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Resumo: Os motores CC sem escovas, são motores síncronos que tem sua velocidade
controlado por um circuito eletrônico, ele não utiliza comutadores e escovas. Tem um custo
acima do motor CC com escova, porém há muitas vantagens nas quais compensam seu preço.
Como por exemplo, baixa ou nenhuma necessidade de manutenção e maior durabilidade.
Além de poder ser usado em aplicações onde o espaço é um critério decisivo para a escolha
do melhor motor, para que a eficiência seja a melhor possível.
1. INTRODUÇÃO
2. MOTOR CC
Um motor CC, é um motor alimentado por corrente contínua, sendo esta proveniente de
uma bateria ou qualquer outro tipo de alimentação CC. A sua troca de energia entre rotor e
estator pode ser através de escovas (Brushed) ou sem escovas (Brushless) e com relação a
velocidade, o motor CC pode ser controlado apenas variando a sua tensão. A seguir veremos
as principais características dos motores CC com e sem escovas.
Figura 01: Detalhes construtivos de um motor cc. a) Detalhe construtivo do estator. b) Detalhe
construtivo de um rotor [3].
a)
b)
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para inverter o sentido da corrente na bobina. Agora os polos de mesmo nome estão muito
próximos e a força de repulsão é intensa. Como a bobina já apresenta um momento angular
'para a esquerda', ela continua girando 'para a esquerda' (algo como uma 'inércia de rotação') e
o novo torque (agora propiciado por forças de repulsão), como em (d), colabora para a
manutenção e aceleração do movimento de rotação.
Mas, mesmo após a bobina ter sido girada de 180°, o movimento continua, a bobina
chega na 'vertical' (giro de 270°), o torque novamente se anula, a corrente novamente inverte
seu sentido, e o novo torque e a bobina chega novamente a situação (a) (giro de 360°). E o
ciclo se repete.
Essas atrações e repulsões bem coordenadas é que fazem o rotor girar, embora o modo
como tais torques sejam obtidos possam variar entre os vários tipos de motores. A inversão do
sentido da corrente, no momento oportuno, é condição indispensável para a manutenção dos
torques 'favoráveis', os quais garantem o funcionamento dos motores [5].
Em sua forma mais simples, o comutador apresenta duas placas de cobre encurvadas e
fixadas (isoladamente) no eixo do rotor; os terminais do enrolamento da bobina são soldados
nessas placas. A corrente elétrica “chega” por uma das escovas (+), “entra” pela placa do
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comutador, “passa” pela bobina do rotor, “sai” pela outra placa do comutador e “retorna” à fonte
pela outra escova (-). Nessa etapa o rotor realiza sua primeira meia-volta. Nessa meia-volta, as
placas do comutador trocam seus contatos com as escovas e a corrente inverte seu sentido de
percurso na bobina do rotor. E o motor CC continua girando, sempre com o mesmo sentido de
rotação [5].
bobinas sendo ligadas na ordem a, b, c, d, - a, -b, -c, -d, etc., de modo que o motor gira
continuamente [6].
Figura 06: Um motor CC sem escovas simples e sua unidade de controle [6]
A eletrônica do circuito de controle pode ser usada para controlar a velocidade e o sentido
de rotação do motor. O resultado de um motor construído desse modo é que ele opera a partir
de uma fonte CC, com controle total sobre a velocidade e o sentido de rotação.
Os motores CC sem escovas estão disponíveis apenas em tamanhos pequenos, até em
torno de 20W, apresentando diversas vantagens nessa faixa de potências disponíveis.
Algumas vantagens são:
• Alta eficiência;
• Maior durabilidade;
• Manutenção mínima;
• Baixo ruído;
• Altas taxas de velocidade, acima de 50.000 rpm;
A principal desvantagem é que um motor CC sem escovas é mais caro que um motor CC
com escovas, devido a utilização de dispositivos MOSFET de alta potência na fabricação do
controlador eletrônico de velocidade [6].
Os motores CC sem escovas podem ser aplicados em toda função que seja feita pelos
motores CC com escovas, na maioria das áreas comuns de uso. No entanto, estes motores
dominam muitas aplicações existentes em computadores, tais como dispositivos de
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movimentação dos HDs, CDs e DVDs. Também são utilizados na refrigeração dos PCs por
meio dos coolers que usam, na maioria das vezes, os motores CC sem escovas.
Para produzir o máximo torque, o inversor deve comutar a cada 60 graus, assim a
corrente estará em fase com a FCEM. O tempo de comutação é determinado pela posição do
rotor, que pode ser feita através de sensores (de efeito Hall, encoders ou resolvers) ou
estimada através de parâmetros do motor, ou seja, sem o uso de sensores, como por exemplo,
a força contra eletromotriz (FCEM) na bobina não energizada.
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Normalmente os motores CC sem escovas são construídos com três sensores Hall
localizados no eixo do rotor próximo aos polos, um por fase. Baseando-se nesta combinação
de três sensores Hall, a sequência exata da comutação pode ser determinada.
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Figura 10 – Seção transversal de um motor CC sem escovas com os sensores Hall instalados [10]
A cada 60º elétricos de rotação, um dos sensores Hall muda de estado. Partindo deste
princípio, leva-se seis etapas para completar um ciclo elétrico. Em sincronia com cada 60
graus elétricos, a fase da corrente deve mudar no enrolamento do estator. Entretanto, um ciclo
elétrico não corresponde a um giro completo do motor. Para se ter uma volta completa do
motor deve-se levar em consideração o número de par de polos do motor. Para cada par de
polos do motor um ciclo elétrico é completado, portanto o número de ciclos elétricos / rotação
é igual ao número de par de polos do rotor.
2.2.3. Encoders
Nos encoders óticos uma luz passa pela área transparente de uma grade e é captada por
um fotodetector. Para aumentar a resolução, uma fonte de luz colimada é usada e uma
máscara é colocada entre a grade e o detector. A luz só chega ao sensor da seção transparente
da grade e da máscara se estiverem alinhadas, como mostra a Figura 11. Há dois tipos de
encoders óticos: absolutos e incrementais.
Figura 11 - Encoder óptico: 1-fonte de luz; 2-grade; 3-máscara; 4-detector de luz [8].
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2.2.4. Resolvers
Para cada volta do rotor, é gerado um ciclo elétrico por cada saída do resolver. Tais sinais
analógicos de saída são convertidos para a forma digital para que possam ser utilizados no
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Quando um motor sem escovas está girando, cada bobina gera uma tensão conhecida
como força contra eletromotriz (FCEM), a qual se opõe à tensão da fonte de acordo com a lei
de Lenz. A polaridade da FCEM tem direção oposta à tensão da fonte. Esta força depende
principalmente de três fatores:
• Velocidade angular;
• Campo magnético gerado pelo rotor;
• Número de espiras do enrolamento do estator.
A diferença de potencial em um enrolamento pode ser calculada subtraindo-se o valor da
tensão da FCEM da tensão da fonte. Os motores CC sem escovas são projetados com uma
tensão FCEM constante de forma que quando estão rodando em uma velocidade constante, a
diferença de potencial entre a FCEM e a tensão da fonte será suficiente para que a corrente
flua pelo enrolamento e forneça torque ao motor. Se o motor roda além da velocidade taxada,
a tensão FCEM deve aumentar substancialmente, diminuindo a diferença de potencial no
enrolamento, reduzindo o fluxo de corrente o qual resulta em uma queda na curva de torque.
O último ponto sobre a velocidade do rotor é quando a tensão da fonte é igual à soma da
FCEM e as perdas no motor. Isso resulta em corrente e torque iguais a zero.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do que foi tratado, podemos perceber o quanto é satisfatório o uso de motores
CC sem escovas em comparação ao motor CC com escovas. Apesar de ter um custo maior, os
motores CC sem escovas podem ser utilizados em equipamentos em que o espaço é reduzido,
e ainda assim apresenta uma eficiência muito boa.
Apesar do controle eletrônico dos motores CC sem escovas serem bastante complexos, o
avanço da eletrônica de potência faz com que isso seja cada dia mais acessível, e dessa forma
a utilização desse tipo de motor é cada dia mais viável, principalmente em dispositivos
computacionais e da área de eletrônica.
Os motores CC com escovas são bastante utilizados nos dias atuais, porém, exigem
manutenção constantemente e durante seu funcionamento, ocorre faiscamento nas bobinas.
Então, o motor CC sem escovas surgiu para minimizar esses problemas, pois, sem escovas
não há a necessidade de troca das mesmas, dessa forma não precisa de manutenção
constantemente, e o mais importante, com uma alta eficiência.
BIBLIOGRAFIA BASICA
[1] EMADI, A. Energy-efficient electric motors. 3. ed. New York: Marcel Dekker, 2005a.
[2] WEG INDÚSTRIAS S.A; Características e Especificações de Motores de Corrente
Contínua e Conversores CA/CC. Disponível em: <http://ecatalog.weg.net>
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BIBLIOGRAFIA AUXILIAR
SIEMENS LTDA; Unidade Automação e Controle – Acionamentos e Motores Elétricos.
Disponível em: <www.siemens.com.br/motores>