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QUÍMICA GERAL
TEÓRICA
DOCENTES
a a
Prof . Dr . Karla Moreira Vieira
a a
Prof . Dr . Lucília Alves Linhares Machado
TÉCNICO RESPONSÁVEL
Reginaldo J. M. Moreira
GRADUANDO
Patrick Trevizani Barbosa
João Monlevade - MG
2017
SUMÁRIO
PÁGINA
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................. 4
UNIDADE 1: CONCEITOS BÁSICOS DE QUÍMICA GERAL
1. INTRODUÇÃO À QUÍMICA ....................................................................................................................... 11
1.1. O que é Química e para que serve?...................................................................................................... 11
1.2. Divisão da Química ............................................................................................................................... 13
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS................................................................................................................... 13
3. PROPRIEDADES DA MATÉRIA .................................................................................................................. 13
3.1. Propriedades Extensiva e Intensiva ...................................................................................................... 13
3.2. Mol: Quantidade de matéria ................................................................................................................ 14
3.3. Estados Físicos da Matéria ................................................................................................................... 14
3.4. Densidade ............................................................................................................................................. 15
3.5. Ponto de Fusão (P.F.) e de Ebulição (P.E.) ............................................................................................ 15
4. MATÉRIA E SUA CLASSIFICAÇÃO.............................................................................................................. 15
4.1. Substância Pura .................................................................................................................................... 16
4.2. Mistura ................................................................................................................................................. 17
5. TRANFORMAÇÕES OU FENÔMENOS ....................................................................................................... 18
6. OUTRO CONCEITOS IMPORTANTES......................................................................................................... 19
7. PROCESSOS BÁSICOS DE SEPARAÇÃO ..................................................................................................... 19
8. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS................................................................................................................. 23
8.1. Convenções........................................................................................................................................... 23
8.2. Arredondamentos ................................................................................................................................ 24
UNIDADE 1: EXERCÍCIOS DE REVISÃO.............................................................................................................. 25
2
3.4 Eletropositividade.................................................................................................................................. 34
3.5 Eletronegatividade ................................................................................................................................ 34
4. A PERIODICIDADE NAS PROPRIEDADES FÍSICAS ...................................................................................... 35
4.1 Densidades e Pontos de Fusão .............................................................................................................. 35
4.2 Metais e Não-Metais ............................................................................................................................. 36
5. A PERIODICIDADE NAS PROPRIEDADES QUÍMICAS ................................................................................. 36
5.1 Metais .................................................................................................................................................... 36
5.2 Não-Metais ............................................................................................................................................ 36
UNIDADE 2: EXERCÍCIOS DE REVISÃO
3
UNIDADE 5: ESTEQUIOMETRIA E CÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS
1. REAÇÕES QUÍMICAS E BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES QUÍMICAS..................................................... 73
1.1 Reações químicas .................................................................................................................................. 73
1.2 Tipos de reações químicas ..................................................................................................................... 74
2. BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES QUÍMICAS E O MÉTODO DAS TENTATIVAS ...................................... 77
3. MOL E NÚMERO DE AVOGADRO. ............................................................................................................ 77
4. ESTEQUIOMETRIA E ALGUNS CASOS GERAIS. ........................................................................................ 78
4.1 Quando o dado e a pergunta são expressos em massa ........................................................................ 78
4.2 Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em volume (ou vice-versa).................................. 79
4.3 Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em mols (ou vice-versa) ...................................... 79
4.4 Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em número de partículas (ou vice-versa) ........... 79
4.5 Reagente limitante, em excesso, produtos e rendimento de uma reação ........................................... 80
4.6 Análise Dimensional para cálculos estequiométricos ........................................................................... 80
UNIDADE 5: EXERCÍCIOS DE REVISÃO .......................................................................................................... 81
4
7. CATÁLISE ................................................................................................................................................ 105
UNIDADE 7: EXERCÍCIOS DE REVISÃO ......................................................................................................... 105
5
UNIDADE 10: EXERCÍCIOS DE REVISÃO ....................................................................................................... 139
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................... 144
FIGURAS
PÁGINA
6
Figura 2.11 Ponto de fusão dos elementos …………………………............................………….………………………..…35
7
Figura 5.7 Exemplo de pesagem de ferro ………………………………............……………………................…….…..……76
Figura 5.8 Exemplo da relação mol e constante de Avogadro …………………………...................……….…….……76
8
Figura 10.6 Exemplo de reação com agente redutor e oxidante
…………………............................…....………12426
Figura 10.7 Exemplo de reação com agente redutor e oxidante
……………………............................………….12426
Figura 10.8 Exemplo de reação com agente redutor e oxidante…………............................…………….……… 124
Figura 10.9 Exemplo de pilha de Daniel
……………………………….…..........................................................……12428
Figura 10.10 Exemplo de pilha de Daniel
..................................................................................................12429
Figura 10.11 Exemplo de pilha de Daniel
..................................................................................................12429
Figura 10.12 Exemplo de equação global e representação esquemática pilha de Daniel
........................12430
Figura 10.13 Exemplo de eletrodo padrão de hidrogênio
........................................................................12430
Figura 10.14 Exemplo de eletrodo padrão de hidrogênio........................................................................
12431
Figura 10.15 Equação global de Ni e Ag ................................................
...................................................12432
Figura 10.16 Exemplo de eletrólise (a) e diferença entre pilha e eletrólise (b)
........................................12433
Figura 10.17 Exemplo de eletrólise ígnea
.................................................................................................12433
Figura 10.18 Aparelho para realizar eletrólise aquosa
.............................................................................12434
Figura 10.19 Facilidade de descarga de elementos.
..................................................................................12435
Figura 10.20 Eletrólise de uma solução aquosa de
NiCl2............................................................……….......12436
Figura 10.21 Eletrólise de uma solução aquosa de
AgNO3........................................................................12436
Figura 10.22 Eletrólise de uma solução aquosa de KI
.........................................................................12436
Figura 10.23 Eletrólise de uma solução aquosa de Na2SO4.......................................................................124
9
1. APRESENTAÇÃO
A Apostila Química Teórica é um material didático desenvolvido pelas professoras doutoras Lucília
Alves Linhares Machado e Karla Moreira Vieira em colaboração com o aluno Patrick Trevizani
Barbosa (bolsista do Projeto Pró ativa) para ser aplicado nos cursos de Engenharia Elétrica,
Engenharia da Computação e Engenharia de Produção do Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas
da UFOP. A apostila é resultado da junção de vários materiais disponíveis na literatura, como livros
já publicados, artigos científicos, revistas, etc. O material contém todos os conteúdos descritos na
ementa da disciplina dos três cursos, aborda também algumas temáticas complementares, além
de conter exercícios para revisão dos conteúdos. Esta é a primeira edição da apostila e foi
elaborada no intuito de proporcionar ao estudante condições para que eles construam
aprendizagens significativas referentes ao conteúdo trabalhado, compreendendo sua importância
relacionada ao componente curricular Química, bem como sua relação com as demais áreas do
conhecimento e com o seu cotidiano. Todo material utilizado para elaboração deste material
estão listados nas referências bibliográficas ao final da apostila.
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UNIDADE 1: CONCEITOS BÁSICOS DE QUÍMICA GERAL
1. INTRODUÇÃO À QUÍMICA
11
Nas Engenharias, a Química também tem diferentes atuações. Na Engenharia de
Alimentos a química exerce também papel importante. Por exemplo, a indústria de alimentos
utiliza os chamados “aditivos”: são substâncias capazes de conferir as seguintes características aos
alimentos: - antioxidantes (inibe o processo de oxidação); - conservantes (aumenta a
durabilidade); - estabilizantes (ajuda a manter as emulsões e suspensões); - adoçantes (transmite
sabor doce aos produtos), etc.
Na Engenharia Química o engenheiro trabalha com os processos industriais que empregam
transformações físico-químicas. Ele cria técnicas de extração ou obtenção de matérias-primas, sua
utilização e transformação em produtos químicos e petroquímicos, como tintas, plásticos, têxteis,
papel e celulose. Desenvolve produtos e equipamentos, além de pesquisar tecnologias e processos
mais eficientes e menos agressivos para o meio ambiente.
Na Engenharia Civil, a química tem sua importância na compreensão dos processos de
corrosão, resistência dos materiais, sua composição. Necessário o conhecimento do "arcabouço"
dos materiais utilizados. Para escolher o material a usar deve-se saber os elementos que o compõe
e por quais processos antes passaram. Somente assim podemos ficar certos da eficiência em
isolamento acústico, capacidade calorífica, convecção, flexibilidade, condutância, etc. (Tudo isso
está ligado à química).
Na Engenharia Elétrica, a química é fortemente presente nesse ramo. No caso da cinética
química, essa permite entender a transformação do movimento em energia elétrica, como
exemplo, se pode citar uma reação entre soluções de metais condutores ou semicondutores e um
condutor iônico, ocorrendo a troca de elétrons entre eletrodo e eletrólito, ou seja, transformação
de energia química em energia elétrica. Podendo citar também os processos eletroquímicos que
envolvem pilhas e baterias como também a compreensão do universo quântico que dos
conhecimentos essenciais da química.
Na Engenharia de Produção, a aplicação da química proporcionou o desenvolvimento de
diversas técnicas e formas de manipulação para produção de produtos presentes no cotidiano das
pessoas como no ramo da automação, indústria alimentícia e etc. Pois através da química é
possível conhecer a constituição da estrutura da matéria de determinado equipamento, por
exemplo, permitindo conhecer características e melhor forma de manuseio tornando a produção
mais eficiente. Porém, a aplicação dos conceitos químicos altera dependendo da linha de
produção e seu entendimento ajuda a compreender processos que ocorrem até a fase final do
produto, envolvendo muitas vezes processos físico-químico.
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Na Engenharia de Computação conhecer os componentes presentes em circuitos,
microprocessadores entre outros é essencial. E cada um desses elementos necessitam de
conhecimento químico, que está presente nos mínimos materiais como resistências, diodos e
capacitores. Sem o uso de condutores e semicondutores reações eletroquímicas não seriam
possíveis. A química é fundamental por permite conhecer propriedades desses elementos e como
funcionam essas reações
Como se pode constatar, a Química tem proporcionado inúmeros benefícios para a
humanidade. Por outro lado, não podemos também nos esquecer de que muitos processos
químicos são responsáveis pela degradação do ambiente em que vivemos.
Química é uma Ciência Natural que estuda a natureza da matéria, suas propriedades, suas
transformações e a energia envolvida nesses processos. Quando conceituamos matéria, baseamo-
nos em suas propriedades. Desse modo, Matéria é tudo aquilo que possui massa e ocupa lugar no
espaço, ou seja, possui volume. Exemplo: Água, Madeira, Ferro, etc.
a) Corpo - Porção limitada da matéria, sem utilidade.
b) Objeto - Porção limitada da matéria, com utilidade. Por exemplo, a quebra de um copo de
vidro pode ser descrita como um objeto (copo) que deixa de existir e surgem vários corpos (o copo
fragmentado). Consideramos propriedades as qualidades da matéria que podem ser medidas.
3. PROPRIEDADES DA MATÉRIA
13
Intensivas não dependem do tamanho da amostra. Exemplo: densidade, temperatura, ponto de
fusão e ebulição, viscosidade, etc.
14
Figura 1.1: Mudança do estado físico da matéria.
3.4. Densidade
É a razão entre a massa de um corpo e o volume por ele ocupado.
Fórmula: d (g/cm3)
15
4.1. Substância Pura
Possui composição uniforme, definida e característica. Logo, apresenta propriedades
também definidas. Exemplo: a água, o ferro, o oxigênio, etc. As Substâncias puras podem ser
classificadas em:
- Substância Simples (ou elemento): Substância fundamental e elementar, ou seja, não pode ser
separada ou decomposta em substâncias mais simples. Exemplo: H2, O3.
- Substância Composta (ou composto): Constituída de átomos de 2 ou mais elementos
combinados segundo uma relação (razão) definida. Exemplo: água (H2O), glicose (C6H12O6)
sacarose (C12H22O11), etc. Os compostos podem ser decompostos em substâncias mais simples.
Substância Pura - Possui ponto de fusão (P.F) e o ponto de ebulição (P.E.) constante na mudança
do estado físico (Figura 1.2).
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Figura 1.2: Exemplo de mudança do estado físico de substância pura.
4.2. Mistura
Consiste de duas ou mais substâncias fisicamente misturadas e que pode ser separadas em
seus componentes pode intermédio das diferenças entre suas propriedades físicas. As misturas
podem, por sua vez, ser classificadas em:
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Mistura Homogênea – Apresenta sempre as mesmas características em toda sua extensão,
apresentando um único aspecto (Monofásico). Exemplo: NaCl + H2O (2 componentes e 1 fase).
5. TRANFORMAÇÕES OU FENÔMENOS
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6. OUTRO CONCEITOS IMPORTANTES
Sistema ⇒ porção limitada de matéria submetida a uma investigação científica. Exemplo: Sistema
atômico = átomo, sistema molecular = molécula, etc.
Inércia ⇒ resistência que todo sistema material apresenta em mudar o seu estado de movimento.
Quanto maior a massa, maior será a inércia do sistema. Exemplo: o elétron tem uma massa
extremamente pequena, logo sua trajetória pode ser facilmente alterada pela influência de um
agente externo (força).
Energia ⇒ É tudo aquilo que pode modificar a matéria, provocar ou anular movimentos e, ainda,
causar sensações. É a capacidade de se realizar trabalho. Trabalho é realizado quando um corpo é
movimentado contra uma força de oposição ao seu deslocamento. - Tipos de trabalho: mecânico
(quando a força de oposição é mecânica); elétrico (quando a força de oposição é elétrica, etc).
Exemplo: Trabalho mecânico é realizado quando levantamos, por exemplo, um livro de uma mesa,
pois o livro é deslocado contra a força da gravidade (oposição).
a) Filtração
A separação, como ilustrado na Figura 1.6, se faz através de uma superfície porosa
chamada filtro; o componente sólido ficará retido sobre a sua superfície, separando-se assim do
líquido que atravessa.
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Figura 1.6: Filtração simples.
b) Filtração à Vácuo
A filtração à vácuo (Figura 1.7) pode ser acelerada pela rarefação do ar, abaixo do filtro.
Nas filtrações sob pressão reduzida, usa-se funil com fundo de porcelana porosa (funil de
Buchner).
c) Decantação
Deixa-se a mistura em repouso até que o componente sólido tenha-se depositado
completamente. Remove-se em seguida, o líquido, entornando-se cuidadosamente o frasco, ou
com auxílio de um sifão (sifonação) (Figura 1.8).
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Figura 1.8: Sifonação.
Quando os líquidos não se separam pelo simples repouso, ou o fazem muito lentamente,
submete-se inicialmente a mistura à centrifugação.
d) Dissolução Fracionada
Trata-se a mistura com um líquido que dissolva apenas um dos componentes. Por filtração,
separa-se o componente não dissolvido; por evaporação (ou destilação) da solução, separa-se o
componente dissolvido no líquido. Veja o exemplo na Figura 1.10.
e) Sublimação
Só pode ser aplicada quando uma das fases sublima com facilidade. É empregada na
purificação do iodo e do naftaleno (Figura 1.11).
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Figura 1.11: Sublimação.
f) Flotação
Trata-se a mistura com um líquido de densidade intermediária em relação às dos
componentes. O componente menos denso que o líquido flutuará, separando-se assim do
componente mais denso, que se depositará. O líquido empregado não deve, contudo, dissolver os
componentes. Também é denominado de sedimentação fracionada (Figura 1.12).
g) Cristalização Fracionada
A mistura de sólidos é dissolvida em água e a solução é submetida à evaporação. Quando a
solução ficar saturada em relação à um componente, o prosseguimento da evaporação do
solvente acarretará a cristalização gradativa do referido componente, que se separará da solução.
A solução, contendo o componente cuja saturação ainda não foi atingida, fica sobre os cristais do
outro e é chamada água-mãe de cristalização.
h) Destilação Simples
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Para a separação dos componentes das misturas homogêneas sólido-líquido, recorre-se
comumente a destilação simples. O princípio do processo consiste em aquecer a mistura até a
ebulição; com isso o componente líquido separa-se do sistema sob a forma de vapor, que a seguir
é resfriado, condensando-se, e o líquido é recolhido em outro recipiente (Figura 1.13).
Todos os dígitos de uma grandeza medida, incluindo os incertos, são chamados algarismos
significativos. Quanto maior o número de algarismos significativos, maior é a certeza envolvida na
medida.
8.1. Convenções
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a) Zeros entre dígitos diferentes de zero são sempre significativos.
1.005 kg (quatro algarismos significativos)
1,03 cm (três algarismos significativos)
d) Quando um número termina em zeros mas não contém vírgula, os zeros podem ou não ser
significativos.
130 cm (dois ou três algarismos significativos)
10.300 g (três, quatro ou cinco algarismos significativos)
Por exemplo, uma massa de 10.300 g pode ser escrita em notação exponencial mostrando 3, 4 ou
5 algarismos significativos:
8.2. Arredondamentos
a) Na multiplicação e divisão o resultado deve ser informado com o mesmo número de algarismos
significativos da medida com o menor número de algarismos significativos.
Área = (6,221 cm) (5,2 cm) = 32,3492 cm2 arredondamos para 32 cm2
b) Na adição e na subtração o resultado não pode ter mais casas decimais do que a medida com o
menor número de casas decimais.
Uma casa decimal
Três casas decimais
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Nenhuma casa decimal
Arredonda-se para 105 (zero casas decimais)
20,4
+ 1,322
83
104,722
Todos os exercícios numéricos devem ser feitos com as Regras de Algarismos Significativos.
2. Por que uma substância pura ao passar do estado sólido para o líquido não sofre variação de
temperatura?
4. A água mineral com gás, em uma garrafa fechada, é uma mistura homogênea ou heterogênea?
E depois de aberta?
5. O gás do botijão de cozinha é constituído pelos gases butano e propano. De que tipo é essa
mistura? Por que?
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6. Consultando a tabela periódica dos elementos, indique:
a) o símbolo dos elementos: bário, berílio, gálio, lítio, neônio, zircônio, chumbo.
b) o nome dos elementos com os seguintes símbolos: B, Bi, Ca, Cr, Co, Mg, Mn, Ni, Zn.
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a) cloreto de sódio
b) hélio
c) álcool
d) platina
e) água
f) hidrogênio
g) ouro
h) açúcar
13. Qual o número de algarismos significativos em cada uma das seguintes grandezas:
a) 40,2 g/cm3 =
b) 0,0000003 cm =
c) 70 min =
d) 4,6 x 1019 átomos =
14. Indique o número de prótons, de nêutrons e de elétrons em cada uma das espécies:
a) 40,120Ca prótons = massa = nêutrons = elétrons =
b) 55,826Fe prótons = massa = nêutrons = elétrons =
c) 35,517Cl prótons = massa = nêutrons = elétrons =
27
b) moléculas diatômicas contendo átomos de elementos diferentes;
c) molécula poliatômica contendo átomos do mesmo elemento;
d) moléculas poliatômica contendo átomos de elementos diferentes.
18. Quais das seguintes espécies são elementos, moléculas (mas não compostos), compostos (mas
não moléculas) e quais são compostos e moléculas?
a) SO2 e) O i) KBr
b) S8 f) O2 j) S
c) Cs g) O3 k) P4
19. Dos 115 elementos conhecidos, apenas dois são líquidos à temperatura ambiente (25ºC).
Quais são? Diga quais são os elementos que existem como gases à temperatura ambiente.
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22. Quais dos itens listados descrevem variações físicas e quais descrevem variações químicas?
a) uma banana amadurece
b) a água evapora
c) um objeto cai de uma janela
d) a comida é digerida
23. Um palito de fósforo é aceso e mantido sob um pedaço de metal frio. São feitas as seguintes
observações. Quais desses acontecimentos são relativos a mudanças físicas e quais são relativos a
mudanças químicas?
a) o palito de fósforo queima;
b) o metal esquenta;
c) a água condensa-se no metal;
d) deposita-se fuligem no metal;
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1. A TABELA PERIÓDICA MODERNA
30
Figura 2.2: Representação de elementos da tabela periódica.
31
Algumas propriedades dos átomos apresentam variações periódicas em função do número
atômico.
(a) (b)
Figura 2.4: (a) Raio atômico entre dois átomos. (b) Raio atômico.
O raio atômico varia de acordo com o arranjo dos elementos na tabela periódica. Diminui da
esquerda para a direita e aumenta de cima para baixo (Figura 2.5). Ao longo do período ocorre
decréscimo do raio atômico, pois os elétrons são adicionados na camada de valência, e
simultaneamente prótons são adicionados ao núcleo aumentando a carga nuclear. Este aumento
atrai todos os elétrons, provocando aproximação com o núcleo e consequentemente diminuição
do raio atômico. E ao longo da família o raio aumenta, de acordo com o aumento do número de
camadas do átomo.
He
Fr
Raio iônico ⇒ É o raio de um ânion ou cátion. O raio iônico influência as propriedades físicas e
químicas de um composto iônico. Como por exemplo: a estrutura tridimensional de um composto
iônico depende das dimensões relativas dos seus cátions e ânions.
32
3.2 Energia de Ionização
Quando um átomo absorve energia em seu estado fundamental, o elétron pode se transferir
de um nível energético quantizado para outro. Energia de Ionização refere-se a energia mínima
necessária para remover um elétron de um átomo isolado, no seu estado fundamental. Na tabela
periódica, a energia de ionização aumenta da esquerda para direita e de baixo para cima (Figura
2.6).
A primeira energia de ionização é menor que a segunda, que por sua vez é menor que a
terceira e assim sucessivamente. Isso se deve ao fato de que cada elétron removido, a atração fica
maior em relação aos prótons.
33
3.4 Eletropositividade
É a tendência de determinado elemento em perder elétrons, tornando-se um cátion em uma
ligação química. Também chamado de caráter metálico, pois os metais possuem maior tendência
de perder os elétrons da camada de valência quando postos em contato com elementos
eletronegativos.
3.5 Eletronegatividade
A eletronegatividade é uma propriedade periódica dos elementos que indica a tendência
que cada um tem de atrair os elétrons em uma ligação química. Também denominado caráter não
metálico.
34
pertencentes ao mesmo período (mesma linha) da Tabela Periódica, veremos que a
eletronegatividade cresce da esquerda para a direita (Figura 2.9).
Linus Pauling criou uma escala dos elementos mais eletronegativos, que pode ser de ajuda
para determinar a intensidade da polarização de diferentes ligações:
F > O > N > C? > Br > I > S > P > H
Valores das eletronegatividades: 4,0 > 3,5 > 3,0 > 3,0 > 2,8 > 2,5 > 2,5 > 2,5 < 2,1
A Figura 2.11 exibe uma periodicidade irregular e relativa aos pontos de fusão dos elementos.
35
Figura 2.11: Ponto de fusão dos elementos.
4.2 Metais e Não-Metais
Os metais são normalmente bons condutores eletricidade e calor. São maleáveis e dúcteis, e
possuem alta refletividade e um brilho característico. Os não-metais tem propriedades diferentes
dos metais: são pobres condutores térmicos e elétricos, no estado sólido são quebradiços, e não
exibem alta refletividade ou brilho metálico.
5.1 Metais
Os metais são a maioria e estão posicionados à esquerda na tabela periódica. É característica
dos átomos metálicos terem baixas energias de ionização e baixas afinidades eletrônicas.
Consequentemente, os metais tendem a formar íons carregados positivamente denominados
cátions.
5.2 Não-Metais
Os não-metais são caracterizados pela alta afinidade eletrônica e alta energia de ionização,
com exceção dos gases nobres. Com isso, em muitas de suas reações, os não metais ganham
elétrons formando íons negativos denominados ânions.
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1. Dois ou mais íons ou, então, um átomo e um íon que apresentam o mesmo número de elétrons
denominam-se espécies isoeletrônicas. Comparando-se as espécies isoeletrônicas F-, Na+, Mg2+, e
Al3+, conclui-se que:
a) a espécie Mg2+ apresenta o menor raio iônico.
b) a espécie Na+ apresenta o menor raio iônico.
c) a espécie F- apresenta o maior raio iônico.
d) a espécie Al3+ apresenta o maior raio iônico.
e) a espécie Na+ apresenta o maior raio iônico.
3. Em qual das transformações a seguir, no sentido indicado, a energia envolvida mede o chamado
“potencial de ionização”?
a) Cl-(g) + 1 e- → Cl- (g)
b) 2 Cl(g) → Cl2(g)
c) H+(aq) + OH-(aq) → H2O(l)
d) Na(g) → Na+(g) + 1 e-
e) H+ (aq) + 1e- → ½ H2(g)
4. Qual das opções abaixo apresenta a comparação errada relativa aos raios de átomos e de íons?
a) raio do Na+ < raio do Na
b) raio do Na+ < raio do F-
c) raio do Mg2+ < raio do O2-
d) raio do F- < raio do O2-
e) raio do F- < raio do Mg2+
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b) Com o aumento do número de camadas, o raio atômico, em um mesmo grupo, diminui.
c) Para íons de elementos representativos, o número do grupo coincide com o número de elétrons
que o átomo possui no último nível.
d) Os elementos com caráter metálico acentuado possuem grande afinidade eletrônica.
e) Para elementos de um mesmo grupo, o volume atômico aumenta com o aumento do número
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III. Calcogênios ( ) Grupo 16 ou VI-A
IV. Halogênios ( ) Grupo 15 ou V-A
V. Família do carbono ( ) Grupo 14 ou IV-A
VI. Família do nitrogênio ( ) Grupo 1 ou I-A
VII. Gases nobres ( ) Grupo 2 ou II-A
10. O bromato de potássio, produto de aplicação controvertida na fabricação de pães, tem como
fórmula KBrO3. Os elementos que o constituem, na ordem indicada na fórmula, são das famílias
dos:
a) alcalinos, halogênios e calcogênios
b) halogênios, calcogênios e alcalinos
c) calcogênios, halogênios e alcalinos
d) alcalinos terrosos, calcogênios e halogênios
e) alcalinos terrosos, halogênios e calcogênios
11. Comparando-se as propriedades periódicas dos elementos que compõem o KCl, assinale os
itens que forem corretos. Dados: K (Z=19) e Cl (Z=17).
01) O potássio possui maior caráter metálico.
02) O cloro possui maior eletronegatividade.
04) O cloro tem maior raio atômico.
08) O potássio tem maior eletroafinidade.
16) O potássio tem maior potencial de ionização.
12. Em um mesmo grupo (ou família) da Tabela Periódica, o raio atômico cresce com o aumento
do número atômico. Isto ocorre porque o número de níveis de energia nos quais se distribuem os
elétrons aumenta de cima para baixo no grupo.
13. Com relação às propriedades periódicas dos elementos, assinale os itens que forem corretos.
01) Em um mesmo período o raio atômico aumenta com o número atômico devido ao aumento da
repulsão eletrostática ocasionada pelo aumento do número de elétrons.
02) Os elementos de maior tamanho (volume) e menor densidade na Tabela Periódica são os
metais alcalinos.
39
04) Em um mesmo período, a energia de ionização aumenta dos metais alcalinos para os gases
nobres, porque o raio atômico diminui neste sentido.
08) Os não metais formam ânions com mais facilidade que os metais porque, em um mesmo
período, estes apresentam uma afinidade eletrônica maior.
14. Com relação às propriedades periódicas dos elementos, assinale a alternativa cujos termos
preenchem CORRETAMENTE os espaços na ordem apresentada:
I - Os raios __________ dos elementos do Grupo 17 são menores que seus respectivos raios
__________.
II - A primeira _________________ de um átomo é sempre um processo ______________.
III - A primeira _________________ de um átomo geralmente é um processo _________________.
15. A construção da tabela periódica de Mendeleev deu-se pela necessidade de sistematização dos
elementos químicos até então descobertos em meados do século XIX. Um movimento constante
de organização dos elementos químicos impulsionou trabalhos de vários estudiosos da época,
numa tentativa de estruturar a química e conferir-lhe cientificidade. Pela análise da tabela
periódica, faça o que se pede.
a) Explique a diferença da energia potencial do lítio e do flúor, relacionando-a com o raio desses
elementos.
40
c) Preveja o tipo de ligação química e a fórmula química do composto formado por alumínio e
cloro.
No cotidiano, verifica-se que alguns materiais são sólidos (o carvão); outros, são líquidos
(água), alguns conduzem corrente elétrica (metais), outros não (madeira), alguns quebram fácil
(vidro), já alguns não (aço) e assim por diante. Essa grande diferença de propriedades entre os
41
materiais se deve, em grande parte, às ligações existentes entre os átomos (ligações químicas) e a
arrumação espacial.
A ligação química, sendo a interação de dois átomos (ou grupos de átomos), está
intimamente ligada ao rearranjo da estrutura eletrônica, ou melhor, dos elétrons dos átomos
dentro de uma nova molécula. O potencial de ionização e a afinidade eletrônica são duas
propriedades periódicas que podem nos auxiliar a compreendermos a natureza da ligação
química.
A natureza da ligação química dependerá de como acontece o rearranjo dos elétrons na
molécula formada. As ligações químicas estão divididas em primárias e secundárias. As primárias
envolvem a transferência ou o compartilhamento de elétrons e promovem uma junção
relativamente forte dos átomos adjacentes. Exemplo: Ligações Iônicas, Covalentes, Metálicas. Já
as ligações secundárias refere-se a uma atração relativamente fraca entre os átomos (quando
comparadas às ligações primárias), na qual não ocorre qualquer transferência ou
compartilhamento de elétrons. Exemplo: Ligações de van der Waals.
42
Figura 3.1: Distribuição eletrônica dos gases nobres.
Por possuírem cargas elétricas opostas, os cátions e ânions se atraem e ficam unidos devido
a ligação iônica, como ocorre com o átomo de sódio e cloro que com sua ligação originam o
cloreto de sódio. Na prática, porém, uma reação não envolve somente dois átomos, mas vários
átomos como na Figura 3.3.
A ligação iônica é geralmente bastante forte e mantém os íons muito unidos no retículo.
Sendo assim, os composto iônicos são sólidos e possuem geralmente seus pontos de fusão e
ebulição elevados (Figura 3.4).
43
(a)
(b)
Figura 3.4: (a) Ligações iônicos entre Magnésio e o Cloro, (b) e entre o Alumínio e o Flúor.
Os ciclos de Born-Haber (Figura 3.5) têm sido usados, por exemplo, para calcular energias
reticulares, entalpias de dissolução, ou na previsão da estabilidade termodinâmica de um dado
composto, através da sua entalpia de formação.
44
Resumo de alguns conceitos, definições e convenções utilizados em Ciclos de Born-Haber.
∆ diss Η
AB(g) → A(g) + B(g)
Energia de ionização
EI : energia que é necessário fornecer para arrancar uma mol de elétrons a um mol de átomos
neutros, ou de íons, no estado gasoso ideal e fundamental, ficando os elétrons arrancados com
uma energia cinética nula).
EI
A(g) → A+(g) + e−
Eletroafinidade
−EA
A(g) + e− → A− (g)
EI( A − ) = EA
A− (g)
→ A(g) + e−
∆fHº : variação de entalpia envolvida na formação de 1 mol de uma substância a partir dos seus
elementos constituintes nos respectivos estados padrão* a 298,15K.
45
*Estado padrão de uma substância define-se como a forma pura dessa substância à pressão de 1
bar. Embora a temperatura não faça parte desta definição, os valores tabelados costumam refere-
se a 298,15K (25ºC).
∆ H º ( NaCl)
Exemplo: Na(c) + ½ Cl2(g) f
→ NaCl(c)
Por exemplo, ∆fHº (Cl2, g) = 0 , mas ∆fHº(Cl, g) ≠0, porque o estado padrão do cloro (tal como o
hidrogênio, azoto, oxigênio, e os restantes halogêneos, flúor, bromo e iodo), corresponde à
molécula diatômica.
Entalpia de reação
A variação de entalpia de uma reação, ∆rH, pode calcular-se a partir das entalpias de formação
padrão dos seus produtos e reagentes :
Entalpia de atomização
∆
atom H
AB...C(c,l ou g) → A(g) + B(g) +..... + C(g)
Entalpia de sublimação
46
∆ H
A(c) sub
→ A(g)
Entalpia de vaporização
∆ vapH
A(l) → A(g)
Entalpia de dissolução
∆ H
→ A+(soln) + B− (soln)
AB(c) dissol
∆ H
A+(g) hid
→ A+(soln)
Energia reticular
Uret ≡ -U (energia que é necessário fornecer para separar 1 mol do cristal iônico nos respectivos
íons no estado gasoso perfeito).
U
→ A+(g) + B− (g)
AB(c) ret
47
Figura 3.5: Ciclo de Born Haber → NaCl.
4. Ligação Covalente
Ao se unirem por compartilhamento de elétrons, dizemos que entre os átomos se
estabelece uma ligação covalente (Figura 3.6). Os grupos de átomos unidos por ligação covalente
são denominados moléculas. As substâncias formadas por moléculas são denominadas
substâncias moleculares. Geralmente este tipo de ligação ocorre entre Ametais.
Três maneiras distintas de representar uma molécula são a fórmula molecular, a fórmula
eletrônica (ou fórmula de Lewis) e a fórmula estrutural, na qual cada par de elétrons
compartilhado é representado por meio de um tracinho (Figura 3.7).
48
As ligações covalentes podem ser polares e apolares.
4.1. Ligações covalentes polares: Quando existe diferença de eletronegatividade entre átomos
envolvidos em determinada ligação química (Figura 3.8).
4.2. Ligações covalentes apolares: Quando não existe diferença de eletronegatividade entre
átomos envolvidos em determinada ligação química, mesmo que os átomos sejam muito
eletronegativos (Figura 3.9).
49
4.3. Algumas características das ligações covalentes:
5. Carga Formal
As cargas formais (CF) indicam uma tendência para o acúmulo de carga elétrica. São úteis
para a discussão da viabilidade das estruturas de Lewis. Podem ser calculadas através da fórmula:
CF = EV – (1/2 EL + ENL)
EV = elétrons de valência
EL = elétrons ligantes
ENL = elétrons não ligantes
A soma das cargas formais dos átomos é igual a carga elétrica da molécula ou íon.
Em relação as cargas formais não são eletrostaticamente favoráveis:
– Cargas iguais em átomos adjacentes;
– Cargas opostas em átomos não adjacentes;
– Cargas múltiplas em qualquer átomo;
– Cargas em desacordo com as eletronegatividades dos átomos.
Exemplo: Carga Formal do íon ClO4-. A verdadeira estrutura para o íon ClO4- é um híbrido de
ressonância de quatro estruturas equivalentes.
50
6. Estrutura de Lewis
Para um entendimento através de figuras sobre a localização dos elétrons em um átomo,
representamos os elétrons como pontos ao redor do símbolo do elemento (Figura 3.11).
O número de elétrons disponíveis para a ligação é indicado por pontos desemparelhados.
Esses símbolos são chamados símbolos de Lewis.
Geralmente colocamos os elétrons nos quatro lados de um quadrado ao redor do símbolo do
elemento.
7. Geometrias Moleculares
Modelo de Repulsão de Pares de Elétrons no Nível de Valência (VSEPR). Desenvolvido por
Gillespie e Nyholm em 1957. A geometria molecular descreve o arranjo espacial do átomo central
e dos átomos ligados diretamente a ele (Figura 3.12).
Número de Coordenação Total (NCT) = número de pares ligantes (PL) + número de pares não
ligantes (PNL) ao redor do átomo central.
Ex.: H2O
NCT = PL + PNL
NCT = 2 + 2 = 4
51
2. Determinar o NCT.
3. Verificar o número de PL e o número de PNL.
4. Repulsão de pares eletrônicos: PNL–PNL > PNL–PL > PL–PL.
5. Repulsão quanto aos ângulos: 90° > 120° > 180°.
6. Inicialmente considerar somente as repulsões a 90°.
7. Optar pela geometria onde a repulsão entre os pares eletrônicos seja a menor possível.
8. Cada ligação dupla ou tripla é contada como uma única ligação.
52
Figura 3.13: Mar de elétrons.
53
⇒ Maleáveis (lâminas) dúcteis (fios);
⇒ Brilho metálico;
⇒ Conduzem eletricidade sólidos e líquidos (elétrons deslocalizados);
⇒ Resistentes ao calor: Altos PF(>500ºC) e PE;
⇒ Bons condutores térmicos e elétricos;
⇒ Baixa Energia de Ionização.
54
9.2 Ligações de Hidrogênio
Os átomos dos elementos flúor (F), oxigênio (O) e nitrogênio (N) são pequenos muito
eletronegativos. Quando ligados a um átomo de hidrogênio, haverá uma grande polarização dessa
ligação. Isso quer dizer que o polo positivo formado no átomo de hidrogênio será muito intenso.
Devido à intensidade desse polo, o átomo de hidrogênio interage com o par de elétrons de outra
molécula vizinha. Essa interação entre moléculas recebe o nome de ligação de hidrogênio (ou,
numa denominação mais antiga, ponte de hidrogênio) (Figura 3.15). Trata-se de uma interação
mais forte do que as do tipo dipolo-dipolo.
55
UNIDADE 3 - EXERCÍCIOS DE REVISÃO
LIGAÇÕES QUÍMICAS
1. Classifique as ligações nos seguintes compostos como predominantemente covalente ou iônica:
CsBr, MgO, NO, SF4, BaI2, CS2, OF2, HI, KI
2. Em qual das transformações a seguir, no sentido indicado, a energia envolvida mede o chamado
“potencial de ionização”?
a) Cl-(g) + 1 é → Cl-(g)
b) 2 Cl(g) → Cl2(g)
c) H+(aq) + OH-(aq) → H2O(l)
d) Na(g) → Na+(g) + 1 e-
e) H+(aq) + 1e- → ½ H2(g)
3. Dois ou mais íons ou, então, um átomo e um íon que apresentam o mesmo número de elétrons
denominam-se espécies isoeletrônicas. Comparando-se as espécies isoeletrônicas F-, Na+, Mg2+, e
Al3+, conclui-se que:
a) a espécie Mg2+ apresenta o menor raio iônico.
b) a espécie Na+ apresenta o menor raio iônico.
c) a espécie F- apresenta o maior raio iônico.
d) a espécie Al3+ apresenta o maior raio iônico.
e) a espécie Na+ apresenta o maior raio iônico.
4. Considere dois elementos, A e B, com números atômicos 6 e 8. Qual será a fórmula de Lewis e o
tipo de ligação para o composto formado entre esses elementos?
56
Representa uma substância:
a) Iônica, de fórmula NaN3
b) Molecular, de fórmula NaN
c) Molecular, de fórmula N2Na3
d) Iônica, de fórmula Na3N
e) Iônica, de fórmula Na3N3
7. Assinale a alternativa a seguir que só apresenta substâncias formadas por ligações metálicas:
a) Au, Pt, N2 e Zn.
b) Al, Cgrafita, Ag, Au.
c) Au, O2, Zn, P4.
d) Ag, Al, Cu, Au.
e) S8, NaCl, SF6, Cu.
9. O grupo de átomos que é encontrado na forma monoatômica pelo fato de serem estáveis é:
a) Halogênios
b) Calcogênios
c) Metais Alcalinos Terrosos
d) Metais Alcalinos
e) Gases Nobres
10. Para que átomos de enxofre e potássio adquiram configuração eletrônica igual à de um gás
nobre, é necessário que: dados: S (Z = 16); K (Z = 19).
57
a) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio receba 7 elétrons.
b) o enxofre ceda 6 elétrons e que o potássio receba 7 elétrons.
c) o enxofre ceda 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
d) o enxofre receba 6 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
e) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
11. Um composto iônico é geralmente formado a partir de elementos que possuem:
a) energias de ionização muito distintas entre si.
b) elevadas energias de ionização.
c) raios atômicos semelhantes.
d) elevadas afinidades eletrônicas.
e) massas atômicas elevadas.
12. Assinale a alternativa que apresenta composto com ligação química essencialmente iônica?
a) NaI b) CO2 c) HCl d) H2O e) CH4
13. As ligações químicas predominantes entre os átomos dos compostos H2S, PH3 e AgBr são:
a) iônica, covalente e iônica.
b) covalente, iônica e iônica.
c) iônica, covalente e covalente.
d) covalente, covalente e iônica.
e) iônica, iônica e covalente.
58
c) O2
d) CH4
e) CHCl3
1. Ionização e Dissociação
O NaOH e o HCl quando puros não são capazes de conduzir corrente elétrica, mas quando
dissolvidos em água passam a conduzir. Para entender essa afirmação, primeiramente deve-se
considerar que a corrente elétrica é um fluxo ordenado de cargas elétricas. No caso do NaOH,
este possui íons portadores de cargas elétricas que no estado sólido ficam em suas respectivas
posições no retículo cristalino iônico do composto. Enquanto o HCl gasoso é formado por
moléculas e, por isso, não conduz corrente elétrica.
Mas o NaOH, quando dissolvido em água, sofre o processo de dissociação iônica. Que é a
separação dos íons que ocorre quando uma substância iônica se dissolve em água (Figura 4.1).
59
Figura 4.1: NaCl no estado sólido e em solução de água.
Com a dissociação iônica, passa a existir na solução de NaOH, íons livres para se movimentar
e conduzir corrente elétrica. Todas as substâncias iônicas, ao se dissolverem em água, sofrem o
processo de dissociação iônicas e entres essas substâncias iônicas estão as bases, do qual o NaOH
faz parte.
O HCl, se trata de uma substância molecular pois a ligação em o H e o Cl é covalente,
portanto, ele não possui íons e não pode sofrer dissociação iônica. Ao dissolver HCl em água
ocorre o processo de ionização, sendo que as moléculas de HCl são quebradas ao entrar em
contato com a água, originando íons.
Devido à ionização, o HCl quando dissolvido na água permite o surgimento de íons livres
para conduzir a corrente elétrica (Figura 4.2).
2. Ácidos e Bases
Segundo Arrhenius, ácidos são compostos que em solução aquosa se ionizam, produzindo
íon positivo apenas cátion hidrogênio(H+). Enquanto Bases são compostos iônicos em que meio
aquosos se dissociam liberando apenas ânions hidroxila (OH+).
60
a) Restrito a soluções aquosas.
b) Incapaz de prever:
ou seja:
61
Oxiácidos: contêm oxigênio (HNO3, H2SO4 etc.).
As substâncias HF, HCl, HBr, HI, H2S e HCN são gasosas em condições ambientes. Para
denominar esse tipo de ácido, escreve-se o nome do elemento, seguido da terminação ídrico.
A várias formas de ensinar a dar nomes para os principais ácidos com oxigênio. A
considerada mais prática requer que se conheça a fórmula de seis ácidos:
62
Quadro 4.1: Nomenclatura de ácidos oxigenados.
3. Bases: Classificação e nomenclatura
No caso das bases ou hidróxidos, o OH- é o responsável pelas suas propriedades. De modo
geral, as bases são formadas por um metal, que constitui o radical positivo, ligado invariavelmente
ao OH-.
ou seja:
⇒ Classificação das bases
c) Quanto a volatilidade:
Voláteis: NH4OH - baixo PE
63
a) Quando o elemento forma apenas uma base
Exemplos:
Fe(OH)3 - hidróxido férrico ou hidróxido de ferro lll
Fe(OH)2 - hidróxido ferroso ou hidróxido de ferro ll
Sn(OH)4 - hidróxido estânico ou hidróxido de estanho IV
Sn(OH)2 - hidróxido estanoso ou hidróxido de estanho ll
ou seja:
Os sais podem ser divididos em dois grupos, sendo eles óxidos moleculares quando o
elemento ligado ao oxigênio é ametal. E óxidos iônicos quando o elemento ligado ao oxigênio é
um metal.
a) Óxidos Básicos
Óxidos básicos são óxidos que reagem com a água, produzindo base, ou reagem com um ácido,
produzindo sal e água.
64
Nomenclatura dos óxidos básicos
Outra forma:
Óxidos ácidos ou anidridos são óxidos que reagem com a água, produzindo um ácido, ou
reagem com uma base, produzindo sal e água.
Nomenclatura dos óxidos ácidos
65
SO3 - anidrido sulfúrico
SO2 - anidrido sulfuroso
c) Óxidos anfóteros: Óxidos anfóteros podem se comportar como óxido básico, ora como óxido
ácido. E a nomenclatura é idêntica ao dos óxidos básicos. Exemplo: ZnO, SnO.
d) Óxidos indiferentes ou neutros: são óxidos que não reagem com água, nem com ácidos nem
com bases. Exemplo: CO (monóxido de carbono), NO (óxido nítrico).
Óxidos Importantes
(a)
(b)
Figura 4.3: Formação do sal NaCl (a) Reação de formação do sal NaCl (b).
66
⇒ Nomenclatura dos sais
Nomenclatura dos ânions
Para um sal receber um nome, é preciso saber o nome do ânion presente no sal. Essa
nomenclatura dos ânions é dada no quadro abaixo:
(a)
(b)
Quadro 4.2: Nomenclatura dos ânions (a), e exemplos de fórmula e nome de ânions (b).
67
Figura 4.4: Nomenclatura dos sais, e exemplos de fórmula e nomes.
6. Hidretos: Nomenclatura
Trata-se de compostos inorgânicos hidrogenados, que apresentam o hidrogênio como o
elemento mais eletronegativo, ou seja, ou seja ânion ne nox = -1.
68
c) Nítrico, hipocloroso, sulfúrico, sulfuroso e fosforoso.
a) HNO3
Nome:__________________________________Equação:_________________________________
b) H2SO3
Nome:__________________________________Equação:_________________________________
c) NaOH
Nome:__________________________________Equação:_________________________________
d) Al(OH)3
Nome:__________________________________Equação:_________________________________
e) H2SO4
Nome:__________________________________Equação:_________________________________
f) KOH
Nome:__________________________________Equação:_________________________________
g) Fe(OH)3
Nome:__________________________________Equação:_________________________________
3. Dê o nome dos óxidos abaixo e classifique-os segundo os critérios: básico, ácido, anfótero,
neutro.
a) CO2:
Nome:________________________________Classificação:________________________________
b) Cl2O6:
69
Nome:________________________________Classificação:________________________________
c) CO:
Nome:________________________________Classificação:________________________________
d) Al2O3:
Nome:________________________________Classificação:________________________________
5. São citados abaixo, diversos compostos entre eles ácidos, bases, e outros. Agrupe nas
respectivas colunas os ácidos e as bases:
ÁCIDOS BASES
70
HCN, Mn(OH)4 , Cr(OH)2 , HNO3, NaOH, Al(OH)3,
H2SO4, AuOH, HCl, HI, NaCl, CO2, CaCO3, KBr, NO,
Ca(OH)2, Mg(OH)2, Fe(OH)3, H2S, H3PO4,HClO3,
71
d) hidróxido de prata h) ácido pirossulfúrico
9. Ao dissociar em água destilada o ácido fosfórico (H3PO4), resultam, como cátion e ânion:
10. Assinale a alternativa que apresenta dois produtos caseiros com propriedades alcalinas.
a) Sal e coalhada.
b) Leite de magnésia e sabão.
c) Bicarbonato e açúcar.
d) Detergente e vinagre.
e) Coca-cola e água de cal.
72
b) II, III, IV, somente.
c) I e V, somente.
d) III e V, somente.
e) I, II, III e V, somente.
O vidro comum, também conhecido como vidro de cal--soda, é produzido pela reação de areia
(dióxido de silício), óxido de sódio, cal (óxido de cálcio) e óxido de alumínio. No entanto, na
composição do vidro cristal, entram apenas a sílica e o dióxido de chumbo, cuja combinação
confere mais brilho e maior massa ao produto. Indique a alternativa que apresenta as fórmulas
corretas para as substâncias químicas destacadas, na ordem em que aparecem no texto.
Reações químicas podem ser definidas como um processo no qual uma ou mais substâncias
se transformam em uma ou mais substâncias novas. Possuem duas partes, que são os reagentes e
produtos. Veja Figura 5.1 que se segue.
73
Figura 5.1: Reações químicas.
A matéria não pode ser perdida em nenhuma reação química. A Figura 5.2 ilustra bem essa
afirmação.
Exemplo:
74
Reações de Decomposição ou Análise
Exemplo:
Acontece quando uma substância simples reage com uma substância composta para formar outra
substância simples e outra composta.
Exemplo:
Uma reação é de dupla troca quando há dois reagentes e dois produtos, todos substâncias
inorgânicas compostas, e ocorre uma espécie de “troca”.
Exemplo:
Reações de Combustão
75
As reações de combustão são bastante comuns em nosso cotidiano e são também muito
importantes, pois elas interferem na evolução de vários setores de nossa sociedade, sendo que o
homem foi aprendendo a utilizá-las conforme a necessidade. Por exemplo, o alimento que
comemos é preparado por meio da combustão do gás de cozinha, que é formado em grande parte
por gás butano (C4H10), ou por meio da combustão de lenha, carvão e outros combustíveis sólidos.
A combustão é caracterizada por três partes necessárias:
1. Combustível: material oxidável que é consumido, isto é, reage com o oxigênio, pegando fogo.
Os combustíveis podem ser sólidos (carvão, madeira, papel), líquidos (gasolina, etanol e
óleo diesel) e gasosos (gás butano, gás metano);
2. Comburente: geralmente é o oxigênio do ar (O2(g)), que pode estar na forma pura ou misturado
com outros gases, como acontece no caso do ar. Se não houver suprimento de oxigênio suficiente
no ar, a reação não ocorre. No ar, temos cerca de 20% de O2(g), e o limite para que haja combustão
é 9% para o carvão e 16% para os demais combustíveis.
3. Energia (calor): para que a reação de combustão se inicie, é necessária uma fonte de ignição,
como uma faísca. Depois que a reação se inicia, a energia liberada na forma de calor providencia a
energia necessária para que a reação continue até que todo o combustível ou comburente
tornem-se escassos.
Existem dois tipos de combustão, a completa e a incompleta, veja os produtos de cada uma:
Combustão Completa: Os produtos formados são dióxido de carbono (CO2(g)) e água
(H2O(v)). Esse tipo de reação ocorre quando há um suprimento suficiente de oxigênio. No caso da
combustão de hidrocarbonetos, ocorrem a ruptura total da cadeia carbônica e a oxidação total
dos átomos de carbono. Isso significa que o Nox (número de oxidação dos átomos de carbono)
aumenta, atingindo o valor máximo. Veja os exemplos abaixo, em todos os casos são formados
CO2(g) e H2O(g), e o Nox do carbono passa de -4 para + 4:
Combustão completa do gás metano:
CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(g) + calor
Combustão completa do gás butano:
2 C4H10(g) + 13 O2(g) → 8 CO2(g) + 10 H2O(g) + calor
Combustão Incompleta: Os produtos formados podem ser monóxido de carbono (CO(g)), água
(H2O(v)) ou fuligem (C(s)). O suprimento de oxigênio é insuficiente para consumir todo combustível.
76
Quando se forma o monóxido de carbono, o Nox do carbono passa de -4 para +2, e quando o
produto é a fuligem, o Nox do carbono passa de -4 para zero. Observe:
Combustões incompletas do metano:
CH4(g)+3/2O2(g)→CO(g)+2H2O(g)
CH4(g) + O2(g) → C(s) + 2 H2O(g)
Combustões incompletas do butano:
C4H10(g) + 9 O2(g) → 8 CO(g) + 10 H2O(g)
C4H10(g) + 5 O2(g) → 8 C(g) + 10 H2O(g)
1ª) Começar com o elemento que apareça apenas uma vez tanto nos reagentes como nos
produtos.
2ª) Começar com o elemento de índices maiores.
3ª) Eleito o elemento de índices maiores, utilizá-los nos coeficientes das substâncias do membro
oposto.
4ª) Adotar o mesmo procedimento com todos os elementos restantes.
5ª) Conferir o número de átomos de cada elemento nos dois membros da equação.
6ª) Os coeficientes devem ser os menores números inteiros possíveis
7ª) Normalmente deixar O e H por último.
O átomo é tão pequeno que não é possível “trabalhar”, “pesar” etc. um único átomo. Com
isso os químicos procuraram uma quantidade de átomos que pudesse ser “pesada” em balanças
comuns. Então foi considerada uma quantidade de átomos que pesada, fornecesse em gramas, o
mesmo número estabelecido como massa atômica. Por exemplo, na Figura 5.7, o caso do ferro:
77
Figura 5.7: Exemplo de pesagem de ferro.
O mesmo raciocínio é para moléculas, íons etc. Na figura acima, essas N partículas foi dado o
nome de mol.
Mol é a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares
quantos átomos existem em 0,012 kg de carbono-12. E o N para chegar ao conceito de mol é de
aproximadamente 6,02 x 1023 partículas/mol, e esse valor foi nomeado de constante de Avogadro
em homenagem ao químico italiano Amadeo Avogadro, que intuiu que esse valor era constante,
só que apenas técnicas mais modernas permitiram determinar seu valor numérico. Veja o
exemplo na Figura 5.8.
Calcular a massa de óxido cúprico obtida a partir de 2,54 g de cobre metálico (massas
atômicas: O = 16; Cu = 63,5).
78
2 . 63,5 g ____________ 2 . 79,5 g
2,54 g _____________ X
X = 3,18 g de CuO.
4.2 Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em volume (ou vice-versa)
Calcular o volume de gás carbônico obtido, nas condições normais de pressão e
temperatura, por calcinação de 200 g de carbonato de cálcio (massas atômicas: C = 12; O = 16; Ca
= 40).
Equação balanceada: CaCO3 → CaO + CO2
4.4 Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em número de partículas (ou vice-versa)
Quantas moléculas de gás carbônico podem ser obtidas pela queima completa de 4,8 g de
carbono puro? (Massa atômica: C = 12)
79
X = 2,4 . 1023 moléculas de CO2
80
1 mol de bórax dividido por 1 mol de bórax é igual a 1.
1 012*+,-.
0,9000 )*+,-. / 0,9000 )*+,-.
1 012*+,-.
Sabendo que a massa molar do bórax é 381,38 g/mol, sendo 1 mol de bórax = 381,38 g
pode-se substituir no denominador da fração anterior.
1 012*+,-.
0,9000 ) *+,-. / 0,002360 012*+,-.
381,38 ) *+,-.
381,38 ) *+,-.
0,3000 012 *+,-. / 114,4 ) *+,-.
1 012*+,-.
2. Quantos moles de carbono são necessários para se combinar 4,87 moles de cloro para formar a
substância C2Cl6? R: x = 1,62 mols de C
3.Quantos moles de carbono estão contidos em 2,65 mols de C2Cl6?R: x = 5,30 mols de C
81
5. Quantos moles de cálcio são necessários para reagir com 2,50 mols de Cl para produzir o
composto CaCl2? R: x = 1,25 mols de Ca
6. Quantos gramas de Ca devem reagir com 41,5 g de Cl para produzir CaCl2? R: x = 23,44 g de Ca
11. Calcule a massa de ferro em uma amostra de 10,0g de ferrugem Fe2O3? R: x = 6,99 g Fe
12. Uma amostra de gás de cor castanha (poluente do ar) contém 2,34g de N e 5,34g de O. Qual a
fórmula mínima do composto? R: Fórmula Mínima: NO2
13. Um líquido incolor cuja fórmula empírica é NO2 tem um peso molecular de 92,0. Qual a sua
fórmula molecular? R: Fórmula Molecular: N2O4
14. Quantos moles de oxigênio são necessários para queimar 1,80 mols de C2H5OH de acordo com
a equação balanceada? R: x = 5,40 mols de O2 C2H5OH + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O
15. Quantos moles de água serão formados quando forem produzidos 3,66 mols de CO2 durante a
combustão do C2H5OH? R: x = 5,49 mols de H2O
16. Zinco e enxofre reagem para formar sulfeto de zinco, uma substancia usada para recobrir as
paredes internas dos tubos de imagem de TV. A equação para a reação é: Zn + S → ZnS. Quantos
gramas de ZnS podem ser formados quando 12,0g de Zn reagem com 6,50g de S? Qual é o
reagente limitante? Quanto e qual elemento permanecerá sem reagir?
82
17. Quantos gramas de NaOH existem em 50,0 cm3 de solução de NaOH 0,400M?
R: x = 0,800 g NaOH
As soluções são muito importantes no cotidiano. O ar por exemplo é uma solução de vários
gases, em que predominam N2 e O2. A água do mar é uma solução de vários sais, muitos alimentos
como leite, café etc. Um aspecto importante é conhecer numa solução a proporção entre
quantidade de substância dissolvida (soluto) e quantidade da que está dissolvendo (solvente).
83
1. Propriedades Gerais das Soluções
As soluções podem ser definidas como misturas homogêneas de duas ou mais substâncias.
Nas soluções, o componente em menor quantidade recebe o nome de soluto, enquanto o
componente predominante é chamado de solvente. A Figura 6.1 a seguir ilustra a formação de
uma solução, pela adição do solvente (água) ao soluto (açúcar).
Uma forma de saber se uma solução é verdadeira é através do efeito Tyndall. Sendo que
quando se trata de uma solução verdadeira, esta deixa passar um feixe de luz sem deixar rastro
dentro da solução. O que não ocorre em soluções coloidais e suspensões (Figura 6.2).
2. Tipos de Soluções
As soluções tem várias formas de serem classificadas. Uma delas é classificar entre soluções
sólidas, líquidas e gasosas. Outra forma é a mostrada na figura abaixo:
84
Figura 6.3: Exemplos de soluções sólidas, líquidas e gasosas.
Soluções iônicas: Essas soluções sofrem o processo de dissociação. Exemplo: Solução de NaCl.
A formação de íons em solução é também o caso para muitos solutos formados por moléculas,
mas que dentro do solvente se ionizam. Exemplo: HCl em água.
Concentração Molar (M) ou (C): É a razão entre o número de mols do soluto (n) e o volume, em
litros (V), da solução.
85
9 012
8 ;9<=>=?@: 1; 8
: 2<BC1
O número de mols de soluto pode ser obtido através do volume e da molaridade de uma solução.
9 D / :
0 )C>0>@
9 ;9<=>=?@: )
88 0>@@> 012?E;2>CF G
012
Fração Molar: É a razão entre o número de mols do soluto(n) e o número total de mol dos
componentes (1+2+3...) da solução.
9J
IJ ;9<=>=?@: @?0 ;9<=>=?@.
9J K 9L K 9M …
IJ K IL K IM … 1
Porcentagem Molar: É a razão entre o número de mols do soluto(n) e o número total de mol dos
componentes (1+2+3...) da solução.
9J
%IJ / 100 ;9<=>=?@: ?0 % =? 012.
9J K 9L K 9M …
IJ K IL K IM … 100%
Título ou % em massa: É a razão entre a massa, em gramas, do soluto (0J ) e a massa, em gramas,
da solução (m) (Figura 6.5).
86
0J 0J
Q ;9<=>=?@: @?0 ;9<=>=?@.
0 0J K 0L
Q% Q. 100
Título em volume ou % em volume: É a razão entre a volume, em mL, do soluto (:J) e o volume,
em mL, da solução (V).
:J :J
Q ;9<=>=?@: @?0 ;9<=>=?@.
: :J K :L
QR % QR . 100
4. Diluição de Soluções
Diluir uma solução significa adicionar a ela uma porção do próprio solvente puro (Figura 6.6).
9S 9T
DS / :S DT / :T
87
Figura 6.7: Diluição de uma solução qualquer (2).
88
b) Método indireto ou Titulação indireta ou Titulação de retorno ou Contratitulação: esse
método consiste em adicionar um excesso, exatamente conhecido, da solução padrão ao analito e
depois determinar a parte desse excesso que não reagiu com outra solução padrão. É usado,
principalmente, quando a velocidade da reação direta não é compatível com a titulação ou
quando a amostra não é solúvel em água, mas é solúvel no reagente da titulação direta ou ainda
quando não se tem indicador adequado à titulação.
Titulante: Reagente ou solução, cuja concentração é conhecida.
Titulado: Composto ou solução, cuja concentração é desconhecida.
89
As soluções de padrões primários devem ser preparadas pela dissolução de uma massa
exatamente pesada (balança analítica) do soluto em um volume definido (balão volumétrico)
permitindo, assim, que a sua concentração seja exatamente calculada. O número de padrões
primários é muito restrito e frequentemente tem se recorrer aos padrões secundários. A
concentração exata dessas soluções é determinada por comparação com soluções de padrões
primários, via titulação. Essa operação é denominada padronização. Por isso, essas soluções
podem ser preparadas sem muito rigor com o uso de béqueres, provetas e balanças semi-
analíticas.
90
Figura 6.9: Representação gráfica dos valores de pH.
2) Volumetria de precipitação: Nesse caso há formação de um sal pouco solúvel entre o reagente
e o analito. Os indicadores visuais também podem ser usados.
91
3) Volumetria de complexação: Nas titulações complexiométricas o reagente é um agente
complexante e forma com o analito (um íon metálico) um complexo solúvel. O reagente é,
normalmente, um agente quelante. Os indicadores podem ser usados para formar um complexo
fortemente colorido com o metal.
Soluções e Diluição
3. 420 mL de uma solução aquosa foram preparados pela adição de uma certa massa de NaOH a
400 mL de água. Determine a massa de soluto presente nessa solução. (Dados: densidade da
solução = 1,19 g/mL; densidade da água = 1,0 g/mL). R = 99,8 g NaOH
5. Observe o frasco abaixo que contém uma solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4), utilizada
em laboratório, e responda às questões a seguir, sabendo que o volume da solução contida no
frasco é 2,0 L.
92
a) Qual o número de mol do soluto presente nessa solução? R = 0,2 mol ácido sulfúrico
b) Determine a massa de soluto presente nessa solução. R = 19,6 g ácido sulfúrico
c) Qual é o volume dessa solução que contém 0,01 mol de H2SO4? R = 0,1 L = 1000 mL
d) Calcule a massa de soluto presente em 500 mL dessa solução. (Dado: massa molar do H2SO4 =
98 g/mol). R = 4,9 g ácido sulfúrico
7. Qual é a molaridade de uma solução aquosa de etanol (C2H6O) de concentração igual a 4,6 g/L?
(Dado: massa molar do etanol = 46 g/mol). R = 0,1 mol/L
8. A uma amostra de 100 mL de NaOH de concentração 20 g/L foi adicionada água suficiente para
completar 500 mL. A concentração, em g/L, dessa nova solução é igual a? R = 4,0 g/L
10. Como proceder para preparar um litro de uma solução de um sal de concentração 0,5 g/L
dispondo de outra solução, do mesmo sal, de concentração 2,5 g/L?
11. Diluição é uma operação muito empregada no nosso dia-a-dia, quando, por exemplo,
preparamos um refresco a partir de um suco concentrado. Considere 100 mL de determinado suco
em que a concentração do soluto seja de 0,4 mol/L. O volume de água, em mL, que deverá ser
acrescentado para que a concentração do soluto caia para 0,04 mol/L, será de? R = V = 1000 mL
VH2O= 900 mL
93
Titulação
1. Uma solução de 0,252 g de ácido nítrico é titulada com uma solução de NaOH 0,25 mol/L.
Quantos mL da solução básica são necessários para neutralizar completamente o ácido? (Dados:
massas molares: HNO3 = 63 g/mol e NaOH = 40 g/mol). R: 0,016 L = 16 mL
2. Que volume de solução 0,1 mol/L de HCℓ neutraliza completamente 200 mL de solução 0,5
mol/L de KOH? R: V = 1 L = 1000 mL
3. O hidróxido de sódio, NaOH, neutraliza completamente o ácido sulfúrico, H2SO4, de acordo com
a equação: 2 NaOH + H2SO4 → Na2SO4 + 2 H2O O volume, em litros, de uma solução de
H2SO4 1,0 mol/L que reage com 0,5 mol de NaOH é. x = 0,25 L
4. Para sua completa neutralização, uma amostra de vinagre de 5,0 mL consumiu 25 mL de uma
solução que contém 0,20 mol/L de hidróxido de sódio. Supondo que o único componente ácido do
vinagre seja o ácido acético (H3CCOOH), calcule a massa, em gramas, do ácido contida em 1 L de
vinagre. R: 60 gramas
5. 10 g de hidróxido de sódio impuro são dissolvidos em água suficiente para 500 mL de solução.
Uma alíquota de 50 mL dessa solução gasta, na titulação, 15 mL de ácido sulfúrico 0,5 molar. Qual
a porcentagem de pureza do hidróxido de sódio inicial? R: 60%
6. Um estudante verifica que 20 mL de hidróxido de potássio (KOH) 0,3 molar são necessários para
neutralizar uma amostra de 30 mL de ácido clorídrico (HCl). Determine a molaridade do HCl.
R: M = 0,2 mol/L
7. Qual o volume de Mg(OH)2 0,4 molar necessário para neutralizar 80 mL de ácido clorídrico (HCl)
1,5 molar? R: V = 150 mL
94
UNIDADE 7: CINÉTICA QUÍMICA
A área da química que estuda as velocidades com que ocorrem as reações químicas é
chamada cinética química. A palavra cinética sugere movimento ou mudança. Mas a palavra aqui,
no contexto de nosso estudo, refere-se à velocidade de uma reação, isto é, à variação da
concentração de um reagente ou de um produto com o tempo (mol*L-1/s).
Sabemos que qualquer reação pode ser representada por uma equação geral do tipo:
Reagentes → Produtos
Esta reação nos diz que, no decurso da reação, reagentes são consumidos enquanto
produtos são formados. Assim, podemos seguir o progresso da reação, medindo tanto a
diminuição da concentração dos reagentes quanto o aumento da concentração dos produtos.
Analisando o progresso de uma reação simples, na qual as moléculas do reagente A são
convertidas em moléculas do produto B.
A→B
Podemos exprimir a velocidades dessa reação em termos da variação da concentração com
o tempo. Assim, para a reação acima temos:
Velocidade = - ∆[A]/ ∆t ou Velocidade = ∆[B]/ ∆t
Em que ∆[A] e ∆[B] são as variações de concentração (em molaridade) durante o intervalo de
tempo ∆t. Como a velocidade de uma reação é uma quantidade positiva, torna-se necessário
introduzir um sinal negativo na equação de velocidade para tornar a velocidade positiva. Por outro
lado, a velocidade de formação do produto não necessita do sinal de menos, uma vez que ∆[B] é
uma quantidade positiva (a concentração de B aumenta com o tempo).
Para reações mais complexas, deve-se ter o cuidado ao se escrever as expressões para a
velocidade da reação. Vejamos o exemplo abaixo:
2A→B
Para cada mol de B formado são consumidos 2 mols de A, isto é, a velocidade com que A é
consumido é duas vezes a velocidade de formação de B. Escrevemos a velocidade da reação como:
95
Velocidade = - 1/2∆[A]/ ∆t ou Velocidade = ∆[B]/ ∆t
Em geral para a reação: a A + b B → c C + d D a velocidade é dada por:
Velocidade = - 1/a∆[A]/ ∆t = - 1/b∆[B]/ ∆t = 1/c∆[C]/ ∆t = 1/d∆[D]/ ∆t
OBSERVAÇÃO: Dependendo da natureza da reação, há maneiras diferentes de se medir a
velocidade da reação. Exemplos:
1. Em soluções aquosas, o bromo molecular reage com o ácido fórmico (HCOOH) de acordo com a
equação.
Br2(aq) + HCOOH(aq) → 2H+(aq) + 2Br-(aq) + CO2(g)
O bromo molecular tem a cor marrom avermelhado. Todas as outras espécies na reação são
incolores. À medida que a reação avança, a concentração do Br2 decresce regularmente e a cor
desaparece gradualmente. Assim, a variação de concentração (que se evidencia pela intensidade
da cor) pode ser monitorada com um espectrofotômetro. A velocidade da reação pode ser
monitorada por um gráfico de concentração de bromo versus tempo. A velocidade de reação em
um momento particular é obtida pela inclinação da tangente ∆[Br2] / ∆t naquela instante.
Considerando que geralmente a velocidade é proporcional à concentração do reagente, não causa
surpresa que o valor da velocidade diminua à medida que a concentração de bromo diminui.
96
3. Se uma reação consume ou gera íons, sua velocidade pode ser medida monitorando a
condutância elétrica. Se o íon H+ é o reagente ou o produto, a velocidade pode ser determinada
medindo-se o pH da solução em função do tempo decorrido.
2. LEIS DE VELOCIDADE
O efeito da concentração do reagente sobre a velocidade de uma reação pode ser estudado
determinando-se como a velocidade inicial depende das concentrações iniciais.
Vamos verificar as três medidas da velocidade da reação, para a reação abaixo (Tabela 7.1):
F2(g) + 2 ClO2(g) → 2 FClO2(g)
[F2] (M) [ClO2] (M) Velocidade Inicial (M/s)
1. 0,10 0,010 1,2 x 10-3
2. 0,10 0,040 4,8 x 10-3
3. 0,20 0,010 2,4 x 10-3
Tabela 7.1: Velocidades iniciais para reação de formação do FClO2.
97
A soma dos valores das potências de todas as concentrações dos reagentes que aparecem
na lei de velocidade é conhecida como ordem de reação global.
Para a expressão da Lei de velocidade mostrada, a ordem global da reação é dada por x + y.
Observe que a ordem de uma reação é sempre dada pela concentração dos reagentes e nunca
pela concentração dos produtos.
A ordem de reação nos permite apreciar melhor a influência da concentração dos reagentes
na velocidade.
Suponha que, para uma certa reação, x = 1 e y = 2. A lei de velocidade para a reação é:
velocidade = K [A] [B]2. Essa reação é de 1ª ordem em relação a A, de 2ª ordem em relação a B e
de 3ª ordem global (1+2 = 3).
Consideremos no início [A] = 1,0 M e [B] = 1,0 M. A lei de velocidade nos diz que se
duplicarmos a concentração de A de 1,0 M para 2,0 M mantendo [B] constante, a velocidade da
reação também duplicará.
98
podem ainda ser convertidas em equações que nos permite determinar a concentração de
reagentes em qualquer instante, durante o decorrer de uma reação.
- Reações de 1ª ordem
Uma reação de 1ª ordem é aquela cuja velocidade depende da concentração de reagente
elevada à potência unitária. Em uma reação de 1ª ordem do tipo:
A → produto
A velocidade é dada por: velocidade = - ∆[A]/ ∆t
Sabemos que: velocidade = K[A]
Assim: - ∆[A]/ ∆t = K[A]
Logo, K = - ∆[A]/[A] . 1/∆t
Unidades: s-1
Vejamos:
- ∆[A]/ ∆t = K[A]
- d[A]/dt = K[A]
d[A]/[A] = - kdt
Integrando entre t = 0 e t = t, obtemos: ln [A]t – ln [A]0 = - Kt ou ln [A]t/[A]0 = - Kt
[A]0 e [A]t são as concentrações de A nos instantes t = 0 e t = t.
A equação pode ser rearranjada como: ln [A]t – ln [A]0 = -Kt
ln [A]t = -Kt + ln [A]0
y = mx + b
Assim, se representarmos graficamente ln [A]t em função do tempo t (y em função de x)
obtemos uma linha reta com uma inclinação igual a –K.
99
A equação acima nos diz que a meia vida de uma reação de primeira ordem é independente
da concentração inicial do reagente. Assim, o tempo necessário para que a concentração de
reagentes diminua de 1,0M para 0,50 M, ou de 0,10M para 0,050M é o mesmo. A medida da meia
vida de uma reação de primeira ordem é uma das maneiras de determinar a sua constante de
velocidade.
- Reações de 2ª ordem
Uma reação de 2ª ordem é uma reação cuja velocidade depende da concentração de um
reagente elevado ao quadrado ou das concentrações de dois reagentes diferentes, cada uma delas
elevada à primeira potência. As reações de 2ª ordem mais simples envolvem apenas um tipo de
molécula reagente:
A → produto
Em que: velocidade = -∆[A]/ ∆t
Com base na lei de velocidade: velocidade = K [A]2
K = velocidade/ [A]2
Reações de 1ª e de 2ª ordem são as mais comuns. Reações de ordem zero são raras. Para uma
reação de ordem zero:
100
A → produto
A lei e velocidade são dadas por: velocidade = K [A]0 → velocidade = K
Assim, a velocidade de uma reação de ordem zero é uma constante, independentemente
das concentrações de reagentes. Reações de 3ª ordem e de ordem superior são muito complexas
e não serão abordadas aqui.
101
Como a energia cinética das moléculas depende da temperatura, a constante de
velocidade de uma reação é muito dependente da temperatura. A relação entre k e a temperatura
é dada pela equação de Arrhenius: K = Ae-Ea/RT. Ea é a energia de ativação da reação (KJ/mol), K é a
constante dos gases (8,324 J/K mol), T é a temperatura absoluta e e a base dos logaritmos
naturais. O termo A é chamado fator de frequência; ele relaciona o número de colisões que estão
favoravelmente orientadas para a reação.
A equação de Arrhenius é frequentemente usada na forma logarítmica:
ln K = ln Ae -Ea/RT
ln K = ln A – Ea/RT
Assim, um gráfico de ln K versus 1/T produz uma reta com inclinação – Ea/R.
a) Concentração:
Quanto maior a concentração, maior será a probabilidade de haver colisão efetiva entre as
partículas. Consequentemente, maior será a velocidade da reação. “A cada temperatura, a
velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações molares dos
reagentes, elevadas a expoentes determinados experimentalmente.”
b) Temperatura:
Aumentando-se a temperatura, ocorre um aumento da energia cinética das moléculas
reagentes, aumentando, assim, a velocidade das colisões efetivas acarretando o aumento da
velocidade da reação.
c) Superfície de contato:
Quanto maior a área de contato entre os reagentes, maior a quantidade de colisões efetivas
ou eficazes e como consequência, maiores é a velocidade da reação.
d) Pressão:
Reduzindo o volume, diminui-se a distância entre as moléculas, aumentando, assim, o
número de colisões. Consequentemente, aumentaremos a pressão e a velocidade da reação. Logo:
↓ volume, ↑ número de colisões, ↑pressão, ↑ velocidade da reação
e) Catálise:
102
Os catalisadores orientam as colisões para que elas deem origem à reação. Assim sendo,
ocorre uma diminuição da energia de ativação, aumentando a velocidade da reação.
5. MECANISMO DE REAÇÃO
Uma reação química global balanceada não nos dá grande informação sobre o modo como
se processa realmente determinada reação química. Em muitos casos, essa equação não é mais
que a soma de um conjunto de reações simples geralmente chamadas etapas elementares ou
reações elementares, que representam a progressão da reação global em nível molecular. A
sequência de etapas elementares que conduzem à formação do produto denomina-se mecanismo
de reação.
Como exemplo de um mecanismo de reação vamos considerar a reação entre o óxido de
nitrogênio e o oxigênio:
2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g)
Sabe-se que a colisão entre 2 moléculas de NO e uma molécula de O2 não resulta
diretamente a formação do produto, pois a espécie N2O2 é detectada durante o decorrer da
reação. Vamos admitir que a reação se dá por uma sequência de 2 etapas elementares:
2 NO(g) → N2O2(g)
N2O2(g) + O2(g) → 2NO2(g)
Espécies como o N2O2 são chamadas de intermediárias uma vez que aparece no mecanismo
da reação, mas não aparecem na equação química global balanceada. Lembre-se de que uma
espécie intermediária é sempre formada em uma das etapas elementares iniciais e consumida
posteriormente em outra etapa elementar.
103
A molecularidade de uma reação é definida como o número de moléculas que sofrem
reação em uma etapa elementar. Essas moléculas podem ser do mesmo tipo ou tipos diferentes.
Reações bimoleculares são aquelas em que estão envolvidas duas moléculas. Uma reação
unimolecular é uma etapa elementar em que participa apenas uma molécula de reagente. Poucas
reações trimoleculares que envolvem a participação de três moléculas em uma etapa elementar,
são conhecidas, em virtude do fato de um encontro simultâneo de 3 moléculas ser muito menos
provável que uma colisão bimolecular.
A reação é de primeira ordem em relação a H2O2 como em relação a I-. Verifica-se que a
decomposição do H2O2 não ocorre em uma única etapa elementar correspondente à equação
global. Se tal acontecesse, a reação seria de segunda ordem em relação a H2O2. Além disso, o íon I-
que não aparece na equação global da reação surge na expressão da lei de velocidade. Podemos
reproduzir a lei de velocidade obtida experimentalmente, admitindo que a reação ocorra em duas
etapas elementares, sendo cada uma delas bimolecular.
Etapa 1: H2O2 + I- → H2O + IO-
Etapa 2: H2O2 + IO- → H2O + O2 + I-
104
Velocidade = K1 [H2O2] [I-]
IO- é um intermediário da reação e I- atua como catalisador da reação.
7. CATÁLISE
Um catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação sem ele próprio
sofrer variação química. Ele fornece assim um mecanismo diferente para a reação, que tem uma
energia de ativação mais baixa. O catalisador pode reagir e formar um intermediário, mas é
regenerado em uma etapa subsequente da reação. Um catalisador acelera uma reação,
proporcionando um conjunto de etapas elementares mais favoráveis do ponto de vista cinético
em alternativa às etapas que ocorrem na sua ausência.
Um catalisador homogêneo é o que está na mesma fase que os reagentes. Um catalisador
heterogêneo tem fase diferente dos reagentes.
Catálise Homogênea: os reagentes e o catalisador estão dispersos em uma única fase, em geral,
líquida. -
I (aq)
Ex: H2O2(aq) H2O(l) + 1/2O2(g)
Pt(s)
Ex: Ex: H2O2(aq) H2O(l) + 1/2O2(g)
Autocatálise: é um tipo de reação na qual um dos produtos formados atua como catalisador. Um
exemplo é a reação que ocorre entre o cobre (Cu) e o ácido nítrico (HNO3). Inicialmente, a reação
ocorre lentamente; porém, à medida que o óxido de nitrogênio (NO) é formado, ele age como
catalisador, aumentando violentamente a velocidade da reação.
105
1. Considere a seguinte reação química: N2(g) + O2(g) NO2 (g), expresse a lei de velocidade para
essa reação. Triplicando a concentração (mol/L) de gás nitrogênio e duplicando a concentração
mol/L de gás oxigênio e mantendo as demais condições constantes, o que se observa para a
velocidade da reação?
2. A relação a seguir mostra a variação da concentração de uma substância A, em função do
tempo, em uma reação química: aA + bB → cC + dD
t (min) 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0
[A] mol/L 11,0 7,0 4,3 3,0 2,0 1,0 0,5 0,3 0,2
3. A formação do dióxido de carbono pode ser representada pela equação: C(s) + O2(g) → CO2(g). Se
a velocidade de formação do CO2 for de 4 mol/minuto, o consumo de oxigênio, em mol/minuto,
será:
106
7. A combustão do butano corresponde à equação: C4H10 + 6,5 O2 → 4 CO2 + H2O. Se a velocidade
da reação for 0,05 mol de butano por minuto, determine a velocidade de formação do CO2.
8. A amônia é um produto básico para a produção de fertilizante. Ela é produzida em alta pressão
conforme uma reação básica. Apresente esta reação. Se a velocidade de produção de amônia foi
medida como V = ∆[NH3]/∆t com V = 2,0 x 10-4 mol/L s, a velocidade da reação em termos de
consumo de N2 será?
10. Quando a concentração de um reagente é dobrada, por qual fator seria aumentada a
velocidade da reação, se a ordem em relação àquele reagente fosse:
a) 1
b) 2
c) 3
d) ½
107
UNIDADE 8: EQUILÍBRIO QUÍMICO
1. EQUILÍBRIO QUÍMICO
Descreve o estado no qual as velocidades das reações direta e inversa são iguais e as
concentrações dos reagentes e dos produtos se mantém inalteradas ao longo do tempo. São
poucas as reações que ocorrem em um único sentido. A maior parte das reações é reversível, em
maior ou menor extensão. No início de um processo reversível, a reação se dá no sentido da
formação dos produtos. Logo que se formam algumas moléculas de produtos, começa o processo
inverso, isto é, começa a se formar moléculas de reagentes a partir de moléculas de produtos.
Quando as velocidades das reações direta e inversa forem iguais e as concentrações dos reagentes
e dos produtos não variarem com o tempo, atinge-se o Equilíbrio Químico (Figura 8.1).
108
Reações Reversíveis: São aquelas que se processam simultaneamente nos dois sentidos.
Exemplos de reações reversíveis:
2 NO2(g) N2O4(g)
H2(g) + I2(g) 2 HI(g)
N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g)
Equilíbrio Heterogêneo: equilíbrio que ocorre em reações nas quais os reagentes e produtos
formam um sistema heterogêneo. Envolve em geral, substâncias sólidas e gasosas. Exemplo:
C(s) + O2(g) 2 CO2(g)
Fe2O3(s) + CO(g) 2 Fe2O(s) + CO2(g)
- Grau de equilíbrio
É o quociente entre a quantidade de um reagente (em mols) que realmente reagiu, até o
equilíbrio, e a quantidade inicial de mols desse reagente.
α = Quantidade de mols que reagiu/Quantidade inicial de mols
α100% = 100 α
0<α<1 e 0 < α10% < 100%
- Constante de equilíbrio
K1
109
Velocidade da Reação Inversa: Velocidade2 = K2 [CO2] [NO]
No equilíbrio, quando não ocorrem mais alterações as duas constantes devem ser iguais.
Velocidade1 = Velocidade2
K1 [CO] [NO2] = K2 [CO2] [NO]
K1/K2 = [CO2] [NO] / [CO] [NO2]
K1 e K2 são constantes a uma certa temperatura e a razão entre elas também é uma constante,
que é igual à constante de equilíbrio Kc dada por:
K1/K2 = Kc = [CO2] [NO] / [CO] [NO2]
Kc é dependente da temperatura, pois é uma constante que provém do quociente de duas
quantidades que são constantes a certa temperatura, ou seja, K1/K2. Se K >> 1, o equilíbrio se
desloca para direita favorecendo os produtos, se K << 1, o equilíbrio se desloca para esquerda,
favorecendo reagentes.
110
- Equilíbrios Homogêneos
Reações em que todas as espécies envolvidas se encontram na mesma fase. Exemplo:
Dissociação do N2O4
N2O4(g) 2NO2(g)
A constante de equilíbrio é: Kc = [NO2]2/[ N2O4]. Kc é chamada de concentração das espécies
expressa em mols/L.
As concentrações dos reagentes e produtos também podem ser expressas em função das
suas pressões parciais. À temperatura constante a pressão P de um gás está relacionado com a
concentração desse gás em mol/L. PV = nRT
Para o sistema em equilíbrio: N2O4(g) 2NO2(g)
Kp = P2NO2/PN2O4
Kc e Kp não são iguais, pois as pressões parciais dos reagentes e dos produtos não são iguais
às suas concentrações expressas em mols/L.
- Relação entre kc e kp
Considere o equilíbrio na fase gasosa: a A(g) b B(g)
a e b são coeficientes estequiométricos
Kc = [B]b/[A]a e Kp = PBb/PAa
Considerando um comportamento de Gás Ideal: PV = nRT
Logo: PAV = nART PA = nART
V
PBV = nBRT PB = nBRT
V
Substituindo temos: KP = PBb/PAa
KP = (nBRT/V)b/(nART/V)a
KP = (nB/V)b/(nA/V)a (RT)b-a
111
∆n = b – a; que é o número de mols de produto no estado gasoso menos o número de mols
de reagente no estado gasoso. Sendo as pressões em geral expressas em atm, a constante dos
gases R é dada por 0,0821 L. atm/K mol.
Logo, Kp = Kc (0,0821 T)∆n
Em geral, Kp ≠ Kc exceto quando ∆n = 0. Nesse caso, Kp = Kc (0,0821 T)∆n
Kp = Kc (0,0821 T)0
Kp = K c
- Equilíbrios Heterogêneos
Reações reversíveis envolvendo reagentes e produtos em fases diferentes. Exemplo:
Quando se aquece carbonato de cálcio em um recipiente fechado, atinge-se o equilíbrio.
CaCO3(s) CaO(s) + CO2(g)
Os dois sólidos e o gás constituem 3 fases distintas.
Kc = [CaO] [CO2]/[CaCO3]
No entanto, neste caso os termos [CaCO3] e [CaO] são constantes, pois a concentração de
um sólido, como a sua densidade, é uma propriedade intensiva (não depende da quantidade de
substância presente). Logo, Kc = [CO2]
Vê-se então que Kc não depende das quantidades de CaCO3 e CaO desde que elas estejam
presentes no equilíbrio. Assim, podemos expressa: Kc = [CO2] e Kp = PCO2
N2O4(g) 2 NO2(g)
Kc = [NO2]2/[ N2O4]
2 NO2(g) N2O4(g)
Kc’ = [ N2O4]/ [NO2]2
Kc’ = 1/Kc ; Kc = 1/Kc’ ; Kc. Kc’ = 1
2. O valor de K depende também da forma como se balanceia a equação de equilíbrio.
112
½ N2O4(g) NO2(g)
Kc’ = [ NO2]/ [N2O4]1/2
N2O4(g) 2 NO2(g)
Kc = [NO2]2/[ N2O4]
Vemos que: Kc’ = Kc1/2
- Princípio de Le Chatelier
Quando um fator externo age sobre um sistema em equilíbrio, este se desloca no sentido
de minimizar tal perturbação.
113
A reação é forçada a produzir maior quantidade dos próprios produtos (deslocamento para
direita). Retirada de um produto
O aumento da pressão total desloca o equilíbrio para o lado do menor volume (para o lado da
menor quantidade total de mols).
A diminuição da pressão total desloca o equilíbrio para o lado do maior volume
(para o lado da maior quantidade total de mols).
Influência da Temperatura
Exemplo: 1 N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g) ∆H = - 109,5 KJ
Influência do Catalisador
Um catalisador diminui a Energia de ativação e, por isso, aumenta a velocidade da reação.
Quando a reação é reversível, a influência do catalisador se faz sentir tanto na reação direta como
na reação inversa. Aumentando por igual as velocidades das reações direta e inversa, o catalisador
diminui o tempo necessário para atingir o equilíbrio, mas não altera o próprio estado de equilíbrio,
isto é, não altera o rendimento obtido no processo nem o valor das constantes de equilíbrio (Kc e
Kp).
114
2. O poluente dióxido de enxofre converte-se em trióxido de enxofre por reação com oxigênio:
2 SO2(g) + O2(g) 2 SO3(g) ∆Hº = + 57,2 kJ
Sobre esse equilíbrio, realizado em recipiente fechado, explique qual o efeito de:
a) Adicionar SO2?
b) Remover O2?
c) Aumentar a temperatura?
d) Aumentar a pressão?
3. Um mol de H2 e 1 mol de I2 são misturados. As substâncias reagem e, após certo tempo, chega-
se a um equilíbrio, em que se constata a presença de 0,22 mols de H2 residual. Qual é a constante
de equilíbrio Kc nessas condições?
4. Em um frasco fechado, a única reação que ocorre é: SO2(g) + ½O2(g) SO3(g) + 3,5 kcal. Sugira
três meios pelos quais a concentração de SO3(g) pode ser aumentada.
7. A expressão da lei do equilíbrio K = 1/[O2]3 pertence a qual das reações abaixo? Justifique.
a) 3 H2(g) + 3 O2(g) 6 NO(g)
b) 2 Al2O3(g) 4 Al(S) + 3 O2(g)
c) C3H6O3(l) + 3 O2(g) 3 CO2(g) + 3 H2O(l)
d) 2 NO(g) + O2(g) 2 NO2(g)
e) 4 Al(s) + 3 O2(g) 2 Al2O3(s)
8. Um frasco bem fechado, de vidro incolor e resistente, contém, em fase gasosa, HI (incolor) em
equilíbrio com H2 (incolor) e I2 (violeta):
115
2 HI(g) H2(g) + I2(g) ∆Hº = -53,0 kJ
O que se pode prever sobre a intensidade da cor violeta se esse frasco for colocado num ambiente
mais:
a) Quente?
b) Frio?
HCN H+ + CN-
Ka = [H+] [CN-]/ [NH4OH]
ELETRÓLITO FORTE
Valor de α próximo de 100%
116
Valor numérico de K é alto, numerador >>> denominador
ELETRÓLITO FRACO
Valor de α próximo de 0%
Valor numérico de K é baixo, numerador <<< denominador
EXEMPLO
Ka pKa
+ - 7
HCl H + Cl 1,0 x 10 Forte - 7,0
HNO2 H+ + NO2- 4,7 x 10-4 Fraco 3,3
HCN H+ + CN- 4,9 x 10-10 Muito Fraco 9,3
Quadro 9.1: Relação entre Ka e pKa.
pKa = - log Ka
pKb = - log Kb
Quanto menor Ka, maior pKa
Lei de Diluição de Ostwald: O grau de ionização de um eletrólito aumenta, tendendo para 100% à
medida que a solução se dilui.
Relaciona o grau de ionização com o volume (diluição) da solução.
Efeito do Íon Comum: é a diminuição da ionização de um ácido ou base fraca, por influência de um
sal do próprio ácido ou base. É o deslocamento da posição de equilíbrio de um eletrólito, causado
117
pela adição de um segundo eletrólito (em geral mais forte) possuidor de um íon em comum com o
primeiro.
Em água pura
Na ionização: H2O H+ + OH- , 1 mol de H+ forma-se junto com 1 mol de OH-. Temos [H+] + [OH-]
e sendo Kw = [H+] [OH-] = 10-14
[H+] = [OH-] = 10-7
pH = - log [H+]
pOH = - log [OH]
pH + pOH = 14
pH = pOH = 7,0
118
pH < 7,0 ácido pOH > 7,0 ácido
pH = 7,0 neutro pOH = 7,0 neutro
pH > 7,0 básico pOH < 7,0 básico
Quadro 9.2: Relação entre pH e pOH.
- Equilíbrio Heterogêneo
1. Equilíbrio Físico: envolvem fenômenos físicos - Exemplo: H2O(l) H2O(v)
2. Equilíbrio Químico: envolvem reações químicas - Exemplo: CaCO3(s) CaO(s) + CO2(g)
- Reações de Precipitação
É um dos tipos mais comuns de reações que ocorrem em soluções aquosas. Caracteriza-se
pela formação de um produto insolúvel ou precipitado. Um precipitado é um sólido insolúvel que
se separa da solução. As reações de precipitação envolvem geralmente compostos iônicos.
119
Exemplo: quando uma solução aquosa de nitrato de chumbo [Pb(NO3)2] é adicionada a
uma solução aquosa de KI ocorre formação de um precipitado amarelo de iodeto de chumbo
(PbI2).
- Solubilidade
A formação de um precipitado depende da solubilidade do soluto que é definido como a
máxima quantidade de soluto que pode ser dissolvido em certa quantidade de solvente a dada
temperatura. As substâncias classificam-se como: solúveis, pouco solúveis, insolúveis.
- Produto de solubilidade
A questão da dissolução de sólidos em líquidos é de grande importância nos laboratórios e
indústrias químicas, pois sabe-se que as reações ocorrem mais facilmente quando os reagentes
sólidos estão em solução.
Há substâncias muito solúveis em certo solvente
Outras são pouco solúveis
Existem ainda aquelas insolúveis
EXEMPLO: Imaginemos um sólido como o sulfeto ferroso (FeS) em um recipiente com água.
Ocorre nesse sistema dois processos espontâneos:
1. Dissolução e Dissociação do sólido
FeS(s) Fe2+aq + S2-aq
2. Reação Inversa de Precipitação
120
Fe2+aq + S2-aq FeS(s)
No início, o processo de dissolução ocorre com uma velocidade Vd (velocidade de
dissolução) maior que a velocidade Vp (velocidade de precipitação). Com o passar do tempo, Vd
diminui e Vp aumenta, até se igualarem. Esse é o instante em que a solução se torna saturada e no
qual é atingido o equilíbrio de dissolução.
FeS(s) Fe2+(aq) + S2-(aq)
Enquanto existir FeS precipitado (corpo de fundo), a concentração de FeS ([FeS]) em fase aquosa é
constante, pois se trata de uma solução saturada.
Exemplo: CaFe Ca2+ + 2F-
Kps = [Ca2+] [F-]2
Kps = 4,9 x 10-11
PRODUTO DE SOLUBILIDADE (Kps): é o produto das concentrações em mol/L dos íons existentes
em uma solução saturada, estando cada concentração elevada à potência igual ao respectivo
coeficiente estequiométrico na equação de dissociação iônica correspondente.
121
1. Se numa dada solução, as quantidades dos íons Fe2+ e S2- forem tão pequenas que,
multiplicando [Fe2+] e [S2-], o produto for menor que, dizemos que a SOLUÇÃO NÃO ESTÁ
SATURADA, logo, NÃO HÁ PRECIPITAÇÃO.
2. Classifique o comportamento da água, em cada uma das reações abaixo, segundo o conceito
ácido-base de Bronsted-Lowry. Justifique.
a) HCl(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + Cl−(aq)
122
b) NH3(aq) + H2O(l) NH4+(aq) + OH−(aq)
4. Determine [H3O+], [OH-], pH, pOH para cada um dos seguintes casos:
a) água pura R : [H3O+]=10-7, [OH-]=10-7, pH=7, pOH=7
b) CH3COOH 0,1M R: [H3O+]=1,31x10-3, [OH-]=7,6x10-12, pH=2,88, pOH=11,12
c) HCl 0,1M R: [H3O+]=0,1, [OH-]=1x10-13, pH=1, pOH=13
5. No vinagre ocorre o seguinte equilíbrio:
CH3COOH(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + CH3COO-(aq)
Que efeito provoca nesse equilíbrio a adição de uma substância básica? Justifique a sua resposta.
6. O grau de dissociação iônica do ácido acético, em solução 0,02 mol/L é de 3% a 25ºC. Calcule a
constante de ionização do ácido acético a 25º C. R: Ki = 1,8x10-5
7. A análise feita durante um ano de chuva na cidade de São Paulo forneceu uma valor médio de
pH igual a 5,0. Comparando-se esse valor com o pH da água pura, percebe-se que a [H+] na água
da chuva é, em média, quantas vezes maior ou menor?
8. Considere uma solução aquosa de um ácido, cujo valor da constante de ionização é 1,6x10-7, a
20ºC. Determine o grau de ionização do ácido sabendo que a solução é 0,0001 mol/L. R: α = 4%
9. A partir da constante de ionização do ácido acético que é igual a 1,8 x 10-5, o grau de ionização
de uma solução 0,02 M do referido ácido é: justifique mostrando os cálculos.
a) 2% b) 4% c) 3% d) 8% e) 20% R: c) 3%
123
UNIDADE 10: ELETROQUÍMICA
124
Com isso, o sódio sofreu oxidação (perda de elétrons) e o cloro sofreu redução (ganho de
elétrons). Evidentemente, os fenômenos de oxidação e redução são simultâneos e caracterizam a
chamada reação de oxi-redução ou redox. São essas trocas de elétrons que explicam os
fenômenos da Eletroquímica. Então, resumidamente:
Oxidação: É a perda de elétrons
Redução: É o ganho de elétrons
Reação de oxi-redução: É quando há transferência de elétrons
No caso da Figura 2, a oxidação do cloro foi causada pelo cloro. Por isso, nesse caso o cloro é
chamado de agente oxidante ou simplesmente oxidante, e a redução do cloro foi causada pelo
sódio que é denominado agente redutor ou simplesmente redutor.
Conceitos de oxidante e redutor não são exclusivos dos elementos químicos. Eles podem ser
estendido às substâncias cujos átomos recebem ou cedem elétrons (Figura 10.3).
Nesse caso FeCl2 é denominado redutor, pois esse composto encerra um átomo de ferro que
irá ceder um elétron para o cloro. Resumindo:
Oxidante: É o elemento ou substância que causa oxidações (ele próprio irá reduzir-se).
Redutor: É o elemento ou substância que causa reduções (ele próprio irá oxidar-se).
Número de oxidação: O Número de Oxidação (NOX) de um elemento químico é a carga que ele
recebe em uma reação química. Por exemplo, no H2SO4 o H ficará com carga +1 (cada átomo de
hidrogênio), o S (enxofre) com +6, e o O com uma carga de -2 (cada átomo de oxigênio). Para
saber qual é o NOX de um átomo dentro de uma molécula, devemos seguir algumas regras:
1. Todos os metais alcalinos, hidrogênio (H) e prata (Ag) terão nox = +1;
2. Metais alcalinos terrosos, zinco (Zn) => nox = +2;
3. Alumínio (Al) => nox = +3;
4. Oxigênio (em qualquer parte da molécula) => nox = -2;
5. Calcogênios (somente se aparecerem na extremidade direita da fórmula) => nox = -2;
6. Halogênios (somente se aparecerem na extremidade direita da fórmula) => nox = -1;
125
7. Íons compostos => nox igual a carga do íon (por exemplo, PO4-3 terá NOX = -3);
8. Soma de todos os NOX de uma molécula sempre será ZERO;
9. Soma do NOX em íon sempre será a própria carga do íon;
10. Elementos isolados e substâncias simples => nox = ZERO.
Exemplos:
HCl
Hidrogênio se enquadra na regra 1: nox +1
O cloro não se enquadra a nenhuma regra, porém, a soma de todos os NOX da molécula é iqual a
ZERO (regra 8).
Então: nox H + nox Cl = 0 => 1 + x = 0, logo o NOX de Cl é -1.
HClO
Hidrogênio => nox +1
Cl => não há regra que se aplica
Oxigênio => nox -2
nox H + nox Cl + nox O = 0 , logo 1 + x + (-2) = 0, logo o NOX do Cloro será +1
Observação: um átomo que não se encaixe as regras (como o Cloro), não precisa ter o mesmo
NOX em todas as moléculas. Acima notamos que no HCl, ele tem NOX = -1, e no HClO, tem nox +1.
CaCO3
Neste caso, precisamos multiplicar o nox, das regras, pelo número de átomos do elemento na
molécula.
NOX oxigênio = -2.3 (porque são 3 átomos de oxigênio!)
NOX Ca => alcalino terroso = +2
Para descobrir o NOX do Carbono: (-2.3) + 2 + X = 0 → -6 + 2 + X = 0
Logo o NOX do carbono será +4.
126
Figura 10.4: Exemplo de reação com agente redutor e oxidante.
Cada átomo de zinco perde dois elétrons e cada íon H+ recebe um elétron. E o número de
elétrons perdidos ou recebidos é obtido pelo módulo da variação do número de oxidação dos
elementos, representado por Δ.
Esquematicamente, ocorre o seguinte:
1º Exemplo
127
O restante do balanceamento é simples, resultando em:
Nesse caso, o índice de atomicidade do bromo na molécula do Br2 é 2, o que significa que o
número de átomos de bromo no primeiro membro será o dobro do valor do coeficiente que
colocar no Br2.
Balanceando resulta:
Simplificando:
3º Exemplo
128
Nesse caso, o complicador é o fato de os átomos de nitrogênio que vão do HNO3 para o NO2
é que sofrem redução. E não o do HNO3 para Cu(NO3)2 não sofre oxidação nem redução.
Mergulhando-se uma lâmina de zinco numa solução aquosa de sulfato de cobre, CuSO4,
depois de alguns minutos teremos a lâmina coberta com uma camada de cobre metálico
(avermelhado) e a solução terá CuSO4 e um pouco de ZnSO4. A solução inicial azul aos poucos se
torna incolor. Houve uma reação de deslocamento que também é de oxi-redução (Figura 10.8):
O zinco sofre oxidação, pois perde dois elétrons. O cobre sofre redução, pois ganha 2
elétrons. Oxidação e redução são sempre simultâneas. Temos, então as semi-reações:
129
Zn0 → Zn2+ + 2e-
Semi-reação de oxidação (Zn0 é redutor - sofreu oxidação)
Cu2+ + 2e- → Cu0
Semi-reação de redução (Cu2+ é oxidante - sofreu redução)
Quando o sistema é acionado, ou seja, ligando-se a lâmina de Zn à lâmina de Cu, por um fio
condutor, haverá passagem de um fluxo de elétrons da lâmina de zinco para a lâmina de cobre
através deste fio. Durante a reação de oxidação, a lâmina de zinco vai se corroendo e diminui de
peso; aumenta a concentração de Zn2+ na solução favorecendo um desequilíbrio de cargas. Para
130
equilibrar o sistema uma parte dos cátions da ponte salina e do Zn2+ migram para a outra semi-
pilha. Durante a reação de redução, há deposição de cobre metálico sobre a lâmina de cobre
ocasionando seu aumento de peso; diminui a concentração de Cu2+ na solução favorecendo um
desequilíbrio de cargas. O equilíbrio só é possível pela migração dos ânions da ponte salina e dos
ânions sulfato (SO42+) para a outra semi-pilha.
Devemos ressaltar que a corrente elétrica fora da pilha é constituída pelo fluxo de elétrons
através do fio condutor e, dentro do gerador (pilha) é constituída pelo fluxo de íons da ponte
salina e os íons Zn2+ e SO42- em sentidos opostos, de um eletrodo para o outro, através da parede
porosa ou ponte salina (Figura 10.10).
Ponte salina: Gelatina saturada com um sal (KCl ou KNO3 por exemplo), ou parede porosa (de
porcelana, por exemplo) tem por função manter constante a concentração de íons positivos e
negativos, durante o funcionamento da pilha. Ela permite a passagem de cátions em excesso em
direção ao cátodo e também a passagem dos ânions em excesso em direção ao ânodo.
Atravessando a parede porosa, os íons em constante migração estabelecem o circuito interno da
pilha.
Eletrodo: Conjunto que compreende a barra metálica e a solução de seus íons (eletrólito).
Eletrodo positivo (polo +) é o cátodo (recebe elétrons; sofre redução).
Eletrodo negativo (polo -) é o ânodo (emite elétrons; sofre oxidação).
131
Figura 10.11: Exemplo de pilha de Daniel (3).
A pilha descarrega quando a voltagem fica igual a ZERO devido ao potencial do zinco se
igualar ao do cobre.
132
Figura 10.13: Exemplo de eletrodo padrão de hidrogênio.
133
hidrogênio para o eletrodo de cobre. Este é o Potencial Padrão de Redução do cobre (Eº(red) Cu =
+0,337 V).
O valor do Eº de oxidação terá o sinal trocado.
A voltagem de uma pilha-padrão pode ser calculada pela diferença entre os potenciais-
padrão de redução de suas semi-pilhas.
Assim, a ddp da pilha de Daniel será: ∆Eº = 0,337 – (-0,763) = + 1,100 volt
Exemplo: Em uma pilha Ni0/Ni2+//Ag+/Ag0, dar as semi-reações, a reação global, dizer qual o
redutor e qual é oxidante e calcular a d.d.p. da pilha.
Dadas as semi-reações de redução:
Resolução: Observando a pilha concluímos que o eletrodo de Ni0/Ni2+ é o ânodo, pois há uma
oxidação do Ni0 passando para Ni2+ (perda de elétrons = aumento de Nox) e o outro eletrodo é o
cátodo, pois há uma redução da Ag+ passando para Ag0 (ganho de elétrons = redução de Nox).
Portanto, para resolvermos este problema:
134
A multiplicação ou divisão de uma equação parcial por um número não altera o valor do
potencial que depende da natureza dos participantes e não da quantidade estequiométrica.
2.3. Eletrólise
No caso da eletrólise ocorre o contrário da pilha, pois é um processo não espontâneo que
converte energia elétrica em energia química. Sendo que ocorre a passagem de uma corrente
elétrica através de um sistema líquido que possuem íons produzindo reações químicas.
As eletrólises são realizadas e cubas eletrolíticas, em que a corrente elétrica é produzida por
um gerador. Este não pode criar nem destruir elétrons; ele injeta elétrons no circuito por seu pólo
negativo e “aspira” igual número de elétrons por seu pólo positivo.
(a) (b)
Figura 10.16: Exemplo de eletrólise (a), e diferença entre pilha e eletrólise (b).
135
Ígnea: A substância pura está liquefeita (fundida) e não existe água no sistema. Aquecendo-se a
808ºC, ele se funde e, no estado líquido, os íons tem liberdade de movimento. Passando-se uma
C.E. contínua através da célula, é fácil perceber o que acontece.
Aquosa: A substância está em solução. A disponibilização dos íons deve-se à introdução de água
ao sistema.
No exemplo do NaCl, aquecendo-se a 808 ºC, ele se funde, e no estado líquido, os íons Na+ e
Cl- passam a ter liberdade de movimento.
Os cátions Na+ são atraídos para o pólo negativo(catodo), e chegando a esse pólo eles
ganham elétrons e são descarregados seguindo a semi-reação:
No caso do Cl- , ocorre o contrário pois os ânions são atraídos pelo pólo positivo(anodo), no
qual perdem elétrons e se descarregam:
136
E somando as duas semi-reações, é obtido a equação global da eletrólise.
Nesse tipo de eletrólise é necessário considerar não só os íons provenientes do soluto, mas
também os da água, provenientes de sua ionização.
Em uma eletrólise aquosa, os íons H+, irá competir com os cátions da substância dissolvida
(eletrólito).
A palavra descarga refere-se nesse caso a perda de carga elétrica, ou seja, a transformação
em uma espécie eletricamente neutra, sendo que os íons OH- da água irão competir com os ânions
do eletrólito.
137
Figura 10.19: Facilidade de descarga de elementos.
Abaixo, alguns exemplos de eletrólise aquosa sendo possível perceber como a fila de
facilidade de descarga (Figura 19) ajuda a prever os produtos.
138
Figura 10.21: Eletrólise de uma solução aquosa de AgNO3.
139
ELETROQUÍMICA
Pilhas
1. Considere a representação da pilha e responda:
a) ΔEº da pilha.
140
a) Em solução aquosa, é possível obter zinco metálico por reação de redução de sal do seu cátion
com cobre metálico? Justifique a resposta.
b) Escreva a equação da reação química que ocorre em uma pilha que funcione em condição-
padrão a 25 ºC, baseada nas duas semi reações apresentadas.
Cu2+ + 2 e- → Cu Eº = + 0,34 V
Al3+ + 3 e- → Al Eº = - 1,66 V
Polaridade
Cátodo ou ânodo?
Semi reação
Cálculo de ΔEº
Reação Global
Ag+ + e- → Ag Eº = + 0,80 V
Mg2+ + 2 e- → Mg Eº = - 2,37 V
Fe2+ + 2 e- → Fe Eº = - 0,44 V
Ag+ + e- → Ag Eº = + 0,80 V
141
O potencial dessa célula, quando os dois eletrodos são ligados entre si internamente por uma
ponte salina e externamente por um fio de platina, será:
a) +0,36 V b) -0,36 V c) -1,24 V d) -1,36 V e) +1,24 V
I2 + 2 e- → 2 I- Eº = + 0,536 V
pede-se:
e sabendo-se que o eletrodo de Fe0 se corrói, pode-se afirmar que o potencial-padrão de redução
de Fe2+ + 2 e– → Fe0 é:
10. Determine os coeficientes de cada substância que tornam as reações de óxido-redução abaixo
corretamente balanceadas.
142
c) KMnO4 + HBr MnBr2 + KBr + Br2 + H2O
ELETRÓLISE
12. Analise as seguintes afirmações a respeito da eletrólise ígnea do CaF2 e indique a única que
está incorreta:
a) A redução ocorre no polo negativo com formação de cálcio.
13. Na eletrólise ígnea do MgCl2, obtiveram-se gás cloro no ânodo e magnésio metálico no cátodo.
Para tal processo, indique:
a) As equações que representam as semi reações que ocorrem no cátodo e no ânodo.
143
15. No cátodo de uma célula de eletrólise sempre ocorre:
a) Deposição de metais.
e) Corrosão química.
16. Considere a eletrólise do brometo de cálcio (CaBr2(aq)), feita com eletrodos inertes, em solução
aquosa. Determine os cátions e os ânions, respectivamente, que se descarregam primeiro:
a) Ca2+(aq) e Br-(aq)
b) Ca2+(aq) e OH-(aq)
c) H3O+(aq) e Br-(aq)
d) H3O+(aq) e OH-(aq)
e) Ca2+(aq) e H3O+(aq)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. RUSSEL, J.B. Química geral. Vol 1 e 2, 2ª ed. São Paulo: Pearson, 1994.
2. BROWN, T. L. & AL. Química- Ciência Central. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
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