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AS VESTES À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA

Porque muitos padres naã o usam mais falar contra a imodeé stia das modas, muitas pessoas,
sobretudo as mais novas, ficam pensando que as exigeê ncias da modeé stia saã o invençoã es dos
padres tradicionalistas. Por isso, quero tratar deste assunto baseado na Sagrada Escritura, que eé
a palavra de Deus.
1 – Deus Criou Adaã o e Eva no estado de inoceê ncia, sem a concupisceê ncia, isto eé , sem o
desregramento das paixoã es. Dai,
antes do pecado, Adaã o e Eva
estavam nus e naã o se
envergonhavam. Confira a Bíéblia
Sagrada: Gen. II, 25. E eles
conversam familiarmente com
Deus. Mas a partir do momento em
que pecaram, perderam a
inoceê ncia, começaram a ter
maldade e entaã o, tiveram vergonha
em se verem nus, e coseram folhas
de figueira e fizeram para si
cinturas. EÉ o que se leê na Sagrada
Escritura em Gen. III, 7. Foi o que
eles puderam conseguir naquele
momento apoé s o pecado. Mas embora assim cobertos na cintura, se julgaram ainda nus, tiveram
vergonha e se esconderam de Deus. Confira a Bíéblia Sagrada: Gen. III, 9 e 10. E notai que o
proé prio Deus naã o achou tambeé m suficiente esta veste sumaé ria. Eis o que diz a Bíéblia em Gen. III,
21: “Fez também o Senhor Deus a Adão e à sua mulher umas túnicas de peles e os vestiu“.
2 – Consideremos bem isto, porque eé uma açaã o do proé prio Deus. Quem ousaraé contestaé -la?! Se
veste fosse assim algo secundaé rio, Deus teria deixado a criteé rio de Adaã o e Eva. Considere-se
primeiramente, que Deus os vestiu assim com modeé stia, embora fossem esposos e os ué nicos
que existiam ateé entaã o sobre a terra. Neste particular entende-se a palavra de S. Paulo que
recomenda a modeé stia “porque Deus estaé perto”. Confira Filipenses IV, 5. A pessoa deve se vestir
com modeé stia naã o soé na igreja mas em toda parte. EÉ claro que na igreja exigir-se-aã o modeé stia e
decoro ainda maiores. Saã o Paulo diz: “Do mesmo modo orem também as mulheres em trajes
honestos, vestindo-se com modéstia e sobriedade“. Confira I Timoé teo, II, 9. Considere-se tambeé m
que Deus vestiu nossos primeiros pais com tué nicas. A tué nica, por sua proé pria natureza, eé uma
veste que satisfaz as exigeê ncias da modeé stia, porque oculta inteiramente o corpo naã o soé
enquanto o cobre, mas tambeé m enquanto naã o deixa transparecer a sua forma.
3 – Era tambeé m exigido por Deus a diferenciaçaã o entre o modo de se vestir dos homens e das
mulheres; tanto assim que Deus considera abominaé vel a mulher que se veste de homem e vice-
versa. EÉ o que diz a Bíéblia Sagrada em Deuteronoê mio, XXII, 5. Veê -se, portanto, que as vestes
unissex saã o condenadas por Deus na Sagrada Escritura. E a proé pria ordem natural exige que as
diferenças entre os sexos sejam manifestadas, de maneira digna e honesta, pelo modo diferente
de vestir, adequado a cada sexo.
Entre o povo fiel a Deus, procurando obedecer ao Seu preceito, desde os primeiros tempos,
procurou-se um feitio de tué nica para cada sexo, aleé m das vestes complementares que davam
naturalmente uma diferenciaçaã o maior. Haé , no entanto, testemunhos de que os pagaã os naã o
obedeciam a estas normas. Naã o conheciam o verdadeiro Deus e a sua Lei.
Os sacerdotes da Antiga Lei tambeé m usavam tué nicas cujo modelo era bem diferente e foi
indicado pelo proé prio Deus. Confira EÊ xodo, XXVIII, 31. Nosso Senhor Jesus Cristo tambeé m se
cobria com tué nica. Confira S. Joaã o, XIX, 23. Haé muitas outras passagens do Antigo e do Novo
Testamentos que mostra ser a tué nica usada entre o povo. Por exemplo: Gen. XXXVII, 32; S.
Mateus, V; Ats. IX, 39, etc.
4 – Algueé m diraé que estas vestes tiveram que ser trocadas por
outras diante das novas exigeê ncias da sociedade. Ateé concedemos
que assim possa ser, mas desde que se respeitem os dois princíépios
determinados por Deus na Sagrada Escritura atraveé s do exemplo
dado em relaçaã o a Adaã o e Eva e do preceito do Deuteronoê mio, XXII,
5 ou seja: 1º- que a roupa cubra realmente o corpo e naã o envolva
nenhuma indeceê ncia que venha trazer escaê ndalo para o proé ximo;
2º- que naã o haja travestimento, isto eé , que a mulher naã o se vista de
homens e vice-versa.
5 – Aleé m da primeira razaã o da deceê ncia para as vestes (= a presença
de Deus em toda parte, a concupisceê ncia proé pria e a vergonha
natural depois do pecado original), haé tambeé m uma outra razaã o que
diz respeito ao proé ximo. Como depois do pecado original passou a
existir no homem a concupisceê ncia da carne, dos olhos pelos quais
entram no coraçaã o os maus desejos, a lascíévia, os adulteé rios etc. as
vestes cobrindo direito o corpo se tornam necessaé rias tambeé m em relaçaã o ao proé ximo ou seja
para se evitar o escaê ndalo, isto eé , tropeço que leva as pessoas a cair no pecado. E neste
particular, indecente e condenaé vel eé naã o soé a veste que naã o cubra bem o corpo mas tambeé m
quando deixa transparecer a forma do corpo ou em razaã o de seu proé prio feitio ou por ser
ajustado. Roupa muito ajustada soé pode ter uma razaã o de ser: a maldade. Jesus Cristo deixou os
princíépios, os avisos, as regras da mal moral pelos quais os homens de todos os seé culos devem
guiar o seu modo de proceder. Segundo diz a Sagrada Escritura na Epíéstola aos Hebreus, XXII, 8
e 9: “Jesus Cristo é sempre o mesmo, ontem e hoje, e por todos os séculos“. E, por outro lado, os
homens, quando aà concupisceê ncia, saã o tambeé m sempre os mesmos. Daíé naã o pode ningueé m dizer
que os tempos mudaram e por isso as adverteê ncias de Jesus naã o teê m mais valor hoje.
Consideremos, entaã o, algumas destas adverteê ncias de Jesus. Jesus falou contra os escaê ndalos,
isto eé , as seduçoã es que levam os outros ao pecado: Disse Jesus: “Ai do mundo por causa dos
escândalos; porque é inevitável que sucedam escândalos; mas ai daquele por quem vem o
escândalo!“. Confira S. Mateus, XVIII, 7-9. Jesus advertiu igualmente: “Quem olhar para uma
mulher desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração“. Confira S. Mateus, V, 28. Agora,
quem eé que naã o reconhece que uma pessoa vestida menos decentemente eé causa destes maus
desejos e adulteé rios contra os quais fala Jesus acima? Quem naã o for fraco neste ponto atire a
primeira pedra.
6 – Algueé m poderaé dizer que naã o veê e naã o sente
maldade alguma em usar tal veste. Pode ateé ser
verdade agora porque jaé se acostumou no mal e
adquiriu o mau haé bito. Mas considere:
1º- que toda pessoa eé culpada quando naã o procura
eliminar o mau haé bito,
2º- que eé preciso olhar tambeé m o proé ximo. Donde,
se a veste naã o eé inteiramente decente eu tenho
obrigaçaã o de evitaé -la para naã o escandalizar talvez o
proé ximo e incorrer assim na censura de Jesus: “Ai
daquele por quem vem o escândalo“.
E veja bem que a Sagrada Escritura manda evitar
ateé uma coisa que de si naã o seria condenaé vel, mas
que fosse motivo de escaê ndalo para o irmaã o fraco
por quem morreu Jesus. Confira I Coríéntios, VIII, 13.
7 – E haé tambeé m o escaê ndalo das crianças que se sentem tentadas a imitar as mais velhas e
assim vaã o perdendo o recato, o pudor e a pureza jaé desde pequenas. Jesus advertiu: “É melhor
uma pessoa amarrar uma pedra de moinho ao pescoço e se lançar no fundo do mar do que
escandalizar uma criança“. Confira S. Mateus, XVIII, 6. Jaé imaginaram as contas que vaã o dar a
Deus as maã es que daã o este mau exemplo aà s suas Filhas!!! Os pais procurem, pois, seguir o
conselho que a Bíéblia Sagrada lhes daé em relaçaã o aos Filhos: “Tens Filhos? Ensina-os bem, e
acostuma-os às sujeição desde a sua infância. Tens Filhas? Conserva a pureza de seus corpos“.
Confira Eclesiaé stico VII, 25 e 26. Quantas maã es, no entanto, desculpam seus Filhos dizendo que
saã o jovens e devem aproveitar a mocidade. Estas ouçam o que diz a Sagrada Escritura:
“Regozija-te, pois, ó jovem na tua mocidade, e viva em alegria o teu coração na flor de teus anos,
segue as inclinações de teu coração e o que agrada aos teus olhos, mas sabe que Deus te chamará
a dar contas de todas estas coisas“. Confira Eclesiastes, XI, 9 e 10. Meditem, outrossim, nos
elogios que a Bíéblia faz aà castidade e pureza: “Oh! quão formosa é a geração pura com o seu
brilho!“. Confira Sab. IV, 1. “Graça sobre graça é a mulher santa e cheia de pudor. Todo preço é
nada em comparação de uma alma que pratica a castidade“. Confira Eclesiaé stico, XXVI, 19 e 20.
8 – CONCLUSAÃ O: A Sagrada Escritura e a Tradiçaã o saã o as duas bases soé lidas sobre as quais se
funda a Igreja de Nosso Jesus Cristo. Se algueé m naã o as aceita, entaã o, vai se basear em que? No
seu modo de pensar? Nas maé ximas do mundo? Mas quem age assim naã o eé de Jesus Cristo.
Nossa Senhora de Fátima, convertei os pecadores!

RESPONDENDO A ALGUMAS OBJEÇÕES:


1ª objeção: Vestes é uma questão secundária. O que importa é o coração.
RESPOSTA: Vimos jaé no primeiro folheto que Deus naã o pensou assim. Ele mesmo fez questaã o de
cobrir Adaã o e Eva com tué nicas depois que eles pecaram. Confira Gen. III, 21. Depois, na verdade,
noé s naã o dizemos que toda aquela que se veste de acordo com a virtude da modeé stia tem
forçosamente o coraçaã o bom e perfeito, e estaraé isenta de outras faltas. Em outras palavras, noé s
naã o queremos dizer que a modeé stia seja tudo o que a pessoa deve ser, mas eé uma das coisas
necessaé rias para se agradar a Deus e ateé eé uma das coisas pelas quais se pode conhecer a pessoa
segundo declara a proé pria Bíéblia no livro do Eclesiaé stico XIX, 27: “A Veste do corpo, o riso dos
dentes e o andar do homem, dão a conhecer o que ele é“. Vimos no primeiro folheto que a
modeé stia eé exigida por Deus na Sagrada Escritura e eé com a convicçaã o de coraçaã o no sentido de
agradar mais a Deus e com empenho de fazer sempre o que estaé mais de acordo com a Sua
vontade, que a pessoa deve se vestir com modeé stia. O que importa eé o coraçaã o reto que procura
fazer o que Deus manda.
2ª objeção: Este negócio de vestes é relativo. Hoje,
vestes que antes eram proibidas são permitidas e
não impressionam mais.
RESPOSTA: Diz a Bíéblia
Sagrada: “Os olhos não
se fartam de ver“.
Confira Eclesiastes, I, 8.
EÉ a concupisceê ncia dos
olhos de que faz
mençaã o o livro do
profeta Ezequiel, XXIII,
14-16. Esta
concupisceê ncia dos
olhos leva a pessoa a
procurar ver sempre o
pior. Assim, a veste desde que começa a ser menos
decente, vai provocando desejos mais perversos. E a
sensualidade embora encontrando o que deseja, nunca se
satisfaz. Daíé, de um lado, se compreende porque o mundo
tende sempre a uma maior imodeé stia nas modas. E, por outro lado, entende-se porque a Igreja
sempre lutou por uma maior modeé stia nos trajes. E antigamente exigia-se ateé mais do que o
míénimo para impedir que as vestes fossem piorando sempre mais. E a medida que o
progressismo foi dando liberdade, a coisa foi soé piorando e vai piorar mais se todos os padres
da Igreja naã o voltarem a combater a imodeé stia como a Igreja sempre fez. Dizem que tudo eé
natural. Mas pelos frutos se conhece a aé rvore. O que noé s estamos vendo eé uma sociedade cada
vez mais entregue aos pecados da carne. EÉ o desprezo completo pelos mandamentos de Deus,
que, no entanto, continuam e continuaraã o de peé . EÉ o que diz o Salmo 110, 8: “Todos os seus
mandamentos (Senhor) são imutáveis, confirmados em todos os séculos, fundamos na verdade e
na equidade“.
3ª objeção: Mas é muito difícil seguir estas normas da modéstia. Impondo-as, vai ficar um
número muito pequeno na Igreja.
RESPOSTA: Quanto a ser difíécil noé s naã o negamos. Jesus mesmo jaé dissera: “O reino dos céus
padece violência e só os violentos é que o arrebatam“. Confira S. Mateus XI, 12. Quanto a ser um
nué mero pequeno o daqueles que seguem as normas da modeé stia, noé s devemos primeiramente
observar que: se os padres progressistas, baseados na Sagrada Escritura e na Tradiçaã o da Igreja,
ensinassem isso (= a modeé stia), os fieé is se convenceriam melhor e o nué mero seria maior
embora continuasse a ser minoria em relaçaã o aos maus. Nosso Senhor Jesus Cristo jaé disse:
“Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e
muitos são os que entram por ela. Quão estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à
vida“. Confira S. Joaã o, XIV, 6. Compreende-se que o caminho do ceé u eé estreito quando se pensa
naquela palavra de S. Paulo na epíéstola aos Gaé latas, V, 24: “Aqueles que são de Jesus Cristo
crucificaram a sua carne com os seus vícios e concupiscências“.
A Histoé ria Sagrada confirma o que acabamos de dizer sobre o pequeno nué mero: Quando Deus
destruiu a humanidade pelo dilué vio soé oito pessoas se encontraram fieé is a Deus e se salvaram. O
resto se entregou aos pecados da carne. Confira a Bíéblia Sagrada: Geê nesis, Capíétulos VI e VII.
Quando Deus destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra soé quatro pessoas se salvaram porque
soé elas naã o tinham se contaminado pela impureza. Leia na Sagrada Escritura o capíétulo XIX do
livro de Geê nesis.
4ª objeção: Mas Deus é pai e não vai exigir tanto sacrifício e nem vai castigar alguém por
seguir a moda.
RESPOSTA: Jaé vimos pela Sagrada Escritura, que Deus condena a moda que naã o seja conforme a
deceê ncia. Vimos tambeé m na Bíéblia Sagrada como
Deus castigou vaé rias vezes os homens por causa dos
pecados da carne. E S. Pedro diz que estes castigos
foram para servir de exemplo aqueles que venham
viver tambeé m impiamente segundo a imunda
concupisceê ncia. Confira 2ª Epíéstola de S. Pedro, II, 4-
10. Vimos igualmente como aqueles que desejarem
ser de Jesus Cristo teê m que renunciar a si mesmos,
aos seus víécios e concupisceê ncias. Conf. Gal. V, 24.
Porque Deus eé Pai bondoso e paciente eu naã o vou
ofendeê -lo, mas pelo contraé rio, deve procurar a Sua
vontade e segui-la. “Quem me ama, disse Jesus,
guarda os meus mandamentos”. “Quem é meu amigo
procura fazer o que eu mando“. Confira S. Joaã o XIV, 15 e XV, 14.
Os que querem seguir esta mentalidade progressista (= de que Deus eé pai e naã o castiga ningueé m
e por isso posso fazer o que quero), ouçam o que diz a Bíéblia Sagrada em Eclesiaé stico, V, 2 a 9:
“Não te abandones na tua fortaleza, aos maus desejos de teu coração; e não digas: Como sou
poderoso! Quem poderá obrigar-me a dar-lhe conta das minhas ações? Porque Deus certamente se
vingará deles. Não digas: Eu pequei e que mal me veio daí? Porque o Altíssimo, ainda que paciente,
é justiceiro. Não estejas sem temor da ofensa que te foi perdoada, e não amontoes pecados sobre
pecados. E não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele se compadecerá da multidão dos
meus pecados. Porque a sua misericórdia e a sua ira estão perto uma da outra, e ele olha para os
pecadores na sua ira; Não terdes em te converter ao Senhor, e não o difiras de dia para dia porque
virá de improviso a sua ira“. Confira tambeé m Rom. II, 4: “Ou desprezaste as riquezas da sua
bondade e paciência e longanimidade? Ignoras que a bondade de Deus te convida à penitência?“.
5ª objeção: Mas, se a gente não seguir a moda, as pessoas do mundo zombam e chamam a
gente de atrasada, cafona, etc.
RESPOSTA: Naã o podemos ser do mundo porque a Sagrada Escritura diz a todas as classes de
pessoas: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo“. Confira I, S. Joaã o, II, 15. Quanto ao
fato de o mundo zombar daqueles que seguem a Jesus, isto
sempre existiu. Jesus mesmo disse: Porque naã o sois do mundo, o
mundo vos aborrece. “Aqueles que, querem viver piamente em
Jesus Cristo, sofrerão perseguição“. Confira II Tim. III, 12. Jaé os
Apoé stolos pela pregaçaã o da feé , e os cristaã os por permanecerem
firmes nesta feé , foram objeto de zombarias e de toda espeé cie de
sofrimentos. Confira Atos, XVII, 32 a 34. Hebreus, XI, 36 a 40, I
Pedro IV, 4. Medite, no entanto, o que diz Jesus Cristo em S.
Marcos VII, 38: “No meio desta geração adúltera e pecadora,
quem se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o
Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de
seu Pai com os santos anjos“.
6ª objeção: Mas a Igreja tem que seguir o progresso; se
adaptar aos novos tempos; não pode ficar parada no tempo
e no espaço.
RESPOSTA: Esta objeçaã o faz parte da doutrina modernista hoje
praticada pelos progressistas mas jaé condenada anteriormente por Saã o Paio X.
A Igreja deve levar os homens ao progresso no bem. Isto sim. Porque Jesus fez a Igreja para ser o
sal da terra e a luz do mundo. Para a religiaã o ser verdadeira e ter firmeza, a quem se deve
seguir? A Jesus ou aos homens? EÉ claro que se deve seguir a Jesus. Eis o que diz S. Paulo:
“Porventura é aos homens que eu pretendo agradar? Se agradasse ainda aos homens não seria
servo de Cristo“. Confira Gal. I, 10. Diz ainda a Sagrada Escritura: “Jesus Cristo é sempre o mesmo,
ontem e hoje e o será por todos os séculos. Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas “.
Confira Hebreus XIII, 8 e 9.
Nossa Senhora revelou a Jacinta, vidente de Fátima: “Vão aparecer modas que ofenderão
muito o meu divino Filho“.
Pe. Elcio Murucci
A CORRUPÇÃO DA MORAL ATRAVÉS DA MODA IMODESTA
Traduzido e adaptado por Andrea Patríécia
“A religião não teme a ponta da adaga, mas pode desaparecer sob a corrupção. Não vamos nos
cansar de corrupção: nós podemos usar um pretexto, como o esporte, a higiene, os recursos da
saúde. É necessário corromper, que nossos meninos e meninas
pratiquem o nudismo no vestir. Para evitar muita reação, deve-se
avançar de forma metódica: despir-se, em primeiro lugar até o
cotovelo e, depois, até os joelhos, depois braços e pernas
completamente a descoberto, mais tarde, a parte superior do tórax,
ombros, etc., etc.”
International Review of Freemasonry (Revista Internacional de
Maçonaria), 1928
Uma ex-apresentadora de boletins meteoroloé gicos no canal do
tempo, modelo, atriz e Miss Michigan National Teen-Ager, Colleen
Hammond viveu o sonho americano e descobriu que isso eé um
pesadelo. Enquanto trabalhava na televisaã o, ela voltou aà feé catoé lica. No momento em que seu
primeiro filho nasceu, Colleen “viu a luz” e abandonou sua carreira de grande sucesso na
televisaã o para se tornar dona-de-casa e maã e, agora vivendo com o marido e seus quatro filhos
no norte do Texas.
Em 2004 a Sra. Colleen Hammond escreveu um livro intitulado “Dressing With Dignity”
(vestindo-se com dignidade), que se tornou um best-seller instantaê neo. Este inovador livro
desafia a moda de hoje e fornece as informaçoã es que voceê precisa para se proteger e proteger
seus amados da investida do mau gosto do vestuaé rio imodesto.
Noé s publicamos aqui excertos do Capíétulo IV do presente livro, “Desenhos Contra a Modeé stia e
Reaçaã o Catoé lica”, que fala sobre as forças por traé s da revoluçaã o da moda feminina no seé culo 20:
Quando voceê olha em volta para a sociedade de hoje, voceê naã o pode deixar de notar a
desintegraçaã o da moral e dos valores. E noé s sabemos que as coisas naã o acontecem por acaso,
portanto, naã o seria razoaé vel pensar que os estilos de vestuaé rio decaíéram tanto e taã o raé pido
apenas por acaso.
A maioria de noé s jaé ouviu que a maior fraude de Satanaé s eé convencer as pessoas de que ele naã o
existe. Ele tem estado muito ocupado, especialmente desde os anos 1800, trabalhando nos
bastidores para opor-se a tudo que eé belo, sagrado e santo. Um dos grupos humanos que ele tem
usado para esta oposiçaã o tem sido a Maçonaria.
Aqueles envolvidos com a Illuminati (uma sociedade secreta dentro das lojas maçoê nicas)
foram doutrinados com um amargo anti-catolicismo. A Enciclopédia se tornou a “bíéblia” do
Iluminismo, a Maçonaria proveu os rituais e a hierarquia, com a Igreja Catoé lica sendo a inimiga.
Em 1738, o Papa Clemente XII emitiu sua bula papal In Eminenti, condenando a Maçonaria e
dando muitas razoã es, incluindo “juramentos de sigilo e de fidelidade aà Maçonaria.” Ele proibiu
severamente os catoé licos a aderir sociedades maçoê nicas, ameaçando uma excomunhaã o contra
aqueles ainda “favoraé veis” a estas sociedades.
Em 1825, o Papa Leaã o XII lamentou o fato de que os governos naã o tinham prestado atençaã o aos
decretos papais contra a Maçonaria, e que, portanto, a Maçonaria engendrou seitas ainda mais
perigosas.
Papa Pio VIII escreveu sobre os maçons na sua Encíéclica Traditi (1829): “A lei deles eé mentira,
seu deus eé o diabo, e seu culto eé torpeza”.
Papa Gregoé rio XVI escreveu na Mirari Vos (1832): “O mal sai das sociedades secretas, abismo
sem fundo da miseé ria, que essas sociedades conspiratoé rias teê m cavado e em que as heresias e
seitas teê m, como pode ser dito, vomitado como numa privada toda a sua licenciosidade,
sacrileé gio e blasfeê mia.”
Mais tarde, na Humanum Genus (1884), o Papa Leaã o XIII afirmaria que alguns maçons “teê m
simplesmente determinado e proposto que, engenhosamente e de propoé sito estabelecido, a
multidaã o deveria ser saciada com uma licença ilimitada de víécios, como quando isso fosse feito,
ela iria facilmente cair sob seu poder e autoridade para quaisquer atos de ousadia.”
Na verdade, a Igreja Catoé lica tem sido taã o inflexíével em sua posiçaã o contra a Maçonaria que o
Caê non 1374 do novo Coé digo de Direito Canoê nico (1983) estipula: “Aquele que ingressa numa
associaçaã o que trama contra a Igreja seja punido com justa pena; quem promove ou preside tal
associaçaã o, no entanto, deve ser punido com uma interdiçaã o.” O Vaticano, em seguida, reafirmou
que “os fieé is que pertencem aà s associaçoã es maçoê nicas estaã o em estado de pecado grave e naã o
podem receber a Sagrada Comunhaã o”.
Mas vamos voltar ao iníécio de 1800.
Os “maçons iluminados” eram claros e sem reservas no seu desejo de destruir a Igreja Catoé lica.
Seu objetivo era destruir o cristianismo, mas eles admitiam que este naã o poderia ser arruinado
pelo lado de fora. Eles tiveram que fazer um duplo ataque.
O fundador dos Illuminati, Adam Weishaupt, tinha formulado uma parte da estrateé gia no final
de 1700: “Vamos infiltrar aquele lugar [o Vaticano], e uma vez laé dentro, noé s nunca sairemos.
Noé s vamos abrir um buraco por dentro ateé que nada mais reste senaã o uma concha vazia.”
Os maçons tinham por objetivo se infiltrar “nas sacristias, seminaé rios e mosteiros.” Mas seria
necessaé rio algum tempo para os maçons entrarem nas instituiçoã es catoé licas. Entaã o, eles tinham
outro plano. Tinha a ver com as mulheres.
“A fim de destruir o catolicismo, eé necessaé rio começar por suprimir a mulher… Mas jaé que noé s
naã o podemos suprimir a mulher, vamos corrompeê -las com a Igreja…” (Carta de Vindez para
Nubius, nomes de guerra de dois líéderes da Alta Vendita, a maior loja da Carbonari italiana, os
revolucionaé rios maçons, 9 de agosto de 1838.)
Os maçons aparentemente haviam entendido que as mulheres saã o as bué ssolas morais da
sociedade. A serpente sabia disso quando se aproximou de Eva. Mesmo Confué cio disse que a
mulher eé a raiz moral da sociedade e que a cultura soé vai se desenvolver na proporçaã o da força
moral de suas mulheres.
Assim como os maçons queriam infiltrar as ordens religiosas, tambeé m planejaram se infiltrar no
mundo da moda. Eles planejaram influenciar as tendeê ncias da moda e do estilo das mulheres e
crianças começando por envolver seu proé prio pessoal na indué stria da moda. Foi tambeé m o
plano Illuminati para formar e controlar a opiniaã o pué blica atraveé s da míédia.
Por essa eé poca, Saã o Joaã o Bosco (1815-1888), que viveu em Turim, na Itaé lia, tambeé m combateu
contra as vaé rias forças do mundo. O Santo recebeu muitas visoã es na forma de sonhos. O
segmento principal de quase todos os sonhos era a importaê ncia de manter a inoceê ncia e pureza.
A Igreja Catoé lica sempre ensinou que todos os atos de impureza saã o pecados graves – todos
eles! Todo pensamento impuro ou ato impuro eé um pecado mortal (contanto que a pessoa
perceba que eé uma questaã o grave e faça isso de qualquer jeito). A triste realidade eé que hoje,
esses pecados graves saã o revestidos de açué car e agora incentivados como inocentes (e ateé
“saudaé veis”!) “fantasiar”. Imaginem o que Saã o Joaã o Bosco iria pensar se ele pudesse assistir
canais de uma televisaã o de hoje ou andar em um shopping durante o tempo quente!
O iníécio do seé culo 20 foi tambeé m um momento de grandes mudanças na moda feminina. Em
1910, o Arcebispo de Paris liderou uma campanha contra a moda das mulheres sem recato.
Pense sobre isso por um momento! O que as mulheres estavam usando em 1910 que era taã o
ruim?
Cinco anos depois, a Igreja lançou uma Diretiva Pastoral Geral afirmando que as mulheres
devem se vestir decentemente na Missa e que o padre pode recusar-lhes a entrada na Igreja se
elas naã o estiverem vestidas adequadamente.
O fato eé que, em comparaçaã o com as modas modestas de apenas uma deé cada ou duas antes
desta, as novas modas apresentaram uma tendeê ncia alarmante para a imodeé stia, que foi –
considerando todas as coisas, simplesmente inaceitaé vel. Visto da nossa perspectiva, haé que se
querer saber se os Papas estavam ou naã o a par do plano dos designers de moda para eles terem
soado o alarme sobre as novas modas taã o cedo, historicamente falando.
Imagine os estilos muito conservadores desse períéodo anterior ao das melindrosas dos anos 20
que viram saias curtas ateé os joelhos e vestidos sem mangas. Obviamente, a moda jaé estava
mudando drasticamente, e naã o para melhor.
Em 13 de maio de 1917, Nossa Senhora de Faé tima apareceu a treê s crianças em Portugal. Ela iria
aparecer no dia 13 dos proé ximos cinco meses e, mais tarde, dizer a uma das crianças, a Beata
Jacinta Marto, que “mais almas vaã o para o inferno por causa dos pecados da carne, do que por
qualquer outra razaã o”. Esta criança inocente podia naã o entender plenamente o que significava
“pecados da carne”, mas o Catecismo de Baltimore nos ensina que esses pecados saã o do aê mbito
do Sexto e Nono Mandamentos.
Nossa Senhora de Faé tima tambeé m disse que seriam introduzidas certas modas “que ofenderiam
muito Nosso Senhor”. Jacinta comentou mais tarde que as pessoas que servem a Deus naã o
devem seguir as tendeê ncias da moda atual. Jacinta tambeé m disse que a Igreja naã o tem modas e
que “Nosso Senhor eé sempre o mesmo”.
As calças apareceram nas passarelas da moda de Paris, em 1920. No ano seguinte, o Papa Bento
XV expressou seu choque por causa das mulheres que abraçam as tendeê ncias da moda atual e
estilos de dança. Ele escreveu: “Não se pode deplorar suficientemente a cegueira de tantas
mulheres de qualquer idade e posição. Feitas de bobas por um desejo de agradar, elas não vêem
em que medida a indecência de suas roupas choca a cada homem honesto e ofende a Deus. A
maioria delas ficaria enrubescida por causa deste tipo de vestuário, como por uma falta grave
contra a modéstia cristã. Agora não basta exibir-se em vias públicas, elas não temem cruzar o
limiar de igrejas, para assistir ao Santo Sacrifício da Missa, e até mesmo carregar o alimento
sedutor das paixões vergonhosas para a mesa eucarística, onde se recebe o Autor da Pureza
Celestial. E nem vamos falar das danças exóticas e bárbaras recentemente importadas para os
círculos da moda, uma mais chocante que a outra; não se pode imaginar nada mais adequado
para banir todos os resquícios de modéstia.” (Carta Encíéclica Sacra Propediem, 6 de janeiro de
1921.)
Na deé cada de 1920, os estilos de roupas femininas estavam tomando um visual radical e
revolucionaé rio. Pela primeira vez na histoé ria, as mulheres refinadas foram vistas vestindo
mangas acima do cotovelo e bainhas que rastejavam acima do joelho. Lembre-se da diretiva
Maçoê nica: “Primeiro despir-se ateé ao cotovelo e, depois, ateé os joelhos, depois braços e pernas
completamente descobertos, mais tarde, a parte superior do toé rax, os ombros, etc. etc.”
Em 1928, o Papa Pio XI, escreveu: “Haé um esquecimento triste da modeé stia cristaã ,
especialmente na vida e no vestuaé rio da mulher”. (Carta Encíéclica Redemptor Miserentissimus.)
Catoé licos mundanos e sociedade secular responderam dizendo que a modeé stia no vestir era
regulada por “costumes e estilos de tempo, lugar e circunstaê ncias.” Eles incentivaram as
mulheres a ignorar estas declaraçoã es da Igreja. Em vez disso, eles disseram, eé a sociedade e a
cultura que devem ditar o que eé modesto e apropriado.
Mas em suas publicaçoã es, os maçons tinham revelado o seu motivo e plano. EÉ doloroso repetir a
citaçaã o seguinte:
“A religiaã o naã o teme a ponta da adaga, mas pode desaparecer sob a corrupçaã o. Naã o vamos nos
cansar de corrupçaã o: noé s podemos usar um pretexto, como o desporto, a higiene, os recursos da
saué de. EÉ necessaé rio corromper, que nossos meninos e meninas pratiquem o nudismo no
vestuaé rio. Para evitar muita reaçaã o, se teria que avançar de forma metoé dica: primeiro despir-se
ateé ao cotovelo e, depois, ateé os joelhos, depois braços e pernas completamente descobertos,
mais tarde, a parte superior do toé rax, os ombros, etc. etc.” (International Review on
Freemasonry, 1928).
Se voceê olhar para as tendeê ncias da moda desde 1928, voceê pode ver que os estilos teê m seguido
muito de perto esta estrateé gia. Naquela eé poca, as roupas jaé estavam ateé os cotovelos e joelhos.
O ano de 1928 foi tambeé m o iníécio da Cruzada do Papa Pio XI Pela Modeé stia. Faz pensar que ele
pode ter sabido sobre o plano da Maçonaria. A Cruzada Pela Modeé stia começou com uma Carta
aos Bispos da Itaé lia (23 de agosto de 1928) e foi dirigida principalmente aà s escolas
administradas pelas irmaã s religiosas. Ele falou contra as modas indecentes “que prevalecem
hoje em detrimento da boa educaçaã o…”
Entaã o, em 12 de janeiro de 1930, a Sagrada Congregaçaã o do Concíélio (agora chamada de
Congregaçaã o para o Clero), por despacho do Papa Pio XI, emitiu uma Carta aos Bispos que
exortou os bispos, padres, freiras, professores, pais, etc. a insistir na modeé stia para os que estaã o
sob seu comando. O documento conclui com estas palavras:
“Donzelas e mulheres vestidas indecentemente estaã o impedidas de comungar e de atuar como
madrinhas nos sacramentos do Batismo e da Confirmaçaã o, ainda, se o delito for extremo, podem
mesmo ser proibidas de entrar na igreja.”
Instruçoã es detalhadas sobre a modeé stia no vestuaé rio das mulheres tinham sido emitidas em 24
de setembro de 1928, pelo Cardeal-Vigaé rio (Vigaé rio Geral), do Papa Pio XI, em Roma, o Cardeal
Basilio Pompili:
“Recordamos que um vestido naã o pode ser chamado de decente se eé cortado mais que a largura
de dois dedos sob a cova da garganta, se naã o cobre os braços pelo menos ateé os cotovelos, e se
mal chega ateé um pouco abaixo dos joelhos. Aleé m disso, os vestidos de materiais transparentes
saã o improé prios…”
O Papa Pio XII (1939-1958) continuou a Cruzada Pela Modeé stia durante seu pontificado. Numa
alocuçaã o de 22 de maio de 1941 para as meninas catoé licas durante a II Guerra Mundial, ele
pediu-lhes para naã o cair em modismos que tinham sido, ateé entaã o, usados somente por
“mulheres de virtude duvidosa.” Suas palavras saã o um lembrete de que a Igreja eé sempre
consciente da salvaçaã o das almas.
“O número de fiéis e mulheres piedosas… Aceitando seguir certas modas ousadas, quebram, pelo
seu exemplo, a resistência de muitas outras mulheres a tais modas, que poderão ser a causa da
ruína espiritual para elas. Enquanto estes estilos provocativos permanecem identificados com as
mulheres de virtude duvidosa, boas mulheres não se atrevem a segui-los, mas uma vez que estes
estilos são aceitos por mulheres de boa reputação, mulheres decentes logo seguem o seu exemplo,
e são arrastadas pela maré até um possível desastre.”
Os bispos canadenses continuaram na primavera de 1946, desta vez, advertindo os homens a
usar camisas em pué blico, mesmo na praia e para evitar calças apertadas.
Naquele veraã o de 1946, o primeiro biquíéni aportou orgulhosamente nas passarelas de Paris.
Coco Chanel (1883-1971) voltou aà cena fashion em 1954 e reintroduziu suas criaçoã es da deé cada
de 1930.
Naquele veraã o, o Papa Pio XII disse: “Agora, muitas meninas não vêem nada de errado em seguir
certos estilos desavergonhados, assim como muitas ovelhas. Elas certamente enrubesceriam se
pudessem adivinhar a impressão que elas causam e os sentimentos que despertam em quem as
vê”. (Alocuçaã o aà s Filhas de Maria Imaculada, 17 de julho de 1954.)
O Papa Pio XII advertiu as mulheres que, se determinados estilos eram uma ocasiaã o de pecado
para os outros, era o seu dever naã o usaé -los. Ele tambeé m alertou as maã es para ter certeza que
seus filhos estavam vestidos com modeé stia. Sua admoestaçaã o atemporal soa como se pudesse
ter sido escrita hoje!
“O bem da nossa alma é mais importante do que o nosso corpo, e nós temos que preferir o bem-
estar espiritual de nosso próximo ao nosso conforto corporal… Se certo tipo de vestimenta
constitui uma ocasião grave e imediata de pecado, e põe em perigo a salvação de sua alma e de
outros, é seu dever desistir de usá-lo…
“Ó mães cristãs, se vocês soubessem o que um futuro de ansiedades e perigos, de dúvidas
depressivas, de mal suprimida vergonha vocês preparam para seus filhos e filhas, deixando-os
imprudentemente acostumados a viver escassamente vestidos e fazê-los perder o senso de pudor,
vocês teriam vergonha, e temeriam o dano que vocês estão causando a vocês mesmas, os danos
que vocês estão causando a essas crianças, a quem o Céu confiou a vocês para serem educadas
como cristãs”. (Alocuçaã o aà s Meninas da Açaã o Catoé lica, 22 de maio de 1941.)
Tragicamente, algumas maã es de hoje estaã o permitindo que suas filhas vistam-se como uma
“prostituta chique”. Os pais tornaram-se insensíéveis aos modismos de hoje? Eles foram
enganados pela indué stria da moda? Manipulados por querer que seus filhos sejam “populares”?
Seja qual for a razaã o, um comentador vai direto ao ponto:
“A triste verdade é que muitas garotas pré-adolescentes e adolescentes de hoje se vestem como
prostitutas… Como tantas meninas acabam parecendo objetos sexuais? Como? Porque os pais
deixam…
“Encare os fatos: a maioria dos jovens entre 12 e 16 anos de idade não têm acesso a muito
dinheiro a menos, claro, que seus pais lhes dêem… E geralmente é a mãe que leva alegremente
suas queridinhas ao shopping para um dia de compras. Encare isso: as meninas se vestem de
acordo com o que suas mães permitem.
“Eu pensava que as mães deveriam supostamente proteger suas filhas, ensiná-las a valorizar a si
mesmas e seus corpos. Que chance tem uma menina de manter intacta a inocência da infância,
quando a mãe que está conduzindo-a a loja e pagando as tangas, as micro-saias, o jeans de cós
baixo e os decotes profundos?
“E quando os pais começaram a deixar suas preciosas meninas vestirem-se como “damas da
noite”? Olá, tem alguém aí fora?”(Rebecca Hagelin, “America’s little girls… or tramps?”(Meninas
dos Estados Unidos… ou prostitutas?), World Net Daily, 4 de março de 2005.)
Seraé que os pais percebem que “damas da noite” nas esquinas das ruas na deé cada de 1950 naã o
usariam o que algumas meninas usam para ir ao shopping estes dias?
Entaã o, vamos voltar aà deé cada de 1950.
O Papa Pio XII reconheceu que as mulheres saã o a fibra moral da sociedade, e ele sabia que a
cultura iria implodir se a modeé stia naã o fosse posta em praé tica. “A sociedade revela o que eé pelas
roupas que veste”, disse Pio XII, em 29 de agosto de 1954. “… Um modo indigno, indecente de se
vestir tem prevalecido”, sem distinçaã o de qualquer lugar, “em praias, resorts no campo, nas ruas,
etc. O víécio necessariamente segue a nudez em pué blico…”.
O Papa naã o foi o ué nico que tinha algo a dizer sobre a espiral descendente da moda.
A roupa cotidiana estava usando cada vez menos material, e ir aà praia era um passatempo
relativamente novo que estava ganhando popularidade. Em 1959, o Cardeal Pla (1876-1968) y
Daniel, arcebispo de Toledo, Espanha, afirmou:
“Um perigo especial para a moral é representado por banhos públicos nas praias… O banho misto
entre homens e mulheres, que é quase sempre uma ocasião próxima de pecado e um escândalo,
deve ser evitado.”
O cardeal foi simplesmente ecoando e reforçando o que sabiam os imperadores romanos haé
dois mil anos: nataçaã o mista leva aà promiscuidade. Isso eé um longo caminho de onde nossa
cultura estaé hoje, naã o eé ?!
O Cardeal Giuseppe Siri (1906-1989), de Geê nova, Itaé lia, escreveu uma carta, em 1960,
chamada “Notificação relativa ao traje masculino usado pelas mulheres“. Ele expressou a
preocupaçaã o de que pelo uso de calça comprida, as mulheres estavam imitando e competindo
com os homens. Sua preocupaçaã o era que isso provocaria nas mulheres as atitudes mentais de
um homem, e iria alterar os gestos da mulher, atitudes e comportamento.
Cada mulher que eu conheço reconhece que, quando ela estaé usando um vestido, ela se move e
age de forma diferente de quando ela estaé vestindo calças.
O santo Padre Pio recusou aà s mulheres o acesso ao confessionaé rio se os seus vestidos fossem
muito curtos. Na porta da igreja estava esta mensagem:
“Por desejo explícito do Padre Pio, a mulher deve entrar no confessionário vestindo saias, pelo
menos, vinte centímetros abaixo do joelho. É proibido emprestar um vestido longo na igreja para
usá-lo no confessionário.”
Como um autor comentou, enquanto os estilistas tinham saias subindo para mais de vinte
centíémetros acima do joelho, o Padre Pio alertou as mulheres para manter suas saias vinte
centíémetros abaixo do joelho.
Mais recentemente, o Catecismo da Igreja Catoé lica tinha uma seé rie de coisas a dizer sobre a
modeé stia no vestir e no comportamento. Essas passagens saã o as mais pertinentes:
“A pureza exige o pudor, uma parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da
pessoa. Significa recusar-se a revelar o que deveria permanecer oculto. É ordenada para a
castidade, cuja sensibilidade é testemunho. Ele orienta como se olha para os outros e se comporta
em relação a eles, em conformidade com a dignidade das pessoas e sua solidariedade. (2521). O
pudor protege o mistério das pessoas e do seu amor…. A modéstia é decência. Inspira a escolha da
roupa. (2522). O pudor inspira um modo de vida que torna possível resistir às seduções da moda e
das ideologias dominantes. (2523). As formas tomadas pelo pudor variam de uma cultura para
outra. Em toda parte, entretanto, a modéstia existe como uma intuição da dignidade espiritual
própria do homem. Esta nasce com o despertar da consciência de ser um sujeito. Ensinar a
modéstia às crianças e aos adolescentes significa despertar neles o respeito pela pessoa
humana. (2524). “
Podemos ver que ao longo dos anos, a Santa Madre Igreja tem achado por bem educar e alertar
os fieé is sobre as tendeê ncias da moda e sobre a gravidade da imodeé stia e do comportamento e
vestuaé rio indignos.
Temos a evideê ncia de que a moda hoje eé o resultado de um planejamento por parte daqueles
cujo objetivo eé a destruiçaã o total da sociedade cristaã . Mas tambeé m temos sido avisados a
respeito de qual caminho tomar. Cabe a noé s usar o nosso livre arbíétrio e decidir o que fazer para
as nossas famíélias e a noé s mesmos.
Colleen Hammond

Modéstia para a mulher cristã


Por Freà re Ignatius
Traduzido por Andrea Patricia
EÉ verdadeiramente duvidoso que qualquer cristaã o catoé lico ou naã o catoé lico possa questionar a
necessidade de modeé stia. A modeé stia eé uma virtude, e mais do que isso, eé um instinto. Uma vez
que somos criaturas decaíédas, sujeitas ao pecado original, noé s tambeé m nos encontramos
sujeitos, em maior grau, a tentaçoã es pecaminosas da carne. Isso nos daé uma vontade de cobrir a
noé s mesmos, de acordo com a lei natural que Deus inscreveu no coraçaã o de cada homem. No
entanto, devido aos efeitos insidiosos da secularizaçaã o da nossa sociedade, o que antes, naã o haé
muito tempo, era aparentemente senso comum, eé agora uma questaã o altamente carregada e
emocional.
Para o bem ou para o mal, eé um fato da vida que o sexo masculino naã o eé muito controverso, no
que diz respeito a modeé stia. Temos um pouco mais de margem de manobra, embora ainda
estejamos obrigados a sempre vestir-nos com decoro e deceê ncia. Nossos corpos saã o templos do
Espíérito Santo, e devem ser tratados como tal. Pode-se facilmente ter isso como “boa conduta” e
escrever livros inteiros sobre o porte adequado, boas maneiras e civilidade em geral.
Infelizmente, entre os catoé licos, a modeé stia do homem naã o eé muito controversa, mas a modeé stia
exigida das mulheres, eé . Isto deriva de uma diferença inerente entre os sexos, de tal forma que,
enquanto a maioria das mulheres, naturalmente, naã o se concentre somente sobre a apareê ncia aà
primeira vista, e normalmente naã o saã o tentadas a luxué ria pela estimulaçaã o visual, os homens,
infelizmente, saã o. Exceçoã es existem, claro, e no nosso tempo, com as influeê ncias da moderna
“cultura” desordenada do unisexual-masculino, e os víécios predominantes nela, muitas meninas,
infelizmente, saã o tentadas facilmente pela carne. Alguns homens naã o saã o, eé claro, e se naã o
forem, entaã o isso eé uma coisa maravilhosa. No entanto, exceçoã es fazem regras pobres, e temos
de lidar com o que eé a consistente e objetiva verdade.
Os homens, pela sua proé pria natureza, saã o tentados a olhar para as mulheres e a cobiçaé -las. Por
conseguinte, como noé s realmente somos guardioã es de nossos irmaã os, as mulheres devem
considerar isto em seu vestuaé rio. Um padraã o “homem razoaé vel” pode ser seguido. Este
padraã o “homem razoaé vel” eé certamente mais elevado (em ambos os sentidos da palavra) do que
se poderia imaginar a princíépio, dada as modas vergonhosas do nosso tempo. A Santa Igreja, na
sua infinita sabedoria, nos deu algumas orientaçoã es, felizmente, e estas saã o consistentes com as
normas constantes dos trajes modestos que teê m sido praticadas por cristaã os devotos,
essencialmente nos ué ltimos 2.000 anos. Existem, certamente, “regulamentos”, muitas vezes
citados como “Vestidos devem ter mangas, deve estender-se abaixo do joelho ou pelo menos ateé
o joelho, naã o devem ter decotes pronunciados, nem devem ser excessivamente apertados, nem
com fendas excessivas, etc.” Isso, no entanto, foi jogado no chaã o, e espera-se que qualquer garota
com um Sensus Catholicus (sentido da feé catoé lica) adequadamente formado iraé , naturalmente,
ser capaz de sentir se uma peça de vestuaé rio eé indecente ou apropriada para uma dada situaçaã o.
Naã o obstante, o seguinte princíépio baé sico eé de extrema importaê ncia: a roupa feminina tem de
ser feminina, e as roupas masculinas devem ser masculinas. Ficam estabelecidas diferenças
entre os sexos, tanto na “construçaã o fíésica,” socialmente, e entre as mentes. Como este eé o caso, eé
loé gico que as mulheres, naturalmente, vestem-se de maneira diferente dos homens.
Isso nos amarra no toé pico extremamente volaé til de “calças X saias.” Calças saã o, na civilizaçaã o
ocidental e na cultura (que foi formada ao longo dos ué ltimos 2.000 anos diretamente pelo
cristianismo Catoé lico e, portanto, objectivamente a melhor cultura do mundo, pois o
Cristianismo eé objetivamente a Religiaã o Verdadeira) predominantemente roupa de homens. Isso
eé fundamental, na medida em que em uma famíélia tradicional, a mulher trabalha em casa para
cuidar dos filhos, enquanto o homem eé o ué nico que estaé fora “sustentando a famíélia”, ou
“trabalhando nas minas de sal”, ou como se queira colocar isso. EÉ esperado que os homens
realizem a maioria dos trabalhos pesados, e eles geralmente exigem uma maior flexibilidade na
perna. EÉ difíécil ficar em cima do feixe de um telhado para aplicar telhas (ou montar um cavalo,
ou qualquer dessas coisas) quando se estaé sobrecarregado com um vestido longo. Aleé m
disso, Peeping Tom* chamava-se Thomas e naã o Sally ou Eliza. Isto pode parecer um pouco
bizarro, mas ilustra um maior ponto que foi mencionado anteriormente. Os homens, em geral,
naã o precisam se preocupar com escandalizar o sexo fraé gil com seus trajes, que podem se
agarrar aà s pernas e enfatizar as formas. (Embora, eé claro, ter as formas muito enfatizadas eé taã o
errado no homem como na mulher, de acordo com os princíépios baé sicos da modeé stia.) As
mulheres saã o, no entanto, mais vulneraé veis a tais olhares, e eé indiscutíével que uma saia “bem
longa”, caindo solta, sem uma fenda comprometedora, eé muito mais modesta do que mesmo a
mais modesta das calças conservadoras, naã o importa o horríével jeans agarrado, que enfatiza
todas as aé reas que naã o deveria e que poderia facilmente incitar a terríéveis pensamentos na
mente de um homem.
Feminilidade eé outro grande fator. Jaé foi estabelecido que existem diferenças marcantes entre
homens e mulheres, que correspondem a diferentes papeé is na famíélia e na sociedade. Sendo
este o caso, o vestido como um traje feminino na cultura ocidental eé bastante apropriado para
uma dama. EÉ claro que eé mais modesto, naã o se agarra e expoã e a regiaã o da virilha que naã o deve
ser enfatizada, e, como qualquer mulher que tenha se acostumado a usar saias e, entaã o, tenta
vestir um par de calças iraé dizer-lhe, sente-se muito mais livre, graciosa e incentiva um tipo
completamente diferente de movimento do que um par de calças. Hoje em dia, desde o advento
do chamado movimento “feminista”, o sentido do feminino verdadeiro no mundo estaé sendo
rapidamente perdido. Mulheres estaã o agindo, vestindo e ateé mesmo falando como os homens.
Homens ainda estaã o falando e se vestindo como homens, mas no meio do ataque das feministas,
estaã o começando a agir como mulheres, alternando os papeé is naturais e contribuindo para a
desordem. Assim, mesmo se as calças usadas por mulheres fossem objetivamente OK, e
saias/vestidos fossem meramente “acessoé rios agradaé veis,” certamente poderia se argumentar
que as mulheres teê m a obrigaçaã o de usaé -los mesmo assim. Papeé is tradicionais de geê nero deve
ser preservados, e as mulheres devem ter orgulho de resistir aos apelos da cultura secular,
vestindo suas saias como se fossem bandeiras de guerra por Cristo-Rei.
Original aqui.
____________________________________
Notas da tradutora:
*Peeping Tom: eé o apelido que se daé ao homem que espreita mulheres para ver sua intimidade.
Surgiu da lenda de Lady Godiva, quando um homem chamado Tom a espreitou e ficou cego.

MODÉSTIA, PUDOR E LÓGICA – SOBRE O USO DE “ROUPAS DE BANHO”


É uma incoerência gigantesca uma mulher se dizer “devota” e usar um biquíni. Esta
“vestimenta” deixa a mostra pernas, barriga, costas, parte dos seios e das naé degas, ou seja, a
mulher estaé praticamente nua, sendo assim objeto explícito de tentação para o olhar
masculino. Serve-se a Deus ou a seus caprichos próprios e é nessas horas que vemos a
quem a pessoa serve.
“O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou certa reserva quando se
entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se discrição.” [1]
Tanto é imoral que quando foi lançado as únicas mulheres que aceitaram ser modelos
para tal foram strippers, e mesmo assim hoje vemos tantas mulheres ditas devotas de
Nosso Senhor e de sua Santa Mãe o usando: “somente as strippers (!!) aceitaram fazer a
divulgação desta peça na ocasião do seu lançamento, numa época em que mesmo as modelos
liberadas se recusaram a fazer a publicidade dele. E hoje, uma mãe de família, uma católica,
uma devota de Nossa Senhora, faz pior do que a stripper Micheline Bernardini e usa-o
tranquilamente nas praias e piscinas, entre amigos e estranhos.” [2]
Dizer que o biquíni é um traje compatível com uma mulher que quer viver os valores
cristãos é tanta falta de bom senso que nem seria necessário comentar, mas esqueçamos
por um minuto nossos caprichos vaidosos e pensemos: Uma mulher não sairia na rua usando
calcinha e sutiã, não ficaria nestes trajes na frente de qualquer pessoa. Pois é, a única
diferença que há da sua roupa intima normal do dia-a-dia para um biquíni é o material
do qual é feito, as partes expostas do seu corpo são as mesmas, a mulher está quase
nua.Entaã o, se eé anormal mostrar certas partes do corpo em outros locais porque numa praia
seria normal? Lá no fundo da consciência qualquer um percebe isso, mas muitos tentam
enganar a si mesmos com desculpas esfarrapadas mas esquecem-se – ou fazem de
desentendidos – que Deus vê a sua consciência e pedirá conta dos seus atos.
Complementando, outra “roupa de banho” normalmente usada eé o maioê , podemos usar os
mesmos argumentos, a ué nica diferença deste para o primeiro eé que este cobre a barriga e
algumas vezes as costas, mas ele deixa a mostra as pernas e as naé degas, e esta segunda tem uma
conotaçaã o sexual explíécita para o olhar. Se o pudor consiste “na recusa de mostrar aquilo que
deve ficar escondido”, [3] creio que eé de bom senso a opiniaã o de que as naé degas saã o uma parte
que deve ficar escondida.
Qualquer um com boa vontade percebe que o exposto acima é verdade, então o
argumento contrário que alguns colocam é o seguinte: “Mas se for assim, nós nunca
poderemos ir a praia/piscina para nos divertirmos”? Ou também “Está fazendo muito
calor, e estes locais são os melhores para irmos e neles precisamos usar essas “roupas”.
Eu respondo: O que é um tempo de divertimento perante da vida eterna? Existem
dezenas e dezenas de outros divertimentos mais sadios, então arriscar colocar os outros
em situação de pecado só por causa de um tempinho de divertimento não á atitude de
uma pessoa que busca sinceramente ser caridosa com o próximo, ou por exemplo, uma
mulher que não consegue fazer sacrifícios pela modéstia e o pudor porque sente que isso
aumentará a sua sensação de calor não está preparada para viver os sacrifícios que a
maternidade lhe pedirá.
Quantos santos tem histoé rias de sacrifíécios para se livrar das tentaçoã es, entaã o se queremos ser
santos por inteiro devemos tambeé m fazer sacrifíécios, quem ama pensa antes no bem do
proé ximo do que no seu, ou como diria o Pe. Paulo Ricardo: “a mulher não deve achar que a sua
visão sobre si mesma é padrão para o modo de se vestir modestamente, o padrão deve ser que ela
analise se a sua vestimenta provoca o olhar masculino, antes de pensar em si mesma ela deve
pensar em ser caridosa com o seu próximo”. [4]
Falando em ser “santos por inteiro”, deixo uma pequena indagaçaã o ao leitor, ela por si soé valeria
mais do que qualquer tipo de argumentaçaã o, creio que a maioria das pessoas conhecem a
famosa citaçaã o de Santa Teresinha do Menino Jesus: ” Meus Deus! Não quero ser santa pela
metade! “, entaã o, voceê imaginaria uma mulher com a íéndole de Santa Teresinha usando uma
vestimenta dessas? No seu íéntimo voceê jaé respondeu a pergunta. Entaã o, voceê quer ser santa ou
santo por inteiro mesmo? Se sim, jaé sabe como proceder.
Que a Virgem Santíéssima, Maã e Castíéssima e Pura, conduza-nos por este mundo infestado de
modas pagaã s, preservando-nos dos perigos e ensinando as suas filhas diletas qual eé o modo de
vestir que a agrada a Nosso Senhor Jesus.
Fonte: Tiago Martins ( Mater Dei)
[1] Catecismo da Igreja Catoé lica §2522
[2] Luciana Lachance – “1946: O ano em que lançaram o biquíéni”. Fonte Aqui.
[3] Catecismo da Igreja Catoé lica §2521
[4] Víédeo: “Parresíéa: Pudor e Modeé stia”. Fonte: Aqui
[5] Santa Teresinha do Menino Jesus – “Histoé ria de Uma Alma”, pg 42- Ed. Paulus

ESTUDO SOBRE A DANÇA E A MODÉSTIA


Na sociedade cheia de contradiçoã es em que vivemos, a dança se transformou para quase toda a
juventude, algo quase necessaé rio, e para naã o poucos, a coisa mais importante de suas vidas. O
fim de semana eé esperado com ansiedade e planejado cuidadosamente com muita antecedeê ncia,
de maneira que todo o ano estaé organizado em torno dessas reunioã es mundanas, festas,
noitadas, boates, discotecas, etc., onde os jovens esgotam seus corpos e pervertem suas almas
desde a meia-noite ateé a madrugada, por meio da dança[16], com conversas fríévolas quando naã o
abertamente maé s incluindo bebidas e ateé drogas…
“A moral da Igreja eé imutaé vel e o que ontem era vaidade, ocasiaã o proé xima de escaê ndalo ou de
pecado, o eé hoje e o seraé sempre”, ensinava com toda razaã o Dom Antoê nio de Castro Mayer em
sua sempre vigente e mais atual que nunca, carta pastoral sobre os “Problemas do Apostolado
Moderno”[17]. Por isso eé importante um juíézo acertado sobre a dança e as suas circunstaê ncias,
que sirva, tanto aos pastores de almas como aos fieé is devotos que vivem no mundo, para julgar e
obrar segundo a reta razaã o e os princíépios perenes da moral catoé lica.
1. NOÇÕES PRÉVIAS
O Cardeal F. Roberti define a dança como “um conjunto de movimentos ríétmicos com os quais se
expressam sentimentos de entusiasmo, especialmente de alegria”[18], e assim entendido,
conforme a saã teologia moral deve-se afirmar que a dança naã o eé em si intrinsecamente maé [19].
Como tambeé m naã o o saã o a mué sica e a poesia.
Pode-se entaã o considerar a dança como uma atividade honesta de distraçaã o, expressaã o ou
manifestaçaã o de alegria da alma, realizada por movimentos corporais compassados, e ateé como
a expansaã o de um culto religioso…: “chegam os primeiros cristaã os, ainda impregnados dos usos
pagaã os, diz um autor, introduzindo a dança nos ritos da Igreja…” E eé significativo que os
primeiros monges se chamassem coristas[20]. Recorde-se aqui a dança do rei David diante da
arca da aliança e outras açoã es semelhantes que conta o Antigo Testamento[21], como tambeé m
alguns bailados ou danças folcloé ricas, individuais ou em grupo, ainda que de ambos os sexos,
por ocasiaã o de festas civis em que os participantes giram e realizam movimentos
separadamente…, e ainda alguns outros que poderíéamos chamar danças da corte ou de salaã o ateé
a metade do seé culo XVIII.
Mas tambeé m existem danças maé s, como aquelas que nos conta a mesma Sagrada Escritura, a de
todo o povo hebreu diante do bezerro de ouro, ou a de Salomeé , filha de Herodíéades, no dia do
aniversaé rio de Herodes[22], e as que aparecem a partir do seé culo XVIII e XIX. EÉ entaã o que “se
deu uma grande revoluçaã o nas danças de salaã o, desde o ponto de vista moral, quando a dança
na qual o cavalheiro toca apenas a maã o da dama chegou a uma nova espeé cie em que o casal, em
um abraço apertado, movimenta-se em giros contíénuos, como a valsa, a polca, a mazurca,
etc.”[23] O seé culo XX nos trouxe uma maior decadeê ncia, com o advento do tango, o foxtrote, o
charleston, ateé os mais modernos denominados com nomes extravagantes de origem indíégena,
ou melhor, negro-americanos, como o mambo, o chachachaé , o rock and roll, e, mais
recentemente, tambeé m meé xico-americanos, como a rumba, etc.
Se eé certo que a dança eé uma demonstraçaã o líécita de alegria e ainda mesmo de piedade, por
causa do pecado original e da ferida da concupisceê ncia, a mesma se torna facilmente em uma
ocasiaã o de desordens passionais, e por isso o Espíérito Santo adverte ao catoé lico: que “naã o
frequentes o trato com a bailarina, nem a escutes, se naã o queres perecer ante a força de sua
atraçaã o”[24], e que a dança eé o síémbolo da impiedade: “os íémpios tocam o pandeiro e o tambor e
dançam ao som dos instrumentos musicais; passam em delíécias os dias de sua vida, mas na hora
da morte vaã o ao inferno”[25].
Por isso sempre foi preocupaçaã o dos Padres da Igreja e do Magisteé rio por meio dos Concíélios de
todas as eé pocas, dos Papas e tambeé m dos Bispos, advertir o que a moral cristaã tem a dizer a
respeito da dança. Citando aqui dois exemplos, transcrevemos o que afirmou o Concíélio de
Laodiceia no seé culo IV, em seu caê non 53: “os cristaã os que assistem aà s bodas naã o devem nem
saltar nem bailar, senaã o participar com deceê ncia aà comida ou aà ceia, como conveé m a todo
cristaã o”, e Bento XV, em sua encíéclica Sacra propediem: “naã o falemos dessas danças – umas maé s,
outras piores – exoé ticas que, saíédas da barbaé rie, invadiram pouco a pouco os saloã es mais
elegantes, sem que seja possíével encontrar nada mais a propoé sito que elas para acabar com o
ué ltimo rastro de pudor”[26].
Com essas premissas, consideremos os princíépios morais que devem regular esta atividade do
homem.
2. PRINCÍPIOS MORAIS
Como toda açaã o humana, a dança recebe sua primeira qualificaçaã o moral de seu “objeto” e
depois de seu “fim” e de suas “circunstaê ncias”.
Jaé adiantamos que haé danças que em si saã o boas, haé outras maé s e conveé m aqui precisar essa
condiçaã o que as fazem maé s por seu objeto.
Para descobrir os princíépios que resultam aplicaé veis neste ponto, deve-se assinalar, em primeiro
lugar que, sendo a dança uma açaã o humana cujo objeto saã o os movimentos exteriores do corpo
humano, deveraé sempre estar regulada pela virtude. Sobre isso, ensina Santo Tomaé s: “a virtude
moral consiste em regular as açoã es humanas conforme aà razaã o. E naã o haé dué vida de que os
movimentos exteriores do homem saã o tambeé m susceptíéveis de tal ordenaçaã o, visto que o
impeé rio da inteligeê ncia chega aos oé rgaã os externos”[27].
Para isso existe uma virtude especial, potencial da temperança (que regula os movimentos
difíéceis do corpo), chamada “modeé stia” que, entre outras coisas, eé a que modera “o que pertence
aos movimentos e açoã es corporais, isto eé , para que sejam feitos com deceê ncia e
honestidade”[28].
Mas, aleé m disso, Santo Tomaé s trata explicitamente sobre a dança em seu comentaé rio ao livro de
Isaíéas, quando este fala da mundanidade das mulheres israelitas[29] e se pergunta “se eé
possíével dançar sem pecado”[30], para responder que “a dança em si mesmo [secundum se], naã o
eé maé , e tudo depende do fim a que algueé m se propoã e no mesmo bailar e das circunstaê ncias que
podem fazer desta açaã o um ato de virtude ou um víécio”. Para que naã o ofenda a Deus, o doutor
Angeé lico exige que “naã o seja pessoa que possa dar escaê ndalo, como um cleé rigo ou religioso, que
seja unicamente para exteriorizar a alegria, como nos casamentos ou circunstaê ncias parecidas,
que se dance com pessoas honestas e o sejam tambeé m os caê nticos, e, aleé m disso, naã o haja gestos
muito atrevidos ou livres. Mas quando se dança para provocar a lascíévia ou com outras
circunstaê ncias inadequadas, eé claro que se trata de um ato vicioso”[31].
(a) O ato de bailar e seu objeto:
Aplicadas estas noçoã es a nosso tema, pode-se dizer que pela modeé stia – virtude que
propriamente se encarrega de submeter aà razaã o os movimentos exteriores do homem – eé que
saã o retificados os movimentos da dança.
Em outras palavras, a dança seraé moralmente boa e modesta, se seus movimentos – objeto
mesmo da açaã o humana de “bailar” – teê m deceê ncia e honestidade; e guardaraã o a deceê ncia e
honestidade quando se dança; se haé beleza, harmonia nos movimentos do corpo; se no bailar
guarda-se a razaã o, que expressa, com movimentos proporcionados, os afetos ordenados, a saã
alegria da alma.
Por isso, destaca com razaã o Santo Tomaé s que “os movimentos exteriores saã o certos sinais da
disposiçaã o interior”, e Santo Ambroé sio diz que no estado do corpo se veê a disposiçaã o da alma; e
que eé certa expressaã o do espíérito o movimento do corpo”[32].
(i) Danças intrinsecamente más ou desonestas em si
Pelo contraé rio, seraé uma dança maé , moralmente maé , quando seus movimentos forem
desonestos, sensuais, indecentes, quando naã o expressarem proporçaã o nem harmonia, quando
forem sinal de desordem da alma.
Assim, entende-se por que a Igreja, os moralistas, destacaram que algumas danças saã o maé s em
si mesmas, por sua proé pria natureza.
E o saã o entre outras razoã es? 1º) pelos “gestos livres ou atrevidos”; 2º) porque o contato dos que
dançam se estende por todo o corpo, 3º) porque saã o expressaã o de comoçoã es corporais e de atos
sensuais, 4º) porque impoã em um estreito abraço entre o casal que dança, 5º) pelas atitudes,
gestos provocativos, posturas, aproximaçoã es, e/ou modo de tratar-se que proíébe o mais
elementar pudor, 6º) pela “significaçaã o” (por exemplo, imoral e impura, etc.) que teê m, etc.
Lembremos mais uma vez do Papa Bento XV, quem, depois de lamentar-se da indeceê ncia dos
vestidos femininos e a falta de recato dos bailes, referindo-se a estes, falava sobre “essas danças
– cada uma pior que a outra – que, saíédas da barbaé rie, irromperam faz pouco tempo nos saloã es
mais elegantes, sem que seja possíével encontrar coisa mais a propoé sito do que essa para acabar
com o ué ltimo rastro de pudor”…[33], Pio XI, por sua vez, se queixava sobre este tema, nos
seguintes termos: “observamos tambeé m como passaram dos limites do pudor a frivolidade das
mulheres e das meninas, especialmente… ao dançar[34]”; e Pio XII, em numerosas ocasioã es
aludiu a dança moderna como meio poderoso de corrupçaã o juvenil, particularmente da
mulher[35].
Entre outras danças modernas[36] condenadas temos as seguintes: “o tango[37], o foxtrote, o
turkey-trot, o kamel-trot, o schymmy, o check-to-check, o one-step, o two-spep, o Boston, o
blues, o samba, o charleston, o jazz, o boogy-woogey, o chachachaé , o calipso, o twist, o rock-and-
roll[38], o guapachaé , o kanndidance, etc.”[39], e outros que vaã o surgindo de todas as partes,
como a cumbia, o quarteto, o tecno, o hardcore, o beat, progressivo, etc.
Estas danças constituem um pecado grave e verdadeiro escândalo em si mesmo, e ninguém pode,
com tranquilidade de consciência, cooperar com essa obra má, seja organizando-as ou tomando
parte nelas, ou facilitando o lugar para que sejam realizadas, ou assistindo como mero espectador,
ou convidando a outros, ou aprovando-os, ou permitindo – quem tenha autoridade sobre outros –
que seus filhos, alunos e empregados assistam.
(ii) Danças menos honestas e más por serem ocasião próxima de pecado grave:
Aleé m destas danças intrinsecamente maé s, os moralistas destacam a existeê ncia de outras, menos
honestas ou naã o honestas, quanto ao objeto. “Saã o essas danças, dizem, em que naã o apenas o
cavalheiro toca a maã o da dama, mas em que o par, num abraço apertado, se movimenta em giros
contíénuos, como a valsa, a polca, a mazurca, o xote, a redowa, a habanera, etc.”[40]
Estes toques entre pessoas de sexos opostos naã o saã o considerados maus em si pelos moralistas
nem pelo Magisteé rio. Assim, o artigo 35 dos Estatutos sinodais da diocese de Queé bec (Canadaé ),
promulgado no seé culo XIX, apoé s condenar o tango, o foxtrote e outros do mesmo geê nero como
“lascivos em si mesmos”, acrescentava, “Condenamos… tambeé m as danças que saã o lascivas pela
maneira de bailar, como a valsa, a polca, que se dançam em nossos dias ordinariamente de uma
maneira lasciva. Noé s as reprovamos energicamente como ocasioã es proé ximas de pecado; e as
proibimos expressamente…, de forma que (o que Deus naã o permita), quem ousar tomar parte
ou permitir a seus filhos ou a seus empregados tomar parte nelas, ou os deixe dançar em sua
casa, seraé reé u de um pecado grave de desobedieê ncia”[41].
Trata-se entaã o nestes casos, de movimentos que naã o encerram uma malíécia intríénseca, mas que,
pelo modo como se realiza ordinariamente, com o contato dos corpos e giros velozes, saã o
ocasiaã o proé xima objetiva de pecar.
A questaã o que se coloca nesta segunda classe de danças eé a seguinte: saã o estas ocasiaã o universal
proé xima de pecado grave, referindo-nos sobretudo aos jovens, ou podem dar-se circunstaê ncias
que atenuem a excitaçaã o que produzem, de tal forma que naã o suponham perigo e tornem líécita a
assisteê ncia a elas?
Merkelbach e Noldin destacam que estas danças saã o – igual que as maé s em si – gravemente
desonestas pelo perigo de pecar. “Sobretudo, ensina o primeiro, pelo modo de dançar, por
exemplo levando apertado o peito da mulher contra o peito do homem, de tal forma que parece
que a jovem estaé nos braços do homem. Tudo o que provoca movimentos desordenados, ainda
que naã o necessariamente desonestos, como consta pelo testemunho dos que dançam, e parece
que eé assim, devido a que o pensamento se distrai com outras coisas e necessariamente tem que
atender aos movimentos ríétmicos (na valsa, no galope, xote, mazurca, cotilloé n, etc.)”[42]. Noldin,
por sua vez, afirma que “algumas danças que estaã o na moda no nosso tempo tem um perigo
maior pelo abraço apertado como se realizam, contudo, geralmente naã o se pode dizer que sejam
gravemente desonestas nem, portanto, de si, proibidas como ocasiaã o proé xima”[43], palavras
que devem ser entendidas corretamente, isto eé , que estas danças naã o saã o maé s intrinsecamente,
o que eé certo teoricamente falando, mas na praé tica saã o gravemente maé s por ser em ocasiaã o
proé xima universal em razaã o das circunstaê ncias…
No mesmo sentido e com uma visaã o real das coisas, Gury-Ferreres, afirmam que “entre eles (os
bailes desonestos em razaã o do modo de dançar), consideram muitos os que na Espanha se
designam como a valsa, a mazurca, o galope, a polca, o xote, a americana ou habanera, nos quais
aumenta o perigo na mesma ordem em que vaã o sendo ensinados”[44]. E acrescentam que “o
perigo proveé m de um duplo motivo: da íéntima uniaã o dos corpos do homem e da mulher, e de
que os que dançam se perdem entre a multidaã o, abandonados a si mesmos, dando lugar a uma
maior liberdade para conversas indecentes [majorem libertatem habeant verba minus casta
proferendi], quando todas as circunstaê ncias contribuem a incitaé -los a pecar; e quanto mais
familiaridade existe entre os que dançam, mais perigosas saã o estas danças e devem ser evitadas
de qualquer modo”[45].
A estas razoã es podemos acrescentar outras que resultam de princíépios morais aceitos por todos
os autores e que destacam estes atos como perigo proé ximo de pecado grave e dos quais todos
estaã o obrigados a afastar-se por naã o serem necessaé rios:
a) O abraço das partes menos honestas – ou menos excitantes – naã o eé em si desonesto ou
intrinsecamente mau, ao menos levemente mau (objetivamente), naã o sendo nunca líécito,
enquanto naã o exista causa proporcionada que compense o perigo que leva consigo (referimo-
nos ao que se realiza entre pessoas de distinto sexo, naã o familiares);
b) Os tatos, os abraços morosos e prolongados de determinadas partes, como saã o as costas, os
braços, a cintura, costumam ser ocasiaã o proé xima de pecado[46].
c) As danças, pelos contatos e abraços estreitos e demorados em determinadas partes do corpo
como costumam ser realizados, saã o enormemente perigosos e causa de mué ltiplas tentaçoã es,
sendo muitos os que pecam por sua causa.
d) Se olhar as partes menos honestas de uma mulher eé pecado venial, mesmo que naã o seja
demoradamente, forçosamente saã o pecado os toques e certamente graves se saã o prolongados e
apertados.
e) Naã o sendo, contudo, açoã es em si mesmo maé s, para realizaé -las saã o necessaé rias haver uma
causa proporcionada, tanto mais grave quanto maior for o perigo, e assim, soé seraé admissíével
esta assisteê ncia ou participaçaã o como ocasiaã o de algum festejo familiar ou social inevitaé vel
(exigeê ncias do coê njuge, casamento, festa paé tria, evento diplomaé tico), e que sejam feitos os
resguardos necessaé rios para naã o transformar em remota a ocasiaã o proé xima que estes bailes
suscitam;
f) Naã o se nega que possam existir jovens (de ambos os sexos) para os quais a dança possa naã o
ser um perigo proé ximo (o que naã o quer dizer que naã o pequem por cooperaçaã o e escaê ndalo) ou
porque seu temperamento eé menos excitaé vel, ou porque algumas circunstaê ncias, em alguns
casos, atenuem este perigo, ou porque a assisteê ncia seja ocasional e tenham uma soé lida
formaçaã o religiosa.
g) Prescinde-se em tudo isto da intençaã o luxuriosa ou de deleite diretamente buscado, o qual se
existe, ainda que naã o seja perfeito, eé sempre pecado mortal[47].
De tudo o que foi exposto pode-se propor o seguinte princíépio para estas danças menos
honestas: as danças menos honestas ou desonestas pelo modo de realizá-las, entre pessoas de sexo
oposto, ordinariamente jovens, realizadas de modo habitual, constituem por si mesmas perigo
próximo de pecado grave, e só serão lícitas por causa proporcionalmente grave e postas as
condições que tornem remota a ocasião.
3. AS DANÇAS E SUAS CIRCUNSTÂNCIAS
Toda açaã o humana recebe sua segunda qualificaçaã o moral das circunstaê ncias que a rodeiam, e
desta norma naã o estaé isenta a dança, ao que saã o aplicaé veis os princíépios gerais sobre a mateé ria.
Deles, nos parece necessaé rio recordar aqui, dois principais: a) um ato mau em si naã o se torna
bom pela reta intençaã o do agente ou pelas circunstaê ncias boas que o rodeiam, e b) um ato bom
ou indiferente, pode se tornar mau pelo fim do agente ou pelas circunstaê ncias.
Pode-se falar de circunstaê ncias objetivas e de circunstaê ncias subjetivas, segundo que afetem a
qualquer homem ou mulher em toda ocasiaã o, ou que afetem somente a determinadas pessoas
em razaã o de alguma condiçaã o pessoal.
(a) O fim do agente:
Recordemos novamente a sentença de Santo Tomaé s: a dança em si mesma [secundum se] naã o eé
maé , e tudo depende do fim a que algueé m se propoã e na dança mesma… que seja unicamente para
exteriorizar a alegria, como nos casamentos ou circunstaê ncias parecidas…”[48]
Igual maneira de pensar eé a de outro doutor da Igreja, Saã o Francisco de Sales: “para dançar
licitamente eé necessaé rio que seja por recreação e não por afeição”[49]. Pergunta-se tambeé m Saã o
Francisco em que ocasioã es se pode dançar, respondendo que seraé líécito “quando por
condescender ou para agradar à honesta conversação em que alguém se encontra, a prudência e
a discrição a façam aconselhável, porque a condescendência… faz boas as coisas indiferentes, e as
perigosas permitidas…”[50]
Poreé m se o que se procura eé o deleite ou complaceê ncia dos sentidos, o prazer da carne, sendo
ordinariamente que estes saã o legíétimos soé dentro do matrimoê nio para seu fim proé ximo, a dança
naã o eé líécita, e eé gravemente pecaminosa a causa de se colocar voluntariamente em ocasiaã o de
pecado de luxué ria.
Em outra ordem de coisas, e considerando o fim perseguido, a Igreja condena os chamados
“bailes de caridade”, que se organizam para recolher fundos para obras pias[51].
(b) Circunstâncias objetivas:
Devem ser consideradas aqui as seguintes:
(i) As pessoas:
Nunca eé líécito aà s pessoas consagradas (sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos “consagrados”),
em razaã o da sua dignidade, dançar, organizar, assistir ou incitar outras pessoas a participarem
dos bailes.
Para os leigos, quando lhes seja líécito fazeê -lo pelas razoã es jaé apontadas, deve-se considerar
tambeé m que: naã o eé líécito dançar com pessoas estranhas, de duvidosa ou maé reputaçaã o ou que
naã o tenham boa intençaã o.
Estaã o condenados pela Igreja os bailes infantis[52], e deve afastar-se dos bailes modernos[53]
os adolescentes de ambos os sexos.
Apenas a presença dos pais – qualquer que seja a idade dos jovens – pode fazer com que
algumas vezes desapareçam algumas grosserias externas escandalosas e chamativas, poreé m naã o
livra da malíécia intríénseca nem os perigos proé ximos que, por si soé , tem alguns bailes. Cabe a
eles, enquanto os filhos estaã o sob sua responsabilidade, proibir, organizar ou assistir os bailes
desonestos ou menos honestos[54].
A diversidade ou igualdade de sexo nos bailes naã o encerra de si mesmo malíécia alguma, salvo o
perigo de tentaçaã o ou intençaã o libidinosa…
(ii) Os vestidos e os perfumes
EÉ tambeé m uma das mais frequentes circunstaê ncias de tentaçaã o contra a castidade, a grave falta
de modeé stia na forma de se vestir, em particular, das mulheres jovens, nas ocasioã es de assistir
festas ou nos lugares de baile. O homem geralmente eé muito mais sensíével que a mulher a este
tipo de provocaçaã o.
Aqueles que por sua falta de modeé stia no vestir saã o ocasiaã o de tentaçaã o ou escaê ndalo para
terceiros no baile, tornam-se responsaé veis moralmente do pecado a que induzem com sua
imoderaçaã o no vestir.
O uso de fantasias nem sempre devem ser reprovados como ilíécitos em si, a naã o ser que haja maé
intençaã o ou que seja ocasiaã o de outros pecados…, ainda que, em igualdade de condiçoã es com os
outros (os sem fantasia), saã o mais perigosos, particularmente em lugares fechados.
E ainda devem ser considerados como circunstaê ncia moralmente maé , que muitas vezes os
perfumes que as mulheres usam (e tambeé m alguns homens) se elaboram com drogas e/ou
produtos que adormecem os reflexos, excitam a sensibilidade…
(iii) O ritmo da música e a letra das canções
As danças modernas, em que geralmente os dançarinos naã o se tocam, nem por isso saã o menos
perigosas. Devem ser igualmente proibidas, aleé m dos motivos jaé expressados, de acordo com o
motivo que aqui consideramos. E uma primeira causa desta proibiçaã o moral eé o ritmo da mué sica
que se utiliza em tais danças, que influenciam grandemente e de modo desordenado sobre as
paixoã es da alma e sobre os sentidos corporais.
Estaé comprovado que o ritmo beat, base musical de todas as danças modernas, produz
gravíéssimas alteraçoã es no sistema nervoso, secreçoã es anormais, estíémulo da sensualidade,
depressaã o da inteligeê ncia e da razaã o que desemboca no erotismo, na violeê ncia e ateé no
suicíédio[55].
Tambeé m saã o circunstaê ncias que tiram a bondade da dança, as cançoã es que se utilizam e que teê m
letra sensual ou que incitam ao suicíédio ou a qualquer outro pecado…
(iv) O lugar e o ambiente:
Naã o eé mesma coisa os bailes familiares, somente entre parentes, e os que se realizam em casas
particulares onde amigos e amigas se reué nem para se divertir, sobretudo por motivo de
casamento e/ou aniversaé rios, e que costumam ter uma condiçaã o particular especial: a de
estender aos que naã o saã o familiares, e sim, amigos de amigos, vizinhos e estranhos que
aparecem como “penetras”…
EÉ evidente que o baile numa casa de famíélia ou familiar, que se daé diante dos pais e pessoas mais
velhas, tem menos perigo do que os que acontecem em outros lugares, desde que o que se dance
seja honesto; poreé m advertimos que somente o lugar, ou uma circunstaê ncia, naã o torna bom o
que por seu objeto eé mau…
Se for lugar mau, naã o se pode ir de modo algum, e eé o que acontece nos atuais lugares
dançantes, seja qual nome for: bares, discotecas, boates, pubs etc., e isto pelas seguintes razoã es:
saã o lugares normalmente fechados, escuros, com utilizaçaã o de luz branca e raios laser, pouca
iluminaçaã o, e onde haé um jogo de luzes manipulado constantemente e de tal modo que produz
desinibiçaã o, estados de excitaçaã o das paixoã es que levam a pecar, levam a uma ruptura com a
realidade e perda de toda capacidade de controle, ou seja, perturbaçoã es tais que produzem um
“curto circuito” nas faculdades conscientes como faz a droga alucinoé gena.
Poreé m, tambeé m os lugares abertos podem ser circunstaê ncias maé s, e ainda agravantes, quando o
ambiente eé tal que afete a moral e os bons costumes, ou quando degenera em histeria coletiva,
atritos, atos de violeê ncia ou imoralidade, como ocorrem nos chamados “festivais” ou “concertos”
de mué sica beat de grupos ou “bandas” famosas que acontecem em estaé dios de futebol, centros
esportivos ou similares, teatros, etc., para centenas e ateé milhares de jovens que se amontoam
para veê -los em suas contorçoã es freneé ticas, escutarem suas cançoã es muitas vezes imorais, para
moverem-se agitadamente numa massa amorfa que conduz prontamente a esse histerismo
coletivo de que falamos, atos de nudez e ainda sexuais em pué blico, sem freio e sem inibiçaã o
alguma, quando naã o se drogam ou praticam outras açoã es aberrantes…
O “ambiente” que existe nestes bailes modernos eé tambeé m um grave obstaé culo para legitimar a
concorreê ncia de um catoé lico: a presença de toda classe de pessoas, sua frivolidade, seu desejo
de se divertir sem nenhum freio, a falta de controle dos responsaé veis pelo lugar, a falta de
modeé stia dos vestidos, muitas vezes acompanhados com um show destripers (nudismo de
homens e/ou mulheres), venda de aé lcool, quando naã o droga, etc…
(v) Tempo:
Haé treê s aspectos que fazem do tempo uma circunstaê ncia maé da dança: a frequeê ncia, os horaé rios,
o tempo sagrado.
De tal modo se apoderou esta “diversaã o” da sociedade, em particular dos jovens, que aparece
como algo absolutamente necessaé rio em toda reuniaã o familiar, festa profana ou fim de semana.
Tudo termina – senaã o quando começa tambeé m – e deve ser amenizado com um baile, e baile
moderno como os que descrevemos mais acima.
EÉ um dado evidente que os jovens, nas noites dos fins de semana, “devem” sair para dançar com
os amigos…
Esta frequeê ncia faz esquecer os deveres da vida, faz com que a paixaã o se inflame, o pudor se
debilite e o horror ao mal desapareça cada vez mais…
Some-se a isso o tema do horaé rio. Para ningueé m passa despercebido o perigo de que os bailes
aconteçam aà noite e terminem aà s altas horas da madrugada[56]. Ambas as coisas, horaé rio e
duraçaã o, combinadas, produzem um enervamento que acaba com toda a reserva moral, e
costuma ser a causa de outros pecados que se cometem depois de uma “noitada” cheia de
paixaã o e desenfreio…
Tambeé m tem importaê ncia assinalar a imoralidade dos bailes realizados nas eé pocas consagradas
a honrar Deus de um modo particular, particularmente no tempo da Quaresma… Alguns
Concíélios regionais chegaram a proibi-los – e se tratava logicamente de bailes honestos –
durante as funçoã es do culto…
(c) Circunstâncias subjetivas:
Todo o anterior foi descriçaã o e princíépios morais relativos de circunstaê ncias objetivas,
exteriores ao sujeito e ao mesmo baile considerado em si.
Devemos dizer algo do aspecto subjetivo, ou seja, atender ao proé prio sujeito, sua condiçaã o
pessoal e que pode ser tambeé m um obstaé culo para assistir ou participar dos bailes…
Naã o nos referimos aà intençaã o ou fim que pode perseguir quem dance, do qual jaé falamos mais
acima, e sim, supondo a retidaã o neste ponto, e a honestidade do mesmo baile, de uma questaã o
de temperamentos e sensibilidade pessoal tanto daquele que dança, como daquele que assiste.
O que para alguns pode naã o ser ocasiaã o de pecado, pode ser para outros, devido ao seu
temperamento, sua sensibilidade, e neste sentido, quem corre o risco de pecar, sendo a ocasiaã o
do baile normalmente voluntaé ria, deve abster-se do mesmo.
O mesmo deve dizer-se se o risco de pecar vem naã o da proé pria condiçaã o, mas sim de terceiros
que concorrem: naã o pode escandalizar-se o proé ximo pela forma de dançar, de vestir-se, etc.
Padre Ricardo Feé lix Olmedo

RESPOSTAS A ALGUMAS OBJEÇÕES SOBRE A DANÇA E A MODÉSTIA


Para concluir, deve-se responder a algumas objeçoã es que levantam os jovens para justificar sua
assisteê ncia, organizaçaã o e diversaã o nos bailes modernos. Naã o saã o todas as que se escutam, mas
saã o suficientemente representativas no modo de pensar da juventude de nossa eé poca e mesmo
de nossos ambientes tradicionais:
1) Eu não peco porque não danço com má intenção:
EÉ necessaé rio reconhecer o justo direito que o homem tem de uma saã diversaã o, mas isso naã o
torna bom o que eé de si mau. Dançar com boa intençaã o; qual eé essa boa intençaã o? Estaé dirigida
pela modeé stia e pela temperança? Seraé realmente boa, ou “aparentemente” boa e naã o um
verdadeiro bem[57] o que se estaé buscando? E, ainda admitindo a retidaã o da intençaã o, ela naã o
pode mudar de nenhum modo a natureza das coisas, naã o pode fazer que o que eé naturalmente
mau, moralmente, seja bom. Se os bailes saã o maus ou menos honestos em si, se as
circunstaê ncias que o rodeiam saã o maé s naã o eé líécito dançar nem assistir a tais diversoã es…
2) Há muitas pessoas que dançam e são boas, inclusive melhores que muitas outras que
vão à Igreja:
Este argumento eé um verdadeiro sofisma: estas pessoas poderaã o ser boas em muitas outras
coisas, talvez em todas as outras, mas nisto de dançar naã o o saã o…, e, portanto, naã o teê m a
verdadeira bondade cristaã , naã o saã o catoé licos virtuosos. Chamar de bom ao que naã o eé
integralmente bom eé naã o falar com propriedade, eé esquecer aquele princíépio que nos recorda
Santo Tomaé s: “a açaã o naã o seraé absolutamente [simpliciter] boa se todas as bondades naã o se
concentram nela, porque o bem, como diz Dioníésio, resulta da integridade da causa, e o mal, de
um soé defeito singular”[58], e mais clara e explicitamente o diz o apoé stolo Santiago: “Porque
qualquer um que houvesse guardado toda a Lei, e faltasse em um soé ponto, tornou-se culpado
de tudo”[59]. Deve-se negar em absoluto que um jovem ou uma jovem possa ser muito bom
nem propriamente bom diante de Deus se frequenta estes bailes modernos…
3) Há jovens que são muito piedosos, que frequentam os sacramentos, que vão à Missa
todos os domingos e, contudo, vão aos bailes; portanto esta diversão não será tão má nem
pecaminosa como se afirma:
A verdadeira piedade corresponde em “prestar submissão e reverência a Deus como Pai”, ensina
Santo Tomaé s[60]. Essencialmente, portanto, ao amor de Deus importa primeiramente a
obrigaçaã o de cumprir seus mandamentos…[61] Tomar parte nos bailes modernos vai
diretamente contra o sexto mandamento, porque, na melhor das hipoé teses, eé poê r-se em perigo
proé ximo de quebrantaé -lo sem necessidade. Dançar e ser verdadeiramente piedoso eé taã o
impossíével como fazer um cíérculo quadrado… Que os jovens dancem habitualmente e depois
frequentem os sacramentos nos faz suspeitar de muitas confissoã es e comunhoã es sacríélegas: naã o
pode haver verdadeiro arrependimento em quem se confessa de ter participado nestes bailes e
naã o faz nada para afastar-se deles… Se essas saã o suas disposiçoã es, de nada valem a absolviçaã o
do sacerdote. Sua confissaã o e comunhaã o nesse estado eé um verdadeiro sacrileé gio…
Aleé m disso, algueé m deve se perguntar: depois de ter assistido a esses bailes e lugares, tenho
mais vontade de rezar? Tenho grandes desejos de virtude? Volto para casa em paz com a minha
conscieê ncia e com Deus? Sinto-me “melhor” depois de ter dançado sem parar e de modo sensual
e freneé tico durante longas horas da noite? A piedade e o baile saã o absolutamente incompatíéveis.
4) Há alguns sacerdotes que nada dizem sobre o baile, e inclusive que afirmam que se se
dança sem má intenção, não há pecado:
EÉ possíével que existam, e se eé assim, estaã o erradíéssimos. Esses tais naã o saã o nem bons sacerdotes
nem bons confessores. Pelo contraé rio, saã o perigosíéssimos, lobos disfarçados em pele de
cordeiro que enganam os jovens, cometem uma falta grave de caridade contra eles, e se fazem
responsaé veis por grandes pecados, proé prios e tambeé m daqueles que agem conforme seus
conselhos.
Poreé m pode ocorrer tambeé m que seu conselho ou explicaçaã o tenha sido de um caso geral
quando em realidade correspondia a um caso em particular em uma circunstaê ncia concreta, e
que retirada do contexto tenha se transformado, por razoã es que preferimos naã o indagar, em um
princíépio geral. Em absoluto, naã o eé impossíével que o confessor, em um caso particular, autorize a
ir dançar, como no caso, por exemplo, de uma mulher casada, verdadeiramente piedosa que
pergunta se pode acompanhar seu esposo em um baile de fim de ano – homem rude e de
costumes fríévolos – porque este estaé decidido a pensar que se esta naã o vai com ele, ficaraé
dançando com outras… Nessas circunstaê ncias, eé provaé vel que autorize, tomadas as devidas
precauçoã es e para evitar males e pecados maiores, que podem ocorrer no referido baile. Poreé m
isto naã o permite fazer de tal permissaã o um princíépio geral…
5) É melhor ir dançar que ir a lugares escondidos, como fazem certos casais, porque isso é
muito mais perigoso e dá muito mais que falar:
Dançar naã o eé “melhor” do que ir a “outro lugar escondido…”. Melhor eé comparativo de bom, e,
portanto, na esseê ncia, pode-se dizer que dançar “eé menos mal” do que fazer o que fazem
alguns…
Ser uma coisa pior que outra, naã o faz da ué ltima boa ou líécita… Aleé m disso, naã o eé inevitaé vel uma
ou outra açaã o: dançar ou a outra… Haé muitos jovens que se divertem de maneira saudaé vel sem
necessidade de alguma dessas coisas…, e o catoé lico deve buscar esta maneira de se divertir…
6) Se não se dança, se não se frequenta os lugares de baile, não se consegue casar e
nenhum jovem quer ficar solteiro. Ou freira ou casada, dizia alguém, e como não tivesse
vocação para freira, então…:
Argumentos semelhantes escutaé vamos faz algum tempo de um jovem: “ir aà s discotecas para
conseguir uma namorada…”
EÉ num lugar como este que se pode conseguir um(a) namorado(a) verdadeiramente catoé lico(a)
tradicionalista?[62] Procurar uma namorada ou um namorado em meio a um baile ou
frequentando as “discotecas” eé fora de toda loé gica cristaã , e naã o pode ser concebido pensamento
assim num jovem catoé lico bem formado.
O casamento concebido dessa forma – se eé que verdadeiramente os que vaã o a esses lugares
querem conseguir um(a) esposo(a) – seraé como dizia um Sumo Pontíéfice, um “casamento de
filme que retirou do homem o respeito pela mulher e desta o respeito por si mesma”;
definitivamente, um casamento que naã o estaraé fundado em princíépios verdadeiramente
catoé licos…, e naã o se diga que logo o “converteraã o” ao tradicionalismo…
Faz muitos anos, quando os coleé gios catoé licos eram verdadeiramente tais, um anciaã o e santo
religioso, dava este conselho aos alunos que iriam ingressar: “rapazes, naã o procurem uma
namorada na rua”, ensinamento que eé reflexo de puro senso comum catoé lico: quem se deixa
“abordar” por um desconhecido numa via pué blica mostra, aleé m de pouco juíézo, que tem
princíépios liberais; e este princíépio pode ser aplicado com muito mais razaã o em relaçaã o aà s
“boates”, “discotecas”, “pubs” ou como queiram chamar estes lugares de baile moderno. Quando
se deseja um esposo ou uma esposa catoé lica, que seja pai ou maã e catoé lica para criar filhos
catoé licos, jamais o encontraraã o nesses lugares, e o mais provaé vel, eé que quem se conhece dessa
forma e chega a se casar esteja trocando os planos que Deus tinha para ele…
Em todo o caso, sempre seraé vaé lida a resposta a este argumento capcioso, aquela de Saã o Paulo:
“non sunt facienda mala ut veniant bona” (naã o se deve fazer um mal para obter um bem).
7) Todas vão, sou a única que nunca posso ir…:
Era o argumento de uma menina colegial ainda, que acabava de entrar na adolesceê ncia e
reclamava com o pai, que lhe proibia de ir dançar com suas amigas aos saé bados…
O progenitor havia apresentado inué meros argumentos, mas naã o havia utilizado o ué nico
verdadeiramente vaé lido e importante: deê graças a Deus por ser a ué nica que no dia seguinte
poderaé despertar com a conscieê ncia tranquila por naã o ter pecado indo a esses lugares, por naã o
ter-se colocado em ocasiaã o voluntaé ria de pecar gravemente…
O espíérito liberal que invade tudo nos faz pensar que porque todos vaã o dançar, por ser a maioria
quem resolveu que eé líécita a dança, as suas circunstaê ncias se transformam, como por arte de
magia, em algo bom, conveniente e ateé necessaé rio… Afastemos de noé s este raciocíénio falso,
semelhante ao que levou aà morte a Nosso Senhor Jesus Cristo: “… e todos gritavam a uma voz:
Faze morrer este [e] gritavam mais forte: Crucifica-o, crucifica-o…!”[63] Que todos fossem
dançar, jamais se poderia fazer bom o que eé mau em si mesmo ou por suas circunstaê ncias ou
ocasiaã o…
8) Finalmente, também escutamos dizer que talvez se possa deixar os jovens em uma semi-
ignorância que talvez haja, prevendo que quem frequenta estes lugares não está em
condições de parar de ir a eles e se corre o risco de converter em pecado formal algo que
não veem assim, e que se apresenta como pecado material para eles…:
Quem pensa assim tem uma falsa caridade e nenhum conhecimento da moral catoé lica. A
caridade se fundamenta na verdade, e ocultaé -la, dissimulaé -la, naã o dizeê -la nestes casos eé
consentir no pecado alheio, favoreceê -lo, naã o afastar do pecado a quem deve e pode ser afastado.
Para a teologia moral a semi-ignorância naã o existe, e naã o conhecemos nenhum moralista que
utilize esse termo em nenhum caso…
Os autores falam apenas em “ignoraê ncia”, e a definem, em ordem aà moralidade dos atos
humanos, da seguinte forma: “falta de devido conhecimento em um sujeito capaz”[64], e que
dividem, referindo-se ao sujeito que pode teê -la como “ignoraê ncia invencíével”, que eé aquela que
naã o pode ser desvanecida ou porque de nenhum modo se daé conta do erro ou porque suas
tentativas por fazeê -la desaparecer foram em vaã o (perguntando aos outros, estudando o caso
etc.)[65], ou como “ignoraê ncia vencíével” que eé aquela que poderia e deveria desvanecer com
uma diligeê ncia razoaé vel (consultando, refletindo, etc.).
Se a ignoraê ncia invencíével escusa de pecado por ser totalmente involuntaé ria, e, portanto
inculpaé vel, naã o ocorre o mesmo com a ignorância vencível que eé sempre culpada, e, portanto
pecado, em maior ou menor grau de acordo com a negligeê ncia em averiguar a verdade.
EÉ bom lembrar as reflexoã es simples que faz um teoé logo conhecido em nosso meio hispaê nico: “a
razaã o da culpabilidade eé porque eé sempre voluntaé ria. O agente percebe sua ignoraê ncia e nada
faz – ou muito pouco – para averiguar seus deveres. Contudo, eé certo que diminui um pouco o
ato voluntaé rio e o faz, por conseguinte, menos culpado; a naã o ser que a ignoraê ncia seja afetada,
neste caso aumenta a malíécia do ato pela perversa disposiçaã o da vontade do pecador, que naã o
quer inteirar-se de seu dever para naã o ver-se obrigado a cumpri-lo”[66].
Poderíéamos apresentar aqui a possibilidade de uma conscieê ncia provaé vel na qual os motivos em
que se baseiam o juíézo naã o garantam a certeza, mas tambeé m naã o saã o suficientes para tornar
honesto o ato de dançar. Em outras palavras, tentar justificar a licitude da dança porque se
duvida se eé líécito ou naã o, havendo argumentos tanto para dizer que sim ou que naã o. A
conscieê ncia provaé vel, ensinam os teoé logos, eé aquela em que se afirma como sendo somente
provaé vel que algum ato eé líécito ou ilíécito, mas com temor do que lhes eé contraé rio. Seria algo
semelhante aà opiniaã o, e os autores modernos assimilam a conscieê ncia provaé vel aà duvidosa
(ainda que, em sentido estrito, a conscieê ncia duvidosa seja a suspensaã o do juíézo do intelecto que
naã o assume nenhuma das partes contraditoé rias). Na praé tica, a soluçaã o eé a seguinte: esta
conscieê ncia provaé vel ou duvidosa se reduz tambeé m aà conscieê ncia vencivelmente erroê nea; com
efeito, quem ignora desta forma conhece a sua ignoraê ncia e naã o pode ter certeza de seus juíézos.
E a conscieê ncia vencivelmente erroê nea, assim como a provaé vel ou duvidosa, naã o eé regra legíétima
para atuar: “Nunca a consciência duvidosa nem a consciência vencivelmente errônea podem ser a
norma reta de uma ação” ensinam os moralistas. Falando de outra maneira, “não é permitido
seguir a consciência vencivelmente errônea já seja que mande ou permita algo, nem agir contra
ela, senão que é preciso retirar o erro antes de agir”.
“O homem deve se valer de uma séria solicitude para ter uma consciência certa”, e por isso os
jovens devem se informar a respeito de seus deveres morais, particularmente neste em que
estamos tratando: a dança; e por sua vez, aos pastores lhes urge pregar, ensinar e aconselhar
neste assunto e naã o podem deixar os jovens na ignoraê ncia…, nem numa suposta “semi-
ignoraê ncia”; pelo contraé rio, fazem-se culpados de uma gravíéssima negligeê ncia em seus deveres
pastorais e responsaé veis pelos pecados que aqueles cometerem por naã o terem sido retirados de
seu desconhecimento ou erro sobre este tema.
Ensina Santo Tomaé s que “a ignoraê ncia implica na privaçaã o da cieê ncia, a saber, enquanto falte
para algueé m a cieê ncia daquelas coisas que por natural aptidaã o pode saber e algumas destas se
estaé obrigado a saber, como aquelas sem cuja cieê ncia naã o se pode exercer com segurança o
devido ato; pelo que todos estaã o obrigados a saber comumente as coisas que saã o de feé e os
preceitos gerais do direito; e cada um em particular as que dizem respeito ao seu respectivo
estado…”[67]
E assim, aos jovens lhes estaé imposto o dever – insistimos – de interrogar, de informar-se acerca
do modo de se divertir cristaã mente e a respeito da licitude ou naã o dos bailes modernos… Sua
ignoraê ncia neste ponto de nenhum modo pode ter-se como “invencíével” ou “inculpaé vel”, porque
facilmente podem obter o conhecimento que precisam sobre o particular…: “pela negligeê ncia, a
ignoraê ncia de algo que algueé m estaé obrigada a saber que eé pecado…, [e] a ignoraê ncia vencíével eé
sim um pecado, se versa a respeito de coisas que se estaé obrigado a saber”[68].
Por isso afirma com toda razaã o o Doutor Angeé lico que “se a razão ou a consciência é errônea por
um erro direto ou indiretamente voluntário no tocante às coisas que alguém está obrigado a
saber, tal erro não exime de pecado a vontade que segue a razão ou a consciência errônea”[69]. Os
jovens devem formar-se moralmente…, os sacerdotes devem formá-los nestes temas morais!
Diz-se ainda na objeção que “quem frequenta estes lugares não está em condições de acabar com
eles e corre o risco de converter-se em pecado formal algo que não veem assim, e que hoje não
passa de pecado material para eles”.
Vaé rias coisas devem ser consideradas aqui: 1) A falta de “condiçoã es” (?) para cortar com esta
ocasiaã o proveé m de uma falta de firmeza na vontade? 2) Ou naã o querer fazeê -lo, quer dizer, deixar
de ir dançar, porque acreditam que naã o eé pecado? 3) Ou por que apesar de tudo naã o vaã o deixar
de ir? E no segundo caso: 4) Que classe de ignoraê ncia eé a sua para que se possa dizer que eé
apenas pecado material?
Se se estaé atento ao que foi explicado, veê -se claramente que a questaã o da “ignoraê ncia” eé um
problema de “inteligeê ncia”, e, portanto, se o problema eé a fraqueza da vontade (interrogaçaã o 1),
o remeé dio eé fortaleceê -la pelos meios adequados, poreé m naã o eé deixaé -los expostos a uma ocasiaã o
que produz piores males dos que se supoã e.
Se eé porque simplesmente naã o iraã o deixar de ir (interrogaçaã o 3), ainda que saibam de sua
malíécia, o ué nico que resta eé negar-lhes a absolviçaã o…
Mas se seu juíézo “supostamente” bom sobre as danças modernas eé por ignoraê ncia, ou em todo
caso por erro (interrogaçoã es dois e quatro), como se deve resolver o problema? A ignoraê ncia
nestes casos nunca eé invencíével porque com um míénimo de esforço – que por outro lado eé
obrigaçaã o do jovem –, pode chegar a conhecer algo que eé necessaé rio para sua “vida moral”, e,
portanto nunca escusa de pecado formal. O que deve ser feito, nos ensina Santo Afonso: “eé
obrigaçaã o do confessor alertar ao que estaé na ignoraê ncia culpaé vel de algum de seus deveres, jaé
provenham eles da lei natural ou da lei positiva. Quando esta ignoraê ncia eé inculpaé vel, deve-se
fazer uma distinçaã o: se algueé m ignora as coisas necessaé rias para se salvar, eé de todo evidente
que devemos retiraé -lo do erro[70], e aqui se trata de cumprir com o sexto mandamento…, cujos
violadores, ensina Saã o Paulo, naã o entraraã o no reino dos ceé us. Assim, naã o se pode falar em deixar
que o jovem cometa, nesses casos, pecado material, isto eé , que quebrante involuntariamente a
lei de Deus porque naã o existe tal ignoraê ncia invencíével: ele deve conhecer suas obrigaçoã es
morais e o sacerdote tem obrigaçaã o de instrui-lo sobre o tema.
9) Mas é necessário se divertir na vida, não é possível viver virtuosamente sem ter um
momento de relaxamento, pelo que é lícito dançar:
Certamente que a recreaçaã o eé necessaé ria ao homem e conforme a reta razaã o, e ensina Santo
Tomaé s que o contraé rio eé víécio: “eé obrar contra a razaã o naã o participar da alegria comum e
impedir a recreaçaã o amena dos outros”[71].
Na vida eé necessaé rio certo repouso, e para consegui-lo fazem falta as distraçoã es que o
proporcionem e “essas atividades, segue ensinando o doutor Angeé lico, em que se busca o prazer
do espíérito se denominam… festas, e é necessário usá-las para descanso da alma”[72].
A virtude que regula esta atividade eé a eutrapelia, que retifica, segundo a reta razaã o, estas
diversoã es, porque “se, sob o pretexto de diversaã o, comete-se uma açaã o imoral em si mesmo ou
nociva para o proé ximo em mateé ria grave, temos um pecado grave”[73].
EÉ por isso que destaca Santo Tomaé s que, nestas diversoã es eé necessaé rio considerar treê s coisas:
“antes de tudo eé necessaé rio naã o buscar o dito prazer em coisas torpes ou nocivas; conveé m, aleé m
disso, naã o perder a gravidade do espíérito; e em terceiro lugar devemos considerar que a
brincadeira [a diversaã o] deve acomodar-se aà dignidade da pessoa, circunstaê ncias de lugar,
tempo etc., ou como diz Cíécero, “algo digno do homem e do momento”. Tudo isto ponderado pela
reta razaã o”[74].
E assim pode existir “excesso em razaã o das circunstaê ncias, como divertir-se em tempo e lugar
indevido, ou em forma que vai contra a dignidade da pessoa e de seus negoé cios, e isto pode ser
aà s vezes pecado mortal pela veemeê ncia do afeto que se poã e… menosprezando os preceitos de
Deus ou da Igreja”[75].
E nossa dignidade eé a de ser filhos de Deus, irmaã os de Cristo, por quem fomos redimidos pelo
preço de seu Sangue divino e nos vem a salvaçaã o, herdeiros do Ceé u se cumprirmos seus
mandamentos de amor…
Assim se explica que “uma diversaã o maé em si mesma, nunca estaé autorizada; uma diversaã o maé
naã o eé líécita se escolhida por nenhum preço, [e tambeé m] uma diversaã o orientada para o mal,
deve igualmente ser proibida, … e a causa dessa proibiçaã o eé que, o que ama, ou quer o perigo
sem a menor necessidade, eé , pela mesma razaã o, considerado desejoso do mau que se lhe estaé
unido; porque, em segundo lugar, toda lei, assim como veda sua violaçaã o, proíébe tudo aquilo que
leva a sua transgressaã o. Esquivar-se da ocasiaã o proé xima naã o eé , pois, um simples conselho, mas
um preceito imposto por Deus mesmo”[76].
5. DANÇAS HONESTAS
Depois de tudo o que foi dito, a juventude hoje em dia pode praticar algum tipo de dança? Trata-
se, obviamente, de determinar em primeiro lugar se existem danças moralmente honestas por
seu objetivo, segundo os criteé rios dados por Santo Tomaé s, aos que jaé fizemos refereê ncia, e que eé
nossa refereê ncia segura sobre o tema, e que entaã o sejam legíétimas como expressaã o de uma
alegria cristaã … Poreé m a isso deve ser acrescentado tambeé m, se compreendemos tudo o que foi
dito ateé agora, circunstaê ncias “boas”, no sentido moral do termo.
Para que a dança seja honesta e líécita, eé necessaé rio que, sendo expressaã o de uma saã alegria da
alma, seus movimentos sejam ordenados de acordo com a reta razaã o, com arte, harmonia e
conforme o que buscam exteriorizar, afastada toda a sensualidade, indeceê ncia, atrevimento ou
liberdade de gestos, giros e/ou atitudes que possam levar aà lascíévia. Devem ser danças decentes,
isto eé , diz S. Afonso, “sem que medeiem atos, posturas, movimentos ou contatos contraé rios aà
pureza”[77].
Assim fica excluíéda como dança honesta a dança abraçada, que poã e em contato os corpos (em
particular os peitos) dos dançarinos, pelo perigo proé ximo de sensualidade em que se colocam
os participantes…
A estas “qualidades objetivas” devem somar-se: 1) o motivo honesto dos que concorrem e
dançam: um casamento, uma festa familiar etc…; 2) lugar decente: casa particular, ou lugar
aberto (por exemplo, como saã o as danças em praças pué blicas por motivos de festas patronais) e
naã o pué blico (pelos perigos que implicam se saã o fechados, estreitos, e aleé m da íéndole dos
assistentes, aglomeraçaã o etc.); 3) na presença de pessoas mais velhas, respeitaé veis, de costumes
honestos; 4) com pessoas decentes, ou seja, virtuosas e que saibam conduzir-se conforme os
costumes catoé licos em tais circunstaê ncias; 5) por pouco tempo[78] e em horaé rios convenientes;
6) com vestimenta cristaã ; 7) com retidaã o de intençaã o; ou seja, com a ué nica finalidade de
divertir-se por um momento honestamente…
Estas qualidades encaixam-se perfeitamente nesses bailes regionais ou danças populares,
expressaã o de arte ríétmica, de agilidade e destreza, que haviam nos povoados, festas cíévicas ou
patronais, e ateé com a presença do padre paroquial.
Eram, entre outros da mesma íéndole, as danças e os bailes folcloé ricos da Espanha e da Ameé rica
Latina que aconteciam durante a eé poca colonial[79] e ateé tempos mais proé ximos, as
danças criollas que aconteciam no interior do nosso paíés[80] e que, atualmente saã o
consideradas como relíéquias de costumes de um passado que naã o se deseja recuperar.
Nada pode ofender a moral cristaã a respeito de tais costumes, e talvez algueé m se pergunte se,
fora desses tipos de danças, hoje poderia dar-se o tíétulo de “honesto” e por consequeê ncia,
“líécito” a alguma das danças que os jovens atuais usam em suas festas ou entretenimentos. A
resposta eé clara: se haé a possibilidade de aplicar ao mesmo tempo todas as condiçoã es e
circunstaê ncias descritas acima, pode-se praticaé -las, salvo proibiçaã o para aquelas que, ainda que
todas as normas tenham sido cumpridas, as referidas danças sejam uma ocasiaã o pessoal de
pecado por motivos subjetivos.
Padre Ricardo Feé lix Olmedo
1) EÉ bom recordar aqui o que era ensinado aos bispos do mundo inteiro em uma carta da
Sagrada Congregaçaã o do Concíélio no ano de 1954: “Ningueé m desconhece, com efeito, como,
principalmente durante o períéodo de veraã o, em qualquer lugar que seja, contemplam-se
espetaé culos que naã o podem deixar de ofender a vista e o espíérito de quem naã o renunciou aà
virtude cristaã e ao humano pudor. Naã o soé nas praias e nos lugares de veraneio, mas tambeé m em
quase toda a parte, nas ruas das cidades, privada e publicamente, e, com frequeê ncia, mesmo
tambeé m nas igrejas, generalizou-se um vestuaé rio indigno e desavergonhado, que poã e a
juventude – facilmente inclinada ao víécio – em gravíéssimo perigo de perder sua inoceê ncia,
maé ximo ornamento e o mais precioso de sua alma e de seu corpo. O ornamento feminino, se
ornamento pode chamar-se, e os vestidos femininos, ‘se vestidos podem chamar-se quando nada
apresentam que possam defender o corpo nem mesmo o próprio pudor’ (a), frequentemente saã o
de tal feitio que mais parecem servir aà desonestidade que ao pudor. A isso soma-se que toda
malíécia e desonestidade, privada e pué blica, eé apregoada descaradamente nos perioé dicos,
revistas e folhetos ou onde haé mais aflueê ncia de gente, oferecendo-lhes de forma animada e
colorida nas telas dos cinemas, de maneira que jaé naã o soé a incauta e deé bil juventude, mas ateé
mesmo os de idade provecta, sentem-se empolgados pelas mais insanas solicitaçoã es. Ningueé m
ignora como, de tudo isso, derivam grandes males, com seus subsequentes perigos, para a
moralidade pué blica. Surge, pois, a necessidade de que naã o somente se recomende a todos como
algo bom a beleza do pudor apresentada em sua luz proé pria, mas tambeé m se reprima e, ateé
mesmo, proíéba-se, na medida do possíével, os atrativos e excitaçoã es dos víécios; e finalmente que
todos retornem aà devida severidade de costumes, porque, como disse o maé ximo orador
romano: ‘Com frequência vemos serem vencidos no pudor, àqueles que nenhum argumento pudera
vencer’ (b). Todos compreendem bem como nos achamos diante de um problema gravíéssimo, do
qual depende naã o soé , e principalmente, a virtude cristaã , como tambeé m a saué de mesma do corpo,
e, ainda, o vigor e fortaleza da sociedade humana. Razaã o teve o antigo poeta ao dizer: ‘Princípio
do pecado é já quando os corpos se apresentam publicamente desnudos.’ (c); por tudo isto, este
assunto, como facilmente se veê , diz respeito naã o somente aà Igreja, senaã o tambeé m aos que
governam a sociedade, pois todos devem desejar que naã o se debilitem nem se rompam as forças
corporais ou as defesas da virtude. E, principalmente a voé s, aos que o Espíérito Santo colocou
para reger a Igreja de Deus, considerareis isto com a maé xima atençaã o, cuidando e promovendo
tudo aquilo que possa contribuir para a melhor defesa do pudor e para a melhoria dos costumes
cristaã os: ‘Pois todos somos templos de Deus porque se nos infundiu o Espírito Santo que nos
consagrou, o vigilante e reitor deste templo é o pudor, que não deverá permitir que nele penetre
nada de impuro ou profano, para que não seja ofendido aquele Deus que aí habita e, então,
abandone a sua morada.’ (d) Pois entaã o, todos compreendem bem como, pelo modo atual de
vestir-se, especialmente entre as mulheres e as jovens, faz-se grave ofensa aà modeé stia que ‘é
companheira do pudor e cuja companhia é a melhor defesa da castidade’(e). Por tudo isso eé de
necessidade absoluta o avisar e exortar da melhor forma possíével a todas as classes de pessoas,
mas, singularmente, aà juventude, para que cuidem de evitar os perigos de tantas ruíénas que, por
sua total oposiçaã o aà virtude cristaã e aà humana, podem poê -las em gravíéssimo perigo. Quaã o belo eé
o pudor, a mais brilhante peé rola dos costumes! Razaã o eé , portanto, para que naã o seja ofendida
nem violada por faé ceis lisonjeiros e atrativos dos víécios que nascem daquelas maneiras de vestir
ou de outras açoã es, jaé referidas, e que os homens de bem naã o podem mais que lamentar.”
a) Seê neca, De ben. VII; b) Cíécero, Tusc., II, 21; c) EÊ nio, apud Cíécero, Tusc., IV, 33; d) Tertuliano, De
Cultu Fem., II, 1; e) S. Ambroé sio, De Off., I, 20.
2) Alocuçaã o ao Primeiro Congresso Internacional de Alta Costura, de 8 de novembro de 1957.
3) Idem nota anterior.
4) Idem nota anterior.
5) Idem nota anterior.
6) “Et quæ putamos ignobiliora membra esse corporis, his honorem abundatiorem
circundamus… Honesta autem nostra nullius egent” (1 Cor. XII, 23-24).
7) Cfr. Merkelbach, B. (O.P.) em “Quæstiones de Castitate et Luxuria”, ediçaã o 4ª, ano 1936, edit.
La Penseé e Catholique, Beé lgica, p. 71; Pruü mmer, em “Manuale Theologiæ Moralis, t. II, nº 691, p.
534, ed. Herder, ano 1961; Noldin em seu complemento “De Sexto Præcepto et Usu Matrimonii”
aà “Summa Theologiæ Moralis”, nº 48, p. 50, ed. Oeniponte (Pustet), ano 1907, ed. 9ª, Ratisbona;
Loiano S. (O.M.C.), em “Institutiones Theologiæ Moralis ad normam Iuris Canonici”, vol. V, nª
127, p. 147, ed. Marietti, ano 1952, etc.
8) Dizem-se desonestas naã o secundum se, porque nada do que foi criado por Deus eé desonesto,
senaã o porque como objeto de abraço, toques, beijos e/ou olhares, ordinariamente terminam,
pela sua proé pria natureza, em atos desonestos (“Terminare actus deshonestos natæ sunt”)
9) Pastoral de 21 de julho de 1951, citada pelo Pe. Blanco Pinã aé n em “Alegrai-vos no Senhor – a
Igreja e os costumes e diversoã es modernas”, ed. Fax, Madri, ano 1957, p. 223.
10) Em franceê s “maioê ” significa traje de banho, mas em portugueê s, a palavra eé utilizada como
traje de banho de uma soé peça e que na eé poca começava a utilizar-se, em que, assinalando o
contorno das formas do corpo, deixava tambeé m descobertas as pernas, os braços, as costas,
parte do peito…
11) Citada pelo Pe. Pinã aé n, o. c., p. 222.
12) Alocuçaã o aà Juventude Feminina da Açaã o Catoé lica, de 22 de maio de 1941, citada em “O
Problema da Mulher, Ensinamentos Pontifíécios”, ed. Paulinas, Bs. Aires, nº60, p. 54.
13) Publicado na Revista “Criterio” nº 285, p. 473 nota.
14) Por suposto que naã o eé líécito nem mesmo nesta circunstaê ncia tomar banho de sol
completamente desnudo.
15) “Alocuçaã o ao Primeiro Congresso Internacional de Alta Costura”, de 8 de novembro de 1957.
16) E mais…, segundo um artigo publicado em um jornal de Buenos Aires, em que se conta a
organizaçaã o de festas durante todo o fim de semana. Com o tíétulo “Siga a festa… ateé qualquer
hora… maratonas de mué sica eletroê nica que se organizam em casas de campo e discotecas para
dançar de dia”, o jornal “La Nacioé n”, do dia 3 de março de 2003, informa a respeito dos
chamados “after hours… onde o poê r do sol naã o determina o fim da festa, em que nada parece ser
suficiente, e agora alguns se estendem ateé aà s 21:00 h…”. Vale a pena transcrever algumas das
declaraçoã es transcritas pelo mesmo jornal. Uma mulher, de trinta e cinco anos de idade, diz: “De
segunda a sexta-feira tenho uma vida supernormal. Trabalho de recepcionista e vivo com meus
pais. Mas, os fins de semana são para mim de um desfrute total”… Um jovem, por sua vez, afirma:
“… para muita gente isto é uma festa. E não ponha o meu nome, pois minha mãe pensa que estou
jogando uma partida de futebol em um clube campestre…” Um estudante assinala que “aqui cada
um está em seu mundo… a mim me encanta esta agitação. [sic] de dançar até qualquer hora.”, e
outra mulher diz: “Ontem me levantei às 6:00 h. Trabalhei o dia todo; à noite, fui dançar e depois
fui a uma reunião… Como aguento? Isso não se pergunta”… Curiosamente, e como por
casualidade, na mesma paé gina, o jornal traz um artigo sobre a substituiçaã o – por razoã es de custo
– da droga “eê xtase”, que invadiu as festas de dança na deé cada de 90, por outro alucinoé geno que
se vende nas lojas veterinaé rias. Ali se fala de “a droga do desenfreio e a dança sem fim… que tem
as propriedades de um anesteé sico, com a diferença de que a pessoa continua desperta [sic]. Os
rapazes e as moças dançam, mas naã o sentem o corpo. E se algueé m os golpeia ou os toca, naã o o
percebem, porque a droga anula uma das defesas naturais do organismo”… “O efeito que
provoca eé definido por seus consumidores – assinala o artigo – como de separaçaã o do corpo e
da mente. Naã o eé droga de marginais e no ué ltimo ano houve um aumento consideraé vel de
consultas por consumo de ketamina (eé o nome da droga)”. A notíécia conclui que “segundo um
estudo da Food and Drug Administration dos Estados Unidos, o uso prolongado de Ketamina
pode provocar delíério, amneé sia, deterioramento da funçaã o motora e problemas respiratoé rios
potencialmente mortais”.
17) Ed. Livraria Catoé lica Açaã o, Buenos Aires, 1959, nº 53, pg. 94.
18) Em seu “Dicionaé rio de Teologia Moral, editorial Liturgia espanhola”, Barcelona, 1960,
verbete “O baile”.
19) Outras definiçoã es desta “açaã o humana” teê m sido dadas, entre elas transcrevemos as
seguintes: “A dança vem a ser um conjunto de movimentos compassados, posturas, gestos e
atitudes…, sendo o essencial o movimento do corpo e como fundamento certa intensidade de
afetos aníémicos que naã o podem expressar-se suficientemente com toda a linguagem” (Pe.
Rufino Villalobos Bote, em “Es pecado bailar? No es pecado bailar?” ed. Difusora Del Libro,
Madrid, pg. 23-24); “Uma sucessaã o de saltos e passos regrados por uma cadeê ncia” (Littreé , cit.
por Villalobos Bote, 1. c.) , “O baile eé um movimento do corpo que se faz, segundo uma cadeê ncia
ordinariamente ao som de instrumentos ( Pe. Guerin, cit. por Villalobos Bote, 1. c.).
20) Vicente Hernaé ndez, em “El Baile”, ed. Studium, Madri, ano 1961, paé g. 14.
21) Entre outros, o de Maria (Ex. XV, 20), o da filha de Jefteé (Jud. XII, 34), e o da mesma Judit
(Jud. XV, 15)
22) Ex. XXXII, 15 e ss.; Mc. VI, 17-29.
23) Card. Roberti, 1.c.
24) Ecli. IX, 4.
25) Joé , XXI, 12-13.
26) Encíéclica “Sacra propediem” de 6 de janeiro de 1921, em “encíéclicas Pontifíécias”, ed.
Guadalupe, t. I, paé g. 975.
27) S.T. II-II, q.168, a. 1.
28) S.T. II-II, q. 160, a. 2
29) Is. III, 16: “Et dixit Dominus: pro eo quod elevatae sunt filiæ Sion, et ambulaverunt extento
collo, et nutibus oculorum ibant, et palaudebant, ambulabant pedibus suis, et composito gradu
incedebant” (“E disse o Senhor: Pois que as filhas de Siaã o se elevaram, e andaram com a cabeça
emproada, lançando olhares [desavergonhados], caminhando [afetadamente] a passo miué do, e
caminhavam dançando fazendo ruíédos com os peé s”) .
30) “quæritur de ludis chorealibus, utrum sine peccato exerceri possint, propter illud quod
dicit, et plaudebant: arguit enim tamquam peccatum”.
31) In Is. III, cap. 3: “… Ad quod quidem dicendum, quod ludus secundum se non est malus;
aliter enim in ludis non esset virtus quæ dicitur eutrapelia: sed secundum quod ordinatur
diverso fine, et vestitur diversis circumstantiis, potest esse actus virtutis et vitii. Quia enim
impossibile est semper agere in vita activa et contemplativa; ideo oportet interdum gaudia curis
interponere, ne animus nimia severitate frangatur, et ut postmodum homo promptius vacet ad
virtutum opera. Et si tali fine fiat de ludis cum aliis circumstantiis, erit actus virtutis, et poterit
esse meritorius, si gratia informetur. Istæ autem circumstantiæ videtur in ludo choreali
observandæ præcipue: ut non sit persona indecens, sicut clericus, vel religiosus: ut sit tempore
lætitiæ, ut liberationis gratia, vel in nuptiis, et hujusmodi: ut fiat cum honestis personis, et cum
honesto cantu; et quod gestus non sint nimis lascivi, et si qua hujusmodi sunt. Si autem fiat ad
provocandum lasciviam, et secundum alias circumstantias indebitas, constat quod actus
vitiosus erit”.
32) S.T. II-II, q. 168, a. 2 ad 1.
33) Encíéclica “Sacra Propediem”, de 6 de janeiro de 1921, publicada em “Encíéclicas Pontifíécias”,
ed. Guadalupe, Bs. Aires, t. 1, paé g. 975.
34) Encíéclica UÜ bi Arcano”, de 23 de dezembro de 1922, em “Encíéclicas…”, t. 1, paé g. 1005.
35) Entre outros, ver: “Discurso aos receé m-casados”, de 24 de junho de 1940, “Alocuçaã o aà s
mulheres italianas”, de 21 de outubro de 1945; “Alocuçaã o aà Uniaã o de mulheres catoé licas”, de 24
de junho de 1949…
36) Naã o podemos aqui descrever as caracteríésticas das danças cujos nomes colocamos em
seguida, mas podemos caracteriza-las de um modo geral dizendo que saã o os antepassados
“mais ou menos proé ximos do ”.
37) Entre outros documentos do Magisteé rio que explicitamente condenam o “tango”,
transcrevemos o de D. Chollet, Arcebispo de Cambrai na Semana religiosa da Diocese de 20 de
março de 1920: “O tango, o foxtrote e outras danças anaé logas saã o diversoã es imorais por sua
proé pria natureza. Estaã o proibidos pela proé pria conscieê ncia em toda parte e sempre,
anteriormente a quaisquer condenaçoã es episcopais e independentemente delas. Semelhantes
condenaçoã es agregam somente uma nova obrigaçaã o de naã o praticaé -las. Sendo estas danças
imorais por sua proé pria natureza, saã o tambeé m proibidas quando por um subterfué gio se
conservam nelas as figuras e trocam somente o nome”. (cit. por Vicente Hernaé ndez, o.c., p. 58).
38) O termo “rock and roll”, que identifica um novo ritmo de mué sica e de dança, foi inventado
por um “disc-jockey” de Cleveland (E.U.A.), mas o que a maioria ignora eé que esta expressaã o
descreve os movimentos do corpo durante as relaçoã es sexuais” (Pe. Jean-Paul Reé gimbal, em seu
artigo “O Rock’nd Roll” publicado na revista Verbo da Argentina, nº 246, setembro de 1984, paé g.
65 e seg.).
39) Cf. tambeé m, Pe. Vicente Hernaé ndez, em o.c., paé g. 80.
40) Cf. Vicente Hernaé ndez, o.c., paé g. 91.
41) Citado por Rufino Villalobos Bote, em o.c., paé g. 150-151.
42) Em suas “Quæstiones pastorales, ”, II, b, cit. por Vicente Hernaé ndez em o.c., paé g. 93, nota 68.
43) Em “Summa Theologiæ Moralis”, t. 3, n. 421, paé g. 437, ed. Herder, ano 1951.
44) Em “Compendium Theologiæ Moralis”, ed. Subirana, Barcelona, ano 1910, t. 1, nº 242, paé g.
184.
45) Idem nota anterior.
46) Entre outros, cfr.: Santo Afonso Maria de Ligoé rio em “T.M. lib. 3, n. 423; Noldin, em “De sexto
Præcepto” (ed. Pustet, Roma, ano 1907), n. 51 e ss.; Pruü mmer, o.c. t. 2, n. 694; Zalba, “Theologiæ
Moralis Summa”, ed. Bac, Madri, ano 1957, n. 461 e.; etc.
47) Santo Afonso, o. c., Lib. 3, n. 415.
48) In Is. III, cap. 3.
49)“Introduçaã o aà Vida Devota, ediçoã es Dictio, Bs. Aires, ano 1980, cap. XXXIX, paé g. 251.
50) Idem nota anterior.
51) Concíélio Plenaé rio Limense da Ameé rica Latina, aprovado por Leaã o XIII em 1/1/1900: “799…
Reprovamos as coletas de esmolas, que com o nome de Bailes de caridade, autorizam um víécio
contraé rio aà verdadeira caridade, a qual eé maã e e tutora da honestidade de costumes e da
moderaçaã o cristaã , e de nenhuma maneira da mundana dissoluçaã o…”
52) Idem nota anterior: “758. Reprovamos o abandono dos pais, que, concedendo a seus filhos
absoluta liberdade no trato com pessoas de sexo diferente, naã o protegem bastante a sua pureza
contra os perigos que a rodeiam, naã o evitam os namoros precoces, e naã o robustecem nem
fomentam em seus coraçoã es o amor aà castidade. Por isso, declaramos dignos de igual
reprovaçaã o aos promotores e fautores dos bailes infantis, e gravissimamente encarecemos no
Senhor aos pais, que naã o exponham seus filhos a tamanhos perigos, ainda que para buscar
desculpas para os pecados, apresentem naã o poucos pretextos, com apareê ncia de honestidade”.
53) Incluíémos neste conceito de “bailes modernos”, todos os descritos em nossa exposiçaã o ateé
agora.
54) Idem nota anterior. “759. Condenamos terminantemente…, os bailes e espetaé culos
desonestos, pouco honestos ou perigosos, e declaramos que se desviam do caminho da salvaçaã o,
os pais que, seja com seu exemplo, seja com sua negligeê ncia em repreender a seus filhos, ou em
afastaé -los eficazmente destes perigos, se tornam cué mplices e fautores de tamanhas iniquidades”.
55) Transcrevemos aqui parte de um trabalho – jaé antigo e superado ‘do Pe. J. P. Regimbal
(OSST) sobre os efeitos fíésicos e morais da mué sica rock: “a) As consequeê ncias fíésicas: numerosos
estudos teê m sido empreendidos para avaliar os diversos efeitos da mué sica rock depois de graves
traumatismos de ouvidos, vista, coluna vertebral, sistema endoé crino e sistema nervoso dos
ouvintes assíéduos deste tipo de mué sica. Bob Larson e uma equipe meé dica de Cleveland
revelaram vaé rios sistemas convincentes em mais de duzentos pacientes: Temos mostrado que
esta mué sica pode ter como efeitos consequeê ncias fíésicas assombrosas: mudanças na pulsaçaã o e
na respiraçaã o, secreçaã o acrescentada das glaê ndulas endoé crinas, em particular a glaê ndula
pituitaé ria que regula os processos vitais no organismo. Quando aumenta a mué sica a laringe se
contrai, quando abaixa se distende. O metabolismo de base e a porcentagem de açué car no
sangue se modifica ao longo da audiçaã o. Pode-se entaã o pensar em “jogar” sobre o organismo
humano como se toca um instrumento musical, e de fato certos compositores de mué sica se
propuseram manipular o ceé rebro provocando um curto circuito nas faculdades conscientes tal
como faz a droga. O ritmo predominante do rock e do pop condiciona primeiro o corpo e logo
estimula certas funçoã es hormonais do sistema endoé crino. Estes efeitos aumentam com a
intensidade da mué sica. Aleé m dos 80 decibeé is o efeito eé desagradaé vel, aleé m dos 90 se torna
prejudicial. Ora, nos concertos rock tem sido medido de 106 a 108 decibeé is no centro do salaã o e
cerca de 120 perto da orquestra; os especialistas tambeé m descobrem nos jovens problemas de
audiçaã o proé prios dos adultos com mais de cinquenta anos, assim como um aumento inquietante
das doenças cardiovasculares ou problemas de equilíébrio. Nos problemas visuais a intensidade
de iluminaçaã o especial e a utilizaçaã o de raios laser teê m produzido danos irreversíéveis nos olhos
de alguns participantes.” O professor Paul Zenier, da Universidade de Purdue, explica: “… certas
discotecas estaã o equipadas com efeitos laser. Se o raio penetra no olho pode produzir uma
queimadura na retina com formaçaã o de uma mancha cega e permanente. Aleé m disso, os raios de
luz animada que aparecem ao ritmo da mué sica, produzem vertigens, naé useas e fenoê menos
alucinatoé rios”. Autoridades seé rias teê m denunciado isto, em particular o fez o governo britaê nico,
que mandou publicar uma adverteê ncia em um folheto de segurança em meios escolares. O
ceé lebre musicoterapeuta Adam Knieste, no informe de um estudo realizado durante dez anos
sobre os efeitos da mué sica rock, escreveu: “O problema central causado pela mué sica rock nos
pacientes que eu tenho tratado, deriva claramente da intensidade do ruíédo, o qual provoca a
hostilidade, esgotamento, narcisismo, paê nico, indigestaã o, hipertensaã o… O rock naã o eé um
passatempo inofensivo; eé uma droga mais mortal que a heroíéna e que envenena a vida de
nossos jovens”. No plano sexual, a equipe meé dica de Bob Larson afirmava categoricamente: “As
vibraçoã es de baixa frequeê ncia, devidas aà amplificaçaã o da guitarra baixo, aà s quais se agrega o
efeito repetitivo do beat, produzem um efeito consideraé vel sobre o líéquido ceé rebro-espinhal. Por
sua vez, este líéquido afeta diretamente a glaê ndula pituitaé ria que regula a secreçaã o de hormoê nios.
O resultado global eé um desequilíébrio dos hormoê nios sexuais e suprarrenais, assim como uma
mudança radical da taxa de insulina no sangue, de maneira que as diversas funçoã es de controle
das inibiçoã es morais caem abaixo do toleraé vel ou estaã o completamente neutralizadas. b) As
consequeê ncias psicoloé gicas: Se taã o graves saã o os efeitos fisioloé gicos, os efeitos psicoloé gicos o
saã o mais ainda. Naã o haé quem se submeta impunemente durante um tempo prolongado aà
influeê ncia despersonalizadora do rock, que naã o sofra traumatismos psicoloé gicos afetivos
profundos. Basta-nos enumerar dez que se repetem quase sempre nas anaé lises meé dicas e
psiquiaé tricas dos doutores Mac Raferty, Gramby Bline, Barnard Saibel, Walter Woight, assim
como Frank Garlok, Tom Allen e outros em diversos trabalhos: 1) Modificaçaã o das reaçoã es
emotivas que vaã o da frustraçaã o aà violeê ncia incontrolaé vel; 2) Perda de controle, tanto consciente
como reflexo, das capacidades de concentraçaã o; 3) Diminuiçaã o consideraé vel do controle da
vontade sobre impulsos do subconsciente; 4) Superexcitaçaã o neurossensorial que produz
histeria, euforia, sugestividade e inclusive alucinaçaã o; 5) Transtornos seé rios da memoé ria, das
funçoã es cerebrais e da coordenaçaã o neuromuscular; 6) Estado hipnoé tico ou cataleé ptico que
converte a pessoa em uma espeé cie de zumbi ou roboê ; 7) Estado depressivo que vai desde a
neurose ateé a psicose, sobretudo quando se combinam mué sica e droga; 8) Tendeê ncias suicidas e
homicidas aumentadas com a audiçaã o quotidiana e prolongada da mué sica rock; 9)
Automutilaçaã o, autoimolaçaã o e autocastigo, sobretudo nas grandes concentraçoã es; 10)
Impulsos irresistíéveis de destruiçaã o, de vandalismo e de levantes de descontentes, depois de
concertos e festivais de rock”.
56) Naã o faz muito tempo, um governador da Províéncia de Buenos Aires, Argentina, decretou a
obrigatoriedade de se fecharem os lugares de dança aà s 3:30 h da madrugada. A medida gerou
tal oposiçaã o pué blica que deveu deixar-se sem efeito o decreto correspondente, voltando ao
horaé rio habitual de fechamento aà s 6:00 h da manhaã .
57) Conf. S. T. I-II, q. 18, a. 4 ad 1.
58) S.T. I-II, q. 18, a. 4 ad 3.
59) Sgo. II, 10: “quicumque autem totam Legem servaverit, offendat autem in uno, factus est
omnium reus”.
60) S.T. II-II q. 121, a. 1.
61) Jn. XIV, 21: “Quem recebe os meus mandamentos, e os observa, esse eé o que me ama”.
62) Ver nosso artigo sobre o noivado, onde falamos do tema de ser “tradicionalista” como uma
condiçaã o para ambos os noivos na extraordinaé ria circunstaê ncia da crise atual da Igreja.
63) Lc. XXIII, 18-21.
64) “Teologia Moral para seculares, do Pe. Royo Marin (OP), t. I, n. 45, p. 49 (Ed. BAC).
65) Usando as palavras de Santo Tomaé s: “a ignoraê ncia invencíével eé aquela que naã o pode
superar-se por nosso proé prio esforço” (studio superari non potest).
66) Idem nota anterior, n. 46, p. 51.
67) S.T. I-II, q. 76, a. 2.
68) Idem nota anterior.
69) S.T. I-II, q. 19, a. 6.
70) “Praé tica do confessor” pg. 51, ed. El Perpetuo Socorro, Madri. Ver tambeé m sua Teologia
Moral L. VI, nº 610 e 611.
71) S.T. II-II, q. 168, a. 4.
72) S.T. II-II, q. 168, a. 2.
73) S.T. II-II, q. 168, a. 3.
74) S.T. II-II, q. 168, a. 2.
75) S.T. II-II, q. 168, a. 3.
76) F. A. Vuillermet (OP), o.c., paé g. 40.
77) “Theologiæ Moralis”, L. 3, n. 429.
78) “AÀ vida eé suficiente pouca recreaçaã o” ensina Santo Tomaé s (S.T. II-II, q. 168, a. 4). Ver o que
dissemos sobre a diversaã o”.
79) Ainda que naã o todos, porque alguns, como o “fandango” provocaram a proibiçaã o explíécita
“que pessoa alguma de qualquer dignidade, caraé ter, qualidade ou condiçaã o que seja possa
acorrer a semelhantes danças em casas particulares”, sob pena de excomunhaã o maior para
todos, aleé m de severíéssimas multas e ateé prisaã o (Decreto do bispo de Buenos Aires, datado do
dia 30 de junho de 1746.
80) Na Argentina, paíés de origem do autor do presente artigo (N.T.).

INVESTINDO EM MODÉSTIA, INVESTINDO EM SUA FILHA


Publicado em 28/04/2016
Minha filha mais velha estaé no ensino fundamental e como a maioria das preé -adolescentes e
adolescentes, moda, beleza e se adequar com suas amigas saã o importantes para ela. No que diz
respeito a estilo, ela naã o eé uma mini-maã e. Entaã o deixe-me chocaé -lo: eu absolutamente amo fazer
compras com ela.
Eu naã o estou sendo sarcaé stica. Outro dia tivemos
uma hora livre no centro, soé noé s duas, e noé s
gastamos aquela hora explorando as lojas locais,
experimentando roupas e ateé pegamos algumas
coisas que absolutamente amamos. Foi o ponto
alto da minha semana.
Isto parece um sonho impossíével? Naã o deveria.
Estabeleça Critérios
Uma das razoã es pelas quais noé s naã o discutimos sobre roupas e que desde haé muito tempo noé s
concordamos com nossos criteé rios. Modeé stia tem sido um toé pico sobre a mesa desde que minha
filha era uma menininha. Educar dizendo “Qualquer coisa que voceê achar certo” eé um abandono
do dever. Nossas filhas tem pais precisamente porque elas precisam de pessoas que as ajudem a
aprender a fazer boas escolhas – pessoas que as amem profundamente, e que tem experieê ncia
de vida que as meninas ainda naã o tem.
Pessoas podem discutir se a modeé stia estaé na mente ou na maneira de vestir – poreé m eé uma
discussaã o tola. Naã o eé ou isso ou aquilo; eé isso e aquilo. Seres humanos saã o tanto corpo como
alma, entaã o a modeé stia diz respeito tanto ao corpo como a alma.
Nossas filhas precisam saber as razoã es por traé s de se vestir com modeé stia e se comportar com
modeé stia, e algumas orientaçoã es praé ticas sobre o que funciona e o que naã o funciona. Se voceê
naã o entender a importaê ncia de sua dignidade como mulher, as “regras” naã o tem significado.
Porque voceê tem que se vestir todas as manhaã s, voceê precisa tomar decisoã es concretas sobre o
que voceê iraé ou naã o vestir.
Gastar o Dinheiro
Quando diz respeito a lidar com valores importantes, as açoã es falam mais alto que as palavras.
Noé s tomamos a decisaã o quando nossa filha mostrou seu primeiro interesse em sua apareê ncia
(muito, muito, cedo) que noé s apoiaríéamos nossa retoé rica com o dinheiro duro.
Naã o importa qual seja o seu orçamento. Se voceê estaé vivendo com coisas de segunda maã o e
poucas extravagaê ncias naquela loja econoê mica, funcionaraé . A mensagem naã o eé “voceê gasta
muito dinheiro para estar na moda”. A mensagem eé : “eu estou disposta a separar uma quantia
razoaé vel do meu orçamento, e meu tempo e esforço, para ajudar voceê a encontrar roupas que
combinem com voceê .”
Porque nossa filha eé uma “fashionista”, isto significa que para noé s na maioria dos anos ela ganha
um cartaã o no Natal que vale uma ida ao shopping e este eé seu maior presente. EÉ a eé poca no ano
em que ela pode escolher coisas divertidas para incrementar seu guarda-roupas. Parte do
presente eé o acordo eé que gastaremos tempo nas araras das promoçoã es depois do Natal para
ajudaé -la a esticar seu creé dito o maé ximo que puder.
Entenda a Diferença entre Moda e Estilo
Voceê pode se vestir modestamente e ainda estar na moda? Naã o se a moda for excessivamente
justa ou que revela muito o corpo. Mas voceê certamente pode se vestir com estilo.
Como voceê cultiva um senso de estilo pessoal duradouro? A primeira vez que minha filha se
apaixonou por uma saia horríével e brega eu tive que tomar uma decisaã o: Quem seria a políécia do
estilo? Eu decidi que enquanto naã o fosse completamente inapropriado, eu naã o iria questionar
seus gostos.
Por mais que eu me encolha frente as suas escolhas, eu naã o me arrependo nem por um minuto
desta políética. Ela aprendeu que ela, naã o algum comiteê de aprovaçaã o, quem era o aé rbitro da
forma que seu “look” deveria ser. Como preé -adolescente ou adolescente, que traduz em
confiança vestir o que ela ama, mesmo se naã o for o que as outras meninas simplesmente tem
que ter este ano. Ao ter liberdade para experimentar looks diferentes sem ningueé m dizer “Oh
yuck!” para suas escolhas, ela desenvolveu um estilo que combina com sua personalidade e
revela o melhor de quem ela eé .
Cerque-se de Pessoas Positivas
Quando vejo uma menina ou mulher que sente a necessidade de colocar seu corpo a mostra
para o pué blico em geral, eu praticamente estou olhando para algueé m com zero de
autoconfiança. Se ela tivesse confiança em seu valor e dignidade, ela naã o sentiria a necessidade
de se confirmar por virar as cabeças usando roupas curtas e provocantes. Quando jovens
mulheres sentem a necessidade de servilmente seguir cada tendeê ncia, eé a mesma insegurança
que estaé agindo.
Nada mata mais a autoconfiança de uma menina do que ser bombardeada com críéticas. (…)
O que isso tem a ver com modeé stia? Se voceê quer que sua filha seja confiante em quem ela eé e
em seu valor, voceê deve ensinaé -la a como escolher sabiamente seus amigos e como nutrir
relacionamentos saudaé veis.
Sim, isto eé um outro investimento. Significa estar disposta a dirigir ao outro lado da cidade para
passar tempo com um bom amigo em uma localidade inconveniente.Significar gastar tempo
ouvindo sua filha falar sobre seus amigos – tanto os jovens como adultos em sua vida – e ajudaé -
la a descobrir como colocar limites e como saber a diferença entre peculiaridades comuns e
comportamento naã o saudaé vel. Significa ter o bom senso para estar ao seu lado quando ela
precisar terminar um mau relacionamento e entaã o ajudaé -la a substituir o vaé cuo emocional com
novos amigos e interesses.
Sua Filha Precisa Saber que Ela é Bonita
Sua filha eé bonita. Dizer isso a ela naã o vai deixaé -la vaidosa.Vaidade eé um pecado de insegurança,
uma eê nfase indevida exclusiva na apareê ncia exterior. Sua filha precisa ouvir de voceê , sempre de
novo, todas as maneiras que ela eé bonita, o que naã o tem nada a ver de como ela se parece com
uma super model. Ela precisa que provem a ela que da forma que voceê sorri para ela, da forma
que voceê respeita seu tempo, talentos e gostos, e na forma que voceê gosta de fazer as coisas com
ela, ouvindo a ela e vendo o que ela faraé em seguida. Cultivar a arte de ser completamente
cativada pela criatura maravilhosa que ela eé , entaã o ela saberaé que ela eé bonita.
Você não Pode Renunciar Aquilo que Nunca Possuiu
Noé s, como pais cristaã os, arriscamos colocar nossas filhas na trilha para o mundanismo com toda
essa atençaã o para roupas e moda? Uma filha bem vestida hoje significa uma vida de dissipaçaã o
amanhaã ? Certamente se voceê fizer da apareê ncia exterior seu valor mais alto e negligenciar o
desenvolvimento espiritual, intelectual, emocional e criativo de sua filha, isto seraé o caso.
E os grandes santos?
Haveraé um tempo em que muitos de noé s somos chamados a deixar de lado o que eé razoaé vel em
um estado da vida, para perseguir um bem maior encontrado em outro estado. Mas naã o existe
“deixar de lado” se naã o temos nada para deixar. Naã o podemos falar de “sacrifíécio” ateé termos
algo bom que seraé difíécil para noé s desistir dele. A virtude dos santos naã o vem de indiferença em
relaçaã o a sua apareê ncia. A santidade de uma mulher naã o eé medida por quanto ela naã o gosta de
fazer compras, ou quaã o mal ela se veste. Ao inveé s, a santidade eé medida em sua vontade de
seguir ao chamado de Deus onde ele levar, na moda e fora ela.
Fonte: Fortalecendo sua Familia

A MODÉSTIA, A IMAGEM E O EXEMPLO


Publicado em 14/06/2016
Fonte: Maria Rosa Mulher
Eu estava pensando sobre a modeé stia e a questaã o que ficou em minha cabeça foi: o que
passamos para os outros atraveé s do que vestimos? E o que
queremos passar? Que exemplo noé s estamos dando
atraveé s do vestuaé rio e dos modos?
Temos que pensar nisso. A roupa, a apresentaçaã o pessoal,
os modos, tudo isso diz algo sobre cada um de noé s. Tudo
isso importa, por mais que se queira viver de forma a
pensar que isso naã o faz diferença. Naã o eé repetindo para si
mesma que algo eé de um jeito que vai ser desse jeito
mesmo. Afinal de contas, noé s buscamos nos vestir de
maneira modesta mesmo ou dizemos que nos vestimos
modestamente, mas naã o mudamos os nossos guarda-
roupas (apenas descemos uns centíémetros da saia, do meio da coxa para um pouco acima do
joelho, por exemplo)? Naã o adianta ficar repetindo “sou modesta, sou modesta, sou modesta”,
como se fosse um mantra e achar que por causa disso se estaé realmente decente, modesta. As
coisas naã o funcionam assim. Noé s temos que buscar a verdade e buscar tambeé m ter humildade
para reconhecer onde estamos erradas e onde devemos mudar.
Eu duvido muito mesmo que algueé m realmente ache que esteja decente quando usa roupas que
mostra parte dos seus seios ou evidencia suas formas numa calça justa. Como algueé m pode
acreditar que se vestindo assim estaé sendo modesta? A modeé stia eé pudor. Como pode haver
modeé stia quando se sabe que partes íéntimas estaã o sendo vistas por outros? Ou algueé m pensa
que uma calça justa naã o mostra exatamente a forma das naé degas? Lembro de algueé m que me
disse que na faculdade um de seus colegas uma vez comentou (perdoem o linguajar) “conheço
todas as bundinhas do Campus”… e ele comentou isso olhando para as universitaé rias em
simples calças jeans. Naã o, naã o eram calças de funkeira, naã o. Eram calças comuns, usadas por
mulheres comuns. Este naã o eé um caso isolado, eu jaé vi e ouvi e vejo quase todo dia coisas assim.
Cansei de ver os homens virando as cabeças para olhar as mulheres em calças justas. Creio que
naã o haé semana que eu naã o veja uma cena dessas. Uma mulher que se expoã e assim, a este tipo de
reaçaã o masculina, estaé mesmo buscando a modeé stia? Claro que naã o.
Eu vejo que haé pessoas que estaã o vivendo em negaçaã o. Elas arrumaram desculpas para si
mesmas e as repetem por aíé tentando se justificar. No maé ximo chamam os homens todos de
tarados porque “naã o conseguem se controlar” e ficam olhando para os seus traseiros metidos
em calças justas em plena Missa… Quando eu ouço esse tipo de coisa eu fico mesmo em dué vida
sobre a honestidade da pessoa. Porque ou se estaé cega ou se eé desonesta. Naã o haé outra resposta.
Jaé vi mulheres que negam mesmo que estejam indecentes usando calças justas. E ainda ficam
com raiva porque os homens olham, assobiam, viram o pescoço para olhar para o bumbum, etc.
Ora, como querer que o homem deixe de notar o corpo feminino? Isso eé impossíével! EÉ claro que
o homem cristaã o tem que se portar de forma digna e naã o ficar virando o pescoço para olhar
mulheres, mas isso naã o tira a responsabilidade da mulher que expoã e o seu corpo.
Sei que haé mulheres que se acostumaram mesmo a usar roupas justas de tal forma que naã o
percebem que tal modo de se vestir faz mal a elas e ao proé ximo. Sei como eé isso, porque tambeé m
fui assim. Mas tambeé m sei que com o passar do tempo, com a busca pela verdade, pelas coisas
de Deus, as ideé ias vaã o clareando, e certas coisas mudam mesmo. Os nossos visuais mudam
porque nos damos conta de que naã o eé agradaé vel a Deus mostrar a nossa intimidade aos outros.
Por isso eu ateé compreendo que mulheres naã o-cristaã s naã o deê em importaê ncia ao vestuaé rio, mas
acho difíécil mesmo entender as cristaã s que teimam em se vestir de forma provocante e ainda
assim acham ruim quando algueé m avisa que elas estaã o indecentes. Eu ateé entendo uma
primeira reaçaã o de surpresa, de negaçaã o quando a cristaã se depara pela primeira vez com a
questaã o da modeé stia: “naã o haé problema algum em minha roupa”, diz a moça surpresa. Entendo
isso, porque hoje em dia os valores estaã o distorcidos. Mas tenho dificuldade em entender a
catoé lica que jaé foi advertida sobre a modeé stia, que veê a imagem de Nossa Senhora – sempre bela
e decente, nunca evidenciando suas formas -, que sabe que Deus disse que o homem que olhar
para uma mulher com desejo jaé pecou, e ainda assim ela continua a exibir suas coxas (seja com
as pernas nuas, seja com meias ou leggings, no fim das contas, as formas estaã o ali, para quem
quiser ver), continua a exibir seu colo desnudo (seja em decotes, seja em transpareê ncias),
continua a exibir seus quadris, bumbum e virilha em calças e saias justas e curtas. Realmente
fico espantada com o modo como estas mulheres estaã o querendo ser vistas.
Naã o daé para ser modesta e seguir fielmente as modas do mundo. Naã o daé para ser modesta e
usar roupas que evidenciem as formas. Naã o daé para evangelizar enquanto se mostra coxas,
polpas dos seios, bumbum, etc. Naã o haé seriedade alguma nesta postura, pois esse exterior
exposto mostra que o interior naã o vai bem, porque a modeé stia eé pudor e protege a pessoa,
resguarda a pureza, como diz o ensinamento da Igreja. Sendo assim, como falar de vida de
pureza se ao mesmo tempo se estaé mostrando o que deve ser velado? EÉ impossíével. Uma atitude
dessas parece algo esquizofreê nico, eé viver duas vidas – a “piedosa” na Igreja e a sexy no mundo;
eé querer separar em compartimentos a vida, como se isso fosse possíével! EÉ como o caso das
mulheres que vaã o aà Missa usando um tomara-que-caia e cobrem os ombros com um xale (isso
quando cobrem os ombros!), mas ao saíérem da igreja se descobrem achando que estaã o bem
assim. Ora, o tomara-que-caia eé um desnudamento. EÉ uma roupa feita para evidenciar a
sensualidade. Entaã o como eé usada por mulheres cristaã s? Entaã o como elas acham ruim que
algueé m reclame e diga que tal vestuaé rio eé improé prio? EÉ porque elas dividem a vida em
compartimentos, naã o vivem a vida catoé lica por inteiro, por isso acham que naã o haé problema
algum em ir aà Missa no domingo e depois sacolejar o esqueleto em alguma boate de maé fama,
entre drogados e otras cositas más… Naã o podemos separar nossas vidas assim, naã o podemos
evangelizar realmente se estivermos de maã os dadas com o mundo, afinal de contas que exemplo
noé s daremos aà s pessoas se naã o vivemos de acordo com o Evangelho? De que adianta falar
palavras belas, citar a Bíéblia e os santos, enquanto suas pernas estaã o expostas em leggings com
blusas que apenas cobrem o bumbum (se eé que cobrem!), enquanto seu decote chama a atençaã o
do proé ximo, enquanto voceê disputa espaço com libertinos na escuridaã o de uma boate? Naã o tem
sentido!
Afinal de contas, que imagem voceê quer passar, quem voceê quer ser? Uma pessoa que estaé
tentando mesmo agradar a Deus ou algueé m que naã o quer largar o mundo? Lembre-se que naã o
podemos servir a dois senhores.

PARA QUE SERVEM AS ROUPAS?


Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
(o hábito não faz o monge, mas a casca protege o fruto)
A feminista brasileira Sara Winter, conhecida por sua militaê ncia proé -
aborto, apoé s ter dado aà luz, publicou em 14/10/2015 na sua paé gina do
Facebook um texto com o tíétulo “Eu me arrependi de ter abortado e hoje
peço perdaã o”. Eis um trecho do que ela escreveu:
Amanhã faz um mês que meu bebe nasceu e minha vida ganhou um novo
sentido. Estou escrevendo isso enquanto ele dorme sereno no meu colo. É a
melhor sensação do mundo.
Eu ensaiei este texto milhares de vezes durante meses na minha mente e
talvez ele não saia tão brilhante como eu gostaria que saísse, mas o mais
importante que gostaria de que chegasse a vocês é que, por favor,
mulheres que estão desesperadas para abortar, pensem muito, eu me
arrependi muito, não quero o mesmo destino pra vocês [1].
Aleé m disso, Sara passou a criticar a ideologia de geê nero, taã o cara aà s suas
colegas feministas. Em seu artigo “Meu filho eé XY e sou muito feliz com isso”, de 17/10/2015,
ela diz:
Algumas pessoas têm comentado aqui na page sobre o que eu acho da Teoria de gênero.
Quero deixar claro que há mais de 1 ano eu mudei minha concepção de gênero.
Eu não acredito que uma pessoa possa se identificar com um gênero e a partir de então pertencer
a ele. Ou seja, essa ladainha de “eu sou mulher porque me sinto mulher”, eu não acredito e não
apoio.
Pra mim mulher é quem nasce com vagina e homem é quem nasce com pênis. […]
Não se ‘vira’ mulher quando se passa batom, coloca silicone e começa a falar fino. Ser mulher é
MUITO MAIS DO QUE ISSO. Assim, como duvido muito que uma mulher que coloque roupas largas
e corte o cabelo terá privilégio que homens tem, como ganhar um salário 30% maior, tem mais
segurança na rua…
Como se veê , ela admite diferenças naturais entre os sexos e naã o aceita que tudo se reduza ao
modo de falar, de cortar o cabelo ou de se vestir. Curiosamente, ao falar da diferença no
vestuaé rio, Sara naã o falou aquilo que espontaneamente se falaria haé algumas deé cadas, ou seja,
que as mulheres usam saias e os homens vestes calças. Hoje parece que essa diferença deixou
de existir. O que ela veê de diferente eé que os homens usam “roupas largas”, o que implica que as
mulheres usam roupas justas ou apertadas.
Qual a função das roupas?
“Ora, os dois estavam nus, o homem e sua mulher, e naã o se envergonhavam” (Gn 2,25). Antes do
pecado original, Adaã o e Eva gozavam de um dom chamado integridade. Por esse dom, os
sentidos e os instintos estavam harmoniosamente submissos aà razaã o. A visaã o do corpo do outro,
mesmo de seus oé rgaã os reprodutores, naã o era capaz de causar excitaçaã o, a menos que a vontade
consentisse segundo a reta razão. Por isso, naã o havia necessidade de se cobrir o corpo.
Sem dué vida os dois praticariam o ato sexual (“os dois seraã o uma soé carne”), mas soé quando a
razaã o determinasse. E o instinto sexual estava perfeitamente submisso aà razaã o.
Depois do pecado original, a integridade se perdeu. Adaã o e Eva “descobriram” que estavam nus
e se envergonharam. A partir daíé, os instintos rebelaram-se violentamente contra a razaã o,
sobretudo o instinto sexual. A virtude da castidade – que eé o controle desse instinto – passou a
exigir muita luta e vigilaê ncia. Foi necessaé rio cobrir o corpo.
Adaã o e Eva, envergonhados, cingiram-se (cobriram a cintura) com folhas de figueira (Gn 3,7).
Deus, poreé m, naã o achou tal cobertura suficiente, e deu-lhes tué nicas de peles de animais, para
que se vestissem (Gn 3,21).
Hoje, portanto, as roupas saã o necessaé rias para se conservar a castidade.
Qual é a função das roupas? Segundo João Paulo II, as roupas cobrem o corpo para nos
deixar ver os valores da alma:
A necessidade espontaê nea de ocultar os valores sexuais vinculados aà pessoa eé o caminho
natural para revelar o valor da pessoa em si mesma[2].
De fato, se naã o cobríéssemos o corpo, o instinto carnal gritaria tanto, com sede de prazer, que a
razaã o ficaria obscurecida, incapaz de conhecer a alma.
A pureza exige o pudor. Este eé parte integrante da virtude da temperança. O pudor preserva a
intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido
(Catecismo da Igreja Catoé lica, 2521).
A diversidade de roupas masculina e feminina tem um fator cultural, mas naã o eé um produto
exclusivo da cultura. Homens e mulheres teê m corpos diferentes e essa diferença natural influi
sobre o modo de vestir que conveé m a cada sexo. A mulher tem a pelve (bacia) mais larga e o
osso sacro mais curto e mais largo. O motivo dessa disposiçaã o oé ssea eé abrigar o bebeê durante a
gravidez. Daíé a convenieê ncia de que as roupas femininas sejam largas na altura dos quadris. Por
esse motivo, durante seé culos consolidou-se o uso de saias pelas mulheres. De fato, a saia adapta-
se perfeitamente ao corpo da mulher naã o apenas com deceê ncia, mas com uma particular
elegaê ncia.

[Desenho extraíédo
de http://www.afh.bio.br/sustenta/sust
enta1.asp]
Não se pode dizer o mesmo da calça.
Raramente se encontra uma calça
suficientemente folgada para ser
decente em um corpo feminino. Hoje,
com a generalizaçaã o do uso da calça
jeans pelas mulheres, verifica-se o que
foi observado por Sara: enquanto os
homens usam “roupas largas”, as
mulheres, em sua grande maioria,
vestem calças taã o apertadas, que poã em em realce as coxas e as
naé degas. O costume de vestir-se imodestamente causou a perda do
senso do pudor.
Em 12 de junho de 1960, o Cardeal de Geê nova, Giuseppe Siri,
escreveu uma “Notificaçaã o relativa aà s mulheres que vestem roupas
de homem”[3], referindo-se ao recente uso de calças compridas por moças e senhoras de sua
Diocese. Dizia o Cardeal que esse tipo de roupa, geralmente colada ao corpo, dava-lhe a mesma
preocupaçaã o que as roupas que expoã em o corpo. Mas a imodeé stia das calças naã o era o ué nico
problema para o Cardeal. Mais grave que isso, o uso de roupas masculinas causava uma
alteraçaã o da psicologia da mulher, levando-a a querer “ser igual ao homem” e a competir com
ele, por consideraé -lo mais forte, mais livre e mais independente. Assim, ela via sua feminilidade
como inferioridade, e naã o como diversidade. Aleé m disso, ao usar roupas iguais aà s do seu
marido, a mulher eliminava um dos sinais externos da diversidade dos sexos. E isso tenderia a
corromper as relaçoã es entre os sexos.
Parece que o Cardeal jaé estava pressentindo como o uso de calças pelas mulheres favoreceria a
difusaã o da ideologia de geê nero e seus postulados, em particular o da anulaçaã o das diferenças
sexuais.
Hoje assistimos a um movimento semelhante, no sentido inverso: homens advogando o direito
de usar saias, a fim de libertar-se da “ditadura da calça”. Em 2008, o jornal
franceê sLiberationnoticiava a existeê ncia da Associaçaã o Homens de Saia (Hommes en Jupe). Seu
fundador, Dominique Moreau, defendia a “emancipaçaã o masculina”, reivindicando o “direito de
dispor plenamente do proé prio corpo, nos moldes da liberaçaã o feminina” [4].
[Dominique Moureau]
Tudo isso nos faz lembrar o que dizia o saudoso Bispo de
Anaé polis Dom Manoel Pestana Filho:“O feminismo trouxe,
primeiro, a masculinização da mulher; depois, a feminização
do homem; por fim, a bestialização de ambos”.
Anaé polis, 6 de novembro de 2015.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
****************************************
[1]https://www.facebook.com/sarawinter13/posts/418933
078317145:0
[2] WOJTYLA, Karol. Amor e responsabilidade: estudo eé tico.
Saã o Paulo: Loyola, 1982, p. 159-160.
[3] Cf. HAMMOND, Colleen. Dressing with Dignity. TAN,
Charlotte, 2005. Appendix 3.
[4] http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,homens-
franceses-defendem-o-direito-de-usar-saia,172777

DIFÍCIL CONSERVAR A PUREZA EM UM MUNDO DESCOBERTO


“A moda feminina está repleta de blusas que não têm mangas; às vezes, apenas duas pequenas
alças que não cobrem boa parte do peito, que não cobrem o ventre ou as costas (mini-blusas).
Freqüentemente, as moças usam roupas apertadas, coladas ao corpo ou transparentes; e se usam
saia ou vestido, muitas vezes deixam descobertos os joelhos. Hoje em dia, é muito comum que os
sacerdotes, ao atenderem a confissões, ouçam os homens se queixarem de como é difícil conservar
a pureza num mundo em que as mulheres não se cobrem.”
(Pe. Luíés Carlos Lodi da Cruz)
Outro dia conversando com um amigo, ele disse que o mais difíécil num namoro – para manter a
castidade – eé a roupa que a mulher veste. Hoje em dia as meninas andam seminuas com seus
tops decotados e justíéssimos, com suas minissaias expondo as coxas e ateé mesmo o bumbum
(sim, porque as pessoas precisam subir escadas, sentar…), com suas calças justas mostrando
todas as suas formas. Ora, como se manter casto desta maneira? Afinal de contas castidade eé
questaã o do pensamento tambeé m. Com manter pensamentos puros, como Nosso Senhor exige, se
haé tanta impureza por todos os lados? Como pode um homem se manter puro em seus
pensamentos se eé todo o tempo tentado por tanta exposiçaã o das formas femininas? EÉ difíécil,
muito difíécil! Ele precisa trabalhar muito em sua purificaçaã o, mas noé s podemos ajudar a partir
do momento em que nos vestimos e nos portamos modestamente.
Quem lida com os homens – os confessores, principalmente – sabe o quanto eé difíécil manter-se
casto nos dias de hoje. Sabe que existem sensibilidades diferentes, mas que a moral catoé lica eé
correta quando diz que haé partes que devem ser veladas. Haé pessoas que dizem que uma roupa
decotada naã o tem nada de mais, que uma saia acima do joelho naã o tem problema, mas naã o eé
isso o que ouço de muitos homens e naã o eé isso o que padres, como Pe. Lodi, ouvem em seus
confessionaé rios. Naã o eé porque todo mundo usa algo de determinada forma que este algo se
torna correto e aceito pela Igreja. Isso eé relativismo. Os tempos mudam, mas a pscicologia dos
homens e o corpo humano naã o mudam, e a moral da Igreja tambeé m naã o.
Diz o Compeê ndio de Teologia Moral:
“As partes desonestas do corpo são os órgãos genitais e as regiões vizinhas; as partes menos
honestas são os seios, os braços e os flancos*; as partes honestas são o rosto as mãos e os pés”. (…)
Olhares longos e deliberados, sobre os órgãos genitais ou sobre os seios de uma mulher embora
cobertos de véu ou tecidos quase transparentes (…) constituem facilmente pecado mortal porque
excitam o prazer venéreo.”
(P. Teodoro da Torre Del Greco. Teologia Moral. Pecados Externos de
Impudicíécia. Pg. 262,263)
A cabeça do homem naã o funciona do mesmo jeito que a nossa:
Alguns tentam fazer crer que o homem que olha para uma mulher decotada (mesmo que seja
pouco decotada) estaé errado, eé tarado ou algo assim. Como se a cabeça do homem funcionasse
de tal forma que este naã o prestasse atençaã o mesmo aà queles momentos nos quais a mulher, com
um pequeno decote, se dobra para pegar alguma coisa e mostra assim parte do busto ou quando
esta mulher sobe uma escada e deixa aà mostra suas coxas e talvez ateé mesmo sua roupa íéntima,
porque a saia acima do joelho pode fazer esse tipo de coisa, e faz frequentemente
principalmente quando eé justa ou obviamente quando eé mini. Outro dia vi uma atriz que usava
uma saia assim e que teve que colocar os braços em cima das coxas de forma a prender a saia
porque ao sentar a roupa íéntima dela aparecia e os fotoé grafos queriam a todo custo tirar fotos
de sua intimidade. Ora, como eé que pode uma roupa dessa ser adequada a uma filha de Deus?
Com pode uma roupa desta ser modesta? Naã o pode, e aleé m dela muitas mulheres catoé licas
usam. Voceê pode ateé ficar na moda, ser “in”, ser alvo de fotoé grafos, mas nada disso eé modeé stia,
muito pelo contraé rio.
O caminho da modeé stia eé diferente para cada pessoa. Mas deve ser trilhado, naã o importa qual
dificuldade surja. EÉ joelho no chaã o e muita oraçaã o! Temos que ter humildade, temos que buscar
saber o que eé realmente a modeé stia e naã o ficar apenas naquilo que pensamos que seja. Temos a
tendeê ncia a achar que se sabemos algo sobre um assunto, jaé estaé bom, afinal de contas tem
gente que naã o sabe nada e neste caso estamos ateé em situaçaã o melhor que essas pessoas. Mas
naã o podemos parar por aíé. Temos que sair desse pensamento medíéocre e tentar chegar mais
adiante, subir mais alto. Somos filhos de Deus, fomos chamados a algo maior e naã o podemos
simplesmente nos acomodar. Quem muito tem muito seraé cobrado. Ora, a Igreja nos daé muito e
noé s seremos cobrados por isso, seremos cobrados inclusive por naã o buscar saber. Sim, porque
existe esta postura: a pessoa por medo de ter que deixar de lado certos costumes e gostos,
deixa de procurar saber mais e se acomoda, fechando-se ao que outros têm a dizer,
chegando ao ponto de tachar de “fanáticos” os que buscam se guiar pelo que diz a Igreja
realmente. Mas tal postura não ficará impune, porque é dever do católico buscar
entender os problemas com os quais é confrontado. Afinal de contas todos noé s somos
chamados aà santidade e quem quer ser santo naã o se acomoda, pelo contraé rio, busca cada vez
mais se entregar de verdade nas maã os de Deus.
Hoje noé s vivemos em um mundo taã o conturbado, taã o paganizado que ao fazermos algumas boas
coisas dentro da Igreja (ir aà Missa, rezar o Terço, jejuar, dar esmola…) jaé achamos que estamos
fazendo muito. O pensamento eé este: “Se todo mundo usa short e top decotado, qual o problema
em que eu use uma saia acima do joelho, afinal estou mostrando só um pedacinho da coxa, mas à
minha volta todos estão mostrando muito mais! Ora, então eu estou melhor, não é mesmo?”
Podemos dizer que eé melhor mesmo mais pano do que menos. Mas eé aíé que voceê vai parar? Para
o namorado que quer manter a castidade essa saia com um pedacinho da coxa de fora pode ser
um problema e tanto. Afinal de contas, precisamos nos sentar e a saia vai subir, precisamos
subir escadas e rampas, nos abaixar, enfim, ningueé m usa uma roupa para ficar parada. Repito,
a cabeça do homem naã o funciona do mesmo jeito que a da mulher. Coisas que naã o tem
importaê ncia para noé s mulheres, significam muito para eles. Naã o adianta querer mudar a
natureza, naã o somos revolucionaé rios, somos catoé licos e o verdadeiro catoé lico tem que entender
a realidade e naã o querer mudaé -la a qualquer custo: “ora, se os homens se incomodam, que se
mudem!” “se eles tem problemas com pernas e busto, que não olhem!”. Como se fosse assim taã o
faé cil! Porque naã o parar e ouvir o que dizem os confessores e o que dizem os homens que
buscam a santidade? Por mais que voceê pense que eles estejam errados ou exagerando, porque
naã o parar para pensar no que eles dizem, no que santos como Padre Pio dizem?
Todos noé s temos responsabilidade sobre nossos atos e quem busca a santidade naã o pode se
acomodar, naã o pode ficar no “mais ou menos”, tem que buscar o melhor. Sempre. Faé cil naã o eé ,
porque precisamos vencer nossos medos, nossos caprichos, nossos gostos. Mas com vontade de
viver de forma pudica e modesta, a Graça “faz o seu trabalho”. Basta que deixemos.
***
Notas:
* Flancos: aé reas laterais do corpo, na altura da cintura e rins.
** Esse artigo foi publicado originalmente no extinto site Moda e Modeé stia e para esta
republicaçaã o sofreu pequenas alteraçoã es.
Fonte: Maria Rosa Mulher

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