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Capítulo 2: A Bíblia, uma

revelação de Deus
Published by T. P. Simmons on 14/02/2017
[Índice]

Tendo visto agora que a existência de Deus é um fato estabelecido, um fato mais certo
que qualquer conclusão de um raciocínio formal, porque é o fundamento necessário
de toda a razão, passamos à consideração de uma outra matéria. Há agora, e tem
havido por séculos, um livro peculiar neste mundo, chamado Bíblia, que professa ser
a revelação de Deus. Os seus escritores falam nos termos mais ousados de sua
autoridade como interlocutores de Deus. Esta autoridade tem sido admitida por
milhões de habitantes da terra, tanto no passado como no presente. Desejamos
perguntar, portanto, se este livro é o que ele professa ser e o que tem sido e crido por
uma multidão de gente – uma revelação de Deus. Se não é uma revelação de Deus,
então os seus escritores ou foram enganados ou foram enganadores maliciosos.

I. É a Bíblia historicamente autêntica?

Por esta pergunta queremos dizer: É a Bíblia exata como um arquivo de fatos
históricos? Há mais ou menos um século, críticos sustentaram que a Bíblia não era
exata como história. Disseram que os quatro reis mencionados em Gênesis 14:1 nunca
existiram e que a vitória dos reis do Ocidente contra os do Oriente, como descrita
neste capítulo, nunca ocorreu. Negaram que um povo tal como os hititas sequer
existiram. Sargon, mencionado em Isaías 20:1 como rei da Assíria, foi considerado
como um personagem mitológico Além disso, suponha-se que Daniel errara ao
mencionar Belsazar como um rei babilônico. Dan. 5:1. Exemplos típicos do Novo
Testamento do supostos erros históricos podem ser encontrados em Lucas –
representação da ilha de Chipre, sendo governado por um “cônsul” (Atos 13:7) e
Lisânias como tetrarca de Abilene, enquanto Herodes tetrarca da Galiléia (Lucas 3:1.)
Mas como é agora? Podemos dizer hoje, após as investigações de longo alcance sobre
as antigas nações que têm sido feitas, que não há uma única instrução na Bíblia que
seja refutada. As recusas confiante dos primeiros críticos têm provado os pressupostos
da ignorância. A.H. Prof Sayce, um dos mais eminentes arqueólogos, diz: “Desde a
descoberta dos comprimidos de Tel el-Amarna, até agora grandes coisas foram
levadas a cabo pela arqueologia, e cada um deles foi em harmonia com a Bíblia,
enquanto quase cada um deles foi morto contra as afirmações da crítica destrutiva.
“Alguns anos atrás, a United Press transmitiu o testemunho de Yahuda AS, ex-
professor de História Bíblica na Universidade de Berlim e, posteriormente, das
línguas semíticas da Universidade de Madrid, no sentido de que “toda descoberta
arqueológica da Palestina e Mesopotâmia, do período bíblico confirma a exatidão
histórica da Bíblia. “

II. É a Bíblia revelação de Deus?


Estamos agora na consideração de uma outra questão. Um livro historicamente
correto podia ser de origem humana. É isto verdade da Bíblia?

1. UMA PROBABILIDADE ANTECEDENTE.

O pensamento cuidadoso, além da questão de saber se a Bíblia é a revelação de Deus,


vai convencer qualquer crente imparcial na existência de Deus, que é altamente
provável que Deus deu ao homem uma revelação explícita e duradoura por escrito da
vontade divina. A consciência do homem o informa da existência da lei, como foi
bem dito: “A consciência não estabelece a lei, mas adverte para a existência de uma
lei” (Diman, Argumento Teistico). Quando o homem tem a consciência do que ele
tem feito de errado, ele tem indicação de que tenha quebrado alguma lei. Quem mais,
diferente de Jeová, cuja existência temos encontrado para ser um fato estabelecido,
poderia ser o Autor dessa lei? E desde que o homem pensa intuitivamente de Deus
como sendo bom, ele deve pensar do propósito de Sua lei ser boa. Portanto, não
podemos pensar nesta lei como sendo para o mero propósito de condenação. É preciso
que esta lei seja para a disciplina do homem em justiça. Também devemos concluir
que Deus, que está sendo mostrado por ser sábio por suas obras maravilhosas,
utilizaria todos os meios mais eficazes para a realização de seu objetivo através da lei.
Este argumenta em favor de uma revelação escrita; de qualquer grau de obediência a
uma lei justa é impossível ao homem sem o conhecimento dessa lei. Natureza e razão
são muito incertas, indistintas, incompletas e insuficientes para o efeito. James B.
Walker resume a questão da seguinte forma: “Toda a experiência do mundo
confirmou o fato de além da possibilidade de cepticismo que o homem não pode
descobrir e estabelecer uma regra perfeita do dever humano “(Filosofia do Plano de
Salvação, p. 73).

Se isso for verdade da lei da conduta humana, então quanto mais é a verdade do
caminho da salvação? “A luz da natureza deixa os homens totalmente sem o
conhecimento da forma de salvar o homens pecador… anjo… eles mesmos não seria
capazes de saber a forma de salvar os homens pecadores, ou como os homens
pecadores podem ser justificados diante de Deus,…… portanto , a fim de saber isso,
“desejo de olhar para ele,” 1Pedro 1:12 “(Gill, Corpo da Divindade, p. 25).

Além disso, EY Mullins diz: “A própria idéia de religião contém no seu cerne a idéia
de revelação. Nenhuma definição de religião, que omite a idéia pode ficar à luz dos
fatos. Se o adorador fala com Deus, e Deus sempre calado ao adorador, temos apenas
um lado da religião. Religião se torna então um sentido de faz de conta “(A religião
cristã em sua expressão doutrinária).

2. UMA PRESUNÇÃO RAZOÁVEL

“Se a Bíblia não é o que o povo cristão do mundo pensa ser, então temos em nossas
mãos o tremendo problema de dar conta de sua crescida e crescente popularidade
entre a grande maioria do povo mais iluminado da terra e em face de quase toda a
oposição concebível” (Jonathan Rigdon, Ciência e Religião).
Grandes esforços se fizeram para destruir a Bíblia como nunca antes se produziram
para a destruição de qualquer outro livro. Seus inimigos tentaram persistentemente
deter sua influencia. A crítica assaltou-a e o ridículo escarneceu-a. A ciência e a
filosofia foram invocadas para desacreditá-la. Á astronomia, no descortinar das
maravilhas celestes, pediram-se alguns fatos para denegri-la e a geologia, nas suas
buscas na terra foi importunada para lançar-lhe suspeita.” (J. M. Pendleton, Doutrina
Cristã). Contudo,

“Firme, serena, imóvel, a mesma Ano após ano… ,

Arde eternamente na chama inapagável; Fulge na luz inextinguível”.

Whitaker

A Bíblia levanta-se hoje como uma fênix do fogo com um ar de mistura de dó e


desdém pelos seus adversários, tão ilesa como foram Sadraque, Mesaque e Abdenego
na fornalha de Nabucodonozor” (Coleção, Tudo sobre a Bíblia).

Não é provável que qualquer produção meramente humana pudesse triunfar sobre
semelhante oposição como a que se moveu contra a Bíblia.

3. PROVAS DE QUE A BÍBLIA É A REVELAÇÃO DE DEUS.

(1) As grandes diferenças entre a Bíblia e os escritos dos homens evidenciam que ela
não é uma simples produção humana.

Estas diferenças são: –

A. QUANTO ÁS SUAS PROFUNDEZAS E ALCANCES DE SENTIDO.

“Há infinitas profundezas e alcances inexauríveis de sentido na Escritura, cuja


diferença é de todos os outros livros e que nos compelem a crer que o seu autor deve
ser divino” (Strong). Podemos apanhar as produções dos homens e ajuntar tudo
quanto eles têm a dizer numa só leitura. Mas não assim com a Bíblia. Podemos lê-la
repetidamente e achar novos e mais profundos sentidos. Vacilam nossas mentes ante
sua profundeza de sentido.

B. QUANTO AO SEU PODER, ENCANTO, ATRAÇÃO E FRESCOR ETERNO.

Os escritores bíblicos são incomparáveis no “seu poder dramático”; esse encanto


divino e indefinível, essa atração misteriosa e sempre atual que neles achamos em
toda a nossa vida como nas cenas da natureza, sempre um encantador frescor. Depois
de estarmos deliciados e tocados por essas incomparáveis narrativas em nossa
infância remota, elas ainda revivem e afetam nossas ternas emoções mesmo numa
idade respeitável. Deve haver, certamente, algo sobre-humano na humanidade dessas
formas, tão familiares e tão singelas” (L. Gaussen, Theopneustia). E este mesmo autor
sugere uma comparação entre a história de José na Bíblia e a mesma história no Al-
Korão. Outro autor (Mornay) sugere uma comparação entre a história de Israel na
Bíblia e a mesma história em Flavio Josefo. Diz ele que ao ler a história bíblica, os
homens “sentirão vibrar todos os seus corpos, mover seus corações, sobrevindo-lhes
um momento uma ternura de afeto, mais do que se todos os oradores da Grécia e
Roma lhes tivessem pregado as mesmas matérias por um dia inteiro”. Diz ele dos
relatos de Josefo, “que se deixarão mais frio e menos emocionado do que quando os
achou”. Acrescenta: ” O que, então, se as Escrituras tem na sua humildade mais
elevação, na sua simplicidade mais profundeza, na sua ausência de todo esforço mais
encantos, na sua rudeza mais vigor e alvo do que podemos achar noutro lugar
qualquer?”

C. QUANTO A SUA INCOMPARÁVEL CONCISÃO.

No livro do Gênesis temos uma história que fala da criação da terra e sobre ela ser
feita num lugar adequado para habitação do homem. Fala da criação do homem,
animais, plantas e da sua colocação na terra. Fala da apostasia do homem, do primeiro
culto, do primeiro assassinato, do dilúvio, da repopulação da terra, da dispersão dos
homens, da origem da presente diversidade de línguas, da fundação da nação judaica e
do desenvolvimento e das experiências dessa nação durante uns quinhentos anos;
tudo, todavia, contido em cinqüenta capítulos notavelmente breves. Comparai agora
com isto a história escrita por Josefo. Tanto Moisés como Josefo foram judeus, ambos
escreveram sobre os judeus, mas Josefo ocupa mais espaço com a história de sua
própria vida do que Moisés consome no arquivo da história desde a criação até ä
morte de José. Tomai também os escritos dos evangelistas. “Quem entre nós podia ter
sido durante três anos e meio testemunha constante, amigo apaixonadamente chegado,
de um homem como Jesus Cristo; quem poderia ter escrito dezesseis ou dezessete
curtos capítulos, a história inteira dessa vida: – do Seu nascimento, o Seu ministério,
dos Seus milagres, das Suas pregações, dos Seus sofrimentos, de Sua morte, de Sua
ressurreição, de Sua ascensão aos céus? Quem entre nós teria julgado possível evitar
de dizer uma palavra sobre os primeiros trinta anos de semelhante vida? Quem entre
nós podia ter relatado tanto atos de bondade sem uma exclamação; tantos milagres
sem uma reflexão a respeito; tantos sublimes pensamentos sem uma ênfase; tantas
fraquezas sem pecado no seu Mestre e tantas fraquezas pecaminosas nos Seus
discípulos, sem nenhuma supressão; tantos casos de resistência, tanta ignorância, tanta
dureza de coração, sem a mais leve desculpa ou comento? É assim que os homens
escrevem história? E mais, quem entre nós podia ter sabido como distinguir o que
exigia ser dito por alto do que exigia sê-lo em minúcia?” (Gaussen).

(2) A revelação de coisas que o homem, deixado a si mesmo, jamais podia ter
descoberto dá evidência da origem sobre-humana da Bíblia

A. O relato da Criação.

Onde pôde Moisés ter obtido isto, se Deus não lho revelou? “A própria sugestão de
ter Moisés obtido sua informação histórica dessas legendas caldaicas e de Gilgamesh
… é simplesmente absurda; porque, interessantes como são, estão de tal modo cheias
de asneiras, que teria sido impossível a Moisés ou a qualquer outro homem
praticamente de evoluir tais legendas místicas os registros sóbrios, reverentes e
científicos que se acham no livro do Gênesis” (Collett).

Além disso, Moisés não obteve sua informação sobre a Criação da ciência e da
filosofia do Egito. “Moisés, como o Príncipe do Egito, frequentou a melhor das
escolas e foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios! – a maioria dos quais é
considerado hoje um total absurdo. – mas ele não escreveu em seus livros. As teorias
estranhas e fantásticas realizadas pelos egípcios sobre a origem do mundo e do
homem se passou completamente; e no primeiro capítulo do Gênesis na língua
majestosa, que nunca foi superada até hoje – ele dá conta da criação de Deus – do
mundo e do homem, qualquer declaração é refutado pela ciência moderna “(Boettner,
Estudos em Teologia, p. 34).

B. A doutrina dos anjos.

“Foi alguma coisa parecida com os anjos concebida pela imaginação do povo, pelos
seus poetas, ou pelos seus sábios? Não; nem mesmo mostraram jamais aproximar-se
disso. Perceber-se-á, quão impossível foi, sem uma operação constante da parte de
Deus, que as narrativas bíblicas, ao tratarem de um tal assunto, não tivessem
considerado constantemente a impressão humana demais de nossas acanhadas
concepções; ou que os escritores sagrados não tivessem deixado escapar de suas
penas – toques imprudentes ao vestirem os anjos com atributos divinos demais ou
afetos humanos demais.” (Gaussen).

C. A ONIPRESENÇA DE DEUS.

As seguintes passagens representam a conclusão da filosofia humana?

“Sou eu um Deus de perto, diz Jeová, e não sou um Deus de longe? Pode alguém
esconder-se em lugares secretos de modo que eu não o veja? diz Jeová. Não encho eu
o céu e a terra? diz Jeová (Jr. 23:23,24).

“Para onde fugirei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua face? Se subir ao céu,
lá Tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que ali estás também. Se tomar as
asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e a Tua
destra me susterá.” (Sl. 139:7-10).

Estas passagens e outras na Bíblia ensinam, não o panteísmo, nem que Deus está em
diferentes lugares sucessivamente senão que Ele está em toda a parte ao mesmo
tempo e contudo separados como Ser – fora da Criação. O intelecto sozinho do
homem originou esta concepção, vendo que, mesmo quando ele tem sido acomodado,
a mente do homem pode compreendê-lo só parcialmente?

D. O PROBLEMA DA REDENÇÃO HUMANA.

Se fora submetido ao homem o problema de como Deus podia ser justo e justificador
do ímpio, teria o homem proposto, como solução, que Deus se tornasse carne e
sofresse em lugar do homem? “Que a criatura culpada fosse salva a custa da
encarnação do Criador; que a vida viesse aos filhos dos homens através da morte do
Filho de Deus; que o céu se tornasse acessível à população distante da terra pelo
sangue de uma cruz vergonhosa; estava totalmente remoto a todas as concepções
finitas. Mesmo quando a maravilha se torna conhecida pelo Evangelho, excitou o
desprezo dos judeus e dos gregos; Para o antigo era uma pedra de tropeço e ofensa,
para o último era a loucura. Os gregos eram um povo altamente cultivados, agudos
em intelecto, de profunda filosofia e sutil de raciocínio, mas ridicularizavam a idéia
de salvação através de alguém que foi crucificado. Eles podem muito bem ser
considerados como representando as possibilidades do intelecto humano – o que pode
fazer, e, de longe afirmar a doutrina cristã da redenção como uma invenção dos
filósofos, eles riram como se fosse filosofia indigna. Os fatos do evangelho que
rejeitaram como inacreditáveis, porque eles pareciam estar em conflito positivo com
suas concepções de razão” (J. M. Pendleton, Doutrinas Cristãs).

“Como podiam esses livros terem sido escritos por semelhantes homens, em
semelhantes ambientes sem auxílio divino? Quando consideramos os assuntos
discutidos, as idéias apresentadas, tão hostis não só aos seus prejuízos nativos, mas ao
sentimento geral então prevalecente nos mais sábios da humanidade – o sistema todo
de princípios entrelaçados em toda parte da história, poética e promessa, bem como de
insignificantes maravilhas e singulares excelências da palavra; nossas mentes se
constrangem a reconhecer este como o Livro de Deus num sentido elevado e peculiar”
(Basil Manly, A Doutrina Bíblica da Inspiração).

(3) A unidade maravilhosa da Bíblia confirma-a como uma revelação divina.

“Eis aqui um volume constituído de sessenta e seis livros escritos em seções


separadas, por dezenas de pessoas diferentes, durante um período de mil e quinhentos
anos – um volume que antedata nos seus registros mais antigos todos os outros livros
no mundo, tocando a vida humana e o conhecimento em centenas de diferentes
pontos. Contudo, evita qualquer erro absoluto e assinalável ao tratar desses
inumeráveis temas. De que outro livro antigo se pode dizer isto? De que livro mesmo
centenário se pode dizer isto?” (Manly, As Doutrinas Bíblicas da Inspiração).

A Bíblia contém quase toda a forma de literatura, história, biografia, contos, dramas,
argumentos, poesias, profecias, parábolas, rogos, filosofias, lei, letras, sátiras e cantos.
Foi escrita em três línguas por uns quarenta autores diferentes, que viveram em três
continentes. Esteve no processo de composição uns mil e quinhentos ou seiscentos
anos. “Entre esses autores estiveram reis, agricultores, mecânicos, cientistas,
advogados, generais, pescadores, estadistas, sacerdotes, um coletor de impostos, um
doutor, alguns ricos, alguns pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando
assim todas as experiências dos homens.” (Peloubet, Dicionário Bíblico).

Entretanto, a Bíblia está em harmonia em todas as suas partes. Os críticos têm


imaginado contradições, mas estas desaparecem como a cerração ao sol matutino
quando se sujeitam à luz de uma investigação inteligente, cuidadosa, cândida, justa e
simpática. Os seguintes sinais de unidade caracterizam a Bíblia:
A. É uma unidade no seu desígnio.

O grande desígnio que percorre toda a Bíblia é a revelação de como o homem,


alienado de Deus, pode achar restauração ao favor e à comunhão de Deus.

B. É uma unidade no seu ensino a respeito de Deus

Toda declaração na Bíblia a respeito de Deus é compatível com qualquer outra


declaração. Nenhum escritor desmentiu qualquer outro escritor escrevendo sobre o
tema estupendo o inefável, Deus infinito!

Isso é verdade, apesar dos esforços dos modernistas para representar o Deus do
Antigo Testamento como um Deus de vingança e de guerra, o Deus do Novo
Testamento como um Deus do amor e paz. Modernistas propositadamente ignoram
fato de que, no Antigo Testamento, Deus lidou com uma nação, enquanto que no
Novo Testamento Deus está lidando com pessoas. Não há uma palavra no Novo
Testamento, que ensina que as nações não devem resistir à agressão. Modernistas
grosseiramente pervertem Novo Testamento quando eles insistem em aplicar ás
nações os ensinamentos de Jesus com relação aos crentes individuais.

C. É uma unidade no seu ensino a respeito do homem.

Em toda a parte da Bíblia o homem é mostrado como criatura por natureza corrupta,
pecaminosa, rebelde e falida sob a ira de Deus e carecendo de redenção.

D. É uma unidade no seu ensino a respeito da salvação.

O caminho da salvação não foi tão claro no Velho Testamento, como era no Novo
Testamento. Mas pode ser visto facilmente que o que é claramente revelada no Novo
Testamento foi prefigurado no Antigo Testamento. Pedro afirmou que santos do
Antigo Testamento foram salvos exatamente da mesma maneira que os santos do
Novo Testamento são salvos. Atos 15:10,11. Leia, neste contexto, os capítulos
quinquagésimo terceiro e quinquagésimo quinto de Isaías. Observe também que Paulo
faz a Abraão um exemplo típico da justificação mediante a fé (Rm 4) e diz que o
evangelho foi pregado a Abraão (Gl. 3:8). Nota, ainda, que Paulo disse a Timóteo que
“a Sagrada Escritura” (Antigo Testamento), que ele havia conhecido desde criança
fosse capaz de fazer um sábio “para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (2 Tm.
3:15). O suposto conflito entre Tiago e Paulo sobre a justificação será tratado no
capítulo sobre a justificação.

E. É uma unidade quanto à Lei de Deus.

Um ideal perfeito de justiça está retratado por toda a Bíblia a desrespeito do fato que
Deus, em harmonia com as leis do desenvolvimento humano, ajustou Seu governo às
necessidades de Israel para que pudesse erguer-se do seu rude estado. Este
ajustamento da disciplina de Deus foi como uma escada descida a um fosso para
prover um meio de escape a alguém lá enlaçado. A descida da escada não visa a um
encorajamento ao que está no fundo para deter-se lá, mas intenciona-se como meio de
livramento; de modo que a condescendência da disciplina de Deus no caso de Israel
não foi pensada como um encorajamento do mal, mas como uma regulação do mal
com o propósito de levantar o povo a um plano mais elevado. Negar a unidade da Lei
de Deus por causa de adaptações às necessidades de povos particulares é tão tolo
como negar a unidade dos planos do arquiteto pelo fato de ele usar andaimes
temporários na execução deles.

F. É uma unidade no desenredo progressivo da doutrina.

A verdade toda não foi dada de uma vez na Bíblia. Contudo, há unidade. A unidade
no desenredo progressivo é a unidade do crescimento vegetal. Primeiro vemos a erva,
depois a espiga e então o grão cheio na espiga” (Marcos 4:28).

A força desta unidade maravilhosa na sua aplicação à questão da inspiração da Bíblia


está acentuada por David James Burrell como segue: – “Se quarenta pessoas de
diferentes línguas e graus de educação musical tivessem de passar pela galeria de um
órgão em longos intervalos e, sem nenhuma possibilidade de acordo prévio, cada uma
delas tocasse sessenta e seis teclas, as quais, quando combinadas, dessem o tema de
um oratório, submeter-se-ia respeitosamente que o homem que considerasse isso
como uma “circunstância fortuita” seria tido por consenso unânime universal – para
dizê-lo modestamente – tristemente falto de senso comum” (Por Que Eu Acredito na
Bíblia).

(4) A exatidão da Bíblia em matérias científicas prova que ela não é de origem
humana.

A. A Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural.

Diz-se corretamente que a Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural. Não foi
dada para ensinar o caminho que os céus vão, mas o caminho que vai para o céu.

B. Todavia, ela faz referência a matérias cientificas.

“Por outro lado, contudo, vendo que o universo inteiro está de tal modo inteira e
inseparavelmente ligado com leis e princípios, é inconcebível que este livro de Deus,
que confessadamente trata de tudo no universo quanto afeta os mais altos interesses
do homem, não fizesse referência alguma a qualquer matéria científica; daí acharmos
referência incidentais a vários ramos da ciência… (Sidney Collett, Tudo Sobre a
Bíblia).

C. E quando a Bíblia faz referência a matérias cientificas, é exatíssima.

A Bíblia não contém os erros científicos do seu tempo. Ela antecipou as gabadas
descobertas dos homens centenas de anos. Nenhuma das suas afirmações provou-se
errônea. E é somente nos tempos hodiernos que os homens chegam a entender alguns
deles. [Os conflitos supostos por muitos existente entre a Bíblia e a ciência no que diz
respeito à criação da terra e dos seres vivos são tratados em capítulos posteriores na
relação de Deus para o Universo e A Criação do Homem. Além disso, provas
científicas da enchente, serão dadas no capítulo dedicado à criação do homem. Além
disso, este último capítulo vai lidar também com a suposta antiguidade homem.]
Notai as seguintes referências bíblicas a matérias cientificas:

(a) A rotundidade da terra. Séculos antes de os homens saberem que a terra é redonda
a Bíblia falou do “circulo da terra” (Isaías 40:22).

(b) O suporte gravitacional da terra.

Os homens costumavam discutir a questão do que é que sustenta a terra, sendo


avançadas diversas teorias. Finalmente os cientistas descobriram que a terra é
sustentada por sua própria gravitação e a de outros corpos. Mas, muitos antes de os
homens saberem isto, e enquanto contendiam por este ou aquele fundamento material
para a terra, a Bíblia declarou que Deus “pendura a terra sobre o nada” (Jó 26:7).

(c) A natureza dos céus. A Bíblia fala dos céus como “expansão” e isto estava tão
adiante da ciência que a palavra hebraica (raquia) foi traduzida por “firmamento”
(Gênesis 1; Sl. 19:6), que quer dizer um suporte sólido.

(d) A expansão vazia do Norte. Foi só na metade do século passado que o


Observatório de Washington descobriu que, dentro dos céus do Norte, há uma grande
expansão vazia na qual não há uma só estrela visível. Mas antes de três mil anos a
Bíblia informou aos homens que Deus “estendeu o Norte sobre o espaço vazio” (Jó
26:7).

(e) O peso do Ar. Credita-se a Galileu a descoberta que o ar tem peso – algo com que
os homens jamais tinham sonhado; mas, dois mil anos antes da descoberta de Galileu
a Bíblia disse que Deus fez “um peso do vento” (Jó 28:25).

(f) A rotação da terra. Ao falar de sua segunda vinda, Cristo deu indicação de que
seria noite numa parte, dia na outra (Lucas 17:34-36), implicando assim a rotação da
terra sobre seu eixo.

(g) O número de estrelas. No segundo século antes de Cristo, Hiparco numerou as


estrelas em 1.022. Mais de 300 anos mais tarde, Ptolomeu acrescentou mais quatro.
Mas a Bíblia antecipou as revelações do telescópio moderno, comparando as estrelas
com grãos de areia à beira-mar (Gênesis 22:17; Jeremias 38:22.), com somente Deus
sendo capaz de enumerá-las (Sl 147:4) .

(h) A lei da evaporação. Muito antes que os homens soubessem que é a evaporação
que evita que o mar transborde e mantém os rios correndo, fazendo possível chover,
todo o processo surpreendente foi notavelmente representado com precisão científica
o seguinte: “Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não é completo; ao
lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr (Ecl.1:7)
(i) A existência de ventos alisados. Hoje sabemos que a subida do ar quente nos
trópicos faz com que o ar frio do norte a se deslocar no seu lugar, causando o que
chamamos de “ventos alisados”. Sabemos também que “em alguns lugares, eles
explodem em uma direção pela metade do ano, mas na direção oposta à outra metade
(Novos Alunos Obras de Referência, p. 1931). A Bíblia antecipou este conhecimento
em uma declaração muito notável : “O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o
norte, continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos”
(Eclesiastes 1:6).

(j) A importância do sangue. Somente há cerca de três séculos e meio que temos
sabido que o sangue circula, levando oxigênio e alimento para todas as células do
corpo, removendo o dióxido de carbono e outros resíduos do organismo através dos
pulmões e órgãos excretores, e promovendo a cura e combate a doenças. Mas há
muito tempo a Bíblia declara que “a vida da carne está no sangue”. Veja Gênesis 9:4;
Lev. 17:11,14. (k) A união da raça humana. Antiga tradição representava homens
originalmente como brotando individualmente – a partir do solo – sem relação linear.
Mas o conhecimento moderno tem revelado muitas evidências física, fisiológica,
geográfica e linguística da união da raça. [Uma extensa discussão sobre a união do
homem é encontrada no Novo Guia Bíblico (Urquhart, a partir da página 381 do Vol.
1.), onde é feita referência a uma discussão sobre as variações na família humana por
Pritchard nos Vestígios da Criação, e Pritchard é citado como tendo dito: “Nós temos
noções obscuras das leis que regulamentam essa variabilidade dentro de limites
específicos, mas vê-los operar continuamente, e eles são, obviamente, favoráveis à
suposição de que todas as grandes famílias dos homens podem ter sido de uma
origem.” Além disso Pritchard é citado como tendo dito: “A tendência do estudo das
línguas modernas é o mesmo ponto.” Então Urquhart diz do eminente e graduado
Quatre-Fages: “Ele manifestou a convicção de que a única conclusão possível da
ciência é que a raça humana surgiu a partir de um único par.”] A evidência mais forte,
no entanto, encontra-se no fato de que, enquanto a ciência médica pode distinguir
entre o sangue humano e o sangue animal e pode distinguir entre o sangue de
diferentes espécies de animais, contudo não pode distinguir entre o sangue das
diferentes raças da humanidade. Mas Moisés não teve que esperar por esse
conhecimento moderno. Sem hesitação ou equívoco, ele declarou que a raça se
espalhou pelos descendentes dos filhos de Noé (Gênesis 9:19; 10:32). Nem Paulo
hesita em afirmar que Deus “fez de um sangue todas as nações dos homens” (At
17:26).

(5) A profecia cumprida testemunha ao fato que a Bíblia veio de Deus.

A. A referência profética a Ciro.

Cinqüenta anos antes do nascimento de Rei Ciro o qual decretou que os filhos de
Israel voltassem à sua terra, Isaías falou de Deus como “aquele que disse de Ciro, ele
é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás
edificada; e ao templo: Tu serás fundado.” (Isaías 44:28).

B. A profecia do cativeiro babilônico. Vide Jr. 25:11.


C. Profecias a respeito de Cristo.

(a) Os soldados repartindo as Suas vestes. Salmos 22:18. Para cumprimento: Mt.
27.35.

(b) O fato de Seus ossos não serem quebrados. Sal. 34:20. Cumprimento: João 19:36.

(c) Sua traição. Sal. 41:9. Cumprimento: João 13:18.

(d) Sua morte com os ladrões e enterro no túmulo de José. Isaías 53:9, 12.
Cumprimento: Mt. 27:38, 57-60.

(e) O Seu nascimento em Belém. Miquéias 5:2. Cumprimento: Mt. 2:1; João 7:42.

(f) Sua entrada triunfal em Jerusalém. Zacarias 9:9. Cumprimento: Mt. 21:1-10; Mc.
11. 1-8; Lc. 19. 29-38.

(g) Seu traspasse. Zc. 12:10. Cumprimento: João 19:34,37.

(h) Dispersão dos Seus discípulos. Zc. 13:7. Cumprimento: Mt. 26:31.

Há, porém, uma explicação plausível da maravilha da profecia cumprida e essa


explicação é que Ele “que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade”
(Ef. 1:11) moveu a mão do escritor da profecia.

(6) O testemunho de Cristo prova a genuinidade da Bíblia como uma revelação de


Deus.

Jesus considerou o Velho Testamento como a Palavra de Deus, a ele se referiu


freqüentemente como tal e disse: “A Escritura não pode ser anulada” (João 10:35).
Ele também prometeu ulterior revelação por meio dos apóstolos (João 16:12,13).
Temos assim Sua pré-autenticação do Novo Testamento.

O testemunho de Jesus é de valor único, porque Sua vida provou-O ser o que Ele
professou ser – uma revelação de Deus. Jesus não se enganou; “porque isto alegaria
(a) uma fraqueza e loucura montando a positiva insanidade. Mas Sua vida inteira e
caráter exibiram uma calma, dignidade, equilíbrio, introspecção e autodomínio
totalmente inconsistente tal teoria. Ou alegaria (b) auto ignorância e auto exagero que
podiam provir apenas da mais profunda perversão moral. Mas a pureza absoluta de
Sua consciência, a humildade do Seu espírito, a beneficência abnegada de Sua vida
mostram ser incrível esta hipótese”. Nem Jesus foi um enganador, porque (a) a
santidade perfeitamente compatível de Sua vida; a confiança não vacilante com a qual
Ele desafiava para uma investigação de suas pretensões e arriscava tudo sobre o
resultado; (b) a vasta improbabilidade de uma vida inteira de mentira aos declarados
interesses da verdade e (c) a impossibilidade de decepção operava tal benção ao
mundo, – tudo mostra que Jesus não foi um impostor cônscio” (A. H. Strong).
III. O que constitui a Bíblia?

Do que já se disse, manifesto é que o autor crê que a Bíblia, revelação de Deus,
consiste de sessenta e seis livros do que é conhecido como o Cânon Protestante.

Aqui não é necessário um prolongado e trabalhado argumento e nada será tentado. A


matéria inteira, tanto quanto respeita aos que crêem na divindade de Cristo, pode ser
firmada pelo Seu testemunho.

Notemos:

1. Cristo aceitou os trinta e nove livros de nosso Velho Testamento como constituindo
a revelação escrita que Deus tinha dado até aquele tempo.

Esses livros compunham a “Escritura” (um termo que ocorre vinte e três vezes no
Novo Testamento) aceita pelos judeus. Crê-se que eles foram reunidos e arranjados
por Esdras. Foram traduzidos do hebraico para o grego algum tempo antes do advento
de Cristo. Não pode haver dúvida de que Cristo aceitou esses livros e nenhum outro
como constituindo os escritos que Deus inspirou até aquele tempo. Ele citou esses
livros na fórmula: “Está escrito”. Ele referiu-se a eles como “Escritura”. E Ele disse:
“… a Escritura não pode ser anulada” (João 10:35).

Por outro lado, nem Cristo nem os apóstolos aceitaram os quatorze livros e partes de
livros (conhecidos como os Apócrifos), a maioria dos quais foram acrescentados ao
cânon protestante, para compor o Antigo Testamento na Bíblia Católica Romana
(Versão Douay). “E embora existam no Novo Testamento, cerca de 263 citações
diretas e cerca de 370 referências a passagens do Antigo Testamento, mas entre todas
estas não há uma única referência, quer por Cristo ou Seus apóstolos, aos escritos
apócrifos” (Collett , Tudo Sobre a Bíblia, p. 50). Nem eram esses livros recebidos
pela nação de Israel. [Isto é admitido pelas autoridades católicas romanas. Em Um
Catecismo da Bíblia, escrito pelo “Rev. John J. O’Brien, MA,” e publicada com a
autorização da Sociedade Católica Internacional da Verdade, do Brooklyn, na página
10, esta pergunta foi feita sobre estes livros: “Eram os livros adicionados aceitos pelos
hebreus?” E a resposta dada é: “Não, os hebreus se recusaram a aceitar estes livros
adicionados.”]

Josefo, por escrito contra Apion ( Livro 1, V. 8), diz: “Nós não temos uma multidão
inumerável de livros entre nós, discordando e contradizendo um ao outro entre si, mas
apenas 22 livros (este número foi estabelecido por certas combinações de nossos
trinta e nove livros). . . para durante tantos anos já passaram, ninguém foi tão ousado,
quer para acrescentar nada a eles, para tirar qualquer coisa deles, ou fazer qualquer
alteração nos mesmos. “Tampouco foram esses livros parte da Septuaginta original,
como foi suposto muitas vezes. Cirilo de de Jerusalém (nascido em 315 dC) falou da
Septuaginta da seguinte forma: “Leia a divina Escritura, ou seja, os 22 livros do
Antigo Testamento que os setenta e dois intérpretes traduziram.” Eles provavelmente
foram adicionados ao Septuaginta em meados do século IV, desde as mais antigas
cópias da Septuaginta possuímos (Vaticano versão) os contém, e isto é suposto que
data do século IV. Talvez tenha sido a adição desses livros que levou a igreja grega
em Concílio de Laodicéia (363 dC) para negar a sua inspiração. Mesmo tão tarde
quanto 1546, o Concílio de Trento considerou necessário declarar que esses livros
sejam canônicos.

2. Cristo também prometeu outra revelação indo além de tudo que Ele tinha ensinado.

Em João 16:12,13 achamos Cristo falando aos apóstolos como segue: “Ainda tenho
muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele
Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo,
mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. “.

Além disso, Cristo constituiu os apóstolos um corpo de professores infalível quando


em Mt. 18:18 Ele disse: “Em verdade eu vos digo: tudo o que ligardes na terra será
ligado nos céus, e tudo quanto desligares na terra será desligado nos céus”. “Ligar”
significa proibir, isto é, ensinar que uma coisa está errada. “Desligar” é permitir ,
sancionar, para ensinar que uma coisa é certa. Assim, Cristo prometeu sancionar no
céu o que os apóstolos ensinarassem na terra. João 20:22, 23 é da mesma importância.

No Novo Testamento temos esta revelação que Cristo deu por meio do Seu corpo
infalível de mestres. Os poucos livros não escritos pelos apóstolos receberam o seu
lugar no cânon, evidentemente, porque os apóstolos os aprovaram. De qualquer
maneira, o seu ensino é o mesmo como o dos demais livros do cânon.

O Novo Testamento veio á existência da mesma maneia que o Velho, isto é, o cânon
foi determinado pelo consenso de opinião da parte do próprio povo de Deus. O fato
que Deus deu e conservou uma revelação infalível da velha dispensação prova que
Ele fez o mesmo com referência ao novo.

A tese católica romana que aceitamos nossa Bíblia com a sua autoridade é
esplendidamente nula e eloquentemente vã. O cânon da Bíblia inteira foi estabelicida
antes que houvesse uma coisa como a Igreja Católica Romana. (Veja o capítulo sobre
“A Doutrina da Igreja para uma discussão sobre sua origem.) Se aceitássemos a nossa
Bíblia na autoridade da Igreja Católica Romana, então devemos aceitar os livros
apócrifos que foram adicionados, juntamente com sua tradução deturpada deles .
Além disso, nesse caso, devemos aceitar as suas tradições vãs. As decisões dos
concílios da Igreja são considerados de valor para nós apenas como eles são aceitos
como evidência histórica rumo para o consenso de opinião entre os verdadeiros santos
de Deus e como expressar a verdade que é confirmado por outras evidências.

IV. É a Bíblia suficiente e a ultima revelação de Deus?

A suficiência e o término da Bíblia são rejeitadas hoje pelos católicos romanos em


favor da “tradição”, e os devotos da neo-ortodoxia em favor de uma revelação
contínua. A base da disputa Católica Romana para a autoridade da tradição é a idéia
de que o clero católico romano são sucessores dos apóstolos. Esta é uma invenção da
imaginação pervertida.
Nem Jesus nem os apóstolos davam o menor indício sobre um sucessor apostólico,
com exceção de Judas, e era necessário que ele seja aquele que tinha convivido com
eles desde o batismo de João. Veja Atos 1:21,22. Tradição católica romana, não
apenas suplementam a Bíblia, mas também a contradizem. Eles surgiram da mesma
maneira que as tradições judaicas, e, hoje eles estão na mesma relação com a
verdadeira Palavra de Deus. Assim, a condenação de Jesus é tambem aplicável a eles
como a tradição judaica – “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra
com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15:8,9).

Paulo claramente indicou que o plano de Deus era para dar ao homem uma revelação
escrita completa assim “para que o homem de Deus, seja perfeito, e perfeitamente
instruido para toda a boa obra” (2 Tm. 3:17)

A idéia moderna da “autoridade do Espírito”, que é realmente a autoridade da razão


humana, como dando revelação contínua, é igualmente inútil. Devemos voltar a
Cristo como nossa única autoridade de confiança, e Cristo não deu nenhuma promessa
de ensinamentos autorizados além dos apóstolos. Essa idéia não será adotada por
ninguém, exceto os modernistas ou aqueles grandemente afetados pelo modernismo.
Aqueles que aceitam essa idéia serão encontrados de forma aberta ou na pratica
negando a inspiração da Bíblia. Nós não nos importamos com suas noções nebulosas.
Elas são tão frágeis que elas entram em colapso sob seu próprio peso. O Novo
Testamento é manifestamente completo, suficiente e final.

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