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Portanto, temos duas diferenças entre essas teorias: 1) não está preocupada
com os indivíduos como a de Linklater e 2) a teoria critica quer apresentar uma teoria
mais verdadeira pois vai apresentar realidades que foram excluídas.
Outra característica do pós-estruturalismo é o uso do método genealógico.
Genealogia: Tem como grande influência Foucault. É uma história do presente, onde
muitas vezes para se explicar algo, se procura as origens. Ver que tal fato determinou o
presente. Olhar para a escolha e procurar fatos passados que determinaram minha
escolha. Olhar para o presente e explicar como tornou-se tão natural tal realidade. Fala
de como se naturaliza as decisões, falando como o presente parece ser tão natural dadas
as escolhas passadas. A genealogia mostra como se chegou a pensar nesse presente,
procurando desnaturalizá-lo, entendendo como ele parece tão natural para depois ver
como ele foi construído para parecer tão natural (Nada é natural. O que parece natural
foi construído historicamente sem pensar que há uma origem exata para isso. Mostra
que as coisas vão se transformando e se tornando naturais, mas não são sempre as
mesmas. (Ex.: ideia de soberania) (Ex.: liberalismo - não se questiona a propriedade
privada, tomamos como certo. Fazer uma genealogia do liberalismo seria pensar como
as coisas evoluíram para eu pensa-lo como natural).
Diferente do marxismo não tem um final da história, mas sim uma luta
constante para dizer qual é a interpretação que vai ganhar em determinado momento, e
esse ganha o poder. Gerar conhecimento, e com isso empodera determinados grupos.
Inside/Outside-1993 (Walker)
33 min
Walker quer saber quais são as outras figuras de linguagem ou metáforas que
ajudam nesse processo de construção de uma verdade. A principal metáfora é a da
soberania, como esse conhecimento sobre a soberania será construído, o que Walker
chama de internacional moderno. Faz uma comparação a soberania individual e a
soberania estatal. O indivíduo moderno é aquele que tem ou pensa ter autonomia sobre
sua vida, futuro, escolha, livre arbítrio (bases do liberalismo). A modernidade é um
momento em que o ser humano tenta se desvencilhar de Deus, do religioso, de poderes
divinos, principalmente na vida política que para de ser vinculado a um poder divino.
Walker tenta mostrar que essas ideias sobre o que é ser moderno são
transplantadas para o estado moderno. Se eu penso no sujeito como soberano, penso no
estado como soberano também. Mostra que o internacional moderno é composto por
estados soberanos.