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NORMAS E PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARAA ELABORAÇÃO E

EXECUÇÃO DO MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL EM PEQUENA

ESCALA

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NORMAS E PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA A ELABORAÇÃO E
EXECUÇÃO DO MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL EM PEQUENA
ESCALA

2017

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INFORMAÇÕES DO GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS

DAVID ANTÔNIO ABISAI PEREIRA DE ALMEIDA


Governador do Estado

ANTONIO ADEMIR STROSKI


Secretário de Estado do Meio Ambiente – SEMA

JOSÉ CIDENEI LOBO DO NASCIMENTO


Secretário de Estado da Produção Rural

LÚCIO FLAVIO DO ROSÁRIO


Diretor Presidente do IDAM

ANTÔNIO LUIZ DE ANDRADE


Secretário Executivo Adjunto de Gestão Ambiental – SEAGA

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Redação
Eirie Gentil Vinhote – Engenheiro Florestal DATEF/IDAM
Vilson de Souza Rocha – Engenheiro Florestal – GPM/IDAM
Cristina ZulmaEscateLay – Engenheira Florestal – GPM/IDAM

Revisão

Malvino Salvador – Diretor de Assistência Técnica e Extensão


Florestal – DITEF/IDAM
Nadiele Pacheco – Chefe do Dpto.de Assistência Técnica e
Extensão Florestal – DATEF
Mereide Xavier – Engenheira Florestal – NUCGEO/IDAM

Fotos
Acervo IDAM

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Lista de Quadros

Quadro 1. Divisão percentual da propriedade ................................................. 21

Quadro 2. Rios na APP ................................................................................... 23

Quadro 3. Nascentes e olhos d’água na APP .................................................. 23

Quadro 4. Lagos e lagoas naturais .................................................................. 23

Quadro 5. Critério de seleção .......................................................................... 30

Quadro 6. Tipos de TCA conforme a lei do CAR .......................................... 31

Quadro 7. Cumprimento das fases .................................................................. 32

Quadro 8. Trâmites legais para cadastramento CAR ...................................... 32

9
Lista de Figuras

Figura 1. Base de unidade de trabalho .......................................................... 27

Figura 2. Medida CAP .................................................................................. 28

Figura 3 Localização das Árvores ................................................................. 29

Figura 4. Etapas para corte direcionado em árvores com diâmetro grande ... 36

Figura 5. Tronco inclinado ............................................................................. 37

Figura 6. Técnicas de corte de árvores com sapopemas................................. 37

Figura 7. Teste do oco .................................................................................... 39

Figura 8. Limpeza .......................................................................................... 39

Figura 10. Queda e caminho de fuga ............................................................. 40

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Lista de Siglas

AEM - Área de Efetivo Manejo


AFLORAM - Agência de Florestas do Estado do Amazonas
APP – Área de preservação permanente
Ater- Assistência Técnica e Extensão Rural
CAP – Circunferência a altura do peito
CAR - Cadastro Ambiental Rural
CEMAAM - Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas
CEUC - Centro Estadual de Unidades de Conservação
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
DAP – Diâmetro à altura do peito
DATEF - Departamento de Assistência Técnica e Extensão Florestal
DOF – Documento de Origem Florestal
DMC - Diâmetro mínimo de corte

EPI - Equipamento de proteção individual


GPM - Gerência de Apoio a Produção Florestal Madeireira
GPS – Sistema de Posicionamento Global (do inglês Global Positioning System)
Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IDAM - Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do
Estado do Amazonas
IPAAM - Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas
ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação
LO - Licença de Operação
MMA – Ministério do Meio Ambiente
IN – Instrução Normativa

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PCTAF’s - Povos, Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares
PMFSPE - Plano de Manejo Florestal Sustentável em Pequena Escala
POE - Plano Operacional de Exploração
PRAD - Plano de Recuperação de Área Degradada
RL - Reserva Legal
TCA - Termo de Compromisso e Adesão ao CAR

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Sumário
1. Fundamentos e razões para o Manejo de Florestas 16
1.1 Evolução do Manejo Florestal Sustentável 17
2. LEGISLAÇÃO FLORESTAL 18
2.1 Legislação Federal para o Manejo Florestal 18
2.2 Legislação Estadual do Estado do Amazonas para o Manejo Florestal 19
2.3 Breve Histórico das Portarias e Instruções Normativas 20
2.3.1 Ano de 2003 – Portaria SDS nº 40/03 .............................................20
2.3.2 Ano de 2006 - Instrução Normativa SDS 01/06 20
2.3.3 Ano de 2008 - Instrução Normativa nº002/08 20
2.3.4 Resoluções Vigentes 21
3. CADASTRO AMBIENTAL RURAL – CAR 24
3.1 Inscrição no CAR 25
3.2 Programa de Regularização Ambiental (PRA) 26
3.3 Como fazer a inscrição no CAR? 27
3.3.1 Coletando os dados em campo ........................................................27
4.
PR
OCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA ELABORAÇÃO DO PMFSPE 28
4.1 Primeira fase: Identificação e caracterização do produtor florestal 28
4.2 Segunda fase: Termo de adesão à assistência técnica florestal 30
4.3 Terceira fase: planejamento da pré-exploração 30
MACROZONEAMENTO DA PROPRIEDADE 32
5.1 Delimitação da propriedade 32
4.2 Delimitação da Área de Preservação Permanente – APP 33
4.3 Delimitação da área de Reserva Legal – RL 35
4.4 Área destinada a outros usos 35
5. DELIMITAÇÃO DO PLANO DE MANEJO 37
5.1 Delimitar a área do Plano de Manejo 37
5.2 Delimitar a Área de Efetivo Manejo – AEM 37

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5.3 Área de Efetiva Exploração Florestal 38
6. INVENTÁRIO FLORESTAL 38
6.1 Abertura de picadas 39
6.2 Identificação botânica das árvores 27
6.3 Identificação de indivíduos com provável presença de oco 27
6.4 Circunferência à Altura do Peito - CAP 27
6.5 Estimativa da Altura 28
6.6 Numeração das árvores 28
6.7 Registro de localização das árvores 28
6.8 Pré-seleção das árvores para exploração 28
6.9 Corte de cipós 28
ESTRUTURA DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL EM
PEQUENA ESCALA – PMFSPE 29
7.1 Processamento dos dados coletados em campo 29
7.2 Determinação do Volume 30
8. Documentos para protocolo do Plano de Manejo e Plano Operacional junto ao
IPAAM solicitando emissão da Licença de Operação 31
8.8 Expedição da Licença de Operação (LO) 32
8.9 Cadastro Técnico Federal - CTF 32
9. PLANEJAMENTO DE OPERAÇÃO DE EXPLORAÇÃO 33
9.1 Corte Direcionado 33
9.2 Árvores com tronco muito inclinado 1
9.3 Árvores com sapopemas 1
9.4 Erros comuns durante o corte 36
9.5 Porque planejar a exploração florestal? 36
9.6 Cronograma de execução 37
9.7 Mão de obra 37
9.8 Equipamentos 37
9.9 Insumos 37
9.10 Logística de transportes 38
10. OPERAÇÕES DE EXPLORAÇÃO 38

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10.1 Teste do oco 38
10.2 Limpeza do tronco. 1
10.3 Retirada das plaquetas, pregos e marcação do toco 1
10.4 Verificação da direção de queda 40
10.5 Preparação dos caminhos de fuga 41
10.6 Destopo 42
10.7 Desdobro no campo (pré-beneficiamento) 42
10.8 Romaneio 43
11. Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais -
SINAFLOR 44
11.1 DOCUMENTO DE ORIGEM FLORESTAL – DOF 46
11.1 Conceito ............................................................................................ 46
11.2 Acesso ............................................................................................... 46
11.3 Fluxo ................................................................................................. 46
12. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO PÓS – EXPLORATÓRIO 56
13. SEGURANÇA NO TRABALHO 56
13.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) 57
13.2 Principais Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para utilizar em
atividades de beneficiamento de madeira com uso de serraria portátil 57
13.3 Diálogo de segurança 60
13.4 Regras de segurança para uso da motosserra 60
14 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS 61

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1. Fundamentos e razões para o Manejo de Florestas
Originário do antigo continente europeu, no século XIX, o ordenamento
florestal estava ligado às práticas silviculturais aplicadas nos povoamentos
florestais, incluindo os seus aspectos financeiros e organizacionais, visando à
produção de diversos tipos de madeira. Na segunda metade do século XIX, o
ordenamento foi levado pelos europeus para a Ásia numa tentativa de adaptá-lo às
florestas tropicais. No início do século passado, o ordenamento foi introduzido na
África, somente chegando à América na década de 40.
No entanto, apenas no início dos anos 90 é que teve início a
implementação de Planos de Manejo Florestal na Amazônia.
O desenvolvimento das técnicas de exploração e condução da floresta,
sensoriamento remoto, tecnologia de produtos florestais e capacidade de
armazenamento e processamento de informações possibilitaram a consolidação do
Manejo Florestal.
O manejo de bacias hidrográficas, o lazer, a educação ambiental e a
conservação da fauna (silvestre) e da flora (madeireira e não madeireira) passaram
a ser parte do manejo florestal, ampliando o conceito de uso múltiplo. Mas o que é
o Manejo Florestal?
O Manejo Florestal compreende um conjunto de técnicas empregadas para
a exploração criteriosa de parte das árvores grandes, de tal maneira que os
menores indivíduos sejam protegidos para explorações futuras (SILVA, 2001). O
manejo das florestas envolve produção, rentabilidade, segurança no trabalho,
respeito à legislação, logística de mercado, conservação florestal e serviços
ambientais, como o equilíbrio do clima regional e global, especialmente pela
manutenção do ciclo hidrológico e retenção de carbono. Para isso, o Código
Florestal Brasileiro de 1965 (revogado pela Lei n0. 12.651 de 25/05/2012) definiu
que as florestas da Amazônia só poderiam ser utilizadas sob regime de Manejo
Florestal.
O desenvolvimento de técnicas de Manejo Florestal garante a manutenção
da exploração e produção de madeira. Além disso, os benefícios econômicos do
manejo superam os custos. Tais benefícios decorrem do aumento da produtividade
do trabalho e da redução dos desperdícios de madeira. E, ainda, a partir da adoção
das técnicas de manejo, os riscos de acidentes de trabalho durante o corte na
operação na floresta manejada são 17 vezes menores se comparados às situações
de perigo na exploração predatória (ROTTA, 2006).
Embora a ação fiscalizatória tenha sido pouco efetiva até o momento, o
processo de monitoramento está aumentando e a pretensão do Estado do
Amazonas é intensificar a fiscalização das áreas verdes da região. Com a adoção

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dos planos de manejo, as empresas e produtores podem obter um certificado com
"selo verde", cada vez mais exigido pelos grandes compradores de madeira,
especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
Além dos benefícios comerciais, a prática do Manejo Florestal sustentável
garante a conservação de espécies animais e vegetais, contribuindo para o
equilíbrio do clima regional e global, especialmente pela manutenção do ciclo
hidrológico e pela retenção de carbono (MONTEIRO et al., 2009).

1.1 Evolução do Manejo Florestal Sustentável


O manejo de florestas naturais passa por um acelerado processo de
desenvolvimento. Essas mudanças podem ser observadas no campo tecnológico,
com a introdução de novas práticas de manejo; no campo gerencial, com a
introdução de novos sistemas de manejo; e no campo estratégico, com novos
instrumentos de políticas públicas e de relação com o mercado. Apontam ainda
para um cenário promissor no que se refere ao papel do manejo florestal na
promoção do desenvolvimento sustentável, incluindo-se aí a conservação florestal
e a construção da cidadania.
No Estado do Amazonas, em cumprimento à política florestal iniciada em
2003, existe uma categoria de Plano de Manejo que diminui ainda mais o impacto
na floresta: o Plano de Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala - PMFSpe,
definido pela Resolução 007/11, do Conselho Estadual de Meio Ambiente –
CEMA/AM. O PMFSPE é uma categoria singular de manejo de florestas,
concebido para atender aos pequenos produtores florestais, que de outra forma não
teriam condições de custear a elaboração de um Plano de Manejo de Maior
Impacto de Exploração. Suas principais características são:
 Exploração de baixo impacto com intensidade de exploração de 0,86
m³/ha/ano em relação à área de efetivo manejo florestal;
 Permite que seja realizado o desdobro de toras dentro da área de efetivo
manejo com a utilização de motosserra, serrarias portáteis e similares,
observado o Coeficiente de Rendimento Volumétrico estabelecido na
Resolução CONAMA nº. 474/16, de 35% em relação ao volume da
tora;
 Não prevê máquinas para arraste de toras;
 Passível em áreas de manejo com no máximo 500 ha;
 A assistência técnica em todas as fases do manejo é realizada por
técnicos do IDAM;
 Documentação simplificada para o licenciamento;
 Custo fixo da taxa de licenciamento.

17
A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), com ênfase em
atividades florestais, é fundamental para o sucesso do manejo florestal
comunitário e individual/familiar. Trata-se da prestação de serviço de educação
não formal no meio rural de forma contínua, que aprimora processos de gestão,
produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços
agropecuários e não agropecuários, incluindo atividades agroextrativistas,
florestais e artesanais (AMAZONAS, 2008).
Essa modalidade de ATER refere-se não apenas à solução de problemas
técnicos produtivos ou de transmitir novidades e informações técnicas, mas
também busca facilitar, orientar e assessorar os processos de transformação das
propriedades e das comunidades para adequarem-se às exigências de legalidade e
mercado.
Neste contexto, desde 2007 o Departamento de Assistência Técnica
Floresta l- DATEF/IDAM, através da Gerência de Apoio a Produção Florestal
Madeireira - GPM/IDAM, vem atuando na orientação técnica dos conceitos,
objetivos, benefícios e procedimentos do Manejo Florestal de Pequena Escala. No
total, são cerca de 850 planos de manejo elaborados até 2016, que ainda
encontram-se em tramitação no IPAAM, distribuídos em 41 municípios. Nesse
total, estão incluídos planos de manejo em Unidades de Conservação Estaduais,
resultado de uma parceria entre IDAM e o extinto Centro Estadual de Unidades de
Conservação – CEUC, atual Departamento da SEMA.

2. LEGISLAÇÃO FLORESTAL
2.1 Legislação Federal para o Manejo Florestal

Constituição Federal – CF - 1988


Art. 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para os presentes e futuras gerações;

Lei n.º 11.284, de 2 de março de 2006 - Dispõe sobre a gestão de


florestas públicas para a produção sustentável;

Lei n.º12.651/12 – Artigo 31, inciso IX, § 6, do Novo Código Florestal


Brasileiro: define que para fins de manejo florestal na pequena
propriedade ou posse rural familiar os órgãos do Sistema Nacional do
Meio Ambiente - SISNAMA deverão estabelecer procedimentos
simplificados para elaboração, análise e aprovação dos referidos PMFS.

18
Decreto 5975/2006 – Regulamentação de Plano de manejo florestal e
definições.

Resolução CONAMA n.º 378, de 19 de outubro de 2006 - Define os


empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental
nacional;

Resolução CONAMA n.º 406, de 02 de fevereiro de 2009 - Estabelece


parâmetros técnicos a serem adotados na elaboração, apresentação,
avaliação técnica e execução de Plano de Manejo Florestal Sustentável -
PMFS com fins madeireiros, para florestas nativas e suas formas de
sucessão no bioma Amazônia.

2.2 Legislação Estadual do Estado do Amazonas para o Manejo Florestal

Lei Estadual nº 1.532/82 - Disciplina a Política Estadual da Prevenção e


Controle da Poluição, Melhoria e Recuperação do Meio Ambiente e da
Proteção aos Recursos Naturais, e dá outras providências.

Lei Estadual nº 2.416, de 22 de agosto de 1996 - Dispõe sobre as


exigências para concessão da licença para exploração, beneficiamento e
industrialização de produtos e subprodutos florestais com fins
madeireiros e dá outras providências;

Lei Estadual nº 4.406 de 28 de dezembro de 2016 – Institui a Política


Estadual de Regularização Ambiental dispõe sobre o Cadastro
Ambiental Rural – CAR.

Lei Estadual nº 3.785, de 24 de julho de 2012 - Dispõe sobre o


licenciamento ambiental no Estado do Amazonas;

Resolução CEMA/AM nº007/2011 - Estabelece normas e


procedimentos que disciplinam a apresentação, tramitação,
acompanhamento e condução das atividades de Plano de Manejo
Florestal Sustentável em Pequena Escala – PMFSPE para licenciamento
da exploração florestal madeireira.

19
2.3 Breve Histórico das Portarias e Instruções Normativas

2.3.1 Ano de 2003 – Portaria SDS nº 40/03

Criou a modalidade de Plano de Manejo Florestal Sustentável com


Procedimentos Simplificados – PMFSPS. Marca o início da atividade de manejo
florestal de pequena escala no estado do Amazonas. A atividade é executada pela
Agência de Florestas do Estado do Amazonas – AFLORAM.
Determina que para cada árvore a ser colhida, devem ser incluídas na ficha
de levantamento e marcadas em campo pelo menos 2 (duas) árvores da mesma
espécie com diâmetro inferior ao diâmetro de corte que se destinarão a exploração
futura.
2.3.2 Ano de 2006 - Instrução Normativa SDS 01/06
Regulamenta o inventário das espécies de árvores remanescentes (para
exploração futura) e traz as seguintes orientações:
a) No mínimo uma (01) árvore da mesma espécie para cada árvore
identificada para fins de exploração, com diâmetro inferior em até 20 cm
(árvores filhas);
b) No mínimo duas (02) árvores da mesma espécie para cada árvore
identificada para fins de exploração, com diâmetro inferior em até 40
centímetros (árvores netas);
c) Sem coordenadas XY, mas com recomendação para uso de sistema de
trilhas;
d) Documento de propriedade ou ocupação do imóvel (registro de
propriedade, declaração ou título de posse/ocupação expedida pelo
órgão federal, estadual ou municipal competente, declaração de posse ou
ocupação (Anexo IV) assinada por dirigente de Associação,
Cooperativa, Sindicato ou Comunidade Rural que ateste que o
posseiro/ocupante reside e utiliza a gleba rural há mais de 5 (cinco) anos
e que inexiste contestação por terceiros sobre esse direito).

2.3.3 Ano de 2008 - Instrução Normativa nº002/08


Regulamenta o inventário das árvores das espécies de interesse para fins de
exploração (árvores mães) com circunferência à altura do peito (CAP) igual ou
superior a 157 cm, contendo:

a) nome comum e científico da espécie;


b) número de identificação de cada árvore;
c) altura comercial estimada (comprimento aproveitável da árvore);

20
d) CAP;
e) coordenadas X e Y das árvores posicionadas de acordo com o sistema de
trilhas de orientação;
f) volume por árvore, por espécie e volume total; e
g) mapa de localização com as trilhas de orientação e posicionamento das
árvores destinadas à exploração.

No inventário das árvores filhas e netas com, no mínimo, duas árvores da mesma
espécie identificada para fins de exploração, com CAP entre 60 e 157 cm,
contendo:
a) nome comum e científico da espécie;
b) número de identificação de cada árvore;
c) CAP; e
d) coordenadas X e Y das árvores posicionadas de acordo com o sistema de
orientação.

Obs.: As filhas e netas de uma exploração não podem ser cadastradas para nova
exploração e devem ser mantidas plaqueteadas.

2.3.4 Resoluções Vigentes


a) Resolução/CEMA/AM/N° 007, de 21 de junho de 2011.
Esta Resolução estabelece normas e procedimentos para a apresentação,
acompanhamento, condução de atividades e o licenciamento ambiental da
exploração madeireira por meio de Planos de Manejo Florestal Sustentável em
Pequena Escala – PMFSPE, que possuem área inferior a 500 hectares. É
importante sabermos. Para que foi elaborada esta resolução? Quem pode se
beneficiar com esta resolução? A resolução foi elaborada para obtenção da Licença
Ambiental - LA. Antes da Resolução era muito difícil conseguir a LA, por vários
motivos, mas os principais eram:

1. O órgão estadual que emite as Licenças Ambientais está


localizado no município de Manaus, o que dificulta o acesso
dos pequenos empreendedores;
2. As informações sobre os procedimentos para o licenciamento
ambiental não chegam de forma ágil e apropriada aos
municípios e comunidades rurais;

21
3. Os documentos solicitados para o licenciamento ambiental
eram muitos e de difícil obtenção.

Por isso, a Resolução CEMA/AM Nº 007/2011 foi criada para simplificar


e facilitar os procedimentos do licenciamento ambiental de pequenos projetos de
exploração madeireira e promover a inclusão socioambiental de pequenos
produtores.
Além disso, o Governo do Amazonas tem criado parcerias entre os órgãos
estaduais para possibilitar o acesso entre o órgão licenciador e o pequeno
empreendedor.
A referida resolução beneficia produtores familiares, uma vez que o Plano
de Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala é uma modalidade de manejo
florestal criado para os produtores familiares, pequenos extratores de madeira que
vivem nas comunidades tradicionais e rurais do Estado do Amazonas e aqueles
que vivem dentro ou no entorno das Unidades de Conservação, desde que
cumpram as regras do Plano de Gestão da Unidade de Conservação.

c) Resolução/CEMAAM/N° 14, de 21 de novembro de 2012.


Altera a Resolução CEMA/AM nº 007/2011. Permite o aproveitamento
para fins energéticos dos resíduos do desdobro de toras (costaneiras, aparas, etc.),
bem como aqueles das árvores exploradas e daquelas derrubadas em função da
exploração florestal, considerando-se o volume de 1 (um) estéreo (st) de resíduo
para cada metro cubico de madeira em tora autorizada e efetivamente explorada.
Define os resíduos para fins energéticos, referindo-se aos resíduos da
exploração florestal, tais como costaneiras, aparas e galhadas, destinadas à queima
para a produção de calor ou geração de energia.

c) Resolução/CEMAAM/N° 16, de 16 de julho de 2013.


Altera a Resolução CEMA/AM n° 007/2011, em seus Art. 2, Art. 3, Art. 4º
e Art. 5º, saber:
Art. 2º, "§ 3°: “Fica a exigência de documentação fundiária substituída
pala manifestação do Órgão Gestor atestando tratar-se o solicitante de
morador/usuário da Unidade de Conservação, adicionalmente a anuência para a
atividade prevista”.
Art. 3° Os incisos 11, 111 e V do artigo 5° passam a vigorar com as
redações a seguir indicadas, sendo acrescentado, ainda, o parágrafo único:
"II - Certidão Ambiental Rural (CAR), expedida pelo IPAAM;

22
“III - Declaração da Prefeitura Municipal, informando que o local e
atividades propostas estão de acordo com as posturas no prazo até 30 (trinta) dias,
sendo que a não manifestação no período implica na sua aquiescência; [...]
"V - Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, do responsável pela
elaboração, assistência técnica do PMFSPE e Inventário Florestal, conforme Lei
Federal n° 6.496/77.
Parágrafo único. “Em Unidades de Conservação não será necessária a
apresentação do documento disposto no inciso II neste artigo." Art. 4° Os incisos 1
e II do artigo 9° passam a vigorar com as seguintes redações:
"I - Para cada árvore selecionada para corte deverá ser apresentada no
inventário, para corte futuro, pelo menos 2 (duas) árvores com CAP entre 60 e 157
cm da mesma espécie;
II - Selecionadas para corte árvores de uma determinada espécie,
observando a exigência contida no inciso I, podem ser exploradas adicionalmente
somente 50% das árvores remanescentes desta espécie, que atendem ao critério de
Circunferência Mínima para Corte (CMC) e que não atendem ao exigido no inciso
1."
Art. 5° Fica acrescentado o § 3° ao artigo 13, passando a vigorar com a
seguinte redação:
"§ 3° Poderão ser dispensados de vistoria para renovação da Licença de
Operação, aprovação de novo POE ou cancelamento, os PMFSPE elaborados por
instituições públicas ou organizações não governamentais com as quais o IPAAM
mantenha Termo de Cooperação Técnica e desde que o Relatório Pós-Exploratório
apresentado, com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), não
constate irregularidade na exploração."

RESOLUÇÃO CEMAAM Nº 20, de 25 de novembro 2014.


Altera a Resolução CEMA/AM n° 007/2011, em seu Art. 3º, incluindo
dois parágrafos, a saber:
"§4º Em Plano de Manejo localizado em áreas de posse de concessão de uso ou de
ocupante de terras públicas, será admitida a ocorrência de sobreposições com área
de outro imóvel, não se autorizando, entretanto, a exploração florestal nas áreas
sobrepostas no imóvel;
"§5º Admite-se ainda nas áreas descritas no §4º a existência de deslocamentos nos
seus limites bem como nas dimensões das áreas, limitando-se estas em 5%”;

SAIBA MAIS!

23
A Lei Estadual nº 3785, de 24 de julho de 2012, ou
Lei do Licenciamento Ambiental do Estado Amazonas,
classifica os PMFSPE como um empreendimento com
PEQUENO potencial poluidor/degradador;

Unidade de Conservação – Espaço territorial com


características naturais relevantes e limites definidos, que
tem os objetivos de conservação e desenvolvimento
sustentável das comunidades tradicionais;

Plano de Gestão – Documento técnico e gerencial,


com fundamento nos objetivos da unidade de conservação,
que estabelece o zoneamento e as normas que devem
regular o uso da área e o manejo dos recursos naturais.

3. CADASTRO AMBIENTAL RURAL – CAR


O Cadastro Ambiental Rural - CAR consiste no registro eletrônico de
abrangência nacional junto ao órgão ambiental competente, no âmbito do Sistema
Nacional de Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA, obrigatório para todos
os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das
propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle,
monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao
desmatamento. Foi instituído pela Lei 12.651/12, e regulamentado pelo Decreto
7.830/12, sendo obrigatório para todos os imóveis rurais do território nacional.
O CAR facilitará a vida do proprietário rural que pretende obter licenças
ambientais, pois a comprovação da regularidade da propriedade acontecerá por
meio da inscrição e aprovação do CAR e o cumprimento no disposto no Plano de
Regularização Ambiental, que será em breve instituído. Com isso, não haverá mais
a necessidade de procedimentos anteriormente obrigatórios, como a averbação em
matrícula de Reservas Legais no interior das propriedades. Todo o procedimento
para essa regularização poderá ser feito online. Além disso, só poderão obter
crédito agrícola aqueles proprietários que inscreveram suas propriedades no CAR.
O CAR consiste no georreferenciamento do perímetro do imóvel, os
remanescentes de vegetação nativa, as áreas de preservação permanente, as áreas
de uso restrito, as áreas consolidadas e a reserva lega.
O Cadastro será feito via internet, preferencialmente nos órgãos
ambientais dos Estados ou Distrito Federal. Consiste no registro público eletrônico
de informações georreferenciadas do imóvel rural junto a Secretaria de Meio
Ambiente dos Estados e Municípios.

24
Após a validação das informações inseridas, é gerado um relatório de
situação ambiental do imóvel, podendo considera-lo regular em relação às áreas de
interesse ambiental ou, caso possuam, algum passivo, serão consideradas
pendentes de regularização.

3.1 Inscrição no CAR


A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente,
no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento,
exigirá do proprietário ou possuidor rural:

i. - identificação do proprietário ou possuidor rural;


ii. - comprovação da propriedade ou posse;
iii. - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo,
contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um
ponto de amarração do perímetro do imóvel, informando a localização dos
remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente,
das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso existente,
também da localização da Reserva Legal.

O prazo para
inscrição no CAR
encerra em 31 de
dezembro de 2017.

Com a inscrição no CAR, fica desobrigada a averbação em Cartório da área


de Reserva Legal inserida no sistema, sendo vedada a alteração de sua
destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de
desmembramento, com as exceções previstas em Lei. Caberá ao proprietário
ou possuidor apresentar os dados com a identificação da área proposta de
Reserva Legal.
São previstos procedimentos simplificados para inscrição no CAR para o
proprietário ou posseiro rural, que desenvolvam atividades agrossilvipastoris
(em áreas com até quatro módulos fiscais), e aos povos e comunidades
indígenas e tradicionais que façam uso coletivo do seu território.

O proprietário ou possuidor de
imóvel rural que mantiver ARL
conservada em área superior aos
percentuais exigidos poderá
instituir Cotas de Reserva
Ambiental sobre a área excedente.
25
Quais são as vantagens do CAR?

 Comprovar regularidade ambiental;


 Segurança jurídica
 Suspensão de multas aplicadas pelos órgãos
de fiscalização por meio da adesão ao PRA
(para infrações cometidas antes de 22 de julho
de 2008
 Continuidade do acesso ao crédito
 Acesso aos programas de regularização
ambiental
 Planejamento do imóvel rural
 Possibilitar certificações do ativo ambiental
 Emissão de Cotas de Reserva Ambiental

3.2 Programa de Regularização Ambiental (PRA)


A União, os Estados e o Distrito Federal deverão implantar Programas de
Regularização Ambiental - PRAs de posses e propriedades rurais, com o objetivo
de adequá-las aos termos do Código Florestal.
O Estado do Amazonas possui legislação que estabelece a Política
Estadual de Regularização Ambiental, a Lei nº 4.406/17, publicada em 09 de
janeiro de 2017. Nela estão definidos os instrumentos da Lei que são:
I. CAR
II. Programa de Regularização Ambiental – PRA
III. Programa de Apoio e Incentivo – PAI;
IV. Demais planos, programas, etc.
Estes instrumentos se integram durante o cadastro. Assim, a inscrição do
imóvel rural no CAR, é uma condição obrigatória para a adesão ao PRA, onde o
cadastrante deve manifestar esse interesse na etapa “Informações” no Módulo de
Cadastro.
Inicialmente a adesão ao PRA é opcional, caso o proprietário ou
possuidor não queira aderir a esse programa, ele poderá regularizar seu imóvel
por meios próprios, mesmo nesses casos, a proposta de regularização deverá ser
pactuada junto ao órgão competente e formalizada por meio do Termo de
Compromisso. Entretanto, em se tratando de sistema, recomenda-se que, mesmo
que o imóvel não apresente déficit de reserva legal, seja feita a adesão no
sistema.

26
Fluxo da Política de Regularização Ambiental do Estado do Amazonas.

3.3 Como fazer a inscrição no CAR?


3.3.1 Coletando os dados em campo

A inscrição e o registro do imóvel rural no CAR é gratuita e deverá


conter a planta georreferenciada da área do imóvel, contendo a indicação das
coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro
do imóvel e o perímetro das áreas de servidão administrativa, e a informação da
localização das áreas de remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de
Preservação Permanente, das áreas de uso restrito, das áreas consolidadas e,
caso existente, a localização da Reserva Legal.
De acordo com a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002/MMA os
arquivos digitais utilizados para inscrição do CAR via SICAR, seja por meio de
importação de arquivos, seja por outros meios de inserção de dados, bem como
aqueles integrados ao SICAR, deverão adotar o Datum SIRGAS 2000, SAD-69
ou WGS 84 e o sistema de coordenadas geográficas ou de projeção UTM,
indicando neste último caso fuso e zona.
Após coletar as coordenadas em campo, em cada marco ou limite. Pode-
se usar um programa específico para baixar os pontos e delimitar o polígono,
como o programa livre Quantum GIS.

27
4. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA ELABORAÇÃO DO PMFSPE
É um conjunto de técnicas e parâmetros que visam a elaboração e o
acompanhamento das atividades de Manejo Florestal Sustentável de Pequena
Escala, que consiste na utilização, em bases sustentáveis, dos recursos florestais
para obtenção de benefícios sociais, econômicos e ambientais. Sua elaboração
consiste em duas etapas: macroplanejamento e microplanejamento. Abaixo, estão
relacionados os procedimentos técnicos de cada etapa.

4.1 Primeira fase: Identificação e caracterização do produtor florestal


A identificação é uma ferramenta de abordagem realizada pelo técnico,
de forma a verificar o perfil do candidato, a vocação para a atividade florestal e o
potencial da área a ser manejada. A conversa deve ser conduzida da forma mais
natural possível para evitar que respostas sejam induzidas, tirando a veracidade
das informações fornecidas. As perguntas devem ser diretas e feitas com
simplicidade para que o candidato entenda as informações que serão necessárias.
Os itens listados abaixo servem para orientar a conversa e levantar as
informações necessárias para a avaliação do candidato:
 Tradição no uso da floresta: Questionar se o candidato possui
experiência no extrativismo (madeireiro ou não madeireiro). Em caso
afirmativo, avaliar o peso dessa atividade na economia familiar, em
termos de tempo de trabalho e de renda. Isto permite caracterizar o
comprometimento com a atividade, o grau de dedicação e a importância
do valor oriundo da madeira dentro da renda familiar.
 Situação fundiária: Verificar se a situação fundiária do terreno e o tipo
de documento que possui. Sempre é importante conferir que não existe
litígio sobre o terreno.
 Localização e acesso: Analisar se a área tem acesso fácil para execução
de todas as etapas do manejo, e se não há dificuldade para o
escoamento da produção. Identificar quais são os meses apropriados
para realizar o inventário, a exploração e o transporte da madeira, em
função das cheias e das precipitações.
 Tamanho da área: Áreas pequenas com potencial madeireiro alto
podem ser consideradas viáveis, porém propriedades pequenas nem
sempre justificarão os investimentos realizados (trâmite, custos
administrativos) comparados com a receita estimada.
 Estoque de madeira comercial: Questionar sobre quais são as espécies
florestais existentes na área e se há mercado para comercialização das

28
mesmas. É necessário avaliar se o candidato conhece sua área, se já a
percorreu e se tem uma noção das espécies e tamanhos das árvores que
existem nela.
 Capacidade de produção: Questionar quantos metros cúbicos de
madeira ele terá capacidade para extrair e em qual período do ano. Essa
capacidade depende do tamanho da área, da riqueza da floresta, das
outras atividades da família e da mão-de-obra disponível na família ou
na comunidade.
 Conhecimento de Mercado: Verificar se ele conhece o mercado para
venda de madeira e como ele pretende negociar. Verificar também se
há mercado para a quantidade de madeira que ele pretende coletar e se
ele tem interesse em juntar sua produção com a de outra pessoa para
negociar um volume maior de madeira com compradores.
 Planejamento: Avaliar a capacidade de planejamento das atividades
pelo produtor. Questionar como ele pretende executar cada atividade
(inventário, exploração, desdobro e transporte) e verificar se ele tem
conhecimento sobre quantas pessoas devem estar envolvidas em cada
etapa, qual o tempo de deslocamento com pessoal e de transporte da
madeira, quais insumos são necessários e como será a estrutura de
acampamento e a alimentação.
 Equipamentos: Listar os equipamentos que possui para implementar o
plano de manejo e realizar a extração e o transporte da madeira
(motosserra, barco). Se não possuir esses meios, verificar como
pretende conseguir, se alugar ou adquirir esses equipamentos.
 Capacidade financeira: Estimar o custo médio de implantação do
projeto e da extração, e questionar se ele possui recursos financeiros
para viabilizar a exploração (pagamento de pessoal, alimentação,
insumos e transporte). Se ele não possuir, analisar como vai conseguir
esses recursos financeiros.

Esses itens de avaliação da aptidão para implementar o PMFSPE devem


ser usados como um simples roteiro de discussão aberta que permita aprofundar a
análise do projeto do candidato. Por exemplo, se o produtor não apresentar
tradição de exploração, é preciso indagar e avaliar como ele pretende adquirir essa
experiência e desenvolver a atividade.
Essa conversa deve ajudar o próprio candidato a definir se ele realmente
quer implementar um PMFSPE, se ele se sente apto para implementar um
PMFSPE ou se ele prefere adquirir mais conhecimento ou analisar mais o projeto
antes de tomar a decisão final.

29
A decisão final do IDAM de atender ou não a demanda de assistência
técnica para elaboração e exploração de um PMFSPE é da responsabilidade do
técnico florestal e/ou engenheiro florestal e da Unidade Local do IDAM, conforme
as regras internas definidas na instituição.

4.2 Segunda fase: Termo de adesão à assistência técnica florestal


O objetivo do Termo de Adesão é garantir ao Produtor Florestal o
compromisso de Prestação de Assistência Técnica Florestal na elaboração e
execução de Plano de Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala - PMFSPE,
o controle na liberação de licenças e dos relatórios pós-exploratórios, a aplicação
de técnicas de manejo a serem utilizadas e os cuidados a serem tomados para que
o plano de manejo seja executado dentro das diretrizes e normas estabelecidas pela
legislação em vigor, inclusive quanto ao transporte dos produtos colhidos. Este
documento deverá ser anexado ao processo do PMFSPE.

4.3 Terceira fase: planejamento da pré-exploração


O planejamento é a elaboração, por etapas e com bases técnicas, de
planos e programas com objetivos bem definidos. É a arte e a ciência de projetar,
em uma base racional, cursos futuros de ação para indivíduos, grupos ou
corporações, e sua implementação efetiva requer o uso combinado de medidas
quantitativas e qualitativas. É um processo de decisão com características próprias,
pois define o futuro desejado para a organização e delineia os possíveis caminhos
para atingi-lo (MACHADO; LOPES, 2002).
Após a assinatura do Termo de ATER é realizada a programação das
atividades iniciais e os procedimentos a serem adotados, visando facilitar a
organização das atividades de manejo. Inicialmente, deve ser elaborado, em
conjunto com o produtor, um esboço do mapa de uso da propriedade, indicando a
localização da área potencialmente produtiva e da área destinada a outros usos,
para que seja conhecido o local exato da realização do inventário, evitando
percorrer áreas que não estão planejadas para uso no Manejo Florestal.
Neste momento, deve-se, com os dados da propriedade em questão,
estimar a área mínima a ser inventariada para extrair o volume máximo passível de
liberação pelo IPAAM.
Após definir o tempo de deslocamento e o número de dias necessários
para a realização da atividade, deve ser verificada a disponibilidade das pessoas
que farão parte da equipe de campo na data especificada para o deslocamento até a
floresta e o meio de transporte para todos.

30
Devem ser levados em consideração o que será transportado, além da
equipe de campo, os materiais e insumos necessários, como combustível e
alimentos, por exemplo.

A participação do produtor em todas as etapas de levantamento de campo é


condição obrigatória: é a partir daí que ele começa a entender o que é Manejo
Florestal. Simulação dos cálculos com base na legislação vigente para avaliação
de uma propriedade para realização da atividade de manejo.

Divisão em percentual da propriedade


Descrição das Áreas Percentual Área (ha) Área (ha) sem
com AUA AUA
Área Total da Propriedade 100% 400 400
Área de Reserva Legal >=80% 320 400
Área de Uso Alternativo <=20% 80 ---

Área do Plano de Manejo =>RL 320 400


Área de Efetivo Manejo AMF-APP 304 380
dentro da AMF
Área de Efetiva Exploração Vol. anual / 25 11 14
Florestal Anual m3
Área de Preservação Permanente *5% da área 20 20
total
APP dentro da RL 80% 16 16
APP dentro da área de uso 20% 4 4
alternativo

Simulação produção com base nos resultados da tabela acima


Vol. potencial com Vol Potencial sem
Descrição Fórmula AUA AUA
Volume anual a ser explorado em
tora (m³) AEMF * 0,86 261,44 m³ 326,8m³
Volume anual a ser explorado em
prancha (m³) VOL ANUAL * 0,35 91,50 m³ 114,38m³
Intensidade de exploração na AEMF 0,86m³/ha/ano
Intensidade de exploração na AEEF 25m³/ha

31
Fonte: IDAM 2017 - Adaptado da Legislação Federal e Local que disciplina o MF
e o PMFSP.

5. MACROZONEAMENTO DA PROPRIEDADE
No croqui da propriedade devem ser indicados os tamanhos e a destinação
das áreas definidas na propriedade em relação à área total, igarapés, declives,
lagos, rios, nascente e etc. O croqui deve ser elaborado utilizando o software para
tratamento de dados para GPS e encaminhado para a Gerência de Apoio a
Produção Florestal Madeireira - GPM/IDAM, a fim de elaborar a planta do imóvel
no Núcleo de Geoprocessamento do IDAM. Essa medida se faz necessária para
minimizar os erros na plotagem das áreas, já que as imagens de satélite utilizadas
no NUCGEO/IDAM são as mesmas utilizadas pelo IPAAM.
Os pontos que obrigatoriamente devem constar na planta do imóvel estão
descritos abaixo.

5.1 Delimitação da propriedade


A delimitação da propriedade começa com o procedimento para sua
localização através da coleta de coordenadas geográficas dos vértices da
propriedade (frente e lateral). Estes dados associados ao tamanho das laterais e
respectivos azimutes permitirão elaborar o mapa. No caso em que o proprietário
tenha a documentação fundiária, esta informará os dados relativos aos limites da
propriedade, bem como os tamanhos das laterais, da frente e dos fundos, de acordo
com o Memorial Descritivo da propriedade. No caso de não possuir a
documentação fundiária, a indicação é seguir a recomendação do Artigo 03 da
Resolução CEMA/AM N0 007/11.
Para a coleta de coordenadas serão abertas, no mínimo, uma picada na
frente e outra na lateral da propriedade. Após percorrer estas extremidades,
sugere-se que a equipe retorne pela diagonal do terreno para fazer um
reconhecimento, registrando e localizando em croqui os aspectos mais relevantes,
principalmente os tipos de floresta. Com base nas informações coletadas, será
definida a Área de Preservação Permanente, Área de Uso, Área de Reserva Legal
e Área de Manejo Florestal.
Na coleta de pontos com GPS, o técnico deve estabelecer um padrão para
que os dados sejam utilizados e manipulados com a maior precisão possível. Por
exemplo, a primeira coordenada a ser coletada será a referente ao lado direito da
frente da propriedade.

32
Pelo menos 03 (três) pontos de vértices da propriedade devem ser
coletados (frente e uma lateral). A legislação vigente permite o uso do GPS de
navegação para coleta de coordenadas geográficas, apesar deste não ser dotado de
sistema de alta precisão.
Durante todo o percurso o GPS deve estar configurado para registrar o
trajeto percorrido, para facilitar a elaboração do croqui. As coordenadas da
propriedade, caso não sejam áreas tituladas, devem ser nomeadas como Prop01,
Prop02, PropN.
Sempre deve ser considerado o sentido horário para definição dos
vértices, as coordenadas e devem estar em formato Grau, Minuto, Segundo, com
precisão de duas casas decimais. O sistema adotado deve ser geográfico e Datum
Sirgas 2000.

4.2 Delimitação da Área de Preservação Permanente – APP


Trata-se de área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. A vegetação situada em
Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área,
possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito
público ou privado. A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de
Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de
interesse social ou de baixo impacto ambiental, conforme previsto na Lei
12.651/12. É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação
Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo
impacto ambiental, incluída nessa categoria a coleta de produtos não madeireiros
para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos,
respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos. O tamanho da
APP é determinado de acordo com a largura do curso d'água, conforme mostra a
descrição abaixo:

Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou


urbanas, para os efeitos do Novo Código Florestal - Lei 12.651/12 (BRASIL
2012):

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,


excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima
de:

33
Cursos D'água
Largura da APP
(largura)
30m Com menos de 10m
50m De 10m a 50m
100m De 50m a 200
200m De 200m a 600m
500m Com mais de 600m

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima
de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com
até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50
(cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

III- as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de


barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na
licença ambiental do empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que
seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a
100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em
faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100
(cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da
curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação
sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado
por planície ou espelho d’água adjacente, ou nos relevos ondulados, pela cota do
ponto de sela mais próximo da elevação;
X- as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que
seja a vegetação;

34
4.3 Delimitação da área de Reserva Legal – RL
Reserva Legal – RL é a área localizada no interior de uma propriedade ou
posse rural, delimitada nos termos do Art. 12 da Lei nº12.651/12, com a função de
assegurar o uso econômico, de modo sustentável, dos recursos naturais do imóvel
rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa.
No Estado do Amazonas, a área de reserva legal é, no mínimo, 80%
(oitenta por cento) da área total da propriedade. A atividade de extração madeireira
nestas áreas só pode ser realizada sob a implementação de um Plano de Manejo
Florestal Sustentável - PMFS. A reserva legal deve estar claramente representada
no mapa, através de coordenadas de todos os seus vértices.

ARL = ATP × 80% Onde:


ARL = Área de Reserva Legal
ATP = Área Total da Propriedade

Sobre o tamanho da ARL, o Novo Código Florestal determina ainda que

Art. 15: Será admitido o cômputo das Áreas de


Preservação Permanente no cálculo do percentual da
Reserva Legal do imóvel, desde que: I - o benefício
previsto neste artigo não implique a conversão de novas
áreas para o uso alternativo do solo; II - a área a ser
computada esteja conservada ou em processo de
recuperação, conforme comprovação do proprietário ao
órgão estadual integrante do Sisnama e III - o
proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do
imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos
desta Lei
(Novo Código Florestal, 2012).

4.4 Área destinada a outros usos


É a área destinada à prática de agricultura, pecuária e outros usos diversos.
Nesta área é permitida a supressão total da vegetação mediante autorização do
IPAAM, emitida após análise técnica de projeto específico para este fim.

35
Após a delimitação das APPs, o produtor deve analisar sua propriedade
buscando definir quais áreas serão mais apropriadas para as atividades que quer
desenvolver, como a agricultura (roçado) ou o manejo florestal. Os principais
fatores a serem considerados para definir a área de uso são a presença de
benfeitorias (casa, paiol, roçados, etc.), área para uso agrícola (solo adequado para
plantio) e a presença de caminhos de acesso.
A área de uso na Amazônia corresponde a, no máximo, 20% (vinte por
cento) da área da propriedade descontadas as APP, conforme a fórmula abaixo:

AU = ATP – ARL – APP Onde:


AU = Área Útil
ATP = Área Total da Propriedade
ARL = Área de Reserva Legal
APP = Área de Preservação Permanente

Fonte: NUCGEO/IDAM, 2017

36
5. DELIMITAÇÃO DO PLANO DE MANEJO
A área delimitada para implementação do PMFSPE pode ocupar toda a
reserva legal e a área de uso, o proprietário é quem define que área quer
estabelecer para o plano de manejo. Dentro desta área serão escolhidas áreas de
produção anual para que as atividades referentes ao ano em vigência sejam
desenvolvidas. Estas áreas devem estar muito bem delimitadas no mapa de
localização.

5.1 Delimitar a área do Plano de Manejo


A área do Plano de Manejo é a área na propriedade onde serão realizadas
as atividades pertinentes ao manejo florestal sustentável, ou seja, que reúne as
áreas produtivas para fins de manejo florestal. Normalmente, trata-se como sendo
a área de reserva legal da propriedade. Nesta área, a APP inclusa na área total do
plano de manejo e no croqui deve estar claramente representada.

APM = ARL, incluídas no


cálculo a APP da ARL
Posso delimitar a área do Plano
de Manejo sendo maior que a
Onde:
área da Reserva Legal da
APM = Área do Plano de Propriedade?
Manejo Sim, pode. Entretanto, a área
ARL = Área de Reserva Legal ficará sob regime de plano de
APP = Área de Preservação manejo, não sendo passível de
Permanente alteração de seu uso pelo
período do ciclo de corte.
5.2 Delimitar a Área de Efetivo Manejo – AEM
É a área do plano de manejo que pode efetivamente ser explorada,
considerando a exclusão das APPs e outras áreas protegidas. É a área na qual é
permitida a exploração dos recursos florestais através de um PMFS. Calcula-se a
Área de Efetivo Manejo (AEM) subtraindo a APP da Área do Plano de Manejo.

AEM = APM – APP. Onde:


AEM = Área de Efetivo Manejo
APM = Área de Plano de Manejo
APP = Área de Preservação Permanente
37
IMPORTANTE! O volume máximo autorizado para corte é calculado com base
na AEM.

5.3 Área de Efetiva Exploração Florestal


Área onde será realizada a exploração florestal definida no Plano
Operacional de Exploração - POE. É a área do inventário florestal, lembrando que
nessa área, segundo a resolução CEMAAM nº 007/11, a intensidade máxima de
exploração não pode exceder 25 m³/ha.

6. INVENTÁRIO FLORESTAL
O inventário florestal tem por objetivo descrever quantitativa e
qualitativamente os recursos florestais de que se dispõe para se conduzir um
programa de manejo da floresta (CUNHA, 2004).
A partir dos dados levantados no inventário é possível se fazer uma
projeção do volume de produto a ser obtido e, ao mesmo tempo, estimar os
recursos necessários para se conduzir o processo de exploração. Desta forma, o
produtor poderá avaliar a economicidade da atividade e planejar o investimento de
capital no manejo da floresta. O inventário florestal é a identificação das árvores
das espécies de interesse econômico na Área de Efetiva Exploração.

IMPORTANTE!

 Altura para medição do CAP: 1,30 m acima do solo ou imediatamente


acima da sapopema. Altura: Deve ser estimada da base da árvore até a
primeira bifurcação;
 Para cada árvore selecionada para corte deverá ser indicado no
inventário, para corte futuro, pelo menos duas árvores com CAP entre
60 e 157 cm da mesma espécie. Dessa forma, recomenda-se que o
diâmetro mínimo a ser coletado seja de 10 cm de diâmetro mínimo de
corte - DMC, ou seja, <=147cm de CAP;

38
 Caso não seja encontrada a quantidade de árvores para corte futuro em
uma determinada espécie, podem ser exploradas adicionalmente
somente 50% das árvores remanescentes desta espécie, que atendem ao
critério de Circunferência Mínima para Corte (CMC) e que não atendem
ao exigido no inciso I.

Portanto, o inventário é realizado apenas para as espécies determinadas


pelo produtor, considerando um mínimo de 05 espécies na área do plano de
manejo.
As árvores para corte devem ter DAP acima de 50 cm, que equivale a 157
cm de CAP. A alteração do Diâmetro Mínimo de Corte está prevista na Resolução
e poderá ser acatada, desde que as propostas de alteração de CAP para corte futuro
tenham amparo em documentos técnico-científicos e, considerando,
conjuntamente, os seguintes aspectos: a) as características ecológicas que sejam
relevantes para a sua regeneração natural; b) o uso a que se destinam.
Quando em propriedades localizadas a margens de rios, deve-se recuar a
área a ser inventariada para fora dos limites da APP do rio, evitando desperdício
de trabalho e força na realização da atividade. Caso na área escolhida ocorram
igarapés, as árvores localizadas em APP devem ser incluídas no inventário, mas
não podem ser classificadas como corte ou corte futuro. Por serem imunes ao
corte, devem constar na ficha de campo como APP.

NÃO ESQUECER!
A ficha de campo deve conter:

 Número dos piques;


 Número da árvore;
 Coordenadas “x” e “y”;
 Nome científico da espécie e nome vulgar;
 Circunferência à altura do peito (CAP);
 Altura comercial;
 Qualidade de fuste.

6.1 Abertura de picadas


Uma vez definido o local e o tamanho mínimo da área que deverá ser
inventariada, o produtor, com a orientação do técnico, irá abrir uma picada

39
principal de comprimento não padronizado, com cerca de 1 m de largura, onde a
cada 50 m deve se colocar uma baliza devidamente marcada com uma plaqueta de
alumínio pincel, ou tinta apropriada, a fim de facilitar a localização ao percorrer a
picada. Devem-se retirar as coordenadas geográficas de ambas as extremidades da
picada principal, para posterior localização no mapa de exploração.
Em sentido perpendicular a picada principal, iniciando das balizas da
picada principal, serão abertas as picadas secundárias, de comprimentos não
padronizados e cerca de 0,5 m de largura, onde também se deve, a cada 25 ou 50
m, colocar uma baliza devidamente marcada.
É importante manter o registro da posição da baliza com a face voltada
para a linha base, a fim de facilitar a visualização da equipe de planejamento.
Além disso, devem-se fixar marco referencial em cada um dos quatro cantos da
área com estaca de madeira resistente.
Deve-se coletar coordenadas geográficas dos vértices da área inventariada
para se representar a mesma no mapa que será encaminhado ao IPAAM, sendo os
mesmos nomeados como INV_01, INV_02, INV_03 e INV_04. Recomenda-se
que seja feito o perímetro da referida área para facilitar a representação no croqui.

Figura 1: Pique principal.


Fonte: IDAM 2013

A finalidade da abertura de picadas é facilitar o caminhamento na floresta


e localização aproximada das árvores, utilizando o sistema de coordenadas X e Y.
Normalmente, a equipe de campo é formada por cinco pessoas: um
orientador, dois balizadores e dois ajudantes para a abertura das picadas. Há
diversas formas de desenvolver o trabalho de campo.

Os materiais necessários são:


 Bússola;

40
 Algum tipo de marcador (plaqueta de alumínio e punção, lápis estaca,
pincel permanente, etc.);
 Terçado (facão) e lima chata;
 GPS;
 Trena de 50 m;
 Trena de 10 m.

6.2 Identificação botânica das árvores


A identificação é realizada por uma pessoa com amplos conhecimentos
sobre espécies florestais da região. É de extrema importância que o identificador
saiba realmente como distinguir as árvores, para que não sejam inventariadas as
que não tenham valor algum para comercialização ou, ainda, que haja
identificação errada das árvores, pois estas informações serão utilizadas na
solicitação de licença para abate das árvores.
Quando na identificação houver nomes muito regionalizados deve-se
questionar com o identificador botânico se ele conhece a espécie por outro nome
vulgar, bem como verificar características dendrométricas da referida espécie, a
fim de dirimir dúvidas quando da nomenclatura científica.
Nos casos em que o identificador botânico não consiga identificar a
espécie, deve-se coletar material (folhas, flores, frutos, etc.) vegetal e encaminhar
à herbários, para identificação.

6.3 Identificação de indivíduos com provável presença de oco


A verificação do oco nesta fase evita o inventário de árvores sem valor
comercial. A atividade é feita durante o inventário e consiste em bater com o
martelo ou terçado no tronco. Se o som emitido fizer um eco, provavelmente a
árvore está oca. Alguns sintomas também complementam a verificação do oco,
como a presença de casas de cupins, secreções escuras ao longo do tronco e
galhos quebrados. Na presença de oco, a árvore não deve entrar no levantamento,
pois não tem valor para comercialização.

6.4 Circunferência à Altura do Peito - CAP


A medição da circunferência deve ser feita a uma altura de 1,30 m acima
do solo, também conhecida como circunferência à altura do peito (CAP), com uma
fita métrica ou trena, tomando o cuidado de não incluir sapopemas, cipós, etc. Em
caso de sapopemas acentuadas, mede-se acima das sapopemas ou faz-se uma

27
estimativa. Para evitar erros de medição é muito importante manter a fita métrica
na perpendicular em relação à linha do fuste durante a medição.

Mede-se a circunferência ou o
diâmetro da árvore para estimar o
volume de madeira e ajudar na seleção
das árvores a serem extraídas. A
medição da circunferência pode ser
feita com uma fita métrica, enquanto
para a medição do diâmetro pode ser
utilizada fita diamétrica ou uma suta.
A medição do diâmetro da árvore deve
ser feita a altura de 1,30 m acima do
solo. É aconselhável medir as árvores
acima de 30 cm de DAP (cerca de 95 Figura 2: Medida CAP.
cm de rodo ou circunferência). Fonte: Acervo IDAM, 2012.

6.5 Estimativa da Altura


A estimativa da altura comercial da árvore é o comprimento entre a linha
do corte na base e o de destopo (linha de aproveitamento comercial), que
geralmente coincide com a primeira bifurcação. Esta medida deve ser estimada o
mais precisamente possível, pois tem relação direta com o cálculo de volume. O
erro de estimativa da altura pode ocasionar em dados de volume acima ou abaixo
do real.

6.6 Numeração das árvores


Cada árvore levantada recebe uma plaqueta numerada e datada (ano), que
é pregada a uma altura aproximada de 1,30 m, voltada para o lado da picada
secundária de orientação. A plaqueta tem um número sequencial e o ano do
inventário, e esse número é registrado na ficha de inventário, associando o número
a espécie.
As plaquetas de alumínio são preparadas antes do inventário, usando um
jogo de punção e uma folha de alumínio (aproximadamente 1 mm de espessura, 4
cm de largura e 2 cm de altura).

28
6.7 Registro de localização das árvores
A localização é feita com o sistema de coordenadas "x" e "y", sendo o "x"
a distância da árvore até a picada secundária e "y" a distância da árvore até a
picada principal (cabeceira).

Cada picada secundária é numerada, sendo a picada 1 referente a faixa


situada entre 0 e 50 m, a 2 entre 50 e 100 m e assim, sucessivamente. Deve-se
treinar a equipe para que os erros sejam mínimos em relação ao posicionamento
das árvores, uma vez que para a elaboração do mapa de exploração constarão
todas as árvores inventariadas e valores distorcidos podem ocasionar uma
representação gráfica incoerente com o verificado em campo. Outro motivo está
em função de um posterior georreferenciamento das árvores no programa ArcMap.
Se o sistema local estiver bem executado o resultado será muito aproximado da
coordenada da real localização de cada indivíduo.

Figura 3: Localização das árvores.


Fonte: IFT

6.8 Pré-seleção das árvores para exploração


Durante o inventário são identificadas e registradas na planilha quais
árvores têm potencial para corte. Este é um procedimento norteador para a seleção
que será realizada no processamento dos dados do inventário florestal, uma vez
que é muito difícil fazer toda a classificação quando das atividades de campo.
Tortuosidade, conicidade e oco são características que não podem estar
presentes nas árvores selecionadas para corte. O fuste retilíneo é o mais adequado
para extração, pois proporciona um maior aproveitamento de sua madeira.

6.9 Corte de cipós

28
Durante o inventário, recomenda-se realizar o corte dos cipós que estão
entrelaçados às árvores selecionadas para extração, mas dependendo do ritmo do
trabalho, este procedimento pode ser feito mais tarde. O importante é que seja feito
a 1 m de altura do chão com, no mínimo, um ano de antecedência ao corte das
árvores. Isto possibilita que os mesmos sequem e caiam antes do momento da
exploração, evitando, assim, riscos de acidentes por queda de grandes cipós e
galhos no ato da derrubada das árvores.

ESTRUTURA DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL


EM PEQUENA ESCALA – PMFSPE

De acordo com o Termo de Referência para elaboração de Planos de


Manejo Florestal e Planos de Operação da Exploração, modelo IPAAM, deve
constar as informações mais fidedignas possíveis referentes à propriedade, acesso,
desmatamentos, etc. No Plano de Manejo Florestal Sustentável em Pequena Escala
devem estar incluídas as informações relativas ao detentor e à área destinada ao
manejo.

7.1 Processamento dos dados coletados em campo


Os dados coletados no inventário florestal podem ser compilados no
programa Excel ou outro similar, no qual são calculados os volumes levantados no
inventário, expressos em totais por espécie, por árvore e os volumes para corte
solicitados.
Nesta etapa, é verificada a relação de 1:2; isto é, para cada árvore
selecionada para corte são necessárias outras 02 (duas) da mesma espécie (corte
futuro) para corte futuro. Se não for possível levantar 02 árvores de corte futuro, o
produtor pode solicitar o corte de 50% das árvores que atenderam ao critério de
seleção de corte (DAP>50 cm). As decisões de seleção devem ser tomadas pelo
detentor do PM, com a orientação do técnico responsável, com base nos dados do
inventário.

29
Quadro 5: Critério de seleção
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIOS

1. Espécie com mercado definido, não ser


protegida por Lei;
2. Acima de 50 cm de DAP;
Explorar 3. Que possua 02 indivíduos para corte futuro;
4. 50% dos indivíduos inventariados acima do
DAP mínimo.

Corte futuro Com DAP < 50 cm, fora de APP

1. Espécies que não têm mercado (sem interesse


comercial);
Remanescentes
2.
50% das espécies inventariadas com DAP >
50 cm não classificadas como corte.
Fonte: IDAM 2017. Adaptado conforme legislação vigente.

7.2 Determinação do Volume

A área basal individual deve ser obtida através da seguinte fórmula:

g = (π. DAP2) / 40000)


Onde:
g = área basal em m2.
DAP = diâmetro à altura do peito em cm.

Após o levantamento florestal, os dados devem ser processados, e


posteriormente analisados, realizando-se as estimativas dos volumes individuais
por árvore, através da seguinte equação:

V = g.h.f
Onde:
V = Volume de madeira, expresso em m3;
h = Altura comercial mensurada em metros;
g = Área basal em m2.
F = 0,7 (referente à conicidade da tora).

30
8. Documentos para protocolo do Plano de Manejo e Plano Operacional junto
ao IPAAM solicitando emissão da Licença de Operação
Para protocolização junto ao IPAAM e solicitação da licença é necessário
apresentar um conjunto de formulários e documentos, dos quais fazem parte os
itens citados a seguir:

Check-list que o técnico utilizará:

a) Documentos Impressos

 Requerimento único;
 Guia de recolhimento da taxa de expediente IPAAM com comprovante;
 Documentos pessoais do detentor (RG e CPF, autenticados);
 Termo de Adesão IDAM (assinado pelo detentor e pelo gerente da
Unloc);
 Comprovante de inscrição no Cadastro Técnico Federal - CTF;
 Declaração/Certidão de conformidade da Prefeitura Municipal;
 Comprovante de domínio do imóvel, caso possua; Requerimento de
regularização fundiária caso posseiro sem documentação, ou
REQUERIMENTO DA TERRA LEGAL;
 Plano de Manejo Florestal – PMFS, com informação do CAR;
 Mapa Macrozoneamento;
 Plano Operacional de Exploração - POE;
 Ficha de Inventário;
 Seleção para Corte;
 Mapa de Exploração contendo todas as espécies inventariadas;
 Anotação de Responsabilidade Técnica - ART;
 CD contendo as informações digitais.

b) Documentação Digital

 Guia de recolhimento da taxa de expediente IPAAM com comprovante;


 Documentos pessoais do detentor (RG e CPF, autenticados);
 Termo de Adesão IDAM (Assinado pelo detentor e pelo gerente da
Unloc);
 Comprovante de inscrição no Cadastro Técnico Federal - CTF;
 Declaração/Certidão de conformidade da Prefeitura;

31
 Comprovante de domínio do imóvel, caso possua; Requerimento de
regularização fundiária caso posseiro sem documentação, ou
REQUERIMENTO DA TERRA LEGAL;
 Plano de Manejo Florestal – PMFS, com informação do CAR;
 Mapa Macrozoneamento;
 Plano Operacional de Exploração-POE;
 Ficha de Inventário;
 Seleção para Corte;
 Mapa de Exploração contendo todas as espécies inventariadas;
 Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

8.8 Expedição da Licença de Operação (LO)


A Licença de Operação - LO é um documento emitido pelo IPAAM, que
autoriza a execução da atividade de manejo florestal.
Por ser uma atividade que causa impacto ao meio ambiente, o plano de
manejo é condicionado a uma LO, que valida os procedimentos técnicos para a
exploração da madeira, conforme o Decreto de Lei Estadual nº 10.028, de 04 de
fevereiro de 1987, que disciplina sobre o licenciamento de atividades
potencialmente poluidoras ao meio ambiente, bem como a Resolução CEMAAM
nº 007, de 11 de junho 2011.
A Licença de Operação é emitida pelo IPAAM no ato da aprovação do
plano de manejo e autoriza a execução da atividade em até 02 anos.
Nesse documento estão contidas informações como detentor do plano de
manejo, localização do plano de manejo, número da licença de operação, nome das
espécies a serem extraídas, número das árvores, volume (de árvore em pé) por
espécies autorizadas para corte, entre outras.
Como em toda atividade de licenciamento, existe um custo. Quando se
protocola um plano de manejo, o custo atual é de R$ 14,10 (quatorze reais e dez
centavos) – referente a taxa de expediente, e R$ 363,52 (trezentos e sessenta e três
reais e cinquenta e dois centavos), referente a taxa de emissão da licença,
conforme a nova Lei de licenciamento do Estado do Amazonas, Lei nº 3785, de 24
de julho de 2012.

8.9 Cadastro Técnico Federal - CTF


As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades que causem
impacto ao meio ambiente ou que sejam potencialmente poluidoras ao meio
ambiente ficam obrigadas a se cadastrar no Cadastro Técnico Federal – CTF do
IBAMA, conforme a IN IBAMA Nº 6 de 2013.

32
Os planos de manejo florestal devem ser registrados no CTF, por serem
atividades que causam impacto ao meio ambiente e por consumir matéria-prima
florestal.

9. PLANEJAMENTO DE OPERAÇÃO DE EXPLORAÇÃO


9.1 Corte Direcionado
A adoção de técnicas de corte reduz os riscos de acidentes decorrentes da
derrubada das árvores e o desperdício de madeira. A técnica padrão consiste em
uma sequência de 03 cortes, a abertura da boca (base), a diagonal da boca e o
abate.
A abertura da boca é um corte horizontal em 1/3 do tronco no lado da
queda desejada, a uma altura de 20 cm do solo. O segundo corte, na diagonal,
forma um ângulo de 45 graus, até alcançar o corte horizontal (1/3 do tronco)
formando uma "boca". Por último, é feito o corte de abate na horizontal no lado
oposto da "boca" a 9 cm acima da base da boca (30 cm em relação ao solo) até
atingir a metade do tronco.

A parte não cortada do tronco, entre a linha de abate e a "boca",


denominada dobradiça, serve para apoiar e orientar a árvore durante a queda,
assegurando que esta caia na direção da abertura da "boca". A largura da
dobradiça deve equivaler a 9% do diâmetro da árvore.
A introdução de uma cunha na fenda do corte de abate auxilia na
orientação da queda. A técnica pode ser reforçada deixando a dobradiça mais
estreita no lado da queda natural. Essa parte rompe primeiro, provocando uma
torção e direcionando a árvore para o lado desejado.

Figura 4: Etapas para corte direcionado em árvores com diâmetro grande.

33
Fonte: AMATA, 2012. (Adaptado de Amaral et al., 1998).

9.2 Árvores com tronco muito inclinado


As árvores com inclinação acentuada oferecem maiores riscos de acidentes
durante o corte por causa da rapidez com que elas tendem a cair. Além disso, as
rachaduras provocadas por erros no corte são mais comuns nessas árvores. Para
reduzir tais problemas, o corte de abate é divido em duas partes. Primeiro, faz-se
um furo próximo ao centro do tronco atravessando-o de um lado a outro, sempre
mantendo a dobradiça. Em seguida, é feito o corte de abate inclinado até alcançar
o furo.

Figura 5: Tronco inclinado.


Fonte: AMATA, 2012. (Adaptado de Amaral et al., 1998).

9.3 Árvores com sapopemas


Duas técnicas são comumente utilizadas em casos de sapopemas. Uma
delas consiste em retirar todas as sapopemas (um corte na horizontal e outro na
vertical) e depois continuar com as técnicas padrão de corte. A outra possibilidade
é retirar apenas as sapopemas que estão na direção da queda desejada e depois
cortar a boca. As sapopemas que continuam a linha da dobradiça (perpendicular à
linha de queda) podem ser mantidas como parte da própria dobradiça.

1
Figura 6: Técnicas de corte de árvores com sapopemas.
Fonte: AMATA, 2012. (Adaptado de Amaral et al., 1998).

Utilizam-se os mesmos procedimentos adotados para tronco muito


inclinado: um furo próximo ao centro do tronco atravessando-o de um lado a
outro, e o corte de abate inclinado até alcançar o furo.

9.4 Erros comuns durante o corte


Os erros mais comuns são o toco alto, o tamanho e ângulo da "boca".
Muitas vezes, por comodismo, o serrador realiza um corte na altura da cintura ao
invés de fazer o corte na altura recomendada (20 e 30 cm). A boca mal feita, com
ângulo inferior a 45° e/ou sem a interceptação dos entalhes à 1/3 do tronco,
favorecem a ocorrência de rachaduras.

9.5 Porque planejar a exploração florestal?


Um dos principais objetivos do planejamento da exploração florestal é a
otimização de recursos financeiros, recursos humanos e tempo, o que implica
diretamente na viabilidade econômica do plano de manejo florestal.
O planejamento envolve atividades como transporte da madeira,
construção de alojamentos, construção de pátios de estocagem, seleção de árvores

36
para exploração, aplicação de técnicas para derruba de árvores, definição de
equipes de trabalho, uso de equipamentos de proteção individual – EPI, entre
outras.
A extração madeireira é uma das atividades do Manejo Florestal que causa
grande impacto à floresta. Com o planejamento da extração realizado de forma
criteriosa, o impacto causado nela tende a diminuir, contribuindo para a
conservação e manutenção do ecossistema.
O planejamento da exploração orienta as fases da operação e otimização
dos recursos financeiros, dos recursos humanos e de tempo, além de contribuir na
construção do preço do produto e no prazo de entrega.

9.6 Cronograma de execução


É importante planejar o período mais apropriado para executar a atividade
de exploração florestal e de transporte. A estação de maior índice pluviométrico
(mais chuvosa) e de menor índice pluviométrico (menos chuvosa) influencia, e
muitas vezes limita o período do ano para estas atividades.
Cabe ao detentor do PM criar a agenda mais apropriada a sua realidade,
que concilie o processo administrativo para emissão da Autorização de Exploração
Florestal e Licença de Operação do IPAAM e as respectivas validades.

9.7 Mão de obra


A escolha e a definição da equipe que fará parte da atividade de
exploração florestal influencia diretamente o processo de produção, rendimento,
tempo de permanência em campo, alimentação, custos para produção, logística de
transporte, gerenciamento das atividades, entre outros.
A relação de funcionário envolve produção, rendimento, gerenciamento,
logística de transporte, tempo de permanência no campo, alimentação, entre
outros.
9.8 Equipamentos
O uso de equipamentos envolve a compra ou aluguel, manutenção e
depreciação. Nesse sentido, sua relação de equipamentos necessários deve ser
apropriada ao número de funcionários e, no caso dos equipamentos de proteção
individual, também deve considerar o tamanho.
9.9 Insumos
Os insumos são os produtos que serão consumidos durante as atividades,
como por exemplo, combustível, óleo lubrificante, alimentação, entre outros itens
necessários.

37
Estes insumos, assim como sua quantidade, devem estar previstos antes do
início da exploração. O detentor deve planejar quais insumos e a quantidade
aproximada que será necessário para o período de tempo em que será realizada a
atividade.

9.10 Logística de transportes


Para o transporte devem ser considerados o(s) tipo(s) e quantidade de
veículos, capacidades de transporte de madeira, duração da viagem, insumos e
pessoas, tudo contabilizado por viagem.
O detentor deve sempre planejar o transporte de acordo com o produto a
ser transportado e o período do ano em que ocorrerá, principalmente, se for ocorrer
por via fluvial, devido ao período de cheia e vazante dos rios Amazônico.

10. OPERAÇÕES DE EXPLORAÇÃO


10.1 Teste do oco
O teste do oco deve ser realizado antes de todo o abate. O teste é realizado
introduzindo o sabre da motosserra no lado da queda do tronco, no sentido vertical
a uma altura aproximada de 40 cm. Conforme a resistência de entrada é possível
avaliar a presença e o tamanho do oco. Se o oco for pequeno, faz-se um segundo
furo a uma altura de 1 m, aproximadamente, para verificar se o oco se estende ao
longo do tronco e, em caso afirmativo, as observações devem ser anotadas e a
árvore deverá permanecer em pé.

Figura 7: Teste do oco.


Fonte: IDAM, 2014.

38
10.2 Limpeza do tronco.

A limpeza do contorno da árvore, retirando todos os obstáculos e outros


materiais (cipós, arvoretas, casas de cupim, galhos quebrados, etc.), facilita o
trabalho do serrador durante o corte e diminui o desgaste da motosserra.

Figura 8: Limpeza.
Fonte: Acervo do IDAM, 2005.

10.3 Retirada das plaquetas, pregos e marcação do toco


A plaqueta e o prego devem ser retirados antes do corte, pois podem
causar danos à serra durante o processamento e serão usados para marcar o toco
após o corte.
Após o corte, a plaqueta com a numeração da árvore deve ser pregada
novamente no toco da árvore para o controle ambiental.

1
Figura 9 – Plaqueta da árvores e plaqueta colocada no toco
Fonte: IDAM 2013

10.4 Verificação da direção de queda


A verificação da direção natural permite definir a melhor direção possível
para diminuir os impactos e certificar que a queda não afetará a APP. É o
momento indicado para analisar os possíveis riscos de acidentes por galhos
quebrados ou cipós pendurados na copa e árvores entrelaçadas. Caso seja
verificado um alto risco de acidente ou impacto em APP, as observações devem
ser anotadas e a árvore deverá permanecer em pé.

40
Figura 10: Queda e Caminho de fuga.
Fonte: AMATA, 2012. (Adaptado de Amaral et al., 1998).

10.5 Preparação dos caminhos de fuga

Os caminhos de fuga são construídos para que a equipe possa se afastar


facilmente no momento da queda da árvore. Devem ser construídos dois caminhos
com comprimentos maiores que a altura total da árvore no sentido contrário à
tendência de queda, e uma abertura de aproximadamente 45° em relação à linha de
queda.

Figura 11: Esquema de construção do caminho de fuga.


Fonte: AMATA, 2012. (Adaptado de Amaral et al., 1998).

41
10.6 Destopo
O destopo é a separação da copa do tronco, que geralmente é feito na
altura do primeiro galho, entretanto, às vezes, é possível aproveitar mais uma
porção do tronco. Para árvores muito grandes é possível aproveitar um ou mais
galhos.
É uma atividade simples, mas perigosa, pois o tronco tende a se mover
quando se desprende da copa, o que pode prensar e prender o sabre ou mesmo
rolar ou cair sobre o operador. Para evitar acidentes, recomenda-se sempre calçar a
árvore. Em seguida, é feito a limpeza do tronco, retirando galhos, sapopemas, etc.
Para os sistemas de arraste mecanizados, deve-se dividir o tronco em toras
menores (traçamento). Neste caso, o comprimento de cada tora depende das
especificações do mercado, da densidade da madeira, do tipo de veículo e da
posição de queda em relação ao ramal de arraste.

10.7 Desdobro no campo (pré-beneficiamento)


A opção de desdobrar o tronco em peças menores (blocos, pranchas,
tábuas, vigas) é usada, principalmente, em casos onde o arraste mecanizado não é
possível.
Na Região Norte, a motosserra é o principal instrumento, de fácil
transporte e manuseio e baixos custos de aquisição e manutenção. Os pontos
fracos são:

 Baixo rendimento: o corte da corrente é de 1 a 1,4 cm. Entre 30% e


60% do volume é transformado em resíduo.
 Baixa qualidade: o corte da motosserra é irregular, com pequenas
ondulações ao longo da peça e, dependendo da experiência do
motosserrista, o paralelismo das faces é perdido. Ambos os defeitos
terão de ser corrigidos na serraria ou marcenaria, gerando mais
desperdícios.
 Baixa produtividade: é uma atividade trabalhosa e cansativa e a
produção de um operador é de ½ à 2 m³ por dia.
A serraria portátil é um equipamento de maior valor e, portanto,
de difícil aquisição para pequenos Planos de Manejo quando os detentores

42
trabalham sozinhos. Exige uma manutenção mais especializada e os pontos
de venda de peças de reposição ainda são poucos. Os pontos fortes são:

 Alto rendimento: o corte da lâmina é fino, entre 5 e 6 mm, e o sistema


permite trabalhar com facilidade peças menores no contorno do tronco.
 Fácil manuseio: a montagem é fácil e rápida, podendo ser armada em
terrenos com alto declive. É um trabalho ergonômico e de baixo esforço.
São necessárias de 2 a 4 pessoas na operação.
 Deslocamento: o deslocamento da máquina pode ser feito por 2 pessoas,
mesmo dentro da floresta, com ou sem o apoio de um pequeno trator,
"jirico" ou mesmo uma carroça.
 Alta qualidade: a serraria segue com a mesma bitola com menos de 1
mm de desvio.
 Fácil transporte do produto: o sistema de corte permite uma produção
de peças menores que facilitam o transporte na floresta.

10.8 Romaneio

O Romaneio é a medição de cada peça (tora, prancha, viga, tábua, ripa,


etc.) que gera a informação do volume que é produzido. O transporte, a prestação
de contas e a comercialização são realizadas com base nos dados do Romaneio.

 Medição de toras: o procedimento de medição mais usado é o que


considera o volume cilíndrico. É a média de 02 "diâmetros" (maior e
menor) de cada "ponta" (face), multiplicada pelo comprimento da tora,
conforme fórmula abaixo:
V = Pi x [ (D1 + D2)/2) + ((D3 + D4)/2) ) / 4 ]² x C
V = volume m3
Pi = valor aproximado  3,14
D1, D2, D3 e D4 = diâmetros das faces da tora.
C = Comprimento

43
 Medição de pranchas, vigas, tábua e outras peças com faces
paralelas: o volume é a multiplicação dos 03 lados das peças, largura,
espessura e comprimento, conforme demonstrado abaixo:

V = volume (m3)
L = largura (cm)
E = espessura (cm)
C = comprimento (m)
V = (L x E x C)/9000

11. Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos

Florestais - SINAFLOR
O Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais
(Sinaflor) integra o controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos
ou subprodutos florestais, sob coordenação, fiscalização e regulamentação do
Ibama. O Sinaflor foi instituído pela Instrução Normativa n° 21, de 24 de
dezembro de 2014, em observância dos arts. 35 e 36 da Lei nº 12.651, de 25 de
maio de 2012.
As atividades florestais, empreendimentos de base florestal e processos
correlatos sujeitos ao controle por parte dos órgãos do Sistema Nacional do Meio
Ambiente (Sisnama) serão efetuadas por meio do Sinaflor, ou por sistemas
estaduais e federais nele integrados.
O objetivo do sistema é Integração de dados e informações de imóveis do
Sistema de Cadastro Ambiental Rural, do Ato Declaratório Ambiental, do
Cadastro Técnico Ambiental e do Sistema DOF.

44
INTEGRAÇÃO SINAFLOR

DOF CAR
Documento de Cadastro
Origem Florestal Ambiental Rural

ADA
Ato Declaratório
Ambiental

Dois tipos de usuários podem acessar o Sinaflor:

• Empreendedor: pessoa física ou jurídica que declare ao menos uma das


atividades do CTF/APP indicadas na página Acesso de Empreendedor no Sinaflor
e esteja em situação regular junto ao Ibama, verificada por meio do Certificado de
Regularidade.
• Responsável Técnico: pessoa física que possua cadastro no CTF/AIDA
com o motivo de inscrição adequado, indicado na página Acesso, cadastro e
homologação de Responsável Técnico no Sinaflor e esteja em situação regular
junto ao Ibama, verificada por meio do Certificado de Regularidade.
A implantação do Sinaflor é gradual, por Unidade Federativa. Roraima é o
primeiro estado a ter o sistema.

IMPORTANTE!!!!!!
O Sinaflor entra em vigor no estado
do Amazonas a partir de 1º de janeiro
de 2018.

45
11.1 DOCUMENTO DE ORIGEM FLORESTAL – DOF
O empreendedor florestal que faz uso da madeira, seja por meio da
exploração através de plano de manejo florestal sustentável ou através do
beneficiamento em serraria ou movelaria, fica obrigado a manter o Cadastro
Técnico Federal – CTF em dia e a utilizar o Documento de Origem Florestal –
DOF para transportar ou estocar a madeira, assim como declarar seu volume de
entrada e saída.
Toda e qualquer transação de produto ou subproduto de origem florestal,
principalmente a madeira, tal como comercialização, transporte e armazenamento,
necessita de um documento de autorização denominado Documento de Origem
Florestal - DOF.
Para fazer uso do sistema DOF e do Cadastro Técnico Federal - CTF é
necessário que o empreendedor tenha conhecimento sobre os mesmos e entenda
como ocorre o funcionamento para comercialização de madeira.
As informações apresentadas neste documento não substituem as normas
federais e estaduais que regulamentam sobre o DOF e o CTF, descritos na Portaria
MMA No. 253, de 18 de agosto de 2006 e nas Instruções Normativas IBAMA N o.
21, de 24 de dezembro de 2014.
Cabe mencionar que as figuras ilustrativas apresentadas aqui foram
retiradas do manual do sistema no site do IBAMA.

11.1 Conceito
O Documento de Origem Florestal - DOF, instituído pela Portaria MMA
n° 253, de 18 de agosto de 2006, constitui-se licença eletrônica obrigatória para o
transporte, beneficiamento, comércio, consumo e armazenamento de produtos
florestais de origem nativa, inclusive o carvão vegetal nativo, contendo as
informações sobre a procedência desses produtos, na forma do Anexo I da
Instrução Normativa IBAMA Nº 21/2013.

11.2 Acesso
O acesso ao Sistema DOF é disponibilizado à pessoa física ou jurídica
cadastrada na categoria pertinente junto ao Cadastro Técnico Federal - CTF e em
situação regular perante o IBAMA. A regularidade perante o IBAMA será
verificada por meio do Certificado de Regularidade no CTF

O DOF será emitido eletronicamente e impresso pelo usuário com base no


saldo de produtos florestais, via acesso ao Sistema DOF, disponível na internet no
endereço eletrônico www.ibama.gov.br

11.3 Fluxo

O DOF só poderá ser emitido se houver saldo de volume para a espécie


que se deseja acobertar o armazenamento ou o transporte. O documento emitido

46
apresenta informações como dados do plano de manejo, espécies, volumes, preços,
bitola, destinatário, endereço de entrega, tipo de transporte, entre outras.

Fonte: Apresentação DOF / IPAAM

Fonte: Apresentação DOF / IPAAM

47
Conversão dos produtos

A conversão de produtos florestais por meio do processamento industrial


ou processo semi-mecanizado deve ser informada no Sistema DOF, respeitando os
limites máximos de coeficiente de rendimento volumétrico dispostos no Anexo II
da Instrução Normativa IBAMA Nº 21/14.

 A conversão de produtos, inclusive quando ocorrer na área de


exploração, será permitida somente para empreendedores devidamente
licenciados para essa atividade, nos termos da legislação específica.
 A conversão deve ser indicada conforme este artigo até o dia
subsequente à transformação ou beneficiamento de produto florestal,
para efeito de atualização contábil junto ao Sistema DOF, estando o
usuário sujeito às sanções previstas na legislação ambiental em caso de
desconformidade entre os saldos contabilizados e as quantidades dos
estoques físicos existentes.

No Plano e Manejo de Pequena Escala, segundo a IN CEMAAM Nº


007/2011, é permitido o desdobro primário de toras na área de manejo. Dessa
forma, antes de cadastrar a oferta e da emissão do DOF, deve ser realizada a
conversão dos produtos florestais, conforme o romaneio oriundo de campo. Os
índices de conversão para o desdobro primário estão demonstrados na tabela
abaixo.

Tabela - Índices de conversão


Item a processar Índice (%) Produto processado
100 Cavacos (m³)
90 Toretes (m³)
55 Lâmina Torneada (m³)

Tora (m³) Bloco, Quadrado ou Filé (m³)


Lâmina Faqueada (m³)
35
Madeira Serrada (Caibro) (m³)
Madeira Serrada (Prancha) (m³)

48
Madeira Serrada (Pranchão) (m³)
Madeira Serrada (Tábua) (m³)
Madeira Serrada (Vareta) (m³)
Madeira Serrada (Viga) (m³)
Madeira Serrada (Vigota) (m³)
Ripa (m³)
Sarrafo (m³)

Emissão do DOF
Para a sua emissão e impressão em única via, o DOF deverá ser
obrigatoriamente preenchido pelo usuário, conforme instruções disponíveis na
interface do sistema.
 A via impressa do DOF acompanhará obrigatoriamente o produto
florestal, da origem (PMFSpe) ao destino nele consignados, por meio de
transporte individual nas modalidades rodoviário, aéreo, ferroviário,
fluvial;
 O DOF deverá ser utilizado uma única vez para acobertar o transporte e
o armazenamento do produto florestal nele descrito, sendo considerada
infração ambiental a sua reutilização, nos termos da legislação vigente;
 O preenchimento do campo relativo ao documento fiscal é obrigatório
sempre que houver normatização no âmbito fazendário estadual ou
federal e, em caso de isenção fiscal, deve ser declarado no campo
correspondente com a expressão "isento";
 Deverá ser emitido um DOF para cada nota fiscal referente à carga a ser
transportada;
 O DOF somente será emitido pela pessoa física ou jurídica quando esta
estiver em situação regular com relação à obrigação de cumprimento da
reposição florestal, nas hipóteses em que esta for exigível.

49
 Em se tratando de exploração de Plano de Manejo Florestal Sustentável
- PMFS, o DOF será emitido exclusivamente pelo detentor da
autorização, na condição de responsável por todas as etapas de
execução do projeto.
 A emissão do DOF poderá ocorrer até noventa dias após o fim da
vigência da autorização de PMFS, desde que não implique em
operações de exploração, nos termos da legislação específica.

NOTA FISCAL
Nos termos da Lei do Estado do Amazonas nº 3.970, de 23 de dezembro
de 2013, ficam isentas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - ICMS as operações internas no Estado do
Amazonas com produtos madeireiros nativos originários de Plano de Manejo
Florestal Sustentável de Pequena Escala – PMFSPE e de Plano de Manejo
Florestal Sustentável de Menor Impacto de Colheita – PMFS Menor Impacto,
regulamentados pela Resolução CEMAAM nº 007, de 21 de junho de 2011, e pela
Resolução CEMAAM nº 009, de 15 de dezembro de 2011, ou por outras normas
que vierem a substituí-la.
A isenção se aplica exclusivamente às operações internas realizadas por
pessoa física ou jurídica, associação ou cooperativa, detentora de PMFSPE ou de
PMFS Menor Impacto, que tenha por destinatário:
I. Indústria de beneficiamento de madeira (movelarias, marcenarias
e indústrias madeireiras);
II. Entreposto de comercialização de produtos madeireiros em
situação regular junto ao IBAMA, verificada por meio do
certificado de regularidade no Cadastro Técnico Federal, e
licenciado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas -
IPAAM;

50
III. Consumidor final, quando se tratar de produtos acabados
produzidos na floresta.

Para o acesso ao benefício da isenção do ICMS a SEFAZ-Am, decidiu


que seria através do sistema do Cartão do Produtor Primário.
O Cartão do Produtor Primário é um benefício do Governo do Estado do
Amazonas destinado exclusivamente para pessoa física que exerça a atividade de
produção rural. É regulamentada pela Lei Estadual n° 2.826 de 29 de setembro de
2003.
BENEFÍCIOS
 Concede isenção de ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e
Serviços) na aquisição de insumos, máquinas e equipamentos para o uso
na produção de atividades agropecuárias, pesqueiras e florestais, no
Amazonas;
 Dispensa da cobrança de ICMS antecipado nas aquisições de insumos
agropecuários em outros Estados;
 Proporciona desconto de energia elétrica junto a operadora, mediante o
cadastro e a vistoria da empresa de energia elétrica;
 O produtor poderá utilizar notas fiscais Modelo 04 (Produtor Rural) sem
o destaque do ICMS.
 Durante o processo de aposentadoria, é indispensável a apresentação da
Carteira do Produtor Rural no INSS, que comprovará o tempo trabalhado
no setor primário.
EMISSÃO DA CARTEIRA DO PRODUTOR RURAL
1 – Dirija-se a Unidade Local do IDAM, no município onde fica localizada a sua
propriedade portando os seguintes documentos com cópia legível:

 Carteira de Identidade/RG;

 Cadastro de Pessoa Física – CPF;

 Comprovante da situação cadastral do CPF, junto a Receita Federal;

51
 Documentação da propriedade: título da propriedade ou contratos seja de
arrendatário, usufrutuário, comodatário.

 Declaração do IDAM assinada e carimbada pelo gerente e técnico


responsável pela área, contendo:

o Atividades Animais: Plantel Atual;

o Atividades de Cultivos: Área cultivada atual.


2 – Na Unidade Local, o Formulário de Declaração do Produtor da Sefaz (Dados
Cadastrais), deverá ser preenchido constando as atividades que são realizadas pelo
produtor.
3 – Após os servidores do IDAM receberem a documentação, a Unidade Local
emitirá uma Declaração a ser enviada à Coordenadoria da Carteira do Produtor
Rural, no IDAM Central, constando as seguintes informações:

 As atividades realizadas;

 O código do produtor registrado na Unidade Local do IDAM;

 Ano do início das atividades.


4 – Após o envio da documentação para o IDAM Central, o produtor aguardará o
recebimento de sua carteira na Unidade Local do Idam de origem. Nenhum
produtor deve ser orientado a procurar o IDAM Central para receber ou emitir sua
carteira, pois ela será enviada exclusivamente para Unidade Local na qual foi
solicitada.
5 – Assim que a Coordenação da Carteira do Produtor receber o memorando
juntamente com as declarações e cópia dos documentos necessários, irá
providenciar junto a Sefaz, a confecção da carteira. Após esse processo concluído,
as carteiras serão enviadas para as Unidades Locais do IDAM de origem, onde
serão retiradas pelos produtores.
A nota fiscal também poderá ser emitida por meio eletrônico pelo
detentor do PMFSPE ou do PMFS Menor Impacto licenciado, com Cadastro de

52
Produtor Rural através dos site, acessando o sistema de Nova Fiscal Eletrônica
Avulsa.

DO TRANSPORTE
É obrigatório o preenchimento dos campos relativos ao meio de
transporte, à(s) placa(s) ou registro do(s) veículo(s) ou embarcação a ser utilizada,
assim como a descrição completa da rota de transporte para cada trecho a ser
percorrido
O prazo de validade para o transporte, entendido como o tempo
necessário para a concretização do percurso total a ser percorrido, será informado
pelo usuário no ato de emissão do DOF, respeitados os seguintes limites:

53
Prazo nova IN Prazo IN
Meio de Transporte
(vigente) 112/06*
TERRESTRE INTRAESTADUAL 04 dias 05 dias

TERRESTRE INTERESTADUAL 07 dias 10 dias

TRANSPORTE FLUVIAL OU MARÍTIMO 15 dias 30 dias

TRANSPORTE FERROVIÁRIO 04 dias 05 dias

TRECHO AÉREO DE TRANSPORTE 01 dia 05 dias

*Prazos anteriormente definidos pela Instrução Normativa IBAMA 112/06,


não mais em vigência.
O prazo de validade informado pelo usuário deve coincidir com o tempo
previsto para o efetivo percurso conforme o meio de transporte e a distância entre
a origem e o destino, observando-se o disposto no art. 5º, § 2º da presente
Instrução Normativa.
Se, por motivo de caso fortuito ou força maior, houver necessidade de
suspensão ou da extensão do prazo de validade do DOF, o interessado deverá
requerer ao órgão ambiental competente, até o último dia da validade original,
apresentando documentação que comprove os motivos da solicitação e, se for o
caso, Boletim de Ocorrência lavrado junto à autoridade policial.

INVALIDAÇÃO DO DOF

O Documento de Origem Florestal será considerado inválido para


todos os efeitos quando forem verificadas quaisquer das situações abaixo, dentre
outras, durante o transporte:

I - Quantidade/volume ou espécie de produto transportado diferente do


autorizado/declarado, ressalvada a hipótese prevista no artigo 23;

II - Utilização de percurso diferente do autorizado/declarado;

54
III - Transporte realizado em veículo(s) diferente(s) do
autorizado/declarado;

IV - Cancelado ou fora do prazo de validade;

V - Apresentação do produto diferente do autorizado/declarado,


observadas as definições do Anexo III da Instrução Normativa
IBAMA Nº 21/13;

VI - Rasura, omissão ou inconsistência em quaisquer de seus campos.

Sequencia DOF / Plano de Pequena Escala.

Fonte: IDAM 2017.

55
12. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO PÓS – EXPLORATÓRIO

Quando explorado

Requerimento Único solicitando renovação da licença;


Taxa de expediente (R$ 14,10);
Relatório Pós-exploratório modelo IPAAM (Termo de Referência);
Fotos da área do PMFSPE (Visita Técnica – Tocos de árvores, ramal
de acesso);
Cópia da L.O;
Cópia dos DOF e Nota Fiscal da madeira guiada;
Arquivo GTM com trajeto gravado (10m)
Novo POE e mapa de exploração
Seleção para corte

Quando não explorado

Requerimento Único solicitando renovação da licença;


Taxa de expediente (R$ 10,00);
Relatório Pós-exploratório modelo IPAAM (Termo de Referência);
Fotos da área do PMFSPE (Visita Técnica);
Cópia da L.O;
Arquivo GTM com trajeto gravado (10m);
Seleção para corte;
Justificativa para renovação.

13. SEGURANÇA NO TRABALHO


No Manejo Florestal que visa a aplicação das técnicas de extração da
madeira da floresta de maneira a causar menor impacto possível, torna-se
fundamental atentar para o cuidado com a segurança da equipe envolvida. Para
isso, deve-se investir principalmente na qualificação do pessoal nas devidas
técnicas, bem como em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e na
qualidade e manutenção das máquinas utilizadas. Com isso, diminui-se
sensivelmente o risco de acidentes na área florestal, tendo em vista que as maiores
causas de acidentes de trabalho nas operações florestais são os atos inseguros

56
(falha humana) e as condições inseguras no trabalho (falta de treinamento e
equipamentos, por exemplo).

13.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)

O que significa EPI?


De acordo com o conceito legal (Lei Nº 6.514/77 da Presidência da
República e Portaria Nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho) é considerado
Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo instrumento de uso pessoal cuja
finalidade é reduzir ao máximo a ação de certos acidentes, que poderiam causar
lesões maiores ao trabalhador, como também, proteger o trabalhador contra
possíveis danos a sua saúde, causadas pelas condições de trabalho (INAM, 2007).
Na atividade florestal, o uso de EPIs é indispensável, uma vez que o
Manejo Florestal é um conjunto de atividades onde cada uma possui risco de
acidentes, e para que esse risco diminua é necessário trabalhar com segurança e
muita atenção. Vejamos abaixo alguns tipos de EPI’s e sua respectiva importância
na atividade florestal, no que se refere ao beneficiamento de madeira com uso de
serraria portátil.

13.2 Principais Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para utilizar em


atividades de beneficiamento de madeira com uso de serraria portátil

Equipamentos Descrição
Figura 12 - Bota Simples –
Para proteger/minimizar contra
cortes, picadas de insetos,
topadas, espinhos e
esmagamentos.

Figura 13 - Bota Bico de Aço –


Para proteger/minimizar contra
cortes, picadas de insetos,
topadas, espinhos e
esmagamentos. Sua cor
vermelha ou laranja serve para

57
que haja uma melhor
visualização dos pés.

Figura 14 - Perneira de Couro


– Para proteger as pernas contra
picadas de animais peçonhentos
e cortes

Figura 15 - Calça Simples e


com Fibras – Para
proteger/minimizar contra
cortes, arranhões, picadas de
insetos, coceiras da serragem da
madeira e espinhos.

Figura 16 - Camisa de Manga


Comprida e Curta – Para
proteger/minimizar contra
cortes, arranhões, picadas de
insetos e coceiras da serragem
da madeira

Figura 17 - Luvas de Operador


– Para proteger contra cortes,
arranhões, picadas de insetos e
deslizes (escorregão

Figura 18 - Capacete Simples –


Para proteger/minimizar contra
pancadas de galhos e frutos

58
Figura 19 - Abafador – Para
abafar os ruídos bruscos
(proteger os ouvidos).

Figura 20 - Protetora Facial


Tela e Plástica – Para proteger a
face (rosto) contra impactos,
respingos e radiações.

Figura 21 - Capacete Completo


– Para proteger a cabeça, os
olhos, a face (rosto) e os
ouvidos.

Figura 22 - Óculos de
Segurança – Para proteger a
visão contra impactos, gases e
pó de serra.

Figura 23 - Protetor Auditivo


tipo Plug e Concha (Simples) –
Para proteger a audição
(ouvido) contra ruídos bruscos.

OBSERVAÇÕES: Para a maioria das pessoas, quando usa um desses


equipamentos pela primeira vez, é comum a sensação de agonia e desconforto,
mas com o tempo isso é superado. Além disso, o mais importante é a segurança.
Outro fator importante é que você estará realizando uma atividade que, embora
seja na sua propriedade, é autorizada por um Órgão Ambiental e que por isso é
regida por Leis, Instruções Normativas e Decretos. Entre estes está a
obrigatoriedade do uso de EPI na atividade florestal. Além disso, vale lembrar que
o mais o importante é a preservação da vida.

59
13.3 Diálogo de segurança
Este procedimento deve ser realizado diariamente, antes da equipe de
campo entrar na floresta, visando lembrar e chamar a atenção para os cuidados
básicos e necessários para um bom dia de atividades, evitando descuidos e
acidentes desnecessários. Como exemplo, podemos citar alguns lembretes
importantes:
 Não fazer brincadeiras fora de hora;
 Ter cuidado com os equipamentos (ex. deixar o facão deitado
na terra e não fincado na terra);
 Ter cuidado onde pisa e onde apoia/coloca as mãos;
 Manter certa distância da pessoa que estiver caminhando na
frente;
 Não balançar galhos ou cipós;
 Avisar cuidadosamente o parceiro em caso de animais
peçonhentos.

13.4 Regras de segurança para uso da motosserra

 Licenciamento de Motosserra: a motosserra, no ato da compra, já vem


licenciada por um período de 01 (um) ano. Isso é obrigação da loja e
após esse prazo de 1 (um) ano a licença deve ser revalidada no site do
IBAMA.
 Para ligar a motosserra: uma das maneiras corretas é colocar a
motosserra no solo, tendo o pé direito fixo ao protetor e a mão esquerda
segurando firme a alça. O arranque é acionando com a mão direita.
Outra forma é apoiar a motosserra entre as pernas. Nos dois casos, o
sabre deve ficar livre de qualquer obstáculo e com a ponta voltada para a
direção oposta ao corpo do operador.
 Para abastecer a motosserra: abastecer a motosserra com o motor
desligado. Manter o reservatório de combustível distante, no mínimo, 3
m do local de operação para evitar riscos de incêndio.
 Para transportar a motosserra: a motosserra deve estar desligada,
sempre que o operador for se deslocar dentro da floresta, inclusive
durante a fuga, ficando ligada apenas enquanto ele se movimenta em
torno da árvore para o corte.

60
14 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

AMAZONAS (Estado). Manejo florestal sustentável em pequena escala no


Amazonas: orientações técnicas e administrativas / Secretaria de Estado de
Produção Rural; Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável. -Manaus: IDAM/FLORESTA VIVA, 88p. 2008.

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<http://aleam01.aleam.gov.br/ALegislacao.asp> Acesso em 10 de jan de 2013.

_______. Lei Estadual 2.416, de 22 de agosto de 1996. Disponível em


<http://aleam01.aleam.gov.br/ALegislacao.asp> Acesso em 10 de jan de 2013.

_______. Lei Estadual 3.635, de 06 de julho de 2011. Disponível em


<http://aleam01.aleam.gov.br/ALegislacao.asp> Acesso em 10 de jan de 2013.

_______. Lei Estadual 3.785, de 24 de julho de 2012. Disponível em


<http://aleam01.aleam.gov.br/ALegislacao.asp> Acesso em 10 de jan de 2013.

_______. Lei Estadual 3.970, de 23 de dezembro de 2013. Disponível em


<http://aleam01.aleam.gov.br/ALegislacao.asp> Acesso em 15 de jan de 2014.

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Instrução Normativa Nº 001, de 02 de fevereiro de 2006. Dispõe sobre
procedimentos técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação
técnica de Planos de Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala -
PMFSPE nas florestas nativas e formações sucessoras, com área inferior a 500
ha, e dá outras providências. Disponível em <http://www.sds.am.gov.br> Acesso
em: 21 de setembro de 2011.

______. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.


Instrução Normativa Nº 002, de 11 de fevereiro de 2008. Dispõe sobre
procedimentos técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação
técnica de Planos de Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala -
PMFSPE nas florestas nativas e formações sucessoras, com área inferior a 500
ha, e dá outras providências. Disponível em <http://www.sds.am.gov.br> Acesso
em: 21 de setembro de 2011.

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Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEMAAM. Resolução nº 007, de 21 de
junho de 2011. Estabelece normas e procedimentos que disciplinam a
apresentação, tramitação, acompanhamento e condução das atividades de
Plano de Manejo Florestal Sustentável em Pequena Escala – PMFSPE para
licenciamento da exploração florestal madeireira. Disponível em
<https://consultas.prodam.com.b> Acesso em: 21 de setembro de 2011.

______. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.


Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEMAAM. Resolução nº 009, de 15 de
dezembro de 2011. Estabelece os procedimentos técnicos para elaboração,
apresentação, execução e avaliação técnica de PMFS de Maior Impacto de
Exploração e PMFS de Menor Impacto de Exploração nas florestas nativas e
formações sucessoras no Estado do Amazonas. Disponível em
<https://consultas.prodam.com.b> Acesso em: 21 de setembro de 2011

______. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.


Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEMAAM. Resolução nº 014, de 21 de
novembro de 2012. Altera a Resolução CEAMAAM nº 007/2011. Permite o
aproveitamento para fins energéticos dos resíduos do desdobro de toras
(costaneiras, aparas, etc.), bem como aqueles das árvores exploradas e
daquelas derrubadas em função da exploração florestal, considerando-se o
volume de 1 (um) estéreo (st) de resíduo para cada metro cubico de madeira
em tora autorizada e efetivamente explorada. Disponível em
<https://consultas.prodam.com.b> Acesso em: 12 de janeiro de 2014.

______. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.


Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEMAAM. Resolução nº 016, de 16 de
julho de 2013.Altera a Resolução CEMAAM n° 007/2011, em seus Art. 2, Art. 3,
Art. 4º e Art. 5º de 21 de novembro de 2012. Disponível
em<https://consultas.prodam.com.b> Acesso em: 12 de janeiro de 2014.

_____. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável


– SDS. Marcos Regulatórios do Manejo Florestal. Disponível em
<http://www.sds.am.gov.br>. Acesso em 02 de maio de 2013.

62
_____. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável
– SDS. Cartilha Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala. Manaus-
AM, 2008.

_____. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável


– SDS. Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM. Portaria nº 38, de
12 de julho de 2012. Manaus-AM, 2012.

_____. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável


– SDS. Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM. Cartilha do
CAR. Manaus-AM, 2014.

_____. Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do


Estado do Amazonas- IDAM. 2008. Artigo: Temas Florestais: Do extrativismo ao
manejo de florestal. Gonçalves, Sérgio. Disponível em:
<http://www.idam.am.gov.br/arquivo/artigo/19dd2287fcfd805ff93c9b8980fbe943.
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Estado do Amazonas- IDAM. Apostila do Curso de Técnicas de Manejo
Florestal para técnicos. Manaus, 2010.

_____. Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do


Estado do Amazonas- IDAM. Apostila do Curso de Planejamento da
Exploração e Técnicas corte. Manaus, 2012.

_____. Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do


Estado do Amazonas- IDAM. Plano Operativo da Gerência de Apoio a
Produção Florestal Madeireira. Manaus, 2013.

AMARAL, P. H. C.; VERÍSSIMO, J. A. de O.; BARRETO, P. G.; VIDAL, E. J.


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Amazônia. Belém: IMAZON, 1998.

AMATA, Procedimentos operacionais, 2012. Disponível em


<www.amatabrasil.com.br> Acesso em 10 de outubro de 2013.

63
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Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – FNDF e dá outras providências.
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_______. Constituição Federal (1988). Art. 225 – Do Meio Ambiente. Disponível


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Revogado pela Lei 12.651/12. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4771.htm> Acesso em 12 de setembro
de 2012.

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da Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em
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Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura
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Brasileira. Belém-PA, 2000.

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CONAMA. Instrução Normativa 002, de 06 de maio de 2014. Disponível em
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_______. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e


dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Instrução Normativa nº 21, de 26 de
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<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=30/12/2013&jorn
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_______. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e


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CUNHA, Ulisses Silva da.Dendrometria e Inventário florestal – Série Técnica


adaptada para atender o Curso de Técnico em manejo florestal do IFAM.
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INSTITUTO NATUREZA AMAZÔNICA. Segurança e saúde no trabalho em


atividades do manejo florestal: informações básicas e importantes sobre acidentes
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