizagem, pois estão
se integrar. O sucesso desse processo
vinculados à forma como o assunto
depende, em grande parte, da relação
inédito será relacionado com aqueles
estabelecida entre os novos conteúdos
já existentes no repertório do aluno, e
e os que o aluno já conhece. Isto é,
à atribuição de significados que serão
para Ausubel, só se aprende a partir
dados a eles.
daquilo que já se sabe, pois o aluno
Temas disparadores
Os temas disparadores são importantes por ele, propiciando a introdução do
estratégias pedagógicas condutoras da novo assunto. Em cada disciplina, e
reflexão, pois ao partir de um problema mesmo na intersecção entre elas, há
inicial que deve ser resolvido ao longo do uma gama de questões interessantes
estudo, auxilia a tornar a aprendizagem para o aluno conhecer e que podem ser
significativa para o aluno. Para Jerome os catalisadores da reflexão inicial e do
Bruner (2001), a educação deve se situar trajeto de aprendizado.
no contexto dos problemas enfrentados
Parte-se da ideia de que a dúvida e a
pela sociedade e ter relação com o meio
insatisfação com o que já se sabe são
social em que vive o estudante. Portanto,
motores fortes para disparar a vontade
deve fazer a ligação entre o mundo
de conhecer mais. E a vida na sociedade
vivido e aquele conhecimento abstrato a
atual requer cada vez mais as aptidões
ser compreendido.
para a busca, como a capacidade de
BRUNER, J. Nesse sentido, é importante que o tema encontrar informações em diferentes
A cultura da
disparador seja uma questão conhe- fontes, de analisar os dados obtidos,
educação. Porto
Alegre: Artmed, cida para o aluno, que proponha um de chegar a conclusões e resolver o
2001.
problema a ser enfrentado e resolvido problema que originou o estudo.
14 LIVRO DO PROFESSOR
Problematização
A problematização é um método de trabalho no
qual os alunos observam a realidade para identi- Além disso, ao reconhecer um problema, buscar a
ficar problemas a serem pesquisados com vista compreensão e possível solução, os envolvidos no
a, senão solucioná-los, pelo menos compreender projeto podem se deparar com novas questões e
as suas características e complexidade. Nesse desafios, que renovam o processo, e podem levar o
processo são mobilizados vários conhecimentos trabalho a outro nível. E, ainda, é possível que não se
do aluno, tanto os que ele já tem como os que encontre uma resposta ou solução, mas o processo
irá adquirir com a experiência, e eles poderão ser em si já é um caminho de pesquisa e construção de
comprovados ou reformulados pelo estudo. Os conhecimento.
conhecimentos mobilizados podem ser tanto da
área técnico-científica como das ditas humani-
dades, caracterizando um trabalho que tende a
ser interdisciplinar no sentido mais amplo.
Proposta de pesquisa
A proposta de pesquisa parte da ideia de que a dúvida e a insatisfação com o que já se sabe são motores
fortes para disparar a vontade de conhecer mais. A vida na sociedade atual requer cada vez mais as
aptidões para a pesquisa, como a capacidade de buscar informações em diferentes fontes, de analisar os
dados obtidos, de chegar a conclusões e resolver o problema que originou o estudo. A formação de grupos
de atuação em torno da resolução de problemas por meio da pesquisa tem o potencial de estimular esses
processos por um modo de aprendizado em que os estudantes possam construir o conhecimento coleti-
vamente a partir de propostas de trabalho em grupo.
Aluno protagonista
Utilizando os Títulos Digitais, o aluno pode estudar em casa, fazendo uma
experiência de laboratório, ou uma aula sobre algum tema de Geografia
ou até de Matemática, por exemplo. Nesse caso, o espaço da sala de
aula pode ser usado para resolver dúvidas, ou discutir com o professor
e os colegas sobre algum ponto específico. Esse tipo de metodologia é
chamado ensino reverso, ou aula invertida, ou ainda flipped classroom, no
qual a sala de aula passa a ser a ponta final da atividade pedagógica.
PROGRAMA INSPIRA 15
Como propõe Moran (2015), Flipped Classroom ou “Aula invertida” significa basicamente que o aluno estuda
antes os materiais básicos e os aprofunda depois em classe com a orientação do professor e a colaboração
dos colegas. Esse método pode ser feito de várias formas. Uma delas é o aluno usar um Título Digital para
realizar uma revisão em casa, para fazer um estudo específico ou mesmo para criar novos conteúdos de
forma colaborativa, junto com o professor e os colegas, a partir dos conteúdos apresentados. O aluno, nessa
formatação, tem mais oportunidade de aprender no seu ritmo, de buscar novas informações à medida que
se sentir confortável com o que já compreendeu, e se sente pronto para seguir adiante. Ainda aponta que:
Conteúdo adaptativo
Nos Títulos Digitais, cada percurso de conhecimento existente em uma
Trilha Temática é desenvolvido para permitir que o aluno encontre desde
o conteúdo mais básico e informativo, possibilitando fazer a ancoragem
com o que conhece sobre o assunto, até a elaboração de conceitos mais
complexos e abstratos. Em parte, isso se deve ao fato de que a proposta
metodológica para apresentação do conteúdo é desenvolvida de forma
não seriada, possibilitando que professores e alunos construam o currí-
culo mais adequado à etapa de aprendizagem em questão, ou seja, de
forma adaptativa.
16 LIVRO DO PROFESSOR
Sendo assim, vale destacar que é possível utilizar os Títulos Digitais durante os diferentes níveis de escolari-
dade dos alunos, pois os conteúdos podem ser trabalhados em forma espiralar.
Esse método de trabalhar os conteúdos em sala de aula se enquadra na proposta teórica de Jerome Bruner.
Para ele, é possível ensinar qualquer ciência para alunos de todas as idades, mesmo os mais jovens, desde
que os conhecimentos sejam retomados adiante. Para isso, ele propôs o currículo em espiral, em que os
conteúdos são vistos mais de uma vez, com diferentes graus de aprofundamento e diferentes formas de
representação, conforme indica a imagem abaixo.
Interatividade
A interatividade é um aspecto que vem sendo valorizado e discutido
amplamente no contexto do desenvolvimento das Tecnologias Digitais
de Informação e Comunicação (TDIC), e se refere ao potencial de
comunicação que as tecnologias digitais apresentam. E, na Educação,
está intimamente relacionada com a autonomia e o protagonismo do
aluno, pois, de simples receptor de informações, ele passou a interagir
com os conteúdos e os objetos digitais. Por meio das Ferramentas de
Autoria, ele pode produzir conteúdo, marcar partes que considera mais
relevantes, acrescentando ou destacando conteúdos de acordo com
PROGRAMA INSPIRA 17
o seu percurso de aprendizagem e entendimento do que é significativo
naquele momento. Segundo Silva (2001, p. 2):
18 LIVRO DO PROFESSOR
Títulos Digitais
Os Títulos Digitais rompem com a forma usual de interagir com o conteúdo, trazendo
aos usuários – alunos e professores – uma maneira revolucionária de pensar, conviver,
conhecer, fazer, ensinar e aprender.
O desafio do uso desta tecnologia digital reper- Isso é possível, pois os recursos digitais
cute no âmbito pedagógico, contribuindo com existentes permitem ao usuário, por
o desenvolvimento de estruturas cognitivas, exemplo, controlar a visualização dos objetos,
estimulando habilidades e competências. O que pode ser feita por diferentes ângulos,
advento das TDICs possibilitou a represen- tornando possível perceber características
tação de objetos e fenômenos de maneira que em imagens estáticas ficam comprome-
dinâmica, com o uso de mídias digitais intera- tidas, como noção de profundidade, distância
tivas em 2D e 3D (simulações), facilitando a e tamanho. Ou mesmo controlar uma
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PROGRAMA INSPIRA 19
Para isso, as mídias digitais interativas dos Títulos Digitais são planejadas pedagogicamente por
especialistas de cada conteúdo
para resolver dificuldades
específicas e permitir uma
abordagem inovadora e signi-
ficativa. Portanto os Títulos
Digitais foram organizados para
oferecer momentos de impacto
nas atividades de ensino e
aprendizagem, desenvolvendo
aqueles conteúdos que são
mais complexos e exigem um
nível de abstração nem sempre
fácil de ser atingido.
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Organização dos Títulos Digitais
Cada um dos Títulos Digitais recebe um nome que representa a área de conhecimento a ser explo-
rada. Por exemplo: Geografia Mundial, História, Sistema Solar, Anatomia Humana, etc. Dentro deles
é possível encontrar uma subdivisão dos assuntos denominados de Trilhas Temáticas. Podemos
assim dizer que as Trilhas representam a porta de entrada dos conteúdos digitais.
Trilha
Como exemplo, o Título
temática
História Mundial é
composto de quatro
Trilhas Temáticas,
denominadas: Idade
antiga, Idade média,
Idade moderna e Idade
contemporânea.
Navegue horizontal-
mente para visualizar
todas as Trilhas.
20 LIVRO DO PROFESSOR
Assim, o número de Trilhas Temáticas pode variar nos Títulos de acordo com a organização
proposta para os conteúdos a serem explorados em cada um deles. Como vimos, o Título Sistema
Solar engloba três Trilhas Temáticas, enquanto o Anatomia Humana, que trata da estrutura e do
funcionamento do corpo humano, tem doze.
Quanto aos conteúdos, foram pensados e organizados sequencialmente por uma equipe de
professores de cada área, de forma linear, agregando complexidade no desenvolvimento da Trilha
progressivamente. Isso, para garantir a ancoragem dos conceitos, tornando a aprendizagem signi-
ficativa. É possível acessar/visualizar os conteúdos disponíveis por meio do índice que apresenta
os Temas, Subtemas e Tópicos referentes à Trilha.
Além disso, em determinados pontos dos conteúdos, há uma aba Saiba mais. Nela são apresentadas
informações e dados adicionais sobre os temas abordados, que permitem aos alunos ampliar os
assuntos de seu interesse. Essa parte pode incluir textos informativos e ainda referências externas, como
links, bibliografia, vídeos, entre outros.
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3 1
Tema
2
SubTema
3
Tópico
PROGRAMA INSPIRA 21
Assim, a definição nos PCN (p. 72) corrobora com essa ideia ao afirmar:
Estrutura pedagógica
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Nos Títulos Digitais também existem botões que podem ser acessados a qualquer momento para visua-
lizar informações adicionais que complementam os conteúdos. É possível escolher o melhor momento
para acioná-los, ou seja, antes ou depois de abordar as Trilhas, aguçando a curiosidade do aluno.
22 LIVRO DO PROFESSOR
Dependendo da composição
de cada Trilha, o “Por dentro
do assunto” pode estar
presente também em outros
momentos durante o desen-
volvimento do conteúdo, e
estará representado por um
ícone situado na tela dos
objetos digitais.
Essa abordagem é um
elemento importante para
promover nos alunos o
interesse e o engajamento
no processo de construção do conhecimento, seja por explorar relações com o cotidiano dos
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estudantes, por retomar conhecimentos trabalhados anteriormente, ou mesmo por mobilizar seu
acervo sociocultural.
JUNTANDO OS CONCEITOS
PROGRAMA INSPIRA 23
APROFUNDAMENTO
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Verdade ou mito?
Nesta seção o aluno é confrontado com a validade ou não
das questões do seu cotidiano, muitas vezes reproduzidas
pelo senso comum até se tornarem consenso. A partir dessa
problemática, o aluno é motivado a reavaliar os seus conhe-
cimentos prévios, permitindo que ele desenvolva novas
referências.
Além da teoria
Com base no conteúdo que está sendo estudado, esta seção
traz uma situação-problema para instigar os alunos a buscar
novas informações, formular hipóteses e a propor soluções,
podendo inclusive aplicá-las em outras situações, incentivan-
do-o para o desenvolvimento do pensamento científico. Isso
pode ser feito por meio de uma questão disparadora, que
apresente um problema a ser resolvido, ou um tema para
reflexão a ser pesquisado com mais profundidade.
24 LIVRO DO PROFESSOR
Navegação e recursos tecnológicos
No Guia de Interface (www.programainspira.com.br), assim como no tutorial (presente nos
Títulos), encontram-se detalhes e informações técnicas a respeito da navegação e dos recursos
tecnológicos. Em termos de usabilidade, a navegação dos Títulos Digitais pode ser feita de forma
simples por meio de botões que permitem transitar entre os conteúdos de maneira semelhante
à do livro didático, já conhecido e utilizado no ambiente escolar.
Dessa forma, é possível interagir com os objetos em 3D em tempo real, ou elaborar uma atividade
e salvar, preparando previamente um tema a ser trabalhado em sala de aula. As Ferramentas de
Autoria também favorecem a aprendizagem colaborativa, pois podem ser utilizadas para possibi-
litar que os próprios estudantes formulem exercícios, ou preparem previamente a apresentação
de temas específicos, por exemplo, elaborando essas atividades de maneira totalmente off-line.
Já os objetos digitais apresentam uma série de inovações que tornam a aprendizagem um processo
atrativo, envolvente e estimulante. Como o desenvolvimento dos objetos é inspirado em jogos de
videogames, trazem uma linguagem que dialoga com o aluno, além de conter uma série de funcio-
nalidades que impactam na percepção do usuário. Destacamos algumas a seguir:
* Código de barras 2D, que pode ser escaneado e lido por aparelhos móveis que contenham câmera fotográfica, sendo transformado em um link que irá
redirecionar o usuário para a navegação pelas Sequências Didáticas.
PROGRAMA INSPIRA 25
Visualização
Nos objetos 3D, é possível
visualizar a parte interna e os
cortes dos diferentes objetos,
bem como usar highlights em
pontos que se quer destacar.
Além disso, é possível explorar
cada objeto por ângulos
variados, visualizando-os por
ópticas diferentes, incluindo a
possibilidade de transparência,
com domínio total da localização da câmera. O uso do zoom também é uma ferramenta
importante na interatividade com os objetos, possibilitando distanciar ou aproximar a
câmera, conforme se quer perceber melhor um detalhe ou observar o funcionamento do
conjunto completo.
Os mapas podem ser vistos em forma de globo 3D, ou em mapa 2D, podendo ser girados,
aproximados ou distanciados, conforme a necessidade. Há também as legendas intera-
tivas, que permitem a visualização das informações correspondentes a cada conteúdo.
Dessa forma, o usuário pode iniciar a visualização com o mapa em branco e ir acionando
as informações da legenda até completar o mapa. Ou pode selecionar as informações de
acordo com o seu propósito.
Animação
Com as animações é possível compreender processos por meio do controle completo da
velocidade de apresentação. Isso permite, por exemplo, observar o processo de divisão
celular na Meiose ou o Sistema
Solar controlando a velocidade
de translação dos planetas,
para melhor observar a veloci-
dade relativa entre eles.
26 LIVRO DO PROFESSOR
Simulação
Usando o microscópio, há a possibilidade de visualizar desde um grão de café até chegar ao nível
atômico, percebendo a diferença de escala entre diversos elementos e observando eventos que
não se podem ver a olho nu.
As simulações de fórmulas permitem que os parâmetros numéricos que regem a simulação sejam
alterados, mudando assim os gráficos resultantes da função.
PROGRAMA INSPIRA 27
Materiais para atividade em sala de aula
Para subsidiar e auxiliar na utilização dos Títulos Digitais, propomos um
Programa pautado na implementação de materiais para atividades em
sala de aula, que denominamos de Sequências Didáticas (SD). São ativi-
dades organizadas e vinculadas aos conteúdos digitais e às diferentes
áreas do conhecimento. Foram concebidas com base em fundamenta-
ções teóricas que pensamos servir de apoio ao trabalho dos professores
e dos alunos.
... um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para ZABALA, Antoni. A prática
educativa. Tradução: Ernani
a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e F. da F. Rosa. Porto Alegre:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ArtMed, 1998. p. 18.
um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos.
BROUSSEAU, G. : a cultura matemática é um instrumento para a cidadania. Revista Nova Escola, São Paulo, n. 228,
dez. 2009. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cultura-matematica-instrumento-para-
cidadania-guy-brousseau-calculo-518776.shtml?page=2> – Acesso em 5 de ago. de 2015.
28 LIVRO DO PROFESSOR
conhecimentos prévios. Além
disso, permite que os alunos
e você, professor, vivenciem
atividades comuns, usando
conhecimentos e experiências
anteriores para a construção de
novos significados, avaliando
continuamente a compreensão
de um mesmo conceito.
de busca por parte dos alunos (BSCS), que é um centro educa- tigar um tema ou assunto. Ao
com o levantamento inicial cional cujo objetivo é realizar mesmo tempo, tem a intenção
dos conhecimentos que os pesquisas e desenvolver de colocar o aluno em uma
alunos já têm. São utilizadas materiais curriculares de alta situação de aprendizagem que
como uma alavanca, para que qualidade nas áreas de Ciência tenha um início acessível, mas
os alunos possam construir e e Tecnologia, além de fornecer que vá apresentando certa
assimilar saberes durante a suporte educacional para dificuldade para que ele possa,
realização das atividades. escolas. aos poucos, compreender o
tema sem chegar antecipada-
A estrutura das Sequên- Esta metodologia foi adaptada
mente à solução, da mesma
cias Didáti
cas contempla para o contexto específico
forma como o aluno se vê
situações de aprendizagem do Programa. Ela representa
diante das diferentes fases de
diversificadas, de modo que uma proposta de trabalho
um jogo.
você pos
sa usá-las no seu de sala de aula que pode ser
planejamento, ou mesmo usada em diferentes etapas As Sequências Didáticas
alterá-las e/ou adequá-las à da aprendizagem. Pode propostas pelo Programa
sua realidade local. também ser utilizada como Inspira Digital apresentam
eixo de trabalho para a apren- uma série de etapas, as quais
As Sequências Didáticas
dizagem significativa, em que iremos abordar a seguir:
têm por base a metodologia
os alunos ancoram os novos
5E como forma de tornar o
conhecimentos naqueles
Programa uma proposta total-
que já têm, ou seja, nos seus
mente aplicável na prática.
Biological Sciences Curriculum Study. Disponível em: <http://bscs.org/bscs-5e-instructional-model> Acesso em 29 de jul. de 2015.
PROGRAMA INSPIRA 29
Aproximar os mundos
A ideia desta primeira etapa é trazer o conteúdo que será tema da
aula ou da atividade para o mundo do aluno ou como aponta Valente
(2008, p. 7):
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
educação: novos tempos,
outros rumos. Disponível em:
prévios e do trabalho com um tema disparador. Nessa etapa o <www.virtual.ufc.br/cursouca/
modulo_4_projetos/conteudo/
aluno pode desmitificar um conhecimento previamente construído unidade_1/Eixo1-Texto19.pdf>
para incorporar novos conceitos ao seu repertório. É o momento que Acesso em 4 de jan. de 2016.
Construir ideias
Esta etapa é a de possibilitar aos alunos que, a partir da exploração,
ampliem uma base comum de experiências, construindo ideias,
identificando e desenvolvendo conceitos, bem como compreendendo
os processos. Essa ação possibilita aos alunos a construção do
conhecimento sobre um tema, observando e questionando a partir
CONSTRUIR IDEIAS
da exploração ativa dos materiais digitais e de outros. Para Levy
(1999), a tecnologia digital potencializa a simulação que tem como
LÉVY, P. Cibercultura.
consequência a ampliação da imaginação, possibilitando com mais (Coleção TRANS) São Paulo:
rapidez a formulação e o teste de hipóteses. Nesta etapa, você pode Ed. 34, 1999.
30 LIVRO DO PROFESSOR
Ligar os pontos
Nesta etapa, os alunos devem relacionar os conceitos explorados
e explicar com base em suas reflexões e descobertas, expressando
oralmente ou por escrito, a compreensão que alcançaram,
demonstrando novas habilidades. Aqui, os processos de pensamento
e de aprendizagem dos conteúdos utilizados são evidenciados,
tornando-os conscientes do modo de utilizá-los na busca da solução
LIGAR OS PONTOS
do problema apresentado. Nesta etapa espera-se que os alunos,
“apropriando-se para o seu uso de materiais que ele encontra e de
modelos sugeridos pela cultura que o rodeia, construam suas próprias SIDERICOUDES, O. A
Formalização de Conceitos da
estruturas intelectuais” como sugere. Aproveite para introduzir termos Geometria Analítica através do
Micromundo Logo. In: Anais
formais da área do conhecimento de referência, bem como definições do IV Congresso RIBIE, Brasilia
1998. Disponível em: <http://
e explicações de conceitos, processos e habilidades, com o cuidado de goo.gl/cjBhv0> Acesso em 25 de
dar o tempo necessário para que o aluno elabore seu pensamento para out. de 2015.
Resolver desafios
Por meio de novas experiências, os alunos aprofundam a compreensão
dos principais conceitos e podem obter mais informações sobre as áreas
em que demonstram mais interesse. Nesta etapa, é importante que os
alunos se sintam motivados para aplicar em situações diferentes, o que
RESOLVER DESAFIOS
já aprenderam para resolver o problema. Para Macedo (2002, p. 115),
a resolução de um desafio.
MACEDO, L. Situação-
“pede um posicionamento, pede um arriscar-se, coordenar fatores Problema: Forma e Recurso de
Avaliação, Desenvolvimento de
em um contexto delimitado, com limitações que nos desafiam a competências e Aprendizagem
Escolar. In: PERRENOUD,
superar obstáculos, a pensar em um outro plano ou nível. Trata-se de P; THURLER, M. G.. As
Competências para ensinar
uma alteração criadora de um contexto que problematiza, perturba, no Século XXI. Trad. Cláudia
desequilibra.” Schilling e Fátima Murad. Porto
Alegre: ArtMed, 2002.
PROGRAMA INSPIRA 31
É a etapa da recontextualização dos conceitos já aprendidos, ou seja, é
o uso dos conceitos em uma situação diferente da anterior. Nesta etapa
os alunos se sentem desafiados e conseguem lançar mão de novas
estratégias para chegar à solução do desafio.
Passar de fase
Didática, como diagnóstico que permite a você verificar se o aluno convite à viagem. Porto
Alegre: ArtMed, 2000.
conseguiu compreender os conceitos trabalhados durante todas as
etapas do processo, e assim avaliar o conhecimento e a compreensão
de cada aluno, além de conduzi-los a mensurar o seu entendimento dos
principais conceitos e habilidades adquiridos durante todo o processo.
32 LIVRO DO PROFESSOR
Continuando...
Como mencionamos, as Sequências Didáticas são materiais para atividades de sala
de aula, elaboradas com a intenção de auxiliar você e seus colegas na utilização
dos Títulos Digitais com seus alunos de maneira natural e segura. Trata-se de uma
sugestão que pode ser adaptada ao contexto de seus alunos e de sua sala de aula,
além de que podem ser utilizadas também em situações extracurriculares, depen-
dendo da sua intencionalidade.
PROGRAMA INSPIRA 33
Exemplo de Sequência Didática,
versão do professor
Conteúdos Nome da SD
Descrição dos Indicação do Título
conteúdos Digital
curriculares
que serão
abordados. Tempo
estimado
Indicação do
Objetivos tempo em quanti-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Descrição dos dade de aulas para
tivos ou da
intencionalidade
pedagógica. Para quem?
O público-alvo a
quem se destina.
Justificativa
Descrição da
importância da Habilidades
Sequência Didática Descrição das
para que o aluno habilidades a serem
compreenda o desenvolvidas.
tema abordado.
Recursos
Indicação dos recursos e/ou materiais que são utilizados para
subsidiar o tema proposto.
As Atividades, Reflexões ou Questões de cada uma das etapas são detalhadas nas orientações,
permitindo que você possa aplicá-las com seus alunos sem dificuldades. Veja na página seguinte
como funciona:
34 LIVRO DO PROFESSOR
Metodologia de desenvolvimento
Etapas utilizadas na Sequência Didática, enfatizando aspectos como o levantamento de conhecimentos prévios, o engaja-
mento, a exploração, a explicação e a elaboração por parte do aluno.
Aproximar os mundos
Construir ideias
Ligar os pontos
Resolver desafios
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Passar de fase
lembrando da importância
de contemplar a avaliação
diagnóstica e contínua Bibliografia
que deve ocorrer no início, Indicação das fontes utilizadas para
durante e ao final do processo elaboração da SD, seguindo as Normas
para que possa acompanhar da ABNT.
e verificar a compreensão
dos alunos em relação aos
conceitos trabalhados.
Saiba mais
Indicação de outras fontes de referência
de livros, artigos, sites que possam contri-
buir com o desenvolvimento da SD.
PROGRAMA INSPIRA 35
UM POUCO MAIS SOBRE AS HABILIDADES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Comunicação escrita Valorização para a diversidade
Análise visual
Interpretação textual
Interpretação visual
Interpretação auditiva
Argumentação
Produção de materiais
36 LIVRO DO PROFESSOR
E para o aluno?
A versão do aluno apresenta o nome da Sequência Didática, o Título Digital e a Trilha Temática,
Conteúdos, além das Atividades, Reflexões ou Questões propostas para a realização da atividade
em suas cinco etapas, com espaços para que o aluno possa resolver ou se manifestar em cada
uma delas, sempre com a sua orientação.
Lembramos novamente que você é quem mediará as discussões propostas nas atividades dos
alunos, sempre direcionando-os de forma a atingir os objetivos propostos na Sequência Didática.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PASSAR DE FASE
PROGRAMA INSPIRA 37
Formação continuada dos professores,
coordenadores e gestores
A formação continuada para o uso do Programa Inspira Digital inclui o momento inicial para a
inserção da metodologia no contexto da instituição escolar, o acompanhamento pedagógico e a
avaliação dos resultados da adoção do Programa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O termo formação continuada vem acompanhado de outro, a formação
LIBÂNEO, J. C.
inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos Organização e Gestão
e práticos destinados à formação profissional, completados por estágios. da Escola – Teoria
e Prática. Goiânia:
A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando Alternativa, 2004.
PERRENOUD, Ph.
o aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de Por quê construir
trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para competências a
partir da escola?
além do exercício profissional. Desenvolvimento da
autonomia e luta contra
as desigualdades. Porto:
ASA Editores, 2001.
E é esta nossa intenção quando propomos a formação continuada: a de
que você possa se apropriar das tecnologias digitais para fazer uso em sua
prática docente, na especificidade do seu contexto escolar, com base nos
princípios educacionais adotados pela EvoBooks.
Então, com base nas suas ideias e de Schön, é que destacamos a importância
da metodologia de formação estar focada na ação e na reflexão desta ação,
que ocorre na realidade concreta da escola e no contexto da sala de aula, e
também na relevância de envolver todos os gestores, professores e demais
profissionais da escola. Desta forma, nossa metodologia será baseada em
discussões e ações práticas focando propostas de atividades para sala de
aula nas diferentes áreas do conhecimento, utilizando os Títulos Digitais.
38 LIVRO DO PROFESSOR
A formação continuada em serviço, ou seja, que acontece no
contexto escolar, possibilitará que todos os envolvidos no
Programa se apropriem das tecnologias digitais, mais especi-
ficamente dos Títulos Digitais, de forma coletiva.
PROGRAMA INSPIRA 39
Um pouco mais da formação continuada
Trazemos Valente (2005) com um questionamento ser adequadas conforme as condições
que devemos considerar quando nos referimos à de cada sala de aula, não desprezando
formação continuada para o uso da tecnologia na os princípios pedagógicos e os funda-
educação: mentos que os apoiam. Buscamos uma
metodologia de formação que inclua
a aplicação dos diferentes conheci-
Estamos assistindo ao nascimento da tecnologia
mentos envolvidos numa atividade
digital, que poderá ter um impacto ainda maior
pedagógica. Com a inserção de novas
no processo ensino-aprendizagem. Será uma
áreas pertinentes à Educação, como
outra revolução que os educadores terão de
o uso das tecnologias educacionais,
enfrentar sem ter digerido totalmente o que as
surge um novo modelo — o denomi-
novas tecnologias têm para oferecer. E a questão
nado TPACK (Technological Pedagogical
fundamental é recorrente: sem o conhecimento
Content Knowledge), que é o resultado da
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
técnico será possível implantar soluções pedagó-
intersecção dos três tipos diferentes de
gicas inovadoras e vice-versa; sem o pedagógico
conhecimento.
os recursos técnicos disponíveis serão adequada-
mente utilizados? É uma metodologia que busca entender
e descrever os tipos de conhecimentos
necessários a um professor para a prática
Concordando com o questionamento apresentado,
pedagógica efetiva em um ambiente de
a proposta do Programa Inspira Digital sugere
aprendizagem equipado com tecnologia,
que a formação continuada tem como perspec-
mais especificamente no nosso caso, com
tiva a exploração, a manipulação e a apropriação
as tecnologias digitais.
dos recursos digitais e da proposta metodológica
Desta forma, a proposta de formação
de utilização na prática docente na cultura digital,
continuada para que se apropriem
articulando diversos recursos tecnológicos para uso
e incorporem as TDICs à sua prática
em sala de aula, com as práticas pedagógicas que
pedagógica e ao desenvolvimento do
você já utiliza no seu planejamento para o dia a dia.
currículo tem como base a metodologia
Focaremos uma formação que deve se efetivar
TPACK —, Conhecimento Tecnológico
por meio de informações, discussões e princi-
Pedagógico e do Conteúdo, na qual discu-
palmente pelo uso dos Títulos Digitais, no seu
timos os conhecimentos — Pedagógico,
planejamento, por meio das Sequências Didáticas.
Tecnológico e Conteúdos — que são
Trata-se de modelos de dinâmicas de aprendi- desenvolvidos quando trabalhamos com
zagem práticas, flexíveis e ajustáveis, que podem as tecnologias digitais em sala de aula.
VALENTE, J. A. Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem.
In: Tecnologia, Currículo e Projetos. <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf>. Acesso em 10 de out. de 2015.
40 LIVRO DO PROFESSOR
O conceito de conhecimento
Conhecimento Tecnológico
pedagógico de conteúdo (PCK) Pedagógico de Conteúdo
(TPACK)
foi descrito pela primeira vez
por Lee Shulman, em 1986, e a
metodologia TPACK foi elaborada Conhecimento Conhecimento Conhecimento
Tecnológico e Tecnológico Tecnológico de
a partir dessas ideias centrais Pedagógico (TK) Conteúdo
(TPK) (TCK)
e com a inclusão da tecnologia.
Punya Mishra, professor titular,
e Matthew J. Koehler, professor Conhecimento Conhecimento
Pedagógico de Conteúdo
adjunto, ambos na Universi- (PK) (CK)
dade do Estado de Michigan,
nos Estados Unidos, elaboraram
Conhecimento
extensos trabalhos na construção
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pedagógico de
da metodologia TPACK (MISHRA; Conteúdo
(PCK)
KOEHLER, 2006) .
PROGRAMA INSPIRA 41
Considerando que há outras dimensões importantes na prática educativa –
como o conhecimento dos parâmetros e das diretrizes curriculares vigentes, PRADO, M.E.B; Lobo, N. M. C.
O processo de apropriação
do contexto social e cultural dos alunos —, podemos utilizar o modelo das tic e a reconstrução de
novas práticas no ensino
TPACK quando essas dimensões primárias são combinadas, gerando uma de matemática (2013, p. 3).
quarta dimensão essencial aos saberes dos professores, que é a do conhe- Disponível em <www.cibem7.
semur.edu.uy/7/actas/
cimento pedagógico, tecnológico e de conteúdo, conforme representado pdfs/588.pdf> Acesso em 25
de out. de 2015.
na imagem. Segundo Koehler e Mishra (2009, p. 66):
KOEHLER, M. J., & MISHRA, P.
(2009). What is technological
pedagogical content
Cada uma das situações apresentadas aos professores representa uma knowledge? Contemporary
Issues in Technology and
combinação única destes três fatores, e, assim, não existe uma única Teacher Education, 9(1),
solução tecnológica que funcione para todos os professores, todos os 60-70. Disponível em: <www.
citejournal.org/articles/
cursos, ou métodos de ensino. Na verdade, as soluções são formuladas v9i1general1.pdf>. Acesso em
25 de out. de 2015. (Tradução
por meio da habilidade do professor em transitar de forma flexível pelos livre EvoBooks)
espaços formados por estes três componentes (conteúdo, pedagogia e VALENTE, J. A. Pesquisa,
tecnologia) e pelas complexas interações que se configuram entre eles comunicação e aprendizagem
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
com o computador. O papel
em contextos específicos. Ignorar a complexidade de qualquer um destes do computador no processo
ensino-aprendizagem.
componentes ou da relação que possa existir entre eles pode resultar In: tecnologia, currículo e
projetos. Disponível em
em soluções pouco elaboradas ou pouco adequadas para a situação <http://portal.mec.gov.br/
seed/arquivos/pdf/1sf.pdf>.
estudada, ou em insucesso. Acesso em 25 de out. de
2015.
42 LIVRO DO PROFESSOR
Focaremos a premissa apontada por Valente, que o domínio do conheci-
mento técnico e do pedagógico não deve acontecer separadamente. Para
Valente (2005, p. 23):
PROGRAMA INSPIRA 43
Considerações finais
Por estarmos inseridos no contexto da cultura digital, com tudo que a envolve, entendemos que, para o
cidadão do século XXI, é fundamental lidar com as tecnologias para se apropriar do acervo de informações
disponível na rede. Desta forma, preparar o cidadão das novas gerações significa dar elementos para que
ele possa utilizar as tecnologias digitais de forma mais adequada, sabendo transformar a informação
em conhecimento.
Acreditamos ser papel da Educação como um todo, e da escola em particular, oferecer ferramentas
para tornar o uso do digital produtivo em termos da formação do acervo de conhecimentos do aluno, de
maneira reflexiva e consistente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No entanto a criação da cultura digital na O Programa Inspira Digital pode se tornar
escola vai além do uso instrumental da um parceiro nessa jornada da construção
tecnologia, pois engloba outras atividades do conhecimento e preparação para a vida
como, por exemplo, a interatividade com na cultura digital, com a disseminação e o
aplicativos educacionais, como comple- aprimoramento da experiência com o uso
mento ao desenvolvimento do currículo. das tecnologias digitais na Educação e na sua
Entendemos que o uso das TDICs na prática escola, com uma metodologia estruturada em
da sala de aula auxilia na aproximação desse sólidos princípios pedagógicos.
aluno, originário das novas gerações, com o
A inter-relação dos três pilares — Universo
universo escolar, muitas vezes facilitando o
de Conteúdos Digitais, Práticas didáticas
engajamento de estudantes que não se identi-
com os livros do Programa, Formação
ficam com as formas tradicionais de ensino, e
continuada — permite que você imple-
propiciando a eles uma aprendizagem signifi-
mente o uso das tecnologias digitais no seu
cativa.
planejamento de aula, integrando-as à sua
Nesse aspecto, o papel da tecnologia digital se prática pedagógica. Para isso, nós buscamos
torna cada vez mais relevante para que o aluno uma fundamentação pedagógica que esteja
dessa nova geração tenha condições plenas de alinhada ao que almejamos para o processo
atuar nesse mundo e desenvolver habilidades de ensino e aprendizagem na cultura digital.
demandadas pela sociedade atual.
44 LIVRO DO PROFESSOR
Os princípios pedagógicos adotados
são a valorização da aprendizagem
significativa e ativa, possibilitando
o desenvolvimento da autonomia e
do espírito indagativo, que aconteça
também por meio da aprendizagem
colaborativa.
Para isso, são apresentadas algumas atividades práticas e discussões que priorizam
uma metodologia baseada no entendimento e na negociação entre três compo-
nentes: Tecnologia (TK), Pedagogia (PK) e Conteúdo(CK). Focando a ação e a reflexão
desta ação, que ocorre no contexto da escola e no contexto da sala de aula, possibi-
litando que todos os envolvidos no Programa se apropriem das tecnologias digitais,
mais especificamente dos Títulos Digitais, de forma coletiva.
PROGRAMA INSPIRA 45
Mão na massa...
PARTE PRÁTICA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
46 LIVRO DO PROFESSOR
Parte prática – Mão na massa...
Lembramos que a Formação Continuada tem como Para isso, são propostas atividades de
objetivo maior a apropriação tecnológica e pedagó- exploração, investigação e aplicação
gica do Programa Inspira Digital e prevê algumas dos Títulos Digitais, para um empodera-
ações, de forma a atingir os objetivos, como: mento do uso destes em sala de aula.
tências tecnológicas e pedagógicas com o zação segura dos Títulos Digitais no dia a
uso das TDICs, em especial, com o uso dos dia de sala de aula.
Títulos Digitais e seus recursos por meio Algumas atividades são propostas e para
das Atividades de Sala de Aula (Sequên- isso disponibilizaremos espaços aqui para
cias Didáticas); que você possa registrar o seu encaminha-
•
Incentivar a criação de um espaço de mento, desenvolvimento e os resultados.
•
Promover o compartilhamento das Vamos iniciar?
PROGRAMA INSPIRA 47
Atividade 1
Quebra gelo
1ª ETAPA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para se expressar
da maneira que
preferir.
2ª ETAPA
ocialize as suas impressões com os colegas. Se apresente, indicando nome, disciplina que leciona e uma
S
característica pessoal que impacte nas suas atividades em sala de aula.
48 LIVRO DO PROFESSOR
A opinião dos
3ª ETAPA
colegas pode
te ajudar nas
Discuta e reflita sobre “A presença das tecnologias digitais em sala de aula”. reflexões!
Atividade 2
Roda de conversa
Esta atividade tem como intenção realizar com os colegas uma Para a roda de conversa, você pode ler a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
roda de conversa sobre o uso das novas tecnologias digitais entrevista da professora doutora Maria
na educação e a importância da formação dos professores. Elizabeth Almeida concedida à jornalista
Renata Chamarelli do Jornal do Professor.
Disponível em http://goo.gl/HbCZ3J
A atividade é desenvolvida em 2 etapas:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/noticias.
html?idCategoria=8&idEdicao=2
1ª ETAPA
PROGRAMA INSPIRA 49
Individualmente, reflita sobre as questões abaixo e anote as suas ideias a respeito:
Há uma certa polêmica em torno do uso das tecnologias em sala de aula. Afinal, os efeitos são positivos
ou negativos para o desempenho dos alunos? Qual é a sua percepção sobre esse tema?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como você acredita que elas devam ser utilizadas, do ponto de vista pedagógico?
50 LIVRO DO PROFESSOR
Na era da tecnologia, como serão as salas de aula do futuro?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quais serão as principais ferramentas dos professores? Que tipo de recurso já está sendo utilizado?
PROGRAMA INSPIRA 51
2ª ETAPA
Após responder às perguntas, forme pequenos grupos e discuta sobre estas questões, tentando chegar
a um consenso.
Há uma certa polêmica em torno do uso das tecnologias As discussões sobre este tema são
em sala de aula. Afinal, os efeitos são positivos ou negativos importantes, pois, neste momento, várias
para o desempenho dos alunos? Qual é a sua percepção opiniões são colocadas, e não precisam ser
sobre esse tema? definitivas. É importante notar que quando
discutimos sobre nosso dia a dia docente,
Como você acredita que elas devam ser utilizadas, do ponto
aprendemos bastante no coletivo com as
de vista pedagógico?
opiniões dos colegas. Em se tratando de um
tema bastante atual, o uso da tecnologia,
Na era da tecnologia, como serão as salas de aula do futuro? mais especificamente o uso da tecnologia
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
digital na escola, é interessante ouvir e
Quais serão as principais ferramentas dos professores? Que acompanhar a opinião de estudiosos da área.
tipo de recurso já está sendo utilizado?
52 LIVRO DO PROFESSOR
Atividade 3
Explorando os Títulos Digitais
Nesta atividade propõe-se a exploração dos Títulos Digitais, visando à apropriação dos conteúdos,
ao entendimento da Estrutura Pedagógica e à análise da metodologia.
1ª ETAPA
Veja que os conteúdos em 3D podem ser movidos e rotacionados conforme a sua necessidade didática. Pode-
se deslocar uma figura, girar o corpo humano, mover-se entre planetas, buscando os melhores ângulos para
uma visualização em tempo real e de maneira simples e rápida.
Aproveite, também, a exploração dos Títulos para identificar os Temas, Subtemas e Tópicos, além das Ferramentas
de Autoria, buscando descobrir o máximo possível de possibilidades de uso dos conteúdos e ferramentas, como:
Notas de Aula, Anotações, uso da ferramenta Pincel, barra de zoom, etc.
PROGRAMA INSPIRA 53
2ª ETAPA
{
Você notou que esses botões levam para textos que
Além da teoria conduzem ao conteúdo desenvolvido nas Trilhas, que
Verdade ou mito
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
partem do levantamento dos conhecimentos prévios,
{
trazendo um tema disparador e uma problematização?
Percebeu que os nossos princípios pedagógicos estão
Juntando os conceitos
contemplados nesta estrutura?
Notaram que no início há uma contextualização, Por
dentro do assunto, e que no final há um fechamento,
Juntando os conceitos? Verifiquem também que
Consulte o capítulo Estrutura
pedagógica para saber um pouco mais. entre esses dois momentos existem o Além da teoria
e o Verdade ou mito, com um aprofundamento dos
assuntos trazendo propostas de situações-problema e
aplicação prática.
54 LIVRO DO PROFESSOR
Veja mais informações no capítulo Navegação e recursos tecnológicos
Registre aqui algumas das suas impressões ao explorar os Títulos Digitais, como: A forma de
organização e disponibilização dos conteúdos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PROGRAMA INSPIRA 55
Atividade 4
Utilizando os Títulos Digitais
A atividade tem a intenção de, após a exploração dos Títulos Digitais, elaborar, em grupo, uma situação
de aprendizagem para ser utilizada em sala de aula.
1ª ETAPA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Depois escolha quais Trilhas Temáticas
irão trabalhar.
2ª ETAPA
Agora, discuta com o grupo a respeito dos conteúdos e dos objetos digitais sugeridos nas Trilhas
Temáticas e depois responda às perguntas a seguir:
56 LIVRO DO PROFESSOR
O conjunto de conteúdos relacionados com os objetos digitais permite mais interação com o
assunto abordado? Os objetos digitais possibilitam melhor entendimento dos assuntos tratados?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como você usaria em sala de aula uma destas Trilhas com esta estrutura pedagógica?
PROGRAMA INSPIRA 57
3ª ETAPA
Intencionalidade/objetivos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ano e nível de escolaridade: Tempo estimado para o desenvolvimento da atividade:
Recursos utilizados:
Encaminhamento da atividade:
58 LIVRO DO PROFESSOR
Resultados esperados:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4ª ETAPA
Após a elaboração da situação de aprendizagem, o grupo apresentará aos demais a atividade realizada.
Neste momento, é importante a discussão sobre as diferentes situações de aprendizagem que cada um dos
grupos apresentou utilizando cada uma das Trilhas Temáticas do Título. Aproveite o momento para opinar,
refletir, avaliar e replanejar novas ações.
PROGRAMA INSPIRA 59
O que conseguiram descobrir a respeito do Programa, dos Títulos Digitais?
Conseguiram fazer uso dos Títulos Digitais nas Você aplicaria em sala de aula?
situações de aprendizagem?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Comente outros aspectos considerados relevantes.
60 LIVRO DO PROFESSOR
Atividade 5
Elaborando uma Sequência Didática
A intenção da atividade é que você, a partir da estrutura de uma Sequência Didática, elabore uma, para
ser implementada com seus alunos. Lembre-se de que sempre deve ser pensado se o que propõe é ou
não adequado a cada nível de ensino e turma, respeitando as especificidades e necessidades de ensino
e aprendizagem de cada um de seus alunos.
1ª ETAPA
Localizar e abrir o Título Digital que tem os conteúdos de sua disciplina. Para a
Veja mais
realização da atividade, clique no Título Digital selecionado e instalado no seu
informações no
dispositivo. Ao elaborar uma Sequência Didática, algumas perguntas são essenciais, capítulo Materiais
como: “O que eu pretendo ensinar? Quais os conteúdos que meu aluno deve para atividade em
conhecer, explorar e nos quais deve se aprofundar?” Desta forma, você consegue sala de aula.
definir o(s) conteúdo(s) que deverá(ão) ser trabalhado(s) com seus alunos na
Sequência Didática. A partir desta investigação, selecione a(s) Trilha(s)Temática(s)
do Título, navegue pelos conteúdos e os selecione.
PROGRAMA INSPIRA 61
2ª ETAPA
3ª ETAPA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A partir desta etapa, você deve se preocupar com a seguinte questão: como eu posso facilitar a compreensão do
aluno? Para isso, é preciso que defina as ações e os procedimentos (o que e como fazer) para o desenvolvimento
da Sequência Didática. É relevante explorar todas as ferramentas disponíveis no conteúdo digital e identificar
quais seriam mais adequadas para a utilização na SD. Se quiser relembrar, assista novamente aos vídeos
indicados anteriormente, como:
62 LIVRO DO PROFESSOR
4ª ETAPA
5ª ETAPA
PROGRAMA INSPIRA 63
Nome
Conteúdos Objetivos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Justificativa Habilidades
Recursos utilizados
64 LIVRO DO PROFESSOR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ligar os pontos
Construir ideias
Aproximar os mundos
PROGRAMA INSPIRA
65
66
Passar de fase
Resolver desafios
LIVRO DO PROFESSOR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Acompanhamento Possíveis dificuldades e/ou desafios
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PROGRAMA INSPIRA 67
6ª ETAPA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Utilize este espaço para registrar suas anotações sobre o desenvolvimento da Sequência Didática com seus alunos
Nome do professor:
Disciplina:
Ano / Turma:
Sequência Didática:
Títulos Digitais - Você e os alunos conseguiram utilizar os Títulos Digitais como planejou? E quais
as Trilhas Temáticas utilizadas?
Conteúdos - Os conteúdos previstos para serem abordados na Sequência Didática foram contem-
plados? Ou você explorou outros conteúdos que não previu anteriormente?
68 LIVRO DO PROFESSOR
Tempo estimado - O tempo estimado para realizar a Sequência Didática foi suficiente? Ou você
poderia ter utilizado mais/menos tempo para o desenvolvimento da atividade?
Recursos utilizados: Além dos Títulos Digitais, quais outros recursos você utilizou para subsidiar sua
aula? Conte um pouco sobre isso.
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Possíveis dificuldades e/ou desafios - Você notou alguma dificuldade ou algum desafio que
foi superado pelos alunos? E por você, algum desafio foi superado? Houve avanços por parte
dos alunos? E por você? Quais as estratégias utilizadas pelos alunos e por você para vencer os
obstáculos.
Resultados esperados –Você conseguiu chegar ao resultado esperado? Mudaria alguma coisa para uma
nova ação? Por quê? Como?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Acreditamos que, com estas atividades aqui propostas
para a formação, você tenha conseguido explorar e utilizar
a tecnologia digital, apropriando-se principalmente dos
Títulos Digitais de sua área de conhecimento.
O ambiente escolar é um
espaço promissor de trocas, e o
Temos a intenção e o desejo de que você possa utilizar
trabalho colaborativo com seus
não só as Sequências Didáticas propostas, mas que
colegas se mostrará bastante
amplie seu repertório, elaborando novas SDs e explo-
eficiente na discussão, na
rando novos conteúdos disciplinares.
reflexão e na elaboração
de novas SDs que podem
atender às diferentes áreas do
conhecimento.
70 LIVRO DO PROFESSOR
Anexos
O que são exatamente as novas tecnologias que produção de softwares, formação de educadores e
estão sendo aplicadas na educação? ao desenvolvimento de projetos-pilotos nas escolas.
Quando falamos de novas tecnologias, fazemos Há uma certa polêmica em torno do uso das
referência, principalmente, àquelas digitais. Hoje, tecnologias em sala de aula. Afinal, os efeitos são
sabemos que a tendência é de que haja uma positivos ou negativos para o desempenho dos
convergência de tecnologias e mídias para um alunos?
único dispositivo. O essencial é que este dispositivo Vivemos numa sociedade informatizada. Não
possua ferramentas de produção colaborativa de podemos negar o contato com a tecnologia
conhecimento, de busca de informações atualizadas. justamente para a população menos favorecida que,
Isso possibilita uma comunicação multidirecional, na em geral, só teria condições de acessá-la no ambiente
qual todos são autores do processo ou, pelo menos, escolar. Pesquisas mostram resultados promissores
têm potencial para ser. quando as tecnologias de informação e comunicação
(TICs) são utilizadas de forma adequada, que oriente
Quando surgiu a discussão sobre esse assunto? o uso para a aprendizagem, o exercício da autoria e o
O primeiro projeto público surgiu no Brasil em desenvolvimento de produções em grupo.
meados da década de 1980. Era o EDUCOM, um
projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto por
cinco universidades públicas que se dedicaram à
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Como elas devem ser usadas do ponto de vista são bastante disseminados entre os docentes.
pedagógico? O WiKi, que é um programa virtual de produção
As novas tecnologias podem ser usadas de diferentes colaborativa de textos, também. Entretanto há outros
maneiras, mas podem trazer soluções mais eficazes recursos, como simuladores que permitem visualizar
em projetos que envolvem a participação ativa fenômenos da natureza ou do corpo humano que
dos alunos, como em atividades de resolução não teríamos condições de acompanhar se não fosse
de problemas, na produção conjunta de textos e virtualmente; os simuladores propiciam também
no desenvolvimento de projetos. O fundamental compreender o significado de funções matemáticas
nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem abstratas por meio de testes de hipóteses e da
a tecnologia para: chegar até as informações que representação gráfica instantânea.
são úteis nos seus projetos de estudo, desenvolver a
criatividade, a coautoria e o senso crítico. A senhora pesquisou a política de outros países
em relação à aplicação das TICs na educação.
Na era da tecnologia, como serão as salas de aula Como o Brasil se posiciona em relação a países
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do futuro? como Estados Unidos e Portugal?
A primeira mudança é a expansão do espaço e Atualmente, há uma convergência das experiências
do tempo. Rompe-se com o isolamento da escola em diversos países. Os computadores portáteis, por
entre quatro paredes e em horários fixos das aulas. exemplo, estão sendo testados em todo o mundo,
Teremos a escola no mundo e o mundo na escola. simultaneamente: tanto em países da América
Isso, porque o conhecimento não se produz só na Latina quanto da África e da Europa. O problema, no
escola, mas também na vida — numa empresa, num entanto, não é a disponibilidade das tecnologias, mas,
museu, num parque de diversões, no meio familiar. sim, a formação de professores para utilizar as TICs.
Tais espaços poderão se integrar com as práticas Outro problema que também se evidencia em todos
escolares e provocarão uma revisão no conceito os países é a concepção de currículo. Precisamos
de escola e de currículo. Os equipamentos serão superar a ideia do currículo prescrito como lista de
bem diferentes, estarão disponíveis em qualquer tópicos de conteúdo. O currículo deve ser construído
lugar, talvez nem tenhamos que carregá-los. A integrando o que emerge da própria relação
conectividade é que vai nos acompanhar em todos cotidiana entre professores e alunos. Muitas vezes, os
os lugares. currículos não abordam habilidades e competências
que precisam ser desenvolvidas. Quando se trabalha
Quais serão as principais ferramentas dos com o registro de uma atividade num blog, por
professores? Que tipo de recurso já está sendo exemplo, os alunos desenvolvem um projeto pelo
utilizado? computador, que tem o seu desenvolvimento
registrado e, assim, é possível identificar diferentes
Já temos uma série de instrumentos sendo
dimensões do currículo que foram trabalhadas no
utilizados pelos professores. Os blogs, por exemplo,
projeto, o que vai muito além do currículo prescrito.
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O que está sendo feito hoje em termos de formação de professores?
Em primeiro lugar, no Brasil, todos os programas voltados para TICs na educação Entrevista realizada por Renata
têm essa preocupação de capacitar os professores. Mais do que permitir o Chamarelli com a Professora
Maria Elizabeth Biaconcini
acesso à tecnologia, os programas trabalham a preparação dos educadores. E Almeida, Disponível em:
isso é uma questão de longo prazo, porque a formação se dá ao longo da vida, <http://portaldoprofessor.
mec.gov.br/noticias.
tem que ser continuada e voltada para a própria prática. Além disso, temos hoje html?idCategoria=8&idEdicao=2>
várias pesquisas sendo desenvolvidas nesta área e o Brasil se destaca por ter Acesso em 23 de jul. de 2015.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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