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WILKER GOULART
SANTO ANDRÉ-SP
2018
2
WILKER GOULART
SANTO ANDRÉ-SP
2018
3
WILKER GOULART
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Profª Drª Cristina Autuori Tomazeti
Orientadora – UFABC
____________________________________
Profº Drº Antônio Garrido Gallego
UFABC
____________________________________
Profª Drª Juliana Tófano de Campos Leite
UFABC
4
RESUMO
Este trabalho de graduação tem por objetivo dimensionar preliminarmente os principais componentes de uma
turbina do tipo Francis, tais como rotor, caixa espiral, distribuidor, pré-distribuidor e tubo de sucção. A partir de
determinados dados de projeto, tais como queda e vazão, verificou-se a aplicabilidade do algoritmo proposto por
Zulcy de Souza, em seu livro “Projeto de Máquinas de Fluxo – Tomo III – Turbinas Hidráulicas com Rotores
Francis”, e obteve-se o pré-dimensionamento dos componentes supracitados. Salienta-se que o algoritmo trata de
um primeiro traçado para os componentes, sendo que estes dados poderão servir como dados de entrada para
programas de modelagem computacional. Como resultado, utilizando ferramentas de desenho assistido por
computador (CAD), obteve-se o traçado de um rotor, por meio de sua projeção horizontal e vertical, com
aproximadamente 8,6 MW, além do perfil de suas 18 pás, através da segmentação em 7 linhas de corrente.
Ademais, para os outros componentes, obteve-se o perfil, características, quantidades e dimensões das aletas do
distribuidor e pré-distribuidor; o traçado do caminho hidráulico da espiral e suas principais dimensões; e as
principais dimensões do tubo de sucção para determinada geometria. Por conseguinte, definiu-se o caminho
hidráulico de todo o escoamento, também chamado de limites físicos do escoamento, em um rotor do tipo Francis,
que serve de ponto de partida para o dimensionamento básico da turbina projetada preliminarmente.
ABSTRACT
Este trabalho de graduação tem por objetivo dimensionar preliminarmente os principais componentes de uma
turbina do tipo Francis, tais como rotor, caixa espiral, distribuidor, pré-distribuidor e tubo de sucção. A partir de
determinados dados de projeto, tais como queda e vazão, verificou-se a aplicabilidade do algoritmo proposto por
Zulcy de Souza, em seu livro “Projeto de Máquinas de Fluxo – Tomo III – Turbinas Hidráulicas com Rotores
Francis”, e obteve-se o pré-dimensionamento dos componentes supracitados. Salienta-se que o algoritmo trata de
um primeiro traçado para os componentes, sendo que estes dados poderão servir como dados de entrada para
programas de modelagem computacional. Como resultado, utilizando ferramentas de desenho assistir por
computador (CAD), obteve-se o traçado de um rotor, por meio de sua projeção horizontal e vertical, com
aproximadamente 8,6 MW, além do perfil de suas 18 pás, através da segmentação em 7 linhas de corrente.
Ademais, para os outros componentes, obteve-se o perfil, características, quantidades e dimensões das aletas do
distribuidor e pré-distribuidor; o traçado do caminho hidráulico da espiral e suas principais dimensões; e as
principais dimensões do tubo de sucção para determinada geometria. Por conseguinte, definiu-se o caminho
hidráulico de todo o escoamento, também chamado de limites físicos do escoamento, em um rotor do tipo Francis,
que serve de ponto de partida para o dimensionamento básico da turbina projetada preliminarmente.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.2.2 Classificação
2.2.3.1 Distribuidor
2.2.3.2 Receptor
3.2.3 Traçado inicial das projeções vertical e horizontal das linhas de corrente das
superfícies de pressão e de sucção da pá
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.11 – Variação das pressões e velocidades da água em turbinas de ação e turbinas de
reação
Figura 2.22 – Evolução histórica das turbinas do tipo Francis produzidas pela Voith Hydro
Figura 3.1 – Modelo da superfície média de pá do rotor de THF rebatida no plano vertical
Figura 3.8 – Traçado preliminar da projeção horizontal de linha de corrente (coroa interna)
Figura 4.8 – Caminho hidráulico das arestas de entrada de saída e seus respectivos ângulos 𝜉𝑗
e 𝜃𝑗
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 – Dados de entrada para se obter a projeção vertical e horizontal do rotor Francis
Tabela 4.6 – Valores do tubo de corrente médio da aresta de entrada e referência (𝑘𝑐 )
Tabela 4.11 - Traçado das linhas de corrente das superfícies de pressão e sucção da pá
Tabela 4.12 - Raios do caminho hidráulico da seção transversal em corte longitudinal e os raios
das seções transversais correspondentes
LISTA DE SÍMBOLOS
𝜌 Massa específica
𝐻 Queda nominal
𝑛 Rotação
𝑄 Vazão nominal
𝜂𝑣 Eficiência Volumétrica
𝜂𝑚 Eficiência Mecânica
𝜂𝑖 Rendimento interno
𝑏0 Altura do distribuidor
𝑐⃗ Velocidade absoluta
16
𝑤
⃗⃗⃗ Velocidade relativa
𝑢
⃗⃗ Velocidade tangencial
𝑔 Gravidade
𝑑 Diâmetro do eixo
∗
𝑐𝑚 𝑚
Velocidade meridional na linha média
∗
𝑐𝑚 4𝑖
Velocidade meridional em 4𝑖
𝑘𝑐 𝑘 de referência
17
∗
𝑐𝑚 𝐼
Velocidade meridional na linha de corrente 𝐼
∗
𝑐𝑚 𝐼𝐼
Velocidade meridional na linha de corrente 𝐼𝐼
∗
𝑐𝑚 𝑒𝑗
Velocidades meridionais dos j pontos da aresta de entrada
∗
𝛽𝑒𝑗 Ângulos entre as velocidades tangenciais e relativas, não considerando o
estrangulamento dos j pontos da aresta de entrada
𝑧𝑟 Número de pás
∗
𝑐𝑚 𝑠𝑗
Velocidades meridionais dos j pontos da aresta de saída
∗
𝑐𝑚 5𝑖
Velocidade meridional em 5𝑖
∗
𝛽𝑠𝑗 Ângulos entre as velocidades tangenciais e relativas, não considerando o
estrangulamento dos j pontos da aresta de saída
𝛽𝑠𝑗 Ângulo entre as velocidades tangencial e relativa dos j pontos da aresta de saída,
considerando o estrangulamento
𝛽𝑟𝑗 Ângulos das pás do rotor dos j pontos da aresta de saída, considerando o desvio
oriundo de seu número finito
∗
𝑒𝑚𝑎𝑥 Espessura corrigida de cada perfil j em verdadeira grandeza
𝐿1𝑗 Verdadeira grandeza da linha média para cada perfil j com aumento de 1% para
que a espessura na saída seja igual ou superior a 2,0 mm
Δ𝑦 Variação entre o yi e ys
𝑅𝑒𝑠𝜃 Raios das seções transversais correspondentes aos j raios do caminho hidráulico
𝑗
𝐿𝑑𝑠 Comprimento da aleta do distribuidor desde sua ponta (crista) até o centro de
giro 𝑑𝑑
𝑘𝑒 Coeficiente de equilíbrio
𝐿𝑑𝑖 Comprimento da aleta do distribuidor desde seu eixo de giro até a causa
21
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Mataix (1986) a mecânica de fluidos moderna nasceu com Prandtl, que
nas primeiras décadas do século XX elaborou a síntese entre a hidráulica prática e a
hidrodinâmica teórica.
Matemáticos geniais do século XVII como Bernoulli, Clairaut, D'Alembert, Lagrange e
Euler elaboraram, com o nascimento do cálculo diferencial e integral, uma síntese
hidrodinâmica perfeita, mas sem grandes resultados práticos importantes. Por outro lado, a
hidráulica prática foi desenvolvida através de uma grande quantidade de fórmulas empíricas de
acordo com as construções hidráulicas, sem se preocupar de relacionar a alguma base teórica.
Excepcionalmente, um cientista chamado Reynolds buscou e encontrou base experimental as
suas teorias e um técnico chamado Froude buscou base física a seus experimentos. Mas Prandtl
fez a síntese de todas as investigações teóricas e práticas de ambos.
A tabela 1.1 tem por objetivo mencionar alguns dos cientistas mais importantes e suas
respectivas contribuições à hidráulica.
(continua)
Ano de Nascimento e
Nome Contribuição à Hidráulica
Morte
(conclusão)
Ano de Nascimento e
Nome Contribuição a Hidráulica
Morte
Navier 1785-1836
Equações diferencias de Navier-Stokes do movimento
dos fluidos viscosos
Stokes 1819-1903
Por fim, com intuito de facilitar o dimensionamento básico de uma turbina do tipo
Francis, Souza (2011) propôs um algoritmo para realizar um dimensionamento preliminar de
todos seus componentes, que estabelece, em primeira aproximação, os limites físicos do
escoamento, também chamado caminho hidráulico do escoamento.
25
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Henn (2006), máquinas de fluido (ou fluxo) é o equipamento que promove a
troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica em
energia de fluido ou vice-versa. No primeiro caso, há aumento do nível energético do fluido a
partir do fornecimento de energia mecânica e, por analogia ao gerador elétrico, apenas
substituindo energia elétrica por energia de fluído, costuma-se designar como máquina de fluxo
geradora (ou operatriz). No segundo caso, em que a energia mecânica é produzida a partir da
redução do nível energético do fluido, por analogia ao motor elétrico, a máquina é usualmente
chamada de máquina de fluxo motora (ou motriz).
fronteira obrigando-o a mudar seu estado energético. Pode-se exemplificá-la através dos
compressores rotativos, compressores alternativos e motores alternativos.
Na figura 2.2, apresenta-se, como exemplo de máquinas de deslocamento positivo, a
vista em corte de um compressor.
2.1.1.2.Turbomáquinas térmicas
29
Turbinas a Vapor
As turbinas a vapor utilizam vapor como fluido de trabalho e seu mecanismo é acionado
pelo escoamento do fluido por palhetas móveis transferindo energia do vapor para a turbina,
transformando-a em energia cinética e, como consequência, em trabalho. Na figura 2.5, pode-
se ver o rotor e as pás de uma turbina a vapor da fabricante Siemens.
Fonte: Siemens
Turbina a Gás
Fonte: Siemens
Assim como nas máquinas térmicas de deslocamento positivo, esse tipo de máquina
hidráulica confina o fluido e lhe transfere energia a partir do deslocamento da fronteira móvel,
alterando-se a razão volumétrica e, consequentemente, o estado energético do fluído confinado.
Diferentemente das máquinas térmicas de deslocamento positivo, o fluido de trabalho
não sofre variações significativas em sua massa específica. Sendo comumente conhecidas como
bombas de deslocamento positivo. Essas bombas podem ser classificadas segundo o modo que
ocorre o deslocamento da fronteira móvel, conforme ilustrado pela figura 2.7.
32
Fonte: ServProject
As turbomáquinas hidráulicas são máquinas de fluxo que promovem troca entre energia
mecânica e energia do fluido que escoa pela mesma e se dividem em dois grandes grupos, tais
como, de acordo com o sentido da troca de energia, turbomáquinas motrizes e operatrizes.
Bombas
Ventiladores
Analogamente ao que ocorre com as bombas citadas acima, a rotação de um rotor dotado
de pás, acionado por um motor, em geral elétrico, permite a transformação da energia mecânica
em energia potencial de pressão e de energia cinética. Devido à energia adquirida, o fluido (gás)
torna-se capaz de escoar vencendo as resistências dos dutos e garantindo a vazão projetada.
(Macintyre, 1983)
34
Turbinas Hidráulicas
As turbinas hidráulicas são as turbomáquinas motrizes que utilizam água como fluido
de trabalho. Mais detalhes serão apresentados no item 2.2 desta monografia.
Turbinas Eólicas
As turbinas eólicas são as turbomáquinas motrizes que utilizam o ar (vento) como fluido
de trabalho. A figura 2.9, da esquerda para a direita, apresenta exemplos de turbinas eólicas de
pequeno, médio e grande porte.
2.2.Turbinas hidráulicas
Figura 2.11 - Variação das pressões e velocidades da água em turbinas de ação e turbinas de reação
Outras turbinas de ação menos usuais em hidrogeração são as turbinas do tipo Turgo e
Michell-Banki que são apresentadas nas figuras 2.14 e 2.15 respectivamente.
Fonte: TamarHydro
2.2.1.2.Turbinas de reação:
Nas turbinas de reação hidráulica a energia de pressão da água cai desde a entrada do
distribuidor até a saída do receptor, aumentando no difusor e, com isso, gerando uma diferença
de pressão que faz com que o rotor rotacione. Outrossim, devido à ação das forças relacionadas
à mudança no vetor velocidade, transfere-se energia à turbina e, consequentemente, ao eixo do
rotor.
A principal representante do grupo de turbinas de reação é a turbina do tipo Francis que
é essencialmente centrípeta e utiliza o tubo de sucção, proposto inicialmente por Jonval em
1843, para conduzir a água da saída do rotor até o poço. A distribuição da água sobre as pás do
rotor é feita por meio de pás diretrizes/guia, que são controladas externamente através de
servomotores, as quais distribuem simétrica e simultaneamente a água sobre as pás do rotor. O
tubo de sucção permite que a água escoe de forma contínua ao invés de ser descarregada
livremente na atmosfera. Isso implica em ganho na energia cinética na saída do rotor e se
“afogada”, pode-se evita o fenômeno de cavitação: uma das causas de maior relevância para o
declínio da eficiência da turbina. (Meira, 2015; Soares, 2013).
Na figura 2.16, observa-se os principais componentes de uma turbina hidráulica do tipo
Francis, tais como a caixa espiral, pré-distribuidor, distribuidor, rotor, tubo de sucção, etc.
2.2.2. Classificação
Forma dos canais entre as pás do rotor: Está subdivisão está atrelado a seu princípio
de funcionamento conforme explicado no subitem 2.2.1.
Tipo Trajetória
2.2.3.1. Distribuidor:
Fonte: HidroTech
43
2.2.3.2. Receptor
Segundo Carvalho (2011), a turbina Francis é um tipo de turbina hidráulica com fluxo
radial de fora para dentro, concebida por Jean-Victor Poncelet por volta de 1820 e aperfeiçoada
pelo engenheiro norte-americano James Francis em 1849. A primeira turbina construída e
instalada foi fabricada pela empresa alemã Voith Hydro em 1873. Desde então, vem sofrendo
constantes aperfeiçoamentos que garantiram o desenvolvimento e a consolidação deste tipo de
turbina na geração de energia elétrica, conforme apresentado na figura 2.22, em que se pode
observar o aumento de potência e tamanho que ocorreram na evolução histórica da mesma.
44
Figura 2.22 - Evolução histórica das turbinas do tipo Francis produzidas pela Voith Hydro
De acordo com Loreto dos Santos (2013), podemos classificar as turbinas Francis
quanto a sua velocidade específica, conforme representado na figura 2.23.
dos valores obtidos durante dimensionamento preliminar, pode-se estimar as perdas de energia
e, consequentemente, a eficiência da turbina Francis proposta.
47
O Estágio atual dos estudos e desenvolvimento das THF – Turbinas Hidráulicas com
rotor do tipo Francis – permite traçar uma primeira projeção vertical rebatida da
superfície média de pá de seu rotor, a partir do uso de expressões em função de rotação
específica 𝑛𝑞𝐴 .
Obtido este primeiro traçado, o mesmo é complementado de modo a se obter um
primeiro estudo cotado das projeções horizontal e vertical da pá com as características
que poderão servir como dados de entrada para os programas de modelagem
matemática/computacional.
Estes programas, sempre em desenvolvimento, atualmente compreendem os Métodos
das Diferenças Finitas, dos Volumes Finitos dos Elementos Finitos, o Computational
Fluid Dinamics – CFD, estes com softwares já disponíveis comercialmente. (2011,
p.33)
4. Rotação específica que permita operação com altura H e n = constante, entre 𝑄1/1 –
distribuidor totalmente aberto – e 𝑄𝑚𝑖𝑛 – vazão mínima;
5. Linhas de corrente normais às linhas equipotenciais;
6. Aresta de entrada 4i e 4e é uma linha equipotencial;
7. Distribuição de velocidades meridionais na aresta de entrada observando escoamento
plano potencial em linha curva com raios não concêntricos;
8. Velocidade meridional média constante do ponto 3 até o ponto 6 da figura 3.1;
9. Velocidade meridional na direção axial em toda a aresta de saída igual à velocidade
absoluta do escoamento
Figura 3.1 – Modelo da superfície média de pá do rotor de THF rebatida no plano vertical
A tabela 3.1 apresenta os dados de entrada necessários para se obter a projeção vertical
e horizontal do rotor Francis:
49
Tabela 3.1 – Dados de entrada para se obter a projeção vertical e horizontal do rotor Francis
Este subitem tem por finalidade demonstrar todas as etapas de cálculos e decisões para
se obter a projeção vertical de um rotor Francis.
No projeto de uma turbina hidráulica de reação, segundo Loreto dos Santos (2013),
deve-se dar muita importância à altura de sucção (ou suspensão - 𝐻𝑠𝑢 ) que pode ser definida
como a distância entre o centro da turbina e o nível de jusante. Para que se evite a cavitação, a
altura de sucção deve ser tal que a pressão estática na saída do rotor seja maior ou igual à pressão
de vaporização da água. Por conseguinte, para cada tipo de turbina e ambiente na qual ela é
operada, define-se um coeficiente de cavitação (coeficiente de Thoma).
50
𝑄𝑟1/1 = 𝜂𝑣 . 𝑄 (3.5)
𝑛𝑞𝐴 .𝐻 0,75
𝑛= (3.6)
3.𝑄𝑟0,5
1/1
Segundo Souza (2011), para encontrar o número de rotações, deve-se dividir 3600 pela
estimativa do número de rotações (𝑧𝑝 = 3600⁄𝑛). Caso o resultado seja um número inteiro,
𝑧𝑝 = 𝑧𝑝𝑟 e 𝑛 = 𝑛𝑟 . Caso seja fracionário, deve-se continuar com o número inteiro
imediatamente superior dessa divisão, recalculando a rotação.
52
3600
𝑛𝑟 = (3.7)
𝑧𝑝𝑟
𝑄𝑟0,5
1/1
𝑛𝑞𝐴𝑟 = 3. 𝑛𝑟 . 𝐻 0,75 (3.8)
1/1
𝑛𝑞𝐴𝑟
1/1
𝑛𝑞𝑟 = (3.9)
1/1 3
De acordo com Souza (2011), a vazão na seção média da projeção é dada pela seguinte
equação que deve atender a condição de ser maior que a vazão mínima. Senão, deve-se alterar
os dados iniciais, recomeçando o algoritmo.
Para Souza (2011), a partir de dados empíricos obtidos na literatura, conforme ilustra a
figura 3.3, o coeficiente de cavitação de rotores Francis em função da velocidade específica
pode ser expressado pela seguinte equação:
53
2 3
𝜂𝑖 = √0,7183 + 5,566.10−3 . 𝑛𝑞𝐴𝑟 − 6,5417. 10−5 . 𝑛𝑞𝐴𝑟1
+ 2,0919. 10−7 . 𝑛𝑞𝐴𝑟1/1
(3.13)
1/1
1
54
A vazão que efetivamente passa pelo rotor, segundo Souza (2011), pode ser expressada
através da equação 3.13:
𝑄 0,5
𝑟
𝑛𝑞𝐴𝑟 = 3. 𝑛𝑟 . 𝐻 0,75 (3.15)
𝐻 0,5 𝑄 0,5
𝑟
𝐷5𝑒 = 24,786. + 0,685. 𝐻 0,25 (3.16)
𝑛𝑟
𝐷4𝑒 = (0,165. 10−4 . 𝑛𝑞𝐴 2𝑟 − 0,835. 10−2 . 𝑛𝑞𝐴 𝑟 + 2,017) . 𝐷5𝑒 (3.19)
O diâmetro médio da aresta de entrada é dado pela média aritmética do diâmetro interno
e do diâmetro externo da aresta de entrada:
𝐷4𝑖 +𝐷4𝑒
𝐷4𝑚 = (3.24)
2
Já as equações que descrevem o diâmetro externo da coroa interna são dadas pelas
seguintes condições:
As cotas das posições L e y, conforme figura 3.1, são das pelas seguintes equações:
xij xij 3
yij = 1,54. D3i √ L . (1 − Li
) (3.34)
i
xej xej 3
yej = 3,08. yem √ . (1 − ) (3.35)
Le Le
Para 𝐿4𝑒 :
𝐿4𝑒 = (3,713. 10−6 . 𝑛𝑞𝐴 2𝑟 − 1,907. 10−3 . 𝑛𝑞𝐴 𝑟 + 0,358) . 𝐷4𝑒 (3.36)
Para 𝐿4𝑖 :
𝐿4𝑖 = (3,785. 10−6 . 𝑛𝑞𝐴 2𝑟 − 1,673. 10−3 . 𝑛𝑞𝐴 𝑟 + 0,436) . 𝐷4𝑒 (3.38)
𝐿4𝑖 = (2,353. 10−6 . 𝑛𝑞𝐴 2𝑟 − 8,667. 10−3 . 𝑛𝑞𝐴 𝑟 + 0,328) . 𝐷4𝑒 (3.39)
𝑐⃗ = 𝑤
⃗⃗⃗ + 𝑢
⃗⃗ (3.40)
Das seguintes equações, pode-se obter as velocidades teóricas na linha média do rotor:
𝜋.𝐷4𝑚 .𝑛𝑟
𝑢4𝑚 = (3.41)
60
4.𝑄𝑟
𝑐𝑚 = 𝜋.𝑏 (3.42)
𝑜 .𝐷3𝑒
𝑔.𝐻.𝜂𝑖
𝑐𝑢4𝑚 = 𝑢4𝑚
(3.43)
59
Com isso, pode-se obter o ângulo de entrada (𝛽4𝑚 ), na linha média, através de:
cm
𝛽4𝑚 = tan−1 (u ) (3.44)
4m −cu4m
𝑔.𝑄𝑟1/1 .𝐻𝑚𝑎𝑥
𝑃𝑒_𝑚𝑎𝑥 = (3.45)
𝜂𝑖 .𝜂𝑚
3 𝑃𝑒𝑚𝑎𝑥
𝑑 = 118. √ (3.46)
𝑛𝑟
Com isso, obtém-se o primeiro traçado da projeção vertical do rotor Francis e de suas
principais características. Para Souza (2011), o traçado final da cinta externa e da coroa interna
deverá ser adaptado para arcos de circunferência de modo a facilitar a fabricação.
60
A partir do traçado preliminar obtido nas etapas anteriores (modelo representado pela
figura 3.1), deve-se reproduzi-lo deixando somente as linhas externa, interna e as arestas de
entrada e saída da pá rebatida no plano vertical. Ademais, deve-se adaptar arcos de
circunferência passado por 4𝑒 e 4𝑖 , anotando os valores de 𝑟𝑒 e 𝑟𝑖 , conforme figura 3.4.
∗
𝑐𝑚 𝑚
= 𝑓𝑒𝑚 . 𝑐𝑚 (3.47)
∗
𝑐𝑚 𝑗 𝑠 𝑠 𝑟
∗
𝑐𝑚 4𝑖
∗
= 𝑐𝑚 𝑚
. ln (𝑐 ∗ ) = 4.𝑟𝑗 . [2.𝑠𝑗 . (𝑟 𝑖 − 1) + 1] (3.48)
𝑚4𝑖 𝑖 𝑒
∗
𝑐𝑚 𝑗
𝑘𝑗 = ∗ . 𝐷𝑗 (3.49)
𝑐𝑚
4𝑖
Com o uso de alguma ferramenta computacional, faz-se necessário gerar uma função
𝑘𝑗 = 𝑓(𝑠𝑗 ), determinando a área total A (𝑚2 ) limitada por k e s, conforme explicitado na figura
3.6.
Figura 3.6 – Curva formada pela função 𝒌𝒋 = 𝒇(𝒔𝒋 )
∗
𝑐𝑚
∗ 𝑚 .𝐷𝑚
𝑐𝑚 4𝑖
= (3.50)
𝑘𝑚
𝑄
𝑟
𝑘𝑐 = 3∗𝜋 (3.51)
𝑘𝑐
𝑏𝑚 = 𝑐 ∗ ...........(3.52)
𝑚𝑚 .𝐷𝑚
62
∗ 𝑠 𝑠 𝑟
𝑐𝑚 𝐼
= 𝑐𝑚_4𝑖 . 𝑎𝑛𝑡𝑙𝑜𝑔 {4.𝑟𝐼 . [2∗𝑠
𝐼
. (𝑟𝑖 − 1) + 1 ]} (3.53)
𝑖 𝑒
∗
𝑘𝐼 = 𝑏𝐼 . 𝐷𝐼 . 𝑐𝑚 𝐼
(3.54)
Aresta de Entrada
∗ ∗ 𝑠𝑒𝑗 𝑠𝑒𝑗 𝑟
𝑐𝑚 𝑒𝑗
= 𝑐𝑚 4𝑖
. 𝑎𝑛𝑡𝑙𝑜𝑔 {4.𝑟 . [2.𝑠 . (𝑟𝑖 − 1) + 1]} (3.55)
𝑖 𝑒 𝑒
𝜋.𝐷𝑒𝑗 .𝑛𝑟
𝑢𝑒𝑗 = (3.56)
60
9,81.𝜂𝑖 .𝐻
𝑐𝑢𝑒𝑗 = (3.57)
𝑢𝑒𝑗
∗
𝑐𝑚
∗ 𝑚
𝛽𝑒𝑗 = arctan (𝑢 ) (3.58)
𝑒𝑗 −𝑐𝑢𝑒𝑗
𝜋.𝐷𝑒𝑗
𝑡𝑒𝑗 = (3.59)
𝑧𝑟
𝑠𝑒𝑗
𝑒𝑒𝑗 = 0,007. 𝑏𝐺 𝑚 . √𝐻. (1 − 0,7. ) (3.60)
𝑠𝑒
64
∗ )
𝑒𝑒𝑗 .√1+𝑐𝑜𝑡𝑔2 (𝜃𝑒𝑗 ).cos2 (𝛽𝑒𝑗
𝑓𝑒𝑒𝑗 = 1 − ∗ ) (3.61)
𝑡𝑒𝑗 .𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑒𝑗
∗
𝑐𝑚 𝑒𝑗
𝑐𝑚𝑒𝑗 = (3.62)
𝑓𝑒𝑒𝑗
𝑐𝑚𝑒𝑗
𝛽𝑒𝑗 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛 (𝑢 ) (3.63)
𝑒𝑗 −𝑐𝑢 𝑒𝑗
Aresta de Saída:
𝑠 𝑠 𝑟
∗
𝑐𝑚 𝑠𝑗
∗
= 𝑐𝑚 5𝑖
. 𝑎𝑛𝑡𝑙𝑜𝑔 {4.𝑟𝑠𝑗 . [2.𝑠𝑠𝑗 . (𝑟𝑖 − 1) + 1]} (3.65)
𝑖 𝑠 𝑒
𝜋.𝐷𝑠𝑗 .𝑛𝑟
𝑢𝑠𝑗 = (3.66)
60
9,81.𝜂𝑖 .𝐻
𝑐𝑢𝑠𝑗 = (3.67)
𝑢𝑠𝑗
∗
𝑐𝑚
∗ 𝑚
𝛽𝑠𝑗 = arctan (𝑢 ) (3.68)
𝑠𝑗 −𝑐𝑢𝑠𝑗
𝜋.𝐷𝑠𝑗
𝑡𝑠𝑗 = (3.69)
𝑧𝑟
𝑠𝑠𝑗
𝑒𝑠𝑗 = 0,014. 𝑏𝐺𝑚 . √𝐻. (1 − 0,7. ) (3.70)
𝑠𝑠
∗ )
𝑒𝑠𝑗 .√1+𝑐𝑜𝑡𝑔2 (𝜃𝑠𝑗 ).cos2(𝛽𝑠𝑗
𝑓𝑒𝑠𝑗 = 1 − ∗ ) (3.71)
𝑡𝑠𝑗 .𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑠𝑗
∗
𝑐𝑚 𝑠𝑗
𝑐𝑚𝑠𝑗 = (3.72)
𝑓𝑒𝑠𝑗
𝑐𝑚𝑠𝑗
𝛽𝑠𝑗 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛 ( 𝑢 ) (3.73)
𝑠𝑗
180
𝜓𝑗∗ = 0,8. (1 + cos(𝛽𝑠𝑗 ) . (1 − 𝑛 ) (3.76)
𝑞𝐴𝑟 +90
Com esses dados é possível calcular os ângulos das pás do rotor na aresta de saída (𝛽𝑟𝑗 ),
considerando o desvio oriundo de seu número finito, e os ângulos na projeção horizontal (𝛽𝑟ℎ𝑗 )
correspondente à aresta de saída da pá, através das seguintes equações:
2
𝐷4𝑗 .𝐷5𝑗 .𝑐𝑢4𝑗
∗
𝑐𝑜𝑡𝑔(𝛽𝑟𝑗 ) = 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝛽5𝑗 ). 𝜓𝑗 . 2.(𝐷 +𝐷 ).𝑧 .𝑆 .𝑐 (3.77)
3𝑒 3𝑖 𝑟 𝑗 𝑚5𝑗
A expressão empírica que descreve o número de pás da turbina Francis é dada em função
dos valores da linha de corrente 𝑚 − 𝑚:
Deve-se utilizar como número de pás o número inteiro entre os dois valores calculados.
Figura 3.8 – Traçado preliminar da projeção horizontal de linha de corrente (coroa interna)
Deve-se proceder do mesmo modo para a cinta externa e para as outras linhas de
corrente.
67
Por fim, utiliza-se os valores de 𝛽𝑒𝑗 e 𝛽𝑠𝑗 – ângulo entre as velocidades tangenciais e
relativas das arestas de entrada e de saída, respectivamente – para a obtenção do traçado das
verdadeiras grandezas das linhas de corrente.
3.2.3. Traçado inicial das projeções vertical e horizontal das linhas de corrente das
superfícies de pressão e de sucção da pá
𝑦𝑠 1,25 2,75 3,5 4,80 6,05 6,50 7,55 8,20 8,55 8,35 7,80 6,80 5,50 4,20 2,15 1,20 0,00
𝑦𝑖 1,25 0,30 0,20 0,10 0,00 0,00 0,05 0,15 0,30 0,40 0,40 0,35 0,25 0,15 0,05 0,00 0,00
Desse modo, determina-se as características iniciais dos perfis, a partir das equações
seguintes:
68
𝑠
𝑒max𝑗 = 0,009. 𝑏𝐺𝑚 . √𝐻. (1 − 0,7. 𝑠4𝑗 ) (3.82)
4𝑒
Os valores de 𝐿𝑗 são dados pelo comprimento das verdadeiras grandezas das linhas de
corrente, da cinta externa e da coroa interna; os valores de 𝜆4𝑗 representam os ângulos dos
traços dos planos radiais na projeção vertical rebatida.
Com isso, inicia-se a determinação das características do perfil em verdadeira grandeza.
Sendo que, para isso, aplica-se as seguintes equações:
𝜃 𝐷𝑜 .𝜃𝑗
𝑅𝑒𝜃 = 0,5. 𝐷𝑜 + 2. (𝐴𝑗 + √ ) (3.89)
𝑗 𝑒 𝐴𝑒
211896.𝐻.𝜂𝑖
𝐴𝑒 = .......... (3.90)
𝑄𝑟 .𝑛𝑟
2
𝐷𝑜 = (0,16. 10−4 . 𝑛𝑞𝐴𝑟 − 0,98. 10−2 . 𝑛𝑞𝐴𝑟 + 2,9). 𝐷5𝑒 (3.92)
69
Os diâmetros 𝐷𝐸∅ e 𝐷𝑒∅ devem ser calculados, dados pelas equações consequentes,
considerando que 𝐷𝑒∅ deve ser igual a 2*𝑅𝑒𝑠𝜃 em 𝜃 = 360𝑜 . Ou seja, deve-se estimar valores
𝑗
Todos as dimensões e relações das aletas do distribuidor podem ser obtidas das equações
consequentes. Ademais, recomenda-se que o número de aletas do distribuidor seja sempre
múltiplo de 4.
𝐿 = 1,289. 𝑡𝑑 (3.98)
𝐿𝑑 = 1,167. 𝑡𝑑 (3.99)
𝐿𝑑𝑠 = (0,5 + 𝑘𝑒 ). 𝑡𝑑 (3.100)
𝐿𝑑𝑖 = (0,667 − 𝑘𝑒 ). 𝑡𝑑 (3.101)
72
𝐻∗𝐿𝑑 ∗𝑏𝑜2
𝐷𝑑 = 𝑒𝑚𝑎𝑥 = 14,9. √ (3.102)
𝜎𝑓𝑎𝑑
𝑒𝑚𝑎𝑥 /𝐿
𝑓𝑒 = 𝑒 (3.103)
max /𝐿𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙
𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙
𝑒𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 = 𝑓𝑒 . Δ𝑦 (3.104)
𝑄
𝛼𝑑𝑠 = arctan (2.𝜋.𝑏𝑟 .𝑘 ) (3.108)
𝑜 𝑟
O pré-distribuidor tem por função, nas turbinas Francis de eixo horizontal, manter a
geometria da espiral, resistindo à pressão advinda da pressão estática, bem como ao golpe de
aríete. Ademais, as aletas do pré-distribuidor devem conduzir o fluxo, da espiral até a entrada
do distribuidor, mantendo, teoricamente, o vórtice potencial 𝑘𝑒𝑠 .
As aletas do pré-distribuidor devem, por consequência, adotar o perfil determinado pela
figura 3.12, de modo que suas dimensões e número de aletas seja proporcional aos esforços que
elas devem transmitir às fundações.
Segundo Souza (2011), o número mínimo de aletas do pré-distribuidor que garante a
condição mencionada acima é, no mínimo, de 1/3 do número de aletas do distribuidor.
73
𝑧𝑑
𝑧𝑝𝑟𝑒 = (3.109)
3
Há, segundo Souza (2011), 3 geometrias básicas que podem ser utilizadas na construção
do tubo de sucção de uma turbina Francis horizontal ou vertical, conforme exemplificado pelas
figuras 3.14, 3.15 e 3.16.
A altura do tubo de sucção em relação a linha de centro do distribuidor até a base dele
pode ser expressada pela seguinte equação com suas respectivas condicionais:
Se 60 ≤ 𝑛𝑞𝐴𝑟 ≤ 220
𝑇 −0,5
= 0,5515 + 31,582. 𝑛𝑞𝐴𝑟 (3.110)
𝐷6
𝑇
= 2,7 (3.111)
𝐷6
Para a geometria da figura 3.16, a altura da saída da turbina (ponto 6) até a base do tubo
de sucção (ponto 8) pode ser calculada da seguira forma:
T
h6−8 = D − R es360o (3.112)
6
As outras relações, para a geometria da figura 3.16, são dadas pelas equações
consequentes:
𝑎8 = 0,64. 𝐷6 (3.113)
𝑎𝑠 = 2,5. 𝑎8 (3.114)
𝑏𝑠 = 2,5. 𝑎8 (3.115)
𝐿𝑠𝑢𝑐çã𝑜 ≈ 5. 𝐷6 (3.116)
𝐷7 = 𝐷6 + 2. 𝐿67 . tan(𝜃67 ) (3.117)
Ademais, as seguintes condições devem ser satisfeitas para a geometria da figura 3.16:
1. Os ângulos de abertura (𝜃67 ), em relação à linha perpendicular que corta as
extremidades do ponto 6, devem estar compreendidos entre 8 a 10º;
2. O ângulo de inclinação do ponto 8 (𝜃8 ) em relação à sua linha tangente deve estar na
faixa de 10 a 15º;
3. O ângulo de inclinação do ponto de extremidade da saída do tubo de sucção (𝜃𝑠 ), em
relação à horizontal, deve estar compreendido entre 18 e 22º.RESULTADOS
76
4.1. Rotor
𝑄 16,2 𝑚3 /𝑠
𝑄𝑚𝑖𝑛 10 𝑚3 /𝑠
𝐻 60 𝑚
𝐻𝑚𝑖𝑛 60 𝑚
𝐻𝑠𝑢𝑚𝑎𝑥 2𝑚
𝑧𝑏 2,5 𝑚
𝜂𝑣 99 %
𝜂𝑚 97 %
𝑓𝑒𝑚 95 %
(continua)
n ℎ𝑠𝑢𝑚 𝜂𝑖 𝑄𝑟 𝑛𝑞𝐴𝑟 𝐷5𝑒 𝐷4𝑒 𝑐4𝑚 𝛽4𝑚 𝑏𝑜 𝐷3𝑖
rpm m - 𝑚3 /𝑠 - m m 𝑚/𝑠 graus m m
360 3,681 0,944 13,38 183,3 1,29 1,343 9,08 80,47 0,319 1,346
77
(conclusão)
𝐷4𝑖 𝐷5𝑖 𝐿𝑖 𝐷3𝑒 𝐿𝑒 𝐿5𝑒 𝑦𝑒𝑚 𝐿4𝑖 𝐿4𝑒 𝑃𝑒𝑚á𝑥 𝑑
M m m 𝑚 m m m 𝑚 m kW mm
1,24 0,594 3,352 1,47 0,785 0,286 0,095 0,345 0,179 8603 339,9
Através da ferramenta de desenho assistido por computador (CAD), foi possível traçar
os valores apresentados anteriormente, conforme mostra a figura 4.1.
Nota-se que, pelos valores calculados, não há possibilidade de 𝐷5𝑒 , 𝐷4𝑒 e 𝐷5𝑖 estarem
sobre a coroa interna e cinta externa calculada. Ademais, conforme mencionado no capítulo 3,
o traçado final da cinta externa e da coroa interna devem ser adaptados para arcos de
circunferência de modo a facilitar a fabricação (𝑟𝑒 = 0,50 𝑚 e 𝑟𝑖 = 0,14 𝑚). Por conseguinte,
utilizou os valores de 𝐿4𝑖 e 𝐿4𝑒 como comprimento dos arcos adaptados para o traçado da cinta
externa e da coroa interna, de modo que ambos estivessem dentro do caminho preliminar da
figura 4.1, respeitando a distância da referência aos pontos 𝐷5𝑒 , 𝐷4𝑒 , 𝐷4𝑖 e 𝐿5𝑒 , como
apresentado na figura 4.2.
Para o segundo caso (𝑠 = 0,388 𝑚), segmentou-se a aresta de entrada em seis partes,
obtendo-se 𝑠𝑗 e 𝐷𝑗 , conforme apresentado na figura 4.5.
Com os valores obtidos no desenho e com o uso das equações 3.47 a 3.49, obteve-se os
seguintes resultados apresentados na tabela 4.5.
∗
𝑐𝑚 𝑗
Pontos 𝑠𝑗 ∗
𝐷𝑗 𝑘𝑗
𝑐𝑚 4𝑖
4i 0 1 1,24 1,24
1 0,06467 1,04 1,25 1,3
2 0,1293 1,097 1,261 1,383
3 0,194 1,173 1,275 1,495
4 0,2587 1,271 1,291 1,641
5 0,3233 1,398 1,312 1,834
4e 0,388 1,558 1,343 2,093
81
kxD
2,5
1,5
0,5
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
Tabela 4.6 – Valores do tubo de corrente médio da aresta de entrada e referência (𝒌𝒄 )
∗
𝑠𝑚 𝑘𝑚 𝐷𝑚 𝑏𝑚 𝑐𝑚 4𝑖 𝑘𝑐
𝑚 𝑚3 /𝑠 𝑚 𝑚 𝑚/𝑠 𝑚3 /𝑠
0,2199 1,551 1,281 0,1285 7,123 1,42
Os valores apresentados na tabela 4.7 fazem referência aos valores da figura 4.7
Figura 4.8 – Caminho hidráulico das arestas de entrada de saída e seus respectivos ângulos 𝝃𝒋 e 𝜽𝒋
Aplicando-se as equações 3.55 a 3.64 para a aresta de entrada e as equações 3.65 a 3.74
para a aresta de saída, obteve-se os seguintes resultados apresentados nas tabelas 4.9 e 4.10.
(continua)
∗
Pontos 𝐷𝑒𝑗 𝑠𝑒𝑗 𝜃𝑒𝑗 𝜉𝑒𝑗 𝑐𝑚 𝑒𝑗
𝑢𝑒𝑗 𝑐𝑢𝑒𝑗
(conclusão)
∗
𝛽𝑒𝑗 𝑡𝑒𝑗 𝑒𝑒𝑗 𝑓𝑒𝑒𝑗 𝑐𝑚𝑒𝑗 𝛽𝑒𝑗 𝛽ℎ𝑒𝑗
º m m - m/s º º
90 0,2164 0,0282 0,8697 8,19 90 88,26
89,64 0,2185 0,02423 0,8891 8,414 89,64 88
86,16 0,221 0,02027 0,9081 8,828 86,16 87,38
82,51 0,2236 0,017 0,9233 9,332 82,51 86,66
78,26 0,2267 0,01373 0,9381 10,01 78,26 85,82
74,19 0,2299 0,01109 0,9498 10,7 74,19 80,89
68,66 0,2344 0,008443 0,9613 11,55 68,66 73,09
(continua)
∗
Pontos 𝐷𝑠𝑗 𝑠𝑠𝑗 𝜃𝑠𝑗 𝜉𝑠𝑗 𝑐𝑚 𝑠𝑗
𝑢𝑠𝑗
- m m º º m/s m/s
5𝑖 0,942 0 57 43 6,803 17,76
II 0,972 0,1049 55 36 7,261 18,32
y 1,018 0,2141 54 25 7,987 19,19
m 1,071 0,3054 55 13 8,834 20,19
x 1,139 0,3938 61 3 9,923 21,47
I 1,214 0,4752 68 8 11,22 22,88
5𝑒 1,29 0,552 74 15 12,78 24,32
(conclusão)
∗
𝛽𝑠𝑗 𝑡𝑠𝑗 𝑒𝑠𝑗 𝑓𝑒𝑠𝑗 𝑐𝑚𝑠𝑗 𝛽𝑠𝑗 𝛽ℎ𝑠𝑗
º M m - m/s º º
20,96 0,1644 0,05639 0,1483 45,87 68,84 60,81
21,62 0,1696 0,04889 0,2754 26,36 55,2 52,29
22,6 0,1777 0,04108 0,4174 19,13 44,92 37,5
23,63 0,1869 0,03455 0,542 16,3 38,92 19,91
24,81 0,1988 0,02823 0,6678 14,86 34,69 4,624
26,12 0,2119 0,02241 0,7644 14,68 32,68 12,28
27,73 0,2252 0,01692 0,84 15,22 32,04 22,83
85
O número de pás deve ser calculado, anteriormente aos resultados das tabelas 4.9 e 4.10,
visto que o passo (𝑡𝑒𝑗 e 𝑡𝑠𝑗 ) é função desse. Sendo assim, através das equações 3.80 e 3.81,
obteve-se que o número de pás deve ser um valor inteiro entre:
O traçado para cada uma das linhas de corrente propostas das superfícies de pressão e
sucção da pá estão representados na tabela 4.11.
Tabela 4.11 - Traçado das linhas de corrente das superfícies de pressão e sucção da pá
𝒙𝒊 % 0 2,5 5 10 20 30 50 70 90 100
𝚫𝒚 𝒎𝒎 0 3,3 4,7 6,5 8,05 8,25 7,4 5,25 2,1 0
𝑪𝒐𝒓𝒐𝒂 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 − 𝟒𝒊 − 𝟓𝒊
𝒙𝒊 mm
𝒆𝒑𝒊 mm
𝑳𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 − 𝟒𝑰𝑰 − 𝟓𝑰𝑰
𝒙𝒊 mm
𝒆𝒑𝒊 mm
𝑳𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 − 𝟒𝒚 − 𝟓𝒚
𝒙𝒊 mm
𝒆𝒑𝒊 mm
𝑳𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 − 𝟒𝒎 − 𝟓𝒎
𝒙𝒊 mm
𝒆𝒑𝒊 mm
𝑳𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 − 𝟒𝒙 − 𝟓𝒙
𝒙𝒊 mm
𝒆𝒑𝒊 mm
𝑳𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 − 𝟒𝑰 − 𝟓𝑰
𝒙𝒊 mm
𝒆𝒑𝒊 mm
𝑪𝒊𝒏𝒕𝒂 𝑬𝒙𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 − 𝟒𝒆 − 𝟓𝒆
𝒙𝒊 mm
𝒆𝒑𝒊 mm
87
Tabela 4.12 - Raios do caminho hidráulico da seção transversal em corte longitudinal e os raios das seções transversais
correspondentes
𝜃𝑗 𝑅𝑒𝜃 𝑅𝑒𝑠𝜃
𝑗 𝑗
º m m
0 1,059 0
30 1,402 0,1718
60 1,559 0,25
90 1,684 0,3128
120 1,794 0,3676
150 1,894 0,4173
180 1,986 0,4635
210 2,073 0,5069
240 2,155 0,5481
270 2,234 0,5875
300 2,31 0,6255
330 2,383 0,6622
360 2,455 0,6978
4.3. Distribuidor
𝒙𝒊 % 0 2,5 5 10 20 30 50 70 90 100
𝚫𝒚 𝒎𝒎 0 3,3 4,7 6,5 8,05 8,25 7,4 5,25 2,1 0
𝑨𝒍𝒆𝒕𝒂 𝒅𝒐 𝒅𝒊𝒔𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊𝒅𝒐𝒓
𝒙𝒊 mm 0 9,08 18,16 36,32 72,64 109 181,6 254,2 326,9 363,2
𝒆𝒑𝒊 mm 0 70,8 100,8 139,4 172,7 177 158,8 112,6 45,05 0
Como 𝑧𝑑 calculado resultou em 16,4 aletas, adotou-se 𝑧𝑑 = 20, visto que o número de
aletas deve ser um número inteiro e múltiplo de 4.
4.4. Pré-Distribuidor
𝑇
= 2,884
𝐷6
Sendo assim, a partir das equações 3.109 a 3.114, obteve-se as principais dimensões do
tubo de sucção, conforme tabela 4.15.
GIACOSA, DANTE. Motores Endotérmicos. Ed. Científico-Médica, Barcelona, 758 p., 1970
CARVALHO, D.F. Instalações Elevatórias: Bombas. 6.ed. Belo Horizonte: FUMARC, 1999.
parafuso-rotativo-atendimento-somente-no-interior-de-sao-paulo-5.jpg>. Acesso em 06 de
Abril de 2018