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Alunos (as):
Valmir Ferreira
Maria Clara
Jaqueline
Raquel Bento
Karina Magalhães
Maria Betânia
Bateau Mouche
A traineira Evelyn Maurício tinha partido de Niterói com os pescadores Jorge de Souza, João
Batista de Souza Abreu, Marcos Vinícius Lourenço da Silva, Francisco Carlos Alves de Moraes e
Jorge Luiz Soares de Souza e as suas respectivas famílias, com destino a Copacabana; no caminho
cruzaram com o Bateau Mouche IV, iluminado e muito cheio. Os pescadores presenciaram o
naufrágio, e tornaram-se heróis ao jogarem boias, cabos e cordas para salvar cerca de 30
náufragos, que foram retiradas do mar pelos braços.
No inquérito que se seguiu foram apontados diversos responsáveis, entre eles a empresa de
turismo, os passageiros que disputavam um lugar a boreste do terraço da embarcação, as
autoridades competentes do estado do Rio de Janeiro, e a Capitania dos Portos, dando lugar a
um longo processo judicial.
O laudo pericial apontou que o Bateau Mouche IV transportava mais que o dobro da lotação
permitida (62 passageiros). Os sócios majoritários da empresa Bateau Mouche Rio Turismo,
Faustino Puertas Vidal e Avelino Rivera (espanhóis) e Álvaro Costa (português), foram
condenados por homicídio culposo (sem a intenção de matar), sonegação fiscal e formação de
quadrilha, em maio de 1993, a quatro anos de prisão em regime semiaberto (só dormiam na
prisão), mas em fevereiro de 1994 eles fugiram para a Espanha.
A atriz Yara Amaral perdeu a vida na tragédia. Também se encontrava a bordo da embarcação o
ex-ministro do Planejamento, Aníbal Teixeira, que sobreviveu.
Hammurabi e Eshnunna (1825-1787 a.C.)
O Bateau Mouche embarcação que que afundou fato ocorrido no Brasil e com repercussão
mundial pode ser analisado e julgado de inúmeras formas se tivesse o ocorrido fosse de uma
outra época.
Com tamanha responsabilidade as leis eram bem rígidas, e seu peso recaia com mais rigor na
figura do barqueiro.
§5 da Lei de Eshnunna “Se um barqueiro foi negligente e afundou o barco: deverá restituir tudo
que afundou”
O texto acima foi inserido na referida lei entre paragrafo cujo tema central era determinar
aluguéis e salários no reino. Ao inserir a penalidade ao barqueiro o legislador tinha a intenção
de definir a responsabilidade que cabe ao barqueiro. O parágrafo supõe o costume
contemporâneo a época de que o proprietário de um barco o alugava a um barqueiro que
contratava as cargas combinando viagens e valores, ficando assim o barqueiro responsável por
toda a parte operacional e de negociação com os clientes. O barqueiro era responsável pelo
barco diante do proprietário e das mercadorias perante os clientes.
A palavra negligente possui bastante peso na legislação da antiguidade tendo em vista que
ambos os legisladores só previam em seu ordenamento jurídico o afundamento por negligencia
do barqueiro.
Por fim, o barqueiro era o responsável legal pela carga e pelo barco, se afundasse a culpa recairia
sobre ele.
Mais de duas décadas depois, nenhum dos envolvidos no caso está preso. Apenas uma família
recebeu indenização. Os demais processos aguardam o julgamento dos infindáveis recursos.
Fonte:
MemóriaGlobo:
http://memoriaglobo.globo.com/programas/jornalismo/coberturas/naufragio-do-bateau-
mouche/naufragio-do-bateau-mouche-a-historia.htm (Acessado em 11/03/2018)