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RESUMO
Este artigo trata a respeito da análise das etapas realizadas para se adequar uma linha de
produção, composta por uma prensa extrusora em conjunto com estações automáticas, a
Norma Regulamentadora 12 do Ministério do Trabalho e Emprego – Segurança no Trabalho
em Máquinas e Equipamentos. Realizou-se uma descrição dos tipos de riscos e medidas de
segurança implantadas nas principais estações da prensa, descrevendo as características
determinantes dos componentes instalados, sendo eles: chaves de segurança, relé de segurança
programável, contator de segurança, dentre outros. O artigo demonstra também o
investimento financeiro empregado para a adequação da prensa 02, sendo este estratificado
por tipo de serviço e materiais.
ABSTRACT
This article is about the analysis of the steps performed to adapt a production line, consisting
by an extruder press in conjunction with automatic stations, the Regulatory Norm 12 of the
Ministry of Labor and Employment – Security at Work in Machinery and Equipment.
Realized a description of the types of risks and security measures implemented in the main
stations of the press, describing the determining characteristics of the installed components,
they being security keys, programmable safety relay, safety contactor, among others. The
article also demonstrates the financial investment used for the adequacy of the press 02, which
this stratified by type of service and materials.
1. INTRODUÇÃO
1
Texto elaborado a partir de uma análise da adequação de uma prensa extrusora à Norma Regulamentadora 12,
do Ministério do Trabalho e Emprego, para obtenção de título de Engenheiro de controle e automação na
Faculdade Pitágoras Campus Betim - Minas Gerais. Novembro de 2015.
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Técnico em Eletrônica e Graduando em Engenharia de Controle e Automação na Faculdade Pitágoras Campus
Betim - MG.
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A indústria atual demanda cada vez mais da otimização de seus processos, investindo em
máquinas e equipamentos afim de obterem melhores resultados. No entanto, a utilização de
modernos maquinários nos processos industrias não garante ao operador o resguardo de sua
integridade física, uma vez que o maquinário adquirido nem sempre está provido de
equipamentos e meios de proteção adequados para evitar acidentes, sejam estes causados por
operações incorretas, negligência ou até mesmo por procedimentos básicos como o de
limpeza da máquina ou equipamento.
O artigo em questão objetiva-se a realizar a análise das etapas utilizadas para a adequação de
uma máquina prensa extrusora a NR12, descrever as principais características dos
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2. DESENVOLVIMENTO
Após ser criada em 1978, a Norma Regulamentadora 12 vem passando por alterações no
intuito de acompanhar a situação do cenário industrial brasileiro, no início a norma possuía
três páginas de descritivos básicos, passadas várias revisões, sendo a última em junho de 2015
proporcionaram um total de 87 páginas de conteúdo detalhado acerca das medidas de
proteções exigidas nas máquinas. Além das alterações de textos, inclusões de itens e anexos
na NR12, a criação da portaria 197, de 17 de dezembro de 2010 gerou muita repercussão
devido ao prazo estabelecido para a adequação do parque industrial, sendo de 12 (doze) a 66
(sessenta e seis) meses, variando de acordo com o tipo de máquina e quantidade de
trabalhadores.
A máquina na qual foi realizada a adequação á NR12 é uma linha de produção de eletrodos
revestidos fabricada em 1973, constituída por uma prensa hidráulica extrusora de 250
toneladas em conjunto com uma esteira transportadora e quatro operações automáticas.
Apesar de se tratar de uma linha, a máquina recebeu o nome de prensa 02, devido a principal
atividade ser a extrusão do revestimento de massa no arame. Após ser realizada a extrusão da
massa no arame, o mesmo é lançado na esteira passando pelas etapas de escova, lixa,
grafitador, carimbo e estação de descarregamento, na qual o eletrodo está pronto para a etapa
de secagem realizada em outra máquina.
Para realizar a adequação da máquina, o primeiro passo é elaborar a Análise de Risco, que
consiste em uma série de etapas sistematizadas que são seguidas afim de avaliar os riscos
apresentados pela máquina, a categoria de risco e as medidas de proteção instaladas ou
necessárias para controlar os riscos. Através da análise se torna possível realizar o processo de
redução de risco, utilizando da implementação dos meios de segurança necessários para tornar
a máquina segura.
Nos pontos em que foram apresentados riscos mecânicos causados por exposição á partes
móveis como polias, correias e mancais, foram instaladas proteções mecânicas fixas e móveis,
conforme determinação do item 12.47 da NR12 que destaca que “As transmissões de força e
os componentes móveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem possuir proteções
fixas, ou móveis com dispositivos de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os
lados” (BRASIL, 2015a, p. 7).
Nas partes da máquina onde o acesso não era requisitado com frequência pela produção e
manutenção, foram instaladas proteções fixas, constituídas de chapas de aço lisas ou
perfuradas, fixadas através de soldagem na estrutura da máquina. Já nos locais onde o acesso
se fez necessário uma ou mais vezes por turno, instalou-se proteções móveis intertravadas
com chaves de segurança, conforme item 12.44 da NR12. Nas portas verticais de abertura das
proteções foram instalados pistões a gás para sustentação da porta aberta e amortecimento no
momento de fechamento, afim de se evitar esmagamento dos dedos, conforme item 12.49
alínea que determina que as proteções devem ser projetadas de maneira a “não criar pontos de
esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções” (BRASIL,
2015a, p. 7)
A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma
ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que: [...]
a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua
abertura não possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco; e
b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio
quando sua abertura possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do
risco. (BRASIL, 2015a, p. 6).
Figura 2 - Proteções fixas e móveis instaladas na saída da prensa e início da esteira transportadora
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Foram utilizados dois tipos de chaves de segurança3 para intertravamento eletrônico nas
proteções mecânicas móveis, uma sem retenção mecânica (modelo SensaGuard 440N-
Z21US3PH) e outra com retenção através de lingueta (modelo Guard Locking 440G-
TZS21UPRH), ambas do fabricante Rockwell e codificadas através de Identificação por
Rádio Frequência (RFID).
sendo uma SensaGuard para cada proteção, ligadas eletricamente em série no relé
programável de segurança.
Nas proteções móveis onde a abertura da porta não proporciona uma interrupção imediata dos
movimentos, foram utilizadas chaves de segurança Guard Locking, em conjunto com um
temporizador, de forma que a abertura da porta seja possibilitada após o tempo programado
via relé de segurança ser alcançado, garantindo um tempo de segurança superior ao de inércia
dos motores e conjuntos mecânicos. O comando de abertura das portas é solicitado através de
uma chave seletora localizada na mesa de operação, de forma que, quando comutada e
alcançado o tempo de segurança as portas são destravadas.
O motivo fundamental para a escolha da codificação por RFID para as travas de segurança foi
o atendimento ao item 12.39 da NR12, que define que “os sistemas de segurança devem ser
selecionados e instalados de forma que [...] não possam ser neutralizados ou burlados”
(BRASIL, 2015a, p. 5)
Em atendimento ao item 2.1 do anexo 8 da NR12, foi instalada na área de prensagem, além
das proteções mecânicas laterais e traseira, uma cortina de luz monitorada pelo relé de
segurança, de forma que ao ter os feixes de luz interrompidos a cortina de luz desabilita a
emissão de sinais ao relé, que por sua vez desliga o motor do sistema hidráulico, bloqueando
os movimentos dos cilindros. Para garantir o desligamento do motor do hidráulico, foram
instalados dois contatores de segurança ligados em série alimentando o circuito de carga do
mesmo. Dentre outras características dos contatores de segurança, pode-se destacar a ligação
mecânica entre os contatos normalmente fechados e os normalmente abertos, impedindo desta
maneira que um contato acione caso o outro tenha soldado.
Dimensionou-se o fim de curso com ruptura positiva devido a sua capacidade de desconexão
forçada, na qual mesmo se os contatos elétricos se aderirem, quando houver a atuação eles
serão separados, evitando-se o acumulo de falhas.
Figura 4 - Comparação entre contato elétrico comum e com ruptura positiva, respectivamente
Todos os botões de emergência foram substituídos por botões que retém o atuador quando o
mesmo é pressionado, o que não ocorria com os botões existentes antes da adequação. Além
da característica de reter o atuador, os botões instalados possuem o bloco de contatos
normalmente fechado com ruptura positiva, e são ligados em duplo canal no relé de
segurança.
Os painéis elétricos de força, controle e segurança foram dotados de cadeados para impedir o
acesso de pessoas não autorizadas, sinalizações de segurança, dentre outros componentes para
atendimento da Norma Regulamentadora 10 (NR10).
As identificações dos botões de comando e sinaleiros foram alteradas para português, tendo
como exemplo o botão “rearme” (antigo Reset), em atendimento ao item 12.119 alínea “a” da
NR12 que determina que as inscrições da máquina devem “ser escritas na língua portuguesa –
Brasil”. (BRASIL, 2015a, p. 16)
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Manual de segurança em dobradeiras, prensas e similares, p. 22. Disponível em: <http://www.abimaq.org.br/
comunicacoes/deci/Principios_Basicos_de_sua_Aplicacao_na_Seguranca_do_Trabalho_em_Prensas_e_Similare
s.pdf>.
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Para alterar a tensão de comando e sinalização de 220 Volts Corrente Alternada (VCA) para
24 Volts Corrente Contínua (VCC), foram utilizados relés comutadores, os quais
possibilitaram que os comandos ao alcance do operador trabalhassem em extra baixa tensão
(até 25VCA ou 60VCC)
2.2.3 Documentação
Após a adequação física da prensa 02, foi realizado o as-built6 do projeto elétrico e mecânico,
contendo as atualizações do dimensional das proteções mecânicas, a revisão do diagrama
elétrico e atualização do projeto de segurança.
Para se ter uma dimensão quantitativa dos investimentos financeiros necessários para a
adequação da prensa 02, foram destacados na tabela 1 os valores individuais dos principais
componentes de segurança utilizados, bem como os demais recursos necessários para a
execução da adequação.
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Significa “Como construído” – termo utilizado quando se refere a atualização do projeto desenvolvido.
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CONTATOR DE
100SD115EZJ22C 2 R$ 1.329,77 R$ 2.792,52 60
SEGURANÇA 115A
RELÉ PROGRAMÁVEL DE
440CCR3022BBB 1 R$ 2.140,59 R$ 2.247,62 20
SEGURANÇA
GUARDMASTER
3. CONCLUSÃO
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Orçamento realizado no mês junho de 2015
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REFERÊNCIAS