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FEMINIZAÇÃO DA DOCÊNCIA

Neste breve histórico vou relatar à trajetória da mulher na docência, que no


passado era submetida aos homens e ao poder exercido pela igreja católica. Na
época da colonização no Brasil, a educação era dirigida somente aos homens, tendo
estes direito a instrução nos colégios jesuíticos, ao contrário da mulher que, não
precisava ter formação, somente aprendia as primeiras letras.
A mulher antigamente era preparada para as prendas domésticas e esposa,
outras que escaparam do analfabetismo foram enviadas ainda muito jovens para os
conventos em Portugal para ser freira, o que colaborou inicialmente para assumir
também as primeiras, o papel de “mestras”, ensinava-se a aprender a ler, escrever e
contar, além de coserem e bordarem. Foi um passo muito importante na educação
feminina, visto que a mulher era excluída do acesso aos cursos superiores e no final
do século Dona Ambrozina de Magalhães em 1881, foi a primeira mulher a cursar a
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
De acordo com o filme “O sorriso de Monaliza”, no século passado, a
docência feminina foi considerada um trabalho, uma vocação, por um lado materno
da mulher, o cuidar dos filhos, essa iniciativa planejada pelo poder político exercido
naquela época e também restringiu a mulher a exercer outros cargos públicos.
A professora de Artes no filme “O sorriso de Monaliza” que ao término de seu
curso na Universidade, tem no seu desejo ser uma “educadora”, fazer a diferença no
seu tempo, o filme se passa na década de 1950. Ela buscava mudanças das
práticas educacionais de sua época, enfrentou desafios, ao trabalhar na tradicional
Escola Welley College, uma escola feminina que preparava suas alunas para as
prendas domésticas, boas esposas, ter filhos.
Por fim percebe-se que as alunas, o próprio ambiente da conceituada escola
não é diferente das demais em que conviveu, não contribuíram para as mudanças
que a própria professora gostaria que tivesse no cotidiano das suas alunas. A partir
de então, começa a questionar as escolhas de suas alunas, quanto ao futuro delas,
quebrando os conceitos e influenciando suas alunas que elas poderiam ser boas
esposas, ter filhos e dedicarem-se a uma profissão e ser realizadas, transformando
a sociedade a valorizar a mulher sem discriminação.
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Quando a mulher, por fim entra para a docência, os seus recebimentos são
poucos, como no filme, a professora é obrigada a dividir uma casa com outra colega
professora, ficando evidente que não era “bem paga”. No Brasil a partir de 1895
houve um avanço de mulheres formadas nas escolas em São Paulo.
Em 1962 na Escola Normal, em Taubaté (SP), a presença de mulheres na
carreira docente é expressiva no Magistério.
A feminização no Magistério, chegando até os dias de hoje, uma profissão, de
acordo com os dados do Censo do Professore 97, 9º são mulheres.
Consideramos que houve um avanço significativo do Brasil Colônia, em
relação à educação feminina atual, ao relembrar, a mulher evoluiu muito, hoje, ela é
mãe, professora, empresária, executiva e etc...
A mulher na docência nos dias atuais é importante no ato de ensinar a ler e
escrever, papel fundamental neste século, tem seus direitos garantidos por lei, uma
luta de classes que provocou mudanças ao longo dos anos, podendo adquirir
conhecimentos, especializar-se formando cidadãos conscientes.
Nos dias atuais fala-se de precarização do ensino, do trabalho docente, dos
baixos salários, da situação do ensino no Brasil, a desvalorização dos professores e
das escolas atuais, do medo que povoa dentro e fora dos ambientes escolares
pondo em risco a vida dos alunos e profissionais da educação que lutaram pelo
reconhecimento nos dias atuais de igualdade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA, Maria Lúcia de A. Historia da educação e da pedagogia: geral e Brasil.


2 ed. São Paulo: Moderna, 2006.

SENKEVICS, Adriano. A feminização do Magistério: considerações iniciais.


Disponível em: http://ensaiosdegenero.wordpress.com/2011/12/05/a-feminizacao-do-
magisterio/ Acesso em 07/nov/2015

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