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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso de Engenharia Mecânica

RELATÓRIO PRÁTICO ENSAIO METALOGRÁFICO:


Macrografia

Guilherme Aparecido Vilela


Emerson Junior Diniz

Contagem
2011
Berta Chagas de Assis
Tatiane Santos Silva

RELATÓRIO PRÁTICO ENSAIO METALOGRÁFICO:


Macrografia

Relatório apresentado à disciplina Laboratório de


Materiais para Construção Mecânica pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, como
requisito parcial à conclusão da disciplina.

Contagem
2011
RESUMO

A metalografia, em poucas palavras, se trata do estudo da estrutura e das propriedades dos


metais. Estudo este, que pode ser feito com base na composição, propriedades físicas e
processo de fabricação de um determinado metal. Através da macrografia podemos obter
informações de caráter geral, como suas características, a distribuição, natureza, impurezas,
deformações, processos de fabricação e etc.
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO....................................................................................................................3

2- EXAME MACROGRÁFICO..............................................................................................3

3- OBJETIVOS DO EXAME...................................................................................................6

4- RESULTADOS OBTIDOS NA PRÁTICA........................................................................6


1- INTRODUÇÃO

A metalografia, em poucas palavras, se trata do estudo da estrutura e das propriedades


dos metais. Estudo este, que pode ser feito com base na composição, propriedades físicas e
processo de fabricação de um determinado metal.
Através da macrografia podemos obter informações de caráter geral, como suas
características, a distribuição, natureza, impurezas, deformações, processos de fabricação e
etc.

2- EXAME MACROGRÁFICO

A macrografia é o exame do aspecto de uma peça ou amostra metálica, segundo corte


de uma secção plana devidamente polida e em regra atacada por um reativo apropriado. O
exame normalmente é feito a olho nu, porém, pode ser feito com uma lupa.

Preparação do Corpo de Prova:

A técnica do preparo de um corpo de prova de macrografia abrange as seguintes fases:


1- Características Elementares: O primeiro passo antes de se iniciar qualquer teste é ter
conhecimento da natureza do material a ser estudado. Normalmente pode-se identificar um
material metálico pelas seguintes características:
- Aspecto da superfície: tratamento térmico, emprego de areia de moldagem em peças
fundidas, juntas dos moldes, falhas, porosidades, soldagem, torneamento, forjamento, etc.
- Aspecto da fratura: indica a natureza do material, sua granulação, disposição cristalina,
tratamento térmico ou químico, impureza decorrente do aparecimento de bolhas e aparência.
Exemplos: Ferros fundidos coquilhados apresentam uma camada branca junto à periferia,
aços moldados apresentam uma fratura com granulação grosseira, metais impuros apresentam
bolhas, aços temperados possuem uma coloração cinzento-clara, etc.
- Ação da lima: verifica qual a dureza do material.
- Centelhas ao esmeril: somente para aços. Através das fagulhas pode-se notar a porcentagem
de carbono de um aço. Quanto mais ramificações houver nas fagulhas, maior o teor.
- Atração pelo imã: identifica por exemplo o teor de níquel ou manganês de um aço-liga,
distingue latão ou bronze.
- Sonoridade: através da pureza do som identifica-se se o material apresenta ou não fissuras.

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2- Escolha e localização da secção a ser estudada: Através do corte transversal de um corpo de
amostra pode-se verificar:
- a natureza do material;
- se a secção é inteiramente homogênea ou não;
- a forma e intensidade de segregação;
- a posição, forma e dimensões das bolhas;
- a forma e dimensões das dendritas;
- a existência de restos do vazio;
- se a peça sofreu cementação, a profundidade e regularidade desta;
- a profundidade da têmpera;
- se um tubo é inteiriço, caldeado ou soldado;
- certos detalhes de soldas de chapas; etc.;

Através do corte longitudinal pode-se verificar:


- se uma peça é fundida, forjada ou laminada;
- se a peça foi estampada ou torneada;
- a solda de barras;
- como se processou um caldeamento de topo;
- eventuais defeitos nas proximidades de fraturas;
- a extensão de tratamentos térmicos superficiais, etc.;

3- Realização de uma superfície plana e polida: Isto é obtido através de duas etapas: a do
corte e a do polimento.
A do corte é feita com serra ou cortador de disco abrasivo. Ao término desta primeira
etapa, espera-se ter-se conseguido uma superfície plana bem retificada. Deve-se tomar
cuidado no momento do corte, pois um aquecimento exagerado na serra ou disco pode alterar
as propriedades do corpo de teste.
O polimento é iniciado sobre lixa, em direção normal aos riscos de lima ou lixa grossa
existentes, sendo finalizado apenas com o término destas. Depois se passa para uma lixa mais
fina mudando a direção de polimento em 90º. Esse processo se prossegue até a última lixa, no
caso a número 0.
Após esta etapa já podem ser notadas algumas características: restos do vazio, trincas,
grandes inclusões, porosidades, falhas em soldas, etc.

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4- Reagente Químico: Quando uma superfície polida é submetida uniformemente à ação de um
reativo, acontece, quase sempre, que certas regiões são atacadas com maior intensidade do
que outras. Isto se deve justamente a diversidade de composição química ou de estrutura
cristalina existente no corpo de prova.
Conforme sua duração e profundidade, classificam-se os ataques em lentos / profundos
ou rápidos / superficiais. Os ataques lentos visam uma corrosão profunda do metal, usado
normalmente quando o reativo rápido não oferece resultados satisfatórios. Eles podem durar
horas ou até mesmo dias. O reativo ácido sulfúrico com 20% de concentração em água é o
mais usado.
Através de um ataque rápido, obtêm-se o resultado desejado em poucos minutos.
Embora a corrosão seja apenas superficial, os resultados são satisfatórios. Os mais comuns
são os reativos de iodo, ácido sulfúrico (com menor concentração), Heyn (cloreto cupro-
amoniacal), ácido clorídrico e de Fry (ácido clorídrico, água destilada e cloreto cúprico).

Análise dos resultados obtidos:

Através do reativo, pode-se constatar às áreas de diferentes composições químicas ou


cristalização. Esta constatação é feita a partir dos diferentes níveis de contraste na superfície.
Com relação a composição química, escurecem bastante as regiões com maior teor de
carbono, com maior teor de fósforo e com maior quantidade de inclusões não metálicas,
especialmente de sulfuretos.
Assim, as zonas segregadas (com acúmulo de impurezas no centro), as bolhas cheias
de material mais impuro, as partes somente cementadas, se sobressaem em escuro.
As regiões com cristalização diferente podem dividir-se em:
- granulações muito grosseiras, que se apresentam à vista como pequenos mosaicos claros
escuros;
- texturas resultantes de têmpera branda ou têmpera seguida de revenimento, que escurecem
muito sob a ação do reativo;
- texturas deformadas plasticamente a frio (encruadas). As áreas fortemente deformadas são
mais corroídas do que aquelas que não sofreram deformação sequer. As deformação mais
leves, produzem às vezes finas estrias escuras terminadas em ponta e que freqüentemente se
entrecruzam.

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3- OBJETIVOS DO EXAME

Os ensaios macrográficos são feitos, em geral, com a finalidade de:


1- Verificar de que produto siderúrgico se trata:
- Aço: deve apresentar pelo menos uma dessas características: homogeneidade, zona
segregada, dendritas brancas (quando os eixos principais e secundários formam ramificações
como os galhos de uma árvore), bolhas, fibras finas, estrias ou região mais escura na parte
central.
- Ferro: apresenta um aspecto marmóreo ou estrias mais largas, principalmente na secção
longitudinal.
2- Constatar a existência de defeitos inerentes ao próprio metal: porosidades, falhas,
segregação, bolhas, concentrações de impurezas, estruturas dendríticas graúdas, cristalizações
grosseiras, descarbonetação superficial.
3- Verificar a existência de: trabalho mecânico de conformação, caldeamentos, soldas,
têmperas, cementação dos aços, modo de fabricação.
4- Pesquisar a causa de ruptura de uma peça.

4- RESULTADOS OBTIDOS NA PRÁTICA

Segue abaixo fotos das peças ensaiadas. As fotos obedecem a seguinte ordem: antes do
preparo para o ensaio, pronta para receber o reagente químico e após a imersão no reagente.

Primeira peça ensaiada: dente de engrenagem.

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Após a imersão no reagente químico podemos observar uma camada de cor diferenciada ao
redor dos dentes que representa um tratamento térmico de endurecimento que este dente
recebeu.

Segunda peça ensaiada: engrenagem.

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Após a imersão no reagente químico podemos observar uma camada de cor
diferenciada somente na região dos dentes que representa um tratamento térmico de
endurecimento nesta área.

Terceira peça ensaiada: dente de engrenagem.

Após a imersão no reagente químico podemos observar uma camada de cor diferenciada ao
redor dos dentes que representa um tratamento térmico de endurecimento que este dente
recebeu.

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Quarta peça ensaiada: seção circular.

Após a imersão no reagente químico podemos observar uma camada de cor diferenciada na
região mais externa da peça o que indica que a mesma sofreu um tratamento térmico de
endurecimento.

Quinta peça ensaiada: análise de uma peça com solda.

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Após a imersão no reagente químico podemos observar uma camada de cores diferenciada nas
regiões de solda que indicam a zona termicamente afetada. Quanto mais escura, mais a região
ficou comprometida com a solda.

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