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Administração de Recursos Materiais p/ MPU

Técnico Especialidade Administração


Aula 04 - Profº Ronaldo Fonseca
1.Revisão

Bom, antes de mais nada, preciso lembrá-los de que é hora de fazer a revisão
da aula 02 (se você já a estudou há mais de 3 semanas). É o momento de rever
as questões que selecionou previamente, medir seu índice de acertos (que pode
até ter diminuído) e reler os trechos marcados na teoria. Se não fizer isso agora,
seu conhecimento irá se perder e de pouco adiantará avançar no conteúdo.
Portanto, feche esse PDF e siga na revisão da aula 02 ;). Garanto que será o
melhor para sua preparação.

2.Panorama da Aula

Na aula de hoje conversaremos sobre:

• Distribuição de materiais;
• Características das modalidades de transporte;
• Estrutura para distribuição.
• Gestão patrimonial.
• Tombamento de bens.
• Controle de bens.
• Inventário.
• Alienação de bens.
• Alteração e baixa de bens.

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3. Distribuição de Materiais

Vamos falar um pouco sobre logística e distribuição de materiais.

Veremos os tipos de cargas, o transporte mais adequado para o tipo de carga e


o local para onde a carga será transportada. Falaremos também das principais
características dos modais de transportes existentes.

Comprar bem, procurando os melhores preços e prazos de pagamento para os


materiais e produtos, estocar de maneira a evitar perdas e com o mínimo custo
já não são somente os maiores fatores de lucratividade da Logística. Nos últimos
anos, a Distribuição tornou-se uma questão importante e, muitas empresas não
hesitam em afirmar que são os seus custos que muitas vezes participam e
determinam a sua rentabilidade.

A entrega do produto ao cliente final, seja ele o consumidor, o varejista ou


atacadista, necessita de uma atenção bem especial. A distribuição era
considerada uma fonte que gerava custos e engolia os lucros. Porém, quando o
objetivo é minimizar os custos totais da empresa e ao mesmo tempo maximizar
sua renda, a abordagem deverá ser feita de tal maneira que um aumento de
custo em determinado setor seja no mínimo equivalente à redução de custo em
outro.

Dentro do contexto empresarial, um dos conceitos aplicados à distribuição é


colocar o produto certo, em lugar certo, na quantidade correta, no tempo certo
e ao menor custo.

Para que essa definição seja realidade, é necessário um planejamento da


distribuição, que se refira a uma projeção para o futuro da atividade da empresa.
É necessário para conseguir quantificar a extensão da demanda dos produtos
dentro de um período futuro e após isso desenvolver um sistema que satisfaça
de maneira adequada às demandas previstas. Quanto maior for o período de
planejamento entre a decisão e a implantação, mais importante se torna o
planejamento da distribuição.

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O sistema de controle não deve de maneira alguma ser ignorado ou mal aplicado.
Um exame periódico e/ou contínuo, tendo um feedback que indiquem
claramente o quanto o sistema de distribuição está atendendo aos objetivos
finais, é fundamental. Desse modo, o controle deverá fixar os critérios e a criação
de modelos de determinação do custo e os objetivos da distribuição.

3.1 Natureza do Produto a Transportar

Os produtos da empresa, para efeito de transporte, podem ser assim


classificados:

a) Carga geral: a carga geral deve ser consolidada para materiais com peso
individual de até 4 t.
b) Carga a granel, líquida e sólida.
c) Carga semi-especial: trata-se de materiais com dimensões e peso que
exigem licença especial, porém no gabarito que permite tráfego em
qualquer estrada.
d) Carga especial: trata-se de uma variável da definição anterior, com a
ressalva de que seu tráfego exige estudo de rota, para avaliar a largura
das obras de arte e a capacidade das pontes e viadutos.
e) Carga perigosa: os produtos classificados como perigosos englobam
mais de 3.000 itens, estando codificados em nove classes, de acordo com
norma internacional.

Dependendo da situação, a distribuição pode ser classificada da seguinte forma:

• Distribuição interna: trata-se da distribuição de matérias-primas,


componentes ou sobressalentes para manutenção, do almoxarifado ao
requisitante, para continuidade das atividades da empresa.
• Distribuição externa: trata-se da entrega dos produtos da empresa a seus
clientes, tarefa que envolve o fluxo dos produtos/serviços para o

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consumidor final, motivo pelo qual adota-se a denominação de distribuição
física.

4. Características das Modalidades de Transportes

A atividade de transporte tem várias maneiras de ser executada. A forma de


executar e movimentar cargas entre dois pontos é o multimodalismo, ou seja, é
o modal, modo de transportar as mercadorias entre esses pontos.

Podemos classificar de forma bem abrangente o modal de transportes entre três


grandes grupos:

• Transporte aquaviário.
• Transporte terrestre.
• Transporte aéreo.

➢ Transporte aquaviário

O aquaviário é denominado para toda e qualquer movimentação de cargas que


utilize meios aquáticos. É também subdividido em: marítimo; fluvial e lacustre.
Como o próprio nome define claramente, são transportes que utilizam mares,
rios e lagos.

O marítimo se subdivide também em dois segmentos:

• Longo curso
• Cabotagem

O transporte marítimo de longo curso faz a movimentação internacional de


importação e exportação entre pontos de vários países.

O transporte marítimo de cabotagem movimenta as cargas entre os pontos da


costa do mesmo país.

Existe uma grande diversidade de navios para o transporte das mais variadas
cargas. A característica desses navios e suas especificações são sempre em

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função do tipo de carga a ser transportada e principalmente também dos portos
onde o navio vai atracar e ser atendido. O transporte marítimo no Brasil é
coordenado pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antac).

O transporte hidroviário e marítimo são destinados a cargas de grandes


volumes, de baixíssimo custo unitário, cujo tempo de entrega não seja fator
preponderante no encarecimento do produto. É um dos mais baratos meios de
transporte, mas depende do custo e dos serviços prestados nos portos, cais e
abordagens.

➢ Transporte Terrestre

O transporte terrestre também tem suas divisões, que são o rodoviário e o


ferroviário.

O transporte rodoviário é o mais flexível deles com maiores facilidades de


movimentação, pois o caminhão ou a carreta pode entrar ou sair do depósito da
empresa e chegar até o cliente diretamente. É o que se costuma chamar de
“transporte porta a porta”. É aplicado dentro do mesmo país ou também entre
outros países. Tanto o rodoviário quanto o marítimo podem movimentar
qualquer produto, desde que seja escolhido o equipamento adequado. Mais
adequado a cargas que exigem prazos relativamente rápidos de entrega.
Contudo, seus custos operacionais são elevados, pois cada caminhão ou carreta
leva uma quantidade limitada de carga, requer um motorista e, muitas vezes,
um ajudante. Além disso, dependem de estradas razoáveis, congestionamentos,
pagamentos de pedágios, combustível, e correm riscos de assaltos ou roubos.

O transporte rodoviário deve ser destinado a volumes menores, distâncias


menores ou cargas com prazos de entrega relativamente curtos.

O transporte ferroviário utiliza a malha ferroviária no País. A tração pode ser


elétrica, a diesel ou a vapor. Os vagões podem ter várias estruturas ou
conformações, para abrigar diferentes tipos de cargas sólidas, a granel ou
líquidas. O comboio pode transportar vários vagões, reduzindo o custo do

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transporte e tornando o frete mais barato. A velocidade do trem é relativamente
homogênea, pois não há, em percurso, cruzamentos, semáforos,
congestionamentos, etc. Contudo, o seu traçado é prefixado e limitado, não
permitindo a flexibilidade das rodovias. Há que se entregar a carga e retirá-la
no terminal ferroviário, o que gera algumas dificuldades.

O transporte ferroviário deve ser destinado às cargas de maior volume e grande


peso, mas cujo prazo de entrega não seja um fator preponderante. É o caso das
siderúrgicas, das indústrias petroquímicas e das de cimento, que requerem
terminais ferroviários em seus próprios pátios para a expedição dos seus
produtos.

O transporte rodoviário e ferroviário no Brasil são coordenados pela Agência


Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

➢ Transporte Aéreo

O transporte aéreo dentro dos principais conceitos do modal é o que utiliza


aeronaves tanto de cargas, como de passageiros e/ou mistas. Existe toda uma
legislação e controle muito específica que é diferente entre outros modais.

O transporte aéreo deve ser destinado a pequenos volumes, de baixo peso, para
os quais o fator tempo seja imperioso. É o meio de transporte mais caro e mais
rápido, indicado para cargas nobres ou cidades longínquas. No Brasil é
coordenado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) com o apoio da
Infraero.

Todo tipo de carga pode ser transportado por este modal, porém não devem
oferecer risco à aeronave, aos passageiros, aos operadores, a quaisquer outros
envolvidos e às outras cargas transportadas. Assim, podem-se transportar
animais vivos, cargas comuns secas, cargas congeladas, armamentos, enfim,
qualquer carga, porém as restrições a cargas perigosas são muito intensas,
sendo suas embalagens e condições de transporte devidamente regulamentada
pela IATA (Associação de Tráfego Aéreo Internacional).

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As mercadorias perigosas deverão ser autorizadas pela própria empresa aérea
e terão de ser identificadas perfeitamente, de modo que a pessoa, ao manipulá-
las, possa ter o devido cuidado.

As mercadorias perigosas são classificadas pela ONU nas seguintes classes de


risco:

• Classe 1 – explosivos;
• Classe 2 – gases;
• Classe 3 – líquidos inflamáveis;
• Classe 4 – sólidos inflamáveis;
• Classe 5 – substâncias combustíveis e materiais oxidantes;
• Classe 6 – substâncias tóxicas (venenosas) e infecciosas;
• Classe 7 – materiais radioativos;
• Classe 8 – corrosivos;
• Classe 9 – mercadorias perigosas diversas.

Algumas vantagens do transporte aéreo:

• Os aeroportos, normalmente, estão localizados mais próximos dos centros


de produção, industrial ou agrícola, pois encontram-se em grande número
e espelhados praticamente por todas as cidades importantes do planeta
ou por seus arredores;
• Os fretes internos, para colocação das mercadorias nos aeroportos, são
menores, e o tempo mais curto em face da localização dos mesmos;
• Racionalização das compras pelos importadores, aplicando uma política de
just in time, já que eles não terão a necessidade de manter estoques;
• Maior competitividade do exportador, visto que a entrega rápida pode ser
um bom argumento de venda;
• Segurança no transporte de pequenos volumes;
• Apresentação de frete inferior ao transporte marítimo, dependendo da
mercadoria, quantidade e local de origem, etc.

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➢ Transporte Intermodal

O transporte intermodal requer tráfego misto, envolvendo várias modalidades,


com parte do percurso podendo ser feita mediante um método e parte mediante
outro, motivo pelo qual o intermodal constitui a solução ideal para atingir locais
de difícil acesso ou de extrema distância. As empresas siderúrgicas utilizam o
transporte ferroviário para levar seus produtos até os portos e, a seguir, o
transporte marítimo para levá-los até outros países.

4.1 Escolha das Modalidades de Transporte

O sistema de transportes e distribuição de produtos de uma empresa sempre foi


importante e complexo. O transporte é um considerável elemento de custo em
toda a atividade industrial e comercial. Num país onde quase 60% das
mercadorias são transportadas via rodoviária, a racionalização desta operação
passou a ser vital para a estrutura econômico-financeira das empresas.

A decisão entre a frota própria ou transportadora de terceiros é bem mais


complexa do que parece. Cada situação tem características específicas e não
existem regras gerais que garantam o acerto da escolha. O que para
determinada empresa é altamente rentável pode ser um fator de aumento de
custos para outra. Em função disso, o responsável pelo transporte e distribuição
de produtos precisa ser um especialista, muito bem entrosado e conhecedor das
demais áreas da empresa.

Ao utilizar o sistema de transporte rodoviário, é necessário examinar algumas


particularidades do material a ser transportado e sempre que possível adequá-
lo com os equipamentos normalmente usados pelas empresas que operam o
sistema. Tal precaução é indispensável para atingir-se o aproveitamento ótimo
dos veículos em sua capacidade (peso ou metro cúbico) e, consequentemente
reduzir o custo operacional e o custo do frete.

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É indispensável que a embalagem seja igualmente adequada ao transporte, que
possa resistir aos embates do carregamento, viagem e descarga e possa sofrer
as tensões normais de sua acomodação no caminhão transportador.

A escolha de cada modalidade de transporte depende de dois fatores principais:

1) A diferença entre o preço de venda do produto no centro de produção e o


preço de venda no local de consumo. Trata-se de um fator conhecido.
2) O custo do transporte entre o centro de produção e o local de consumo.
Trata-se de um fator que precisa ser calculado e que depende de dois
aspectos:

• Características da carga a ser transportada: como tamanho,


peso, valor unitário, tipo de manuseio, condições de segurança, tipo
de embalagem, distância a ser percorrida, prazo de entrega, etc.

• Características das modalidades de transportes: condições da


infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos,
etc.), condições de operação, tempo de viagem, custo e frete, mão
de obra envolvida, etc.

Na escolha da modalidade de transportes, temos que considerar os quatros


fatores listados abaixo:

1) Fator tempo: cada modalidade de transporte apresenta uma velocidade


comercial diferente, em função de suas próprias características,
envolvendo muitas vezes esperas em interconexões, transbordos em
terminais, congestionamentos, condições climáticas desfavoráveis, etc.

2) Fator financeiro: cada modalidade tem o seu frete, os custos de


manuseio e perdas do material. O fator financeiro varia conforme o valor
monetário da mercadoria.

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3) Fator manuseio: cada modalidade exige determinadas operações de
carga e descarga nos pontos de expedição, transbordo e recepção. A
embalagem da mercadoria deve proteger o produto, facilitar o manuseio,
reduzir perdas e baratear os custos.

4) Fator rotas de viagens: cada modalidade exige maior ou menor número


de viagens para transportar uma mesma mercadoria. A empresa pode
adotar o transporte intermodal sempre que os custos da transporte
possam ser racionalizados. O transporte intermodal quase sempre envolve
paradas, transbordos, manuseio, custos, etc.

1. (CESPE – 2015 – MPOG – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A respeito de distribuição de materiais, julgue o item seguinte.

A utilização de um veículo para distribuição de materiais em uma via lacustre e


outro em uma via fluvial caracteriza a adoção de dois modais.

Comentários:

Primeiro pessoal, não se deixe enganar: o transporte lacustre é uma modalidade


de transporte aquático ou hidroviário, realizado em lagos e lagunas. É realizado
pelo transporte denominado de “Cabotagem”, ou seja, não apresenta um curso
longo.

Gabarito: Errada

2. (CESPE – 2014 – ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A utilização do modal marítimo para o transporte de produtos líquidos é proibida


devido ao risco de contaminação das águas por possíveis vazamentos.

Comentários:

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Pessoal, o transporte marítimo é todo e qualquer tipo de transporte e
movimentação realizado em vias aquáticas. Não há nenhuma restrição em
relação à carga, desde que devidamente embaladas e que sigam as normas
legais para essa modalidade de transporte.

Gabarito: Errada

3. (CESPE – 2014 – ICMBIO – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Considerando que a distribuição de materiais está ligada à movimentação e ao


transporte de cargas, julgue os itens a seguir

A diferença entre o preço do produto na origem e no local de consumo é fator


que deve ser considerado na escolha da modalidade de transporte.

Comentários:

A escolha de cada modalidade de transporte depende de dois fatores principais:

1) A diferença entre o preço de venda do produto no centro de produção e o


preço de venda no local de consumo.
2) O custo do transporte entre o centro de produção e o local de consumo.

Gabarito: Certa

4. (CESPE – 2014 – ICMBIO – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Considerando que a distribuição de materiais está ligada à movimentação e ao


transporte de cargas, julgue os itens a seguir.

Para efeito de transporte, os produtos são classificados como carga geral, a


granel, líquida ou sólida, semiespecial, especial e perigosa.

Comentários:

Vamos relembrar a natureza dos produtos a serem transportados?

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Os produtos da empresa, para efeito de transporte, podem ser assim
classificados:

a) Carga geral: a carga geral deve ser consolidada para materiais com peso
individual de até 4 t.
b) Carga a granel, líquida e sólida.
c) Carga semi-especial: trata-se de materiais com dimensões e peso que
exigem licença especial, porém no gabarito que permite tráfego em
qualquer estrada.
d) Carga especial: trata-se de uma variável da definição anterior, com a
ressalva de que seu tráfego exige estudo de rota, para avaliar a largura
das obras de arte e a capacidade das pontes e viadutos.
e) Carga perigosa: os produtos classificados como perigosos englobam mais
de 3.000 itens, estando codificados em nove classes, de acordo com
norma internacional.

Gabarito: Certa

5. (CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL – ADMINISTRADOR)

O modal ferroviário, por contar com linhas pré-definidas e poucas interrupções


no caminho, é o principal meio destinado ao transporte de grandes cargas em
territórios extensos em que o fator tempo é preponderante.

Comentários:

A questão estaria correta se não fosse a afirmação sobre o fator tempo.

O transporte ferroviário utiliza a malha ferroviária no País. A tração pode ser


elétrica, a diesel ou a vapor. A velocidade do trem é relativamente homogênea,
pois não há, em percurso, cruzamentos, semáforos, congestionamentos, etc.
Contudo, o seu traçado é prefixado e limitado, não permitindo a flexibilidade das
rodovias. O transporte ferroviário deve ser destinado às cargas de maior volume
e grande peso, mas cujo prazo de entrega não seja um fator preponderante.

Gabarito: Errada

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6. (CESPE – 2013 – FUB – ADMINISTRADOR)

Enquanto o transporte de cabotagem é feito entre os portos nacionais, o


transporte internacional destina-se a importação e exportação de mercadorias.

Comentários:

Perfeita a assertiva da banca.

É exatamente isso. O transporte de cabotagem é feito entre os portos nacionais,


enquanto o transporte internacional serve para importação e exportação.

Gabarito: Certa

7. (CESPE – 2013 – IBAMA – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Com relação à administração de recursos materiais, julgue os itens subsecutivos

É vedado o transporte de cargas perigosas, como explosivos e substâncias


infecciosas, no modal aéreo.

Comentários:

Todo tipo de carga pode ser transportado por este modal, porém não devem
oferecer risco à aeronave, aos passageiros, aos operadores, a quaisquer outros
envolvidos e às outras cargas transportadas. Assim, podem-se transportar
animais vivos, cargas comuns secas, cargas congeladas, armamentos, enfim,
qualquer carga, porém as restrições a cargas perigosas são muito intensas,
sendo suas embalagens e condições de transporte devidamente regulamentada
pela IATA (Associação de Tráfego Aéreo Internacional).

Gabarito: Errada

8. (CESPE – 2013 – MI – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A respeito de transporte e distribuição de materiais, julgue os seguintes itens.

Quando comparado aos demais modais, o modal aéreo de transporte, embora


mais ágil, apresenta menor segurança no transporte de pequenos volumes.

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Comentários:

Claro que não. É o contrário! Uma das vantagens do transporte aéreo é


justamente a segurança no transporte de pequenos volumes.

Vamos relembrar....

“O transporte aéreo deve ser destinado a pequenos volumes, de baixo peso,


para os quais o fator tempo seja imperioso. É o meio de transporte mais caro e
mais rápido, indicado para cargas nobres ou cidades longínquas”.

Gabarito: Errada

9. (CESPE – 2013 – MI – ASSITENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A respeito de transporte e distribuição de materiais, julgue os seguintes itens.

O transporte aquaviário inclui o marítimo, o fluvial e o lacustre

Comentários:

Exatamente isso.

O transporte aquaviário é denominado para toda e qualquer movimentação de


cargas que utilize meios aquáticos. É também subdividido em: marítimo; fluvial
e lacustre.

Gabarito: Certa

10. (CESPE – 2013 – SERPRO – TÉCNICO – SUPORTE


ADMINISTRATIVO)

O transporte aeroviário é o mais adequado para o transporte de suprimento de


material nobre, de alta sofisticação, que venha de uma cidade longínqua e em
pequenos volumes.

Comentários:

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Mais uma assertiva perfeita da banca.

“O transporte aéreo deve ser destinado a pequenos volumes, de baixo peso,


para os quais o fator tempo seja imperioso. É o meio de transporte mais caro e
mais rápido, indicado para cargas nobres ou cidades longínquas”.

Gabarito: Certa

11. (CESPE – 2012 – TJ – AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

Um administrador de materiais deseja transportar grande quantidade de


material para um lugar distante. Para isso, precisa cruzar várias regiões do país.
O administrador dispõe de pouco recurso financeiro para esta atividade e, por
isso, o meio de transporte escolhido deverá ter baixo custo de seguro e de frete
e sem taxa de manuseio. Há urgência na transferência do material e não podem
ocorrer atrasos na entrega.

Nessa situação hipotética, o meio de transporte mais indicado é o

a) rodoviário.

b) aéreo.

c) ferroviário.

d) hidroviário.

e) marítimo.

Comentários:

Vamos responder a essa questão analisando cada informação apresentada pela


banca e identificar as características mais importantes de cada modal.

Grande quantidade de materiais

Transporte rodoviário

Transporte ferroviário

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Transporte aéreo

Transporte marítimo

Diante dessa informação já conseguimos reduzir as opções a 2 tipos de


transportes: ferroviário e marítimo

Lugar distante

Transporte ferroviário

Transporte marítimo

Continuamos com as 2 opções, não é mesmo?

Transporte de baixo custo de seguro e de frete

Tanto o transporte ferroviário quanto o transporte marítimo apresentam baixo


custo de seguro e de frete. Continuamos com as duas opções.

Não podem ocorrer atrasos na entrega

Esse será o ponto determinante que definirá a nossa escolha. Então vamos
analisá-lo com calma, já que até o momento estamos com um empate técnico.

Você se lembra que na escolha da modalidade de transportes, temos que


considerar alguns fatores e um deles é o fator tempo?

Fator tempo: cada modalidade de transporte apresenta uma velocidade


comercial diferente, em função de suas próprias características, envolvendo
muitas vezes esperas em interconexões, transbordos em terminais,
congestionamentos, condições climáticas desfavoráveis, etc.

Nesse aspecto, o transporte ferroviário além de ser mais ágil que o marítimo
está menos suscetível a condições climáticas, que podem atrasar a entrega.
Além disso, no transporte marítimo o fator tempo é secundário.

Gabarito: C

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5. Estrutura para a Distribuição

Conforme a natureza do negócio, das características do produto e do mercado,


a organização da distribuição toma forma diferente. Ela deve ser estabelecida
com o objetivo de obter uma correta distribuição dos produtos acabados, dentro
do menor custo operacional possível, com ou sem a presença de intermediários.
Nesse sentido, a distribuição pode ser feita por venda direta ou indireta.

➢ Venda direta: é a distribuição que não utiliza nenhum intermediário. A


própria empresa efetua a venda diretamente ao consumidor final por meio
de seus órgãos, como departamentos, filiais, agências, sucursais,
representantes próprios, etc.

➢ Venda indireta: é a distribuição na qual o produto ou serviço passa por


vários intermediários até chegar ao consumidor final. Os intermediários
formam os canais de distribuição.

Toda distribuição envolve um sistema complexo de atividades, isto é, um


conjunto ou uma combinação de atividades, formas de venda, intermediários e
meios de entrega que constituem um todo integrado e necessário para fazer
com que o produto ou serviço da empresa chegue até o consumidor final ou
consumidor industrial.

➢ Consumidor final: é aquele que compra ou utiliza os produtos ou serviços


para satisfazer desejos pessoais ou necessidades domésticas, e não para
revenda ou utilização em estabelecimentos industriais ou comerciais.

➢ Consumidor industrial: uma empresa que compra e utiliza produtos ou


serviços para produzir outros bens ou serviços; ou um consumidor
comercial, uma empresa que compra e vende produtos ou serviços, como
intermediária de negócios.

Em muitos casos, o sistema de distribuição requer a presença de canais de


distribuição. Canal de distribuição é a empresa ou o intermediário que adquire a

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propriedade dos produtos ou serviços com a finalidade de revendê-los ao
consumidor final ou a outro comerciante intermediário, assumindo o risco da
compra e da venda. Daí a diferença entre sistema de distribuição – como é
organizada a distribuição até o consumidor final – e canal de distribuição – o
intermediário que conduz o produto ou serviço até o consumidor final.

Os canais de distribuição fazem com que os produtos ou serviços escoem do


produtor até chegar às mãos do cliente ou do consumidor final. Principalmente
nas empresas que cobrem extensa área territorial, os canais de distribuição são
importantes artérias que levam os produtos ou serviços a diferentes e
longínquos lugares, no tempo e na quantidade exigidos, para que fiquem à
disposição do consumidor final.

Os sistemas de distribuição podem, portanto, ser constituídos de órgãos da


própria empresa ou por intermediários.

1) Intermediário: é um tipo de negociante que se especializa em comprar


e vender produtos ou serviços. Existem dois tipos de intermediários:

➢ Intermediário agente: é aquele que negocia compras e/ou


vendas de mercadorias, mas sem adquirir a propriedade
delas. Sua remuneração é feita por comissões ou por taxas
preestabelecidas com o produtor. Quase sempre, é um agente
terceirizado, como o corretor de imóveis e de seguros, o
agente de fabricante ou o agente vendedor ou representante,
que é remunerado pelo produtor, etc.

➢ Intermediário comerciante: é aquele que adquire a


propriedade das mercadorias, as armazena e vende. Compra
e adquire a propriedade dos produtos com quem negocia e
assume todos os riscos dos negócios. É o caso dos atacadistas
e varejistas, que são os principais intermediários

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comerciantes. Podem ser empresas coligadas ou não ao
produtor.
2) Varejista: é o intermediário comerciante ou estabelecimento comercial
que vende principalmente para o consumidor final. Sua venda típica é
efetuada ao consumidor final. É o caso dos supermercados, das agências
de automóveis, das lojas e do comércio, em geral.

3) Atacadista: é o intermediário comerciante que vende para varejistas e


outros comerciantes, consumidores industriais e comerciais. O atacadista
é conhecido também pelo nome de distribuidor ou fornecedor, quando
negocia com o MP, materiais semiacabados, componentes, ferramentas e
maquinaria, em geral.

Existem três alternativas básicas de canais de distribuição:

➢ Distribuição direta do produtor ao consumidor

Ocorre quando o produtor vende e entrega diretamente as mercadorias ao


consumidor final. As vendas podem ser feitas por mala direta, por televendas,
pela internet, por vendedores domiciliares ou por lojas próprias.

Para vender diretamente ao mercado de consumidores finais, a empresa precisa


fazer grandes investimentos em equipes de vendas, em escritórios e filiais de
vendas, em lojas próprias, em malas diretas, em televendas, em sites na
internet, além de arcar como os estoques necessários para a comercialização.

➢ Distribuição por meio de varejistas

É a alternativa escolhida por empresas que não pretendem fazer grandes


investimentos em órgãos próprios de vendas para contato direto com os
consumidores finais, principalmente quando o número destes é muito grande e
sua abrangência territorial enorme. Entre a empresa e os consumidores finais,
existem varejistas. Esta é opção da grande maioria de fabricantes de

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eletrodomésticos, de produtos eletrônicos, de vestuário e moda, de produtos
alimentícios, etc. Os investimentos em estoques e os esquemas de
comercialização passam a ser da alçada dos varejistas.

➢ Distribuição por meio de atacadistas

É a alternativa escolhida por empresas que procuram se concentrar na produção,


deixando a comercialização por conta dos intermediários atacadistas. Estes
distribuem a centenas de varejistas, os quais, por sua vez, comercializam as
mercadorias junto aos consumidores finais. O grosso do estoque fica nas mãos
de atacadistas, que o pulverizam junto aos varejistas.

A distribuição física deve levar em consideração a alternativa escolhida pela


empresa para distribuir seus produtos no mercado, e servir como elemento
facilitador desse fluxo.

5.1 Supply Chain Management (SCM)

Também conhecida como Cadeia de Suprimentos, mas é muito comum


vermos o termo em inglês.

Como sistemas abertos, as empresas estão cada vez mais trazendo para junto
de si os seus fornecedores (do lado das entradas do sistema) e os seus clientes
(do lado da saída do sistema). Em outras palavras, as fronteiras do sistema
empresarial estão se desvanecendo, no sentido de eliminar limites ou barreiras
ao ambiente externo. Fornecedores e clientes estão sendo envolvidos no
processo de fornecimento, enquanto a empresa se torna o núcleo básico dessa
nova abordagem, em uma cadeia capaz de agregar valor a todos os envolvidos.

A supply chain management (SCM), ou gestão de cadeia de suprimentos,


envolve fornecedores, produtor, distribuidores e clientes em um processo
integrado, no qual compartilham informações e planos para tornar o canal mais
eficiente e competitivo.

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A diferença entre a nova e a velha abordagem é que, no passado, cada parte
apenas focava exclusivamente o seu cliente direto e imediato:

1. O fornecedor só focava a fábrica que iria utilizar sua matéria-prima.


2. A fábrica produzia o produto acabado somente focando sua expedição
ou o distribuidor de seus produtos.
3. O distribuidor, ou atacadista, só focava o varejista para quem vendia
os seus estoques.
4. O varejista só focava o cliente que comprava seu produto.

Cada parte somente focava aquela que se seguia imediatamente no processo. A


sequência era apenas linear. As relações entre os atores eram binárias, ou seja,
entre duas empresas. Nada mais do que isso. Ninguém se preocupava, ao longo
do processo, em como sua atuação iria impactar as outras partes e,
consequentemente, o cliente final. A SCM permite visualizar todo o processo de
geração continuada de valor, desde a chegada da matéria-prima até a entrega
do produto acabado ao cliente final, de maneira integrada e sistêmica. Este é o
ciclo integral que vai da matéria-prima entregue pelo fornecedor até a chegada
do produto acabado ao consumidor final.

12. (CESPE – 2013 – SERPRO – TÉCNICO SUPORTE ADMINISTRATIVO)

Uma empresa que atua como intermediário comerciante, vendendo suprimentos


ao consumidor final é caracterizada como atacadista.

Comentários:

Vamos relembrar os conceitos?

1) Varejista: é o intermediário comerciante ou estabelecimento comercial


que vende principalmente para o consumidor final. Sua venda típica é
efetuada ao consumidor final. É o caso dos supermercados, das agências
de automóveis, das lojas e do comércio, em geral.

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2) Atacadista: é o intermediário comerciante que vende para varejistas e
outros comerciantes, consumidores industriais e comerciais. O atacadista
é conhecido também pelo nome de distribuidor ou fornecedor, quando
negocia com o matéria-prima, materiais semiacabados, componentes,
ferramentas e maquinaria, em geral.

Agora ficou fácil, não é mesmo? O enunciado em questão trata do varejista e


não do atacadista.

Gabarito: Errada

13. (CESPE – 2008 – HEMOBRÁS – TÉCNICO EM ALMOXARIFE)

Um importante conceito em gestão de materiais diz respeito à cadeia de


suprimento, que consiste no conjunto de atividades que têm início na aquisição
da matéria-prima e terminam com a produção e o armazenamento do bem a ser
comercializado.

Comentários:

O ciclo integral da cadeia de suprimentos vai da matéria-prima entregue pelo


fornecedor até a chegada do produto acabado ao consumidor final.

Gabarito: Errada

6. Gestão Patrimonial

Antes de iniciarmos esse tema vamos relembrar alguns conceitos que irão ajudá-
lo a entender melhor as explicações.

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Figura 1. Adaptado de Petrônio Garcia Martins (2009)

Conforme a figura acima, as empresas têm a sua disposição cinco tipos de


recursos: Materiais, Patrimoniais, Capital, Humanos, Tecnológicos.

Vamos relembrar o conceito de ‘Recurso”:

 É tudo aquilo que gera ou que é capaz de gerar riqueza, no sentido


econômico do termo. Dessa forma, os clássicos fatores de produção
(capital, terra e trabalho) são recursos, da mesma forma que um
prédio ocupado por uma empresa também é um recurso (patrimonial),
pois é essencial para que exerça sua atividade empresarial.

Vamos separar (apenas para fins didáticos) as definições de recurso material da


de recurso patrimonial.

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➢ Recurso material: refere-se aos elementos físicos empregados por uma
organização e que concorrem para a constituição de seu produto final, o
qual pode ser um material processado ou um serviço. A natureza do
recurso material não é permanente. Além disso, geralmente é possível
armazená-lo em estoques (mercadorias, matérias-primas, etc).

➢ Recurso patrimonial: refere-se aos elementos físicos empregados por


uma organização e que são destinados à manutenção de suas atividades.
A natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre
é possível armazená-lo em estoques (imóveis, terrenos, móveis e
utensílios, veículos, máquinas, etc).

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma instituição que


podem ser avaliados monetariamente. Tudo que a empresa possui que possa
ser avaliado em dinheiro é patrimônio, inclusive suas dívidas (obrigações).

E já que tais bens não serão alienados tão cedo pela entidade, existe um
raciocínio diferente ao estudá-los. A máquina que coloca as tiras nos chinelos
serve para que a empresa continue a produzir chinelos. Sem ela, a empresa não
produz. Se não produz, não vende. Por essa razão, a empresa não venderá essa
máquina tão cedo, a não ser que seja para comprar outra máquina que coloque
as tiras mais rápido.

Mais acima vimos a definição de Recursos Patrimoniais. Agora veremos a


definição de Bens Patrimoniais.

➢ Bens Patrimoniais: são os ativos permanentes móveis e imóveis e


inclui os ativos tangíveis e os intangíveis.

Um bem imóvel seria aquele que, naturalmente, não podemos movimentar sem
que ele perca suas características de operação. Já uma definição de bem móvel
seria a seguinte: é o objeto ou material que se pode transportar de um lugar

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para o outro e que, para efeito de controle, pode ser classificado como material
permanente ou de consumo e no elemento de despesa previsto na legislação em
vigor (IFAM 2012).

A administração patrimonial deve controlar tanto os bens móveis como os bens


imóveis da instituição. Entretanto, a preocupação é distinta em relação a esses
bens e o controle é um pouco diferente.

Primeiramente, é essencial dizermos que o conceito de patrimônio tem


significados distintos para a Contabilidade e para a Administração de Recursos
Materiais e Patrimoniais.

Para a Contabilidade, o patrimônio de uma determinada pessoa física ou jurídica


é composto pelo conjunto de bens, direitos e obrigações que estão sob sua
propriedade e que podem ser avaliados monetariamente.

A representação do patrimônio de uma empresa, para a Contabilidade, é o que


chamamos de balanço patrimonial. Para fins de elaboração do balanço
patrimonial, há duas subdivisões possíveis do ativo, constantes da Lei nº
6.404/76 e modificadas recentemente pela Lei nº 11.941/2009:

• Ativo Circulante
• Ativo não Circulante

O ativo circulante é relativo a bens e direitos realizáveis em um período futuro


de curto prazo, e não são de interesse de nossa disciplina.

O ativo não circulante, por sua vez, é ainda subdividido em mais quatro grupos:

• Ativo realizável a longo prazo


• Investimentos
• Ativo Imobilizado
• Ativo Intangível

Dessa maneira, voltando à Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais,


apresentamos a seguinte definição:

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• Ativo Imobilizado: são os bens de natureza permanente destinados à
manutenção das atividades da organização, ou seja, bens permanentes
que a organização necessita para poder operar.

• Ativo Intangível: são os bens não materiais (abstratos ou incorpóreos)


destinados à manutenção das atividades da organização.

Trazendo esses conceitos para o âmbito da Administração de Recursos Materiais


e Patrimoniais, podemos dizer que o ativo imobilizado e o intangível são
agrupados sob um único conceito: o de bem patrimonial.

Os bens que compõem o patrimônio da instituição ali estão para que esta possa
atingir os seus objetivos. Eles asseguram a continuidade das atividades da
instituição.

De modo geral, o foco dos certames recai sobre os materiais permanentes, haja
vista sua maior dinamicidade em organizações (capacidade de movimentação,
compras e desfazimentos mais recorrentes), o que torna mais complexo o seu
controle.

Nesse momento inicial, é pertinente o estudo de algumas definições:

➢ Material de Consumo: é aquele que, em razão de seu uso corrente,


perde normalmente sua identidade física e/ou tem a sua utilização limitada
a dois anos.

➢ Material permanente: de duração superior a dois anos, levando-se em


consideração os aspectos de durabilidade, fragilidade, perecibilidade,
incrporabilidade e transformabilidade. O material permanente terá a
seguinte classificação:

a) Novo: bem comprado e que se encontra com menos de um


ano de uso.

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b) Bom: bem que estiver em perfeitas condições e em uso
normal.

c) Ocioso: quando, embora em perfeitas condições de uso, não


estiver sendo aproveitado.
d) Recuperável: bem que pode ser recuperado, com custo de
reparo menor do que cinquenta por cento de seu valor de
mercado.

e) Antieconômico: bem com manutenção onerosa, ou com seu


rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste
prematuro ou obsoletismo.

f) Irrecuperável: quando não mais puder ser utilizado para o


fim a que se destina devido à perda de suas características ou
em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação.

6.1 Patrimônio Mobiliário

Bens móveis são os bens que que podem ser removidos de sua posição
sem que sua substância seja destruída. Ou, de maneira bem mais simples, todo
bem que possa ser movimentado sem ser destruído.

Esta definição tem origem no Código Civil, nos seguintes dispositivos:

LIVRO II
DOS BENS

TÍTULO ÚNICO
Das Diferentes Classes de Bens

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• No caso de as verificações dos itens anteriores ocorrerem sem
maiores problemas, atesta-se a nota fiscal (dá-se um “OK” em seu
verso, afirmando que o material foi recebido);
• Incorporação do material permanente ao patrimônio da
organização.

À esta incorporação damos o nome de tombamento.

Após o registro de um material permanente em um almoxarifado, efetua-se o


registro de suas informações físicas e contábeis, para fins de controle. No
entanto, como qualquer outra atividade da organização, o controle dos bens
patrimoniais está sujeito a uma auditoria, com o objetivo único de garantir a
confiabilidade das informações prestadas pelos sistemas de controle
material/patrimonial. Erros humanos, perdas e roubos são as causas principais
das discrepâncias entre os registros e o que efetivamente consta de estoques
ou de cargas patrimoniais sob a responsabilidade de servidores. Estamos nos
referindo aos inventários.

6.2 Patrimônio Imobiliário

Os bens que compõem o patrimônio imobiliário, por definição, não podem ser
removidos de sua posição original sem que com isto sua substância seja
destruída ou sua finalidade desvirtuada.

Vamos ver como essa definição aparece no Código Civil?

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural
ou artificialmente.

Os bens imobiliários estatais, independentemente de sua titularidade (federal,


estadual, distrital ou municipal), podem ser classificados em e categorias, de
acordo com a sua destinação. São elas:

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➢ Bens de uso comum do povo: podem ser utilizados por todos os
indivíduos. Em igualdade de condições, sem necessidade de
consentimento individualizado por parte do Poder Público. Ex.:
praças, ruas, praias (há a possibilidade de exigência de
contraprestação do particular para usufruto desses bens, como é o
caso do pagamento de pedágios em estradas).

➢ Bens de uso especiais: empregados na execução dos serviços


públicos em geral. Ex.: edifícios onde são situadas as repartições
públicas, aeroportos, hospitais públicos, escolas públicas, etc.
Também são chamados de patrimônio indisponível.

➢ Bens dominiais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de


direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma
dessas entidades. São bens que não possuem destinação pública
definida, mas que podem ser utilizados pelo Estado para gerar
renda. Estão no “limbo”: não são destinados ao povo, nem são
empregados no serviço público, apenas permanecem à disposição
da Administração – são também chamados de patrimônio
disponível. Ex.: terrenos da marinha, prédios públicos desativados,
etc.

A administração patrimonial no setor público está mais focada nos bens de uso
especial, pois estes são ocupados pelas entidades e repartições públicas e devem
ser cuidadas e mantidas por essas organizações.

Conforme artigo 102 do Código Civil, os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.

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7. O Controle dos Materiais e do Patrimônio

A partir da Constituição Federal de 1988, houve uma crescente demanda da


Administração Pública em prover leis e normas mais rígidas de controle
financeiro, orçamentário, contábil e patrimonial.

O controle patrimonial abrange tanto os bens patrimoniais móveis quanto os


bens imóveis.

Na maioria das empresas a gestão do ativo imobilizado é feita por uma unidade
organizacional que recebe geralmente o nome de controle do ativo fixo ou
imobilizado. Sua função é registrar, controlar e codificar os bens considerados
imobilizados e, portanto, passíveis de depreciação. O controle é feito por meio
de uma ficha individual, que pode ser um arquivo do sistema computadorizado
onde se registram, entre outras coisas, a data de aquisição do bem, o código
(colocando-se chapas em bens móveis), o valor inicial, critério e prazo para
depreciação, depreciação do período e acumulada, centro de custo em que o
bem encontra-se alocado, e espaço para registro de melhorias no bem, desde
que altere o seu valor contábil.

7.1 Tombamento de Bens

Assim que a instituição adquire um bem permanente, ele deve passar por um
procedimento de registro (incorporação) no sistema de controle patrimonial.
Essa atividade é chamada de tombamento. Presta atenção nesse conceito, pois
ele costuma ser muito cobrado nas provas de Administração de Recursos
Materiais.

A atividade de tombamento deve ser executada no momento em que o bem


permanente dá a entrada física na organização, e engloba desde o lançamento
dos bens no Sistema Patrimonial até a assinatura e arquivamento dos Termos
de Responsabilidade.

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No tombamento, identificaremos o bem permanente no sistema (inserindo suas
características, preço, de aquisição, etc) e daremos um código ou número
patrimonial. Sempre que for possível, esse número será fixado no bem por
meio de uma plaqueta de identificação como esta:

Entretanto, alguns bens patrimoniais não podem receber uma plaqueta. Esses
bens, cujas características físicas e a sua própria natureza impossibilitem a
aplicação de plaqueta, também terão número de tombamento, marcados
em separado.

Em caso de perda, descolagem ou deterioração desta plaqueta, o setor onde o


bem está localizado deverá comunicar impreterivelmente o fato à Coordenação
de Almoxarifado e/ou Patrimônio, com vistas à sua reposição.

No caso de livros, por exemplo (material bibliográfico), o número do


tombamento (ou registro patrimonial) poderá ser inserido no bem mediante um
carimbo.

Existem ainda alguns itens que podem ser considerados como um material
permanente, mas não precisam ser tombados: cortinas, tapetes, persianas, etc.

Em relação ao tombamento, os bens móveis podem ser classificados como:


controlados e relacionados. Os bens controlados são aqueles que estão
sujeitos ao tombamento, ou seja, que demanda um controle mais rigoroso do
uso e da responsabilidade pela sua guarda e conservação.

Já os bens relacionados são os bens que dispensam o tombamento por


causa do seu valor ínfimo, sendo controlados apenas de modo simplificado.

Na Administração Pública, a regra geral é de todos os materiais permanentes


serem tombados. Isso implica maior possibilidade de controle, mediante a

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distribuição da carga patrimonial (=lista de bens permanentes sob a
responsabilidade direta de determinado servidor) e de inventários.

7.2 Inventário

A existência e o uso contínuo dos bens refletidos pelo registro detalhado devem
ser conferidos periodicamente por meio de um programa detalhado de
inventários físicos.

Este inventário pode se dar tanto sobre os materiais em estoque como sobre
os bens patrimoniais da entidade.

O inventário em si consiste no levantamento físico ou contagem dos materiais

para que os dados obtidos sejam comparados ao registro efetuado pela


instituição. Desta forma, inventariar os bens significa certificar-se de que as
informações constantes no controle da instituição refletem a realidade.

➢ Inventário Geral ou Periódico: Estes são feitos no final do exercício


fiscal, e a contagem e verificação se faz de uma única vez para todos os
itens do estoque ou patrimônio. Como você deve ser capaz de imaginar,
isto levará um tempo considerável para ser feito, e desta forma, a
execução do inventário geral normalmente paralisa as atividades da
área inventariada. É o famoso fechado para balanço! Com certeza você
já ouviu essa expressão, não é mesmo? Uma expressão popular utilizada
quando as empresas paralisam as suas atividades para fazer o inventário,
mas atenção: essa é apenas uma expressão popular que nada tem a ver
com o balanço patrimonial da empresa.

➢ Inventário Rotativo: haverá um cronograma periódico a se seguido,


fazendo-se a contagem mês a mês de cada área pretendida, de maneira

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que ao final do exercício, todas as áreas tenham sido inventariadas. A
vantagem do método está justamente em não paralisar a atividade
da instituição.

O inventário rotativo tem mais uma vantagem. Caso a empresa combine


algum método de classificação de materiais (por exemplo, a classificação ABC),
poderá fazer com que alguns grupos de itens sejam verificados mais vezes do
que outros. Na curva ABC, alguns poucos itens merecem
mais atenção que outros muitos itens.

➢ Grupo 1: itens correspondentes à Classe A, que por sua


importância e valor significativo, merecem atenção redobrada, e,
portanto, serão inventariados mais vezes durante o ano.

➢ Grupo 2: itens correspondentes à Classe B, que tem importância


intermediária, e assim, podem ser inventariados, menos vezes
durante o ano.

➢ Grupo 3: estes são os demais itens (Classe C), que existem em


grande quantidade e pequeno valor total. E por representarem um
valor menor do estoque (além de dar bem mais trabalho inventariá-
los), serão contados apenas uma vez por ano.

Todo o bem patrimonial é


suscetível de avaliação monetária,
que compreende a aferição do
valor monetário do bem.

Bem, chegando ao fim do assunto controle vamos tratar de um termo que vêm
aparecendo nas questões de concursos: Cut-Off.

Cut-off é uma paralisação em toda movimentação de materiais da empresa (é


recomendável que esta paralisação seja real, mas ela pode ser simplesmente

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teórica, através de um registro apartado), a fim de que o material possa ser
contado. É recomendável (não obrigatório) que a empresa não receba materiais
na data do inventário, que as necessidades do processo produtivo sejam
atendidas previamente, de maneira que quando realizado o Cut-off, nenhum
material na empresa esteja sendo movimentado, ou se não for possível parar a
movimentação, que esta seja feita em separado, com um controle a parte.

Vamos ver como a legislação trata do assunto?

Instrução Normativa SEDAP 205/88:

http://www.daf.unb.br/images/DGM/inst_norma_205_88.pdf

8. Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de


estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais
permanentes, em uso no órgão ou entidade, que irá permitir, dentre outros:

a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com


o saldo físico real nas instalações de armazenagem;

b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado


através dos resultados obtidos no levantamento físico;

c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao


saneamento dos estoques;

d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em


uso e das suas necessidades de manutenção e reparos; e

e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade.

8.1. Os tipos de Inventários Físicos são:

a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais


do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada

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exercício - constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais
ocorridas durante o exercício.

b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para


identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade;

c) de transferência de responsabilidade- realizado quando da mudança do


dirigente de uma unidade gestora;

d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou


transformação da unidade gestora;

e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade


gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador.

As unidades do ativo imobilizado, desde que possível, devem ser numeradas


quando instaladas para facilitar a sua identificação. Se porventura isso não foi
feito desde o início das operações, pode ser feito à medida que os inventários
físicos forem sendo programados.

O controle na área do ativo imobilizado deve abranger também os seguintes


pontos:

• Existência, por escrito, de uma política de capitalização;


• Existência, por escrito, de uma política de administração do ativo
imobilizado;
• Balanceamento dos registros individuais com as contas de controle do
razão;
• Definição de procedimentos para a transferência e baixa de bens;
• Estabelecimento de levantamentos físicos periódicos, a fim de testar os
controles individuais, bem como a sua localização;
• Existência de controles analíticos;
• Identificação dos bens pela colocação de chapas;
• Controle de localização para a distribuição de débitos referentes à
depreciação;

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• Existência de um sistema orçamentário;
• Adequação do sistema contábil.

7.3 Depreciação, Amortização e Exaustão

Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em seus


valores ao longo do tempo (depreciação, amortização, exaustão).

A depreciação de um bem tangível é a redução do seu valor, decorrente do uso,


deterioração ou obsolescência tecnológica. A depreciação é o método pelo qual
vamos “retirando” valor do bem contabilmente. Entretanto, o bem pode ainda
ter valor depois do prazo estimado para sua depreciação. Vamos imaginar que
um automóvel teve a sua vida útil estimada em dez anos. Ao final desses dez
anos, ele pode ainda estar funcionando normalmente. Ele portanto ainda tem
um valor. Contabilmente, chamamos esse valor de “valor residual”.

A forma de calcular essa perda define o critério de depreciação do bem. Como o


critério de avaliação e a vida do bem impactam no resultado operacional da
empresa, ambos são regulados pela Receita Federal, através da Instrução
Normativa SRF nº 162/1998, alterada pela Instrução Normativa nº 130/1999.

Para o setor público, até bem recentemente os diversos órgãos usualmente


recorriam às mesmas taxas estabelecidas pela Receita Federal, no entanto a
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) lançou o Manual de Regularizações
Contábeis, definindo, entre outros assuntos, o mecanismo da depreciação no
âmbito do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI). Para fins de concurso, o melhor é basear-se nos ditames da Secretaria
da Receita Federal do Brasil.

Para facilitar o entendimento vamos resumir os principais conceitos relativos à


depreciação:

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➢ Depreciação: redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de
utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

➢ Vida útil: período de tempo pelo durante o qual a entidade espera


obter fluxos de benefícios futuros de um bem ($$).

➢ Valor residual: montante líquido que a entidade espera obter por


um bem no fim de sua vida útil, deduzidos os gastos esperados para
a sua alienação.
➢ Valor depreciável: valor depreciável = valor original – valor
residual.

Vejamos agora os exemplos mais comuns da tabela de vida útil de bens,


estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil:

• Veículos: 5 anos ou 20% ao ano


• Máquinas e Equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano
• Móveis ou Utensílios: 10 anos ou 10% ao ano
• Imóveis: 25 anos ou 4% ao ano

Existem vários métodos de cálculo da depreciação, mas o mais cobrado em


provas de administração de recursos materiais é o método linear.

Nesse modo de cálculo, as parcelas descontadas ano a ano são constantes, como
podemos visualizar na fórmula abaixo:

Parcela anual da depreciação = Valor original do bem – Valor residual


Número de anos da vida útil

A amortização é a redução do valor aplicado na aquisição de ativos


intangíveis, de duração limitada ou de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.

Alguns exemplos de ativos que sofrem Amortização:

• Marcas e Patentes

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• Softwares e Websites
• Direitos Autorais
• Know-How (no caso de transferência de propriedade intelectual, métodos
produtivos, etc.)
• Tecnologia

Por fim, a Exaustão trata a redução do valor, decorrente da exploração


dos recursos naturais esgotáveis.

Alguns exemplos de bens que sofrem os efeitos da Exaustão:

• Florestas
• Jazidas de metais (ferro, ouro, alumínio, etc.);
• Jazidas de rochas
• Canaviais ou pastagens
• Reservas de petróleo

8. A Movimentação do Patrimônio

A baixa ou desfazimento dos bens ocorre quando excluímos um bem do


patrimônio da instituição. Esse bem pode ser retirado do patrimônio por motivo
de alienação (venda, permuta ou doação) ou por outro motivo de baixa (o
esgotamento pelo uso, perda, roubo, extravio, obsolescência, etc.).

Alienação é a operação de transferência do direito de propriedade do bem,


mediante venda, permuta ou doação. Alienar significa transferir a propriedade
(ou domínio) de um bem para outra pessoa ou entidade. Dessa forma, não há
mais razões para realizar o seu controle. Essa definição é trazida pelo Decreto
99658/1990:

Art. 3º Para fins deste decreto, considera-se:


(...)

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II - transferência - modalidade de movimentação de material, com troca de
responsabilidade, de uma unidade organizacional para outra, geralmente dentro
do mesmo órgão ou entidade;

III - cessão - modalidade de movimentação de material do acervo, com


transferência gratuita de posse e troca de responsabilidade, entre órgãos ou
entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional do
Poder Executivo ou entre estes e outros, integrantes de qualquer dos demais
Poderes da União;

IV - alienação - operação de transferência do direito de propriedade do material,


mediante venda, permuta ou doação;

V - outras formas de desfazimento - renúncia ao direito de propriedade do


material, mediante inutilização ou abandono.

Segundo Marco Aurélio P. Dias (2009) em qualquer uma das situações expostas,
deve-se proceder à baixa definitiva dos bens do acervo do órgão. Sendo o bem
considerado obsoleto ou não havendo interesse em utilizá-lo no órgão onde se
encontra (se tratando de órgão público), mas estando em condições de uso, o
dirigente do órgão deverá primeiramente colocá-lo em disponibilidade.

O registro de baixa no sistema patrimonial será efetivado com base no Termo


de Baixa de Bens, contendo os seguintes dados:

• O número do tombamento;

• Descrição;

• Forma de baixa;

• Motivo de baixa;

• Data de baixa;

• Número da Portaria ou Termo de Baixa.

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Visando o correto processo de baixa de bens no Sistema Patrimonial, a Divisão
de Patrimônio emitirá o Termo de Baixa dos bens e providenciará o
encaminhamento do processo ao setor financeiro para os devidos registros. O
número de patrimônio de um bem baixado não deverá ser utilizado em outro
bem.

Em se tratando de bens públicos, são condições necessárias à alienação de bens


imóveis a autorização legislativa e de avaliação prévia (estimativa de seu valor).
Os preceitos que regem a alienação de bens imóveis são estatuídos pelo inciso
I do artigo 17 da Lei nº. 8.666/1993, cujos principais aspectos seguem
transcritos abaixo:

“Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência


de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e
obedecerá às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos


da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos,
inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação
na modalidade de concorrência, dispensada está nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da


administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o
disposto nas alíneas f, h e i;

c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do


inciso X do art. 24 desta Lei;

d) investidura;

e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer


esfera de governo;

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f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de


uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais
construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de
programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse
social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
(...)

A transferência ocorre geralmente quando o bem continua dentro do órgão


original. Já a cessão acontece quando o bem é enviado para outro órgão ou
entidade pública.
Outros tipos de movimentação incluem o recolhimento e a distribuição.
O recolhimento é a movimentação de bens para o depósito do patrimônio quando
estes não forem mais necessários, por exemplo.

Na redistribuição, ocorre o contrário! Ela acontece quando enviamos bens do


depósito de patrimônio para algum órgão em que sejam necessários. Assim, se
uma cadeira não é mais necessária para o órgão A, ele pode enviá-la para o
depósito (recolhimento). Quando o órgão B pedir alguma cadeira para o
depósito, este enviará a cadeira guardada (redistribuição).

A movimentação de um bem móvel dentro de uma unidade gestora (UG) pode


ocorrer por:

• Empréstimo;
• Transferência de carga patrimonial;
• Necessidade de reparo e manutenção.

Essa movimentação só pode ser feita com a devida comunicação ao setor


responsável pelo controle de patrimônio, que deverá atualizar o sistema de
gestão de patrimônio.

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14. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO)

Acerca da gestão patrimonial, julgue o item subsecutivo.

Item do ativo imobilizado da organização refere-se a bem que possui tempo


ilimitado de uso e de vida útil.

Comentários:

Como vimos acima nenhum bem tem vida útil ilimitada na empresa, pois todos
sofrem desgaste com o tempo pelo uso e pela obsolescência.

Gabarito: Errada

15. (CESPE – 2014 – ANTAQ – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Julgue o próximo item, acerca da gestão patrimonial.

Os bens de uma empresa são considerados recursos patrimoniais e são


classificados, quanto à sua mobilidade, como móveis, imóveis, corpóreos e
incorpóreos.

Comentários:

Vamos ver a classificação dos bens de acordo com o Código Civil?

A) Quanto à tangibilidade:

I) Bens corpóreos, materiais ou tangíveis

São aqueles bens que possuem existência corpórea, podendo ser tocados. Ex.:
casa, carro.

II) Bens incorpóreos, imateriais ou intangíveis

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São aqueles com existência abstrata e que não podem ser tocados pela pessoa
humana. Ex.: direito de propriedade industrial, direitos autorais, marcas.

B) Quanto à mobilidade:

I) Bens imóveis

São aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua
deterioração ou destruição.

II) Bens móveis

São aqueles que podem ser transportados, deterioração, destruição e alteração


da substância ou da destinação econômico-social.

C) Quanto à fungibilidade:

I) Bens infungíveis

São aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
quantidade e qualidade. São denominados bens personalizados ou
individualizados. Ex.: Obras de arte.

II) Bens fungíveis

São os bens que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade
e quantidade. Os bens móveis, na maioria das vezes, são fungíveis.

D) Quanto à divisibilidade

I) Divisíveis

São os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição


considerável do valor, ou prejuízo a que se destinam. Ex. Terrenos.

II) Indivisíveis

Naturalmente são os que não se pode fracionar sem alteração na sua substância,
diminuição do valor, ou prejuízo a que se destinam. Ex. Móveis, automóveis.

Agora ficou fácil, não é mesmo?

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Quanto à mobilidade os bens podem ser classificados como móveis ou imóveis.

Gabarito: Errada

16. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE AMINISTRAÇÃO E


CONTROLE JÚNIOR)

A administração patrimonial em uma empresa se caracteriza por administrar o


ativo imobilizado dessa empresa.

Considere as seguintes características de um bem:

I - ser intangível

II - ter natureza relativamente permanente

III - ser utilizado na operação do negócio

IV - ser um bem de consumo

Para ser considerado um ativo imobilizado, devem coexistir, dentre as


características citadas, APENAS as seguintes características:

a) I e II

b) II e III

c) III e IV

d) I, II e IV

e) I, III e IV

Comentários:

Três afirmações importantes devem coexistir para que possamos classificar um


ativo como fixo ou imobilizado:

• Ter natureza relativamente permanente;


• Ser utilizado na operação do negócio;
• Não ser destinado à venda.

Gabarito: B

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17. (CESPE – 2012 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA
LEGISLATIVO)

A respeito da gestão patrimonial, julgue o item abaixo:

Para o inventário de material permanente, deve-se considerar o material cuja


vida útil estimada seja superior a dois anos.

Comentários:

➢ Material de Consumo: é aquele que, em razão de seu uso corrente,


perde normalmente sua identidade física e/ou tem a sua utilização limitada
a dois anos.
➢ Material Permanente: é aquele que, em razão do seu uso corrente, não
perde sua identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou
apresenta uma durabilidade superior a dois anos.

Gabarito: Certa

18. (CESPE – 2012 – TJ RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO)

Julgue os itens seguintes, relativos a noções de administração de material.

O tombamento consiste na exclusão do material do estoque da organização.

Comentários:

Como vimos acima o tombamento é o registro do bem no sistema de controle


patrimonial da empresa.

Gabarito: Errada

19. (CESPE – 2012 – ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Se um bem patrimonial for considerado antieconômico e irrecuperável, o


procedimento correto para o seu descarte será o tombamento.

Comentários:

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O tombamento é a atividade de identificação de um bem permanente no
momento da sua entrada no patrimônio da instituição. Se o bem vai ser
descartado por ser irrecuperável, significa que o mesmo já encontra-se no órgão
há muito tempo.

Gabarito: Errada

20. (CESPE – 2012 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA)

Considera-se controlado o bem móvel sujeito a controle simplificado, mas não o


sujeito a tombamento.

Comentários:

Os bens que não demandam tombamento são os bens relacionados e são


controlados de maneira simplificada. Já os bens controlados demandam, sim, o
seu devido tombamento no momento de sua entrada no ativo permanente da
instituição.

Gabarito: Errada

21. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO)

Acerca da gestão patrimonial, julgue o item subsecutivo.

Nos casos de baixa por obsolescência, a verificação deve observar aspectos de


usabilidade operacional direta por objetividade de uso, não se exigindo
comprovações.

Comentários:

Como vimos, a baixa por qualquer um dos motivos (venda, permuta, doação,
extravio, obsolescência, roubo, etc.) deverá ser precedida do registro de baixa
no sistema patrimonial e será efetivado com base no Termo de Baixa de Bens,
contendo os seguintes dados:

• O número do tombamento;

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• Descrição;

• Forma de baixa;

• Motivo de baixa;

• Data de baixa;

• Número da Portaria ou Termo de Baixa.

Gabarito: Errada

22. (CESPE – 2014 – ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Julgue os itens seguintes, a respeito de gestão patrimonial.

A baixa patrimonial é entendida como a perda do poder exercido sobre


determinado bem, em razão de seu uso intensivo ou prolongado que o torne
obsoleto ou lhe cause desgastes ou avarias que não justifiquem o investimento
de recursos para a sua recuperação.

Comentários:

Perfeita a afirmação da banca. A baixa ou desfazimento dos bens ocorre quando


excluímos um bem do patrimônio da instituição. Esse bem pode ser retirado do
patrimônio por motivo de alienação (venda, permuta ou doação) ou por outro
motivo de baixa (o esgotamento pelo uso, perda, roubo, extravio, obsolescência,
etc.).

Gabarito: Certa

23. (CESPE – 2012 – IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Diferentemente da transferência ou cessão, a alienação ocorre por venda,


permuta ou doação.

Comentários:

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É exatamente isso. Alienação é a operação de transferência do direito de
propriedade do bem, mediante venda, permuta ou doação. Alienar significa
transferir a propriedade (ou domínio) de um bem para outra pessoa ou entidade.

Gabarito: Certa

24. (FCC – 2014 – TJ – AP – ANALISTA JUDICIÁRIO –


ADMINISTRAÇÃO)

Refere-se à exclusão de um bem do acervo mobiliário do Estado e a


consequência retirada do seu valor do ativo imobiliário:

a) Baixa.

b) Recolhimento.

c) Cessão.

d) Alienação.

e) Comodato.

Comentários:

A baixa ou desfazimento dos bens ocorre quando excluímos um bem do


patrimônio da instituição. Esse bem pode ser retirado do patrimônio por motivo
de alienação (venda, permuta ou doação) ou por outro motivo de baixa (o
esgotamento pelo uso, perda, roubo, extravio, obsolescência, etc.).

Atenção especial: essa questão poderia deixar alguma dúvida em relação à letra
d. Note que a alienação é um dos motivos da baixa. Não se engane.

Gabarito: A

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25. (CESPE – 2013 – BACEN – TÉCNICO)

De acordo com o método da depreciação linear, se um bem, cujo valor inicial


era de R$ 10.000,00 for avaliado, após 5 anos, em R$ 2.000,00, o resultado do
cálculo da depreciação sofrida por esse bem será igual a R$ 400,00 por ano.

Comentários:

A banca nos diz que a depreciação anual foi de R$ 400,00 e que o método de
depreciação foi o linear.

Parcela anual da depreciação = 10.000,00 – 2.000,00 = 8.000,00 = 1.600,00


5 5
Nesse caso a parcela anual de depreciação foi de R$ 1.600,00.

Gabarito: Errada

26. (FEPESE – 2013 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

À diminuição do valor de um bem, resultante do desgaste pelo uso, da ação da


natureza ou obsolescência normal, dá-se o nome de:

a) Vida útil.

b) Mau uso.

c) Depreciação.

d) Envelhecimento.

e) Desfuncionalidade.

Comentários:

Vamos relembrar o conceito de depreciação?

Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade


por uso, ação da natureza ou obsolescência.

Gabarito: C

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27. (CESPE – 2012 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA)

De acordo com o modelo de depreciação linear, a depreciação de uma


impressora é calculada com base na média de impressões que a máquina é capaz
de produzir durante a sua vida útil.

Comentários:

No modelo de depreciação linear, as parcelas descontadas ano a ano são


constantes. Independentemente (nesse caso) da quantidade de unidades de
cópias produzidas.

Gabarito: Errada

28. (FGV – 2016 – IBGE – ANALISTA – RECURSOS MATERIAIS E


LOGÍSITICA)

Os bens patrimoniais têm seu valor reduzido ao longo do tempo. A redução desse
valor ocorre de acordo com conceitos básicos. Entre as opções possíveis, o
conjunto que melhor representa os mencionados conceitos é.

a) depreciação, vida útil e vida econômica;

b) depreciação, amortização e exaustão;

c) vida econômica, depreciação e amortização;

d) amortização, vida útil e exaustão;

e) depreciação, vida econômica e exaustão.

Comentários:

Atentem que a questão traz em seu enunciado que os bens patrimoniais têm
seu valor reduzido ao longo do tempo. E pede os conceitos relacionados a essa
redução.

Gabarito: B

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9. Lista Completa de Questões

Essa é uma lista que você já fez ao longo do estudo da aula. Mas observe que
você fez as questões logo depois de ver a teoria. O objetivo disso é que você já
veja como ocorre a cobrança na prova e perceba se está tendo alguma
dificuldade no conteúdo.

Essa lista ao final da aula serve para que você se teste alguns dias depois,
principalmente quando chegar na fase das revisões de 7 e 30 dias. Quando
estiver nessa etapa, refaça as questões que tiver marcado ao longo da aula,
explicarei isso em outras aulas, e sempre que necessário volte à teoria para
identificar se as suas marcações na teoria estão respondendo a essas questões
que você marcou para refazer.

Por fim, se você acabou de ler a aula agora não deve refazer essas questões
agora.

1. (CESPE – 2015 – MPOG – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A respeito de distribuição de materiais, julgue o item seguinte.

A utilização de um veículo para distribuição de materiais em uma via lacustre e


outro em uma via fluvial caracteriza a adoção de dois modais.

2. (CESPE – 2014 – ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A utilização do modal marítimo para o transporte de produtos líquidos é proibida


devido ao risco de contaminação das águas por possíveis vazamentos.

3. (CESPE – 2014 – ICMBIO – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Considerando que a distribuição de materiais está ligada à movimentação e ao


transporte de cargas, julgue os itens a seguir

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A diferença entre o preço do produto na origem e no local de consumo é fator
que deve ser considerado na escolha da modalidade de transporte.

4. (CESPE – 2014 – ICMBIO – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Considerando que a distribuição de materiais está ligada à movimentação e ao


transporte de cargas, julgue os itens a seguir.

Para efeito de transporte, os produtos são classificados como carga geral, a


granel, líquida ou sólida, semiespecial, especial e perigosa.

5. (CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL – ADMINISTRADOR)

O modal ferroviário, por contar com linhas pré-definidas e poucas interrupções


no caminho, é o principal meio destinado ao transporte de grandes cargas em
territórios extensos em que o fator tempo é preponderante.

6. (CESPE – 2013 – FUB – ADMINISTRADOR)

Enquanto o transporte de cabotagem é feito entre os portos nacionais, o


transporte internacional destina-se a importação e exportação de mercadorias.

7. (CESPE – 2013 – IBAMA – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Com relação à administração de recursos materiais, julgue os itens subsecutivos

É vedado o transporte de cargas perigosas, como explosivos e substâncias


infecciosas, no modal aéreo.

8. (CESPE – 2013 – MI – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A respeito de transporte e distribuição de materiais, julgue os seguintes itens.

Quando comparado aos demais modais, o modal aéreo de transporte, embora


mais ágil, apresenta menor segurança no transporte de pequenos volumes.

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9. (CESPE – 2013 – MI – ASSITENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A respeito de transporte e distribuição de materiais, julgue os seguintes itens.

O transporte aquaviário inclui o marítimo, o fluvial e o lacustre

10. (CESPE – 2013 – SERPRO – TÉCNICO – SUPORTE


ADMINISTRATIVO)

O transporte aeroviário é o mais adequado para o transporte de suprimento de


material nobre, de alta sofisticação, que venha de uma cidade longínqua e em
pequenos volumes.

11. (CESPE – 2012 – TJ – AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)

Um administrador de materiais deseja transportar grande quantidade de


material para um lugar distante. Para isso, precisa cruzar várias regiões do país.
O administrador dispõe de pouco recurso financeiro para esta atividade e, por
isso, o meio de transporte escolhido deverá ter baixo custo de seguro e de frete
e sem taxa de manuseio. Há urgência na transferência do material e não podem
ocorrer atrasos na entrega.

Nessa situação hipotética, o meio de transporte mais indicado é o

a) rodoviário.

b) aéreo.

c) ferroviário.

d) hidroviário.

e) marítimo.

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12. (CESPE – 2013 – SERPRO – TÉCNICO SUPORTE ADMINISTRATIVO)

Uma empresa que atua como intermediário comerciante, vendendo suprimentos


ao consumidor final é caracterizada como atacadista.

13. (CESPE – 2008 – HEMOBRÁS – TÉCNICO EM ALMOXARIFE)

Um importante conceito em gestão de materiais diz respeito à cadeia de


suprimento, que consiste no conjunto de atividades que têm início na aquisição
da matéria-prima e terminam com a produção e o armazenamento do bem a ser
comercializado.

14. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO)

Acerca da gestão patrimonial, julgue o item subsecutivo.

Item do ativo imobilizado da organização refere-se a bem que possui tempo


ilimitado de uso e de vida útil.

15. (CESPE – 2014 – ANTAQ – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Julgue o próximo item, acerca da gestão patrimonial.

Os bens de uma empresa são considerados recursos patrimoniais e são


classificados, quanto à sua mobilidade, como móveis, imóveis, corpóreos e
incorpóreos.

16. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE AMINISTRAÇÃO E


CONTROLE JÚNIOR)

A administração patrimonial em uma empresa se caracteriza por administrar o


ativo imobilizado dessa empresa.

Considere as seguintes características de um bem:

I - ser intangível

II - ter natureza relativamente permanente

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III - ser utilizado na operação do negócio

IV - ser um bem de consumo

Para ser considerado um ativo imobilizado, devem coexistir, dentre as


características citadas, APENAS as seguintes características:

a) I e II

b) II e III

c) III e IV

d) I, II e IV

e) I, III e IV

17. (CESPE – 2012 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA


LEGISLATIVO)

A respeito da gestão patrimonial, julgue o item abaixo:

Para o inventário de material permanente, deve-se considerar o material cuja


vida útil estimada seja superior a dois anos.

18. (CESPE – 2012 – TJ RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO)

Julgue os itens seguintes, relativos a noções de administração de material.

O tombamento consiste na exclusão do material do estoque da organização.

19. (CESPE – 2012 – ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Se um bem patrimonial for considerado antieconômico e irrecuperável, o


procedimento correto para o seu descarte será o tombamento.

20. (CESPE – 2012 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA)

Considera-se controlado o bem móvel sujeito a controle simplificado, mas não o


sujeito a tombamento.

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21. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO)

Acerca da gestão patrimonial, julgue o item subsecutivo.

Nos casos de baixa por obsolescência, a verificação deve observar aspectos de


usabilidade operacional direta por objetividade de uso, não se exigindo
comprovações.

22. (CESPE – 2014 – ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Julgue os itens seguintes, a respeito de gestão patrimonial.

A baixa patrimonial é entendida como a perda do poder exercido sobre


determinado bem, em razão de seu uso intensivo ou prolongado que o torne
obsoleto ou lhe cause desgastes ou avarias que não justifiquem o investimento
de recursos para a sua recuperação.

23. (CESPE – 2012 – IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Diferentemente da transferência ou cessão, a alienação ocorre por venda,


permuta ou doação.

24. (FCC – 2014 – TJ – AP – ANALISTA JUDICIÁRIO –


ADMINISTRAÇÃO)

Refere-se à exclusão de um bem do acervo mobiliário do Estado e a


consequência retirada do seu valor do ativo imobiliário:

a) Baixa.

b) Recolhimento.

c) Cessão.

d) Alienação.

e) Comodato.

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25. (CESPE – 2013 – BACEN – TÉCNICO)

De acordo com o método da depreciação linear, se um bem, cujo valor inicial


era de R$ 10.000,00 for avaliado, após 5 anos, em R$ 2.000,00, o resultado do
cálculo da depreciação sofrida por esse bem será igual a R$ 400,00 por ano.

26. (FEPESE – 2013 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

À diminuição do valor de um bem, resultante do desgaste pelo uso, da ação da


natureza ou obsolescência normal, dá-se o nome de:

a) Vida útil.

b) Mau uso.

c) Depreciação.

d) Envelhecimento.

e) Desfuncionalidade.

27. (CESPE – 2012 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA)

De acordo com o modelo de depreciação linear, a depreciação de uma


impressora é calculada com base na média de impressões que a máquina é capaz
de produzir durante a sua vida útil.

28. (FGV – 2016 – IBGE – ANALISTA – RECURSOS MATERIAIS E


LOGÍSITICA)

Os bens patrimoniais têm seu valor reduzido ao longo do tempo. A redução desse
valor ocorre de acordo com conceitos básicos. Entre as opções possíveis, o
conjunto que melhor representa os mencionados conceitos é.

a) depreciação, vida útil e vida econômica;

b) depreciação, amortização e exaustão;

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