You are on page 1of 10

Aula 2: a definição do tema, o

problema e a justificativa da
pesquisa

O quê pretendo estudar? O quê me preocupa? O


que estou procurando?Qual a questão que precisa
ser respondida?
Desta forma desenho o meu problema de estudo!
É o primeiro passo e consiste em determinar
exatamente o que se espera do projeto. Qual é o
verdadeiro problema?

2.1 O primeiro passo: a delimitação do tema

A escolha do tema é a primeira atividade que nos deparamos quando nos introduzimos
no campo da investigação científica. Trata-se de uma tarefa importante e fundamental
para o sucesso do trabalho que pretendemos empreender. O tema de uma pesquisa nos
remete a uma área de interesse a ser problematizada. Esta não é uma atividade tão
simples, ela requer cuidados no sentido de delimitação da temática a ser investigada.

A título de ilustração podemos e exemplificar a possibilidade de estudo retratada na


questão da “formação de professores”. Note que neste caso estamos nos referindo ao
tema de interesse. Mas para a realização de uma pesquisa é necessário delimitar o
estudo de modo a efetivar um “recorte” mais preciso sobre o tema. Assim, precisamos
nos indagar: o que da formação de professores me interessa estudar? È a formação
inicial dos professores? È a formação continuada? São os cursos de licenciatura? É o
curso de Pedagogia? È o currículo dos cursos de formação de professores? São as
políticas públicas definidas para a formação dos professores? É a formação de
professores da educação básica ou do ensino superior?

Observe que a partir dos questionamentos formulados podermos individualizar e


especificar o tema, de modo a precisar melhor o que de fato será investigado.

Para facilitar a delimitação de sua temática, atente-se para as recomendações de Preti


(2000, p. 20):

 Escolha um assunto de seu interesse, pelo qual sente paixão, entusiasmo


e motivação, pois isso é fator decisivo no sucesso do trabalho! Não o
escolha por achá-lo “fácil”, mas, sim, por despertar seu interesse.
 Verifique a disponibilidade de tempo para dar conta do assunto no
tempo previsto, segundo as exigências formais (tipo de trabalho,
quantidade de páginas) e materiais (prazos, custos) impostos. Senão
será surpreendida!

1
 Verifique suas condições intelectuais. Você deve propor um assunto que
esteja ao alcance de sua capacidade e ao nível de seus conhecimentos.
Não se aventure em águas “nunca dantes navegadas”. O perigo de
naufrágio é grande!
 Verifique se você tem acesso à bibliografia referente ao assunto
escolhido. Para tal, consulte obras de referência, catálogos
bibliográficos ou a bibliografia indicada, sugerida pelos autores das
obras, por professores, orientadores, etc. caso não encontre bibliografia
suficiente à sua mão, escolha outro assunto.

2.2 Problema (o quê): busca minuciosa... averiguação da realidade

Um projeto busca resposta concreta a um problema. Além disso, deve ser a resposta
mais factível, ou seja, que se pode realizar a um problema claramente
identificado.

A definição do problema estabelece a situação que se quer mudar; deve ser clara,
concisa e compreensível para que todos a entendam bem. A definição responde
às perguntas: O quê? De que magnitude? Quem está afetado? Onde?

Às vezes se considera como problema o que realmente são sintomas, resultados ou


conseqüências dos fatores que causam o problema. Por exemplo: Poderia ser
dito que o principal problema do bairro Cutuí é a verminose e altas taxas de
mortalidade infantil. No entanto, isto se apresenta como resultados,
conseqüências,... O problema poderia ser a água não tratada, a falta de acesso à
informação e aos serviços de saúde...etc.. A carência de água potável pode ser
um problema; ou a água potável existir, mas o problema ser a não distribuição
ou o não acesso da população à água. Assim, deve-se estar seguro de que o
verdadeiro problema parte de fatos; econômicos, políticos e sociais. Essa análise
deve incluir, no geral, um quadro da "História do problema", as condições que o
rodeiam e as opiniões das pessoas afetadas pelo mesmo.

Todo fato ou problema deve ser fundamentado em dados concretos, CONFIÁVEIS e


que possam ser, de alguma forma analisados e verificados. A apresentação do
problema não pode estar baseada apenas em opiniões. Não devo considerar
como problema a alta prevalência de portadores de deficiências físicas em uma
região, baseado unicamente na impressão que colhi ao identificar
simultaneamente três indivíduos utilizando aparelhos; ou porque acabou de se
instalar uma indústria que produz cadeiras de rodas no município.

"Formular um problema consiste em dizer, de


maneira explícita, compreensível e operacional,
qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e
que pretendemos resolver”
(RÚDIO, 1983 p. 75).

2
Para identificar bem o problema e a solução que se propõe
e antes de se decidir em ir adiante, deve-se responder a uma
série de perguntas que nos ajudarão a não duplicar
esforços, a não atacar os sintomas em lugar das causas do
problema, a não criar expectativas que não se pode
satisfazer...

Dicas dos pesquisadores:

1) O problema deve ser formulado como uma pergunta: é a maneira mais fácil e direta
de ser formulado e facilita a sua identificação por parte de quem consulta o projeto
ou o relatório de pesquisa.

2) O problema deve ser claro e preciso: não vamos conseguir solucioná-lo se não o
apresentamos de maneira clara. Pense: você deve formular uma pergunta que possa
ter resposta! E cuidado também com os termos que usar, devem ser precisos e não
deixarem margem para duplas interpretações. Algumas vezes vamos precisar lançar
mão de definições operacionais para que o problema que apresentamos não fique
confuso.

3) O problema quase sempre se revela empiricamente: evidencia-se através de fatos


empíricos, reais e não devem submeter-se somente aos sentimentos pessoais do
pesquisador, que às vezes quer afirmar as suas crenças e valores, mesmo quando a
realidade está desmentindo preconceitos e crenças. Exemplo: estudos de
pesquisadores racistas que queriam provar a suposta “superioridade racial do
homem branco”.

4) O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável: é só você pensar em quais
os meios para a investigação que dispõe. Será que o seu problema poderá ser
investigado com o que tem disponível?

5) Procure colocar na elaboração do problema (a pergunta) as principais variáveis que


irá investigar. Salário, escolaridade, gravidez, trabalho, ocupação, taxa de
analfabetismo...etc..

3
4
Muitas vezes temos um tema, mas não chegamos ao problema porque perdemos os
contornos do que estamos de fato buscando.

Exemplo:

Tema: O abandono do idoso.

É amplo, embora enfoque um tema bem específico. Na verdade não esclarece sobre o
que estarei estudando. Há muito que explorar sobre este tema:
... O abandono do idoso pela família, no lar?
... O esquecimento do idoso asilado?
... O idoso de rua?
... O abandono do idoso inválido?

Mas se queremos definir um problema de estudo, algo para pesquisar, precisamos ter
definições claras. Um problema geralmente nos surge como uma questão. E é desta
forma que deveríamos anunciá-lo:

 O acesso do idoso aos Benefícios de Prestação Continuada é uma forma de


garantir direitos e prevenir o abandono?
 Qual a incidência de idosos de rua em Belém?

Agora que você já sabe como se elabora um problema de pesquisa, é importante avaliar
se o problema definido em seu projeto é exeqüível, ou seja, é viável e possível de ser
desenvolvido. Para tanto, sugerimos as questões a seguir que lhe auxiliarão nesta
reflexão.

1- O problema coincide com minhas expectativas e as expectativas dos outros?


2- Estou realmente interessado no problema e livre de preconceitos muito fortes?
3- tenho, ou posso adquirir, conhecimentos, destreza e capacidade para estudar o
problema?
4- tenho possibilidade de contar com os sujeitos e ou fontes de informações?
5- Tenho tempo e dinheiro suficiente para concluir a pesquisa?
6- Posso obter apoio administrativo e técnico durante a realização da pesquisa?
7- O tema está delimitado, permitindo um tratamento exaustivo e significativo dos
dados disponíveis?
8- Se o tema já foi estudo, precisa ser trabalhado novamente?
9- Os instrumentos e técnicas utilizadas na pesquisa garantem conclusões confiáveis?

5
2.3 Justificativa (por quê?)

Por que estou interessado neste problema? Por que isso me


aguçou? Por que devo pesquisar sobre isso?
Respondendo a esta questão você estará formulando sua
justificativa!

Agora é a hora de utilizar informações estatísticas e estudos já produzidos por outras


pessoas sobre aquele tema (implica em consultas a estudos e levantamentos). Aliás,
começamos esta busca no início de nosso planejamento e vamos assim até acabar e,
quando pensarmos que acabamos, vamos verificar que já reiniciamos nova busca.

Muitas vezes ficamos assustados com a simples idéia de fazer consultas a outras fontes.
É trabalhoso sim. Mas como qualquer tarefa que nos propusermos, só será cumprida se
começarmos, não é?

Não há uma forma de fazer UMA PESQUISA sem estudo.


Por isso muitas vezes se transforma em uma tarefa muito agradável.
Porque é bom descobrir, entretanto fica difícil conhecer qualquer assunto
se você não se dispuser a estudar. Pense em um trabalhador do campo
em uma época distante, não mecanizada e que tem diante de si uma grande
área para preparar para o plantio. Ele só tem uma enxada e sua foice.
Então ele acorda cedo, come alguma coisa que lhe dê energia,
prepara uma marmita, veste sua roupa de trabalho,
coloca seu chapéu e está pronto para a lida.
Quando ele chega ao campo, sozinho, vai até uma de suas
extremidades e começa a roçar. Seguindo sempre em frente...
chega à outra extremidade e então volta no mesmo ritmo.
Ao encerrar o seu dia de trabalho, se ele não acabou a tarefa ele sabe
que amanhã pode continuar. Até chegar o dia em que aquele campo
estiver pronto para semear. É assim a nossa vida de estudante:
um trabalho onde estamos sempre preparando o campo,
semeando, colhendo...

2.3.1 Quais os elementos que podem constar em uma Justificativa?

Não há uma única maneira de se elaborar uma justificativa. O que apresentaremos a


seguir não deve ser encarado como uma “receita de bolo” ou uma “formula mágica” que
serve para qualquer situação. Trata-se apenas de sugestões para ajudar você nesses
primeiros passos que está dando no sentido de construir o seu projeto de pesquisa.
Lembre-se: a atividade de pesquisa requer criatividade, criticidade e fundamentação
teórica em sua formulação.

Na elaboração de uma justificativa é importante considerar algumas recomendações


gerais sobre sua elaboração:

6
a) Vivência pessoal do pesquisador em relação ao objeto de estudo (Relevância
Pessoal)1

Caso você inclua esse tópico na elaboração de sua justificativa, é importante informar
nos parágrafos introdutórios (dois ou três) como surgiu o seu interesse por essa
temática, qual o seu vínculo (pessoal, profissional) com esse fenômeno.

A seguir apresentaremos dois modelos de justificativas para que você possa identificar
qual dentre delas atende ao requisito da Relevância Pessoal em sua elaboração.

Exemplos:

“Este projeto de pesquisa pretende investigar os impactos do programa de Educação


Ambiental para o terminal Petroquímico de Miramar na comunidade em seu entorno
[...]. O interesse em realizar tal estudo vincula-se a minha participação na execução
deste projeto no período de um ano, na condição de bolsista, de Iniciação Científica do
Grupo de Estudos em educação, Cultura e Meio Ambiente da UFPA”. (Projeto de TCC
de aluna do Curso de Pedagogia da UFPA).

“Esta proposta de pesquisa pretende traçar algumas considerações acerca das


políticas de financiamento da educação, delimitando com recorte analítico o FUNDEF
– criado pelo governo brasileiro através da emenda Constitucional nº 14. O fundo
define-se como uma política de financiamento para o ensino Fundamental e traz em seu
bojo uma proposta de redistribuição dos recursos destinados à educação nacional.
Procuraremos neste estudo problematizar o processo de implantação do FUNDEF no
Estado do Pará” (projeto de pesquisa de aluna do curso de Especialização em
Educação e Problemas Regionais do ICED-UFPA).

b) Estudos anteriores já produzidos sobre a temática selecionada (Relevância


Teórica)

Após explicitar a experiência vivida em relação à temática selecionada para estudo, o


pesquisador deve informar quais os autores que já desenvolveram trabalhos correlatos
ao seu, de modo a indicar as lacunas que ainda precisam ser preenchidas nesse campo
temático. Para tento, conforme recomenda Inácio Filho (1995), faz-se necessário “situar
o estudo desse problema no contexto da área em pauta” (p. 54). Isso requer uma certa
atualização quanto ao ponto em que se encontram as pesquisas correlatas ao objeto de
estudo que você pretende investigar.

Para criar uma familiaridade com essas pesquisas, sugerimos que você proceda a um
levantamento bibliográfico de modo a localizar as principais referências teóricas
vigentes na área de conhecimentos ao qual o projeto está relacionado.

Veja alguns exemplos de como se referir, na justificativa, a estudos já produzidos sobre


uma determinada temática:

1
Não há consenso entre os metodólogos sobre a necessária inclusão da dimensão pessoal (experiência
vivida) na composição da justificativa. Esta forma de construção é mais comum em projetos da área de
Ciências Humanas e Educação. Portanto, sinta-se à vontade para incluir ou não essa dimensão em seu
projeto.

7
“O estudo proposto se propõe investigar as representações da violência nas escolas, de
modo a levantar o cenário de incertezas que o jovem está submetido em nossa
sociedade. De acordo com pesquisas que investigam essa problemática (ABRAMOVAY,
2005; DEDARBIEUX, 2002 & UNESCO, 2004) é na faixa etária entre 15 a 24 anos,
aliada a situação de vulnerabilidade social, que a prática ou vitimização a violência
ganham proporções mais evidentes” (Projeto de TCC de aluna do Curso de Pedagogia
da UFPA).

“A avaliação da aprendizagem é uma temática relevante de ser discutida uma vez que a
integrada uma das dimensões da prática docente. Vários autores têm discutido a
temática da avaliação escolar. Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da
aprendizagem é um processo mediador na construção do currículo e se encontra
intimamente ligado à gestão da aprendizagem dos alunos”. (Projeto de Iniciação
Científica de aluno da UFPA).

c) Contribuições que o estudo pretende oportunizar (Relevância Social)

Para finalizar sua justificativa, inclua um ou dos parágrafos que indique as possíveis
contribuições teóricas e ou práticas que o seu trabalho, depois de concluído, possa trazer
ao campo de conhecimento selecionado. Verifique a sugestão de redação no exemplo a
seguir:

“Acreditamos que a relevância social deste estudo está em não só possibilitar aos
alunos e aos alunos e profissionais da educação o acesso a conhecimentos relativos ao
financiamento da educação para o ensino fundamental, como também contribuir para o
despertar de uma atitude de enfrentamento e de comprometimento social que nos leve a
exigir das autoridades responsáveis pela arrecadação e distribuição da verba pública
para a educação um maior controle, detalhamento e transparência na utilização desses
recursos” (Projeto de monografia de aluna do curso de especialização em problemas
regional do ICED).

2.4 Fazendo a revisão bibliográfica

Muito bem, estamos avançando passo a passo conforme combinamos no início. Vamos
dar mais um passo. Trataremos sobre a manifestação da literatura. Pode dar-lhe o nome
de “Referencial Teórico”, ou “Indicações Analíticas” ou “Estado da Arte” ou outro
título, contanto que você demonstre que consultou e estudou outras fontes a respeito do
assunto, ou seja, você não pode fazer este item sem leitura prévia, para ver as
manifestações teóricas sobre o problema. Você deve citar todas as fontes consultadas e,
quando extrair partes importantes de outros autores, você deve coloca-las entre aspas,
citando o autor. É uma espécie de revisão bibliográfica. Neste item você talvez
identifique divergências teóricas a respeito do problema e naturalmente você vai se
identificar com uma das posições e adotar as formulações que lhe parecem mais
adequadas.

8
As etapas anteriores necessitam de um arcabouço teórico para fundamentar o projeto.
Os itens que se seguem irão auxiliar você a compreender com elaborar uma revisão
bibliográfica.

a) Você já definiu o quê quer investigar?

Lembre-se, o problema previamente definido será o seu norteador! Se você não tiver
feito uma limitação, sua busca será muito ampla e vai desanimá-lo logo na saída.
Vamos imaginar que quer estudar os “Óbices à produção da mandioca”. Como
poderia delimitar o tema? “Óbices à produção da mandioca em algum
município?”, “Dificuldades do acesso à terra para produção da mandioca em
Capitão Poço”? Dessa forma você limitará sua pesquisa. A escolha do
município, do bairro ou da localidade pode ser um caminho. Selecionar apenas
um aspecto da questão também pode ser outro. Por exemplo, “Dificuldades do
acesso à terra na agricultura da mandioca em Capitão Poço” pode ser um ponto
de partida. Você pode definir algumas palavras-chave: TERRA, TRABALHO,
PRODUÇÃO. Através dessas palavras-chaves você inicia sua busca.

Após a definição, a busca da referência pode ser na biblioteca mais perto ou mesmo em
uma sala de estudo do seu departamento, ou na Internet. Dê preferência aos arquivos
(banco de dados) que classificam o acervo por assunto. Busque, através das palavras-
chave, OS ARTIGOS, LIVROS, RECORTES, que possam fazer parte do seu material.

Depois de ter escolhido algumas fontes bibliográficas (cinco ou mais), vá direto ao


texto. Isso mesmo: hora de estudar! Leia o que conseguiu para ver se corresponde ao
que esperava. Uma dica: se você começar pelos resumos pode poupar tempo. Reserve
para ler o artigo todo somente quando o resumo lhe indicar que o conteúdo corresponde
ao que lhe interessa.

Por meio dessa primeira busca você pode ir alcançando outros. Utilize as referências
bibliográficas do seu primeiro material. E escolha, dentre elas, aquelas que podem levá-
lo a conhecer melhor o assunto. Atenção: existem alguns artigos, em determinadas
áreas, que se tornam clássicos e você vai encontrar suas citações diversas vezes. Fique
atento: sinal que você precisa ter acesso urgentemente!

Outra forma de buscar material é por meio de alguns bancos de dados existentes como
LILAC’s, MEDLINE, REFMAN e outros. Em alguns casos o acesso a esses bancos é
franqueado e você utiliza livremente, desde que saiba como operar o equipamento. Em
algumas situações você solicita a uma bibliotecária e ela fará a busca. A partir dessa
busca você recebe uma listagem, impressa ou em disquete, de tudo o que foi encontrado
com suas palavras-chave. É hora de “limpar” esse material, veja o que realmente lhe
interessa e reserve o acesso ao artigo completo só para aqueles casos em que justificar
realmente. É hora de usar o bom-senso e economizar.

b) Como saber quando parar de procurar?

Depende dos seus objetivos.

9
Quando você está elaborando uma monografia não precisa pensar em esgotar o
assunto a nível mundial! Será suficiente que estude o que existe na atualidade, nos
principais centros e próximo de você.

No caso de uma dissertação de mestrado, vão lhe exigir que conheça um pouco mais
sobre o que se dispôs a estudar. Possivelmente esperam que você conheça o assunto em
todos os seus envolvimentos históricos e filosóficos.

Quando for uma tese de doutorado a exigência será maior. Afinal você está se
propondo a provar uma tese. Terá que fazer um esforço suficiente para conhecer o
máximo daquilo que estuda, em todos os tempos, todos os lugares possíveis, os
principais autores que falaram sobre o assunto, o que se diz na atualidade, enfim, quase
tudo. E nesse caso você vai saber quando parar de procurar se começar a aparecer coisas
repetidas, esse é um sinal que você está esgotando o assunto.

A seguir estão descritos alguns sites que você pode pesquisar sua referencia
bibliográfica?

www.bireme.br
www.cdc.gov
www.nlm.nih.gov
www.ibict.br

10

You might also like