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Resenha Bibliográfica *
PONTOS DE VISTA SOBRE OS fríDIOS BRASILEIROS:
UM ENSAIO BIBLIOGRÁFICO **
A nthony Seeger
e
E duardo Viveiros de Castro
A bibliografia sobre as populações indígenas brasileiras é num erosa e aum enta rapi
dam ente. Q ualquer tentativa de abordar criticam ente to d a esta literatu ra exigiria volu
mes. A consulta dos resum os bibliográficos disponíveis em várias bibliotecas (no Rio de
Janeiro: Museu Nacional, Museu do ín d io ) perm ite descobrir o que foi escrito sobre
qualquer sociedade indígena. O que não é fácil descobrir, para o leigo, é por que um
dado autor deu-se ao trabalho de escrever o que escreveu, e p o r que alguém quereria ler
estas coisas.
Ademais, qualquer pessoa que tenha acom panhado os debates sobre “o problem a
indígena” 1 na im prensa ao longo destes anos percebe que existem desacordos básicos
entre aqueles que entraram em c o n tato , direto ou indireto, com sociedades indígenas.
Para que sc possa entender as posições atuais sobre o “problem a indígena” ,-
é fundam ental um a consideração da experiência dos diferentes grupos envolvidos
na disputa. Cada um destes tende a ver algo diferente, m esm o quando falando
sobre a m esm a sociedade, e isto vai determ inar a visão que cada um tem dos ou
tros grupos.
* As resenhas tem áticas do BIB são feitas por encom enda e constituem , p o rtan to ,
trabalhos originais, inéditos. As lim itações editoriais de espaço a que estão sujeitos os
trabalhos podem , eventualm ente, reduzir o escopo bibliográfico da resenha.
Sobre os autores:
A nthony Seeger é Professor A djunto do Programa de Pós-Graduação em A ntropo
logia Social do Museu N acional/U FR J. Ph.D. pela Universidade de Chicago, interes
sa-se pelo estudo da cosm ologia e organização social dos grupos indígenas sul-ameri
canos.
E duardo Viveiros de Castro é m estre em A ntropologia Social pelo Programa de Pós-Gra
duação em A ntropologia Social do Museu N acional/U FR J e aluno do program a de dou
toram ento nesta instituição. É tam bém professor do C entro Unificado Profissional.
O E stado e os índios
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“descim ento” e a escravização dos índios. Mas a tendência profunda - que se nota
tam bém e m outros dom ínios (F aoro 1976) - foi a de um progressivo aum ento de
controle estatal sobre a vida dos grupos tribais, mesmo através de um a m etam orfose que,
dividindo o trabalho, deixava aos colonos e às frentes de expansão a tarefa de elim inar os
grupos “rebeldes” ou incôm odos.
Há várias obras que analisam a legislação e a p o lítica do Estado colonial diante das
populações encontradas pelos portugueses. N aud (1970) com pilou docum entos sobre o
índio brasileiro de 1500 a 1822, onde se destacam as Cartas Régias que orientam a
atitude dos colonos diante do gentio. Kiemen (1949, 1954) e Thom as (1968) escreveram
análises específicas sobre a p o lítica indigenista no período colonial. Para o Im pério,
Moreira N eto (1971) traz um a excelente docum entação. Este au to r, especialista em
política indigenista, tem um breve trabalho histórico geral (1967), onde descreve os
processos de convergência e afastam ento entre a legislação form al e a prática do contato
entre os índios e brancos.
No com eço do século XX, a lu ta entre os colonos do sul do país e os Kaingáng e
Xokleng m otivou discussões acirradas sobre o destino dos índios. Cientistas com o Von
Ihering propunham a eliminação dos indígenas (Moreira N eto, 1967; Ribeiro, 1970:
129). Mas a visão positivista vitoriosa, dom inante no m ovim ento republicano, conseguiu
a criação do Serviço de Proteção aos índios, em 1910, visando garantir a integridade dos
grupos tribais de form a a que pudessem espontaneam ente aceder às luzes da civilização.
A Igreja e o E stado se separam , e o assistencialismo do SPI rejeita a catequese. Ribeiro
(1962, 1970) apresenta um a história detalhada da p o lítica indigenista desde a criação do
SPI, além de um a boa bibliografia nesta área (ver Ribeiro 1970: 4 5 1 4 5 2 ).
Oliveira (1947) e Otávio (1946) compilam e analisam a legislação brasileira sobre o
índío, sendo que o últim o acom panha as m udanças históricas na definição do status do
índio diante do D ireito. A m aud (1973) e T um er (1971) discutem aspectos da legislação
recente, especialm ente o E sta tu to do ín d io , que pode ser consultado em um a publicação
da FU N A I (1975). D ocum entos históricos im portantes são as Publicações do A postolado
Pozitivista do Brazil (1909, 1910a, 1910b, 1912; cf. R ibeiro, 1970), que discutem a
questão indígena e a atuação do SPI à luz dos princípios positivistas. Os A nuários do SPI
contêm inform ações detalhadas. O Conselho N acional d e Proteção aos ín d io s (1946) é
um a bibliografia preciosa sobre R ondon e os prim órdios do SPI.
Alguns livros de H istória do Brasil trazem inform ações e análises sobre a relação en
tre o Estado e os índios. Cunha (1960), Garcia (1956), M archant (1943), Magalhães (1935)
podem ser citados com o disôutindo m ais detidam ente o tem a. Capistrano de A breu (Abreu,
1976) é um dos historiadores m ais im portantes que estudaram o período colonial, neste as
pecto. Os trabalhos de Fernandes (1 9 6 0 ,1 9 6 3 ) sobre os Tupinam bá discutem aspectos do
co n ta to e n tre os indígenas do litoral e os conquistadores europeus, além de trazerem um a
copiosa bibliografia sobre os prim eiros cronistas. Um aitigo deM elatti(1977) é um a boa
introdução geral ao assunto.
R ibeiro (1970) e Cardoso de Oliveira (1960a, 1968, 1972) discutem extensivam ente
os processos históricos de penetração da sociedade nacional nos territórios indígenas (ver
adiante, seção sobre C ultura e M udança Social), em term os da natureza das frentes de
expansão, e, posteriorm ente, das m odalidades de integração e assimilação dos grupos
indígenas à sociedade nacional e sua estrutura de classes. Análises mais detalhadas sobre
o papel dos Postos Indígenas', ou sobre o papel do SP1/FUNAI em geral dentro do
processo de assimilação do índio, podem ser exam inadas em Cardoso de Oliveira; 1960b;
R ibeiro, 1962; Baldus, 1962; Soares Diniz, 1963; Junqueira, 1967, 1975; M elatti, 1967;
Santos, 1970; Stauffer, 1959/60.
A situação atual da p o lítica indigenista brasileira tem sido exam inada p o r algumas
publicações estrangeiras, especialm ente Dostal (1972), Fuerst (1972), e tam bém pela
CNBB-(1977). A im prensa tem ventilado discussões (e denúncias) sobre os rum os mais
recentes d a questão do índio e suas terras, através de declarações do Ministério do
Interior, da FU N A I e de representantes da Igreja. Uma consulta aos arquivos dos perió
dicos é ihdispensável para o exam e destes pontos (especialm ente o Estado d e S. Paulo e o
Jojn a l do Brasil). A R evista d e Cultura Vozes (1976) traz um núm ero sobre a p o lítica
indigenista no Brasil com artigos de antropólogos, missionários e indigenistas.
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A Igreja e os índios
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Os docum entos da Igreja que devem ser consultados para um exame d a posição
atual do problem a são: o B oletim do Cimi, bim ensal que traz um a discussão program ática
e detalhada das questões da terra indígena, da atividade da FU NAI; discute tam bém a
ideologia atual da catequese e tra z um balanço m uito ú til das referências aos índios na
im prensa. Sugerimos a leitura do B oletim , A no 4, n .° 13; Ano 5, n .° 31 e Ano 6, n .° 34 pa
ra os aspectos teóricos da nova catequese. Y-Juca-Pirama, o índio: aquele que deve morrer,
um docum ento de urgência assinado p o r bispos e missionários sobre o problem a indígena,
tam bém é im portante. Em C NBB (1 977) tem os um resum o da posição da Igreja q uanto
aos problem as d a colonização do Brasil.
A ntropólogos e ín d io s
A antropologia é o estudo com parativo das sociedades hum anas; disciplina que
lança suas raízes no Ilum inism o, tom ou-se possível graças à expansão colonial euporéia.
Uma das observações mais im portantes que foram feitas sobre os índios brasileiros, a
p artir dos estudos antropológicos, foi a de que existe um a enorm e variação entre os
grupos. Não existe um só “ índio brasileiro” (com o se crê até hoje, graças aos m anuais de
ensino elem entar), m as m uitos grupos diferentes de índios brasileiros, que falam línguas
diversas, possuem adaptações tecnológicas diversas, vivendo em diferentes am bientes, e
diferindo radicalm ente quanto aos padrões de ocupação do território e à organização
social, à cosmologia, e quanto à situação de co n ta to com a sociedade brasileira.
O enfoque do interesse dos antropólogos em sociedades tribais m uda. Fernandes
(1956-7) e Baldus (1968) observam a im portância crescente dos problem as d a m udança cul
tural, organização social, e religião nos estudos sobre os índios brasileiros. R ecentem ente,
o utro interesse veio à tona: a ecologia do habitat dos índios e as form as de adaptação a
ela. Novas questões foram 'levantadas nas áreas de organização social, com o a posição das
m ulheres, e da religião, com o o uso dos alucinógenos. E m am bos os casos, o m otivo do
interesse nestes tem as está claram ente associado a questões em pauta na sociedade dos
investigadores - pois os índios não m udaram quanto a isso, e nquanto que os interesses
antropológicos sim , e radicalm ente.
M aterialismo Cultural
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cosmologia e os tabus alim entares estão determ inados p o r variáveis ecológicas, e são o
resultado de um a adaptação do hom em aos anim ais na região am azônica. Reichel-
D olm atoff (1976) sugere que a riqueza sim bólica da cosm ologia dos índios T ukano é um
“m odelo para a adaptação ecológica” e exprim e a precisa consciência dos índios quanto a
necessidade de norm as adaptativas. T anto Gross (1975) quanto Ross (no prelo) e Jackson
(1975) fornecem boas bibliografias para os que se interessam p o r estes tópicos.
A m aioria dos trabalhos que seguem esta orientação procura reduzir a cultura -
parentesco, casam ento, residência, e m esmo o sim bolism o, a m itologia e a religião - às
condições m ateriais em que se encontram as sociedades estudadas. A articulação
proposta é, em geral, sim ples e unidirecional; não se leva m u ito em c o n ta os tipos de
variação observados (dentro do mesmo habitat), e tam pouco há um a teoria explícita
sobre a natureza da sociedade - além da noção de adaptação ecológica. O utros autores
têm dem onstrado que inúm eros fatores concorrem para as m udanças de aldeia e de roças
(ver especialm ente B utt, 1970).
Um dos resultados positivos destes novos interesses, porém , é que a pobreza dos
estudos sobre o uso indígena do m eio am biente - característica das décadas passadas
(um a das poucas exceções é R ibeiro, 1955) - deu lugar a um bom núm ero de análises
detalhadas (Carneiro, 1960, 1961, 1970; Silverwood-Cope, 1972; e Sm ole, 1976, que traz
um a bibliografia razoável).
Organização Social
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possuírem linhagens, por terem sido descritas por etnógrafos influenciados pelos m odelos
africanos, foram reinterpretadas (Da M atta, 1968, 1976; Kaplan, 1973; Basso, 1973).
Assim, a antropologia dos índios brasileiros sugere novas form as de análise (Da Matta,
1976; Seeger, 1975). Em m uitas sociedades a nom inação é um princípio m uito im por
tan te n a atribuição da identidade social dos indivíduos - mais do que a descendência
(M elatti, 1968; Lave, 1969; Ram os, 1973, Bamberger, 1974; V iertler, 1976). Em outra
direção a aparente “ flexibilidade” dos sistem as sociais - a não adesão a princípios
rígidos com o linhagem ou descendência - levou a um a busca de outros princípios
organizacionais, com o o grupo de substância (Da Matta, 1976; Viveiros de Castro, 1977)
ou a análises dos processos e estragégias da tom ada de decisões (T urner, 1968; Basso,
1970).
O utra firm e suposição sobre a natureza da sociedade, que consistia em adm itir que a
interação social entre seres hum anos seria mais “real” (ou diferente), que os processos
ideativos, tam bém foi posta em questão a p a rtir dos dados sul-americanos. Im portante
aqui é o debate entre Lévi-Strauss e M aybury-Lewis (Lévi-Strauss, 1956, 1960;
M aybury-Lewis, 1960). E stas questões foram desenvolvidas posteriorm ente por
M aybury-Lewis (1967), M elatti (1971), Da Maúta (1976), e Seeger (1974) entre outros.
No decorrer das discussões sobre organização social e parentesco, algumas socie
dades brasileiras tom aram -se famosas na A ntropologia, especialm ente os Gê e os Bororo
do Brasil C entral. Estas sociedades, extrem am ente com plexas, utilizando um a m ultiplici
dade de princípios para a form ação de grupos, possuem um a organização social notavelm en
te elaborada, em com paração com seus vizinhos da floresta tropical, além de um a vida
cerim onial organizada em ciclos longos. Trabalhos pioneiros incluem Nim uendaju (1939,
1942, 1946) e Colbacchini e Albisetti (1942). Lévi-Strauss (1952) sugeriu que eles
fossem reestudados, pois o m aterial de N im uendaju colocava problem as para a teoria dos
sistemas de casam ento proposta por Lévi-Strauss. Esta tarefa foi em preendida por
M aybury-Lewis (1967) e p o r estudantes seus (T.Turner, 1966; C.Crocker, 1969, 1971;
Melatti, 1971, 1975, demais referências; Lave, 1967, 1971; e da M atta, 1968, 1976).
Outros antropólogos produziram trabalhos im portantes sobre os Gê, com o Vidal (1977),
W .Crocker (1971), Seeger (1974, no prelo), e Carneiro da Cunha (1975, no prelo). Os
grupos de lingua Gê tornaram -se exem plares, tan to no que diz respeito às contribuições
sul-americanas à A ntropologia, q uanto na elaboração de hipóteses sobre a natureza das
sociedades em geral. As publicações recentes no Brasil (D a M atta 1976; Vidal, 1977;
Carneiro da Cunha, no prelo) e fora (M aybury-Lewis, no prelo) divulgando m ateriais até
então apenas m im eografados, produzirão m udanças im portantes na A ntropologia
brasileira.
Como a m aioria dos antropólogos que estudaram os índios brasileiros eram do sexo
masculino, surgiu a suspeita de que eles desprezaram um aspecto vital da organização
destas sociedades —o papel das m ulheres. Algumas tentativas de corrigir este preconceito
foram em preendidas por M urphy e M urphy (1974), e ou tro s (Bamberger, 1971; Shapiro,
1972; Seeger, 1974). Alguns ensaios sobre com portam ento sexual e intim idade levaram,
igualm ente à recolocação de algumas posições (Crocker 1964; Basso, 1973; Gregor,
1973, 1974).
Alguns trabalhos recentes cham am a atenção para o significado social e simbólico
de certos papéis centrais nas sociedades tribais do continente: o xam ã, o “ feiticeiro” , o
“chefe” , o líder faccionai. A literatura sobre o xam anism o sul-americano é vasta; Baldus
(1965/66) apresenta sugestões para pesquisa neste tem a, além de um a bibliografia por
região etnográfica. Algumas monografias, sobre religião (F ock, 1963) ou gerais
(G oldm an, 1963, Crocker, 1967, H am er, 1972, Basso, 1973) apresentam boas in
form ações sobre o xam anism o, situando-o d entro do repertório de papéis, analisando os
diferentes tip o s de especialistas (xam ã, curador, herbalista). M étiaux (1944), B arandiaián
(1962), B u tt (1962), Münzel (1971), H arner (1973) e Kensinger (1974) podem ser
citados quanto a ensaios específicos sobre o tem a, além do livro de Reichel-D olm atoff
(1975), que discorre sobre o uso xam anístico dos alucinógenos entre os T ukano5 . B utt
(1 965/66) e Dole ([1 9 6 4 ] 1973) trazem contribuições sobre o papel político-legal do
xam anism o, em term os de controle social. Baldus (1964) analisa os efeitos da acultu
ração sobre o xam anism o Tapirapé. M elatti (1970) correlaciona os xamãs Krahó e a
m itologia, sugerindo a noção de “ m ito individual” para explicar as narrativas xam anís-
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ticas. Apesar de inúm eras diferenças, parecem existir certos tem as recorrentes no xama-
nism o sul-am ericano, com o o uso intensivo do tabaco, a relação com espíritos anim ais. Em
term os de enfoque teórico geral, os trabalhos de Lévi-Strauss (1949a e 1949b) sobre a
“eficácia sim bólica” são fundam entais.
Seeger (no prelo) com para o especialista ritual Suyá com o chefe, em term os de um
dualism o característico das sociedades Gê. Em ou tra direção, Clastres ([1 9 7 0 ] 1974) vai
com parar os profetas tupi-guarani com os chefes. Aqui surgem as questões ligadas à
questão da autoridade política: a Am érica apresenta problem as interessantes para a
A ntropologia Política, um a vez que aqui se encontram inúm eras sociedades onde o papel
de “chefe” não correspondia absolutam ente às noções de autoridade e p o d e r típicas do
O cidente. Q astres (1974) defende a tese de que tais sociedades recusam explicitam ente a
idéia de poder, colocando-a com o elem ento da N atureza no seio da Cultura. O papel
am bíguo, lim inar, dos representantes tribais (term o mais apropriado que “ chefe”), com
efeito, parece ser característico das sociedades do continente (altiplano excetuado).
Lévi-Strauss ([1944] 1973) escreveu um ensaio fam oso sobre a chefia entre os Nam-
bikw ara, que apresenta algumas idéias básicas a este respeito.
O trabalho de Maybury-Lewis sobre os Xavante (1967) oferece um a im portante
contribuição ao estudo do faccionalismo e chefia. A í são analisados o papel do chefe
grupai em suas relações com a liderança faccionai, caracterizada pela ambiguidade entre
função representativa e função de liderança. Basso (1973) desenvolve para os Kalapalo
(Alto Xingu) estas relações entre chefia e faccionalismo - em um sistema onde o
representante grupai funciona com o m ediador cerim oniai entre sua aldeia e as outras da
região. Em bora pareça assim ser possível distinguir entre o representante tribal, sím bolo
da unidade e identidade do grupo (com atribuições, em últim a análise, rituais) e o líder
faccionai, em m uitas sociedades estes papéis se confundem , com o nos grupos Kayapó
(T um er, 1966, que discute em detalhe o faccionalismo).
Os estudos sobre a vida p o lítica nas sociedades sul-americanas incluem trabalhos
sobre a atividade guerreira (Fernandes, [1952] 1971 para os T upinam bá; para
sociedades atuais, ver Ham er, 1972, Chagnon, 1968a, 1968b), faccionalism o e acusações
de feitiçaria. Algumas regiões apresentam um panoram a m ais com plexo, onde com ércio,
intercasam entos e vida ritual ligam vários grupos em um único sistem a - casos do Alto
Xingu e do N oroeste amazônico.
O estudo do faccionalism o (inter ou intra-aldeia) perm ite à A ntropologia escapar
às visões idílicas de um consenso pacífico e universal entre os m em bros de um grupo; e as
acusações de feitiçaria surgem com o tem a relevante um a vez que são o idiom a básico na
veiculação de lutas faccionais. M aybury-Lewis (1967), T .T um er (1966), Da M atta (1976)
e Seeger (1974) discutem feitiçaria e faccionalismo entre os grupos Gê, perm itindo um a
com paração controlada interessante; Rivière (1970) com para os tipos de acusação de
feitiçaria e a estru tu ra p o lítica dos Trio e Xavante. Uma referência teórica para o estudo
das acusações de feitiçaria são as obras de M. Douglas (1966, 1970).
Religião e Cosmologia
Muitos autores tratam de aspectos religiosos da vida dos índios brasileiros (ver
Baldus, 1954, 1968, no índice p o r assunto). Já no século XX, algumas obras podem ser
consideradas im portantes com o etnografia religiosa: Nim uendaju (1914) estudou a
religião e o profetism o de um grupo Guarani, em um trabalho clássico; M étraux (1928)
com pilou os dados dos cronistas sobre a religião dos Tupinam bá; Ribeiro (1950) estuda a
religião e m itologia dos Kadiwéu. Deve-se m encionar tam bém os trabalhos de Capistrano
de Abreu (ver Abreu, 1914, sobre a língua e cosmologia dos Kaxinawá; e A breu, 1895,
sobre língua e cosmologia Bakaíri).
Uma das regiões mais ricas para o estudo da religião e simbolismo é o N oroeste
am azônico. Esta é um a área densam ente povoada, onde grupos diferentes intercasaram e
geraram um a situação m ultilingüística; todos eles possuem um a vida cerimonial e
artística altam ente elaborada. As m elhores análises publicadas sobre a organização social
e a cosm ologia da região são as de Koch-Grunberg (1917), e mais recentem ente Goldm an
(1963); há pouco, G oldm an (1976) exprim iu algumas reservas quanto a seus escritos
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anteriores sobre os Cubeo. Mais acessível, m as não tão bom , é Briizzi (1962). Reichel-
D olm atoff fez um a descrição excelente da cosm ologia dos T ukano (1968), e alguns
trabalhos interessantes com eçam a surgir, baseados em pesquisa intensiva (Hugh-Jones,
1974; cf. tam bém a pesquisa em curso de M elatti e M elatti sobre os M arubo [1975]).
O utros grupos do N orte do país tam bém foram rapidam ente descritos em term os de
cosmologia (Chagnon, 1968a para os Yanom am o). A concepção do cosm os como
disposto em cam adas superpostas, presente entre os Y anom am o e M arubo (para citarm os
dois grupos m uito diferentes), é interessante, e é necessário um estudo mais detalhado
sobre isto.
Os índios brasileiros apresentam grande variação em sua vida religiosa, assim como
em todos os demais aspectos culturais. E nquanto a cosmologia do N oroeste am azônico
apresenta um simbolismo rico e um xam anism o desenvolvido, a cosmologia dos grupos
Gê do Brasil C entral está m uito mais claram ente ligada à organização social - um a área
de considerável com plexidade, com o já foi m encionado. Talvez por esta razão, os Gê têm
sido usados para se dem onstrar a relação íntim a entre estrutura social e sistemas de
crença (D a M atta, 1976; Maybury-Lewis, 1967;Seeger, 1974).
As análises da m itologia sul-americana feitas p o r Lévi-Strauss (1964, 1966, 1968,
1971) revolucionaram o estudo da m itologia e cosm ologia dos índios brasileiros, p o r suas
hipóteses e generalizações fecundas. Elas frustaram tam bém , m uitos antropólogos
(Maybury-Lewis, 1969 faz um baianço útil); mas o resuitado gerai parece te r . sido
positivo. A consulta aos trabalhos de Lévi-Strauss é indispensável para o entendim ento
destes aspectos da cultura dos índios do Brassil.
Num erosas são as coletâneas de m itos sul-americanos (ver Baldus, 1954, 1968).
Dentre as m ais recentes e acessíveis, estão a dos irm ãos Villas Boas (1970) e Agostinho
(1974) para o Xingu, e Lukesch (1969) para os Kayapó. Giaccaria e Heide (1975)
compilam m itos e narrativas Xavante. O probelem a com a m aioria das coletâneas de
tex to s m íticos é que elas foram elaboradas a partir de narrativas na língua de c ontato
(português), raram ente na língua nativa. Muitas vezes, elas resum em o que foi realm ente
dito pelos índios, ou reescrevem integralm ente o m aterial - quando não censuram
passagens escatológicas. Necessariam ente, adaptam o estilo oral ao escrito; isto reduz sua
utilidade com o docum ento, e tira dos m itos m uito de sua vitalidade, evidente para quem
quer que tenha ouvido um índio contar e representar um m ito em sua língua nativa: um a
arte, dificilm ente captáveJ pela página impressa. E xistem algum as boas coletâneas,
especialm ente a de M onod-Becquelin (1 9 7 5 ) para m itos Trum ai. Algumas boas análises,
inspiradas em Lévi-Strauss, foram feitas (D a M atta, 1970; Laraia, 1970); outras prefe
riram focalizar a relação entre m ito e m ovim entos religiosos (M elatti, 1972; Carneiro da
Cunha, 1973).
Os estudos de ritual são mais raros, em bora m uitas etnografias tragam descrições -
por vezes detalhadas, com o em N im uendaju (1946). A análise do Kwarup xinguano feita
por Agostinho (1974a), e a m onografia de Melatti sobre os rituais Krahó (1975) (ver
tam bém Vidai, 1977), são excelentes.
Boa p arte da literatura recente sobre religião tra ta do uso de drogas alucinógenas
entre os grupos tribais da região am azônica. Há três coletâneas de artigos sobre o assunto
(Coelho 1976; F urst 1972; H arner, 1973). Alguns livros tratam o assunto em p rofun
didade (Reichel-Dolm atoff, 1975; H arner, 1972; D obkin de Rios, 1972). Reichel-
D olm atoff discute em detalhe os docum entos históricos sobre o uso da Banisteriopsis
Caapi (ayahuasca, yagé, caapi), e descreve sua própria experiência com a droga, entre os
índios Tukano. O mesmo faz Harner (1973) com os Jívaro; um a com paração destes dois
é m uito interessante. Os Jívaro bolivianos parecem levar esta prática ao lim ite, um a vez
que “ a vida norm al, da v ig ília,. . . é sim plesm ente um a ‘m entira’ ou ilusão, enquanto que
as verdadeiras forças que determ inam os fenôm enos são sobrenaturais, e só podem ser
vistas e m anipuladas p o r m eio do uso das drogas alucinógenas” (Harner, 1972: 16). De
qualquer m odo, os alucinógenos desem penham um papel central na cosm ologia dos
grupos amazônicos. Alguns dos trabalhos disponíveis tratam da farm acologia dos vegetais
empregados (Schults, 1972; Wassén, 1976); outros descrevem etnograficam ente a
organização social das sessões e dos transes provocados pelas drogas (H arner, 1973;
Kensinger, 1973). Alguns autores sugerem a possibilidade de um a universalidade dos
sím bolos e da experiência do transe alucinogênico (R eichel-D olm atoff 1972; H arner,
1973; N aranjo, 1973; La Barre, 1972).
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A rte
Ê difícil separar a “a rte ” dos ou tro s dom ínios, em qualquer sociedade indígena. A
pintura corporal, p o r exem plo, é “ arte” , m as é tam bém cerim onial, cosmologia (reli
giosa), e pode estar associada à hierarquia e à classificação social. O m esm o po d e ser d ito
da arquitetura, da construção de artefatos, e de desenhos nas rochas ou árvores. O que
poderia ser cham ado de arte, assim, é freqüentem ente objeto de discussão em trabalhos
voltados para outros tem as. Algumas fontes, porém , tratam em profundidade a questão.
Só podem os citar um as poucas; a m aioria p o d e ser encontrada na bibliografia de Baldus;
para um enfoque teórico geral, ver O tten (1971).
A arte indígena era um a preocupação central de Von den Steinen (1886, 1894).
Lévi-Strauss analisou a p intura facial Kadiwéu (1944/45; 1955); m uitas inform ações
sobre este grupo, neste aspecto, podem ser encontradas em Boggiani (1945, reeditado
recentem ente). Nas M ythologiques de Lévi-Strauss (1964, 1966, 1968, 1971) surgem
inúmeras sugestões sobre o sim bolism o e arte dos índios sul-americanos (cf., por
exem plo, a análise do crom atism o, em Le Cru et le Cuit). D aicy e Berta Ribeiro
escreveram um a m onografia m agistral sobre a arte plum ária dos Urubu-K aapor (1957).
Irving G oldm an (1963) e Reichel-D olm atoff (1967) analisaram os sím bolos gravados na
rocha na região do N oroeste am azônico. Reichel-D olm atoff elabora, em trabalhos poste*
riores, sua análise do simbolismo (1968, 1974, 1975). Castro Faria (1959) analisou a
representação em cerâm ica das figuras hum anas e animais. H eloísa Fénelon Costa (1959,
1968) analisou a arte e o artista na sociedade Karajá; ela coletou, tam bém (especialm ente
no A lto Xingu), m uitos desenhos, fornecendo aos índios papel e tintas. Os desenhos
podem ser de m uito interesse (em bora feitos através de um a técnica pouco familiar),
sobretudo para o exam e de aspectos da cosmologia dos grupos em questão (Fénelon
Costa, 1976). Alguns índios tornaram -se artistas reconhecidos pela sociedade brasileira,
produzindo obras expostas em galerias de arte (por exem plo, o Trum ai Amatf)-
A im portância da m úsica n a vida cerim onial dos índios brasileiros tem sido
freqüentem ente esquecida; só h á pouco a etnom usicologia tem sido levada a sério (A ytai,
1976 para os XaVante; Bastos, 1976 sobre o sistem a sonoro Kam ayurá; D obkin de R ios e
K atz, 1975 sobre a im portância da m úsica no ritual alucinogênico; Seeger (1977)
sobre a relação entre estru tu ra musical e cosm ologica entre os Suyá.)
BIB 20
siânicos, organizados a partir de um sim bolism o coerente com a m itologia do grupo
(Carneiro da Cunha, 1973). Estes m ovim entos foram descritos p o r W .Crocker (1967) e
Melatti (1972). Os m ovim entos m essiânicos são particularm ente interessantes para o
estudo das form as de elaboração do co n ta to pelos grupos tribais, e há m uitos casos no
Brasil (Schaden, 1969; M. V. de Queiroz, 1963). Eles parecem ser um a tentativa de
reagir às pressões da dom inação branca através da criação de um a nova realidade. Pereira
de Q ueiroz (1965) escreveu um a análise geral sobre os m ovim entos messiânicos.
No estudo dos efeitos da invasão da sociedade brasileira nos territórios e na
sociedade indígena, a A ntropologia brasileira produziu contribuições im portantes à
ciência. O efeito geral do contato brancos-índios tem sido o exterm ín io físico e cultural
dos segundos, m as não h á uniform idade. A m elhor introdução ao assunto é Ribeiro
(1957). Este artigo é indispensável a quem q u er que deseja tom ar conhecim ento do
“problem a” indígena no Brasil. Muitas idéia apresentadas neste trabalho foram elabo
radas em trabalho posterior (R ibeiro, 1970).
Os dados num éricos e qualitativos sobre a situação dos índios sul-americanos estão,
atualizados, em um a série de docum entos. Dostal (1972) é a m elhor coletânea; possui
um a boa bibliografia, em bora a m elhor esteja em F uerst (1972), que cobre de 1957 a
1972. O relatório de Brooks et. al. (1973) à A boriginal Protection So ciety o f England
traz algumas inform ações úteis.6 Narrativas mais jornalísticas sobre a situação atual dos
índios brasileiro incluem H anbury-Tennyson (1973), que indica o contraste radical entre
os saudáveis e orgulhosos índios do Parque Nacional do Xingu e a m iséria vista em outras
regiões. Bodard (1971) é mais sensacionalista, e não tão preciso q uanto D ostal (1972).
Jaulin (1 9 7 0 ) causou im pacto nos leitores estrangeiros. Algumas publicações do Inter
national Work Group o f Indigenous A ffa irs (IWGIA, 1971-77) analisam situações tribais
específicas, e sugerem políticas concretas. A té agora, não saiu nenhum relatório sobre
um grupo indígena brasileiro. Em CNBB (1977) encontram -se tam bém algumas
inform ações.
Na análise d o co n ta to interétn ico , ficou claro que, não só cada sociedade indígena é
diferente da outra, m as cada um a defronta-se com situações específicas no c o n tato . Esta
variação deve-se ao tipo de frente de expansão (Ribeiro, 1957, 1960), m as tam bém ao
tipo de recursos de que dispõem os índios. Os Gaviões do Pará, possuidores de vastos
castanhais, controlam parcialm ente um recurso econôm ico inacessível a outros grupos,
expropriados de cada palm o de te rra que um dia possuíram . R o b e rto C ardoso de Oliveira
fez im portantes contribuições teóricas e em píricas ao estudo das situações de “ fricção
interétnica” ; este a u to r critica as teorias de “aculturação” , e procura m ostrar a vigência
de um sistema social de dom inação que se estabelece entre brancos e índios, caracte
rizado pelo antagonism o de interesses e exclusão recíproca das visões de m undo (Cardoso
de Oliveira, 1960a, 1964, 1968). M oreira N eto (1960) tam bém contribuiu nesta área.
Cardoso de Oliveira orientou vários estudos sobre situações especificas de contato
(Laraia e Da M atta, 1967; M elatti, 1967; Santos, 1973). Junqueira (1973) e V iertler
(1973) discutem alguns traços da situação no Parque Nacional do Xingu.
Os processos históricos de c ontato decorrentes da expansão brasileira sofrem
inflexões específicas de acordo com as instituições em com petição que atuam dire
tam ente n a área do contato. Estas instituições,através de seus agentes, são m anipuladas
pelos índios, que têm seus próprios objetivos, diferentes dos de cada instituição. E ntre
estas, a principal é a FUNAI (antigo SPI), através dos Postos Indígenas, cuja influência
foi estudada por Cardoso de Oliveira (1 9 60b), Junqueira (1973), Santos (1 9 7 0 ) e Tavener
(1973); ver tam bém Ribeiro (1970). O utra instituição, ainda não sistem aticam ente estuda
da, são as m issões:ver Baldus (1964); Bonilla (1972); B utt (1960); Miller (1970); Reichel-
D olm atoff (1972). A educação é outro tipo de influência, estudada p o r Santos (1976).
E m bora algum trabalho tenha sido feito sobre o papel da FU NAI e das missões, ainda
não se sabe m uito sobre isso, em bora o im pacto destas agências sobre índios recém-
contatados seja m uito grande. Os efeitos da presença do antropólogo tam bém foram
pouco estudados.
Estas instituições, bem com o os segm entos da sociedade nacional presentes nas
frentes de expansão, definam cam pos sociais onde se constituem as identidades étnicas.
Cardoso de Oliveira dedicou-se a este tem a (ver especialm ente 1976), e Da M atta apre
sentou um trabalho interessante (1976b).
BIB 21
N ota Final
NOTAS
' A expressão “problem a indígena” é capciosa: pode sugerir que os índios “criam ” um
problem a para a sociedade nacional, quando é justam ente o oposto. O "problem a” ,
na verdade, é nacional.
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