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CONCEITO
Plano diretor de uma cidade nada mais é que um instrumento da política urbana
legislado por nosso ordenamento jurídico de 1988, no qual define como sendo um
“instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana”, que se
encontra regulamento por Lei Federal n° 10.257/01, na qual é intitulada como Estatuto
da Cidade.
Através do Estatuto da Cidade, prefeitos, prefeituras e cidadãos podem construir
de forma democrática um planejamento urbano para o seu município. Para que o Plano
Diretor ocorra, este deve ser debatido e aprovado pela Câmara de Vereadores e
sancionado pelo prefeito do munícipio. Tendo o Plano Diretor aprovado pelo prefeito,
esta passa a ser Lei Municipal, que nada mais é que um acordo firmado entre os cidadãos
e os poderes Executivo e Legislativo.
A Constituição Federal delega aos municípios por meio da Lei Federal, que por
intermédio do plano diretor o prefeito tem a obrigação de objetivar a função social da
propriedade, limitar e fiscalizar as áreas subutilizadas. Tendo a necessidade de
desapropriação, este deve ocorrer com o pagamento de títulos e cobrança de IPTU
progressivo no tempo.
Nosso Código Florestal define que um plano diretor é uma condição essencial para
uma possível autorização da supressão de vegetação em área de preservação permanente
(art. 4°, §2°), ou seja, deve estar estabelecido em um plano diretor (art. 2°, Parágrafo
único). Paralelamente, a Lei de Parcelamento do Solo Urbano define o plano diretor como
índices relativos a dimensões de lotes, definição de zonas urbanas de expansão e de
urbanização específica e a previsão da densidade de ocupação.
Ou seja, como define o professor Flávio Villaça, da USP, sobre o que é um plano
diretor:
Vale salientar que somente do ano de 2004 o nosso plano diretor passou a ser
elaborado conforme as diretrizes da Lei 10.257/2001 o Estatuto das Cidades. No ano de
2012 foi solicitado ao município por intermédio da câmara municipal uma nova revisão
para atualizar nosso plano diretor em relação a nova legislação de saneamento,
planejamento urbano, edificações, uso e parcelamento do solo.
Podemos concluir sobre uma ótica da cidade que atualmente as políticas públicas
de Chapecó não estão de fato promovendo nosso plano diretor. Desde 2014, a cidade teve
grande expansão territorial decorrente da implantação de empresas e a migração de
pessoas para o município. Porém, ainda muito falta a se fazer para atingirmos uma
organização democrática e de qualidade para todas as classes sociais em nosso município.
Fontes:
Prefeitura Municipal de Chapecó. Informações estatísticas do município de Chapecó. Fonte:
http://www.chapeco.sc.gov.br/prefeitura0/arquivos/BancoDadosCompleto0104 2011.pdf Acesso
em 28 março 2018.