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A religião está presente em todos os setores da sociedade, através dela o ser humano busca um
encontro com o transcendente e embora não se consiga explicar cientificamente o que torna essa
relação entre homem e a religião tão forte é fácil dizer que a mesma pode tanto ser construtiva quanto
destrutiva, dependendo de maneira como o homem reage frente a visões contrarias a suas ideologias.
Os conflitos religiosos em sua maioria são gerados em função de uma ideologia extremista que
dizimou milhões de vidas em conflitos, como é o caso do holocausto e ainda dizima outras mais em
que guerras que pareceram não ter fim. A intolerância foi demonstrada pela Inquisição Católica
Romana, as Cruzadas como exercida por essa mesma organização, e por essas instâncias como
Massacre do Dia de São Bartolomeu, na França.
Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um
crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema
gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à
vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.
O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o
Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há uma separação entre
Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas
religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento
igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade
religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada. É importante salientar que a
crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa.
Os direitos de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são assegurados pelas liberdades
de opinião e expressão. Todavia, isso deve ser feito de forma que não haja desrespeito e ódio ao grupo
religioso a que é direcionada a crítica. Como há muita influência religiosa na vida político-social
brasileira, as críticas às religiões são comuns. Essas críticas são essenciais ao exercício de debate
democrático e devem ser respeitadas em seus devidos termos.
Intolerância religiosa é o conceito que designa a prática moral definida pelo não reconhecimento da
veracidade de outras religiões além da que é apregoada pelo sujeito, essa atitude é caracterizada
principalmente pelo desrespeito e a perseguição às diferentes crenças religiosas, mas está fundada em
outros vícios morais como a discriminação, o preconceito, a arrogância, a pretensão e o orgulho.
O intolerante religioso é aquele que, sem perceber, exige que toda a humanidade tenha os mesmo
costumes e crenças, pois acha que os costumes e crenças apregoados de forma diferente da dele são
falsos. Ora, existe atitude mais arrogante, dogmática e fanática do que a atitude do intolerante
religioso? Ele simplesmente pensa que a sua visão de mundo é a única verdadeira e que todas as
outras são falsas, e o pior, que todas as pessoas deveriam professar a mesma fé que ele. Essa é uma
atitude ditatorial e autoritária de pessoas que querem impor o seu modo de ser às outras pessoas, e
que são incapazes de compreender que as diferenças culturais, religiosas e ideológicas são próprias
da condição da existência humana.