You are on page 1of 3

1.

a) Conforme determina o artigo 26 da Convenção de Viena de 1969 “todo


tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa fé”. Tal
artigo estabelece o princípio do pacta sunt servanda como base de todo o
Direito dos Tratados, de forma que os sujeitos tenham pactuado algum
compromisso internacional devem observar os termos.

b) A aplicação dos tratados no tempo obedece ao princípio da irretroatividade,


salvo disposição em contrário por acordo ou de outra forma de acerto entre as
partes. Diante disso, os tratados geram, via de regra, efeitos ex nunc.

c) A aplicação dos tratados no espaço aplica-se, em princípio, somente aos


entes estatais e organizações internacionais que o celebraram. Isso é
conseqüência do princípio geral de Direito Internacional pelo qual os entes com
capacidade para celebrar tratados só devem observar os acordos com as quais
tenham consentido. Em relação ao reflexo de seus efeitos sobre terceiros
Estados não-contratantes, tais direitos só não prevalecerão se o beneficiário
não consentir a respeito e, a menos que o ato internacional determine
diversamente, a anuência do favorecido é presumida até a indicação em
contrário.

2. É o princípio da boa fé, pois envolve noções como lealdade, honestidade,


fidelidade, lisura e ausência de ardis e dissimulações, pelo o sentido comum
atribuível aos termos do acordo em seu contexto e à luz do objetivo que foi
buscado pelos signatários.

3. A adesão é o ato pelo qual o Estado ou organização internacional manifesta


sua vontade de se tornar parte de um tratado já assinado ou já em vigor.
Fundamenta-se nas exigências de praticidade das relações internacionais,
impedindo que, a cada vez que um ente queira se comprometer com um
tratado, se inicie a negociação de novo ato internacional.

4.
 As reservas exclusivas: são aquelas que “excluem” para o Estado os
efeitos de certas cláusulas do tratado.
Exemplo: aquelas formuladas pelo Brasil no tocante à Convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados de 1969, de acordo com as quais o Brasil
deixou de ter obrigações no tocante aos artigos 25 e 66.39

 As reservas interpretativas (declarações interpretativas): são aquelas


pelas quais um Estado, ao manter um compromisso com determinadas
cláusulas de um tratado, estatui explicitamente como esses dispositivos
devem aplicar-se a seu respeito.
Exemplo: aquela formulada pelo Brasil no tocante aos artigos 43 e 48, “d”,
do Pacto de São José.
5. As extinções são pela vontade comum das partes, pela vontade de uma
parte (em regra nos atos bilaterais, configurando a denúncia) e pela alteração
das circunstâncias que motivaram sua celebração. A extinção do tratado pela
vontade comum das partes pode ocorrer ainda que nada tenha sido estipulado
a respeito em seu texto e a qualquer tempo. O tratado multilateral também
pode ser extinto pela vontade comum dos signatários, porém pode ser difícil
obter a concordância unânime das partes de um ato multilateral no sentido de
revogar um compromisso internacional do tipo. A vontade comum das partes
de extinguir um tratado é também expressa na estipulação de cláusulas que
limitam a vigência do acordo a certo prazo, ao cumprimento de determinada
condição resolutiva, referente a evento futuro e incerto, ou ao cumprimento de
determinado objetivo, como seria o caso de uma convenção concluída por dois
Estados e voltada a organizar uma única missão ao espaço extra-atmosférico.

6.

7.
8.

9. a)
b)

c)

c)

You might also like