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Viçosa
Minas Gerais - Brasil
2004
I
II
SÉRGIO CARDOSO PINHEIRO
________________________________
Prof. Pedro Novaes Lima Júnior
(Coodenador)
APROVADO:
________________________________
Prof. Antônio Cleber Gonçalves Tibiriçá
(Orientador)
___________________________
___________________________
III
DEDICATÓRIA
IV
AGRADECIMENTOS
V
Ao Departamento de Limpeza da Prefeitura Municipal de Viçosa, pelos
relatos sobre a influência dos lotes vagos na coleta de lixo no Município.
À 97ª Cia PM, pelos relatos sobre a influência dos lotes vagos na segurança
da população.
VI
BIOGRAFIA
VII
SUMÁRIO
BIOGRAFIA.................................................................................................................VII
LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................IX
LISTA DE QUADROS.........................................................................................................X
GLOSSÁRIO XII
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
1.1. Necessidade sentida, campo de interesse e importância do estudo...........1
1.2. Objetivos.......................................................................................................2
1.2.1. Objetivo geral..................................................................................................2
1.2.2. Objetivos específicos.......................................................................................2
1.3. Justificativa...................................................................................................2
1.4. Questões a investigar...................................................................................3
1.5. Ênfase em resultados...................................................................................3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................5
2.1. Constituição Federal de 1988......................................................................6
2.2. Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/2001.......................................7
2.3. Código Florestal – Lei Federal nº 4.771/1965..............................................8
2.4. Parcelamento do solo urbano - Lei Federal nº 6.766/1979.........................9
2.5. Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989.......................................9
2.6. Lei Orgânica do Município de Viçosa de 1990.............................................9
2.7. Plano Diretor de Viçosa – Lei Municipal nº 1.383/2000.............................10
2.8. Lei Municipal nº 1.420/ 2000 – Regulamenta a Ocupação, o Uso do Solo
e Zoneamento do Município de Viçosa......................................................13
2.9. Lei Municipal nº 1.469/2001 – Regulamenta o Parcelamento do Solo
Urbano do Município de Viçosa...................................................................14
2.10. Comparação entre a Lei Federal nº 6766/1979 e as Leis Municipais nº
1420/2000 e nº 1469/2001...........................................................................16
2.11. Código de Obras do Município de Viçosa – Lei Municipal nº 312/1979. .17
2.12. Código de Postura do Município de Viçosa – Lei Municipal nº 1.574/2003
.....................................................................................................................18
2.13. Leis Municipais nº 891/1992 e nº 1207/1997 – Sobre condições das
calçadas.....................................................................................................19
2.14. Código Tributário do Município de Viçosa - Lei Municipal nº 418/1983. .20
2.15. Código de Saúde do Município de Viçosa – Lei Municipal nº 1.468/2001
.....................................................................................................................21
2.16. Código de Meio Ambiente do Município de Viçosa – Lei Municipal nº
1.523/2002...................................................................................................21
2.17. Conclusões sobre a Revisão Bibliográfica...............................................21
3. METODOLOGIA..................................................................................................22
3.1. Procedimentos para obtenção dos dados cadastrais ...............................22
3.2. Operacionalização da amostra dos lotes a serem observados "in loco"...25
3.3. Procedimentos para observação dos lotes vagos, in loco.........................26
VIII
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................28
4.1. Resultados obtidos a partir dos dados fornecidos pelo DC-PMV..............28
TOTAL 28
Quant. 28
6.923 28
TOTAL 28
6.923 28
6.923 29
4.2. Análise dos lotes da amostra inicial quanto a ter, ou não, sido localizado 30
4.3. Análise dos lotes da amostra com relação à ocupação e o estado de
conservação ................................................................................................31
4.4. Análise dos lotes da amostra com relação à infra-estrutura......................38
4.4.1. Quanto à pavimentação das vias e à existência de meio-fio..........................38
4.4.2. Quanto à existência de serviços como abastecimento de água, redes de
esgoto, energia elétrica e telefone....................................................................39
4.5. Análise das calçadas, no sentido longitudinal, do ponto de vista de espaço
e pavimentação............................................................................................40
4.5.1. Quanto ao espaço das calçadas......................................................................40
4.5.2. Quanto à pavimentação das calçadas ............................................................41
4.6. Análise das calçadas com relação ao seu perfil........................................42
4.7. Análise dos lotes da amostra com relação ao fechamento das testadas..44
4.8. Análise dos lotes da amostra com relação à topografia dos mesmos e das
vias em que se encontram...........................................................................45
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.............................................................48
5.1. Considerações finais..................................................................................51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................53
IX
LISTA DE FIGURAS
IX
LISTA DE QUADROS
QUADRO 2.1. Confronto entre a Lei Federal nº 6766/19 e as Leis Municipais nº 1420/2000
e 1469/2001.................................................................................................17
QUADRO 4.1. Topografia dos lotes vagos ........................................................................28
QUADRO 4.2. Existência de calçadas...............................................................................28
QUADRO 4.3. Existência de muro ou cerca........................................................................28
QUADRO 4.4. Quantidade de lote por proprietário.............................................................29
QUADRO 4.5. Quanto ao patrimônio.................................................................................29
QUADRO 4.6. Quanto à pedologia....................................................................................29
QUADRO 4.7. Comparativo entre lotes vagos e lotes ocupados com edificações..............29
QUADRO 4.8. Unidades autônomas construídas (UAC) por lote........................................29
QUADRO 4.9. Dados referentes aos 523 lotes da amostra inicial segundo observação in
loco..............................................................................................................30
QUADRO 4.10. Quanto à ocupação segundo observação in loco......................................31
QUADRO 4.11. Projeção dos dados do Quadro 4.7 a partir das constatações
obtidas com base na observação in loco.....................................................33
QUADRO 4.12. Pavimentação das vias e meio-fio segundo observação in loco................39
QUADRO 4.13. Existência de abastecimento de água, redes de esgoto, energia
elétrica e telefone segundo observação in loco...........................................40
QUADRO 4.14. Espaço das calçadas segundo observação in loco....................................40
QUADRO 4.15. Pavimentação das calçadas segundo observação in loco.........................42
QUADRO 4.16. Perfil das calçadas segundo observação in loco........................................43
QUADRO 4.17. Fechamento das testadas, segundo observação in loco...........................44
QUADRO 4.18. Situação topográfica dos 471 lotes analisados, segundo observação in loco
.....................................................................................................................46
X
ABREVIATURAS E SIGLAS
XI
GLOSSÁRIO
Taxa de ocupação (TO):é o percentual da área do lote que pode ser ocupado por
construção (Fonte: Lei Municipal nº 1420/2000).
XII
1. INTRODUÇÃO
Pelo exposto, entende-se que este estudo poderá mostrar em que condições
1
estão os lotes vagos em Viçosa, quaisquer que sejam suas finalidades, o que irá
possibilitar à Administração Municipal uma melhor orientação no sentido de
promover o uso desses lotes.
1.2. Objetivos
1.3. Justificativa
2
Viçosa se consolidou como centro microrregional, atraindo a população das
cidades vizinhas para a cidade, mesmo que por algumas horas do dia, para
trabalhar, estudar ou em busca de prestação de serviços, como comércio e saúde.
3
debates sejam abertos nas emissoras de rádio, na TV e no Poder Legislativo
Municipal.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Quanto ao uso do solo urbano e sua legislação, para se tratar o tema ‘lotes
vagos’, é importante que se faça a distinção de seus diversos usos. A Lei Orgânica
do Município de Viçosa, promulgada em 1990, estabelece, no seu Artigo 177, as
diretrizes para elaboração do Plano Diretor do Município abrangendo a habitação, o
trabalho, a circulação e a recreação, e considerando, em conjunto, os aspectos
físicos, econômicos, sociais e administrativos. Além das preocupações contidas na
Lei Orgânica, o Plano Diretor – Lei Municipal nº 1.383/2000, inclui o fator ambiental,
que também é destacado no Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/2001. Este
Estatuto estabelece normas de ordem pública e social que regulam o uso da
propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar do
cidadão. A Lei de Ocupação, Uso do Solo e Zoneamento de Viçosa – Lei Municipal
nº 1.420/2000, define as diversas formas de utilizar o solo urbano, divide a cidade
em zonas e estabelece, também, que atividades podem se instalar em cada zona.
5
demandas decorrentes desse crescimento, havendo hoje, no entorno da cidade,
dificuldade de uso das terras para fins agrícolas, fato potencializador da criação de
inúmeros novos loteamentos no Município. Não fosse a forma com que grande
parte desses loteamentos tem sido criados, tal situação não seria um problema: o
que se depreende é que não tem havido uma ação vigorosa, do ponto de vista
legal, do Poder Público local com a proliferação de loteamentos irregulares no
Município, sem o mínimo de infra-estrutura, permitindo que, mesmo com o alto
crescimento da população, exista em Viçosa hoje um número elevado de lotes
vagos, muitas vezes em áreas impróprias para construir, o que agrava ainda mais
as questões ambientais e econômicas no Município.
“Em termos sócio-espaciais, a existência de vazios urbanos define, em parte,
as formas de expansão urbana e os problemas conseqüentes derivados das
baixas densidades que acarretam despesas maiores com instalação de infra-
estrutura e, por outro lado, a existência de infra-estrutura instalada não
utilizada, além dos problemas derivados do muito tempo gasto e das despesas
com transporte. Expressa, portanto, iniquidade e irracionalidade em termos
sociais, em relação a apropriação privada dos lucros produzidos socialmente.
Para uma quantidade de terrenos sem utilização, o conjunto da sociedade tem
que manter, a custos extremamente elevados, investimentos em infra-estrutura
e serviços, assim como sua administração.” (CLICHEVSKY, 1999)
2.1. Constituição Federal de 1988
Para verificar a situação dos lotes vagos em Viçosa, sob os aspectos legais,
ambientais e econômicos, e a repercussão das suas condições atuais na população
e nas ações do poder público, o ponto de partida foi a Constituição Federal de 1988
que, em seu Artigo 5º, Inciso XXIII, define que “a propriedade atenderá a sua
função social”. Especificamente sobre propriedades urbanas, consta no Parágrafo
2º do Artigo 182 que “a propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano
diretor”.
6
executada pelo poder público municipal, mas conforme diretrizes gerais fixadas em
lei. Foi facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, também, nos termos da lei federal, do proprietário
do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: parcelamento ou
edificação compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo e desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de
resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o
valor real da indenização e os juros legais. Contudo o Artigo 182 só foi
regulamentado quase treze anos depois da promulgação da Constituição, através
da Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001, Lei esta intitulada, “Estatuto da
Cidade”, que tem como objetivo a ordenação do solo urbano e da propriedade
imobiliária urbana, de forma que seja cumprida a função social das cidades,
melhorando as condições de vida de todos os seus habitantes.
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objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, de forma a evitar principalmente, a utilização inadequada dos
imóveis urbanos, a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes, o
parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em
relação à infra-estrutura urbana, a instalação de empreendimentos ou atividades
que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-
estrutura correspondente, a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na
sua sub-utilização ou não utilização, a deterioração das áreas urbanizadas e a
poluição e a degradação ambiental. Para alcançar o proposto, o Estatuto da Cidade
garantiu à União a competência de, dentre outras atribuições, legislar sobre normas
gerais de direito urbanístico.
8
Parágrafo único, define que a competência de fiscalização nos perímetros urbanos,
é dos municípios, cabendo à União atuar supletivamente.
Ainda outro instrumento legal, na escala federal, que pode dar elementos
importantes para um estudo sobre as influências dos lotes vagos na qualidade de
vida em Viçosa é a Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe
sobre o Parcelamento do Solo Urbano e teve dispositivos adicionados e alterados
pela Lei Federal nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999. Tal legislação dispõe sobre o
parcelamento do solo urbano e estabelece, em seu Artigo 2º, que este pode ser
feito mediante loteamentos e desmembramentos definindo também que os demais
entes federativos poderão estabelecer normas complementares para adequação às
peculiaridades regionais e locais. Considera como infra-estrutura básica os
equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública,
redes de esgoto sanitário e abastecimento de água potável, e de energia elétrica
pública e domiciliar e as vias de circulação pavimentadas ou não, permitindo como
infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais
declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, apenas; as vias de
circulação, o escoamento das águas pluviais, a rede para o abastecimento de água
potável e as soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica
domiciliar. Através do Inciso III do Parágrafo único do Artigo 3º não permite o
parcelamento ”em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por
cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes.”
9
aspectos físicos, econômicos, sociais e administrativos do Município.
10
• prever políticas e diretrizes para assegurar o cumprimento da função social
da propriedade;
• garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios das obras e serviços de
infra-estrutura;
• coibir a especulação imobiliária.”
No PDV são definidas as diretrizes para o cumprimento das funções sociais
da propriedade e são apontados os fatores favoráveis e restritivos, bem como os
objetivos estratégicos para o desenvolvimento do Município de Viçosa.
11
d) o Capítulo IV estabelece a criação do Conselho Municipal de Planejamento de
Viçosa - COMPLAN: o objetivo é que o Município disponha de um órgão
superior de assessoramento e consulta da administração municipal, com
funções fiscalizadoras e deliberativas no âmbito de sua competência. As
atribuições e composição do COMPLAN foram definidas pela Lei Municipal nº
1.411, de 30 de novembro de 2000;
12
2.8. Lei Municipal nº 1.420/ 2000 – Regulamenta a Ocupação, o Uso do Solo
e Zoneamento do Município de Viçosa
13
adensamento populacional desejado e a adequação do uso às características do
solo.
14
No Inciso III do Artigo 5º, desta Lei fica proibido o parcelamento em terrenos
com declividade superior a 40% (quarenta por cento); no Parágrafo 6º do mesmo
Artigo, estabelecem-se exigências específicas para parcelamento de glebas com
declividade entre 30% (trinta por cento) e 40% (quarenta por cento).
15
2.10. Comparação entre a Lei Federal nº 6766/1979 e as Leis Municipais nº
1420/2000 e nº 1469/2001
16
QUADRO 2.1. Confronto entre a Lei Federal nº 6766/19 e as Leis Municipais nº 1420/2000 e 1469/2001
18
Ainda sobre os afastamentos, a alteração realizada no Artigo 15 da Lei
Municipal nº 1.420/2000, por meio da Lei Municipal nº 1.506/2002, foi publicada de
forma equivocada, uma vez que foi alterado o Inciso III e não o Inciso II, como foi a
intenção, permanecendo assim duas disposições conflitantes sobre o mesmo tema.
2.11. Código de Obras do Município de Viçosa – Lei Municipal nº 312/1979
17
Município de Viçosa, mais abrangente e mais inteirado com as atuais exigências do
Município.
2.12. Código de Postura do Município de Viçosa – Lei Municipal nº 1.574/2003
18
Art. 98 - Os terrenos da zona urbana serão fechados com muros rebocados e
caiados ou com grades de ferro ou madeiras assentes sobre alvenaria,
devendo em qualquer caso ter uma altura mínima de um metro e oitenta
centímetros.
(...)
Art. 100 - Será aplicada multa no valor de 08 UFM a todo aquele que:
I. fizer cercas ou muros em desacordo com as normas fixadas neste
Capítulo;
II. danificar, por qualquer meio, cercas existentes, sem prejuízo da
responsabilidade civil ou criminal que no caso couber;
III. deixar de fazer muros e cercas nos prazos estabelecidos.”
O antigo Código de Postura de Viçosa (Lei Municipal nº 308, de 24 de agosto
de 1979), dentre outros assuntos, estabelecia em seu Artigo 37 que os proprietários
ou inquilinos tinham como obrigação a conservação, em perfeito estado de asseio,
dos seus quintais, pátios, prédios e terrenos. O Artigo 144 definia que os terrenos
da zona urbana deveriam ser fechados com muros rebocados e caiados ou com
grade de ferro ou madeira assentados sobre alvenaria, devendo em qualquer caso
ter uma altura mínima de um metro e oitenta centímetros.
19
Municipal, em caso de desobediência. Estipulou também prazo máximo de dois
anos, da publicação de lei, para que as calçadas já existentes se adequassem.
Com vistas aos aspectos abordados ao objetivo desta pesquisa, outro tópico
a destacar é o relativo ao IPTU (principalmente quanto à aplicação do IPTU
progressivo no tempo), como um instrumento para garantir que a propriedade
cumpra sua função social. Em 13 de dezembro de 1983 foi sancionada a Lei
Municipal nº 418, que instituiu o Código Tributário Municipal, estabelecendo em seu
Artigo 3º, Parágrafo único, que o fato gerador do IPTU ocorre anualmente, no dia
primeiro de janeiro. Estabeleceu também, em seu Artigo 5º, que para efeito de
incidência do imposto, considera-se imóvel sem edificação: terrenos sem qualquer
construção; imóveis com edificações em andamento ou cuja obra esteja paralisada,
bem como edificações condenadas ou em ruínas; imóveis cuja edificação seja de
natureza temporária ou provisória ou possa ser removida sem destruição, alteração
ou modificação.
20
- 0,50% - no caso de terrenos com muros e calçadas.
21
3. METODOLOGIA
22
Para efetivar o estudo sobre os lotes vagos, foram solicitadas ao
Departamento de Cadastro da Prefeitura Municipal de Viçosa (DC-PMV), na forma
digital, as seguintes informações:
- localização do imóvel;
- nome do proprietário;
- existência de calçada;
- valor venal.
- valor venal.
23
- quantidade de lotes vagos ;
- existência de calçada;
- topografia;
- nome do proprietário;
- pedologia.
O número de lotes vagos por bairro foi obtido com base no número de
inscrições cadastrais de cada bairro. A área total, a medida total das testadas e o
valor venal total dos lotes vagos por bairro foram obtidos a partir da soma dos
valores fornecidos pelo DC-PMV. Quanto aos proprietários, o estudo não visou a
identificação destes e sim se existe concentração de lotes vagos em mãos de
poucos proprietários; esse dado foi obtido a partir da ordenação alfabética dos
proprietários e sua posterior contagem. Informações como a existência de calçada,
muro ou cerca, a posição na quadra, a topografia, a pedologia e o patrimônio, foram
obtidas a partir da substituição dos códigos numéricos utilizados pelo DC-PMV,
correspondente a cada informação, por expressões pertinentes e sua posterior
contagem.
24
- total de unidades construídas por lote e bairro;
Para identificação dos lotes da amostra, esta foi ordenada com base nos
distritos, setores, quadras e lotes, pois esta é a ordem em que se encontram
arquivados os BCI no DC-PMV. Essa forma de ordenação veio dar agilidade ao
processo de identificação dos lotes, que com a consulta manual do arquivo de
pastas das quadras em que se encontram, foram identificados a partir de
edificações próximas, já numeradas. Para os lotes que não possuíam edificações
25
nas proximidades foram utilizadas plantas, pois os lotes em quase sua totalidade
não possuem numeração.
- ocupação: se o lote estava realmente vago ou, se não, de que forma estava
sendo ocupado. No caso de estava vago, se está abandonado, cuidado ou
cultivado, e em caso de ocupado ou com construção se era de forma definitiva ou
provisória;
26
- existência de pavimentação da via e o seu tipo.
27
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
28
QUADRO 4.4. Quantidade de lote por proprietário
Quant. de lotes por proprietários Nº de proprietários % Nº de lotes %
a) Até 5 lotes 3.151 88,36 3.866 55,84
b) De 6 a 10 lotes 38 1,06 267 3,86
c) De 11 a 50 lotes 18 0,51 372 5,37
d) De 51 a 100 lotes 5 0,14 373 5,39
e) Acima de 100 lotes 4 0,11 1.695 24,48
f) Contribuinte desconhecido 350 9,82 350 5,06
TOTAL 3.566 100 6.923 100
Fonte: elaboração própria, segundo DC-PMV (ago. 2003)
QUADRO 4.7. Comparativo entre lotes vagos e lotes ocupados com edificações
Item Lotes vagos % Lotes com edificação %
a) Quantidade (Ud) 6.923 36,5% 12.051 63,5%
2
b) Área (m ) 3.110.332,00 37,1% 5.283.462,00 62,9%
c) Soma das testadas (km) 91,22 35,3% 166,91 64,7%
d) Soma das testadas (km / 2)(1) 45,61 83,45
e) Valor venal total (R$) 59.420.000,00 7,6% 719.221.000,00 92,4%
f) Lançamento total de IPTU (R$)(2) 594.200,00 24,8% 1.798.052,50 75,2%
g) Valor médio de IPTU, por lote (R$) 85,83 149,20 (3)
Fonte: elaboração própria, segundo DC-PMV (ago. 2003)
Notas:
(1) Valor equivalente à extensão da vias urbanas
(2) O valor atribuído ao IPTU dos lotes vagos foi calculado admitindo-se a alíquota de 1% para
todos. (seção 2.14 e Quadros 4.2 e.4.3).
(3) Um lote edificação gera, em média, um IPTU 73,83% maior que um lote com vago.
29
As informações dos Quadros anteriores, distribuídas por bairros, poderão
ser observadas no Anexo A.
4.2. Análise dos lotes da amostra inicial quanto a ter, ou não, sido localizado
QUADRO 4.9. Dados referentes aos 523 lotes da amostra inicial segundo observação
in loco
Situação Quant. %
a) Não encontrados devido aos dados do DC-PMV não terem informações
suficientes para a localização deles ou as informações existentes não
estarem em conformidade com a situação física existente 44 8,40
b) Não se situam nos bairros registrados no DC-PMV 3 0,60
c) Registrados como lote urbano mas, na prática reintegrados a propriedade de
característica rural 4 0,80
d) Constam em loteamento que, in loco, está parcialmente sem sistema viário 1 0,20
e) Lotes registrados no DC-PMV, efetivamente localizados e fotografados 471 90,00
TOTAL 523 100,0
Fonte: elaboração própria, segundo dados obtidos com a observação in loco
30
4.3. Análise dos lotes da amostra com relação à ocupação e o estado de
conservação
No Quadro 4.10, pode-se verificar: nos itens “a” e “b”, que 80,5% dos lotes
observados estavam realmente vagos (v. na Figura 1, p. ex., o caso de um lote
vago em total estado de abandono); no item “c”, que 12,3% dos lotes tidos como
vagos pelo DC-PMV, na realidade estavam ocupados definitivamente (v. exemplo
na Figura 2), o que representa uma deficiência nos dados cadastrais do Município;
nos itens “d” e “e”, que 7,2% estavam com edificações provisórias ou com
edificações em construção. Esta ultima situação não representa uma deficiência do
cadastro, pois os dados utilizados neste estudo foram obtidos com base nos dados
usados para lançamento de IPTU e, nos termos do Artigo 5º do Código Tributário
Municipal (seção 2.14), considera-se, para efeito de incidência do imposto, imóvel
sem edificação ou vago todo imóvel com edificações em construção e com
edificações provisórias.
31
O imóvel da Figura 2 teve: a) numeração definida, pelo DC-PMV, por
intermédio de Certidão de Numeração, em data não apurada; b) ligação de água
em 24/06/1997 (a água só é ligada a partir da Certidão de Numeração); c) primeira
ligação de energia elétrica em 05/08/1997; d) ligação de energia elétrica, de suas 4
unidades autônomas, em 05/03/1999 e 16/03/1999. Um morador informou residir no
imóvel há pelo menos 4 anos. Contudo esse imóvel, até a conclusão da pesquisa,
não possuía ‘Habite-se’.
FIGURA 1 - Lote vago, em total estado de FIGURA 2 - Lote tido como vago pelo DC-PMV,
abandono. em agosto de 2003, mas com edificação
concluída, definitivamente, desde 1999.
32
em torno de 32% do total, enquanto, com relação ao lançamento de IPTU
representa apenas 21,3% do total.
QUADRO 4.11. Projeção dos dados do Quadro 4.7 a partir das constatações
obtidas com base na observação in loco.
Lotes com edif. em
Itens Lotes vagos const. ou provisória Lotes com edificações
a) Quantidade (Un) 5.573 29,4% 498 2,6% 12.903 68,0%
b) Área (m2) 2.502.817,00 29,8% 223.793,00 2,7% 5.667.944,00 67,5%
c) Testadas (km) 73,40 6,58 178,06
d) Testadas (km / 2)
(1) 36,70 28,4% 3,29 2,5% 89,03 69,0%
e) Valor venal (R$) 47.883.000,00 5,8% 4.275.610,00 0,5% 770.117.005,00(2) 93,7%
f) IPTU (R$) (3) 478.830,00 19,6% 42.756,10 1,7% 1.925.292,51 78,7%
Fonte: elaboração própria, segundo dados obtidos com a observação in loco
Notas:
(1) Valor equivalente à medidas das vias.
(2) Valor apurado com base em um valor venal médio de R$ 59.666,58, para cada lote com edificação,
calculado verificando-se os dados do Quadro 4.7,
(3) O valor atribuído ao IPTU dos lotes vagos foi calculado admitindo-se a alíquota de 1% para todos.
Projetando para os 6.923 lotes tidos como vagos pelo DC-PMV, os 12,3%
lotes da amostra que na realidade estão ocupados definitivamente, segundo a
observação in loco, representariam 852 lotes com edificações. Com base nas
informações do Quadro 4.7, apenas o cadastramento correto desses 852 lotes e de
suas edificações, considerando o IPTU médio por lote vago de R$ 85,82 e o IPTU
médio por lote de R$149,20, poderia representar uma redução de R$73.118,00 no
total de lançamento de IPTU dos lotes e um aumento de R$127.118,40 no total de
lançamento de IPTU das edificações, gerando uma elevação no lançamento na
ordem de R$54.000,40 ao ano.
Quanto aos itens “d’ e “e” do Quadro 4.10, que somam 7,2% dos lotes tidos
como vagos pelo DC-PMV, é natural que estejam cadastrados como lotes, pois o
cadastro do Município visa apenas a arrecadação do IPTU, e como visto
anteriormente para efeito de lançamento do imposto, são considerados sem
edificação os terrenos com edificação em construção ou provisória. Todavia, ter
conhecimento dos lotes que estão com edificações em construção ou ocupados
provisoriamente, seria de grande importância, principalmente pensando-se os
dados cadastrais como um instrumento de política urbana. Essa informação poderia
ser facilmente obtida, tanto no ato do fornecimento da certidão de numeração pelo
33
próprio DC-PMV, para ligação de água e energia elétrica, quanto no ato do
fornecimento do Alvará de Construção pelo órgão municipal competente.
34
“quando o lixo é depositado nos lotes vagos propicia o aparecimento de vetores tais
como: rato, pulga, mosca, mosquito, barata, escorpião dentre outros, que podem
transmitir doenças, a exemplo da hepatite A, leptospirose, parasitoses, dengue,
etc...”, sendo que “o risco é ainda maior em época de chuva, quando a água ‘lava’
todo o lixo e escorre para perto das casas próximas, levando micróbios e germes –
a pessoa que entra em contato com a água contaminada corre perigo”. Ela
informou também que dependendo da natureza química, os resíduos causam a
contaminação do ar, principalmente quando queimados (v. Figuras 3 e 4). O Artigo
96 do novo Código de Postura do Município (seção 2.12), proíbe a deposição de
lixo em terreno ou lote vago.
35
Livre” de 5 de dezembro de 2003, a Secretária Municipal de Fazenda, Srta.
Melissa Maffia Maia, apresentou um quadro, onde é verificado uma relação direta
da inadimplência do IPTU com os bairros que possuem número maior de lotes
vagos. Quando contactada, por meio de correspondência, ela atribuiu esta
inadimplência à dificuldade que a Fazenda Municipal encontra para localizar e
notificar os proprietários sobre o lançamento do referido tributo.
36
para a leitura dos hidrômetros e para a coleta de amostras de água para
análises, através do deslocamento dos mesmos, para prestar estes serviços,
em trechos com pequeno número de residências”.
- Sobre a instalação e manutenção das redes de energia elétrica e telefone:
para estes serviços, podem-se utilizar as mesmas considerações referentes ao
serviço de água e esgoto, devido às suas semelhanças, principalmente por ter
que “chegar” em cada edificação.
37
Como ponto positivo da existência de um número elevado de lotes vagos no
Município, pode-se destacar a permeabilização do solo que estes propiciam,
absorvendo parte das águas das chuvas e ou contribuindo para retardar o
escoamento de suas águas para as vias, principalmente em face das poucas redes
de águas pluviais em Viçosa.
38
QUADRO 4.12. Pavimentação das vias e meio-fio segundo observação in loco
Situação Quant. %
a) Vias sem pavimentação e sem meio-fio 148 31,4
b) Vias pavimentadas com pedra fincada 249 52,9
c) Vias pavimentadas com asfalto 43 9,1
d) Vias pavimentadas com bloquete 31 6,6
TOTAL 471 100
Fonte: elaboração própria, segundo dados obtidos com a observação in loco
Um número que chama a atenção no Quadro 4.12, são os 52,9% das vias
onde estavam localizados os lotes objeto deste estudo, que são pavimentadas com
pedra fincada, pavimentação esta que não é mais permitida para novos
loteamentos, mas o Município continua utilizando este tipo de material na
pavimentação de suas vias. Este tipo de piso acarreta freqüente necessidade de
sua manutenção, causando transitar desconfortável a toda comunidade, e alto
custo de manutenção de veículos particulares e do transporte coletivo.
39
excedentes arrecadados referentes à taxa de iluminação pública, no caso da
energia elétrica.
40
As situações apontadas nos itens “b” e “c” contrariam o disposto na Lei
Municipal nº 891, de 16 de dezembro de 1992 (seção 2.13), que define, no seu
Artigo 1º, a largura mínima de 2m para as calçadas.
O item “d” mostra que apenas 18% dos lotes analisados estão regulares,
com relação ao fator espaço das calçadas.
41
de 1989, o Parágrafo 3º do Artigo 14 do Novo Código de Postura do Município dá
autonomia ao Poder Público Municipal para construir as calçadas, dos imóveis de
proprietários que descumprirem os dispositivos legais referente às calçadas, com
posterior cobrança destes. Este instrumento legal poderia se tornar uma solução
para, pelo menos, diminuir o número de imóveis sem calçadas no Município.
42
A situação apontada no item “c” do Quadro 4.16 fere o Inciso I do Artigo 1º
da Lei Municipal nº 1.207, de 20 de outubro de 1997 (seção 2.13), que define
normas para superfície das calçadas. Já a informação do item “b”, que demonstra
uma aparente regularidade, dá-se devido ao grande número de lotes vagos,
abandonados e sem as testadas demarcadas; contudo, é possível que, quando se
edificar nestes lotes, possam ser respeitados os dispositivos legais pertinentes. Da
mesma forma que há falta de espaço e há falta de pavimentação, as irregularidades
em calçadas, como a existência de rampas, degraus e outros obstáculos com
relação ao seu perfil, em muitos casos, também obriga aos pedestres circularem
pelas pistas de rolamento de veículos, passando pelos já citados riscos.
FIGURA 7 - Calçada com rampas laterais e FIGURA 8 - Calçada com rampa frontal e
frontais degrau lateral
43
Apesar de o Município possuir instrumentos legais para exigir que as
calçadas sejam construídas de forma correta, durante o trabalho de campo
observou-se que, mesmo nas construções recentes em bairros novos, as calçadas
continuam sendo construídas sem o cumprimento da legislação, com total
negligência dos órgãos responsáveis.
4.7. Análise dos lotes da amostra com relação ao fechamento das testadas
44
Notas:
(1) Número de lotes da amostra, eliminando-se os lotes em que a própria parede da edificação é o
fechamento frontal do lote.
(2) Percentagem dos lotes da amostra, eliminando-se os lotes em que a própria parede da edificação é o
fechamento frontal do lote
4.8. Análise dos lotes da amostra com relação à topografia dos mesmos e
das vias em que se encontram
Para uma análise da topografia dos lotes vagos do Município de Viçosa, foi
necessária a consideração das inclinações das vias onde estes estão localizados, e
de suas inclinações, tanto no sentido transversal quanto no sentido longitudinal.
Para melhor entendimento, observar a Figura 11.
V ia
L o te
S e ç ã o lo n g it u d in a l
d o lo te
S e ç ã o t ra n s v e rs a l d o lo te
S e n t id o lo n g it u d in a l
d a v ia
45
Conforme pode-se verificar no Quadro 4.18, no item "A.a.1", apenas 16,6%
dos lotes analisados possuem, originariamente, inclinação inferior a 10%, pois
estão localizados em vias com inclinação até 10%: transversalmente acompanham
o perfil destas vias e longitudinalmente também possuem inclinação de até 10%. O
item "B.c.1" mostra que 1,5% dos lotes possuem inclinações transversal e
longitudinal inferior a 10%, mas estes estão localizados em vias com seção
longitudinal superior a 10%, o que caracteriza que estes lotes passaram por um
processo de terraplanagem. Já o item "B.a.1" indica que 12,5% dos lotes
analisados, longitudinalmente possuem linhas paralelas às divisas,
aproximadamente em nível, situação indicativa de que a via avança
perpendicularmente às curvas de nível.
QUADRO 4.18. Situação topográfica dos 471 lotes analisados, segundo observação
in loco
Situação Quant. (%) Quant. (%) Quant. (%)
A) Lotes em vias com perfil longitudinal até 250 53,1
10%
a) Lotes cuja seção transversal acompanha perfil da via 248 52,7
1) Lotes que longitudinalmente possuem inclinação aproximada de até 10% 78 16,6
2) Lotes em aclive longitudinal entre 10% e 30% 42 8,9
3) Lotes em aclive longitudinal superior a 30% 52 11,1
4) Lotes em declive longitudinal entre 10% e 30% 19 4,0
5) Lotes em declive longitudinal superior a 30% 57 12,1
b) Lotes cuja seção transversal não acompanha perfil da via 2 0,4
1) Lotes em declive longitudinal entre 10% e 30% 1 0,2
2) Lotes em aclive longitudinal superior a 30% 1 0,2
B) Lotes em vias com perfil longitudinal 221 46,9
superior a 10%
a) Lotes cuja seção transversal acompanha perfil da via 212 45,0
1) Lotes que longitudinalmente possuem linhas paralelas às divisas, 59 12,5
aproximadamente em nível
2) Lotes em aclive longitudinal entre 10% e 30% 52 11,0
3) Lotes em aclive longitudinal superior a 30% 47 10,0
4) Lotes em declive longitudinal entre 10% e 30% 21 4,5
5) Lotes em declive longitudinal superior a 30% 33 7,0
b) Lotes com inclinação transversal maior que o perfil da via 2 0,4
1) Lotes que longitudinalmente são em declive entre 10% e 30% 2 0,4
c) Lotes com inclinação transversal menor que 10% 7 1,5
1) Lotes com inclinação longitudinal até 10% 7 1,5
Fonte: elaboração própria, segundo dados obtidos com a observação in loco
46
longitudinal superior a 30%, também estão localizados em vias com perfil
longitudinal superior a 10% e transversalmente acompanham o perfil das vias. A Lei
Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, no Inciso III do Parágrafo único do
Artigo 3º, não permite o parcelamento ”em terreno com declividade igual ou
superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das
autoridades competentes”. Por sua vez a Lei Municipal nº 1.469, de 20 de
dezembro de 2001, no Inciso III do Artigo 5º, proíbe o parcelamento em terrenos
com declividade superior a 40% (quarenta por cento); no Parágrafo 6º do mesmo
Artigo, estabelece exigências específicas para o parcelamento de glebas com
declividade entre 30% (trinta por cento) e 40% (quarenta por cento). Como grande
parte dos lotes analisados está localizada em bairros ou loteamentos criados após
a publicação da Lei Federal nº 6.766/1979 e anteriormente à publicação da Lei
Municipal nº 1.469/2001, o elevado número de lotes com inclinação superior a 30%
demonstra que o Poder Público Municipal vem, historicamente, comportando-se de
modo a não tomar as medidas necessárias para cumprimento dos instrumentos
legais.
47
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O Quadro 4.9 mostrou que 8,4% dos lotes da amostra inicial (baseada nos
dados cadastrais) não foram localizados e 1,6% deles estavam em situações
diferentes das que constavam no cadastro (bairros diferentes; reintegração a
propriedade rural; ausência de sistema viário).
48
que estão em construção, os demais 6.071 lotes poderiam gerar mais 11.110
unidades autônomas. Considerando-se também que segundo o IBGE a população
total do Município de Viçosa, apurada no censo de 2000 foi de 64.910 habitantes e
em 2003, segundo estimativa do próprio Instituto, esta população cresceu para
68.919 habitantes, representando uma taxa de crescimento de 2% ao ano.
Projetando esta taxa de crescimento para a população urbana do Município, as
11.110 unidades autônomas adicionais seriam ocupadas em 19 anos. Esses
números indicam que há um estoque razoável de lotes vagos, e que a
Administração Municipal deveria limitar a abertura de novos loteamentos somente
se estes atenderem plenamente ao que prevêm as leis existentes.
49
A efetiva aplicação dos instrumentos de política urbana supracitados,
visando a incrementar a ocupação dos lotes vagos em determinadas áreas do
Município, também é um modo de aumentar a oferta de lotes para edificação,
revertendo a situação atual de alto custo especulativo dos lotes, o que tem
indisponibilizado o acesso e uso para edificação. Segundo o proprietário de uma
empresa do ramo da construção civil de Viçosa, isso vem dificultando construir
principalmente na área central da cidade, onde existe maior demanda por imóveis
tanto residenciais quanto comerciais, demanda que deve aumentar com a criação
de novas escolas no Município. Contudo, a Administração Municipal deve promover
a ocupação regular de regiões com boa infra-estrutura, mas ainda não
sobrecarregadas, mesmo que para isso seja necessária a melhoria dos serviços
públicos, de transporte coletivo, escola, coleta de lixo etc., como estímulo aos
cidadãos para optarem por essas regiões. O aumento das edificações representa
ainda aumento de renda para população, através do aquecimento do comércio e
geração de emprego e aumento de arrecadação para os cofres públicos, seja
através do IPTU das edificações que são, em média, maiores do que os dos lotes
ou por arrecadação de outros impostos e taxas.
50
Dar ao IPLAM a estrutura que ele exige, seja sob os aspectos físicos, seja
sob os aspectos de pessoal, é fundamental para que o Município de Viçosa possa
colocar em prática todos os instrumentos legais acoplados ao Plano Diretor. Com o
IPLAM estruturado fisicamente e com pessoal qualificado e envolvido com as
questões municipais, Viçosa alcançará o objetivo de promover as transformações
necessárias para seu desenvolvimento e tratar, com a responsabilidade pública
necessária, o que prevêm a Constituição Federal, o Estatuto da cidade e outras leis
federais, estaduais e municipais quanto a assunto socialmente importante: os lotes
vagos e sua repercussão na qualidade de vida da população.
51
municipal como uma via no Bairro Santa Clara, paralela a Av. das Arábias, sem
qualquer tipo de infra-estrutura e já com algumas edificações e, nas proximidades
do Bairro Vale do Sol, chácaras (denominação dada para disfarçar a venda de
lotes) estavam à venda, também sem qualquer infra-estrutura. Essas ocorrências já
eram de conhecimento do Poder Público Municipal.
52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
53
VIÇOSA. Lei Orgânica do Município de Viçosa, de 21 de março de 1990.
54
ANEXO A
55
QUADR0 A.1 - NÚMERO DE LOTES VAGOS E LOTES COM EDIFICAÇÃO POR BAIRRO
Lotes Lotes com
BAIRRO Vagos % edificações %
ACAMARI 0 0% 137 100%
ARDUINO BOLIVAR 60 21% 225 79%
BARRINHA 252 77% 77 23%
BELA VISTAS 24 10% 216 90%
BELVEDERE 79 72% 31 28%
BETÂNIA 15 11% 123 89%
BOA VISTA 115 50% 113 50%
BOM JESUS 141 13% 939 87%
CACHOEIRINHA 79 25% 237 75%
CENTRO 100 7% 1381 93%
CIDADE NOVA 62 40% 92 60%
CLÉLIA BERNARDES 34 26% 98 74%
CONCEIÇÃO 13 8% 160 92%
CRICIUMA 10 71% 4 29%
ESTRELAS 72 20% 294 80%
FÁTIMA 326 35% 604 65%
FLORESTA 146 99% 1 1%
FUAD CHEQUER 3 4% 77 96%
INÁCIO MARTINS (G.do CAMILOS) 191 52% 174 48%
INCONFIDÊNCIA 256 93% 18 7%
J. K. 89 44% 112 56%
JARDIM EUROPA 85 100% 0 0%
JARDINS DO VALE 6 30% 14 70%
JOÃO BRAZ 348 46% 415 54%
JOÃO MARIANO 2 22% 7 78%
JULIA MOLLA 78 70% 33 30%
LIBERDADE 52 91% 5 9%
LOURDES 37 11% 294 89%
MARIA EUGÊNIA 66 38% 108 62%
NOVA ERA 56 12% 407 88%
NOVA VIÇOSA 1899 64% 1050 36%
NOVO SILVESTRE 96 36% 170 64%
PARQUE DO IPÉ 0 0% 34 100%
QUINTAS DOS GUIMARÃES 45 96% 2 4%
RAMOS 72 26% 207 74%
RECANTO DA SERRA 17 31% 37 69%
ROMÃO DOS REIS 11 20% 44 80%
RUA NOVA 5 15% 29 85%
SAGRADA FAMÍLIA 42 18% 189 82%
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 6 4% 130 96%
SANTA CLARA 443 45% 538 55%
SANTO ANTÔNIO 318 22% 1153 78%
SÃO JOSÉ 91 30% 212 70%
SÃO JOSÉ DO TRIUNFO 157 23% 525 77%
SÃO SEBASTIÃO 143 39% 220 61%
SERRA VERDE 98 96% 4 4%
SILVESTRE 354 44% 444 56%
UNIÃO 19 10% 162 90%
VALE DO SOL 74 27% 204 73%
VAU-AÇÚ 90 36% 159 64%
56
VEREDA DO BOSQUE 99 58% 72 42%
VILA ALVES 1 10% 9 90%
VIOLEIRA 46 42% 64 58%
TOTAL 6923 36% 12054 64%
Fonte: elaboração própria, segundo DC-PMV (ago. 2003)
57
QUADR0 A I – 2 - ÁREAS E TESTADAS DOS LOTES VAGOS E COM EDIFICAÇÕES POR
BAIRRO
Área-m2 Área-m2 Testada-m Testada-m
Lotes Lotes com Lotes Lotes com
BAIRRO vagos % Edificações % vagos % Edificações %
ACAMARI 0 0% 82.357,39 100% 0 0% 3.536,50 100%
ARDUINO BOLIVAR 12.036,70 22% 42.270,47 78% 704,30 22% 2.490,50 78%
BARRINHA 86.135,69 68% 40.685,00 32% 3.437,02 73% 1.258,50 27%
BELA VISTA 10.395,00 13% 70.596,20 87% 312,50 10% 2.707,00 90%
BELVEDERE 32.474,70 74% 11.523,95 26% 1.367,88 65% 743,11 35%
BETÂNIA 6.551,00 12% 50.246,40 88% 306,00 17% 1.529,90 83%
BOA VISTA 39.255,00 60% 26.006,36 40% 1.701,00 57% 1.270,00 43%
BOM JESUS 41.620,10 15% 243.117,06 85% 1.756,10 15% 10.268,80 85%
CACHOEIRINHA 31.723,92 22% 110.447,98 78% 1.073,00 26% 3.122,40 74%
CENTRO 44.946,88 6% 683.831,69 94% 1.558,15 8% 19.164,36 92%
CIDADE NOVA 20.565,00 35% 38.340,90 65% 824,70 33% 1.703,20 67%
CLÉLIA BERNARDES 17.288,58 23% 57.143,30 77% 673,30 26% 1.909,55 74%
CONCEIÇÃO 3.065,00 3% 85.450,95 97% 140,00 7% 1.901,15 93%
CRICIUMA 32.208,50 63% 19.246,00 37% 287,00 72% 112,00 28%
ESTRELAS 67.171,00 36% 120.638,58 64% 980,90 21% 3.752,49 79%
FÁTIMA 111.542,36 36% 195.698,15 64% 4.073,03 35% 7.652,63 65%
FLORESTA 51.230,20 99% 300,00 1% 1.694,61 99% 10,00 1%
FUAD CHEQUER 810,00 3% 24.731,14 97% 30,00 3% 1.097,90 97%
INÁCIO MARTINS (G.dos
CAMILOS) 189.385,70 50% 188.115,23 50% 3.337,12 51% 3.256,15 49%
INCONFIDÊNCIA 229.604,00 93% 17.650,00 7% 3.272,12 89% 389,80 11%
J. K. 29.887,40 45% 36.293,32 55% 1.205,86 45% 1.488,00 55%
JARDIM EUROPA 23.431,00 100% - 0% 830,00 100% - 0%
JARDINS DO VALE 13.776,00 29% 33.542,00 71% 192,00 26% 541,00 74%
JOÃO BRAZ 176.201,10 33% 354.544,78 67% 4.987,94 42% 7.027,03 58%
JOÃO MARIANO 450,00 29% 1.116,00 71% 20,00 25% 61,00 75%
JULIA MOLLA 105.589,95 76% 33.622,33 24% 2.001,05 74% 709,78 26%
LIBERDADE 33.448,50 92% 2.798,00 8% 769,55 86% 124,20 14%
LOURDES 33.451,21 17% 165.301,77 83% 551,65 12% 4.228,15 88%
MARIA EUGÊNIA 30.355,10 46% 35.521,44 54% 834,30 38% 1.371,80 62%
NOVA ERA 20.169,38 8% 247.363,23 92% 725,35 10% 6.664,75 90%
NOVA VIÇOSA 531.925,97 62% 325.749,43 38% 20.945,40 63% 12.393,80 37%
NOVO SILVESTRE 73.999,95 43% 96.682,27 57% 1.384,15 36% 2.437,05 64%
PARQUE DO IPÉ 0 0% 48.908,00 100% - 0% 1.212,80 100%
QUINTAS DOS
GUIMARÃES 17.183,77 96% 800,00 4% 590,58 95% 28,00 5%
RAMOS 34.930,12 27% 95.992,65 73% 1.207,20 26% 3.525,80 74%
RECANTO DA SERRA 6.703,50 23% 22.958,75 77% 257,00 37% 442,00 63%
ROMÃO DOS REIS 2.499,50 8% 28.566,90 92% 122,00 18% 565,80 82%
RUA NOVA 5.709,00 21% 20.907,09 79% 155,00 19% 656,00 81%
SAGRADA FAMÍLIA 12.947,80 19% 53.783,38 81% 560,00 20% 2.238,28 80%
SAG. CORAÇÃO DE
JESUS 784,00 5% 14.818,44 95% 61,00 5% 1.216,50 95%
SANTA CLARA 244.736,68 55% 200.882,73 45% 6.436,98 46% 7.456,20 54%
SANTO ANTÔNIO 237.861,08 35% 448.200,88 65% 4.249,64 21% 15.701,99 79%
SÃO JOSÉ 37.351,80 31% 81.475,34 69% 1.260,63 32% 2.681,10 68%
SÃO JOSÉ DO TRIUNFO 40.920,70 18% 187.129,78 82% 1.755,90 22% 6.094,45 78%
SÃO SEBASTIÃO 31.236,30 41% 45.378,21 59% 1.544,80 39% 2.380,42 61%
SERRA VERDE 35.273,15 97% 1.078,00 3% 1.275,00 96% 52,00 4%
SILVESTRE 158.558,63 36% 285.325,32 64% 5.144,42 40% 7.686,67 60%
58
UNIÃO 4.626,80 9% 45.111,95 91% 238,00 12% 1.812,60 88%
VALE DO SOL 28.527,39 21% 106.318,61 79% 1.011,21 24% 3.269,25 76%
VAU-AÇÚ 42.354,50 40% 63.738,25 60% 1.109,00 35% 2.104,00 65%
VEREDA DO BOSQUE 47.271,34 49% 49.060,22 51% 1.495,09 49% 1.562,00 51%
VILA ALVES 700,00 9% 6.697,00 91% 35,00 20% 140,20 80%
VIOLEIRA 19.461,50 35% 35.399,64 65% 732,00 39% 1.160,60 61%
166.909,1
TOTAL 3.110.332,45 37% 5.283.462,46 63% 91.216,43 35% 6 65%
Fonte: elaboração própria, segundo DC-PMV (ago. 2003)
59
QUADRO A I - 3 – UNIDADES AUTÔNOMAS CONSTRUÍDAS POR LOTE POR BAIRRO
Lotes % % % % ≥ %≥
BAIRRO Edificados 1 UA 1UA 2 UA 2UA 3 UA 3UA 4 UA 4UA 5 UA 5UA
ACAMARI 137 137 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
ARDUINO BOLIVAR 225 168 75% 45 20% 8 4% 3 1% 1 0%
BARRINHA 77 55 71% 8 10% 1 1% 0 0% 3 4%
BELA VISTAS 216 146 68% 57 26% 8 4% 4 2% 1 0%
BELVEDERE 31 19 61% 10 32% 0 0% 0 0% 2 6%
BETÂNIA 123 80 65% 26 21% 13 11% 3 2% 1 1%
BOA VISTA 113 111 98% 2 2% 0 0% 0 0% 0 0%
BOM JESUS 939 608 65% 245 26% 56 6% 20 2% 10 1%
CACHOEIRINHA 237 224 95% 9 4% 2 1% 2 1% 0 0%
CENTRO 1381 636 46% 332 24% 128 9% 85 6% 200 14%
CIDADE NOVA 92 78 85% 10 11% 3 3% 0 0% 1 1%
CLÉLIA BERNARDES 98 45 46% 2 2% 3 3% 11 11% 37 38%
CONCEIÇÃO 160 106 66% 31 19% 14 9% 6 4% 3 2%
CRICIUMA 4 4 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
ESTRELAS 294 209 71% 56 19% 20 7% 6 2% 3 1%
FÁTIMA 604 408 68% 131 22% 29 5% 15 2% 21 3%
FLORESTA 1 1 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
FUAD CHEQUER 77 40 52% 26 34% 6 8% 4 5% 1 1%
INÁCIO MARTINS
(G.do CAMILOS) 174 137 79% 23 13% 11 6% 1 1% 2 1%
INCONFIDÊNCIA 18 18 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
J. K. 112 78 70% 20 18% 8 7% 3 3% 3 3%
JARDIM EUROPA 0 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
JARDINS DO VALE 14 14 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
JOÃO BRAZ 415 293 71% 77 19% 21 5% 8 2% 16 4%
JOÃO MARIANO 7 7 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
JULIA MOLLA 33 28 85% 3 9% 0 0% 0 0% 2 6%
LIBERDADE 5 4 80% 0 0% 0 0% 0 0% 1 20%
LOURDES 294 166 56% 62 21% 29 10% 17 6% 20 7%
MARIA EUGÊNIA 108 78 72% 18 17% 6 6% 4 4% 2 2%
NOVA ERA 407 194 48% 127 31% 48 12% 18 4% 20 5%
NOVA VIÇOSA 1050 999 95% 41 4% 5 0% 3 0% 2 0%
NOVO SILVESTRE 170 137 81% 25 15% 5 3% 2 1% 1 1%
PARQUE DO IPÉ 34 34 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
QUINTAS DOS
GUIMARÃES 2 2 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
RAMOS 207 123 59% 22 11% 19 9% 9 4% 34 16%
RECANTO DA
SERRA 37 37 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
ROMÃO DOS REIS 44 35 80% 6 14% 3 7% 0 0% 0 0%
RUA NOVA 29 26 90% 1 3% 1 3% 0 0% 1 3%
SAGRADA FAMÍLIA 189 137 72% 45 24% 6 3% 1 1% 0 0%
SAG. CORAÇÃO DE
JESUS 130 116 89% 12 9% 2 2% 0 0% 0 0%
SANTA CLARA 538 451 84% 64 12% 14 3% 5 1% 4 1%
SANTO ANTÔNIO 1153 676 59% 273 24% 104 9% 44 4% 56 5%
SÃO JOSÉ 212 155 73% 42 20% 10 5% 4 2% 1 0%
SÃO JOSÉ DO
TRIUNFO 525 449 86% 62 12% 13 2% 1 0% 0 0%
SÃO SEBASTIÃO 220 163 74% 43 20% 9 4% 2 1% 3 1%
SERRA VERDE 4 4 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
60
SILVESTRE 444 281 63% 124 28% 19 4% 10 2% 10 2%
UNIÃO 162 142 88% 16 10% 1 1% 3 2% 0 0%
VALE DO SOL 204 103 50% 59 29% 20 10% 17 8% 5 2%
VAU-AÇÚ 159 131 82% 22 14% 5 3% 0 0% 1 1%
VEREDA DO
BOSQUE 72 27 38% 8 11% 3 4% 4 6% 30 42%
VILA ALVES 9 7 78% 1 11% 0 0% 0 0% 1 11%
VIOLEIRA 64 55 86% 5 8% 4 6% 0 0% 0 0%
TOTAL 12.054 8.382 70% 2.191 18% 657 5% 315 3% 499 4%
Fonte: elaboração própria, segundo DC-PMV (ago. 2003)
Nota:
UA = Unidades autônomas por lote edificado
61
QUADRO A I – 4 – TOPOGRAFIA DO LOTES POR BAIRRO
Lotes Aclive Declive Irregula Plano
BAIRRO vagos Un % Un % rUn % Un %
ACAMARI 0 0 0 0 0
ARDUINO
BOLIVAR 60 32 53% 15 25% 0 0% 13 22%
BARRINHA 252 88 35% 43 17% 0 0% 121 48%
BELA VISTAS 24 14 58% 9 38% 0 0% 1 4%
BELVEDERE 79 52 66% 27 34% 0 0% 0 0%
BETÂNIA 15 11 73% 2 13% 0 0% 2 13%
BOA VISTA 115 48 42% 66 57% 0 0% 1 1%
BOM JESUS 141 73 52% 54 38% 0 0% 14 10%
CACHOEIRINHA 79 27 34% 18 23% 0 0% 34 43%
CENTRO 100 44 44% 22 22% 4 4% 30 30%
CIDADE NOVA 62 13 21% 46 74% 0 0% 3 5%
CLÉLIA
BERNARDES 34 8 24% 18 53% 0 0% 8 24%
CONCEIÇÃO 13 6 46% 2 15% 1 8% 4 31%
CRICIUMA 10 8 80% 2 20% 0 0% 0 0%
ESTRELAS 72 36 50% 21 29% 0 0% 15 21%
FÁTIMA 326 151 46% 151 46% 3 1% 21 6%
FLORESTA 146 64 44% 82 56% 0 0% 0 0%
FUAD CHEQUER 3 1 33% 2 67% 0 0% 0 0%
INÁCIO MARTINS
(G.do CAMILOS) 191 109 57% 44 23% 1 1% 37 19%
INCONFIDÊNCIA 256 165 64% 91 36% 0 0% 0 0%
J. K. 89 42 47% 43 48% 1 1% 3 3%
JARDIM EUROPA 85 0 0% 24 28% 0 0% 61 72%
JARDINS DO
VALE 6 5 83% 1 17% 0 0% 0 0%
JOÃO BRAZ 348 173 50% 158 45% 1 0% 16 5%
JOÃO MARIANO 2 0 0% 0 0% 1 50% 1 50%
JULIA MOLLA 78 40 51% 34 44% 0 0% 4 5%
LIBERDADE 52 26 50% 22 42% 0 0% 4 8%
LOURDES 37 18 49% 12 32% 1 3% 6 16%
MARIA EUGÊNIA 66 32 48% 33 50% 0 0% 1 2%
NOVA ERA 56 5 9% 26 46% 2 4% 23 41%
NOVA VIÇOSA 1899 917 48% 695 37% 2 0% 285 15%
NOVO
SILVESTRE 96 50 52% 32 33% 1 1% 13 14%
PARQUE DO IPÉ 0 0 0 0 0
QUINTAS DOS
GUIMARÃES 45 19 42% 22 49% 0 0% 4 9%
RAMOS 72 26 36% 31 43% 6 8% 9 13%
RECANTO DA
SERRA 17 10 59% 7 41% 0 0% 0 0%
ROMÃO DOS
REIS 11 4 36% 5 45% 0 0% 2 18%
RUA NOVA 5 4 80% 0 0% 0 0% 1 20%
SAGRADA
FAMÍLIA 42 26 62% 11 26% 0 0% 5 12%
SAGRADO
CORAÇÃO DE
JESUS 6 4 67% 2 33% 0 0% 0 0%
SANTA CLARA 443 105 24% 224 51% 32 7% 82 19%
62
SANTO ANTÔNIO 318 174 55% 98 31% 1 0% 45 14%
SÃO JOSÉ 91 26 29% 27 30% 0 0% 38 42%
SÃO JOSÉ DO
TRIUNFO 157 44 28% 37 24% 0 0% 76 48%
SÃO SEBASTIÃO 143 103 72% 26 18% 0 0% 14 10%
SERRA VERDE 98 56 57% 23 23% 0 0% 19 19%
SILVESTRE 354 124 35% 203 57% 0 0% 27 8%
UNIÃO 19 16 84% 3 16% 0 0% 0 0%
VALE DO SOL 74 36 49% 32 43% 1 1% 5 7%
VAU-AÇÚ 90 52 58% 29 32% 0 0% 9 10%
VEREDA DO
BOSQUE 99 46 46% 44 44% 3 3% 6 6%
VILA ALVES 1 0 0% 0 0% 0 0% 1 100%
VIOLEIRA 46 29 63% 5 11% 0 0% 12 26%
TOTAL 6.923 3.162 46% 2.624 38% 61 1% 1076 16%
Fonte: elaboração própria, segundo DC-PMV (ago. 2003)
63
QUADRO A I – 5 – EXISTÊNCIA DE CALÇADAS E MUROS POR BAIRRO
Lotes Com Sem Com Sem
BAIRRO vagos calçadas % calçadas % muro % muro %
ACAMARI 0 0 0 0 0
ARDUINO
BOLIVAR 60 0 0% 60 100% 8 13% 52 87%
BARRINHA 252 6 2% 246 98% 0 0% 252 100%
BELA VISTAS 24 0 0% 24 100% 4 17% 20 83%
BELVEDERE 79 0 0% 79 100% 5 6% 74 94%
BETÂNIA 15 0 0% 15 100% 0 0% 15 100%
BOA VISTA 115 0 0% 115 100% 10 9% 105 91%
BOM JESUS 141 5 4% 136 96% 22 16% 119 84%
CACHOEIRINHA 79 3 4% 76 96% 7 9% 72 91%
CENTRO 100 3 3% 97 97% 36 36% 64 64%
CIDADE NOVA 62 1 2% 61 98% 2 3% 60 97%
CLÉLIA
BERNARDES 34 5 15% 29 85% 6 18% 28 82%
CONCEIÇÃO 13 1 8% 12 92% 1 8% 12 92%
CRICIUMA 10 1 10% 9 90% 1 10% 9 90%
ESTRELAS 72 1 1% 71 99% 5 7% 67 93%
FÁTIMA 326 14 4% 312 96% 31 10% 295 90%
FLORESTA 146 9 6% 137 94% 0 0% 146 100%
FUAD CHEQUER 3 0 0% 3 100% 3 100% 0 0%
INÁCIO MARTINS
(G.do CAMILOS) 191 0 0% 191 100% 8 4% 183 96%
INCONFIDÊNCIA 256 5 2% 251 98% 5 2% 251 98%
J. K. 89 3 3% 86 97% 5 6% 84 94%
JARDIM EUROPA 85 0 0% 85 100% 0 0% 85 100%
JARDINS DO
VALE 6 2 33% 4 67% 0 0% 6 100%
JOÃO BRAZ 348 5 1% 343 99% 16 5% 332 95%
JOÃO MARIANO 2 0 0% 2 100% 0 0% 2 100%
JULIA MOLLA 78 5 6% 73 94% 1 1% 77 99%
LIBERDADE 52 2 4% 50 96% 0 0% 52 100%
LOURDES 37 7 19% 30 81% 15 41% 22 59%
MARIA EUGÊNIA 66 0 0% 66 100% 11 17% 55 83%
NOVA ERA 56 3 5% 53 95% 14 25% 42 75%
NOVA VIÇOSA 1899 6 0% 1893 100% 19 1% 1880 99%
NOVO SILVESTRE 96 1 1% 95 99% 11 11% 85 89%
PARQUE DO IPÉ 0 0 0 0 0
QUINTAS DOS
GUIMARÃES 45 1 2% 44 98% 0 0% 45 100%
RAMOS 72 34 47% 38 53% 37 51% 35 49%
RECANTO DA
SERRA 17 3 18% 14 82% 1 6% 16 94%
ROMÃO DOS
REIS 11 0 0% 11 100% 1 9% 10 91%
RUA NOVA 5 0 0% 5 100% 0 0% 5 100%
SAGRADA
FAMÍLIA 42 0 0% 42 100% 1 2% 41 98%
SAG. CORAÇÃO
DE JESUS 6 0 0% 6 100% 2 33% 4 67%
SANTA CLARA 443 15 3% 428 97% 28 6% 415 94%
SANTO ANTÔNIO 318 5 2% 313 98% 35 11% 283 89%
SÃO JOSÉ 91 0 0% 91 100% 12 13% 79 87%
64
SÃO JOSÉ DO
TRIUNFO 157 12 8% 145 92% 25 16% 132 84%
SÃO SEBASTIÃO 143 5 3% 138 97% 4 3% 139 97%
SERRA VERDE 98 4 4% 94 96% 0 0% 98 100%
SILVESTRE 354 8 2% 346 98% 13 4% 341 96%
UNIÃO 19 0 0% 19 100% 3 16% 16 84%
VALE DO SOL 74 2 3% 72 97% 6 8% 68 92%
VAU-AÇÚ 90 0 0% 90 100% 4 4% 86 96%
VEREDA DO
BOSQUE 99 3 3% 96 97% 4 4% 95 96%
VILA ALVES 1 0 0% 1 100% 0 0% 1 100%
VIOLEIRA 46 0 0% 46 100% 2 4% 44 96%
TOTAL 6.923 180 3% 6.743 97% 424 6% 6.499 94%
Fonte: elaboração própria, segundo DC-PMV (ago. 2003)
65
ANEXO B
66