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A EXIGÊNCIA
DA CRIATIVIDADE
E DA INOVAÇÃO
NO MUNDO
DO TRABALHO
Tema
03
01
CRIATIVIDADE
PARA A INOVAÇÃO
Caro estudante, seja bem-vindo aos es-
tudos sobre criatividade e inovação. Nesta pri-
meira parte vamos compreender a necessidade
da criatividade no mundo globalizado. Primei-
ramente, iremos esclarecer a tendência, cada
vez mais frequente dos indivíduos, precisarem
desenvolver o potencial criativo e inovador na
personalidade e no comportamento profissional.
Também, vamos apresentar as aborda-
gens da filosofia, biologia, psicologia e sociolo-
gia sobre o conceito de criatividade e como esses
conceitos foram se estabelecendo em cada épo-
ca. Na sequência, trataremos de discernir entre
criatividade e inovação e, por fim, apresentare-
mos alguns motivos e objetivos para você treinar
a criatividade pessoal.
O conjunto de conteúdos, aqui descrito,
servirá para ajudá-lo a desenvolver uma postu-
ra criativa no ambiente de trabalho e a percep-
ção da sua própria capacidade e potencialidades
criativas.
1.1 O indivíduo e a criatividade num mundo globali-
zado: habilidades e competências
12 Criatividade e Inovação
Tema | 01
As qualidades descritas acima como adjetivos do comportamento pes-
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Neste momento, percebemos a importância do capital humano, isto é,
da necessidade que as empresas têm de contratar colaboradores qualificados,
comprometidos e empenhados em melhorar ou gerar novos processos e produ-
tos para as companhias onde trabalham.
Começamos pela formação tradicional, aquela que congrega o título
adquirido para exercer uma carreira profissional emitido por uma universidade
reconhecida, como sendo um requisito básico para ter sucesso no mundo glo-
balizado.
Na sequência ou simultaneamente, temos o que chamamos de quali-
ficação profissional, que é formada por um conjunto de conhecimentos adqui-
ridos, como forma de complementar a formação, de maneira a buscar outros
tipos de conhecimento, diferentes dos já aprendidos na trajetória estudantil.
Conforme a área de atuação, a valorização do profissional poderá ser
maior de acordo com os seus conhecimentos teóricos, técnicos e operacionais.
A maioria das empresas aprecia cursos de idiomas, informática e, alguns setores
específicos, o marketing, a logística entre outros.
Geralmente, o setor de recursos humanos considera o currículo e o
portfólio3 como os principais documentos no momento da seleção de pessoal.
Cursos de idiomas, de extensão universitária e, até cursos livres, são comprova-
ções legítimas de autorização para exercer postos de trabalho.
Ao mesmo tempo, essas certificações são primordiais para agregar co-
nhecimentos complementares que precisam ser atualizados frequentemente. O
volume de informações e conhecimentos liberados, a cada dia, é muito grande
e manter-se informado das tendências e novidades da sua área de atuação é
quase que uma exigência que aumenta, quando mais aumenta a demanda de
profissionais no mercado.
Sempre existiu e existirão empresas que investem em capacitação con-
tínua para os colaboradores, como uma maneira de garantir que seus profissio-
nais sejam melhores que os do concorrente. Antes, somente, os profissionais
liberais eram responsáveis por se manter atualizados através de cursos; hoje,
independentemente do modo de atuação, se espera que todo colaborador de-
monstre interesse em estudar sempre.
3 Aqui, portfólio se refere a uma coletânea de todos os trabalhos desenvolvidos no decorrer da expe-
riência de um profissional como projetos, campanhas publicitárias, devidos registros de trabalhos
técnicos entre outros.
14 Criatividade e Inovação
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Dessa forma, podemos entender que a qualificação profissional pode
4 Utiliza-se o PIB (Produto Interno Bruto) para quantificar a atividade econômica de uma região. ele
representa a soma em valores de todos os bens e serviços produzidos no país
15
Inevitavelmente, no atual sistema econômico, um elemento que in-
fluencia no nível de renda das pessoas é, com certeza, o rendimento que
provém do trabalho executado por pessoas em diferentes segmentos da ati-
vidade econômica.
A UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ci-
ência e a Cultura; a ONU – Organização das Nações Unidas, o Banco Mundial
e o FMI – Findo Monetário Internacional controlam as políticas públicas mun-
diais para a educação, isto é, determinam parâmetros que devem ser seguidos
principalmente pelos países (193 países-membros da ONU) com a finalidade de
minimizar as desigualdades sociais nem que seja qualificando, minimamente,
a mão-de obra para o mercado capital. No Brasil as influências dessas normati-
vas podem ser identificara no nosso maior documento legislativo educacional a
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional5.
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Segundo Delors (1999) ‘aprender a conhecer’ é o tipo de aprendizagem
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O terceiro pilar ‘aprender a conviver’, segundo Delors (1999), é um dos
maiores desafios da educação do século XXI. A impossibilidade da convivência
e da administração de conflitos está marcada por guerras na da história da hu-
manidade. Para o autor, é necessário idealizar uma educação capaz de promover
a convivência entre os diferentes grupos e ensiná-los a resolver suas diferenças
de maneira pacífica.
No seu sentido mais amplo, o quarto pilar “aprender a ser”, evoca o con-
ceito de educação ao longo de toda a vida, isto é, a educação deve contribuir para
o desenvolvimento humano, tanto no aspecto profissional como no pessoal.
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Seguindo a mesma abordagem, no ano 2000, a UNESCO publicou a
6 Segundo Cotrin (2005) neoliberalismo pode ser explicado como um discurso econômico e político
que sugere uma economia com liberdade absoluta de mercado e, que restringe as intervenções do
Estado na economia.
19
taram a humanidade e que ainda não desapareceram” (MORIN, 2000, p.15).
Edgar Morin (2000, p. 15) também faz questão de lembrar as incerte-
zas da situação atual: “Seria preciso ensinar princípios de estratégia que per-
mitissem enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu
desenvolvimento, em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo”.
O autor enfatiza a necessidade de ensinar a compreensão entre os povos: “[...] o
que significa que o caminho da compreensão entre culturas, povos e nações pas-
sa pela generalização das sociedades democráticas abertas”. Por fim, propõe a
antropoética: uma ética propriamente humana, ou seja, como base para ensinar
a ética do futuro que deve ser considerada como a ética da cadeia de três termos:
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novos postos de trabalho vão surgir cada vez com mais veemência.
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1.2 A evolução do conceito de criatividade
[...] O principezinho não podia atinar para que pudessem servir, no céu,
num planeta sem casa e sem gente, um lampião e o acendedor de lam-
piões. No entanto, disse consigo mesmo:
- Talvez esse homem seja mesmo absurdo. No entanto, é menos absur-
do que o rei, que o vaidoso, que o homem de negócios, que o beberrão.
Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é
como se fizesse nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando o apa-
ga, porém, é estrela ou flor que adormecem. É uma ocupação bonita. E
é útil, porque é bonita.
Quando abordou o planeta, saudou respeitosamente o acendedor:
- Bom dia. Por que acabas de apagar teu lampião?
- Eu executo uma tarefa terrível. É o regulamento - respondeu o acen-
dedor - Bom dia.
-Que é o regulamento?
-É apagar meu lampião. Boa noite. E tornou a acender.
- Mas por que acabas de o acender de novo?
- É o regulamento, respondeu o acendedor.
- Eu não compreendo, disse o principezinho.
- Não é para compreender, disse o acendedor. Regulamento é regula-
mento. Bom dia. E apagou o lampião - Em seguida enxugou a fronte
num lenço de quadrinhos vermelhos
- Eu executo uma tarefa terrível. Antigamente era razoável. Apagava de
manhã e acendia à noite. Tinha o resto do dia para descansar e o resto
da noite para dormir...
- E depois disso, mudou o regulamento?
- O regulamento não mudou, disse o acendedor. Aí é que está o dra-
ma! O planeta de ano em ano gira mais depressa, e o regulamento não
muda!
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O texto não explica o que é criatividade, mas é capaz de apontar para as
Com efeito, o poeta é uma coisa leve, alada, sagrada, e não pode criar
sem sentir inspiração, de estar fora de si e de perder o uso da razão.
Enquanto não receber este dom divino, nenhum ser humano é capaz
de fazer versos ou de proferir oráculos (PLATÃO, 1988, p. 51).
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Desta forma, Platão quer afirmar que o poder criativo depende do reco-
nhecimento de um inconsciente ou um pré-consciente espiritual.
Na antiguidade também era comum associar a criatividade com a lou-
cura, isto porque o processo criativo parece estar ligado a uma aparente espon-
taneidade ou irracionalidade do indivíduo.
Cesare Lombroso (apud Souza, 2001, p. 15) alegou que “[...] a natureza irra-
cional ou involuntária da arte criadora deve ser explicada patologicamente”. Algumas
pesquisas recentes também relacionam inspiração ao frenesi da loucura. A semelhança
aparece porque em ambos os casos os indivíduos criativos e indivíduos esquizofrênicos
apresentam baixo nível de inibição e são mais receptivos a estímulos externos.
No Renascimento, a criatividade começa a se relacionar com a geniali-
dade. Como exemplo, temos Rafael, Vasari, Telésio, Miquelangelo e Leonardo
da Vinci. Todos foram reconhecidos como gênios criadores e intuitivos. Leonar-
do foi considerado um gênio universal, devido a sua inteligência e ampla imagi-
nação. Foi artista, pintor, escultor e deixou um legado de conhecimento para a
matemática, ergonomia, arquitetura, filosofia e, também, estudou música.
Kant, na sua obra “Crítica ao Juízo”, escreveu que a criatividade é um
processo natural com regras próprias e imprevisíveis concluindo que ela não
poderia ser ensinada. Com isto, Kant influenciou as teorias filosóficas moder-
nas sobre criatividade, já que colocou a criação humana como uma forma sau-
dável e altamente desenvolvida da intuição.
O homem criativo seria aquele que intui imediatamente enquanto o
indivíduo “comum” demoraria muito tempo para chegar ao mesmo resultado.
Outro ponto desta teoria é que a criatividade não poderia ser ensinada7 por ser
um processo natural que tem suas próprias regras e que obedece a leis próprias
e imprevisíveis, tornando o criador uma pessoa rara e diferente.
Se levarmos em consideração que a criatividade é um procedimento
mental de descobrir novas maneiras de resolver problemas de subsistência e
os existenciais, desde os primórdios a criatividade foi a grande propulsora da
perpetuação da espécie humana.
Sabemos que nos últimos 100 vêm ocorrendo a cada dia uma nova su-
peração tecnológica, mas devemos nos lembrar dos nossos ancestrais desde a
pré-história – que por necessidade utilizaram da criatividade para inventar o
fogo, a roda, utensílios de caça e a fabricação de abrigo.
7 É importante lembrar que Kant se referia aos padrões de educação da sua época.
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Na perspectiva da abordagem biológica criatividade é considerada como
8 Desenvolveu a teoria da Seleção Natural, que defende que os organismos mais bem adaptados têm
maiores chances de sobreviver e deixar um número maior de descendentes, portanto são adequados
ao ambiente em que vivem.
9 JOHN LOCKE (1632-1704)-fundou o empirismo britânico e acreditava, assim como Aristóteles, que
as ideias estariam ligadas ordinariamente por conexões naturais e os princípios associacionistas são
úteis para explicar as conexões inusitadas do pensamento.
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Em pouco tempo, surgiram criticas contundentes ao Associacionismo.
De acordo com Keller (1978), dificilmente o associativismo seria o caminho para
a criatividade, pois não seria fácil dizer que é criativa uma ideia produzida por
conexões entre ideias de uma experiência pregressa. Nesse tipo de situação, em
lugar de respostas originais, as respostas seriam previsíveis e comuns.
Neste caso, além da associação de ideias, é preciso acrescentar o que
Keller (1978) chamou de quatro dimensões ou categorias da criatividade:
1. A criatividade depende da pessoa que cria, em termos de fisiologia
e temperamento, inclusive atitudes pessoais, hábitos e valores.
2. A criatividade pode ser explanada por meio dos processos mentais
– motivação, percepção, aprendizado, pensamento e comunicação
– que o ato criador mobiliza.
3. A terceira dimensão focaliza o contexto: influências ambientais e
culturais.
4. E, finalmente, a criatividade pode ser entendida conforme sua apli-
cação enquanto produtos/tecnologia, invenções científicas, artes
em geral.
10 Movimento intelectual das ciências humanas que que apreende a realidade social como um con-
junto formal de relações. O estruturalismo acredita em um sistema no qual cada um dos elementos só
pode ser definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém com os demais elemen-
tos. Atingiu seu apogeu na década de 1960.
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A criação tem seu início com uma configuração problemática, que, de
11 São oito as leis da Gestal para saber mais leia: GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de
leitura visual de forma. 8. ed. São Paulo: Escrituras, 2008.
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Maslow, Rollo May e Carl Rogers irão dar maior ênfase ao valor intrínseco do
indivíduo, que é respeitado como fim em si mesmo, o potencial humano para
desenvolver-se e as diferenças individuais. Nessa perspectiva, a criatividade se
torna uma possibilidade do homem se atualizar e poder concretizar suas poten-
cialidades, mas para isso deveria:
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divergente, ao contrário, tende a ocorrer quando o problema ainda é desconhe-
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Destacando-se a abordagem das ‘inteligências múltiplas’ proposta por
Gardner (1995) e a criatividade como construção proposta por Piaget
(1985) que apontam para a possibilidade de atuação por meio de es-
tímulos que possam favorecer o aumento e a manifestação dessas in-
teligências, em diferentes fases do desenvolvimento humano. (TUDDA;
SANTOS, 2011, p.118)
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Percebam que os conceitos aqui expostos da filosofia, biologia, psico-
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1.3 Relações conceituais entre criatividade e inovação
12 A invenção, de modo geral, consiste na criação de uma coisa até então inexistente, a descoberta é a
revelação de uma coisa existente na natureza.. Ele explica que descobrir é o ato de anunciar ou revelar
um princípio científico desconhecido, mas preexistente na ordem natural, e inventar é dar aplicação
prática ou técnica ao princípio científico, no sentido de criar algo novo, aplicável no aperfeiçoamento
ou na criação industrial. (Gama Cerqueira Apud. Requião, Rubens. Curso de Direito Comercial. São
Paulo, Saraiva, 19 a ed, 1 o vol., 1989, p.223.)
Disponível em http://www.fapema.br/patentes/site/Principal.php?str_link=txt_Modelo.php
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Se pensarmos a partir do século XVI a tecnologia sempre esteve pre-
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CRIATIVIDADE PARA A INOVAÇÃO
A denominada Nova Era - Era da Informação, teve seu início a partir
da década de 80 do século XIX adentrando ao século XX que foi qualificado
especialmente pelo nível crescente e elevado da ciência técnica, da informação,
da ciência, da arte e da linguagem, o que facilitou o aceleramento da inovação e,
por consequência, a otimização do desempenho e do sucesso empresarial.
Do século XX ao XXI foi possível verificar uma descentralização do
processo de aquisição do conhecimento causado pela fragmentação de infor-
mação, criando um processo de terceirização impulsionado pela Internet: as
grandes empresas passaram a investir recursos no trabalho em rede que ficou
caracterizado pela inovação aberta.
Nas últimas duas décadas com a massificação da informação, a ino-
vação se tornou uma experiência contínua baseada num processo estrutural,
previsível e rentável para as organizações. Com isso, foi possível verificar uma
difusão maior da informação criando, por assim dizer, uma inteligência empre-
sarial que tem possibilitado potencializar novas descobertas.
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Com o passar do tempo, temos verificado uma tendência mundial das
organizações, no sentido de atender mais e melhor às demandas de seu público,
conduzindo a um aumento acentuado da concorrência, o que poderá ter susci-
tado sentimentos de renovação e uma necessidade quase imperativa de inovar.
Como resposta a esta situação, hoje, muitos governos adotam políticas
públicas no que concerne à inovação, manifestadas em critérios que vão desde
o estado da inovação, a infraestruturas necessárias para alcançar os resultados
almejados.
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saber quais serão as tecnologias mais úteis para o desenvolvimento do nosso tra-
13 De acordo com Bonsiepe o termo as vezes é utilizado para designar tanto uma coisa, uma parte, ou
um aspecto de um artefato (a interface de um software, por exemplo) Para o autor a reinterpretação
do conceito ‘interface’ na computação leva ao cerne do design: a relação entre usuário e artefato na
qual a dimensão operacional é constitutiva.
Ver: BONSIEPE, 1997, p.15.
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Seria imprudente não se lembrar da criatividade por trás das invenções
que incorporam o nosso cotidiano: clips, tesoura, post it, velcro, entre outras
tantas coisas triviais, mas que são indispensáveis no nosso dia a dia.
Vejam, então, que é possível reconhecer nas artes, no design, no arte-
sanato, na indústria, no comércio, no entretenimento em vários outros setores
da atividade humana valiosas expressões de criatividade.
A criatividade se manifesta em diversas situações e, bem por isso, vai
receber significados distintos para diferentes grupos de profissionais e segun-
do a delimitação da área de diferentes disciplinas, como: artes plásticas, letras,
música, dança, teatro, design gráfico, design de moda, design de produto, arqui-
tetura, marketing, engenharia, administração etc.
Dentro de uma perspectiva que atenda a todos esses campos de atua-
ção, a criatividade pode ser determinada como o processo mental de geração
de novas ideias por indivíduos ou grupos. E, essa nova ideia, pode ser um novo
produto, um novo serviço, uma nova peça publicitária, um novo método ou a
solução de um problema.
Quando optamos por esse entendimento a criatividade começa a ser
percebida como processo e, como tal, pode ser estudada, compreendida e aper-
feiçoada. Sobre essa definição recai a compreensão da criatividade aplicada,
visto que ser criativo nesta perspectiva é ter habilidades para gerar ideias origi-
nais e úteis para solucionar os problemas do dia-a-dia.
Então criatividade é o mesmo que inovação?
Seguramente a resposta é não.
Segundo Kotler e Bes (2012), a criatividade tem mais a ver com a arte
de lidar com impossibilidades do que com a capacidade de solucionar proble-
mas, para este último as mentes mais analíticas obtém melhores resultados.
Antes de prosseguirmos para a conceituação da inovação, vamos deixar
claro o que seria a criatividade “genuína”, isto é, sem a pretensão da inovação.
Como visto anteriormente, a criatividade pode impulsionar ideias dife-
rentes, mas se não existir um mercado que se interesse por elas não temos o que
chamamos de inovação. Veja três exemplos:
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CRIATIVIDADE PARA A INOVAÇÃO
Desta forma, a criatividade é um estado mental que produz pensamen-
tos novos. A inovação é o resultado de um processo criativo que precisa gerar
um bem que reconhecidamente tenha valor para um grupo de pessoas.
A inovação é a implementação de algo novo ou significativamente me-
lhorado que pode ser um produto, serviço ou procedimento14 que serão utiliza-
dos para gerar receita e/ou melhoria na qualidade de vida de pessoas, grupos ou
organizações. A atitude de implementar é significativa para a inovação, este é o
marco que faz com que a criatividade se transforme em valor.
14 Vale ressaltar que utilizaremos os termos produto, serviço e procedimento de maneira generaliza-
da, embora sabendo que cada campo de atividade humana: indústria, governo, medicina, comércio,
etc tem a respeito deles suas próprias concepções.
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Para nos aproximarmos de maneira segura das relações conceituais
entre criatividade e inovação, devemos nos posicionar dentro de um sistema or-
ganizacional administrativo que, por sua vez, se insere dentro do contexto eco-
nômico e social globalizado. Isso porque neste tópico nos cabe discorrer sobre
um tipo de criatividade que não é aquela criatividade despretensiosa ou lúdica
a ponto de se transformar em fantasia, como quando começamos a sonhar. A
criatividade que nos interessa, aqui, é aquela que assume a forma da inovação e
interessa ao mundo do trabalho e dos negócios.
O fenômeno da criatividade tem mobilizado o interesse das organiza-
ções visto que sua utilização no mercado é justificada em razão do atual cenário,
que não comporta as mesmas e velhas respostas para problemas emergenciais.
Atualmente, a situação requer uma adaptação ou a criação de novos dos
modelos organizacionais que sejam capazes de promover a sustentabilidade, o de-
senvolvimento social e econômico, além das preocupações com o meio ambiente.
A mudança nos mercados e no mundo do trabalho, vista de uma pers-
pectiva global, tem sido dirigida por forças influentes e interconectadas, como
por exemplo:
1. O rápido avanço das inovações tecnológicas, organizacionais e no
próprio modelo de negócios e sua difusão mundial;
2. A intensificação da concorrência nos mercados internacionais,
3. E mais recente, as incertezas das alterações climáticas e os riscos
ambientais, provocados por atividades humanas, com a urgente
necessidade de aperfeiçoar a gestão da energia e dos resíduos sóli-
dos.
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Nesse contexto de mercado, em que incidem grandes movimentações
15 Contrariando esse registro oficial, temos um grupo de entusiastas gaúchos que atribuem a invenção
do rádio a um padre católico chamado Roberto Landell de Moura. Segundo relatos, no dia 3 de junho
de 1900, esse padre reuniu figuras da imprensa, políticos e outras personalidades para a demonstra-
ção de seu invento em plena Avenida Paulista. Sem utilizar fios, o padre conseguiu transmitir a voz
humana e sinais telegráficos à incrível distância de oito quilômetros
Disponível em: http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/landell-de-moura-o-
-inventor-do-radio.htm
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tematicamente oportunidades que possam oferecer mudanças positivas, tanto
econômica como social.
De acordo com Gupta (2000) apesar das inúmeras metodologias apli-
cadas à área da inovação, ainda é necessário desenvolver ferramentas, práticas
e procedimentos que estimulem, de forma progressiva, o pensamento inovador.
Também é preciso ter em conta que todo o processo deve ser contínuo, inten-
cional e previsível. O autor acredita ser recomendável que as pessoas envolvi-
das no processo de inovação tenham experiência no assunto sobre o qual se
está buscando inovar, porque podem produzir um pensamento de maneira mais
assertiva e estabelecer uma correspondência de informação mais rápida e efi-
caz. Propondo que esta aceleração do pensamento seja um catalisador essencial
para a criação e estímulo da otimização do valor da inovação.
No próximo tópico iremos identificar alguns motivos e objetivos para
treinar a criatividade pessoal.
42 Criatividade e Inovação
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1.4 Motivos e objetivos para treinar a criatividade
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lho qualificação, até porque são profissionais que deverão lidar com a tecnologia
implementada.
Isso faz com que o conhecimento do indivíduo se torne um fator de
maior relevância no momento atual, pois as indústrias precisarão de pessoas
qualificadas que operem essas máquinas, o que continuará gerando novas e,
cada vez mais, sofisticadas especializações.
Se pensarmos bem, até 20 anos atrás não precisávamos da profissão de
webdesigner, assim como ainda, não existia a possibilidade de se poder cursar
uma graduação a distância com aulas via computador. Vejam que a tecnologia
eliminou alguns postos de trabalho, mas também criou outras tantas profissões.
Dessa forma, para arriscar qualquer prognóstico sobre quais seriam as
profissões mais requisitadas, ou para onde se dirige o mercado de trabalho nas
próximas décadas, precisamos projetar sobre o que já está acontecendo hoje:
urbanização intensa, aumento populacional e do número de idosos e a popula-
rização da ciência.
Segundo Crosby (2002), o Relatório da divisão de Estatísticas do De-
partamento do Trabalho dos Estados Unidos 2002 afirmava que:
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A pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor determinou nove con-
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como: como autoconhecimento, flexibilidade mental e equilíbrio emocional não
pudessem ser adequadamente identificados.
Segundo Howard Gardner (1995, 1998), em sua teoria das inteligên-
cias múltiplas, os indicadores de inteligência como o QI16 não são capazes de
explicar completamente a capacidade cognitiva. Para ele, os testes e suas corre-
lações deveriam ser abandonados, o correto era partir para observar as fontes
de informações de como as pessoas, no mundo todo, desenvolvem capacidades
importantes para seu modo de vida. Ainda Gardner (1998) teorizou as sete in-
teligências:
Inteligências Linguísticas: característica relativa à capacidade de
manipular a linguagem, seus significados e as suas aplicações e de usar as pala-
vras de forma eficiente tanto no modo oral como no modo escrito.
2. Inteligências Lógico-Matemática: capacidade lógica e matemá-
tica;
3. Inteligências Espacial: capacidade de formar um mundo espacial
e de ser capaz de manobrar e operar utilizando modelos
4. Inteligência Musical: possuir acuidade musical;
5. Inteligência Corporal-Sinestésica: capacidade de resolver pro-
blemas ou elaborar produtos utilizando o corpo e seus cinco sentidos.
6. Inteligência Interpessoal: capacidade de compreender outras
pessoas;
7. Inteligência Intrapessoal: capacidade correlativa, voltada para
dentro. Capacidade de formar um modelo acurado e verídico de si mesmo e de
utilizar esse modelo para atuar efetivamente na vida.
8. Inteligência naturalista – relativas às inteligências originais no
que se refere à habilidade de reconhecer e classificar os minerais, a fauna e a
flora devido às suas contribuições para uma maior compreensão do meio am-
biente.
16 QI significa Quociente de Inteligência e foi proposto por William Stern em 1912 para avaliar as
capacidades cognitivas de um indivíduo em comparação com o grupo da sua faixa etária.
46 Criatividade e Inovação
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CRIATIVIDADE PARA A INOVAÇÃO
O psicólogo Daniel Goleman (1994; 1995) apresentou suas ideias sobre
um novo conceito de inteligência que denominou de Inteligência Emocional17.
O referido autor afirmou que a inteligência emocional era a capacidade de iden-
tificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de
gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.
Segundo ele, a Inteligência Emocional pode ser categorizada em cinco
habilidades:
• Autoconhecimento Emocional - reconhecer as próprias emo-
ções e sentimentos quando ocorrem; (intrapessoal);
• Controle Emocional - lidar com os próprios sentimentos, ade-
quando-os a cada situação vivida; (intrapessoal);
• Automotivação - dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou
realização pessoal; (intrapessoal);
• Reconhecimento de emoções em outras pessoas - reconhe-
cer emoções no outro e empatia de sentimentos; (interpessoais);
• Habilidade em relacionamentos interpessoais - interação com
outros indivíduos utilizando competências sociais. (interpessoais).
17 Alguns autores vão criticá-lo pela redundância do termo visto que a inteligência é uma só, pois o
cérebro é único e funciona como um todo integrando os aspectos cognitivos e emocionais. Mas o que
nos interessa nessa teoria é a valorização dos aspectos emocionais da inteligência.
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As duas últimas são habilidades requisitadas para a organização de
grupos e negociação de soluções: habilidades essenciais para desenvolver
a liderança e o reconhecimento da liderança para uma cooperação espontânea
de equipes de trabalho, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um
grupo, característica do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.
Os testes tradicionais utilizados para medir o QI: Multi-factor Emotio-
nal Intelligence Scale - MEIS (Escala Multifatorial de Inteligência Emocional,
1998) e o Mayer-Salovery-Caruso Emotional Intelligence Test - MSCEIT (Teste
de Inteligência Emocional de Mayer-Salovey-Caruso, 2002). Já para medir a in-
teligência emocional os testes utilizam interpretações subjetivas do comporta-
mento. É um método que enfrenta problemas quando se trata de criar critérios
para avaliar as respostas que poderiam ser consideradas as ‘emocionalmente
mais inteligentes’.
Daniel Goleman (1995) acredita que a maneira mais fácil de tornar
as pessoas mais inteligentes emocionalmente é começando a educá-las, desde
cedo, quando ainda são crianças. No caso de adultos, para melhorar sua própria
inteligência emocional, a primeira tarefa eliminar hábitos contrários às cinco
habilidades.
A PwC – PricewaterhouseCoopers18, é uma network global de firmas
separadas e independentes que trabalha de forma integrada na prestação de
serviços de Assessoria Tributária e Empresarial e de Auditoria que realiza várias
pesquisas no mundo inteiro, visando monitorar o mercado econômico. Essas
pesquisas mostraram que as competências mais desejadas pelas empresas bra-
sileiras de grande porte são capacidade de realização, ética e criatividade.
De acordo com Olga Colpo (2015) diretora da PwC já participaram de
pesquisa da Pricewaterhouse a Alcoa, Grupo Algar, Amro Real, Grupo Camargo Cor-
rea, Coca-Cola, Kraft Lacta Suchard, Natura, Novartis, Rhodia e Santista Textil. As ca-
racterísticas mais valorizadas nos profissionais: Capacidade de realização (70%), Ética
(57%), Criatividade (54%), Iniciativa (48%), Motivação (41%), Energia e dinamismo
(35%), Quociente Emocional (34%), Autonomia (29%), Solução de problemas (26%),
Relacionamentos (25%).
Todas essas empresas utilizam o modelo de competências para gerir
talentos e estabelecer estratégia de negócios.
48 Criatividade e Inovação
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Em termos práticos significa que, quando dois profissionais concorrem
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necessário que se insira no país uma cultura de inovação que se inicia com uma
educação diferente da tradicional e racionalista.
Cada indivíduo, colaborador, empresário, profissionais precisa priori-
zar o criativo, ser incentivado para descobertas, a curiosidade, a buscar o novo.
Esta educação pode ser estimulada pela escola formal ou pode ser instituciona-
lizada dentro da própria empresa: através de uma educação corporativa.
Para as empresas que pretendem trabalhar com inovação já se foi o
tempo em que a qualidade de um produto era responsabilidade de um inspetor
que ficava no final da linha de produção para só então examiná-lo e dar a ga-
rantia ou não de sua qualidade. Hoje, a qualidade passou a ser responsabilidade
de todos na empresa e incorporada aos processos e atividades como um todo
integrado.
Você precisa ser criativo no trabalho:
• para resolver problemas de difícil solução, que necessitam de um
número maior de alternativas;
• para atender a uma necessidade inédita e específica do cliente que
está fora do escopo do projeto; para selecionar seus colaboradores;
• para melhor explorar o potencial de cada uma das pessoas da sua
equipe; para identificar oportunidades de melhoria em alguma ati-
vidade ou processo;
• para identificar ameaças em alguma atividade ou processo e,
• para achar argumentos para aprovar uma ideia ou para negociar
melhores contratos com os fornecedores e parceiros.
50 Criatividade e Inovação
Tema | 01
A criatividade pode e deve ser dirigida também para nós enquanto in-
Muitas pessoas não são criativas e se viram muito bem, mas por outro
lado, a criatividade ajuda as pessoas a se destacarem da multidão. Como foi
descrito, o pensamento criativo pode ser aplicado em várias situações da vida
profissional ou pessoa,l com o intuito de ampliar as possibilidades e alternativas
de ação de forma a se diferenciar dos demais.
Quando desenvolvemos nossa capacidade criativa, estamos nos posi-
cionando em perspectiva diferente dos demais, ao invés de ficarmos nos per-
guntando “o que é” , seguimos identificando “o que poderia ser”.
De acordo com De Bono (1994) a criatividade não é exclusivamente ex-
pressa para criar surtos inventivos de produtos com tecnologia revolucionária,
a criatividade mais importante é a que acontece em pequenos saltos, pequenas
mudanças e melhorias que possuem na sua simplicidade a essência do pensa-
mento criativo.
Atualmente, os temas criatividade e inovação parecem emergentes e
desafiadores tanto para o âmbito pessoal como para o profissional.
O século XXI não depende apenas da capacidade de enxugar custos,
diminuir despesas ou somente incluir atributos físicos nos produtos; neste novo
cenário competitivo a sobrevivência das organizações está atrelada à necessida-
de de criarem condições que favoreçam o surgimento de ideias novas, fomen-
tando o espírito inovador das pessoas.
Os problemas complexos da sociedade contemporânea pedem por
ideias corajosas e inovadoras que nos ajudem a resolver diferentes questões
econômicas, sociais e ambientais que ainda não foram equacionadas e causam
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as mazelas do século: injustiça, pobreza, conflitos e guerras.
Este é o momento das pessoas e das organizações escolherem entre a
inércia ou a ruptura com os procedimentos antigos que não servem mais. Agora,
a criatividade e a inovação passam a ser consideradas valores essenciais para as
empresas em substituição à qualidade (de seus, produtos/serviços) que é consi-
derada um requisito básico, certo e que já foi garantido pelo direito do consumi-
dor e, portanto, obrigação mínima de qualquer negócio.
Aqui foram apresentados alguns argumentos para o desenvolvimento
da criatividade no trabalho e na profissão que agora vão ser somadas a impor-
tância de desenvolver a criatividade para o âmbito da própria pessoa. As teorias
a respeito da criatividade e inovação nos indicam o caminho a seguir, mas é
preciso coragem e ousadia para segui-lo.
52 Criatividade e Inovação
Tema | 01
CRIATIVIDADE PARA A INOVAÇÃO
RODA VIVA. Edgar Morin. Vídeo, 2000. Disponível em https://www.
youtube.com/watch?v=ptITr1Zl9UQ
Assista o vídeo: Roda Viva Edgar Morin (2000)
Entrevista com o filósofo, sociólogo, antropólogo e historiador francês
Edgar Morin defende que o sistema de educação não produz apenas co-
nhecimento e elucidação. Produz também ignorância e cegueira. Edgar
Morin insiste que a reforma do pensamento é uma necessidade-cha-
ve da sociedade. É a reforma do pensamento que permitiria o pleno
emprego da inteligência, de forma que os cidadãos possam realmente
entender e enfrentar os problemas contemporâneos. É a ideia de um
pensamento não fragmentado.
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O objetivo deste livro é oferecer uma abordagem abrangente dos pro-
cessos relacionados a inovação e um novo enquadramento da inova-
ção, um enquadramento que é sustentável na geração da Internet e na
era do conhecimento.
54 Criatividade e Inovação
Tema | 01
temperamento e ao caráter. Portanto, devemos entender a criatividade
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