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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS/CAMPUS DO SERTÃO

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL/ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

DEMERSON DA SILVA BARROS


JEFERSON BEZERRA DA SILVA
JOABE MIKAEL ROCHA E S. NASCIMENTO
JOÃO BATISTA VIEIRA NETO
MELYSSA SOUSA DE LAVOR
WELTON BARBOSA MAGALHÃES

DISCIPLINA: LABORATORIO DE MATERIAIS


ATIVIDADE: RELATÓRIO
PROFESSORA: MELYNA DE ALMEIDA LAMENHA
SEMESTRE LETIVO: 2017.2

Delmiro Gouveia
2018
2

ENSAIO DE RESISTÊNCIA – ARGAMASSA

1. INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


No Brasil, comumente nos deparamos com edificações que utilizam
processos construtivos onde há o emprego de argamassa, sobretudo nas paredes
de alvenaria, seja no sistema de vedação vertical interno como no externo. A
argamassa é considerada um dos materiais mais presentes na construção, estando
presente no revestimento e assentamento de alvenarias. Sua composição consiste
em um aglomerante (ou uma mistura de aglomerantes) – que pode ser cimento, cal
ou gesso –, agregado miúdo, água, podendo conter ou não aditivos químicos e/ou
minerais.
O comportamento da argamassa no seu estado fresco é um fator importante
que irá refletir na qualidade do revestimento e, por isso mesmo, tem sido uma
propriedade objeto de diversas pesquisas e avaliações. Os revestimentos de
argamassa compõem os sistemas de vedação e exercem papel importante na
promoção da durabilidade dos edifícios, já que desempenham funções de absorver
as deformações naturais a que as alvenarias estão sujeitas, e de revesti-las e
protege-las de maneira uniforme contra agentes agressivos externos.
1.1. Normas pertinentes
Para alcançar o desempenho necessário, a argamassa precisa apresentar
algumas propriedades tanto no estado endurecido como no estado fresco. A NBR
13281/2005 prescreve orientações sobre quais os ensaios que devem ser realizados
para a determinação de tais propriedades, além de dispor de uma classificação que
varia em função dos resultados. Esses ensaios seguem abaixo elencados:

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 P = Resistência à compressão (NBR 13279)
 M = Densidade de massa aparente no estado endurecido (NBR
13280)
 R = Resistência à tração na flexão (NBR 13279)
 C = Coeficiente de capilaridade (NBR 15259)
 D = Densidade da massa no estado fresco (NBR 13278)
 U = Retenção de água (NBR 13277)
 A = Resistência potencial de aderência à tração (NBR 15258)
Neste trabalho, só serão abordados os ensaios de resistência à tração e à
compressão (NBR 13279).
2. OBJETIVO
O objetivo deste relatório é apresentar os resultados e discussões a partir das
práticas feitas no laboratório sobre argamassas de revestimento e assentamento,
tendo como base os requisitos contidos na ABNT NBR 13281: 2005, e realizando os
procedimentos segundo a norma ABNT NBR 13279:2005.

3. MATERIAL UTILIZADO

 Régua biselada
 Colher;
 Paquímetro;
 Conjunto mesa de determinação de índice de consistência;
 210g Cimento;
 420g da cal;
 1680g de areia;
 480ml de água.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para o ensaio experimental da NBR 13279, referente a determinação do
índice de consistência normal da argamassa e determinação na resistência à tração.
4.1. ENSAIO
4.1.1. Preparação da argamassa
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Foi preparado as argamassas no traço 1 com água, areia, cimento e cal.


Traço 2 com água, areia, cimento e barro.
4.1.2. Preparação dos moldes
Após a argamassa estar pronta, foi colocada sobre a mesa tronco-cônico. O a
ferramenta cônica foi colocada centralizada para que houvesse uma preparação
seguindo a norma. Foi colocada dentro divididas em 3 camadas a argamassa. A
cada camada colocada foi aplicado golpes. 15 golpes para a primeira, 10 para a
segunda e 5 para a terceira camada. Os golpes foram aplicados com o soquete para
que distribuísse uniformemente.
Depois dos golpes aplicados, foi utilizado uma régua para limpar o excesso
que ficou fora da ferramenta cônica. Além de ter sido feita a limpeza nas bordas da
ferramenta.
4.1.3. Medição do diâmetro da argamassa
Após retirar a ferramenta cônica, a argamassa se espalhou. Foi aplicado
mais alguns golpes para que a argamassa fosse espalhada o suficiente para que
fosse feita 3 medidas de diâmetro nela. Primeira medida: 24,3cm; segunda medida:
25,8cm; terceira medida: 24,9cm. E a média foi: 25cm.
4.1.4. Resistência a ruptura
Após todo o processo feito, separou os blocos preparados a dias anteriores
para ser posto na máquina que calcula até quantos quilos algum material resiste. A
primeiro bloco de argamassa posto resistiu a 1100kg e o segundo bloco de
argamassa resistiu a 104kg. Após resistir, Se romperam.
4.2. INSPEÇÃO POR ENSAIOS
4.2.1. Preparação da argamassa conforme NBR 13276
Para o primeiro traço são utilizadas as proporções 1:2:8, que correspondem a
uma (1) medida de cimento para duas (2) de cal, para oito (8) de areia.

FIGURA 2 - Acréscimo da FGURA 3 - Argamassa


FIGURA 1 - Mistura dos água para formação da formada de cimento, areia,
agregados ainda secos. massa. cal e água.
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Respectivamente, os volumes são 210mL, 420mL e 1680mL. Para o segundo traço


são utilizadas as proporções 1:2:4, que correspondem a um (1) medida de cimento
para duas (2) de areia, para quatro (4) de barro. Respectivamente, os volumes são
210mL, 420mL e 560mL.
O volume de água para ambos os traços não é especificado, visto que a
formação da massa vai depender de fatores externos como, por exemplo, a marca
do cimento a ser utilizado no processo. Contudo, para o primeiro traço, foram
utilizados 480mL de água, necessários para a amalgamação completa dos
componentes. Neste ensaio, apenas o primeiro traço fora trabalhado.
4.2.2. Moldagem do corpo de prova
Logo após a agregação completa dos elementos, a argamassa é depositada
no molde tronco-cônico com três (3) camadas sucessivas, sendo as mesmas com
medidas iguais, e, intercalarmente, são aplicados 15 golpes para a primeira camada,
10 golpes para a segunda e 5 golpes para a terceira e última camada, todos os
golpes são executados com uso da soquete. É necessário salientar que todo esse
procedimento é executado sobre a mesa de consistência manual com o molde
devidamente centralizado. Com o molde completamente cheio, é feito o rasamento
passando uma régua rente à borda do molde tronco-cônico.
4.2.3. Aplicação das quedas na mesa de consistência

FIGURAS 4 e 5 - Deposição da massa no tronco- FIGURA 6 – Aplicação dos


cônico. golpes.
Removendo qualquer resíduo que possa existir sobre a mesa, o molde é
retirado, restando apenas sobre a mesma a argamassa já moldada, e, então, são
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aplicadas trinta (30) quedas através da mesa de consistência. Com a massa


espalhada sobre a superfície da mesa, suas medidas são retiradas com o auxílio de
um paquímetro. No ensaio realizado, fora utilizado uma régua comum de 30 cm. As
medidas precisam ser feitas em três (3) diâmetros diferentes, os quais são tomados
em pares em pontos igualmente distribuídos ao longo do perímetro da argamassa.

FIGURAS 7, 8 e 9 - Sequência das quedas realizadas.

FIGURAS 10, 11 e 12 - Etapa das medições.


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4.2.4. Teste de resistência


Manuseando a massa preparada no tópico 4.2.1 para a moldagem do corpo
de prova, a mesma é deposta em uma forma para que, posteriormente, após sua
completa secagem, o bloco formado seja colocado sob o teste de resistência. Com a
forma, agora em formato retangular, sobre a mesa de consistência, são aplicadas as
trinta (30) quedas, como efetuadas no tópico 4.2.3. A mistura é deixada de 24h a 48h
no molde sob condições de umidade do ar entre 60% e 65%, e temperatura entre
22º C e 23º C.

FIGURAS 16 e 17 - Teste de resistência do corpo de prova. FIGURA 18 - Massa máxima


suportada pelo bloco teste.

FIGURAS 13, 14 e 15 - Processo de moldagem do corpo de


prova.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Depois de desenformado, o bloco é levado para que seja testada sua
resistência na prensa CBR. Nesse ensaio, foram usados dois corpos de prova,
sendo um deles preparado com cal e o outro com barro. O corpo preparado com
barro apresentou pouca resistência à compressão, suportando apenas 105 kg,
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enquanto que o corpo preparado com a cal apresentou um nível de resistência mais
elevado, chegando a suportar um pouco mais de 1100 kg.
Já para resistência à tração na flexão não foi possível fazer em nenhum dos
corpos testados, tendo em vista que a maquina de prensa utilizada não era a
recomendada para tal feito o que acarretou o não aparecimento do resultado no
display da máquina.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos ensaios realizados foi possível observar que os resultados obtidos
nos experimentos apresentaram valores satisfatórios, desta forma mostrando
respostas que estavam de acordo com os valores contidos na norma, assim como a
execução dos procedimentos foram feitas sem nenhum problema ou interferência no
resultado final do ensaio.
Os ensaios para a determinação consistência, moldagem e da resistência a
compressão de argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos,
em sua maioria, apresentaram valores que estavam de acordo aos estabelecidos
pela norma.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Argamassa para


assentamento e revestimento de paredes e tetos — Requisitos. Rio de Janeiro.
ABNT, 2005. (NBR 13281)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Argamassa para
assentamento e revestimento de paredes e tetos —. Determinação da resistência à
tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro. ABNT, 2005c. (NBR 13279)

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