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Diante de uma época marcada por um espírito relativista, caracterizado por

desconfortos em relação às ideologias já cansadas e também pelo abandono


aos valores bíblicos que, em idos tempos, serviram à mártires e fiéis como
fundamento e essência de suas próprias vidas, trazemos ao leitor algumas
reflexões que permeiam nossa geração. Reflexões estas submetidas à
relevância da teologia bíblica. Sabemos que são dias trabalhosos, cujos
valores deixados pelo Criador, através da Bíblia, encontram-se fragilizados por
causa de fatores diversos, entre eles a falta de interesse de muitos de nós em
correlacionar a Bíblia à própria vida cotidiana, o precário comprometimento
com as instituições basilares da sociedade, como a família, o aprendizado, a
adoração e o amor altruísta baseado no modelo bíblico de Jesus Cristo.
O leitor encontrará temáticas como Filosofia, Política, Inclusão Social, Família e
Música, enquanto adoração submetida ao Criador. Em todos os capítulos
encontrará dilemas e paradigmas aos quais serão tratados à luz da Bíblia,
compreendendo a dogmática cristã.
Os colaboradores deste volume possuem formações acadêmicas diversas,
além do mútuo interesse pelas Sagradas Escrituras, o que os coloca
comprometidos com o todo deste livro, mesmo construindo suas reflexões com
métodos, fundamentações e abordagens diferentes.
É mister ressaltar que este diálogo não tem o objetivo de esgotar os assuntos
tratados, tampouco servir como tratados teológicos afim de formar opiniões no
campo da teologia cristã, mas, introduzir o leitor a temas que se fazem
presentes na vida cotidiana de todo e qualquer cidadão contemporâneo.
No capítulo que compreende as relações da Bíblia com a Filosofia, Sá nos faz
refletir sobre os meandros da Sabedoria, de sua Verdadeira fonte: Deus, e o
despertamento desta nas diversas culturas, a despeito do panorama fechado e
restrito que teima confundir os estudantes. Notamos que, quando é
mencionado o termo “filosofia”, logo muitos estudantes a relacionam a um certo
distanciamento da espiritualidade; interpretam-na como uma heresia perigosa a
ser combatida. Mas, se interpretado responsavelmente, perceberemos que na
realidade é o contraposto: a fonte da verdadeira filosofia é a mesma fonte da
sabedoria, pois que, compreende o campo de estudo do saber. E qual a fonte
do saber, senão aquele que gerou a própria Sabedoria? (Pv 8.22,23,30). Se
trazermos para nossos dias, podemos seguramente afirmar que o maior
filósofo que já existiu aqui na Terra chama-se Jesus Cristo de Nazaré.
Assim, o estudo proposto por Sá adquire um teor mais aprofundado quando a
narrativa história da trajetória da filosofia ao longo das culturas e
territorialidades culmina em uma personalidade fundamental para a junção
teologia / filosofia, a saber: Filo de Alexandria, um dos sábios responsáveis
pelo volume da Septuaginta, então disposta e armazenada na Biblioteca criada
por Alexandre – O Grande, com o seu método exegético alegórico de
interpretação, uma forma de estabelecer uma aliança entre o Antigo
Testamento e a maneira grega de compreendê-lo. Sá apresenta ainda que não
somente o Antigo Testamento tem ligações com o pensamento grego
helenístico, mas também o Novo Testamento, se considerarmos que, para os
apologetas da Igreja Primitiva, a Filosofia foi o método pelo qual os mesmos
rebuscaram para pautar sua defesa da fé bíblica cristã.

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