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Principais Tipos de Ligações Químicas

Iônicas Covalentes Metálicas


Principais Tipos de Ligações Químicas
Ligações químicas

A maioria dos compostos situa-se dentro


do triângulo
Representações de Lewis
Numa ligação química só intervêm os elétrons de
valência, ou seja, os elétrons da camada mais externa do
átomo. Para os representar utilizamos as representações de
Lewis ou notações de Lewis.
Consistem no símbolo do elemento (que representa o
núcleo mais as camadas internas, ou cerne do átomo) e um
ponto (dot) por cada elétron de valência.

Exemplos:
metais alcalinos: Li ; Na oxigênio: O
carbono: C halogêneos: F
Ligações Iônicas
Ligações Iônicas
Representações de Lewis de compostos iônicos

Mostram apenas a relação estequiométrica entre os íons constituintes


do composto iônico.
DEFINIÇÕES DE PARÂMETROS DE
COMPOSTOS IÔNICOS
Retículo Cristalino:
Conjunto de íons positivos e
negativos, extremamente
organizado, que apresenta um
arranjo definido ao redor de cada
íon, bem como uma distância
constante que separa quaisquer
íons vizinhos.
DEFINIÇÕES DE PARÂMETROS DE
COMPOSTOS IÔNICOS

Cela (Célula) Unitária:

Conjunto mínimo de íons que deve


corresponder à menor subdivisão
possível do cristal, que ainda
mantém as características tais
como número de vizinhos e
distância entre os mesmos.
DEFINIÇÕES DE PARÂMETROS DE
COMPOSTOS IÔNICOS
Número de Coordenação (N.C.):
Número de vizinhos mais
próximos de um dado elemento
em uma cela unitária.
Posicionamento dos íons nas células unitárias
½ do íon para cada
C.U.

¼ do íon 1/8 do elemento


para cada C.U. para cada C.U.
Além dos elementos que estão no interior da C.U.
Exemplos de células unitárias
Propriedades dos Compostos tipicamente Iônicos
1) Os compostos iônicos são muito duros devido à
resistência que os íons oferecem ao se tentar movê-los
de sua posição de equilíbrio. Porém, eles são
quebradiços, pois quando se desloca uma camada em
relação à adjacente, os íons de mesma carga repelem-se
fortemente, rompendo estrutura do composto.
Propriedades dos compostos tipicamente Iônicos
2) Os compostos iônicos são, em geral, maus
condutores de eletricidade no estado sólido,
pois os íons estão restritos às suas posições de
equilíbrio na rede cristalina e não podem
deslocar-se. Por outro lado, os compostos
iônicos fundidos ou em solução podem conduzir
eletricidade.

3) As fortes interações multidirecionais, aliadas às


estruturas rígidas do retículo cristalino, fazem
com que os compostos iônicos necessitem de
uma grande quantidade de calor para
desorganizar todo este arranjo. Assim sendo, os
pontos de fusão e ebulição dos compostos
iônicos são elevados.
Propriedades dos Compostos tipicamente Iônicos
4) Os compostos iônicos são solúveis em solventes
polares que apresentam alta permissividade ou
constante dielétrica (ε).
No processo de dissolução de uma espécie
em determinado solvente, estamos separando os
íons (Z+, Z-) uns dos outros a partir de uma
distância inicial r. Assim temos que interpretar
este fenômeno a partir da energia de atração
entre estas espécies:   2
Z Z e
E
e= carga fundamental do e- = 1,6x10-19C 4 o r
ε é a resistência que o meio oferece à união dos dois íons.
Assim, quanto maior for a constante dielétrica do meio
mais dificilmente os íons tenderão a ficar unidos, menor
será a atração entre os mesmos e maior será a interação
com o solvente. εo representa permissividade do vácuo.
Aspectos energéticos da formação de compostos iônicos

1ª E. I. do Li: + 513 kJ/mol O resultado líquido é positivo


(+185 kj/mol, processo não
1ª A. E. do F: - 328 kJ/mol espontâneo)

O LiF não se formaria!!


De modo geral, quanto maiores forem as cargas dos íons
maiores serão suas energias reticulares e suas
estabilidades.
Contribuição da geometria do retículo cristalino na energia
de interação eletrostática dos compostos iônicos.

íon de referência

Distâncias entre vizinhos em uma retículo cristalino de


NaCl, entre as forças de atração e repulsão entre os íons.
Contribuição da geometria do retículo cristalino na energia
de interação eletrostática dos compostos iônicos.

Z  Z e2  1 1 1 1 1 1 
U ret        
4 o  r r r r r 2 r 2 

Z  Z e2  4 2 
U ret    
4 o  r r 2 
  2
Z Z e  2 
U ret   4  
4 o r  2

Constante de Madelung
(fator geométrico, A) Modelo do quadrado iônico
Equação de Born-Landé para determinar a energia reticular, Uret:

onde:
A é a constante de Madelung (somatório de todas as interações
geométricas presentes no retículo),
N é o número de Avogadro de pares de íons por mol de retículo
cristalino,
Z1 é a carga do íon positivo,
Z2 é a carga do íon negativo,
e é a carga do elétron,
r é a soma dos raios de cada um dos íons envolvidos no retículo
n é uma variável conhecida como expoente de Born (representa a
resistência que os íons oferecem quando são forçados a se
aproximar mais intimamente uns dos outros e, desta forma, devem
ser obtidos a partir de dados de compressibilidade)
0 é a permissividade do vácuo (medida de resistência do meio à
interação eletrostática dos íons).
Quanto maior a carga dos íons, maiores serão as
constantes de Madelung. Nesses casos, existem mais íons
dentro das células unitárias, propiciando mais termos de
atração e repulsão, aumentando os valores numéricos da
constante de Madelung (A).
Urede/kJ.mol-1 Tfusão/°C
__________________________
LiCl 834 801
LiF 1030 845
MgO 3795 2800
___________________________
Ciclo de Born-Haber

Os ciclos de Born-Haber são usados para


determinar valores das energias associadas às
formações dos compostos iônicos.
Ciclos de Born-Haber e aplicação da Lei de
Hess
HsublNa + HdisCl + HI1Na+ H1AECl + Hrede(U) = Hform.

Rearranjando-se para encontrarmos a energia de rede:

Hrede (U) = Hform. - (HsublNa + HdisCl + HI1Na+ H1AECl)


Formas alternativas dos Ciclos de Born-Haber

Na+ (g) + e- + Cl (g)


Entalpia
HI1 H1AE
Na (g) + Cl (g)
Na+ (g) + Cl- (g)
Hdiss.
Na (g) + ½ Cl2 (g)

Hsubl. H U
Na (s) + ½ Cl2 (g)

H form.
NaCl (s)

Hsubl.Na + Hdis.Cl + HI1 + H1AE + HU = Hform.


There are two routes from elements to ionic compound

Na+ (g) + e- + Cl (g)


enthalpy H
H first ionisation energy H first electron affinity
Na (g) + Cl (g)
Na+ (g) + Cl- (g)
H atomisation

Na (g) + ½ Cl2 (g)

H atomisation H lattice
Na (s) + ½ Cl2 (g) association
Apply
Hess’s H formation
NaCl (s)
Law:
Previsão de formação de compostos iônicos pelo ciclo de Born-Haber

Do ponto de vista energético, o alto


valor positivo do Hform. inviabiliza a
formação do NaCl2.
Previsão de formação de compostos iônicos pelo ciclo de Born-Haber
Previsão de formação de compostos iônicos pelo ciclo de Born-Haber
DEFEITOS EM SÓLIDOS IÔNICOS
•Ao estudar os materiais cristalinos, tem-se admitido que existe uma
perfeita ordem em escala atômica
•Contudo esse tipo de sólido idealizado não existe, pois todos os
materiais contém defeitos e imperfeições em suas estruturas.
•As propriedades de alguns materiais são profundamente influenciadas
pela presença de imperfeições nos sólidos cristalinos.
•Por “defeito cristalino” é designada uma irregularidade na rede
cristalina.
•O tipo e o número de defeitos dependem do material, do meio
ambiente, e das circunstâncias sob as quais o cristal é processado.
•Mesmo sendo poucos, eles influenciam muito nas propriedades dos
materiais, porém nem sempre de forma negativa.
Classificação dos defeitos
DEFEITOS PONTUAIS

• Lacunas ou vacâncias ou vazios


• Átomos Intersticiais
• Schottky
Ocorrem em sólidos iônicos
• Frenkel
• Impurezas
DEFEITOS PONTUAIS
FRENKEL
• Pode ser considerado como sendo
formado por um cátion que deixa
sua posição normal e se move
para o interior de um sítio
intersticial.
• Não existe alteração da carga, pois
o cátion mantem a mesma carga
positiva como um átomo intersticial
(Defeito estequiométrico).
• Esse defeito preserva a densidade
do sólido.
• Ocorre tipicamente em sólidos onde o
metal apresenta tamanhos pequenos.

Ex. ZnS, AgCl, AgBr, AgI.


DEFEITOS PONTUAIS
FRENKEL

Cristal perfeito

Cristal com defeito de Frenkel


Fonte: Wikipedia, the free encyclopedia
DEFEITOS PONTUAIS
SCHOTTKY
• Pode ser considerado como sendo formado
pela remoção de um cátion e um ânion
do interior do cristal, seguido pela
colocação de ambos os íons em uma
superfície externa
• Uma vez que tanto os cátions como os
ânions possuem a mesma carga, e que
para cada lacuna de ânion existe uma
lacuna de cátion, a neutralidade do
cristal é mantida (Defeito
estequiométrico).
• Normalmente esse defeito leva à
diminuição da densidade do cristal.
• É encontrado em compostos com alto
caráter iônico, altos N.C. e com pequenas
diferenças entre os tamanhos dos cátions e
ânions.

Ex : NaCl, KCl, CsCl, KBr, AgCl.


DEFEITOS PONTUAIS
SCHOTTKY

Cristal perfeito

Cristal com defeito de Schottky


Fonte: Wikipedia, the free encyclopedia
VACÂNCIAS OU VAZIOS

• Envolve a falta de um átomo.


• São formados durante a
solidificação do cristal ou
como resultado das vibrações
atômicas (os átomos deslocam-
se de suas posições normais).
• O número de vacâncias
aumenta com o aumento da
temperatura.
INTERSTICIAIS

Átomo intersticial pequeno Átomo intersticial grande


Gera maior distorção na rede
Defeitos não-estequiométricos
Defeitos não-estequiométricos

Elétrons situados nessas vacâncias tendem a absorvem luz


na região do visível, tornando o material colorido.
A intensidade da coloração aumenta com o aumento da
presença desses tipos de elétrons.
Os centros F são comumente encontrados em compostos com
metais do bloco s (Ex. Na2O), pois eles tendem a perder
elétrons mais facilmente, principalmente quando esses
compostos são aquecidos.

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