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Sobre a obra:
A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de
oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da
qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura.
Sobre nós:
"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e
poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível."
A TEORIA DUOHEXADIMENSIONAL
DO DIREITO
José Antônio da Silva
(Tônio Verve)
Amazon
(Create Space)
Título original em português: A Teoria Duohexadimensional do Direito
Copyright © 2016 by José Antônio da Silva (Tônio Verve)
Publicado pela Editora Amazon.
Este livro contempla as regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
DEDICATÓRIAS
“– Dedico essa obra científica, ideias e ideais, ao meu Pai: José Pedro da Silva. Homem que
me apontou o caminho do bem. Ensinou-me que o amor é a mais poderosa energia que existe no
universo, e me iluminou ao afirmar que a minha maior missão aqui na Terra seria propagar a minha
Arte e conhecimento aos meus semelhantes. O seu amor está presente em todas as partículas do
meu corpo e em cada expressão da minha alma”.
“- Para os meus alunos e pra ti sociedade brasileira, as minhas primeiras ideias e proposições
para o amanhã”.
SUMÁRIO
1. PREFÁCIO I ...........................................................9
1.1 PREFÁCIO II ......................................................14
2 A DICOTOMIA EXISTENCIAL DAS ORDENS NATURAL E
CULTURAL ........................................16
2.1 AS ORDENS NATURAL, CULTURAL E SEUS ELEMENTO
..............................................................16
2.1.2 Os Planos da existência, das concepções e da eficácia ...............................................................16
2.1.3 O Homem Primitivo como Fruto da Ordem Natural
.....................................................................17
2.1.4 O homem natural e o homem cultural .........19
2.1.5 As coisas materiais e imateriais como objetos mediatos ................................................... 20
2.1.6 As ações, condutas e atividades humanas como objetos imediato ......................................... 21
2.1.7 As concepções criadas pelo Homem ......... 24
2.1.8 O homem, a sociedade e a cultura ............. 26
2.1.9 As culturas, popular, religiosa, intelectual e
desportiva .............................................................. 27
2.2 AS RELAÇÕES JURÍDICAS-SUJEITOS DE DIREITO, O DIREITO OBJETIVO E
OBJETOS DE INCIDÊNCIA DA NORMA JURÍDICA .................... 34
2.2.1 A sociedade, o Estado e o Direito .............. 34
.................................................................................. 70
DIREITO ................................................................. 80
cultural ................................................................... 80
3.2.2 Segunda Dimensão - As concepções materializáveis as meramente abstratas ............ 84
3.2.3 Terceira Dimensão - Atos de cooperação e de concorrência-objetos imediatos das relações
jurídicas .................................................................. 88
3.2.4 Quarta Dimensão - O espaço e o tempo
jurídicos ................................................................ 110
3.2.5 Quinta Dimensão - As dialéticas anímica, substancial e
processual .................................... 126
3.2.6 Sexta Dimensão - Os poderes individual e social. Seus respectivos
deveres ...................... 131
3.3 CONCLUSÕES ............................................... 154
4 ANEXOS ............................................................ 159
4.1 ANEXO I - PROPOSTA DE UMA NOVA ORDEM JURÍDICA DESPORTIVA
BRASILEIRA .............. 159
4.1.1 Proposta de reforma da nossa Constituição
Desportiva ............................................................ 159
4.1.2 Propostas de alterações no Código Civil Brasileiro para a consolidação de um novo Sistema
Desportivo Nacional ............................. 174
4.1.3 Propostas de alterações da Lei das Sociedades Anônimas para a consolidação de um novo
Sistema Desportivo Nacional ................... 182
4.1.4 Propostas de alterações do Estatuto da Microempresa e da Empresa de pequeno porte para a
consolidação de um novo Sistema Desportivo Nacional ............................................ 194
4.1.5 Propostas de alterações da Lei Pelé – um novo Sistema Desportivo
Nacional ................... 198
4.2 ANEXO II ......................................................... 253
4.2.1 Proposta de Emenda à Constituição nº de 2015 enviada ao congresso nacional ................ 253
4.2.2 Dispositivos da Constituição alterados ... 257
4.2.3 Justificativa ................................................. 259
4.3 ANEXO III - POESIAS MUSICALIZADAS ...... 274
4.3.1 Pra que Deus Aqui Possa Cantar .............. 274
4.3.2 Conversas de Vidas .................................... 276
4.3.3 Mistério da Vida ........................................... 277
4.3.4 Ridícula Partícula ....................................... 278
4.3.5 Arte Nordestina ........................................... 279
4.3.6 A Vida .......................................................... 280
4.3.7 De mãos Dadas ........................................... 281
5 BIBLIOGRAFIA .................................................. 282
1.PREFÁCIO I
Não há palavras para descrever o quão me senti honrado e importante ao ser convidado a prefaciar
a obra do amigo e Professor José Antônio da Silva. Ser humano leve, irmão de alma. Talvez pela nossa
similitude poética de ver o mundo o tenha cativado a este convite. Tenho com ele muito mais a aprender
e, certamente, a minha maior dificuldade em nominar o brilhantismo e o ineditismo da abordagem de um
tema complexo, dada a interdisciplinaridade do Direito, com a filosofia, antropologia, sociologia
jurídica, ciência política e econômica.
O Professor Antônio foi quem me oportunizou o ingresso na docência universitária e agradeço a ele
este passo importante que dei na vida, pelo qual serei eternamente grato. Nasceu daí a grande relação de
discípulo que sou dele, razão pela qual será meu eterno Professor, hoje, também amigo, e por amor a
coerência, que minhas impressões trazidas no prefácio possuem um grau de limitação que está muito
longe de superar o Mestre.
À influência antropológica à teoria acaba por remeter o Homem não somente pessoa, ao lembrar
que cada sociedade possui uma herança de ordem natural e cultural, sublimada nos seus desejos, tão
mencionados por Plantão (Eros), Aristóteles (philia) e Jesus (ágape), mas inicia uma jornada inédita à
Ciência do Direito, que tem como tradição a demonstração de uma construção primordialmente de
relações de poder, desconsiderando as origens humanas, resultando, obviamente nas insolúveis anomias
do sistema jurídico, tão criticadas por Kelsen e Bobbio, e que vivemos atualmente.
Não é por outro motivo que as soluções aos conflitos sistêmicos do Direito Objetivo apresentam-se
no retorno dos valores do homem como ser humano e não somente como expressão de uma relação de
poder e dominação, reavivando a proteção destes direitos pelos tratados de direitos humanos, em
especial o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, como valores inerentes à
natureza humana, documento de ordem universal, vinculativo aos Estados-partes, o que somente reafirma
a necessidade das novas perspectivas hermenêuticas sobre os vínculos que tornam coesas, e acima de
tudo, legitimadas a gerir os conflitos do homem e da sociedade em uma relação sinalagmática e
simbiótica entre o Homem e a Ciência Jurídica, que não deixou de ser considerada, como cita o autor,
pelo parágrafo primeiro do artigo 1◦ da Lei 9.615/98.
Nas palavras do Professor Antônio a “cultura é construção da humanidade” e na senda de seus
ensinamentos a ela deve servir como “fonte material do homem cultural”, e é em razão dela que o Direito
deve ser construído sob o manto protetor da “Reserva de Domínio Social ou Estatal”, sob pena de
vivenciarmos o colapso de legitimação do poder que hoje somos testemunhas, efeito colateral do
utilitarismo custo/benefício oriundo do Capitalismo, ao que parece única fonte de domínio econômico
norteadora dos valores normativos declarados pelo Estado, inclusive as destinadas para incidir sobre as
atividades desportivas, deixando ao largo seu escopo de ser bem cultural material da pessoa humana.
A construção da Teoria Duohexadimensional do Direito, de alcance pleno em todas as searas da
Ciência Jurídica atribui ao Direito Desportivo caráter de valor transindividual de categoria social
humanística e indissociável à unidade de sentido e valor, expressão da dignidade da pessoa humana,
fazendo integrar sua teoria na teoria dos cinco componentes de Podlech mencionados por Canotilho
criando, com isso, um mecanismo teórico sólido contra a coisificação do Homem, navegando nas mesmas
águas epistemológicas que Peter Härbele em sua Fórmula-objeto de Düring.
Fui verdadeiramente premiado ao me deliciar na leitura da obra do Professor e perceber que seu
texto, como disse Schopenhauer é a mais “pura intuição sensível do espaço e do tempo”, mas com o
toque de Midas de pé no chão do autor, pois, A Teoria Duohexadimensional do Direito passa a ser um
referencial teórico para transformar a Ciência Jurídica na sua mais genuína expressão da regulação
humana com base em um espírito humanístico, categórico da verdade como processo fenomenológico e
emancipatório da vontade humana sem desconsiderar nenhum caráter anímico do ser, e ao mesmo tempo
servirá de anteparo aos abusos do poder seja ele econômico, religioso ou moral, que sempre construíram
um categórico de verdade na qual não suporta o passar de um tempo globalizado ou de um conceito de
tempo e espaço tridimensional sem o reconhecimento de sua inadequação social com o tempo.
Espero que o leitor perceba que apesar da complexidade dos argumentos há nas entranhas dessa
obra um movimento visceral humanístico sensível à nossa realidade, fruto da necessidade de novos
tempos e novos pensamentos, que somente poderiam fluir da alma de um poeta, compositor, músico e
jurista, meu amigo, Professor e Mestre José Antônio da Silva (Tônio Verve). Meu apreço a obra e na
esperança que nossos legisladores vejam nessas ideias uma luz no fim do túnel para uma nova era para a
Ciência Jurídica.
RUCHESTER MARREIROS BARBOSA
1.1PREFÁCIO II
Muito me congratula o convite feito pelo Professor José Antônio da Silva, para prefaciar a sua mais nova
empreitada jurídica: o livro A TEORIA DUOHEXADIMENSIONAL DO DIREITO.
José é um estudioso de rara estirpe. Seus textos, sempre precisos e embebidos da orientação jurídica
mais clássica, conduzem com segurança o leitor pelos corredores do conhecimento, especialmente em
momentos atribulados como este. Afinal, atravessamos diversas mudanças nos mais variados aspectos da
vida: sociais, políticos, culturais, entre muitos outros que tornam necessárias certas reflexões para que
ajustes sejam realizados.
A metodologia apresentada é segura e eficiente. Capítulos foram muito bem organizados e o texto
igualmente redigido, em linguagem clara sem descurar do tecnicismo em nenhum momento. É realmente
impressionante o conteúdo, mormente se for considerada a elevada produtividade de José, seja em
artigos e textos jurídicos nos mais variados meios (do físico ao eletrônico), além da presença em aulas,
palestra e outros eventos.
Se antes já admirava o seu trabalho, fico ainda mais impressionado após me debruçar sobre estas novas
linhas, que comprovam todo este esmero, cuidado e amor no exercício da docência e na divulgação do
conhecimento.
É, realmente, um novo tempo para um novo ser humano! E, com ele precisamos de pessoas corajosas e
conhecedoras da boa técnica que possam ajudar os demais que tanto se debruçam sobre questões do dia-
a-dia. E José é, justamente, uma destas pessoas para nos conduzir.
Parabenizo-o por mais esta empreitada jurídica. Que José continue com suas paixões pelo Direito, pela
cátedra, e, principalmente, que continue a trilhar esse caminho maravilhoso de lutas e conquistas. Todos
nós agradecemos. Sucesso do amigo dos tempos da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro,
quando foi reforçado nosso vínculo, respeito e comprometimento com o Direito.
b)O conhecimento filosófico apresenta-se carregado de racionalidade, pois reúne enunciados vinculados
com lógica, apesar de não poder ser confirmado ou refutado por testes de observação ou experimentação.
De intenso conteúdo valorativo e hipotético fundado na experiência, que tem por escopo uma
representação coerente do fenômeno estudado, o que revela sistematização das ideias e proposições
defendidas. De caráter generalista busca concepções unificadoras que sintonizem o espírito humano às
leis universais numa busca incessante de harmonização entre a ciência e o espírito humano.
c)O Religioso é sistemático que tenta explicar a origem, o significado, a finalidade e destino da vida e do
mundo, que são invenções de um criador supremo e divino. Apresenta seu ideal numa ação, conduta ou
atividade fundada na fé diante de uma experiência vivida. Os conceitos, ideias e proposições são
infalíveis e indiscutíveis, pois fundada em dogmas e normas morais rígidas, haja vista, retratarem
revelações de uma divindade que tem a sua existência para além da percepção humana.
d)O científico apresenta-se na ordem cultural como factual, visto que explica fatos naturais e culturais,
mediante experimentação baseada na razão, como ocorre na construção do conhecimento filosófico,
assim é também contingente, e sistemático tendo em vista que é fundado em teorias, que retratam um
conjunto de ideias conexas e harmoniosas, o que o torna verificável, superável e falível, apesar de ser
taxado de ter o atributo de exatidão aproximada.
2.2 As relações jurídicas - sujeitos de direito, o direito objetivo e objetos de incidência da norma
jurídica
Frise-se que o agente declarado no inciso I, por força de técnica jurídica sedimentada na Ciência
Jurídica se apresenta nas relações jurídicas como pessoa natural, jurídica ou ente despersonalizado, esse
último nas figuras jurídicas do nascituro, massa falida, espólio, condomínio edilício, sociedade em
comum, entre outras. As duas primeiras dotadas de personalidade, a última dela despida. Todos são
caracterizados como sujeitos de Direito e considerados um centro de imputação jurídica para que possam
administrar e proteger os seus interesses, bens, universalidades de fato e de direito. Ademais, não
podemos olvidar que todos têm capacidade de direito, mesmo sem capacidade pessoal de fato, situação
que exige, para os sujeitos absoluta ou relativamente incapazes, representação ou assistência, para
aperfeiçoar negócios e atos jurídicos válidos na vida jurídica de relação.
Finalmente, os sujeitos de direito se organizam em grupo e se vinculam para satisfazer as suas
pretensões materiais e ideais, e para tal assumem deveres jurídicos que são traduzidos em ações
comissivas ou passivas, mediante objetivação de suas vontades que são emitidas e unidas para a
formação de vínculos intersubjetivos ou de sujeição passiva indeterminada, que se dotados de relevância
social assumem o status de relação jurídica, cujos elementos são: a) os sujeitos de direito relacionados;
b) as vontades autônomas e heterônomas que se unem; c) os objetos imediatos definidos pelos deveres
jurídicos assumidos; d) o bem jurídico patrimonial ou extrapatrimonial com seus respectivos valores
econômico ou social; e) os poderes por aqueles titulados (direitos subjetivos, potestativo e faculdades).
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que
forem regidas pelo direito internacional público.
LIVRO II
Do Direito de Empresa
TÍTULO I
Do Empresário
CAPÍTULO I
Da Caracterização e da Inscrição
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, com finalidade lucrativa, inclusive a de desporto
profissional. (Proposta de alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
Dispositivo alterado. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. (Redação do Código
Civil Brasileiro)
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual de naturezas
científica, literária ou artística, e a de desporto não profissional, com o concurso ou não de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (Proposta de alteração
do Código Civil Brasileiro - inovação)
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa. (Redação do Código Civil Brasileiro)
Portanto, num primeiro plano, se uma pessoa natural desenvolver atividade desportiva poderá ser atleta
profissional ou autônomo, ambos vinculados a uma entidade de administração esportiva. O primeiro
vinculado às entidades de prática desportiva, pela formação de contrato profissional de atleta, o segundo
por contrato de natureza privada (civil), de acordo com o artigo 28 – A da Lei Pelé. Num segundo, sem
organização complexa dos fatores da produção ela irá assumir vários estados jurídicos profissional,
como por exemplo, o de microempreendedor individual. Quando afirmamos que o senso comum é
idealizador e fator de criação de jogos e de suas regras técnicas é porque eles surgiram na História do
Homem a partir de imagens e representações do sumo da realidade socialmente posta, que desde as suas
primeiras manifestações e organizações fez emergir conflitos e competições da vida de relação. Portanto,
dessa energia social a inteligência criativa do Homem idealizou, projetou, concretizou e fez repercutir,
inspirado nesses fenômenos conflituosos carregados de energia primitiva, inúmeros jogos competitivos,
individuais ou coletivos, impregnados de virtudes e ética, como forma de apelo espiritual, para revelar
meios mais eficientes e eficazes para solução dos confrontos humanos.
Quanto aos fatores do conhecimento científico é cediço que o desporto educacional e o de rendimento,
para terem os seus programas de trabalho materializados pelo Estado ou pela iniciativa privada
necessitam, pelo menos, de profissionais graduados em nível superior, em Licenciatura ou bacharelado
em Educação Física. Ademais, quando tratamos do desporto de rendimento, praticado profissionalmente
ou não, os atletas autônomos ou entidades de prática desportiva, na busca incessante de resultados e
títulos, tentam formar equipes multiprofissionais para potencializar o rendimento atlético, e para tal fim
alocam profissionais especializados em Psicologia do Esporte, Fisiologia, Biomecânica, Treinamento
Desportivo, entre outros, além de investirem maciçamente, quando dotados de capacidade econômico-
financeira, com recursos próprios e de terceiros, em tecnologia, instalações, máquinas e equipamentos
sofisticados para elevar a desempenho atlético individual e das equipes.
Revela-se, portanto, que a atividade desportiva se apresenta no meio social, como qualquer outra
atividade econômica que pode ser exercida de forma organizada ou não, com ou sem finalidade lucrativa,
por pessoas naturais vinculadas às entidades de prática desportiva ou educacionais sob diversos regimes
jurídicos, ou por pessoas jurídicas, nas formas de associação ou sociedade empresária, conforme
inovação legislativa realizada pela Lei n◦10.672/03, que incluiu o parágrafo 9◦ no artigo 27 da Lei n◦
9.615/98 – Lei Pelé.
Importante destacar que também é necessária a mudança na redação originária do parágrafo nono
do artigo 27 em destaque, haja vista, apresentar impropriedade técnica na sua formulação, tendo em vista
que, as entidades de prática desportiva e as entidades de administração do desporto nacional,
apresentarem-se, como regra, no cenário econômico e jurídico nacional, na forma de associação.
Significa dizer que já estão constituídas, e para assumirem formatação diversa das possíveis elencadas
no artigo 44 do Código Civil Brasileiro, que declara os tipos de pessoas jurídicas de direito privado,
seria necessário a transformação daquelas em sociedade empresária, mutação formal essa não
disciplinada pelo Direito posto pelo Estado brasileiro até o presente momento.
Diante da ausência de técnica jurídica na formulação normativa supracitada, resta-nos fazer uma
análise dos elementos fáticos relevantes desse tema para propor inovações legislativas para sanar as
impropriedades que revelamos, conforme a seguir se expõe:
Num primeiro giro podemos afirmar que qualquer empreendedor nacional ou estrangeiro, diante do
princípio da livre iniciativa declarado no artigo 170 da Constituição da República, pode desenvolver
atividade desportiva individualmente ou com a colaboração de outros sujeitos de direito. No primeiro
caso há as possibilidades jurídicas de constituição das figuras jurídicas: a) de um profissional liberal,
devidamente habilitado, conforme a parte final do inciso XIII, do artigo 5◦ da Carta Política; b) a figura
jurídica do empresário individual, se a atividade desportiva se tornar elemento da empresa (atividade
econômica organizada); ou ainda c) a constituição da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada,
conforme as normas estabelecidas no artigo 980-A do mesmo código. No segundo, atividade econômica
desenvolvida em grupo, teremos a figura jurídica da sociedade empresária, que diante da correção
técnica proposta do parágrafo 9◦ em tela, poderá ser constituída, atualmente, na forma de qualquer
espécie societária tipificada nos artigos 1.039 a 1.092 do estatuto civil brasileiro.
3.1.4. Metodologia.
O presente trabalho científico caracteriza-se, num primeiro giro, como uma obra autoral inédita
constituída de proposições filosóficas e jurídicas que vão ao encontro da formulação de uma inovadora
teoria e de uma nova ordem jurídica, tendo em vista, que é reveladora de novos princípios, normas,
conceitos, institutos e instituições inéditos, até hoje não questionados na doutrina e jurisprudência do
nosso país. E para tal adotamos o método dedutivo, na construção do entendimento das seis dimensões
que fundamentam a teoria, sem abdicar da metodologia hipotético-dedutiva para afirmar a
tetradimensional estrutura do conhecimento humano. Ademais, adotamos o método dialético para assumir
e afastar proposições filosóficas e jurídicas de pensadores clássicos e contemporâneos, para buscar o
espaço e o tempo necessários para inaugurar no cenário jurídico-científico, uma nova dialética sobre os
temas propostos. Entretanto, com o fim específico de solidificar o conhecimento de fatos sociais
relativos ao desporto, suplementamos a base concepcional supracitada com proposições sucintas, para
dar uma matriz normativa constitucional e infraconstitucional para essa importantíssima instituição
humanitária, o desporto, de sensível expressão no território nacional e planetário, que merecerá atenção
especial e de maior profundidade na próxima obra literária do autor, que projetará para o mundo
proposições revolucionárias para dar ao desporto profissional e não profissional a dignidade que os
brasileiros merecem.
3.2.3 Terceira Dimensão - Atos de cooperação e de concorrência - objetos imediatos das relações
jurídicas.
Vamos explorar, para dar continuidade a nossa teoria, uma das grandiosas virtudes humanas, a
partir da consolidação de uma imagem macro de subsistemas culturais autônomos unidos, quais sejam: o
popular, o religioso, o desportivo e o intelectual científico, filosófico, artístico e literário, o terceiro que
passamos a considerar como cultura autônoma, haja vista, terem sistemas organizacionais inconfundíveis
com outros idealizados pelo homem, dotados de sujeitos animicamente motivados para a sua prática, que
manifestam as suas vontades para a realização de ações, condutas e atividades específicas do desporto,
com linguagem, conceitos, normas, técnicas, métodos, processos, institutos e instituições, estruturas
ambientais e administrativas peculiares próprias, bem como objetos mediatos, (bens materiais e
imateriais), específicos para a viabilização de sua prática. Inconfundível, portanto, o desporto com
qualquer outro seguimento cultural humano. Declaração essa que nos autoriza, além das três dualidades
anteriormente propostas, idealizar uma composição tetradimensional da cultura, que é formada pelos
subsistemas cognitivos supracitados, que adornam a ordem natural minimalista humana, que se mantêm
entrelaçados numa incessante fenomenologia, caracterizada por uma infinitesimal dialética composta de
atos de cooperação e de concorrência experimentados no mundo fenomênico pelos seus agentes centrais,
homens e mulheres, que assumiram o início, o meio e o fim desse processo cultural mutante, que se tornou
vital para a permanência da raça humana no planeta Terra.
Sabemos que as sociedades avançaram de uma convivência primitiva nômade desordenada e
despida de linguagem para uma ordenação associativa, que se revelou num primeiro plano básico pela
constituição da família, que unidas por vários fatores e conquistas, avançaram para uma associação
maior, a tribo, que evoluiu de forma espetacular para uma ordenação lógica e racional que chamamos de
sociedade. Essa evolução sempre teve como fundamento a criação de concepções, como afirmado. É esse
adorno que determina os conceitos de cultura e de homem cultural, que nos leva defender que não é
apenas o fato que é elemento de qualquer organização ou sistema criado pelo homem, mas sim ele
adornado de inúmeras concepções. Entre as primeiras concepções estão os símbolos, demonstrados por
gestos, expressões faciais, fonemas, desenhos, imagens, literalidades, essas últimas sistematizadas até
assumir o status particular da linguagem, concepção cultural transversal em qualquer organização micro
ou macro criada pelo homem, por ser ferramenta capaz de definir todos os seus vínculos objetivos e
subjetivos, desde a era primitiva até para sempre, concepção meramente abstrata que funciona como o
alicerce, e porque não dizer, como lastro formal essencial de toda evolução civilizatória humana, sempre
eficiente e eficaz de consolidar, pela formulação de conceitos determinados e indeterminados, nos planos
físicos e metafísicos, em todos os seguimentos de sua atuação, os imaginários culturais de cada
sociedade organizada no planeta, numa escalada incessante pela busca da segurança, da liberdade e da
felicidade, independentemente da veracidade ou validade das ideias por ele criadas. Destarte, os fatos
culturais não são apenas fatos ou eventos, são esses adornados de concepções meramente abstratas ou
materializáveis, ideias humanas que consubstanciaram todas as culturas, impregnadas de valores,
institutos e instituições socialmente aceitos e consolidados no meio ambiente social.
Percebemos, portanto, que o Homem Cultural idealizou e idealiza composições e arranjos para
realização de atos de cooperação e de concorrência, individualmente ou em grupo, pelo exercício de
atividades econômicas organizadas ou não, com fins altruístico ou lucrativo, num ambiente especializado
que assumiu contornos institucionais que denominamos mercado, que garante e viabiliza, até hoje, a
existência e sobrevivência das ordens sócio-políticas idealizadas e construídas pela humanidade.
Assertiva que revela sintonia com a ideia de alienação criada por Hegel, cujo conteúdo afirma que “o
homem, no processo de construção de sua própria civilização, cria toda a sorte de instituições, regras e
ideias, que se tornam coerções sobre ele, externas as ele, apesar de terem sido sua própria invenção”.
(2001, pag. 162), e nos faz representar, que as inovações culturais o submete, o que nos dá um conceito
prévio e amplo de norma, haja vista o sentido estrito, demonstrar um preceito primário criado pelas
experiências sociais dotado de um secundário de conteúdo sancionatório, legitimadores e garantidores
dos poderes jurídicos sedimentados no meio ambiente social.
A Filosofia é parte, mas vamos mergulhar na realidade a partir desse momento, para analisar o
Desporto, o Direito Desportivo, e o Direito Objetivo Desportivo, como fatos culturais relevantes para a
nossa proposição teórica. O primeiro, atividade humana, portanto, objeto imediato de relações jurídicas
e do Direito Objetivo. O segundo se apresenta como poder de um sujeito de direito sobre outro – “Poder
sobre” ou o “poder de” agir, independentemente de outra vontade. O terceiro, como um complexo de
declarações de normas jurídicas desportivas positivadas pelo Estado ou reconhecida pelos usos e
costumes reconhecidos e sedimentados por um grupo social organizado, e que tem a função de planificar
e disciplinar positivamente as relações desportivas, quer na prática do jogo, quer nas relações jurídicas
aperfeiçoadas no ambiente socioeconômico desportivo conexas àquelas. Proposição essa que abarca
todos os seguimentos especializados da Ciência Jurídica, no nosso entender. Quando o fato é natural, ele
é apenas declarado pelo Direito Objetivo como fato jurídico no sentido lato, tendo em vista um valor
social enraizado na cultura do grupo organizado, como se verifica com o evento natural concepção de
uma pessoa, o seu nascimento e a sua morte. São substâncias, como afirmou Aristóteles, tendo em vista
que não dependem de nada mais para as suas existências. Portanto, representado o fato natural como
juridicamente relevante, as organizações sociais criam normas protetivas para resolver os conflitos que
porventura surjam pela disputa ou agressão ao objeto mediato jurídico valorado, por intermédio da
aplicação de sanções cominadas. É a Ciência Jurídica que trata desses fenômenos ligados à natureza e a
individualidade orgânico-psicológica humana, como fatos Jurídicos no sentido lato, pois despidos de
conceitos jurídicos determinados ou indeterminados, o que nos autoriza também afirmar que o Direito
objetivo, quer posto pelo Estado legislador, quer declarado pelo Estado Jurisdição - Poder Judiciário,
apenas constata a sua importância no meio social, e os declara como institutos jurídicos, pois são frutos
de uma consciência socialmente inventada pelo Homem Cultural. Destarte, podemos afirmar que a
evolução espiritual humana está ligada, primeiramente à nomeação e rotulação dos sujeitos, coisas e
atividades para construir adornos valorativos aos fatos naturais e aos elementos culturais, que inseridos
em eventos provocam reações também culturais internas e externas ao Homem.
As primeiras reações, que são processadas no estado anímico do sujeito, são as representações e
vontades, que são projetadas no mundo fenomênico social por declarações, unilateral, bilateral ou
plurilateral, materializadas pelas ações, condutas e atividades humanas, reveladoras de hábitos, usos,
costumes, rituais, métodos, processos, inseridos ou não em um processo produtivo. Essas condutas sim
são planificadas e normatizadas num primeiro plano no meio social, para depois, pelo exercício de uma
faculdade política declará-las e regulamentá-las pela produção do Direito objetivo, ambos os processos
de construção normativa fundados, em conceitos atributivos, como certo ou errado, justo e injusto, lícito
e ilícito, jurídico e injurídico, moral e imoral, ético e antiético, que não são valores no sentido estrito,
mas sim adjetivos positivos ou negativos criados e projetados no mundo fenomênico social.
Revela-se, portanto, que as invenções humanas determinam os tipos de atividades que
serão exercidas no meio social e os bens que serão produzidos e negociados no mercado. As atividades,
o Direito Objetivo define como elementos formadores do conceito jurídico que rotulamos de objeto
imediato, que é constituído e materializado no mundo substancial por ações, dirigidas para o fim de
apropriar elementos do mundo natural ou cultural, para o Homem consumi-los ou inseri-los num processo
transformador produtivo ou de mera circulação de riqueza, material ou imaterial, vinculados a uma
atividade econômica organizada que denominamos empresa, gerida por empresários individuais ou
sociedades empresárias, ou a uma atividade econômica intelectual, exercida por profissionais liberais ou
sociedade simples, ou ainda a uma atividade sem uma estrutura organizacional de fatores da produção,
exercida por profissionais autônomos e liberais, entre outros agentes econômicos.
Podemos afirmar, diante das premissas e argumentos expostos, que o desporto é ação, atividade,
conduta humana, portanto, objeto imediato de relações jurídicas, portanto, do Direito Objetivo, fenômeno
cultural planificado normatizado pelo Direito consuetudinário ou posto pelo Estado.
Sabemos que o exercício da atividade desportiva foi consolidado em todas as sociedades do
planeta, assumiu caráter institucional, e por isso passou a exigir a organização dos fatores da produção:
trabalho, capital, recursos naturais e tecnologia, para a realização de jogos e competições idealizadas
pelo Homem. Realidade histórico-cultural que não pode dispensar a intervenção do Estado como agente
normativo e regulador dessa atividade, principalmente por potencializar ameaças de lesão à estrutura
corporal e psicológica do ser humano adulto ou em desenvolvimento, bem como ser uma ferramenta
eficiente e eficaz para a manutenção de sua saúde e desenvolvimento intelectual, que se alinhada aos
princípios e normas da educação formal, proporcionaria a construção de um ambiente impregnado de
virtudes capaz de banir os malfeitores de suas estruturas organizacionais.
É notório que a atividade desportiva quando exercida formalmente é administrada pelo próprio
Estado ou por pessoas naturais e jurídicas de direito privado (Código Civil Brasileiro, 2014, artigos 41,
44 e 966), e de acordo com o parágrafo primeiro do artigo 1º da Lei 9.615/98 (Lei Pelé) é regida por
normas especiais, nacionais e internacionais, bem como por regras de prática desportiva de cada
modalidade, que são aceitas pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto.
Quanto às regras do jogo sabemos que evoluíram a partir do conhecimento popular sedimentado
em cada sociedade por processos espontâneos de construção, e que hoje são declarados e aperfeiçoados
por regulamentos editados pelas entidades de administração do desporto. Entretanto, a intervenção estatal
nas atividades e relações jurídicas privadas conexas ao ambiente desportivo que lhe dão suporte
institucional e jurídico, carece de regimes jurídicos de responsabilidade sérios que protejam uma das
mais belas e virtuosas invenções humanas, o desporto, instituição social e humanitária, que deve estar a
serviço dos anseios da humanidade, e não de indivíduos inescrupulosos despidos de luz e dos valores
positivos que engrandecem o espírito humano.
Essa reflexão se tornou um impulso para defendermos uma intervenção legislativa estatal rígida
no desporto, a começar por reformas constitucionais que sintonizem as normas matrizes da educação à
sua realidade, tornando-o uma instituição protegida por uma blindagem jurídica formada pelo instituto da
Reserva de Domínio Social ou Estatal, instituto jurídico fundamental que idealizamos para tornar o
desporto e o mercado desportivo, ambientes éticos direcionados para a construção de sociedades
melhores. Assim o declaramos na ordem jurídica constitucional brasileira, como fundamental instituto
jurídico transformador do ambiente individualista e corrupto em que se encontra o Desporto nacional,
que demandará o processamento de um projeto de emenda constitucional a ser votado no Congresso
Nacional, com fundamento no poder constituinte derivado, no sentido de inserir as seguintes matérias na
nossa Carta Política, a seguir expostas:
a) - O desporto passa a ser um direito social.
b) - Instituir o instituto jurídico Reserva de Domínio Social ou Estatal e ampliar o alcance dos
dispositivos constitucionais que tratam dos bens dos entes federativos, para disciplinar também os
poderes jurídicos por eles titulados.
c) - As competências materiais dos mesmos passam a ser mais abrangentes, com definição mais ampla
dos poderes e competências materiais, que passam a ser de domínio social e econômico.
d) - Os Desportos, educacional e de rendimento não profissional assumem o status de direito de todos os
brasileiros, e dever do Estado e da família.
e) - Regular com mais precisão o Princípio da Autonomia das entidades de administração do desporto;
f) - Instituir os Princípios: a) da Destinação Social específica de recursos públicos; b) da Diferenciação
Substancial, que impõe tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional; c) da
Diferenciação Biológica e psicológica do desporto praticado por crianças e adolescentes; d) Da
Legitimidade dos resultados desportivos; e) da Economicidade Lucrativa do desporto profissional; f) da
Distribuição Igualitária dos efeitos econômico-financeiros da prática desportiva profissional;
g) - Declarar o dever jurídico da União de instituir o Conselho Nacional de Justiça Desportiva, órgão
colegiado superior de jurisdição específica, vinculado ao Ministério do Esporte, titular do poder jurídico
de declarar a ineficácia de atos contrários ao Princípio da Legitimidade dos Resultados Desportivos;
h) - Facultar aos Estados instituir órgãos com conteúdo e alcance similares ao Conselho Nacional de
Justiça Desportiva, para resolver os conflitos locais da mesma natureza.
As alterações acima propostas representam um arcabouço normativo constitucional capaz de
estabelecer uma nova Ordem Desportiva Nacional, com o ideal de afastar os inúmeros males que
contaminam o nosso desporto.
Podemos concluir que as atividades desportivas, como qualquer outra atividade humana
assumem o papel de elementos de objeto imediato de relações jurídicas, pois é alvo de incidência das
normas produzidas no meio social, o que nos revela que a licitude, a probidade, a lealdade, a boa-fé e a
moralidade ética são valores inquestionáveis que devem estar sempre presentes nas organizações
desportivas e nas competições por elas administradas.
Por tudo que foi construído cabe-nos agora contextualizar o Desporto e o Direito
Desportivo dentro do processo cultural humano, e situá-lo na Teoria Duohexadimensional do Direito.
Uma primeira indagação é necessária para identificar a natureza jurídica do desporto
dentro da Ordem Cultural humana. O Desporto é sujeito, é coisa ou atividade? A resposta é conclusiva
por tudo que foi defendido. É atividade humana, portanto, objeto imediato de relações jurídicas e do
Direito Objetivo, Consuetudinário ou Positivo, e para os outros ramos objetivados da Ciência Jurídica,
que incidirão sobre os objetos imediatos das relações jurídicas conexas às atividades desportivas, o que
demonstra o caráter interdisciplinar e transversal daquele ramo especializado.
Outras indagações se impõem. O que é o Direito Objetivo? O que é o Direito Positivo
Desportivo? O que é o Direito Desportivo consuetudinário?
Numa breve síntese, o primeiro é o conjunto de princípios, normas, institutos e instituições que
planificam e disciplinam qualquer atividade humana, sedimentados no ambiente social pelos costumes ou
por leis editadas pelo Estado. O segundo, que pressupõe processo legislativo estatal é o Direito Objetivo
escrito, com as mesmas características do primeiro. O terceiro, complexo de princípios e normas que
emergem do meio social é o declarado pelos órgãos do Poder Judiciário, quando provocado para
resolver conflitos, ou afirmar segurança jurídica em determinados atos considerados relevantes pela
sociedade, como se dá na jurisdição voluntária. Portanto, reúne os mesmos predicados e aptidões do
segundo, e ambos planificam e normatizam a atividade desportiva, formal ou informal. Ambos são
categorizados como ramos especializados do Direito Objetivo, pois apresentam, no seu meio ambiente
cultural, uma dualidade marcante formada de normas técnicas de jogo, e de normas gerais e especiais,
que alcançam todas as relações jurídicas que gravitam em torno do seu ambiente produtivo, além de
conceitos, institutos e instituições que são inconfundíveis com outras instituições sociais, e que dão lastro
cultural para todos os sistemas e subsistemas lógicos e racionais construídos para reger as ordens
desportivas locais, regionais, nacionais e internacionais, todos com o fim de viabilizar social, econômica
e politicamente o exercício de todas as modalidades desportivas idealizadas pela humanidade.
Tem-se pelo exposto, que o Desporto e o Direito Objetivo Desportivo, por serem fenômenos
histórico-culturais são instituições sociais e jurídicas. Muito mais, são instituições da humanidade que
têm as seguintes características: a) cosmopolita quanto às regras técnicas do jogo, pois, não se mantêm
dentro das balizas territoriais, culturais e das forças da dialética de cada sociedade organizada, pois, por
si repercutem e invadem todas as culturas organizacionais sociais humanas, observadas pouquíssimas
exceções; b) da fragmentação, haja vista, as inúmeras concepções de modalidades desportivas criadas
pela humanidade; c) da economicidade, tendo em vista que para a sua prática, mesmo se informal, há a
necessária alocação de fatores da produção, com ou sem organização empresarial, como mão de obra
qualificada, recursos naturais, capital e tecnologia; d) da onerosidade agregada, mesmo quando o
desporto definido como não profissional é praticado por entidades sem fins lucrativos, como as
associações desportivas, tendo em vista que buscam sempre, apesar do princípio do equilíbrio
orçamentário que rege o planejamento econômico-financeiro das mesmas, o superávit, excesso financeiro
auferido pelo confronto entre receitas e despesas, que é reinvestido em estruturas desportivas para o
aperfeiçoamento do processo produtivo desportivo; e) da sociabilidade, por ser o desporto e o Direito
Objetivo que o regula, reveladores de uma cultura voltada para enaltecer a prevalência dos poderes,
valores e fins coletivos diante dos individuais, sem abdicar é claro, dos valores fundamentais da vida, da
integridade física, e da dignidade da pessoa humana; f) da eticidade, pois deve sempre cultuar a
legitimidade e a legalidade dos meios e dos fins, no sentido de buscar a equidade, a probidade, e a boa-
fé do desporto como valores fundamentais para consolidar no meio social a sua função social, por meio
da concretização do equilíbrio das competições, e a busca incessante do equilíbrio econômico-financeiro
e dos resultados gerados pelos espetáculos desportivos; g) da operabilidade, no sentido de que qualquer
modalidade desportiva deverá ser planificada e disciplinada por normas técnicas que afastem as
complexidades, dúvidas, e por que não dizer as perplexidades, para garantir o resultado legítimo e justo,
e torná-las de fácil percepção pelos membros da sociedade.
Muito mais se exige. Diante de conflitos emergentes do próprio jogo, os órgãos da justiça
desportiva devem ser céleres e efetivos, frente à dinâmica tópica e operacional de qualquer atividade
desportiva, quando organizada a sua execução em torneios e campeonatos. A simplicidade e a
transparência são atributos indispensáveis para a operabilidade eficiente e eficaz de qualquer
modalidade desportiva.
Uma terceira indagação também é necessária. O Direito Positivo Desportivo, conjunto de
princípios e normas editados pelo Estado legislador pode ser caracterizado como Direito? Ou é ele
apenas o produto de meios e processos técnicos de produção legislativa que se valem as sociedades para
declarar as normas criadas e sedimentadas no seu seio?
Temos a percepção que esse conceito de Direito, como qualquer expressão formal e escrita dos
outros ramos do Direito Posto pelo Estado é apenas um complexo de declarações de poderes humanos,
“poder sobre” e “poder de” sedimentados no meio social, seja ele substancial ou processual, judicial,
administrativo ou legislativo.
Dessa perspectiva afirmamos que o Direito, na sua expressão material como poder, para ser
afirmado é necessário um processo experimental dialético, quer para a capacitação, habilitação ou
legitimação dos sujeitos para a prática de qualquer ato da vida de relação, direta ou indiretamente, ou
para o exercício de qualquer atividade ordinária, econômica ou intelectual.Destarte, formamos a
representação que o Direito como poder é elemento de uma relação jurídica aperfeiçoada, fato cultural e
jurídico que é bombardeado de conceitos, ideias, valores e proposições, que definem entre os sujeitos de
direito os poderes que serão exercidos e os deveres que serão assumidos, e no caso de conflito de
interesses, o poder (direito) que deverá prevalecer. Frise-se que, até os fenômenos percebidos
inicialmente pelo Homem como fenômenos puros da natureza, como o seu nascimento com vida ou a sua
morte, impregnados que são de concepções, tornam-se fatos jurídicos, o que nos faz defender também a
ideia de que o valor não é elemento do Direito, mas sim um pressuposto autônomo que pode influenciar
ou não na exteriorização de vontades, de acordo com as circunstâncias de um determinado evento, que
leva o sujeito de direito agir e conquistar a titularidade de um poder, o Direito no sentido estrito e
técnico que queremos demonstrar. Portanto, o Direito propriamente dito é fenômeno relacional
incontestável, portanto, elemento de relação jurídica, no nosso sentir.
Destarte, o Direito Positivo, em qualquer seguimento da Ciência Jurídica, apenas tipifica e
declara literalmente esse fenômeno social de construção dos poderes que emergem das relações sociais
e, torna-se uma ferramenta do Estado, objetivada pelo processo legislativo, para a ratificação daqueles
quando violados pelos sujeitos da relação.
Quando a sociedade opta pelo Direito consuetudinário, a ratificação dos poderes, portanto, dos
direitos constituídos nas relações jurídicas, constatada qualquer lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio
jurídico de um dos sujeitos, é feita por um provimento judicial (sentença ou acórdão) declarado pelo
Estado jurisdição – Poder Judiciário, sem abdicar da possibilidade de conciliação entre os sujeitos
conflitantes (auto composição).
Salta aos olhos pelo exposto, que é fundamental o processo dialético em todos os seus sentidos,
não só para a constituição do direito como poder jurídico e elemento de uma relação jurídica, mas
também quando se constata a sua violação, pois os sujeitos de direito, o Estado, ou quem faça a sua vez,
irá afirmar qual o Direito poder presente ou qual o que deve prevalecer. Assim, o provimento judicial
final, que resolve o conflito de uma pretensão deduzida em juízo é meramente declaratório do direito
constituído no momento do aperfeiçoamento da relação jurídica. Essa sentença emanada do poder de
império do Estado faz prevalecer o poder legítimo, o Direito que fora produzido de acordo como os
valores sociais no momento da formação da relação jurídica. Significa dizer que o valor que subsiste, no
confronto dialético interno, é que adere ao Direito afirmado na relação jurídica, e que diante de um
conflito é ratificado e afirmado pelo Estado por um provimento judicial (sentença ou acórdão). Fato
jurídico esse que, após o trânsito em jurgado, resolve a lide e dá estabilidade à relação jurídica
contaminada, quer seja ela meramente declaratória, constitutiva, condenatória, mandamental ou executivo
lato senso, ou por um negócio ou ato jurídico aperfeiçoado pelos sujeitos conflitantes. Destarte são os
poderes legítimos e legais que são afirmados na sentença ou acórdão, o Direito no sentido técnico e
estrito.
Finalmente, por ser a dialética necessária para afirmar direitos, interesses e valores, quer nos
estados anímicos dos sujeitos da relação jurídica (dialética anímica), quer na fenomenologia social
(dialética substancial), quer na processual conflituosa ou não (dialética processual), não podemos
caracterizar os valores como elementos do direito afirmado pela sociedade, mas sim um ente que o
precede e o acompanha sem perder a sua autonomia, haja vista, serem objetos de confrontos dialéticos
futuros, marca essencial e indispensável da vida em sociedade.
Noutra perspectiva podemos afirmar que o valor é um pressuposto que se apresenta como
impulso para a formação do motivo, que estimula o sujeito de direito, a agir no sentido de adquirir
poderes e assumir deveres, porquanto é fator que influencia o sujeito a agir para realização dos seus
interesses. Portanto, o valor não faz parte da estrutura do direito ou poder, haja vista, ele aderir, aos
objetos mediatos e imediatos de direito. Os valores são sim elementos de outra dialética que se processa
no interior da mente do sujeito, que denominamos de dialética anímica, que é consumada pela definição
do valor que deve prevalecer. O Direito como “poder de” ou “poder sobre” adquirem o seu próprio
valor social e jurídico quando constituídos numa determinada relação jurídica aperfeiçoada, valor esse
que não se confunde com os valores que consubstanciam as dialéticas anímicas e substanciais que
precedem à sua formação e da relação que o contém.
3.3 CONCLUSÕES
4 ANEXOS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados,
na forma desta Constituição. (Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Capítulo I
Da Organização Político-administrativa
Art. 20. São bens e poderes jurídicos da União: (Proposta de Emenda Constitucional - alteração)
I - ...; II - ...; III - ...;IV -...; V - ...; VI -...; VII -...; VIII -...; IX -...; X -...; XI -....;
§ 3º. É considerada competência material de domínio social ou econômico, qualquer ação, conduta
ou atividade exercida pelos entes da federação, direta ou indiretamente mediante concessão, permissão
ou autorização, com exclusividade ou concorrência entre eles, nos termos desta Constituição. (Proposta
de Emenda Constitucional - inovação)
Art. 20. São bens da União: (Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
Art. 21. À União são atribuídos os seguintes poderes e competências materiais de domínios social e
econômico: (Proposta de Emenda Constitucional - alteração)
Art. 21. Compete à União: (Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
Art. 23. São poderes e competências materiais de domínio social ou econômico comuns da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (Proposta de Emenda Constitucional - alteração)
I – ...; II- ...; III-...; IV-...;
CAPÍTULO III
DOS ESTADOS FEDERADOS
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição. (Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
(Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
Art. 26. Incluem-se entre os bens e poderes dos Estados: (Proposta de Emenda Constitucional -
alteração)
Art. 26. Incluem-se entre os bens e poderes dos Estados: (Redação atual da Constituição da
República Federativa do Brasil).
V – As competências materiais de domínios social e econômico que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição. (Proposta de Emenda Constitucional - alteração)
Art. 30. Aos Municípios são atribuídos os poderes e as seguintes competências legislativas e
materiais de domínio social e econômico. (Proposta de Emenda Constitucional - alteração)
Dispositivo alterado. Art. 30. Compete aos Municípios: (Redação atual da Constituição da
República Federativa do Brasil).
:I - ...; II - ...; III - ...; IV - ...; V - ...;
§1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios. (Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
Título VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
Capítulo I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Seção I
Dos Princípios Gerais
Art. 145....; I - ...; II - ...; III - ....
§ 1.º Os impostos diretos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir eficiência e eficácia
aos seus objetivos identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, as atividades
econômicas exercidas pelo contribuinte, o seu patrimônio e as disponibilidades financeiras e jurídicas
delas oriundas. Os impostos indiretos, cujas prestações pecuniárias estabelecidas nas relações jurídicas
tributárias são pagas pelo contribuinte de fato, constituem Reserva de Domínio Social ou Estatal, e a sua
retenção pelos contribuintes de direito constituirá crime contra a ordem tributária do tipo Apropriação
Indébita, cujo regime de responsabilidade será o estabelecido para a Apropriação Indébita
Previdenciária, definido em lei. (Proposta de Emenda Constitucional - alteração)
§ 1.º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. (Redação atual da Constituição
da República Federativa do Brasil).
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO I
Disposição geral
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a
justiça social. (Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
CAPÍTULO II
Da Seguridade Social
Art. 194 a 204.
CAPÍTULO III
Da Educação, da Cultura e do Desporto
Seção I
Seção II
Seção III
Do Desporto
Art. 217. O Desporto educacional e de rendimento não profissional é direito de todos e dever do
Estado e da família, e serão promovidos e incentivados com a colaboração da sociedade, com o escopo
de potencializar o desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania, sua
qualificação para o trabalho e socialização de suas vocações e aptidões, observados os seguintes
princípios: (Proposta de Emenda Constitucional - alteração)
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de
cada um, observados: (Redação atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
III – Da Diferenciação Substancial, que impõe tratamento diferenciado para o desporto profissional
e o não profissional nos planos social, econômico e jurídico, vedada a transferência de recursos públicos
a qualquer título ou forma contratual da administração pública direta e indireta, inclusive das empresas
públicas e sociedades de economia mista, para as entidades desportivas profissionais. (Proposta de
Emenda Constitucional - inovação)
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional; (Redação atual da
Constituição da República Federativa do Brasil).
IV - Da Proteção e incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. (Proposta de
Emenda Constitucional - inovação)
IV - Da proteção, promoção e incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. (Redação
atual da Constituição da República Federativa do Brasil).
V - Da Diferenciação Biológica e Psicológica do desporto praticado por crianças e adolescentes nas
entidades educacionais de ensino e de prática desportiva profissional ou não profissional, que terá a
natureza de Reserva de Domínio Social ou Estatal, subordinado aos princípios e normas dessa
Constituição aplicáveis à educação. (Proposta de Emenda Constitucional - inovação)
VI – Da Legitimidade dos resultados desportivos, que consiste na garantia de expurgar do ambiente
desportivo qualquer ação, conduta ou atividade, capazes de alterar a função social do Desporto e seus
resultados, independentemente da comprovação de dolo ou culpa dos juízes superintendentes do jogo ou
competição. (Proposta de Emenda Constitucional - inovação)
VII - Da Economicidade Lucrativa do desporto profissional, que subordina a prática de atividades
desportivas e outras a elas conexas, aos princípios e normas prescritos no artigo 170 dessa Constituição,
e às demais normas de Direito privado aplicáveis ao exercício da empresa. (Proposta de Emenda
Constitucional - inovação)
VIII – Da Distribuição Igualitária dos efeitos econômico-financeiros da prática desportiva
profissional, que impõe a distribuição igualitária das rendas geradas pela formação de negócios jurídicos
que envolvam a licença de uso de imagem, cujos objetos são a captação, fixação, emissão, transmissão,
retransmissão ou reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo
profissional de que participem as entidades de prática desportiva profissional e os atletas profissionais,
garantida a participação isonômica percentual nessas rendas geradas pelos últimos na forma da lei
(inciso XXVIII, artigo 5º da Constituição da República). (Proposta de Emenda Constitucional -
inovação)
§ 4º. A União instituirá o Conselho Nacional de Justiça Desportiva, órgão colegiado superior de
jurisdição administrativa específica e imediata, vinculado ao Ministério do Esporte, com competência
para processar e julgar eletronicamente, questões polêmicas de jogos em competições profissionais
nacionais e regionais, cuja solução jurídica dependa apenas de meios, processos e recursos tecnológicos,
que demonstre com plenitude e certeza, erro de julgamento nas decisões dos juízes competentes das
partidas, que confronte com o Princípio da legitimidade dos Resultados desportivos, insculpido no inciso
VI deste artigo. (Proposta de Emenda Constitucional - inovação)
§ 5º. O Conselho Nacional de Justiça Desportiva, titular do poder jurídico de declarar a ineficácia
das decisões contrárias ao princípio do inciso VI do caput desse artigo, será composto de 11 (onze)
conselheiros e seus suplentes, de comprovada reputação ilibada e contribuição histórica para o desporto
profissional do nosso país, representantes de 10 (dez) Estados e o Distrito Federal, desvinculados da
Justiça Desportiva comum, escolhidos pelo Ministro de Estado do Esporte, para um mandato de 2 (dois)
anos, permitida uma recondução. (Proposta de Emenda Constitucional - inovação)
§ 6º. É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir órgãos com conteúdo
e alcance similares ao Conselho Nacional de Justiça Desportiva, para resolver conflitos relativos
às competições administradas por ligas com circunscrição regional e local. (Proposta de
Emenda Constitucional - inovação)
§ 4◦. As pessoas jurídicas de direito privado que desenvolvem atividade desportiva profissional na
forma de associação devem constituir sociedade empresária de fins específicos desportivos, observando
a tipicidade de um dos tipos de Subsidiária Integral Desportiva Limitada (Lei nº 10.406/02, art. 1.052),
Companhia Subsidiária Desportiva Integral (Art. 251-A da Lei nº 6.404/76, ou Sociedade Desportiva de
Economia Mista (Art. 240-A da Lei nº 6.404/76). Os respectivos patrimônios sociais serão formados no
dois primeiros tipos, exclusivamente com a integralização de bens materiais e imateriais vinculados à
atividade profissional da pessoa jurídica primária fundadora, e no segundo, com esses agregados ativos a
outros ativos patrimoniais de outras pessoas naturais, pessoas jurídicas de direito privado ou entes
despersonalizados constituídos conforme as leis brasileiras. (Proposta de alteração do Código Civil
Brasileiro - inovação)
§ 5◦. É obrigatória a constituição e funcionamento dos conselhos de administração e fiscal nas sociedades
desportivas de economia mista. (Proposta de alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
CAPÍTULO II
DAS ASSOCIAÇÕES
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para o exercício de
atividade econômica sem finalidade lucrativa, de cunho social ou altruístico. (Proposta de alteração do
Código Civil Brasileiro - inovação)
Dispositivo alterado. Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos. (Redação atual do Código Civil Brasileiro - inovação)
§ 1◦. Não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos. (Redação atual do Código Civil
Brasileiro - inovação)
Dispositivo alterado numericamente. Parágrafo único. Não há entre os associados direitos e obrigações
recíprocos. (Proposta de alteração numérica do Código Civil Brasileiro – alteração numérica)
§ 2◦. A Associação que exercer atividade desportiva profissional deverá constituir, de acordo com
as normas aplicáveis às sociedades empresárias, um dos tipos societários descritos no § 4◦ do artigo 44.
(Proposta de alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
CAPÍTULO III
DAS FUNDAÇÕES
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento,
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira
de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – ...; II – ...; III – ...; IV – ...; V – ...; VI – ...; VII – ...; VIII – ...; IX – ...; e
LIVRO II
Do Direito de Empresa
TÍTULO I
Do Empresário
CAPÍTULO I
Da Caracterização e da Inscrição
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para
a produção ou a circulação de bens ou de serviços, com finalidade lucrativa, inclusive a do desporto
profissional. (Proposta de alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
Dispositivo alterado. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. (Redação atual do
Código Civil Brasileiro - inovação)
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual de naturezas científica,
literária ou artística, e a desportiva não profissional, com o concurso ou não de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (Proposta de alteração
do Código Civil Brasileiro - inovação)
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa. (Redação atual do Código Civil Brasileiro - inovação)
Da Sociedade Limitada
CAPÍTULO IV
Das Sociedades Limitadas
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas,
mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. (Redação atual do Código
Civil Brasileiro - inovação)
Art. 1.052 – A. A Subsidiária Desportiva Integral Limitada, que terá por objeto social o exercício de
atividade desportiva profissional será constituída por uma única associação ou fundação caracterizada
como entidade de prática desportiva profissional, que será titular da totalidade do capital social.
(Proposta de alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pelo nome, título de estabelecimento ou qualquer signo
identificador do sócio fundador sedimentado no imaginário social, com a inclusão da expressão "SDIL"
no final da firma ou denominação social da Subsidiária Desportiva Integral Limitada. (Proposta de
alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
§ 2º A pessoa jurídica que constituir Subsidiária Desportiva Integral Limitada, somente poderá figurar em
uma única sociedade desse tipo. (Proposta de alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
§ 3º A Subsidiária Desportiva Integral Limitada também poderá resultar da concentração das quotas de
outra modalidade societária, que tenha o seu quadro social reduzido a um único sócio, independentemente
das razões que motivaram tal concentração, desde que sejam observadas as normas aplicáveis ao
instituto da transformação. (Proposta de alteração do Código Civil Brasileiro - inovação)
§ 4º Poderá ser atribuída à Subsidiária Desportiva Integral Limitada constituída por associações e
fundações, a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais decorrentes da exploração da
imagem, nome, título de estabelecimento, marca, e outros direitos da personalidade, titulados por essas
pessoas jurídicas fundadoras. (Proposta de alteração da Código Civil Brasileiro - inovação)
Título II
Da Sociedade Desportiva de Economia Mista
DA CONSTITUIÇÃO
Art. 240-A. As sociedades desportivas de economia mista, entidade estatutária dotada de personalidade
jurídica de direito privado, idealizada para a exploração de atividade desportiva profissional estão
sujeitas a esta lei, e subsidiariamente às normas da Lei nº 10.406/02 - Código Civil Brasileiro, e serão
constituídas após o cumprimento dos seguintes pressupostos e requisitos: (Proposta de alteração da Lei
das Sociedades Anônimas - inovação)
Parágrafo único. Apenas os associados de entidade de prática desportiva subscritora de ações ordinárias,
constituídas na forma jurídica de associação poderão subscrever ações preferenciais com direito de voto.
(Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
Art. 240-B. As sociedades desportivas de economia mista, quando caracterizadas como companhias
abertas, ficarão sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, observadas as
normas especiais limitadoras desse capítulo. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas -
inovação)
Art. 240-C. É vedada à sociedade desportiva de economia mista assumir os estados jurídicos de
sociedade coligada, sociedade controladora ou sociedade controlada, de outra sociedade desportiva.
(Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
Art. 240-D. O controle acionário será definido originariamente na constituição da sociedade, e será
exercido exclusivamente pelas pessoas jurídicas de direito privado descrita no inciso I do artigo 240-A,
que subscreverão e integralizarão a maioria das ações com direito de voto, situação jurídica que a
subordina às normas relativas aos deveres jurídicos e responsabilidades do acionista controlador (arts.
116 e 117). (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
DO OBJETO
Art. 240-E. As sociedades desportivas de economia mista terão como atividade econômica principal
formadora do objeto social, a prática do desporto de rendimento, organizado e praticado de modo
profissional, conforme as normas prescritas no inciso III do artigo 3º da Lei nº 9.615/98, na forma do
inciso I do parágrafo único do mesmo dispositivo legal. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades
Anônimas - inovação)
Parágrafo único. São consideradas atividades econômicas subsidiárias do objeto social das sociedades
desportivas de economia mista: a administração e investimentos em estádios, ginásios e praças
desportivas, de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade e de
propaganda; desenvolver: a Educação Física entre os seus sócios, direta ou indiretamente, mediante
contrato aperfeiçoado por associações instituídas por esses, e a comunidade; todos os tipos de esporte
amador e olímpico, diretamente ou em parceria com qualquer sujeito de direito; promover atividades de
caráter artístico, cultural, social e cívico; desenvolver atividades econômicas típicas de empresário em
suas instalações ou virtualmente, desde que ligadas à atividade principal; desenvolver a exploração
econômica de suas instalações, quer por autogestão, ou de forma terceirizada, sob sua supervisão;
explorar economicamente o seu nome, seu título de estabelecimento, e sua marca; planejar e ministrar
cursos de formação intelectual técnica e científica nas áreas, do desporto, da educação e de todas as
culturas humanas, entre outras afins à atividade principal. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades
Anônimas - inovação)
Parágrafo único. Os poderes, deveres e responsabilidades dos conselheiros são os mesmos dos
administradores das companhias abertas. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas -
inovação)
Art. 240-G. Será obrigatória a constituição de Conselho Fiscal com funcionamento permanente, nas
sociedades desportivas de economia mista. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas -
inovação)
Parágrafo único. O Conselho Fiscal será composto por três conselheiros e três suplentes, que
ostentem a situação jurídica de sócios preferencialistas, que serão eleitos em assembleia geral por voto
aberto dos mesmos. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
Art. 240-H. É vedado às sociedades desportivas de economia mista emitir Partes Beneficiárias,
Bônus de subscrição, Opção de Compra de Ações, bem como se valer da técnica de autorização para
aumento de capital, independentemente de reforma estatutária, disciplinada no art. 168 desta Lei. (LSA,
ARTS. 46/51; 75/79; 168). (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
Art. 240-i. É vedado às sociedades desportivas de economia mista se valer da técnica de amortização
para emitir ações de fruição (§ 5◦, do art. 44). (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas
- inovação)
Art. 240-J. A sociedade desportiva de economia mista que tiver menos de 20 (vinte) acionistas, e que
apresente patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá fazer incidir as
normas contidas no artigo 294 desta lei, exceto a contida no seu parágrafo terceiro. (Proposta de
alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
Art. 240-k. As sociedades desportivas de economia mista, desde que observados os pressupostos
e requisitos prescritos na Lei Complementar 123/06, em especial as declaradas no inciso X, do § 4º, do
artigo 3º, poderão ser caracterizadas como microempresário ou empresário de pequeno porte. (Proposta
de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
Art. 240 L. A denominação da sociedade desportiva de economia mista deverá ser composta
pelo título de estabelecimento ou qualquer signo identificador do sócio fundador sedimentado no
imaginário social, com a inclusão da expressão "SDEM" no final. (Proposta de alteração da Lei das
Sociedades Anônimas - inovação)
SEÇÃO V
Subsidiária Integral
Das subsidiárias Integrais
Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo como único acionista,
sociedade brasileira. (Redação atual da Lei das Sociedades Anônimas)
§ 2º A companhia pode ser convertida em subsidiária integral mediante aquisição, por sociedade
brasileira, de todas as suas ações, ou nos termos do artigo 252. (Redação atual da Lei das Sociedades
Anônimas)
Art. 251- A. A Companhia Subsidiária Desportiva Integral, que terá por objeto social o exercício de
atividade desportiva profissional, será constituída mediante escritura pública, por uma única associação
ou fundação, qualificada como entidade de prática desportiva profissional, que será titular da totalidade
do seu capital social. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pelo título de estabelecimento ou qualquer signo
identificador do sócio fundador sedimentado no imaginário social, com a inclusão da expressão
sigla "CSDI" ou por extenso no final da denominação social da Companhia Subsidiária Desportiva
Integral. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
§ 2º A pessoa jurídica que constituir Companhia Subsidiária Desportiva Integral, somente poderá
figurar em uma única sociedade desse tipo. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas -
inovação)
§ 4º Poderá ser atribuída à Companhia Subsidiária Desportiva Integral constituída por associações e
fundações, a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais decorrentes da exploração da
imagem, nome, título de estabelecimento, marca, e outros direitos da personalidade, titulados por essas
pessoas jurídicas fundadoras. (Proposta de alteração da Lei das Sociedades Anônimas - inovação)
ESTATUTO DA MICROEMPRESA
Lei Complementar n◦ 123/06
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e
favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: (Redação
atual do Estatuto da Microempresa)
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e
o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que: (Redação atual do Estatuto da Microempresa)
I - ... ; II - ...; III -...; IV - ...; V - ...; VI - ...; VII - ... ; VIII - ...; IX - ...
Art. 18 – A...
§ 1º. Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se MEI o empresário individual a que se
refere o artigo 966 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil Brasileiro) e o atleta profissional autônomo
declarado nos termos do seu parágrafo único, que tenham auferido receita bruta no ano-calendário
anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional, e que não esteja
impedido de optar pela sistemática prevista nesse artigo. (Proposta de alteração do Estatuto da
Microempresa - inovação)
Art. 2◦. O desporto educacional e de rendimento não profissional é direito de todos e dever do
Estado e da Família, e terão como base os seguintes princípios: (Proposta de alteração da Lei Pelé -
inovação)
Art. 2o O desporto, como direito individual, tem como base os princípios: (Redação atual da Lei
n. 9.615/98)
§ 1◦. O dever do Estado com o desporto não profissional será transversal a todas as suas ações,
condutas e atividades garantidoras declaradas no artigo 208 desta Constituição, relativas à educação.
(Proposta de alteração da Lei Pelé - inovação)
CAPÍTULO III
DA NATUREZA E DAS FINALIDADES DO DESPORTO
Art. 3o O desporto pode ser reconhecido em qualquer das seguintes manifestações:
I – desporto educacional, praticado obrigatoriamente nos sistemas de ensino formal, e em formas
assistemáticas de educação, com os fins primordiais de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo
com base na seletividade meritória, sua formação para o exercício da cidadania, e a prática do lazer,
todos sem o estímulo do alto rendimento, que se apresentado como vocação e aptidão do desportista, será
sempre realizado mediante o planejamento, gerenciamento e execução de equipe multiprofissional
experiente e de capacidade científico-profissional comprovada no meio acadêmico e científico, da
Biomecânica, Educação Física, Fisiologia, Medicina, Nutrição e Psicologia do Esporte. (Proposta de
alteração da Lei Pelé - inovação)
I - desporto educacional, praticado nos sistemas de ensino e em formas assistemáticas de
educação, evitando-se a seletividade, a hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de
alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação para o exercício da cidadania e a
prática do lazer; (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
II - ...;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA BRASILEIRO DO DESPORTO
Seção I
Da composição e dos objetivos
§ 1 ◦....
§ 3 ◦ Quando o desporto for organizado e praticado de modo profissional obedecerá aos Princípios
Gerais da Atividade Econômica declarados no artigo 170 da Constituição da República e ao Direito da
Empresa. (Proposta de alteração da Lei Pelé - inovação)
Seção II
§ 1o ....
§ 2o. Do valor total do adicional de 4,5 % (quatro e meio por cento) de que trata o inciso II deste
artigo, e do valor total dos prêmios de concursos de prognósticos não reclamados do inciso IV, 1/3 será
repassado aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao montante das apostas efetuadas em
cada unidade da Federação, para a aplicação prioritária no desporto educacional olímpico e
paraolímpico, admitida sua aplicação nas destinações previstas nos incisos I, VI e VIII do artigo 7o desta
Lei. (Proposta de alteração da Lei Pelé - inovação)
§ 2o Do adicional de 4,5% (quatro e meio por cento) de que trata o inciso II deste artigo, 1/3 (um
terço) será repassado às Secretarias de Esporte dos Estados e do Distrito Federal ou, na inexistência
destas, a órgãos que tenham atribuições semelhantes na área do esporte, proporcionalmente ao montante
das apostas efetuadas em cada unidade da Federação, para aplicação prioritária em jogos escolares de
esportes olímpicos e paraolímpicos, admitida também sua aplicação nas destinações previstas nos
incisos I, VI e VIII do art. 7o desta Lei. (Redação atual da Lei Pelé)
§ 3o. Do valor total repassado aos Estados e ao Distrito Federal na forma do § 2o, 50% (cinquenta
por cento) pertence aos municípios, cujos valores serão repassados imediatamente pelos primeiros aos
seus respectivos municípios, observada a proporção do montante das apostas realizadas em seus
territórios. Todos os recursos financeiros transferidos serão aplicados integralmente e prioritariamente
em atividades finalísticas do desporto educacional olímpico e paraolímpico, e de rendimento não
profissional, este, observados os pressupostos e requisitos da parte final do inciso I do artigo 3 ◦ desta
Lei. (Proposta de alteração da Lei Pelé - inovação)
§ 3o. A parcela repassada aos Estados e ao Distrito Federal na forma do § 2o será aplicada
integralmente em atividades finalísticas do esporte, sendo pelo menos 50% (cinquenta por cento)
investidos em projetos apresentados pelos Municípios ou, na falta de projetos, em ações governamentais
em benefício dos Municípios. (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
§ 4o. ....
Art. 7o. ...
Art. 8o. A arrecadação total obtida nos testes da Loteria Esportiva e em todos os jogos de concurso
de prognósticos autorizados pelo governo federal terá a seguinte destinação: (Proposta de alteração da
Lei Pelé – inovação)
I – 40 % (quarenta por cento) para pagamento dos prêmios, incluindo o valor correspondente ao
imposto de renda; (Proposta de alteração da Lei Pelé - inovação)
I - quarenta e cinco por cento para pagamento dos prêmios, incluindo o valor correspondente ao
imposto sobre a renda; (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
II – 5 % (três por cento) para a Caixa Econômica Federal – CEF, destinados ao custeio total da
administração dos recursos e prognósticos desportivos; (Proposta de alteração da Lei Pelé - inovação)
II - vinte por cento para a Caixa Econômica Federal - CEF, destinados ao custeio total da
administração dos recursos e prognósticos desportivos; (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
III - ...; IV - ....;
V – 15 % (quinze por cento) para a Seguridade Social. (Proposta de alteração da Lei Pelé -
inovação)
V - 10% (dez por cento) para a Seguridade Social. (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
VI – 5 % (cinco por cento) para os Estados, cujas rendas serão distribuídas proporcionalmente ao
montante das apostas efetuadas em cada unidade da Federação, para a aplicação prioritária no desporto
educacional, olímpico e paraolímpico, admitida sua aplicação nas destinações previstas nos incisos I, VI
e VIII do artigo 7o desta Lei. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação. Agregado esse inciso)
VII - 10 % (dez por cento) para o Distrito Federal e os municípios, que serão distribuídos
proporcionalmente ao montante das apostas efetuadas em cada unidade da Federação, para a aplicação
prioritária no desporto educacional, olímpico e paraolímpico, admitida sua aplicação nas destinações
previstas nos incisos I, VI e VIII do artigo 7o desta Lei. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação.
Agregado esse inciso)
Parágrafo Único. Os Estados, O Distrito Federal e os Municípios poderão delegar a execução dos
programas de trabalho desportivos, definidos na Lei Orçamentária Anual, na Lei de Diretrizes
Orçamentárias e no Plano Plurianual de Investimento às fundações públicas por eles instituídas, desde
que observados os pressupostos e requisitos do inciso XIX do artigo 37 da Constituição da República, e
as prescrições legais pertinentes às suas constituições. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação.
Agregado esse parágrafo único)
OBSERVAÇÕES
As alterações propostas nos incisos I, II, V do artigo 8o da Lei Pelé, bem como a criação dos
incisos VI e VII proporcionarão aos estados e municípios uma receita de aproximadamente 1,5 bilhões de
reais ao ano para investirem no desporto educacional, olímpico e paraolímpico, quer em recursos
humanos, quer em infraestrutura, tendo em vista que a arrecadação dos jogos de prognósticos autorizados
pelo poder público, e administrados pela Caixa Econômica Federal em 2014 somaram aproximadamente
R$ 13,5 bilhões de reais, que corrigidos pela inflação chega a 15 bilhões de reais. Portanto, 750 milhões
de reais serão destinados para a Caixa Econômica Federal, 2,250 bilhões para a seguridade social, 750
milhões para os Estados, e 1,5 bilhões para o Distrito Federal e Municípios. Frise-se que o percentual de
20 % destinado a um Banco Comercial, para promover sorteios e distribuir os recursos fere o Princípio
da Moralidade prescrito no caput do artigo 37 da Constituição da República.
Seção IV
DO SISTEMA NACIONAL DO DESPORTO
Art. 13. O Sistema Nacional do Desporto tem por finalidade promover e aprimorar as práticas
desportivas de rendimento.
Parágrafo único. O Sistema Nacional do Desporto congrega as pessoas físicas e jurídicas de direito
privado, com ou sem fins lucrativos, encarregadas da coordenação, administração, normatização, apoio e
prática do desporto, bem como as incumbidas da Justiça Desportiva e, especialmente: (Redação atual da
Lei n. 9.615/98 - alterada)
§ 2o. As entidades desportivas do inciso III, IV, V e VI constituídas sob a forma de associação,
que tem por objeto a administração, coordenação e normatização técnica de desporto profissional
deverão adotar uma das formas de sociedade empresária de propósito específico, com a aplicação ou
não das técnicas de reorganização societária, de acordo com as tipicidades elencadas na Lei n. 10.406/02
- Código Civil Brasileiro, e na Lei n. 6.404/76 – Lei das Sociedades Anônimas. Aplicam-se a essas
sociedades constituídas ou transformadas as normas de responsabilização do tipo societário constituído,
e subsidiariamente, e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples (Código Civil,
artigos 1010 a 1021). (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação. Agregado esse parágrafo)
Art. 14. O Comitê Olímpico Brasileiro - COB, o Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB e as
entidades nacionais de administração do desporto, que lhes são filiadas ou vinculadas, constituem
subsistema específico do Sistema Nacional do Desporto. (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
§ 1 ◦ Aplica-se aos comitês e às entidades referidas no parágrafo primeiro o disposto no inciso III
do art. 217 da Constituição da República, desde que seus estatutos ou contratos sociais estejam
plenamente de acordo com as disposições constitucionais e legais aplicáveis, e que os recursos públicos
não tenham destinação para o desporto profissional. O desvio dos recursos para outras atividades ou
objetos imediatos constituirá crime contra a ordem desportiva, e obrigará os administradores e terceiros
que concorreram para o ato ilícito o ressarcimento das quantias desviadas, com correção monetária,
juros e o pagamento de multa proporcional de 100 % sobre o valor corrigido. (Proposta de alteração da
Lei Pelé – inovação e alteração)
§ 1o. Aplica-se aos comitês e às entidades referidas no caput o disposto no inciso II do art. 217 da
Constituição Federal, desde que seus estatutos ou contratos sociais estejam plenamente de acordo com
as disposições constitucionais e legais aplicáveis. (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
§ 2o....
Art. 16. As entidades de prática desportiva e as entidades de administração do desporto não
profissional, bem como as ligas de que trata o art. 20, são pessoas jurídicas de direito público ou
privado, com organização e funcionamento autônomos, e terão as competências definidas em seus
estatutos ou contratos sociais. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação e alteração)
Art. 16. As entidades de prática desportiva e as entidades de administração do desporto, bem como
as ligas de que trata o art. 20, são pessoas jurídicas de direito privado, com organização e funcionamento
autônomo, e terão as competências definidas em seus estatutos ou contratos sociais. (Redação da Lei n.
9.615/98)
§ 1o. As entidades nacionais de administração do desporto poderão filiar, nos termos de
seus estatutos ou contratos sociais, entidades regionais de administração e entidades de prática
desportiva, desde que tenha pertinência quanto ao objeto imediato exercido. (Proposta de alteração da
Lei Pelé – inovação)
§ 1o. As entidades nacionais de administração do desporto poderão filiar, nos termos de seus
estatutos ou contratos sociais, entidades regionais de administração e entidades de prática
desportiva. (Redação da Lei n. 9.615/98)
§ 2o....
§ 3o. É facultada a filiação direta de atletas profissionais ou não profissionais, nos termos previstos
nos estatutos ou contratos sociais das respectivas entidades de administração do desporto. (Proposta de
alteração da Lei Pelé – inovação e alteração)
§ 3o. É facultada a filiação direta de atletas nos termos previstos nos estatutos ou contratos sociais
das respectivas entidades de administração do desporto. (Redação da Lei n. 9.615/98 - alterada)
Art. 18. Somente serão beneficiadas com isenções fiscais e repasses de recursos públicos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e Municípios, da administração direta e indireta, nos termos do inciso
III do art. 217 da Constituição da República, as entidades do Sistema Nacional do Desporto que tenha
por objeto imediato exclusivo o desporto não profissional que: (Proposta de alteração da Lei Pelé –
inovação e alteração)
Art. 18. Somente serão beneficiadas com isenções fiscais e repasses de recursos públicos federais
da administração direta e indireta, nos termos do inciso II do art. 217 da Constituição Federal, as
entidades do Sistema Nacional do Desporto que: (Redação da Lei n. 9.615/98 - alterada)
CAPÍTULO V
Art. 26. Atletas e entidades de prática desportiva são livres para organizar a atividade profissional,
qualquer que seja sua modalidade, respeitados os termos desta Lei. (Redação da Lei n. 9.615/98 -
alterada)
§ 1o. Considera-se competição profissional para os efeitos desta Lei aquela promovida para obter
disponibilidade financeira ou jurídica, e disputada por atletas profissionais cuja remuneração decorra de
contrato de trabalho desportivo. (Proposta de alteração numérica da Lei Pelé – inovação)
O artigo 26 da lei Pelé passa a ter mais dois parágrafos, segundo e terceiro com as seguintes
prescrições normativa.
§ 2o. É vedada a participação das entidades de administração desportiva nas receitas e rendas dos
espetáculos desportivos, em percentual acima de 5 % (cinco por cento). Constitui crime contra a ordem
desportiva a cobrança, por qualquer sujeito de direito, de participação percentual na remuneração paga, a
qualquer título, ao atleta profissional ou amador. (Proposta de alteração da Lei Pelé – agregado esse
parágrafo)
§ 2o. As entidades a que se refere este artigo não poderão participar do capital social de outra
entidade de prática desportiva profissional, nem utilizar seus bens patrimoniais, desportivos ou sociais
para oferecê-los como garantia, salvo neste último caso, com a concordância da maioria absoluta dos
sócios apurada em assembleia geral, em conformidade com o estatuto ou contrato social. (Proposta de
alteração da Lei Pelé – inovação e alteração)
§ 2o. A entidade a que se refere este artigo não poderá utilizar seus bens patrimoniais, desportivos
ou sociais para integralizar sua parcela de capital ou oferecê-los como garantia, salvo com a
concordância da maioria absoluta da assembleia geral dos associados ou sócios e na conformidade do
respectivo estatuto ou contrato social. (Redação atual da Lei n. 9.615/98 - alterada)
§ 6º Sem prejuízo de outros requisitos previstos em lei, as entidades de que trata o caput deste
artigo somente poderão obter financiamento de instituições financeiras públicas ou fazer jus a programas
de recuperação econômico-financeiros, inclusive as disciplinadas na Lei nº 11.101/05 se,
cumulativamente, atenderem às seguintes condições: (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação e
alteração)
Dispositivo alterado. § 6º Sem prejuízo de outros requisitos previstos em lei, as entidades de que trata o
caput deste artigo somente poderão obter financiamento com recursos públicos ou fazer jus a programas
de recuperação econômico-financeiros se, cumulativamente, atenderem às seguintes condições: (Redação
atual da Lei n. 9.615/98 - alterada)
§ 8o ....
§ 11. É vedada a participação percentual de qualquer sujeito de direito (pessoas naturais, pessoas
jurídicas ou entes despersonalizados) na remuneração pactuada entre o atleta profissional e entidade de
prática desportiva contratante, em contrato especial de trabalho desportivo, na participação percentual do
atleta prescrita no § 1º do artigo 42 desta lei, bem como em qualquer outra remuneração paga ao atleta,
constituindo-se crime contra a ordem desportiva qualquer conduta atentatória a essa norma. (Proposta de
alteração da Lei Pelé - agrega o parágrafo onze)
Art. 29. A entidade de prática desportiva formadora do atleta terá o direito de assinar com ele, a
partir de 16 (dezesseis) anos de idade, o primeiro contrato especial de trabalho desportivo, cujo prazo
não poderá ser superior a 5 (cinco) anos.
§ 12. A contratação do atleta em formação será feita diretamente pela entidade de prática desportiva
formadora e os representantes legais do atleta, quando esse for incapaz, sendo obrigatório em qualquer
caso, a subscrição do mesmo por bacharel em Direito devidamente habilitado pela Ordem dos
Advogados do Brasil. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
§ 12. A contratação do atleta em formação será feita diretamente pela entidade de prática
desportiva formadora, sendo vedada a sua realização por meio de terceiros. (Redação atual da Lei n.
9.615/98 - alterada)
§ 13. A forma e o registro dos contratos do caput do artigo 29 e do seu § 12 são elementos
essenciais desses negócios jurídicos, e as entidades de prática desportiva contratantes deverão registrá-
los na entidade de administração da respectiva modalidade desportiva, sob pena de nulidade absoluta.
(Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
Dispositivo alterado. § 13. A entidade de prática desportiva formadora deverá registrar o contrato de
formação desportiva do atleta em formação na entidade de administração da respectiva modalidade
desportiva. (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
Art. 29-A. Sempre que ocorrer transferência nacional ou internacional, definitiva ou temporária de
atleta profissional, 5% (cinco por cento) dos valores pagos pela nova entidade de prática desportiva
contratante à entidade de prática desportiva cedente, inclusive os valores pagos pela remuneração de
atletas cedidos por contrato de empréstimo, serão obrigatoriamente pagos às entidades de práticas
desportivas que contribuíram para a formação do atleta, na proporção de: (Proposta de alteração da Lei
Pelé – inovação)
Art. 29-A. Sempre que ocorrer transferência nacional, definitiva ou temporária, de atleta profissional,
até 5% (cinco por cento) do valor pago pela nova entidade de prática desportiva serão obrigatoriamente
distribuídos entre as entidades de práticas desportivas que contribuíram para a formação do atleta, na
proporção de: (Redação atual da Lei n. 9.615/98)
I - 1% (um por cento) para cada ano de formação do atleta, dos 14 (quatorze) aos 17 (dezessete)
anos de idade, inclusive; e
II - 0,5% (meio por cento) para cada ano de formação, dos 18 (dezoito) aos 19 (dezenove) anos de
idade, inclusive.
§ 1º Caberá à entidade de prática desportiva cessionária do atleta reter do valor a ser pago à entidade de
prática desportiva cedente 5% (cinco por cento) do valor acordado para a transferência, distribuindo-os
às entidades de prática desportiva que contribuíram para a formação do atleta. (Redação atual da Lei n.
9.615/98 – alterada)
§ 4º. Do total dos valores pagos descritos no caput do artigo 29 – A, relativos aos contratos de
transferência de atleta profissional, formados entre entidades de prática desportiva cedente e cessionária,
1 % (um por cento) será distribuído entre os representantes legais dos atletas, titulares do poder familiar,
a título de indenização pelos investimentos, trabalho, apoio material e espiritual, realizados durante a sua
formação atlética, observadas as normas procedimentais dos parágrafos anteriores. (Proposta de
alteração da Lei Pelé – inovação - agregada esse parágrafo)
§ 5º. O total dos valores pagos pela nova entidade de prática desportiva contratante à
entidade de prática desportiva cedente, pela negociação de transferência dos direitos econômicos de
atleta profissional será composto de todas as quantias pagas pelo aperfeiçoamento desse negócio
jurídico, vedada a formação de qualquer outra convenção particular ou negócios jurídicos com outros
sujeitos de direito para fragmentar o valor total da negociação. Essa conduta, além de caracterizar abuso
de direito, que não poderá ser oposta a qualquer sujeito de direito titular de direitos oriundos da
negociação, inclusive a Fazenda Pública, constituirá crime contra a ordem desportiva. (Proposta de
alteração da Lei Pelé – inovação - agregada esse parágrafo)
III – Cláusula que declare o prazo de vigência do contrato de trabalho, que não poderá ser inferior a
3 (três) meses. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
§ 2º. Para o exercício da profissão de Treinador Profissional de Futebol são exigidos os seguintes
pressupostos e requisitos: (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
§ 3º. São direitos do Treinador Profissional de Futebol: (Proposta de alteração da Lei Pelé –
inovação)
I – Ampla e total autonomia para planejar e promover a orientação técnica e tática da equipe;
II – Apoio logístico material e moral do empregador para exercício de suas funções;
III – Ter as informações estatísticas e técnico-científicas necessárias de outros órgãos da entidade
de prática ou administração desportiva, vinculados à pratica do futebol, para o desenvolvimento seguro e
democrático dos programas de trabalho definidos em seu planejamento;
IV – Ter o laudo formal do controle bioquímicos dos atletas emitido pelo departamento médico ou
de Fisiologia da entidade de prática desportiva contratante, para poder zelar, com o departamento de
Preparação Física, pela integridade física dos atletas.
V – Ter as informações sobre o cumprimento das normas técnicas do jogo relativas aos atletas,
quanto à sua condição administrativa para participar das competições e jogos.
§ 4º. São deveres do Treinador Profissional de Futebol: (Proposta de alteração da Lei Pelé –
inovação)
I – Manter sigilo profissional;
II – Zelar pela disciplina dos atletas e orientá-los sobre as normas das competições, jogos e de suas
regras, bem como sobre as determinações institucionais definidas no estatuto ou contrato social das
instituições de prática desportiva.
§ 5º. Para o exercício da profissão de Treinador de Futebol Profissional, por ex atletas profissionais do futebol nas categorias de base
das entidades de prática desportiva, é obrigatório a certificação de sua habilitação por entidade de administração desportiva nacional (CBF),
após conclusão de curso especializado planejado e estruturado para entender psicológica e fisiologicamente os estágios de formação das
crianças e adolescentes. A não observância dessa norma constitui contravenção penal de exercício ilegal de profissão, sem prejuízo de outras
tipificações penais, como maus tratos contra a criança ou adolescente. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
§ 6º. Aos contratos dos auxiliares técnicos e profissionais bacharéis em Educação Física, que
comporão a equipe técnica profissional de futebol, são aplicáveis as normas relativas ao Técnico de
Futebol Profissional, quando compatíveis ao exercício de suas funções, principalmente as descritas no
parágrafo anterior. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
§ 8º. O Técnico de Futebol Profissional que tiver seu contrato de trabalho desportivo rescindido,
observado o termo mínimo declarado no inciso III, do § 1º, desse artigo, fica impedido de contratar com
outra entidade de prática desportiva na mesma competição, e se acumular duas rescisões num único ano
civil ficará impedido de atuar na mesma série na mesma temporada. (Proposta de alteração da Lei Pelé
– inovação)
Art. 42. Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, fundado no Princípio da
Igualdade prescrito no caput do artigo 5º e inciso VIII do artigo 217 da Constituição da República,
consistente na prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar ou proibir, individual ou coletivamente, a
captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer
meio ou processo, de espetáculo desportivo de que participem. (Proposta de alteração da Lei Pelé –
alteração)
Art. 42. Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa
exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a
retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo de
que participem. (Redação da Lei n. 9.615/98 - alterada)
CAPÍTULO VI
DA ORDEM DESPORTIVA
Seção I
Normas Gerais
Art.47. A ordem desportiva tem por fundamento os princípios prescritos no artigo 217 da
Constituição da República, e tem como objetivo, a realização do bem-estar social, mediante o
planejamento e execução de políticas públicas direcionadas para a consolidação do desporto como meio
de formação e desenvolvimento integral do indivíduo, nos aspectos físico e espiritual. (Proposta de
alteração da Lei Pelé – inovação – altera o caput do art. 47 – a redação anterior do caput passa a ser
parágrafo segundo com alteração)
§ 1º. A exploração do desporto profissional observará os princípios declarados no artigo 170 da
Constituição da República, e as normas aplicáveis ao Direito da Empresa. (Proposta de alteração da
Lei Pelé – inovação)
§ 3º. Com o objetivo de manter a ordem desportiva, o respeito aos atos emanados de seus poderes
internos, poderão ser aplicadas, pelas entidades de administração do desporto e de prática desportiva, as
seguintes sanções: (Proposta de alteração da Lei Pelé – O artigo 48 passa a ser o parágrafo terceiro
do artigo 47)
I - advertência;
II - censura escrita;
III - multa;
IV - suspensão;
V - desfiliação ou desvinculação.
Dispositivo renumerado. Art. 48. Com o objetivo de manter a ordem desportiva, o respeito aos atos
emanados de seus poderes internos, poderão ser aplicadas, pelas entidades de administração do desporto
e de prática desportiva, as seguintes sanções: (O artigo 48 passa a ser o parágrafo terceiro do artigo
47)
I - advertência;
II - censura escrita;
III - multa;
IV - suspensão;
V - desfiliação ou desvinculação.
§ 4o A aplicação das sanções previstas neste artigo não prescinde do processo administrativo no
qual sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. (O parágrafo primeiro do artigo 48 passa a
ser o parágrafo quarto do artigo 47)
§ 1o A aplicação das sanções previstas neste artigo não prescinde do processo administrativo no
qual sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. (Redação atual da Lei n. 9.615/98 - alterada)
§ 5o. As penalidades de que tratam os incisos IV e V deste artigo somente poderão ser aplicadas
após decisão definitiva da Justiça Desportiva. (O parágrafo segundo do artigo 48 passa a ser o
parágrafo quinto do artigo 47)
§ 2o As penalidades de que tratam os incisos IV e V deste artigo somente poderão ser aplicadas
após decisão definitiva da Justiça Desportiva. (Redação da Lei n. 9.615/98 - alterada)
Seção II
DOS CRIMES CONTRA A ORDEM DESPORTIVA
Art. 48. Expor a perigo a vida ou a saúde de crianças ou adolescente atletas sob sua autoridade,
guarda ou vigilância, para fins de treinamento físico ou técnico desportivos, sem os cuidados
indispensáveis, sujeitando-os a treinamento excessivo ou inadequado para a sua idade, ou abusando de
meios de correção ou disciplina. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
Pena: detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano ou suspensão da habilitação profissional pelo prazo
da pena aplicada.
§ 1o. Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e suspensão da habilitação profissional pelo
prazo da pena aplicada.
§ 2o. Se resulta na morte da criança ou adolescente:
Pena: detenção de 6 (seis) a 15 (quinze) anos, multa e suspensão da habilitação pelo prazo da pena
aplicada.
Pena: Reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa de valor equivalente às vantagens percebidas.
Parágrafo Único. Se a exigência alcança a remuneração de atleta menor:
Pena: Reclusão de 3 (três) a 10 (dez) anos e multa de valor equivalente.
Art. 48 – F. Solicitar, exigir ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem
econômica ou financeira, para contratar, convocar ou escalar atleta profissional ou amador para
participar de espetáculos ou competições desportivas. (Proposta de alteração da Lei Pelé – inovação)
Pena: Reclusão de 2 (dois) a 12 (doze) anos e multa.
Parágrafo Único. Incorre na pena, aumentada de um terço, se o ato de convocação ou escalação diz
respeito à participação do atleta na Seleção Brasileira, nas suas várias categorias, ou se os atos
supracitados alcançam espetáculos e competições disputadas por crianças e adolescentes atletas.
Art. 49. Simular negociação de direitos econômicos de atleta profissional para se eximir de
obrigações tributárias, ou descumprir outras obrigações pecuniárias formadas em virtude do negócio
jurídico a ela relativos, tituladas por terceiros por imposição de lei.
Penas: Reclusão de 2 (dois) 12 (doze) anos e multa de 100 % (cem por cento) do valor fraudado.
4.2 ANEXOS II
Altera dispositivos da Constituição da República Federativa do Brasil para a positivação de uma nova
ordem jurídica para a Administração Pública brasileira, fundada no Princípio da Moralidade Ética, que
norteie de forma legal e legítima as estratégias de publicidade dos entes da federação brasileira, e dá
outras providências.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º, do art. 60, da Constituição
Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1º. O caput do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, e seu parágrafo
primeiro passam a vigorar com as seguintes redações:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade
ética, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Proposta de alteração da Constituição –
inovação normativa)
I - ......; II - ......; ...... ; XXII - ................
§ 1º. A publicidade dos atos, programas de trabalho, obras, serviços e campanhas de todos os órgãos da
administração pública direta e indireta, inclusive as sociedades de economia mista e empresas públicas,
deverá ser sempre gratuita e veiculada por órgãos especializados dos entes da federação, ou por pessoas
naturais ou jurídicas de direito privado, que explorem regularmente serviços de imprensa escrita ou
virtual, de telecomunicações, radiodifusão sonora, e de sons e imagens, mediante autorização, concessão
ou permissão do poder público, todas subordinadas ao instituto de Reserva de Domínio Social ou Estatal
definido no parágrafo primeiro do artigo 175 dessa Constituição. (Proposta de alteração da
Constituição – inovação normativa)
§1◦- B. A União organizará, com base nos alcances local, regional e nacional da publicidade estatal
veiculada, o Sistema Federal de Publicidade, e exercerá função distributiva das tecnologias e estratégias,
de informação, publicidade e marketing, mediante a prestação de assistência técnica aos Estados, Distrito
Federal, municípios, e suas respectivas empresas públicas e sociedades de economia mista, de forma a
garantir, além da transparência, eficiência e eficácia dos programas de trabalho dessas entidades, o
acesso às informações a toda a sociedade brasileira. (Proposta de alteração da Constituição –
inovação normativa)
Art. 2◦. O artigo 175 da Constituição passa a vigorar com a seguinte redação e estrutura: (Proposta de
alteração da Constituição – inovação normativa)
Art. 175. Incumbe ao Poder Público na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão, permissão
ou autorização, respeitadas as Reservas de Domínio Social ou Estatal estabelecidas, e sempre através de
licitação, a prestação de serviços públicos. (Proposta de alteração da Constituição – inovação
normativa)
§ 1º. São poderes jurídicos inalienáveis as competências materiais da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios declaradas nesta Constituição, que se exercidas sob os regimes de concessão,
permissão ou autorização ficarão subordinadas ao instituto Reserva de Domínio Social ou Estatal, que
atribui aos entes da federação o poder de reservar lacunas de tempo ou momentos, nas programações de
trabalho ou publicidade dos concessionários, permissionários ou autorizados, para a veiculação de
publicidade estatal pertinente aos serviços prestados. (Proposta de alteração da Constituição –
inovação normativa)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação atual da Constituição da
República Federativa do Brasil).
I -...; II - ...; .........XXII - ....
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. (Redação atual da
Constituição da República Federativa do Brasil).
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. (Redação atual da
Constituição da República Federativa do Brasil).
4.2.3 Justificativa
1. A administração da presidenta Dilma Rousseff destinou nos primeiros 4 (quatro) anos de seu
governo vestibular, R$ 9.000.000.000,00 (nove bilhões de reais) para publicidade, em
emissoras rádio, televisão, jornais, revistas, sites de internet, outdoors, cinemas, e em outros
tipos de mídia.
2. No seu primeiro mandato a presidenta gastou 23% (vinte e três por centos) a mais com
propaganda do que o seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gastou R$
7.300.000.000,00 (sete bilhões e trezentos milhões de reais) no seu segundo mandato (2007-
2010) com publicidade estatal.
3. Nos seus primeiros 4 (quatro) anos no Palácio do Planalto (2003-2006), Lula gastou R$
5.900.000.000,00 (cinco bilhões e novecentos milhões de reais) com esse tipo de programa
de trabalho. Essas cifras são todas atualizadas monetariamente pelo IGP-M, que é o índice
usado no mercado publicitário e pelo governo para atualizar informações dessa área de
atuação do Estado.
4. Já a administração do antecessor de Lula, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gastou
R$ 4.100.000,000,00 (quatro bilhões e cem milhões de reais) com publicidade, em seus
últimos três anos de mandato (2000 a 2002). Não há dados disponíveis anteriores ao ano
2000.
5. Assim sendo, o total de dispêndios da União, apenas com publicidade do Poder Executivo,
entre os anos de 2000 a 2014 é da ordem de R$ 26.300.000.000,00 (vinte e seis bilhões e
trezentos milhões de reais).
6. Aproximadamente os estados e o Distrito Federal gastaram com o mesmo tipo de despesa, no
mesmo período a quantia de 10.500.000.000,00 (dez bilhões e quinhentos milhões de reais).
7. Quanto aos municípios, se considerarmos apenas a média dos gastos das dez maiores capitais
da federação brasileira, que gira aproximadamente em torno de R$ 100.000.000,00 (cem
milhões de reais) ano, teríamos a soma de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), que
multiplicados por quatorze anos chegaríamos a uma quantia próxima de R$ 14.000.000.000,00
(quatorze bilhões de reais).
8. Portanto, a soma de todo o dispêndio público com publicidade dos entes da federação
brasileira nos últimos 14 (quatorze) anos gira em torno de R$ 50.800.000.000,00 (cinquenta
bilhões e oitocentos milhões de reais), aproximadamente.
Frise-se, que a sociedade brasileira, por intermédio de seus representantes reunidos em Assembleia
Nacional Constituinte, ou no exercício do poder constituinte derivado estabeleceu a organização do
Estado brasileiro, no Título III da nossa Carta Política, e determinou no capítulo II, respectivamente nos
incisos XI e XII do artigo 21, as competências materiais da União, para explorar, diretamente ou
mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, de radiodifusão sonora,
e de sons e imagens, in verbis:
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 21. Compete à União:
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um
órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
§ 2º ...; § 3º ...; § 4º ...
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial
de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da
concessão ou permissão;
Relevante ressaltar que, diante das crises, conjuntural econômica nas suas várias acepções, fiscal e
político-institucional instauradas no Brasil, por inúmeros fatores internos e externos, máxime a corrupção
instaurada em todos os órgãos da administração federal, inclusive nas sociedades de economia mista e
empresas públicas brasileiras, urge a apresentação da presente emenda, como um primeiro passo para
promover um processo irreversível de saneamento da Administração Pública Brasileira, que mergulha, a
cada governo, mais fundo nos mares imundos da corrupção, da incompetência e da ineficácia de suas
ações, distanciando-se cada vez mais dos anseios do nosso povo e privilegiando agentes corruptos,
públicos e privados, que despidos de qualquer princípio ou valor ético usurpam o patrimônio da
sociedade brasileira, para enriquecer ilicitamente. Destarte, todos os recursos financeiros destinados
para a formação de contratos de publicidade para veicular propaganda dos atos, programas de trabalho,
obras, serviços e campanhas de todos os órgãos da administração pública direta e indireta deveriam ser
aplicados em despesas de custeio ou de capital para financiar os programas de trabalho do governo nas
áreas da saúde, educação e segurança, as mais abandonadas e sucateadas da estrutura organizacional da
administração pública brasileira, tendo em vista que:
a) Todas as despesas com publicidade paga estão dissociadas de interesse público;
b) A sociedade brasileira é titular dos domínios de exploração das atividades econômicas declaradas nos
incisos XI e XII, “a”;
c) São desviados recursos do patrimônio público, para pagar publicidade de suas realizações em seu
próprio domínio;
d) Esses contratos representam um dos meios ordinários e sórdidos realizados por agentes corruptos para
enriquecer ilicitamente;
e) O Estado brasileiro tem o domínio tecnológico suficiente para executar programas de trabalho
direcionados para informar a sociedade das suas realizações.
Portanto, não é de difícil leitura e entendimento, que todas as ações ilícitas perpetradas por
bandidos que dilapidam o patrimônio da sociedade brasileira, representam um dos mais potentes fatores
que promovem as doenças sociais, pois, colocam o cidadão e a sociedade brasileiros, como os menores
valores da ordem social, se é que para esses bandidos existem valores, ameaçando todas as nossas
famílias em sua dignidade material e moral.
Por todo o exposto, esse deputado federal proponente acredita que é hora de revolucionar a
Administração Pública brasileira com novas ideias, técnicas processos e métodos, para criar uma nova
estrutura organizacional com base no Princípio da Moralidade Ética, que afaste do cenário político
institucional a ilegalidade, a pessoalidade, a ineficiência e ineficácia, organelas podres que geram a
energia da corrupção. Assim sendo, urge a sua reestruturação que terá como marco inicial, as alterações
de dispositivos e normas constitucionais previstos no artigo 37 da Constituição da Re pública declarados
nessa proposta de emenda constitucional, que faz alterações literais mínimas na nossa Carta Política, mas
de alcances material e programático amplos, que serão planificados e disciplinados pelos processos
legislativos da União, e de todos os entes federativos, observados os princípios e normas constitucionais
que regulam a atividade administrativa estatal.
O princípio que fundamenta a presente proposta é o da moralidade ética que deve sempre adornar
o conceito de Estado Democrático de Direito Republicano. Destacam-se, portanto, as seguintes
proposições de emenda à Constituição da República:
1. Altera-se o caput do artigo 37, para ampliar o conteúdo e alcance do vetusto Princípio da
Moralidade, que passa a ser elemento do Princípio da Moralidade Ética, para garantir de
forma eficiente e eficaz a legalidade e legitimidade do todos os atos administrativos estatais.
1. Altera-se também o § 1◦ do mesmo artigo, que inova ao revelar norma matriz constitucional
garantidora dos poderes jurídicos que são titulados pela União, ao prescrever que a
publicidade de todas as ações, condutas e atividades administrativas dos entes da federação
devem ser gratuitos tendo em vista que qualquer autorização, concessão ou permissão
deferidas à iniciativa privada, não retira do Estado brasileiro o seu domínio sobre as
atividades econômicas declaradas nos artigos 21 e 23, em especial nos incisos XI e XII, “a”,
que são objetos dessa reforma constitucional proposta, que afastará definitivamente a
possibilidade jurídica de cobrança de preços pela divulgação de publicidade estatal, por
qualquer agente econômico concessionário, autorizado ou permissionário, em lacunas,
momentos e tempo em suas programações, caracterizados na Constituição como Reserva de
Domínio Social da nossa República, definidos e disciplinados em lei de alcance nacional.
Minha arte
Precisa de simulações
Segue o dom da natureza
Inventa amores pra viver paixões
Aventuras, incertezas...
O processo é divino
Requer explosões,
Áleas soltas de impurezas
Que se unem pra compor emoções
Um sistema de clareiras, vulcões,
Pedra úmida envolta de canções...
Apesar das correntezas
Que nos traz tantas surpresas
Desses rios de ilusões...
Minha alma
Repele preceitos, sanções
Nesse evento de belezas
Revela batuques, arranjos, bordões
Melodias e poemas
O processo também é humano
Impõe invasões
É esbulho com certeza
Que me toma pra soar orações
Um sistema de versões, ilações...
Mentes secas envolvidas de ambições
Apesar das harmonias
Que nos traz mil teorias
Desses mares de proposições...
Minha Arte, nossa Arte,
Só faz parte de outra Arte,
Que é divina nos ilumina
Pra que Deus aqui possa cantar...
4.3.6 A Vida
Autor: Tônio Verve em 2016
5 BIBLIOGRAFIA
COLLINSON, Diané. 50 Grandes Filósofos. Da Grécia antiga ao século XX. São Paulo: Contexto, 2004,
287 p.
DUOLIO, J. De galos, homens e Futebol. Revista da Educação Física/UEM, Maringá: 1994, v. 5, n 1.
FREITAS JR., Miguel Arcanjo de. Razão e paixão no futebol: tentativas de implantação de um projeto
modernizador. In: RIBEIRO, Luiz (Org.). Futebol e globalização. Jundiaí, SP: Fontoura, 2007.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil 1. Esquematizado. 4ª ed., São Paulo: Saraiva, 2014.
MAGEE, Bryan. História da Filosofia. 3ª ed., São Paulo: Edições Loyola, 2001.
MAURÍCIO, Murad. A Violência no Futebol Brasileiro. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p.17.
NETO, José Moraes dos Santos. Visão do Jogo – Primórdios do Futebol no Brasil. São Paulo: COSAC
NAIFY, 2002, p.18.
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.