You are on page 1of 9

1

Rosa Paulo Dramusse

OS NAPARAMAS: ANTÓNIO MANUEL NAPARAMA

Administração Pública e Autárquica 2º ano pós laboral

Escola Provincial da Frelimo

Quelimane

2017
2

Rosa Paulo Dramusse

OS NAPARAMAS: ANTÓNIO MANUEL NAPARAMA

Administração Pública e Autárquica 2º ano pós laboral

Trabalho de caracter avaliativo na

cadeira de Cidadania II a ser entre

ao docente: Dr. Basílio José Mário

Escola Provincial da Frelimo

Quelimane

2017
3

Índice

CAPÍTULO I .............................................................................................................................. 4

1.0 Introdução ............................................................................................................................. 4

1.1 Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.2 Geral ..................................................................................................................................... 4

1.3 Objectivos específicos .......................................................................................................... 4

CAPÍTULO II ............................................................................................................................. 5

2.0 Conceito ................................................................................................................................ 5

2.1 Origem do Movimento ......................................................................................................... 5

2.2 Acção do Naparama durante a Guerra Civil ........................................................................ 6

2.3 O código de conduta dos Naparamas ................................................................................... 6

2.4 Objectivos do Naparama ...................................................................................................... 7

CAPÍTULO III ........................................................................................................................... 8

3.0 Conclusão ............................................................................................................................. 8

Bibliografia ................................................................................................................................ 9
4

CAPÍTULO I

1.0 Introdução

Logo apos a independência o pais viveu um longo período de intensa guerra civil que
foi bastante sangrenta onde milhares de Moçambicanos foram mortos pelos seus
próprios irmãos. este período hostil, durou 16 anos esta guerra teve como principal
motivação as diferenças internas, falta de comunicação, desunião e interesses de
governação, salientar que esta guerra foi entre as forcas governamentais e Renamo.

Nesse período face a essa violência e o terror levantado pela Renamo como forma de
protecção o povo precisava de se organizar para proteger a as comunidades dai que
surge o Manuel António que funda o movimento de guerrilha denominado de
Naparama que através de magia e feitiçaria eram imunes a balas e extremamente
implacáveis lutando contra a Renamo como forma de proteger suas comunidades
visando acabar com a guerra de certo modo o governo considerou como seu aliado.

Para a materialização do presente trabalho baseou-se na metodologia de recolha de


material bibliográfico que depois de lida e feita sua mensuração vem devidamente
citada as fontes com vista a dar mais credibilidade ao trabalho e informações fiáveis ao
caro leitor.

1.1 Objectivos

1.2 Geral

Compreender a história dos Naparamas durante a guerra civil em Moçambique

1.3 Objectivos específicos

Descrever a acção dos Naparamas no período da guerra civil;

Identificar o papel dos Naparama no período da guerra civil;

Mencionar os objectivos do movimento Naparama durante a guerra civil;

Reconhecer o contributo de Manual António Naparama durante a guerra civil.


5

CAPÍTULO II

2.0 Conceito

Os Naparamas são guerreiros moçambicanos que surgiram durante a década de 80,


durante o contexto da Guerra Civil em Moçambique e esse movimento famoso foi
liderado pelo miliciano António Manuel conhecido por Naparama visto que eles
baseavam-se na magia e vacinas tradicionais dai que surge o termo Naparama que
significa alguém drogado ou com poderes mágicos.

Os Naparamas Aliavam-se aos conhecimentos tradicionais, elementos místicos e um


sentimento de comunidade, os Naparamas serviram como grupos auto-organizados
contrários a presença terrorífica da Renamo e, portanto, se aliaram a Frelimo.
Os Naparamas eram oriundos do centro-norte do país, principalmente na província de
Zambézia. Combatiam com arcos, flechas e lanças e eram invulneráveis a balas devido
a arte dos feiticeiros isto é da magia Africa.

2.1 Origem do Movimento

O movimento terá tido as suas raízes num curandeiro tradicional que contava à época 27
anos chamado Manuel António, oriundo, crê-se, do distrito de Pebane na província
moçambicana da Zambézia.

Segundo a história que o próprio contara, ele morrera de sarampo e estivera mesmo
enterrado durantes seis dias ao fim dos quais ressuscitara e a quem Deus instruíra para ir
libertar o povo das destruições da guerra. Em cerimónias rituais, com cada vez maior
audiência, Manuel António vacinava os seus seguidores fazendo-os ingerir poções
baseadas em plantas medicinais e marcando-os com incisões simbólicas que os
imunizariam das balas inimigas.

O distrito de Pebane é região Makua onde se fala o Makua – Lomwe, no centro-norte de


Moçambique. A prédica de Manuel António, para além de associar elementos das
grandes religiões globais (como a morte e ressurreição ou o seu estatuto de escolhido
por Deus para ser o profeta que viria salvar o povo da guerra, os guerreiros de Manuel
António estavam convencidos que eram imunes às balas.
6

2.2 Acção do Naparama durante a Guerra Civil

Em Março de 1990, essa comunidade agregada à volta de Manuel António Naparama


passou à ofensiva no distrito adjacente do Alto Molocué. Armados apenas de lanças
mas movimentando-se de uma forma ostensiva, frontal e coordenada de acordo com o
toque de apitos, ostentando braçadeiras vermelhas, por vezes cantando, os guerreiros
que se consideravam imunes conseguiram recapturar à Renamo cerca de duas dúzias de
povoações e bases controladas pelos insurrectos, correspondendo a uma área habitada
por cerca de 200.000 pessoas. Na maioria das vezes os defensores limitaram-se a fugir,
apesar de armados, quiçá também convencidos da ineficácia das suas próprias armas.
Lesivo da reputação da Renamo, o feito também foi da Frelimo, pois as forças
governamentais haviam repetidamente falhado as suas tentativas prévias de desalojar os
rebeldes daquelas mesmas posições. No auge do seu poder, em meados de 1991,
Manuel António contaria com um núcleo combatente rondando os 3.000 guerreiros
além de mais de uma dezena de milhar de milícias que operavam em defesa local desde
o norte e leste da província da Zambézia, onde o movimento nascera, até à província de
Nampula e estendendo-se mesmo até ao sul da de Cabo Delgado, tudo regiões de
Makuas.

2.3 O código de conduta dos Naparamas

Os guerreiros Naparamas eram regidos por princípios e normas muito regidas e bem
claras que quando violados era fatal dentre eles estavam os seguintes:

O seu combate era frontal seguindo enfrente sem recuar e sem olhar para atras;

Os cozinheiros de Naparama ao confeccionarem as refeições deviam movimentar o


colher de pau para em sentido único;

Era proibido a pratica sexual quando os Naparamas se preparavam para as batalhas;

Durante a sua preparação para batalha os guerreiros Naparamas eram vacinados pelo
próprio António Manuel Naparama com recurso as várias raízes e porções magicas;

Os Naparamas eram vacinados com raízes e porções mágicas longe de mulheres e nus e
como prova de fogo disparava-se e bala e desviava-se e não atravessa o seu corpo.
7

2.4 Objectivos do Naparama

O movimento tinha como objectivo acabar com a guerra civil e o sofrimento dos povos
que eram massacrados e mortos brutalmente pelos homens da Renamo neste sentido o
movimento tinha como seu principal inimigo a Renamo.

Numa reviravolta irónica, aquela organização rebelde viu-se na obrigação de abastecer


os seus homens com uma medicina alternativa que, em vez da imunidade às balas, os
imunizasse por sua vez dos ataques dos adversários Naparamas. Mas a grande arma da
Renamo era o terror. Em Setembro de 1991, por exemplo, a reconquista de Lalaua,
capital do distrito homónimo, que fora até aí controlada pelos homens de Manuel
António foi acompanhada do saque da povoação e da morte de 49 pessoas, algumas das
quais tiveram as suas cabeças expostas como aviso às populações. O verdadeiro ponto
frágil dos Naparamas, contudo, só se veio a mostrar dali por três meses, em Dezembro
de 1991, quando Manuel António foi morto num confronto com elementos da Renamo
perto de Macuse na Zambézia devido a traição feita pela esposa. Com o seu
desaparecimento, aquele movimento genuinamente patrocinado pela sociedade civil
moçambicana desagregou-se tão rapidamente quanto se formara. Hoje é considerado um
epifenómeno da História de Moçambique.
8

CAPÍTULO III

3.0 Conclusão

Durante a guerra civil em Moçambique que envolveu as forças do governo e os


guerrilheiros da Renamo onde o povo sofria devido o temor implantado pelos
guerrilheiros da Renamo. Como reposta o povo que visava salvaguardar as suas vidas e
paz surgiu um miliciano de nome Manuel António apelidado de Naparama oriundo, crê-
se, do distrito de Pebane na província moçambicana da Zambézia.

Naparama tido como sendo enviado de Deus que viria libertar o povo das destruições da
guerra. Este miliciano criou um movimento de guerrilheiros designado de Naparamas,
cujo os guerrilheiros eram vacinados fazendo-os ingerir poções baseadas em plantas
medicinais e marcando-os com incisões simbólicas que os imunizariam das balas
inimigas e objectivo desse movimento era lutar contra a Renamo e libertar o povo da
guerra.
9

Bibliografia

ORGANIZATION, Human Rights Watch. Conspicuous Destruction: War, Famine and


the Reform Process in Mozambique (em inglês). [S.l.]: Human Rights Watch.
ISBN 9781564320797 1 de Janeiro de 1992.
NAPARAMAS. A história dos guerreiros Naparamas./O País» opais.sapo.mz.
Consultado em 11 de Outubro de 2017.

You might also like