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REITOR
Ricardo Vieiralves de Castro
VICE-REITOR
Paulo Roberto Volpato Dias
DIRETORA
Lucia de Assis Alves
VICE- DIRETOR
José Roberto Pinheiro Mahon
Experimentos para inclusão de
alunos com deficiência visual em
aulas de Física: uma contribuição
dos licenciandos da UERJ -2014
Coordenação
Profa. Dra. Maria Conceição Barbosa-Lima (UERJ)
Prefácio
Profa. Dra. Maria Auxiliadora Delgado Machado (UNIRIO)
Rio de Janeiro
Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ
2014
© 2014. Maria da Conceição Barbosa - Lima.
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Autores
Maria da Conceição Barbosa- Lima (Coordenadora)
André N. Barbosa
Hélio Vitor da Cunha Faro Brandão
Karolynne de Araujo Marins José
Limarcos Ferreira Calaça
Natália Bruschi Cardoso
Raysa Costa Nardes
Wagner Augusto Moraes dos Santos
Equipe Técnica
Revisão gramatical: Sergio Pereira da Silva
Normalização: Nadia Lobo/ Teresa Silva
Capa: Bernardo Borges de Almeida
Diagramação: Nadia Lobo
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ/REDE SIRIUS/Biblioteca CTC/D
ISBN 978-85-88769-67-0
CDU 376.32
Prefácio ...................................................................................................... 8
Profª Dra. Maria Auxiliadora Delgado Machado
Ao ser convidada pela professora Maria da Conceição Barbosa Lima para dividir
com ela a disciplina optativa Ensino de Física e Inclusão Social, oferecida no Instituto
de Física da UERJ, me vi diante de uma situação sobre a qual eu mesma nunca tinha
refletido como docente: ensinar Física de forma a promover a aprendizagem por parte
de alunos portadores daquilo que convencionamos a chamar de “algum tipo de
deficiência”. No contexto dessa disciplina observamos que a “deficiência visual”
naturalmente passou a exercer um papel preponderante no âmbito das discussões
trazidas pelos licenciados, por abalar um paradigma muito forte no ambiente da sala de
aula que é a relação de dependência entre o ensino de conteúdos e uma linguagem
visual, seja na lousa, em transparências, ou mesmo experimentos. A constatação dessa
dependência se constitui na maior tensão do curso e enfrentá-la exige, acima de tudo,
um exercício dialógico-argumentativo incomum em outras disciplinas de Física e que
exige dos envolvidos no curso, professores e alunos, o deslocamento de cada um de sua
zona de conforto epistemológica para uma outra desconhecida, cujas representações
inclusive, não são acessíveis, já que é absolutamente impossível para um vidente olhar o
mundo pelo olhar de um cego.
Surge então a força de uma palavra – cegos – que traz a identidade não de uma
“deficiência”, mas sim de uma visão de mundo. E é nesse deslocamento epistemológico
que o professor pode visualizar as possibilidades de estender suas habilidades de
professor/licenciando de Física no planejamento das atividades inclusivas.
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de refletir sobre o fato de que a Física não só não tem mistérios, mas que cegos, muitas
vezes são aqueles que se negam a discutir novas possibilidades. Ensinar Física é
possível, para todos.
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A história de uma disciplina: de 2007 a 2013
Profa. Dra. Maria da Conceição Barbosa-Lima
É preciso saber, porém, que todo trabalho humano, mesmo o mais simples e
mais previsível, exige do trabalhador um saber e um saber-fazer. Noutras
palavras, não existe trabalho sem trabalhador que saiba fazê-lo, ou seja, que
saiba pensar, produzir e reproduzir as condições concretas de seu próprio
trabalho. (...) Não poderia ser diferente com os professores, os quais realizam
um trabalho que não é simples nem previsível, mas complexo e enormemente
influenciado pelas próprias decisões e ações desses atores. (p. 236-7).
Além disso, procuramos sempre reconhecer a formação anterior dos alunos, pois
se sabe que eles podem trazer consigo a influência de antigos professores dos níveis
anteriores de escolarização e que seus exemplos podem fazer parte das crenças do que é
um bom ou mau modo de ministrar uma aula. Desta forma, sempre procuramos
respeitar suas opções de ação, porém, exigindo que pensem sobre a decisão tomada, a
esclareçam e a justifiquem.
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licenciandos são sempre inseridos em nossos projetos, tanto de pesquisa quanto de
extensão, dando-lhes responsabilidades de oferecer oficinas, sob orientação,
naturalmente, participar de eventos científicos da área de pesquisa em Ensino de Física,
como coautores de nossos trabalhos, para que acompanhem mais de perto as novidades
e os estudos mais recentes da área.
Mas a formação que se oferece aos licenciandos ainda visa a prepará-los para uma
escola onde eles se encontrarão com alunos “normais”. É certo que questões como
indisciplina, motivação, avaliação, evasão são frequentemente discutidos, mas uma
intervenção, mesmo que tímida, tendo como objetivo oferecer-lhes subsídios para o
contato com deficientes, agora exigido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
nacional (1998), é muito recente e resume-se a uma disciplina eletiva de um semestre
letivo com carga horária semanal de quatro horas, na UERJ. Não se trata aqui de pura e
simples obediência à Lei, mas sim de uma convicção de que se o aluno portador de
necessidade especial visual for integrado em uma sala de aula regular irá, se bem
assistido, ter maior possibilidade de desenvolvimento social e cognitivo do que se
estivesse “guardado” entre seus pares.
Para aqueles que ainda não conhecem a disciplina, creio que algumas palavras
de descrição poderiam ser interessantes.
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A disciplina foi criada em 2007 e sua primeira turma foi formada no 2º semestre
daquele ano para um conjunto de 21 alunos da Licenciatura em Física.
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Foto 2- Linhas de campo magnético
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De outra feita, no início do semestre, tópicos de Física foram colocados em
envelopes e cada estudante tirou um deles. Ao final da disciplina, ministraram uma aula
teórico-experimental sobre aquele assunto sorteado. Nesse ponto começamos a ser cada
vez mais exigente com o emprego da linguagem pelos estudantes. Exigir que a
descrição que realizavam do que estavam fazendo no quadro de giz fosse meticulosa,
possibilitando assim, que o aluno deficiente visual elaborasse em seu pensamento o
modelo mais próximo possível do que se desejava apresentar. Por exemplo, evitar
apontar para o escrito e dizer: assim, substituindo nesta equação... mas sim, descrever a
equação, tanto a já escrita quanto a que seria inserida ou substituída.
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Por parte das autoras, percebemos que os estudantes, mesmo inscritos nos
últimos períodos, ainda não dominam plenamente os conteúdos de Física que
deverão ministrar no ensino médio. A percepção dessa deficiência, mesmo
pelos estudantes, só foi possível de ser identificada no momento em que eles
tiveram que elaborar aparatos experimentais com muito cuidado e detalhes para
atender com eficiência um público especial, sem poder fazer uso dos aparatos
comuns as aulas de laboratório.
Todos os artigos que escrevemos e foram aqui citados, saíram da sala de aula,
resultaram da nossa experiência docente. Mas falta comentar um. Este de certa forma
também saiu da mesma sala de aula, porém foi refinado na forma de uma monografia,
intitulada: Inclusão de deficientes visuais no Programa de Visita Escolar Programada do
Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), do Rio de Janeiro (GONÇALVES;
BARBOSA-LIMA, 2013). É conveniente comentar que esse trabalho recebeu menção
honrosa da Sub- reitoria de Graduação da UERJ (Fotos 4 e 5).
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Foto 5 - Carta celeste apresentada aos deficientes visuais na visita ao MAST
Nesse período, a disciplina correu sério risco de ser cancelada, posto que apenas
um estudante se inscreveu. Mas dado o interesse do licenciando, a Direção do IFADT
encaminhou um pedido justificado à Sub- reitoria de Graduação da Universidade, o que
permitiu seu funcionamento.
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Foto 6 - Visita ao Campo dos Afonsos
Neste segundo semestre letivo de 2013, os textos que embasam a disciplina para
serem lidos e discutidos foram disponibilizados através de um grupo fechado no
Facebook. Participam desse grupo, todos os estudantes inscritos na disciplina, alguns
colegas e amigos que demonstraram interesse pelo tema.
Como avaliação, cada estudante escolheu seu tema, que deveria ser
desenvolvido através de um experimento, preferivelmente mensurável, para apresentá-lo
aos colegas e também entregá-lo em forma de artigo para a elaboração de uma
publicação.
Os dez temas eleitos pelos alunos, no segundo semestre letivo de 2013 foram:
eletricidade, circuito elétrico, construção do foco principal do espelho esférico,
oscilador harmônico com amortecimento com uso de régua acústica, plano inclinado
com força de atrito, termologia e propagação de ondas.
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Os trabalhos foram apresentados por seus autores aos colegas de turma e a duas
professoras convidadas, a quem agradecemos a colaboração: as Profas. Dras. Maria
Auxiliadora Delgado Machado, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO), e Giselle Faur de Castro Catarino, da Universidade do Grande Rio
(UNIGRANRIO) e do nosso Instituto, na UERJ. A presença das professoras teve por
objetivo exercitar os licenciandos na apresentação pública de seus trabalhos e também a
se habituarem a ouvir críticas construtivas e sugestões que poderiam e/ou deveriam ser
incorporadas no artigo escrito. Todos os estudantes se apresentaram e discutiram muito
bem, defendendo seus pontos de vista ou acatando as sugestões feitas pelas convidadas.
Dos artigos que nos chegaram, podemos concluir que ainda há falhas na
formação de nossos estudantes. A formação para a licenciatura em Física, em todo o seu
espectro ainda não foi alcançado. A maioria se detém na exatidão da Física, sem
preocupar-se com os saberes que devem passar a ter para exercer a profissão de
professor. Talvez a dificuldade em escrever um artigo que una as duas vertentes-
conteúdo e pedagogia- seja simplesmente porque não lhes é oferecida a oportunidade de
criar o hábito de ler este tipo de literatura, pelo menos no nosso Instituto de Física
Armando Dias Tavares.
Ainda estão presos aos livros e aos compêndios de Física. Mas mesmo assim
houve esforços que devem ser estimulados e é exatamente para estimulá-los que os
artigos foram exaustivamente corrigidos, devolvidos, e que agora serão aqui publicados.
Temos a pretensão de levar aos demais estudantes do nosso Instituto e a professores do
Ensino Médio algumas experiências que podem ser facilmente replicadas e aplicadas
em suas turmas do Ensino Médio regular, tenham ou não deficientes visuais ali
inscritos.
Os nossos encontros são sempre no Laboratório de Ensino, na sala 3016, do
bloco F, do Pavilhão João Lyra Filho, no campus Maracanã da UERJ, e a maioria dos
nossos alunos levam consigo suas criações, apesar dos insistentes pedidos para
formarmos um banco de experimentos adequados aos deficientes visuais.
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Referências
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Uma proposta de experimentos de Física com materiais de baixo custo para
o ensino inclusivo de deficientes visuais
André N. Barbosa
Resumo
Abstract
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Introdução
Objetivos
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maneira linear através de uma série de experimentos qualitativos de baixo custo
que permitem tanto a interação com o aluno cego quanto a interação com alunos
videntes de maneira satisfatória.
Algo que é fundamental no ensino de Física é causar o sentimento de
curiosidade aos fenômenos apresentados e fazer o aluno relacionar tais
fenômenos ao seu cotidiano. Todos estes experimentos seguirão esta filosofia:
Experimentos simples que podem ser “complicados” através da imaginação dos
alunos. Esta curiosidade é fundamental pois faz o aluno pensar e refletir sobre a
informação que ele foi exposto e assim poder tirar conclusões acerca de todas as
atividades apresentadas.
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Neste experimento, a partir de uma máquina térmica simples, vamos demonstrar
que um gás pode realizar trabalho quando varia-se a temperatura deste dentro do
recipiente. Vamos observar que a variação de energia interna está intimamente ligada
com a temperatura do gás.
Resumo teórico
Primeira atividade
Esta lei também está intimamente ligada a definição de temperatura, que deve
ser respeitada, por exemplo, em termômetros e objetos de medição da temperatura dos
corpos. A lei zero justifica o uso de sistemas termodinâmicos adequados como os
próprios termômetros para fornecer tal rotulagem, que fornece escalas empíricas de
temperatura e mais adiante as relacionam com o conceito de temperatura absoluta,
fundamental na formulação da segunda lei da termodinâmica.
Segunda atividade
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Considerando uma placa homogênea, pode-se supor que uma estrutura irá
conduzir energia térmica de uma face para outra de acordo com suas propriedades
moleculares. Para alguns materiais, especialmente metais, tem-se uma baixa “resistência
à condução térmica”, já para materiais que tem em sua composição o carbono, observa-
se que estes são mais resistentes ao fenômeno de condução.
Terceira atividade
Esquema 1
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Descrição do Esquema 1
Esquema 2
Descrição do Esquema 2
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Esquema 3
Descrição do Esquema 3
Avaliação
Este experimento é uma prática que tem como intenção a inclusão de alunos
cegos. Sendo assim, todo o corpo foi pensado na forma de construir toda uma lógica de
informação para a construção de novos conceitos. A primeira parte da avaliação será na
observação e interpretação dos alunos em cada experimento. Perguntas sobre a
diferença de temperatura e calor serão feitas no primeiro experimento. No segundo, o
aluno será desafiado ao confrontar e confirmar as conclusões da primeira experiência,
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além de observar o fenômeno de difusão térmica, no qual o aluno deverá interpretar o
resultado de maneira correta e discutir outras formas de se observar o mesmo fenômeno.
Leitura do termômetro
Deve-se também creditar uma dificuldade nos termos usados pelos alunos.
Deve-se confrontar o conhecimento que aluno trás para dentro de sala de aula com os
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conceitos corretos de temperatura e calor. Este confronto é fundamental, visto que ele
quebra a corrente que liga o conceito de temperatura e calor.
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Conclusão
O ensino de Ciências naturais para pessoas com deficiência visual está marcado por
uma série de contingências que compromete a inclusão do estudante deficiente visual na
escola regular. (COSTA, 2006). Como resposta, mostrou-se uma elaborada série de
experimentos qualitativos que visam integrar e igualar estudantes cegos e ordinários.
Estratégias experimentais específicas e algumas técnicas produziram efeitos benéficos
em estudantes deficientes (MASTROPIERI; SCRUGGS, 1992), tais como as
desenvolvidas neste trabalho. O ensino de Física inclusivo ainda esbarra em muitos
desafios, sobretudo na formulação de experimentos de caráter quantitativo, o que não
foi possível desenvolver devido ao tempo. Também, as dificuldades na execução e
decorrer das aulas são algumas que o professor deve sempre ficar atento aos alunos que
estão usando os equipamentos. Pode-se ver também que algumas atividades podem ser
manipuladas quando falamos de outros materiais para sua construção. Neste grupo de
experimentos então é possível realizar uma prática demonstrativa, cujo o caminho é a
construção de conhecimento, de maneira inclusiva (ou não) entre alunos cegos e alunos
videntes.
Referências
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Aprendendo e sentindo o funcionamento de um circuito eletrônico
Hélio Vitor da Cunha Faro Brandão
Resumo
Abstract
This paper aims to improve the teaching of principles of electronics and circuits
to visually impaired students, providing the theoretical background to understand the
difference between alternate current and direct current and the have the opportunity to
grope and feel electronic components and its operation. Students without visual
problems will have the opportunity to learn both the practical and theoretical part, as
usually done and thus facilitating learning. Being this a compact experiment the school
does not need a full-fledged laboratory, thus using the classroom with the teacher
guiding them by exposing most subjects.
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Introdução
Aula preparada para uma turma de ensino médio do 3° ano, abordando a parte da
Física que trabalha os conceitos de tensão, corrente, componentes eletrônicos, como:
diodo, transformador, resistor, LED e outros. Com um direcionamento da aula voltado
para os alunos com deficiência visual. Quando pensei em produzir este trabalho, não vi
nenhum parecido com essa ideia. Porém, gostei muito do trabalho feito pelo professor
Eder Pires Camargo, onde ele inclui alunos com deficiência visual em aulas de
mecânica.
Há uma dificuldade muito grande por parte dos alunos com deficiência visual e
videntes em compreender esse assunto e também é uma matéria que eu gosto na Física e
decidi passar o pouco que sei de um modo diferente, para melhor compreensão dos
alunos.
Por um lado, a crise gerada deve ser analisada em vários aspectos. Com
necessários investimentos nos campos investigativos, de formação docente e de
acessibilidade. Com este trabalho, pretendemos incluir os alunos na turma e fazê-los
participar das aulas, esse ainda é um dos caminhos a se seguir para a universalização e
inclusão de alunos na escola.
Metodologia
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também será explicado o funcionamento de um diodo, conhecido como retificadores,
que são responsáveis pela transformação de um tensão alternada em contínua. Será
mostrada, por meio de um gráfico, a tensão contínua e os alunos poderão visualizar
diferença que há entre a tensão alternada e contínua, sentir o tamanho de um resistor, e
juntamente a isso será falado qual a sua importância. Poderão ver que a tensão alternada
varia no tempo e a contínua é constante.
Desenvolvimento
A corrente alternada surgiu com o engenheiro Nicola Tesla, que foi contratado
para construir uma linha de transmissão entre duas cidades e Nova York. A conclusão
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foi um sucesso, Tesla pode perceber que a transmissão de energia elétrica a longa
distância era mais eficaz, sendo feita por corrente alternada. Pois ela apresenta
facilidade em alterar o seu valor através dos transformadores. Imagem de um
transformador muito usado pelas concessionárias de energia, recebendo uma tensão
alternada de valor alto 13KV (13000 V) e alimentando uma residência com um valor de
tensão mais baixo, na ordem de 220 V.
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Figura 1 – Representação do sentido da corrente
A senóide, também chamada de onda seno, é uma forma de onda cujo gráfico é
idêntico ao da função seno generalizada. Nela os elétrons invertem o seu sentido várias
vezes por segundo.
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Figura 3 - Tensão contínua
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Um dos componentes que há no circuito e que tem grande importância para o
funcionamento deste é o diodo, também conhecido como retificadores. Eles têm como
objetivo converter uma tensão alternada de baixo valor em uma tensão contínua que
alimentará os componentes eletrônicos para o perfeito funcionamento do circuito. Os
componentes eletrônicos seriam mostrados e tateados, de acordo com o
desenvolvimento da explicação do professor em sala de aula, pelos alunos videntes e
não videntes por intermédio do professor.
Durante a minha vida pude ter contato, como toda criança, com brinquedos
eletrônicos. O meu grande divertimento, não era apenas brincar com eles, mas sim abri-
los e mexer nos componentes eletrônicos. Mas o que isso tem a ver com o trabalho? A
conclusão que quero chegar é que a partir dessa brincadeira pude descobrir o que eu
gosto. Portanto fiz um curso de eletrônica, onde pude montar meu primeiro circuito.
Hoje, através disso posso estar passando meu pequeno conhecimento aos alunos. Queria
deixar bem claro que ciência não tem idade para começar, apenas um requisito, ter
curiosidade.
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Foto 5- Circuito eletrônico
Foto 6 - Multímetro
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Foto 7- Imagem de um resistor
Uma das primeiras medições seria verificar que antes do transformador existe
uma tensão de entrada que está no valor de 127 Vac, e podemos visualizar que na saída
terá 12Vac. A medição é feita conforme está na imagem (Foto 8).
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Figura 5- O uso do multímetro para medir tensão
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Foto 8 - Segundo circuito eletrônico
Conclusão
Espero que este trabalho possa colaborar para a compreensão dos alunos
videntes e com deficiência visual, e desmistificar que eletricidade é uma matéria difícil.
Referências
CAMARGO, Eder Pires de. A comunicação como barreira à inclusão de alunos com
deficiência visual em aulas de mecânica. Ciênc. Educ. Bauru, v.16, n.1, p. 258-275,
2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-
73132010000100015&script=sci_abstract&tlng=pt> . Acesso em: 12 abr. 2013.
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Elaboração de material didático inclusivo sobre circuitos elétricos para
alunos com deficiência visual
Karolynne de Araujo Marins José
Resumo
Abstract
The present work aims to create a courseware in which allows visually impaired
students learn electrical circuits as is done by usual high school textbooks
representations of such topic. Also, bringing to ordinary students a more interesting
material to the classroom, relating the following concepts: Ohm‟s law, resistor
associations and multiloop circuits (Kirchhoff Laws). Despite considering only a few
fundamental concepts of electricity, the courseware is flexible enough to me used as a
model for other subjects due to its low cost and easy construction.
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Introdução
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Os seguintes assuntos podem ser abordados:
Confecção do material
Materiais utilizados
Quadro 1 - Lista de materiais
Quantidade Descrição
05 Folha de EVA
-- Palitos de madeira
-- Tintas plásticas
-- Plástico PVC
01 Cola
01 Tesoura
Fonte: A autora, 2013.
Construção
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Foto 1 – Circuitos elétricos
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O segundo assunto a ser abordado será associação de resistores, nesta terceira
placa teremos o conceito de associação em série e paralelo, e ainda as equações de
resistências equivalentes (Foto 3).
Na última placa será abordado um circuito em que para encontrar os valores das
correntes será necessária a aplicação das Leis de Kirchhoff, nos levando a um exemplo
prático de como aplicar estas leis, será possível junto com os alunos entender como se
monta o sistema de equações ao percorrer as malhas do circuito e ao observar o sentido
das correntes em determinado nó.
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Conclusões
A elaboração do material didático foi feita com materiais de fácil aquisição, por
se encontrarem disponíveis em qualquer papelaria e por possuírem baixo custo. Em um
primeiro momento foi idealizado utilizar cartolina, porém é um material que se
degradaria com facilidade tanto com o tempo quanto com o toque constante, então
optou-se pela placa de EVA para que os alunos deficientes visuais pudessem tocar a
vontade e para ser um material que possa passar para outras turmas quando forem tratar
deste assunto. A ideia das tintas plásticas foi para que o trabalho ficasse colorido,
atendendo as necessidades dos alunos com baixa visão e também que permitisse a
interação dos alunos cegos com um material que ficasse em alto relevo para a
diferenciação dos componentes dos circuitos. Os materiais utilizados para fonte e
resistor foram os mesmos, porém para o resistor além de cortar o palito de madeira, os
pedaços foram envolvidos em plástico PVC para que permitissem outra textura ao tato.
Por ser um material interativo e colorido pode ser utilizado tanto para alunos
com deficiência visual quanto para os videntes, fato que caracteriza a inclusão, e ainda
poderá despertar o interesse dos alunos neste assunto que causa dificuldade de
entendimento no ensino médio.
O ponto a ser melhorado seria a descrição dos materiais e dos títulos em letras
que seguissem a norma da ABNT para que os alunos de baixa visão pudessem
acompanhar o trabalho sem a necessidade de outra pessoa lendo. Além disso, uma
legenda em Braille no painel REFERÊNCIA será importante ser colocada.
Referências
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GONÇALVES, C. de O.; BARBOSA LIMA, M. C. Inclusão de deficientes visuais no
Programa de Visita Escolar Programada do Museu de Astronomia e Ciências Afins
(MAST). Revista Latino-americana de Educação em Astronomia. Rio de Janeiro,
v. 15, p.7-26, 2013.
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Experimento de um plano inclinado com força de atrito
Limarcos Ferreira Calaça
Resumo
Abstract
48
Introdução
A força de atrito pode ser encontrada na natureza sob duas formas. Uma é a
força de atrito estático, que está presente entre duas superfícies em contato sem
movimento, uma em relação à outra por exemplo. A outra é a força de atrito dinâmico,
paralela ao movimento de um corpo que se encontra em contato com outro. A força de
atrito dinâmico é sempre oposta ao deslocamento, ou a tendência de movimento.
(HALLIDAY; HESNICK, 2012).
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Matematicamente tem-se:
⃗ ⃗⃗
⃗ ⃗⃗
Onde:
⃗⃗
Para que um corpo entre em movimento é preciso que a força exercida neste,
vença a força de atrito estático entre as superfícies do plano e do bloco. No momento
em que estas duas forças se igualam, diz-se que o corpo está na iminência de
movimento. Em um plano inclinado, por exemplo, o bloco deslizaria com velocidade
constante.
Objetivo
É importante deixar dito aqui que quando se trabalha com alunos portadores de
deficiência visual, seja ela baixa visão ou mesmo cegueira, deve se adaptar todos os
tipos de referências visuais para referenciais táteis ou sonoras, a fim de instigar o aluno
deficiente a trabalhar seus outros sentidos em sala de aula. (UNESCO, 1994). Assim
todo o experimento foi adaptado para que os alunos portadores de deficiência visual se
sintam o mais confortável possível, ao realizar o experimento.
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A ideia de trabalhar com alunos deficientes, se dá pelo fato de que, como futuro
profissional na área pedagógica, irei muito certamente me deparar com alunos com
algum tipo de deficiência intelectual ou Física. Assim, na matéria Ensino de Física e
Inclusão Social tivemos que reaprender a lidar com pessoas com deficiência visual.
Primeiramente para que essa aula seja realizada, é pré-requisito que os alunos já
tenham tido uma aula de forças de Newton e de projeções de vetores nos eixos
coordenados. Mas não necessariamente precisam ter ouvido falar em atrito ou força de
atrito.
Para a idealização do experimento citado acima, foi montado um aparato onde
pode se simular um plano inclinado. Basicamente, uma base de madeira onde foram
parafusadas duas dobradiças junto a uma alavanca. Esta alavanca é móvel, e girando no
eixo das dobradiças, pode alcançar um ângulo máximo de 90°. Em outra base de
madeira, foram fixados três tipos diferentes de lixa, a fim de simular três tipos diferentes
de solo. No plano móvel, foi fixada uma lixa para aço, a fim de aumentar o coeficiente
de atrito. A seguir, fotos da montagem do aparato (Fotos 1, 2 e 3) .
51
Foto 1 - Materiais e início da montagem
52
Foto3- A arena texturizada e o plano inclinado construído
Metodologia
53
qual o bloco entrou em movimento, ou ele mesmo pode usar do transferidor específico,
citado mais acima.
Para um plano inclinado de ϕ°, quando o bloco assume a iminência de
movimento, o coeficiente de atrito entre o plano e o bloco é numericamente igual à
tangente do ângulo (HALLIDAY; HESNICK, 2012), ou seja, se na Figura 2
considerarmos que no plano o bloco esteja na iminência de movimento, então:
No eixo y não se tem movimento uma vez que a tendência de movimento está no
eixo x. Quando se iguala à força de atrito estático temos, pelas projeções da força
peso:
⃗ (1)
Mas que substituindo em (1) tem-se:
⃗ (2)
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Sabendo-se que na Fig.4-1, , e que .
Substituindo estes valores em (2), tem-se:
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Serão feito testes com dois blocos diferentes, um de ferro e outro de chumbo. No
bloco de chumbo foi anexado em uma das suas superfícies, um pedaço de lixa, a mesma
do plano inclinado, para que se possa estimar através dos procedimentos acima, o
coeficiente de atrito entre duas superfícies de um mesmo material (lixa para aço).
Aqui vale uma observação, sempre que o experimento for refeito, deve-se trocar
a lixa do plano por uma nova, a fim de que os dados fiquem mais precisos. Sabe-se que,
por se tratar de uma lixa, ela vai se gastando sempre que for sendo riscada por qualquer
outro material. Logo, é de fácil observação que os primeiros resultados não serão iguais
aos posteriores. Será observado que para uma mesma lixa, o coeficiente entre ela e um
material fixo, irá diminuir conforme o número de bateria de testes aumentam.
Conclusões
Foram feitas duas baterias de teste usando uma mesma lixa (lixa de aço) a fim de
simular o solo do plano que será inclinado, deve-se notar que com o passar dos testes a
lixa vai ficando desgastada fazendo com que o atrito entre ela e o bloco diminua.
Superfícies °
55
Tabela 2 - Segunda bateria de testes
Superfícies ϕ°
Para as superfícies lixa x ferro polido, foi tirada uma média entre os ângulos
medidos nas duas baterias.
Tabela 3 - Média dos ângulos medidos para as superfícies lixa de aço x ferro polido
38°
35°
̅ 36,5°
Fonte: O autor, 2013.
56
Referências
FORÇA do atrito. Disponível em: < www.saladefisica.com.br >. Acesso em: 09 fev.
2013.
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Como demonstrar aos discentes com deficiência visual e/ou baixa
visão a existência de foco principal em espelho esférico
Resumo
O presente artigo visa à inclusão de alunos com deficiência visual e/ou baixa
visão em aulas de Física, mais especificamente nas aulas de ótica geométrica. O
experimento aqui apresentado tem como objetivo demonstrar aos alunos com
deficiência visual, cegos e/ou com baixa visão um conteúdo de óptica geométrica. A
existência do foco principal em um espelho esférico. Utiliza-se um aparato apoiado
no uso do tato para o acesso ao conteúdo que se deseja apresentar. Os alunos cegos
utilizarão exclusivamente o procedimento tátil, onde o aluno com as mãos percebe a
trajetória da representação do raio luminoso, mas como o aparato é construído com
linhas coloridas os alunos com baixa visão podem perceber através das cores os
componentes do experimento e suas trajetórias, para alunos videntes o procedimento
geométrico, apenas visual, deverá facilitar-lhes o entendimento. Tendo em vista que
para muitos a existência de foco principal em espelho esférico é um processo
abstrato o presente aparato, visa a ajudar na compreensão dos alunos de forma geral.
Abstract
This article aims the inclusion of students with visual impairment and/or low
vision in physics classes, more specifically in geometric optics. The experiment
presented here aims to demonstrate to students with visual disabilities, blind and/or
with low vision contents of geometrical optics, specifically the existence of the
primary focus in a spherical mirror. It was used an apparatus based on use of touch
to access the content you want to present. Blind students will use exclusively the
tactile procedure, where the student with hands realizes the trajectory representation
of the light Ray. As the apparatus have colored lines, the students with low vision
can perceive through the color components of the experiment their trajectories, for
the ordinary student, the apparatus should facilitate their understanding. Considering
that for many the existence of a Principal focus in spherical mirror is an abstract
process this apparatus, aims to assist in the understanding of the students in General.
Keywords: Social inclusion. Visual impairment. Physics education.
58
Introdução
Conceituação teórica
Material utilizado
59
Procedimento experimental
No final teremos essas formações (Figuras 3 e 4), onde o aluno poderá realizar a
construção do experimento e melhorar o entendimento.
60
Figura 3 - Construção do experimento Figura 4 - Experimento pronto
Observações
Em algumas turmas onde poderá haver alunos com 100% da deficiência visual,
será necessário a presença de um membro vidente, para que o mesmo ajude no
desenvolvimento da atividade. O experimento pode e deve ser desenvolvido em
todos os tipos de turmas, onde podem haver alunos com 100% da deficiência visual
até alunos com 100% da visão.
Considerações finais
Este artigo é apenas uma sugestão na forma de tratar a abordagem do tema com
discentes com deficiência visual ou baixa visão. Sendo ainda um trabalho de
avaliação final da disciplina, Ensino de Física e Inclusão Social, ministrada na
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) pela Professora Dra. Maria da
Conceição Barbosa Lima, no semestre de 2013/2.
Referências
GASPAR, Alberto. Física vol.2: ondas, óptica e termodinâmica. São Paulo: Ática,
2000.
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Proposta de aula de magnetismo para alunos com deficiência visual
Raysa Costa Nardes
Resumo
Abstract
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Introdução
Quantos cegos você encontra por dia? Tem alguém cego ou com baixa visão que
estuda com você? Ou que frequenta algum lugar em comum? Será que existem poucos
cegos no Rio de Janeiro? Dados mostram que não. Segundo os resultados do Censo
Demográfico de 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), que pesquisou as deficiências visual, auditiva, mental e motora e seus graus de
severidade, esclarece e dimensiona a maneira como o problema está distribuído pelo
Brasil (IBGE, 2010). Sobre a deficiência visual, que é a parte que interessa para este
trabalho, a pesquisa considerou, para as pessoas que declararam possuir deficiência
visual, os graus de severidade através das respostas subdivididas em: “sim, grande
dificuldade” ou “sim, não consegue de modo algum”. E entre as pessoas que residem no
Rio de Janeiro, 966.828 mil declararam ter a deficiência de forma severa e 106.356 mil
informaram serem cegas. Então por que não encontramos mais frequentemente essas
pessoas? A resposta sai quase que intuitivamente. A sociedade constrói seus ambientes
e o dinamiza de uma forma que exclui os cegos. A apologia visual a tudo faz com que
as pessoas com deficiência visual não consigam acompanhar de forma igualitária as
demais. Ser cego não significa que necessariamente a pessoa tenha déficit intelectual, ao
contrário, também usufrui de plenas faculdades mentais e é uma pessoa capaz de
realizar a maioria das atividades de um vidente.
O conteúdo
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apresentar uma sugestão e ao mesmo tempo elucidar a maneira como este trabalho foi
pensado.
Com base no livro Física aula por aula, de Cláudio Xavier e Benigno Barreto,
ajustei a distribuição dos temas de maneira que os alunos cegos possam acompanhar a
aula com a mesma facilidade dos videntes, uma vez que o que se vê, também pode ser
“visto” pelos que não enxergam, através do tato (ideia da tradução das imagens em
formas). Como resultado, temos a sequência a seguir:
No modelo teórico vou ater-me somente ao que tornaria esta aula diferente. Isso
exclui a abordagem histórica, uma vez que não há necessidade de um material auxiliar
para os alunos com deficiência visual.
1
De onde surgiu a noção de magnetismo e as primeiras descobertas feitas no século XIX pelo físico dinamarquês
Hans Christian Oersted (1777-1851).
2
Imantação por indução Magnética, por atrito e a pela corrente elétrica.
3
Nessa parte, explicaremos o campo magnético através dos movimentos dos elétrons.
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Características dos imãs
Para iniciar a apresentação dos imãs, nada melhor do que manipular um imã
propriamente dito. É interessante também falar sobre a origem do imã, de onde veio e o
que é. Sabemos que o imã natural, a magnetita, é um minério com propriedades
magnéticas intrínsecas. A ideia é a partir dos imãs, apresentar o conceito de polos
magnéticos e como funciona a interação desses polos: Polo Sul e Polo Norte – Atração
versus Repulsão.
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Processos de imantação
Campo magnético
4
Isso depende exclusivamente do campo magnético externo aplicado.
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elétron. E isso foi representado por uma esfera de isopor, perfurada em seu centro por
um arame, que representa o eixo de rotação principal do elétron.
Linhas de força
As linhas de força são, em meu trabalho, representadas por setas feitas de arame
curvo com setinhas nas extremidades dando a orientação. Os seja, as setas são
posicionadas de maneira que dê para ler que as linhas estão saindo do polo norte e
entrando no polo sul.
Para a identificação das linhas de força do planeta Terra, usei uma esfera de
isopor e com semicircunferências feitas de arame, representei as linhas de força. Na
esfera, diferenciei com tinta 3D o polo sul, do polo norte (obedecendo a mesma
texturização feita quando comentava sobre a não existência de monopolos magnéticos).
A linhas de campo são representadas da mesma forma também: Saindo do polo norte e
entrando no polo sul.
Metodologia
A sugestão é dar a aula em etapas, como por exemplo, iniciar a aula com uma
pergunta acerca dos imãs e/ou interações magnéticas. Algo que remeta alguma
experiência já vivenciada pelos alunos. A discussão inicial é necessária para que todos
pensem sobre o tema. Direcionamos a discussão para que se inicie a abordagem sobre a
história do magnetismo. Faz-se necessário o estudo sobre a estrutura atômica dos
materiais. A partir deste ponto, ao invés de somente desenhar na lousa, a esfera de
isopor, que representará o spin do elétron, já pode circular entre alunos. Depois
falaremos de imãs e suas propriedade, tal como a inseparabilidade de polos magnéticos,
onde os cubinhos de madeira representarão este conceito, e inicia-se a abordagem dos
domínios magnéticos e sua relação com materiais ferromagnéticos, paramagnéticos e
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diamagnéticos. E com um imã e objetos de metal, apresentamos os fenômenos de
imantação.
Considerações finais
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Referências
IBGE. Censo demográfico 2010: pessoas com deficiência, amostra Rio de Janeiro.
Disponível em:< http://www.ibge.gov.br/estadosat/>. Acesso em: 21 jan. 2014.
SILVA, C. X. da; BARRETO FILHO, B.. Física aula por aula. São Paulo: FTD, 2008.
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Experimento do oscilador harmônico: amortecimento com uso de uma
régua acústica
Wagner Augusto Moraes dos Santos
Resumo
Abstract
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Introdução
O projeto deste experimento deve ser dividido em duas partes: a primeira delas é
para o professor, que deverá ter o domínio completo de todos os fenômenos envolvidos
no experimento, esta primeira abordagem é teórica e em nível superior. A proposta é
que o experimento sirva para que o professor possa fazer analogias que expliquem
fenômenos percebidos no cotidiano. A segunda parte é para o aluno fazer algumas
medidas e perceber como trabalha um físico ou um engenheiro, essa segunda parte é
praticamente um roteiro da experiência a ser executada.
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Parte 1: montagem experimental
Foto 1 - Experimento
Régua acústica
72
modo de medir é ver o deslocamento da coluna de mercúrio em uma régua graduada.
(PIRES; AFONSO; CHAVES, 2006).
Funcionamento da régua
Para construir as cordas com estas propriedades é necessário que a razão entre
as cordas obedeça ao número mágico de 1,0594. Isto significa que
Mantendo esta razão entre as cordas elas emitirão sempre uma nota com um
semitom maior que a nota anterior, contanto que a tensão na corda seja a mesma.
(ALONSO; FINN, 2007b). Esta propriedade é observada por motivos históricos e
acústicos. Os motivos históricos se referem à época em que os músicos resolveram fazer
o chamado temperamento dos instrumentos. A ideia disto era eliminar as
incongruências de afinação entre alguns instrumentos. O motivo acústico é que sabemos
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que a razão do tamanho das cordas está associada à razão das frequências emitidas.
Além disto, sabemos que cada frequência está associada a uma nota diferente. Assim, a
razão entre os intervalos é dada pela razão entre os tamanhos das cordas. (HENRIQUE,
2002).
Para que esta régua se torne completa, faz-se necessário uma regra de
conversão entre a nota que se emite e a distância dela em relação ao zero. O que se sabe
da régua construída é que a distância entre as cordas é de aproximadamente 3 cm. Por
esta relação podemos construir uma relação matemática de conversão de som para
medida em cm. Considerando n como sendo o número da corda, a regra de conversão
será
( )
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À medida que a mola oscila o fio metálico toca as cordas do violão gerando
uma sensação sonora da variação de posição entorno de um ponto de equilíbrio. É por
meio desta sensação sonora que é possível contar o número de períodos em determinado
tempo. Esta contagem serve para medir frequência da pulsação da mola, bem como
medir o amortecimento, quando a oscilação se torna crítica.
Aparato de oscilação
Feito o guia basta acoplá-lo a uma mola para que o padrão de oscilação seja
observado à medida que o fio metálico toca as cordas da régua acústica. Devido às
forças de atrito encontradas no guia, o único movimento possível quando pomos o
aparato para oscilar só o movimento harmônico amortecido e o movimento crítico. A
constante de amortecimento será aproximadamente dada pela expressão. (ALONSO;
FINN, 2007a).
( )
( )
( )
75
A Foto 3 mostra como se dá a oscilação.
76
Parte 2
Para fazer as medidas o aluno precisará ter acesso a um roteiro que deverá
conter os componentes do experimento, o objetivo da experiência, procedimento e a
coleta de dados. A principal tarefa desta segunda parte é fazer os alunos entenderem
como trabalha um cientista, ainda que os resultados não sejam os mais precisos. A
proposta aqui é encontrar resultados numéricos do experimento para que as analogias
nos levem a explicações de fenômenos percebidos no cotidiano e a especulação de
tecnologias, ou seja, fazê-los trabalhar como cientistas. Esta proposta de fazê-los
trabalhar como cientistas tem por meta transformar a aula em uma aula ativa e não
passiva. A proposta é que os alunos sejam capazes de especular sobre os fenômenos. A
ideia é reforçar a capacidade intuitiva do aluno para que saiba conjecturar quais são as
causas dos fenômenos presenciam diariamente.
Componentes
Objetivos secundários
77
Procedimento
( )
( )
( )
78
Coleta de dados5
T10 T f
Considerações finais
5
Para a coleta de dados, faz-se necessário um aluno vidente que possa informar as medidas do
cronômetro e que possa informar qual é a posição de equilíbrio do oscilador.
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som produzido por uma oscilação que lembrar o desenho do movimento feito pela
massa. Por isso, que o uso da régua acústica facilita a vida dos videntes.
Esta experiência sempre deve ser executada em dupla, para que enquanto um
esteja contando os períodos o outro esteja de olho no cronômetro, isto é interessante,
pois a necessidade que o aluno deficiente tem de que alguém veja para ele, no
cronômetro, o tempo é compartilhado por todos.
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Referências
ALONSO, M.; FINN, E.J. Física um curso universitário: campos e ondas, v.1. 2. ed.
São Paulo: Edgard Blücher, 2007.
ALONSO, M.; FINN, E.J. Física um curso universitário: campos e ondas, v.2. Trad.
Ivan C. Nascimento e Curt E. Hennies. São Paulo: Edgard Blücher, 2007.
PIRES, D.P.L.; AFONSO, J.C.; CHAVES, F.A. A termometria nos séculos XIX e XX.
Rev. Bras. Ensino Fis. [online], v. 28, n.1, p.101 – 114, 2006.
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