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Relatório
Máquinas Síncronas
Anderson Vinícius de Almeida Brasil
Euslei Cassio Elias
Henrique Alves Rodrigues
2 de maio de 2007
Máquinas Síncronas
Sumário
I 2
1 Ob jetivo 2
2 Introdução 2
3 Materiais/equipamentos Utilizados 4
II 5
III 20
7 Conclusão 20
Referências 20
Parte I
1 Objetivo
Este conjunto de experiências objetiva à caracterização estática e dinâ-
mica de máquinas síncronas. São estudados desde o principio de operação
destas máquinas e determinação dos parâmetros até a caracterização dos
transitórios no motor (curto e rejeição de carga) e paralelismo de geradores.
2 Introdução
O motor síncrono é um tipo de motor elétrico muito útil e conável com
uma grande aplicação na indústria.
É bastante semelhante ao motor de indução no seu aspecto geral, em-
bora usualmente os motores síncronos possuem potência elevada e/ou rotação
muito baixa quando comparado com o motor de indução normal.
A máquina síncrona, de acordo com a localização do campo, pode ser
de dois tipos. Na de "campo xo", o estator é constituído por uma estru-
tura cilíndrica de aço ou ferro fundido ou laminado, permitindo o retorno do
uxo para o circuito magnético criado pelos enrolamentos de campo, con-
sistindo de espiras enroladas nas sapatas polares e alimentadas por corrente
contínua. O enrolamento da armadura colocado no rotor é levado a anéis
coletores conforme mostra a gura 1(a), alimentada por CA caso a máquina
seja utilizada como motor. A gura 1(b) mostra um conversor síncrono, que
é utilizado para converter corrente contínua em alternada e vice versa. Se
corrente contínua é aplicada às escovas e potência mecânica ao seu eixo, a
máquina funciona como gerador CA [3].
3 Materiais/equipamentos Utilizados
• Motor MS
220/133 V - F/4
3.8/6.5 A - 1.5 kVA
3 fases - 40/80 Hz
1200/2400 rpm
• Motor DC
110/220 V - 17 A
1.5/3.0 kW
1200/2400 rpm
acoplado mecanicamente ao MS
• Osciloscópio
• Multímetros
• Tacogerador
• Sincroscópio
Parte II
Vs (V) Is (A)
2.0 0.33
4.7 0.76
6.0 0.99
8.3 1.44
10.0 1.75
12.5 2.10
20.5 3.45
4.2 Medição de rs e rf
A parte real da impedância do estator, rs , foi determinada alimentando
uma das fases do estator com o rotor da MS aberto. Foram utilizados uma
fonte senoidal variável (varivolt), um amperímetro e um voltímetro. Assim,
foi possível variar e monitorar o valor da tensão aplicada e medir a corrente de
estator resultante. Os pontos de medição de tensão e corrente estão contidos
na tabela 1.
O parâmetro rf , resistência de campo (rotor), foi determinado através
de um procedimento semelhante ao realizado na determinação da resistência
de armadura. Porém, nesse caso, o circuito de estator foi mantido aberto
enquanto uma tensão era aplicada no circuito do rotor da máquina. Nova-
mente, a variação da tensão aplicada produziu um conjunto de pontos, os
quais estão contidos em 2.
Os pontos contidos nas tabelas 1 e 2 resultaram nos grácos 4 e 5 respec-
tivamente.
Vf (V) If (A)
02.7 0.03
04.9 0.06
06.6 0.09
10.2 0.14
14.8 0.19
20.2 0.26
rs = 2.977 Ω (1)
rf = 78.907 Ω (2)
Xs = 82 Ω (3)
If = 0.3 A
Após a partida, a chave trifásica na armadura encontra-se inicialmente
aberta. Ao atingir uma certa velocidade a chave é fechada e a armadura
da MS é curto-circuitada. Assim, são adquiridas as curvas de corrente para
o rotor (campo) e para o estator (armadura) da máquina síncrona para um
transitório de curto-circuito.
O resultado da gura 8 era esperado, uma vez que a partir de uma corrente
de campo da ordem de 0.3 A foi aplicado um curto circuito, nota-se um rápido
pico de corrente (cerca de 3.3 A) e depois a sua diminuição passando pelos
regimes subtransitório e transitório até iniciar o regime permanente. Todas
essas informações podem ser facilmente visualizadas na curva adquirida.
O mesmo comportamento analisado para a corrente de rotor pode ser
estendido a corrente de estator.
Como pode ser notado na mesma gura 8, a corrente se comporta de ma-
neira semelhante na armadura da máquina síncrona, mas com uma diferença
em relação à corrente no campo da mesma máquina. No estator trata-se de
corrente alternada enquanto no enrolamanto de campo, corrente contínua.
Porém, a análise é a mesma. Há um pico de corrente no momento do curto-
circuito, depois os regimes subtransitório e transitório e, por m, a volta ao
regime permanente de operação.
O resultado acima, também, condiz com a teoria. Uma vez que, a partir
de uma corrente de campo da ordem de 0.25 A, foi aberto o circuito nota-se
um rápido decréscimo de corrente (cerca de -0.05 A) e depois a seu aumento
passando pelos regimes: subtransitório, transitório até o regime permanente.
Todas essas informações podem ser facilmente visualizadas na curva adqui-
rida.
Novamente, o mesmo comportamento analisado para a corrente de rotor
pode ser estendido a corrente de estator.
Como pode ser notada na gura, a corrente se comporta de maneira se-
melhante na armadura da máquina síncrona, mas com uma diferença em
• Mesma freqüência;
6.3 Curva ∨
A curva que mostra a relação entre a corrente de armadura, Is , e a corrente
de campo, If , a uma tensão terminal constante (220 V), é conhecida como
curva ∨, devido a sua forma característica. Uma família de curvas ∨ para a
máquina síncrona em análise são apresentadas na gura 11 (pág. 18).
As curvas foram plotadas para diferentes valores de potência ativa (P ). A
variação da potência ativa, quando o gerador está conectado a rede, foi feita
através da variação da tensão de armadura da máquina de corrente contínua
0 W 220 W 360 W
If (A) Is (A)
0.03 2.20 2.85
0.05 2.00 2.62 3.20
0.15 1.43 1.85 2.05
0.25 0.80 1.27 1.47
0.30 0.50 0.98 1.22
0.34 0.28
0.36 0.30 0.72 0.95
0.50 0.66 0.78 1.00
0.60 1.30 1.27 1.30
0.70 1.92 1.79 1.89
0.80 2.47 2.42 2.45
0.90 3.00 2.92 3.03
que atuou como motor primário. Para cada valor de potência variou-se o
valor da corrente de campo da máquina síncrona e se mediu a corrente de
armadura. A variação da corrente de campo se deu sempre a partir do ponto
If igual a 0.36 A, valor esse que corresponde a uma potência reativa igual a
zero. Os conjuntos de pontos obtidos são apresentados na tabela 5 (pág 19).
Para potência de saída constante, a corrente de armadura é mínima
(0.36A) a fator de potência unitário, e aumenta conforme o fator de potência
decresce. Em outras palavras, ao se variar a corrente de campo aumenta-se
a potência reativa que, inicialmente, é igual a zero.
O fator de potência ao qual o motor síncrono funciona pode ser contro-
lado por ajuste da excitação de campo. Para obter-se um fator de potência
capacitivo (corrente adiantada na entrada) deve-se sobre-excitar a máquina,
ou seja, aumentar a corrente de campo a partir dos pontos de f.p. unitário.
Por outro lado, para obter-se fator de potência indutivo (corrente atrasada
na entrada) deve-se sub-excitar a máquina, consumindo reativo da rede.
Outro ponto interessante a ser observado é que, em contraste com os ge-
radores CC, os geradores síncronos em paralelo precisam girar exatamente a
mesma velocidade de regime permanente (para o mesmo número de pólos).
Consequentemente, o modo no qual a potência ativa se divide entre eles de-
Parte III
7 Conclusão
Com os experimentos descritos aqui, aprendemos como lidar com uma
máquina síncrona (MS).
Determinamos os parâmetros da máquina, encontrando, assim, seu cir-
cuito equivalente. Observamos que, como na máquina de corrente contínua
estudada anteriormente, a resistência de estator (armadura), rs , é notavel-
mente menor que a resistência de campo (rotor), rf . O rotor da MS também
trabalha em corrente contínua.
Analisamos o transitório da máquina, seja quando a armadura é curto-
circuitada quando em efeito contrário, isto é, rejeição de carga. Posterior-
mente, foi feito um estudo sobre os impactos de tais transitórios.
No m, vericamos como são ligados os geradores síncronos que alimen-
tam uma complexa rede elétrica como a que utilizamos atualmente. Averigua-
mos quais as condições necessárias para que isto ocorra e, detalhadamente,
o seu procedimento.
A máquina síncrona é de extrema utilidade no mundo, apesar de não ser
tão comercialmente e popularmente conhecida como a de indução.
Referências
[1] Fitzgerald, A. E.; Kingsley Jr., C. & Umans, S. D. Electric Machinery,
5th Edition, McGraw Hill, 1992.
[2] IEEE Std 115-1983 (Rea 1991) Guide: Test Procedures for Synchronous
Machines (ANSI), IEEE, 1991.
[4] Sen, P.C., Principles of Electric Machines and Power Electronics, John
Wiley & Sons, 1989.
[5] McPartland J. F. Motor Circuits and Controls, McGraw Hill, 1972.