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ARTIGOS DA CLT

DA RESCISÃO

Art. 477. É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a
terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para
cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma
empresa.

§ 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de


trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será
válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a
autoridade do Ministério do Trabalho.

§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa


ou forma da dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada
parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação,
apenas, relativamente às mesmas parcelas

§ 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a
assistência será prestada pelo representante do Ministério Público ou, onde
houver, pelo defensor público, e, na falta ou impedimento destes, pelo juiz de paz.

§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da


homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque
visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto,
quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro.

§ 5º Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não


poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado

§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo


de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da
ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu
cumprimento.

§ 7º O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º ) será sem ônus para o


trabalhador e empregador.

§ 8º A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de


160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do
empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo
índice de variação do BTN, salvo quando comprovadamente, o trabalhador der
causa à mora.
Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador,
e quando construir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o
empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha
havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato e indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa,
ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
k) ato lesivo de honra e boa fama ou ofensas físicas praticada contra o
empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria
ou de outrem:
l) prática constante de jogos de azar.
Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por Lei, contrários
aos bons costumes ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família
ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
g) O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a
afetar sensivelmente a importância dos salários.

DO AVISO PRÉVIO

Art. 487. Não havendo prazo estipulado, aparte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência
mínima de:
I - 8(oito) dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;
II - 30(trinta) dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais
de 12(doze) meses de serviço na empresa.
§ 1º A falta do aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito
aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração
desse período no seu tempo de serviço.
§ 2º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de
descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
§ 3º Em se tratando de salários pago na base de tarefa, cálculo, para os efeitos
dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos doze
meses de serviços.
§ 4º É devido o aviso prévio na despedida indireta.
Art. 488. O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e
se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador será reduzido de duas horas
diárias sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem redução das 2 (duas)
horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço sem
prejuízo do salário integral, por (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) dias
corridos na hipótese do inciso II, do Art. 487 desta Consolidação.

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