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SALVADOR
Assuntos da Disciplina
de
Língua Portuguesa
Curso: Direito
I Semestre
Elementos da Comunicação
Emissor – o que emite a mensagem.
Receptor – o que recebe a mensagem.
Mensagem – o conjunto de informações transmitidas.
Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o
receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar...
Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
Ruído – qualquer perturbação na comunicação.
Funções da Linguagem
O lingüista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:
1. Função Referencial: também chamada de denotativa ou informativa, é quando o objetivo é passar uma informação
objetivas e impessoal no texto. É valorizado o objeto ou a situação de que se trata a mensagem sem manifestações
pessoais ou persuasivas.
2. Função expressiva: também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pessoais como emoções,
opiniões, avaliações. Na função expressiva, o emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O produtor mostra que
está presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos.
3. Função conativa: é quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar um determinado
comportamento. Na função conativa a presença do receptor está marcada sempre por pronomes de tratamento ou da
segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo.
4. Função fática: é o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a recebe. Também designa
algumas formas que se usa para chamar atenção.
5. Função metalingüística: é quando a linguagem fala de si própria. Predominam em análises literárias, interpretações e
críticas diversas.
6. Função poética: é usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada de forma imprevista e inovadora.
É importante notarmos que a linguagem sempre varia de acordo com a situação e as funções de linguagem nunca estão
isoladas num texto. É claro que num texto uma função predomina, mas as funções mesclam-se e combinam-se o tempo
todo.
Variação (linguística)
• A variação das formas da linguagem sistemática e coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de
identificação, e um deles é a língua. Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço,
o nível cultural e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente.
O conceito
Variedade é um conceito maior do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de
sociolingüística usam o termo leto, aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos,
são exemplos dessas variações:
• dialetos (variação diatópica?), isto é, variações faladas por comunidades geograficamente definidas.
o idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao sistema
comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua
condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num
sentido mais geral);
• socioletos, isto é, variações faladas por comunidades socialmente definidas
• linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da educação
• idioletos, isto é, uma variação particular a uma certa pessoa
• registros (ou diátipos), isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões
• etnoletos, para um grupo étnico
• ecoletos, um idioleto adotado por uma casa
Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distingüidos não apenas por seu vocabulário, mas
também por diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais
nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como palavras
estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da linguagem.
Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática da linguagem
padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses freqüentemente usam modos gramaticais, como o modo
subjuntivo, que não são mais usados com freqüência por outros falantes. Muitos registros são simplesmente um
conjunto especializado de termos (veja jargão).
É uma questão de definição se gíria e calão podem ser considerados como incluídos no conceito de variação ou
de estilo. Coloquialismos e expressões idiomáticas geralmente são limitadas como variações do léxico, e de,
portanto, estilo.
Espécies de variação
Variação histórica
Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de
uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de
falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece
ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova
variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças podem
ser de grafia ou de significado.
Variação geográfica
Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre regiões. Dentro de uma
comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores ,
política e economia, que acabam por definir os padrões lingüísticos utilizados na região de sua influência. As
diferenças lingüísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo.
Variação social
Agrupa alguns fatores de diversidade:o nível sócio-econômico, determinado pelo meio social onde vive um
indivíduo; o grau de educação; a idade e o gênero. A variação social não compromete a compreensão entre
indivíduos, como poderia acontecer na variação regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o nível
sócio-econômico de uma pessoa, e há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir
o padrão de maior prestígio.
Variação estilística
Ortoépia e Prosódia
A ortoépia é a pronúncia correta das palavras.
pneu - peneu
freada - freiada
bandeja – bandeija
cutia - cotia
cabeçalho - cabeçário
bueiro - boeiro
caderneta – cardeneta
advogado – adevogado
estupro - estrupo
cuspe - guspe
A Prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta. Quando
se comete um erro de prosódia automaticamente transforma-se uma palavra oxítona em paroxítona, ou proparoxítona
em paroxítona e vice-versa.Os erros de prosódia recebem o nome de silabada.
Parônimos e Homônimos
Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém, apresentam significados diferentes.
Homônimos – palavras que são iguais na escrita e têm a mesma pronúncia, porém tem significados diferentes. Eles se
dividem em perfeitos e imperfeitos.
Os Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na pronúncia.
• Homônimos homógrafos, quando têm a mesma escrita e a mesma pronúncia, exceto a abertura da vogal tônica.
Semântica
Semântica, é a ciência que estuda o significado das palavras, ou seja, a Semântica é o estudo das palavras que são
bastante parecidas, ou têm o mesmo sentido, sendo assim palavras sinônimas. Dentro do tema semântico, existem
outros vários subtítulos como:
• A semântica formal;
• A semântica da enunciação ou argumentativa;
• Semântica cognitiva;
Esses mesmos temas têm o mesmo significado, ou seja, estudam o mesmo fenômeno, mas com concepções diferentes.
A Semântica também pode ser explicada como uma palavra em sentido figurado, ou seja, usar ou substituir uma palavra
por outra, devendo ser lavado em consideração a conotação e a denotação. Ex: casa/ lar.
O significado das palavras tem uma classificação, ou seja, para os SINÔNIMOS (palavras com o mesmo significado, mas
com sentidos diferentes), a classificação a ser feita é: Sinonímia.
Para os ANTONÍMOS (palavras que apresentam significados contrários), classificação a ser feita é: Antonímia. Para a
HOMONÍMIA (palavras que têm significados diferentes, mas possuem as mesmas estruturas da fonologia), as
classificações a ser feita são: homônimos (palavras com pronúncias diferentes, mas que possuem a mesma escrita). Para
as HOMÓFONAS (palavras que são escritas e diferentes, mas são faladas sempre da mesma maneira. Ex: cessão/
sessão), não tendo assim uma classificação. Já as palavras PERFEITAS (palavras que são iguais tanto na pronuncia quanto
na escrita). As palavras, PARÔNIMOS (são palavras que possuem significado e sentido diferentes, mas são bastante
iguais no momento a fala e da escrita), esses parônimos são classificados de: Paronímia. (Ex: cavaleiro/ cavalheiro). A
POLISSEMIA, uma mesma palavra tem variadas notificações, como por Ex: Os fiéis agradecem à graça recebida.
A Conotação e a Denotação.
A Conotação: é uma palavra que tem significado distinto do original. Ex:. Hoje estou em um mar de rosas.
A Denotação: A palavra é usada em seu próprio significado. Ex: O mar e as rosas são lindos.
Sendo assim, os elementos que fazem e devem fazer parte do vocabulário de um falante são os elementos textuais (são
palavras, frases, orações que não fazem parte de um dicionário).
Os elementos compostos (que possuem mais de uma palavra. Ex: beija-flor).
Os elementos simples (que em sua composição possui somente uma palavra. Ex: cavalo).
E os elementos complexos (são palavras sintagmáticas. Ex: a olhos vistos).
Sendo assim, para uma boa escrita se faz necessário o uso da Semântica, e também o bom conhecimento dela.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer figuras de linguagem está no fato de que tal
conhecimento, além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, deixa-nos mais sensíveis à beleza da
linguagem e ao significado simbólico das palavras e dos textos.
Definição: Figuras de linguagem são certos recursos não-convencionais que o falante ou escritor cria para dar
maior expressividade à sua mensagem.
METÁFORA
É o emprego de uma palavra com o significado de outra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas.
É uma comparação subentendida.
Exemplo:
COMPARAÇÃO
Exemplo:
PROSOPOPÉIA
É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la
de PERSONIFICAÇÃO.
Exemplo:
SINESTESIA
Exemplo:
Raquel tem um olhar frio, desesperador.
CATACRESE
É uma metáfora desgastada, tão usual que já não percebemos. Assim, a catacrese é o emprego de uma palavra
no sentido figurado por falta de um termo próprio.
Exemplo:
METONÍMIA
É a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos que
permite essa troca. Ocorre metonímia quando empregamos:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
PERÍFRASE
É a designação de um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
Exemplo:
A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro)
ANTÍTESE
Exemplo:
EUFEMISMO
Exemplo:
HIPÉRBOLE
Exemplo:
IRONIA
Exemplo:
ONOMATOPÉIA
Exemplo:
ALITERAÇÃO
Exemplo:
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
ELIPSE
Exemplo:
ZEUGMA
Exemplo:
LEONASMO
Exemplo:
POLISSÍNDETO
Exemplo:
ASSÍNDETO
Exemplo:
ANACOLUTO
Exemplo:
Nota: o anacoluto ocorre com freqüência na linguagem falada, quando o falante interrompe a frase,
abandonando o que havia dito para reconstruí-la novamente.
ANAFÓRA
Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior
expressividade.
Exemplo:
SILEPSE
Ocorre quando a concordância é realizada com a idéia e não sua forma gramatical. Existem três tipos de silepse:
gênero, número e pessoa.
De gênero.
Exemplo:
Vossa excelência está preocupado com as notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto à forma, mas
nesse exemplo a concordância se deu com a pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não com o
sujeito).
De número.
Exemplo:
A boiada ficou furiosa com o peão e derrubaram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com a idéia de
plural da palavra boiada).
De pessoa
Exemplo:
As mulheres decidimos não votar em determinado partido até prestarem conta ao povo. (nesse tipo de silepse, o
falante se inclui mentalmente entre os participantes de um sujeito em 3ª pessoa).
SÍNTESE DO TUTORIAL
As figuras de linguagem são recursos não-convencionais que o falante ou escritor cria para dar maior
expressividade à sua mensagem.
Metáfora é o emprego de uma palavra com o significado de outra em vista de uma relação de semelhança.
Comparação é uma atribuição de característica de um ser a outro em virtude de uma determinada semelhança.
Metonímia é a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação lógica, uma proximidade de
sentidos que permite essa troca.
Perífrase é a designação de um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o
celebrizou.
Ironia consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o contrário do que pensamos.
Aliteração consiste na repetição de um determinado som consonantal no início ou interior das palavras.
Elipse consiste na omissão de um termo que fica subentendido no contexto, identificado facilmente.
Pleonasmo consiste na intensificação de um termo através da sua repetição, reforçando seu significado.
Anáfora consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para uma
maior expressividade.
Silepse ocorre quando a concordância é realizada com a idéia e não sua forma gramatical. Existem três tipos de
silepse: gênero, número e pessoa.
Concordância
Verbal
Regra geral, o verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa. Exemplos:
Sujeito coletivo
Se o sujeito for um coletivo do singular seguindo de um complemento no plural, o verbo pode ir para o plural
ou permanecer no singular:
A série de notas fiscais referentes ao pagamento das mercadorias adquiridas no mês de março próximo
passado está sendo enviada a V.Sa. através de nosso representante.
A série de notas fiscais está...
O conjunto de duplicatas é...
O número de papéis e documentos é inferior...
A multidão foi levada...
A maioria das notas fiscais é tirada no computador.
Há casos, porém, em que o redator percebe a fraqueza gramatical diante da idéia que quer transmitir:
A tendência hoje é pela concordância com a expressão utilizada. Da mesma forma, uma expressão partitiva
tanto pode levar o verbo para o plural, como admitir o uso do singular:
Há outras expressões cujo procedimento quanto ao uso de singular e plural é semelhante; são elas: uma porção
de, o grosso de, o resto de.
O segundo caso é mais enérgico e afetivo que o primeiro, pois o verbo na terceira pessoa (ofende) é quase
indeterminada, sem nenhuma intensidade afetiva, é plano. A segunda frase é muito mais carregada de
sentimento, muito mais viva e eficaz.
Se o verbo tiver com sujeito o pronome relativo que, ele concordará em número e pessoa com o antecedente
deste pronome:
Se, no entanto, o relativo que vier antecedido da expressão um dos, o verbo vai para a 3ª pessoa do plural,
raramente para a 3ª pessoa do singular:
No primeiro casa chama-se a atenção para a ação: realizar, ou seja, "não é possível realizar esses projetos". No
segundo, em virtude da concordância, a atenção concentra-se em projetos. Gramaticalmente, pode-se considerar
realizar como sujeito e projetos como objeto e pode-se também considerar projetos como sujeito e então o
verbo vai para o plural. Em geral prefere-se a concordância no plural.
Se houver dois ou mais sujeitos de pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural, concordando com a
pessoa que tem precedência na ordem gramatical.
Eu e tu=nós
Eu e ele=nós
Eu, tu e ele=nós
Tu e ele=vós
Você e ela=eles
Portanto o verbo vai para a 1ª pessoa do plural se entre os sujeitos houver um da 1ª pessoa. Irá para a 2ª pessoa
do plural se, não havendo sujeito da 1ª pessoa, houver um da 2ª. Somente irá para a 3ª pessoa do plural se os
sujeitos forem da 3ª pessoa.
Se houver mais de um sujeito singular antecedendo um verbo, este ficará no singular ou irá para o plural:
No caso de sujeito de números diversos (singular e plural) precedendo o verbo, este vai para o plural. Se estes
sujeitos estiverem depois dele, o verbo poderá ficar no singular se o sujeito mais próximo estiver no singular:
Dois sujeitos do singular ligados por como, bem como, assim como, do mesmo modo que, tanto...como, não
só... mas também requerem análise: se se tratar de adição, coloca-se o verbo no plural; se se tratar de
comparação, coloca-se o verbo no singular:
O reajuste salarial de junho, da mesma forma que o de março, não alterou seu padrão de vida.
A disciplina, assim como o arrojo, fizeram dele profissional invejável.
Sujeito constituído por expressões que indicam quantidade aproximada determina que a concordância se faça
com o complemento dessas expressões:
Se o sujeito for constituído pelos pronomes indicados, o verbo pode permanecer na 3ª pessoa do plural ou
concordar com o pronome pessoal que indica o todo:
Se ligados por essas conjunções, o verbo tanto pode ir para o plural como ficar no singular, conforme se queira
ou não atribuir a ação a todos os sujeitos:
Regra geral, o verbo vai para o plural quando a idéia que se quer transmitir é de soma:
O chefe da seção com o gerente recorreram a argumentos de força para estimular seus funcionário.
Se se desejar realçar um dos elementos, o verbo poderá ficar no singular.
O office-boy, com todos os jovens da empresa, resolveu formar um time de basquete.
Se o sujeito do verbo ser ou parecer for constituído pelos pronomes: isto, isso, aquilo, tudo e o predicativo
estiver no plural, o verbo irá para o plural:
Se o sujeito é constituído de um substantivo e o verbo ser vem seguido de pronome pessoal, o verbo concordará
com o pronome:
Os funcionários mais aplicados somos nós.
Os maiores diretores sois vós.
Os verdadeiros profissionais são eles.
Nas orações interrogativas com utilização de quem, o verbo concorda com o substantivo ou pronome que lhe
segue:
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Introdução
Note que as inadequações referem-se aos desajustes entre as palavras que a constituem.
Assim, concordância nominal consiste na adaptação de uns nomes aos outros, harmonizando-se nas suas
flexões com as palavras de que dependem.
No decorrer deste tutorial veremos as regras de concordância, bem como exemplos práticos sobre as mesmas.
REGRA GERAL
Exemplo:
Adj. Adjetivo
Num.
OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL
Adjetivo
Adjetivo
Observação:
Quando os substantivos são do mesmo gênero as duas concordâncias podem ser usadas, embora a primeira seja
mais adequada porque mostra que a característica é atribuída aos dois substantivos.
VL Predicativo
Observação:
No caso de substantivos de gêneros diferentes o adjetivo irá para o masculino plural, se o adjetivo tiver a
função de predicativo.
VL Predicativo
Observação:
Quando o adjetivo exerce a função de predicativo, ele pode concordar só com o primeiro ou ir para o plural.
a) Quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos.
b) Se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo será obrigatório a partir do segundo adjetivo.
Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de
artigo. Caso contrário são invariáveis.
Observação
7. Mesmo, bastante
Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável. Quando é pronome
concorda com a palavra a que se refere.
Pronome
Advérbio
Pronome
Advérbio
8. Menos, alerta
Observação
9. Meio
numeral
Isso pesa meio quilo.
numeral
Advérbio
Advérbio
Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a que se referem. Se
funcionarem como advérbio são invariáveis.
Adjetivo
Adjetivo
Advérbio
Advérbio
11. Só
a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural.
Observação
12. Possível
Quando acompanhada de expressões superlativas (o mais, a menos, o melhor, a pior) varia conforme o artigo
que integra as expressões.
Exemplo: As previsões eram aspiorespossíveis.
3ª P.S
CONCLUSÃO
Neste tutorial foi mostrada a concordância nominal dos substantivos perante adjetivos, advérbio, pronomes e
numerais. Vimos que adjetivos antepostos aos substantivos concordam com o mais próximo, porém se exerce a
função de predicativo pode concordar de duas maneiras: com o mais próximo ou ir para o plural. No caso do
adjetivo vir após vários substantivos a concordância já muda, pois se os substantivos forem do mesmo gênero
há duas possibilidades: ir para o plural ou assumir o gênero do substantivo.
Enfim, este tutorial servirá como base de estudos com relação a Concordância Nominal, mas devemos nos
lembrar que a Língua Portuguesa requer bastante estudo e só este tutorial não suprirá tais necessidades. O
aprofundamento deverá ser feito através das Gramáticas, dicionários e afins.
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Aqui é
fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser empregada antes do
verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta).
Outras vezes, ela deve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes
relativos (O ideal a que aspira é nobre).
ACONSELHAR (TD e I)
AGRADAR
* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
AGRADECER
* TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradecer-lhe-ei os presentes.
ASPIRAR
Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se
a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ASSISTIR
Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a
elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino
(que exija o artigo)
ATENDER
Se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O
diretor atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor atendeu-os)
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.
Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)
CHAMAR
Chamei-o à atenção.
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a
atenção de todos que por ali passavam)
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto)
pode vir precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a
indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
* quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
COGITAR
COMPARECER (Intransitivo)
COMUNICAR (TD e I)
CUSTAR
* No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca
a pessoa, que será objeto indireto.
ENSINAR - TD e I
ESQUECER, LEMBRAR
IMPLICAR
* TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar.
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Moro em Londrina.
NAMORAR (TD)
Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais
PEDIR (TD e I)
* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Pediram-lhe perdão.
PRECISAR
PREFERIR (TD e I)
* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
QUERER
RENUNCIAR
RESPONDER
REVIDAR (TI)
Ele revidou ao ataque instintivamente.
* Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.
SOBRESSAIR (TI)
VISAR
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em seu
lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I,
admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome se, não admitem plural. É
que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.
(Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
* Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), almejar
(por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com),
desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a),
versar (sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.
Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os lingüistas chamam os desvios de variáveis,
enquanto os gramáticos tratam-nos como erros.
Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles provieram.
reaver.
Regência nominal:
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir complementação para seu sentido
precedida de preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as palavras que exigirem
preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.
• acostumado a, com;
• afável com, para;
• afeiçoado a, por;
• aflito com, por;
• alheio a, de;
• ambicioso de;
• amizade a, por, com;
• amor a, por;
• ansioso de, para, por;
• apaixonado de, por;
• apto a, para;
• atencioso com, para;
• aversão a, por;
• ávido de, por;
• conforme a;
• constante de, em;
• constituído com, de, por;
• contemporâneo a, de;
• contente com, de, em, por;
• cruel com, para;
• curioso de;
• desgostoso com, de;
• desprezo a, de, por;
• devoção a, por, para, com;
• devoto a, de;
• dúvida em, sobre, acerca de;
• empenho de, em, por;
• falta a, com, para;
• imbuído de, em;
• imune a, de;
• inclinação a, para, por;
• incompatível com;
• junto a, de;
• preferível a;
• propenso a, para;
• próximo a, de;
• respeito a, com, de, por, para;
• situado a, em, entre;
• último a, de, em;
• único a, em, entre, sobre.
Crase
Publicidade
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.
Fomos à piscina
à artigo e preposição
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo a.
Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras
masculinas, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Respondi às perguntas.
(Respondi aos questionário)
II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos:
Fui à Holanda
(Fui para a Holanda)
3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a
crase.
Exemplos:
Iremos a Curitiba.
(Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia
(Voltaremos da Bahia)
Não ocorre a Crase
a) antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.
Crase facultativa
Casos particulares
1. Casa
Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjunto adnominal,
não ocorre a crase.
Exemplos:
2. Terra
Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase.
Exemplos:
Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.
Exemplos: