Professional Documents
Culture Documents
CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 4
2. ESPECIFICAÇÕES ..................................................................................................................... 4
5. Correntes .............................................................................................................................. 21
Este trabalho foi feito para ser colocado em prática os conhecimentos adquiridos
na disciplina de Elementos de Máquinas II. Nesse estudo, foi projetado um elevador de
passageiros, onde foram calculados e selecionados os componentes para uma aplicação real.
2. ESPECIFICAÇÕES
Para elaboração deste trabalho foi determinado que a carga total, composta por cabina
e passageiros, represente 1300 Kg. O sistema de elevação deve ser composto por um motor
elétrico, polias, roda dentada, cabos de aço e correntes.
𝑃𝑂𝑇𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = 𝐶𝑇 ∗ 𝑣
𝑣 = 3,5 𝑚/𝑠 (escolha de projeto), daí:
𝑃𝑂𝑇𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = 12753 ∗ 3,5 = 44,64 𝐾𝑤
𝑷𝑶𝑻𝒏𝒆𝒄𝒆𝒔𝒔á𝒓𝒊𝒂 = 𝟓𝟏, 𝟑𝟒 𝑲𝒘
𝐶𝑅𝑀
𝐹𝑆 =
𝐶𝑇
CRM: Carga de Ruptura Mínima;
CT: carga de trabalho (projeto);
FS: fator de segurança (Catálogo CIMAF).
9,81𝑚
𝐶𝑇 = 1300𝑘𝑔 ∗ = 12753 𝑁 = 𝟏, 𝟑 𝒕𝒇
𝑠2
Daí: 𝐶𝑅𝑀 = 12 ∗ 1,3 = 𝟏𝟓, 𝟔 𝒕𝒇
Tabela 1 - Cabo de aço classe 8x19 - Alma de fibra Especial para Elevadores de Passageiros –
Tração
Carga de Ruptura
Diâmetro
Massa Aprox. (kg/m) Mínima (tf)
mm pol. TS
8,0 5/16” 0,223 2,86
9,5 3/8” 0,315 4,10
11,0 - 0,445 5,42
13,0 1/2” 0,560 7,60
16,0 5/8” 0,880 11,55
Fonte: Extraído de Catálogo CIMAF 2014
Logo:
redução realizada pelas correias será: 𝑖 = 2
redução realizada pelas correntes será: 𝑖 = 2
𝑃
∆𝐿 =
𝐸 ∗ 𝐴𝑚
Onde:
P: Carga aplicada por cabo;
E: Módulo de elasticidade;
2
𝐴𝑚 : Área metálica. (𝐴𝑚 = 𝐹 ∗ 𝑑𝑐𝑎𝑏𝑜 )
𝑷 (𝟏𝟐𝟕𝟓𝟑/𝟓)𝑵
∆𝑳 = = = 𝟎, 𝟎𝟓𝟔𝟐 (𝒎𝒎/𝒎𝒎)
𝑬 ∗ 𝑨𝒎 𝟕𝟎𝟎𝟎𝑵/𝒎𝒎² ∗ 𝟎, 𝟑𝟓𝟗 ∗ 𝟗, 𝟓𝟐 𝒎𝒎²
3.5. Tensões no Cabo
Tensão de flexão devido a carga axial e o peso do cabo.
𝑃+𝑤
𝜎𝑑 =
𝐴𝑚
Onde:
P: Carga aplicada por cabo;
w: Peso do cabo por unidade de comprimento (tabela 1);
2
𝐴𝑚 : Área metálica. (𝐴𝑚 = 𝐹 ∗ 𝑑𝑐𝑎𝑏𝑜 )
4. SELEÇÃO DE CORREIAS
O tipo de correia selecionada será do tipo Trapezoidais (em V).
Segundo o cruzamento das linhas no gráfico concluímos que a correia será do tipo D.
𝟑𝟑𝟎𝒎𝒎 ≤ 𝒅 ≤ 𝟒𝟑𝟐𝒎𝒎
𝐷 ≤ 𝐶 < 3(𝐷 + 𝑑)
Logo:
400 ≤ 𝐶 < 3(400 + 800)
Vamos escolher então o menor valor tabelado (tabela 4) para o comprimento da correia
com perfil D. Isso nos garante uma menor distância entre centros das polias, para que o sistema
de redução seja o menor possível.
Escolhemos então:
𝑳𝒕𝒂𝒃 = 𝟑𝟎𝟎𝟎 𝒎𝒎
Tabela 5
𝐿𝑝 = 𝐿𝑡𝑎𝑏 + 𝐿𝑐
Logo:
𝑳𝒑 = 𝟑𝟎𝟎𝟎 + 𝟖𝟐 = 𝟑𝟎𝟖𝟐 𝒎𝒎
Agora iremos calcular a distância entre centros corrigida e verificar se ela está dentro dos limites
estabelecidos anteriormente:
2
𝐶 = 0,25 {[𝐿𝑝 − 1,57(𝐷 + 𝑑)] + √[𝐿𝑝 − 1,57(𝐷 + 𝑑)] − 2(𝐷 − 𝑑)2 }
𝑪 = 𝟓𝟔𝟒 𝒎𝒎
Logo: valor para a distância entre centros está dentro dos limites estabelecidos.
Tabela – 7
Tabela 6 - Comprimento nominal da correia
Tabela 7
𝟔𝟎(𝟖𝟎𝟎 − 𝟒𝟎𝟎)
𝜶 = 𝟏𝟖𝟎 − = 𝟏𝟑𝟕, 𝟒𝟓°
𝟓𝟔𝟒
Interpolando, temos que o fator de arco é:
𝑭𝒂𝒓𝒄𝒐 = 𝟎, 𝟖𝟖𝟓
(𝑃𝑜𝑡)𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 (𝑛)
𝑁𝑐 =
(𝑃𝑜𝑡)𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 (𝐹𝑎𝑟𝑐𝑜 )(𝐹𝑐𝑜𝑚𝑝 )
Onde:
𝑛 − 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎
Escolhendo um fator de segurança igual a 1,6. Temos:
85,1 (1,6)
𝑁𝑐 = = 5,46
33,15 (0,885)(0,85)
Tabela 8
Consultando a tabela – 9, temos:
Logo:
𝒘𝟏 𝒗𝟐 𝟓, 𝟗𝟐𝟓 ∗ 𝟏𝟒, 𝟖𝟕𝟐
𝑻𝒄 = 𝒎𝒗𝟐 = = ≅ 𝟏𝟑𝟒 𝑵
𝒈 𝟗, 𝟖𝟏
𝒅𝒎𝒐𝒗 − 𝒅𝒎𝒐𝒕 𝝅
𝜽𝟏 = (𝟏𝟖𝟎° − 𝟐 𝐬𝐢𝐧−𝟏 ( )) = 𝟐, 𝟒𝟐 𝒓𝒂𝒅
𝟐𝑪 𝟏𝟖𝟎°
Daí:
0,8
𝑇𝑡 − 134 40∗2,42 𝑇𝑡 − 134
sin
=𝑒 2 = = 𝑒 5,66 = 287
𝑇𝑓 − 134 𝑇𝑓 − 134
Para uma condição de transmissão de máxima potência, temos:
(𝑻𝒕 + 𝑻𝒇 + 𝟐𝑻𝒄 )
𝑻𝟎 = = 𝟐𝟒𝟏𝟐 𝑵
𝟐
Torque Resultante
A polia produz um torque (T) no qual é dado pela seguinte equação:
𝒅
𝑻 = (𝑻𝒕 − 𝑻𝒇 ) = (𝟒𝟒𝟎𝟔 − 𝟏𝟒𝟗) ∗ 𝟎, 𝟒/𝟐 = 𝟖𝟓𝟏, 𝟒 𝑵𝒎
𝟐
Carga Resultante:
A carga resultante é dada pela seguinte equação:
𝑇𝑡 𝐾𝑏 990 5680
𝑇1 = + = + = 525,64 𝑙𝑏𝑓 = 2338 𝑁
6 𝑑 6 15,75
𝑇𝑡 𝐾𝑏 990 5680
𝑇2 = + = + = 345,3 𝑙𝑏𝑓 = 1536 𝑁
6 𝐷 6 31,5
−1 −1
𝐾 −𝑏 𝐾 −𝑏 18726 −11,105 18726 −11,105
𝑁𝑝 = [( ) + ( ) ] = [( ) +( ) ] = 𝟏𝟎, 𝟔𝒙𝟏𝟎𝟗 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒔
𝑇1 𝑇2 2338 1536
Visto que Np está fora do intervalo de validade desta equação, a vida é reportada como maior
do que 109 voltas. Então:
𝑁𝑝 𝐿𝑝 109 ∗ 3,082
𝑡> = = 𝟓𝟕𝟓𝟕𝟑 𝒉𝒐𝒓𝒂𝒔
3600𝑣 3600 ∗ 14,87
Onde, os valores de "e" e "f", são tabelados. Desta forma temos que as polias para as correias
tem a seguinte largura:
𝑳 = (𝑵𝒄 − 𝟏)𝒆 + 𝟐𝒇 = (𝟔 − 𝟏)𝟑𝟕 + 𝟐(𝟐𝟒) = 𝟐𝟑𝟑 𝒎𝒎
5. Correntes
Para a seleção de uma corrente para um sistema mecânico devemos considerar
alguns parâmetros, tais como: a relação de transmissão, potência a ser transmitida, as
características do equipamento, as condições de operação e o espaço disponível.
O fator de serviço (𝐾𝑠 ) vai ser considerado o mesmo utilizado para as correias, então
vamos considerar 𝐾𝑠 = 1,15. Para o fator de lubrificação (𝐾𝑙 ) temos duas opções, são elas:
1 → 𝐿𝑢𝑏𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑎
𝐾𝑙 {
1,3 → 𝑙𝑢𝑏𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑖ó𝑑𝑖𝑐𝑎
Consideramos a corrente passando por lubrificação periódica, então: 𝐾𝑙 = 1,3
Analisando a Figura 4, devemos escolher a corrente de número 120, porém a potência limite
devido a fadiga de desgaste seria negativa, causando a falha muito rápida por desgaste. Portanto,
escolhemos a corrente de número 100. E através da Figura 4, vamos obter a potência da corrente
em HP.
Como nossa rotação foi de 355 rpm e está valor não está presente na Figura 5, foi
necessário a realização de interpolação.
Figura 5 - Capacidade em CV para corrente
Assim, temos:
rpm Potência
(hp)
300 27,7
355 x
400 35,9
Como a redução (i) para este trabalho foi de 2, o número de dentes escolhido foi de 27
dentes para a roda dentada motora. Os diâmetros das rodas dentadas são determinados através
da equação 2:
𝑝
𝑑=
180 (2)
𝑠𝑒𝑛 ( 𝑁 )
Onde:
𝑁 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑟𝑜𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎;
𝑝−= 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒; (𝑖𝑛);
𝑛º − 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠𝑛 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑟𝑜𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎; (𝑟𝑝𝑚)
𝑁𝑝𝑛 𝑓𝑡
𝑉= ⁄𝑚𝑖𝑛
12
Máxima velocidade de saída é:
𝜋𝐷𝑛 𝑓𝑡
𝑉𝑚á𝑥 = ⁄𝑚𝑖𝑛
12
Logo:
𝑵𝒑𝒏 𝟐𝟕 ∗ 𝟏, 𝟐𝟓 ∗ 𝟑𝟓𝟓
𝑽= = = 𝟗𝟗𝟖, 𝟒 𝒇𝒕/𝒎𝒊𝒏 (𝟓, 𝟎𝟕𝟐 𝒎/𝒔)
𝟏𝟐 𝟏𝟐
Logo, o valor máximo de velocidade da corrente está menor que o limite recomendado que é
de 12 m/s.
O número de elos (𝐿⁄𝑝) é dado pela equação ( ), onde se é recomendável que este valor seja
par.
𝐿 2𝐶0 𝑁3 + 𝑁2 (𝑁3 − 𝑁2 )²
( )= + +
𝑝 𝑝 2 4𝜋²𝐶
( 𝑝 0)
𝐿
( ) = 115,07 𝑒𝑙𝑜𝑠
𝑝
Possuindo o número de elos (𝐿⁄𝑝), agora devemos corrigir a distância entre centros, está
correção foi realizada através da equação ( ).
1/2
𝑝 2
𝑁3 − 𝑁2 2
𝐶 = [−𝐴 + (𝐴 − 8 ( ) ) ]
4 2𝜋
Onde:
𝑁3 + 𝑁2 𝐿 𝐿
𝐴= −( ) 𝑒 ( ) = 115 𝑒𝑙𝑜𝑠
2 𝑝 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜 𝑝 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜
Então,
𝑁3 + 𝑁2 𝐿
𝐴= −( ) = −74,5
2 𝑝 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜
𝑃𝑒
𝑁𝑐 =
𝐾1 𝐾2 (𝑃𝑜𝑡)𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
O fator de correção K1 é encontrado com o auxílio da Figura 7, mas nota-se que para o nosso
número de dentes teremos que utilizar a equação abaixo para encontrar o nosso fator de
correção.
𝑁 1,08
𝐾1 = ( ) = 1,65
17
Então, para 3 fileiras vamos ter o fator de correção K2 = 2,5. Agora, já possuímos todos
os dados para o cálculo do número de correntes através da equação ( ).
𝑃𝑒
𝑁𝑐 = = 1,662
𝐾1 𝐾2 (𝑃𝑜𝑡)𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑁2 𝑝𝑛2
(𝑃𝑜𝑡)𝑑𝑒𝑠𝑔𝑎𝑠𝑡𝑒 = ( ) (4,413 − 2,073𝑝 − 0,0274𝑁3 )
110,84
𝑛3
− ln ( ) (1,59 𝑙𝑜𝑔 𝑝 + 1,873) (𝐻𝑃)
1000
(𝑃𝑜𝑡)𝑑𝑒𝑠𝑔𝑎𝑠𝑡𝑒 = 19,43 ℎ𝑝
(𝑷𝒐𝒕)𝒅𝒆𝒔𝒈𝒂𝒔𝒕𝒆 = 𝟏𝟗, 𝟒𝟑 𝒉𝒑
Sendo,
𝑃𝑜𝑡(𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠)
𝑇= = 646,02 𝑁
𝑟𝑎𝑑
𝑤( )
𝑠
𝑷𝒐𝒕(𝑾𝒂𝒕𝒕𝒔)
𝑻= = 𝟔𝟒𝟔, 𝟎𝟐 𝑵
𝒓𝒂𝒅
𝒘( 𝒔 )
(𝑃𝑜𝑡)𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 32,21 ℎ𝑝 = 24,02 𝑘𝑊 = 24021 𝑊
𝑤 = 355 𝑟𝑝𝑚 = 37,18 𝑟𝑎𝑑/𝑠
Então,
𝟐𝑻 𝟐 ∗ 𝟔𝟒𝟔, 𝟎𝟐
𝑭= = = 𝟒𝟕𝟐𝟒 𝑵
𝒅 𝟎, 𝟐𝟕𝟑𝟓
6.1.1. Eixo A
A única carga que atua no eixo A é uma carga transversal igual a 𝑇𝑅 resultante que age
na polia motora.
Logo: O momento máximo, será:
𝑴𝒎á𝒙 = 𝟑𝟏𝟔, 𝟒 𝑵𝒎
𝑻𝒎á𝒙 = 𝟖𝟓𝟏, 𝟒 𝑵𝒎