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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


CAMPUS – PALMEIRA DOS ÍNDIOS
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL

RELATÓRIO
MEDIDAS FÍSICAS

PALMEIRA DOS ÍNDIOS


2016
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CHARLES FINNEY ROCHA CAVALCANTE

RELATÓRIO
MEDIDAS FÍSICAS

Relatório apresentado ao
Curso de Engenharia Civil do
Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia –
Campus – Palmeira dos Índios,
Turma 2015.2 na Disciplina
Física Experimental, sob a
orientação do Professor
Manoel Pereira.

PALMEIRA DOS ÍNDIOS


2016
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RESUMO

Quando se estuda um fenômeno físico natural, é importante entender como as suas


propriedades participam desse fenômeno. Dessa forma, é importante uma avaliação
quantitativa, que pode ser feita, no caso, utilizando-se medidas físicas.
Por definição, a Física é o estudo dos fenômenos naturais. Sendo assim, percebe-se
que está implícita a sua característica fundamental: a natureza como o parâmetro de
referência desse conhecimento.
O experimento realizado apresentou o uso de medidas diretas, isto é, aquelas onde
se utilizam instrumentos de medida. Ex: medida de um comprimento com uma régua
gradua, paquímetro, etc.
O uso desses instrumentos serviu para constatar que se repetirmos várias vezes a
medida de uma mesma grandeza, encontraremos valores nem sempre iguais. E essa
diferença encontrada entre o valor obtido em uma medida e o valor real ou correto
dessa grandeza dá-se o nome de erro.
Portanto, no experimento realizado chegou-se à definições sobre erro e desvio: erro
– diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto
da mesma; desvio – diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e um
valor adotado que mais se aproxima do valor real.
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INTRODUÇÃO

Para obtenção de medidas de um determinado objeto a ser estudado é


necessário ter habilidade no manuseio das ferramentas que forem utilizados na
medição, e capacidade de efetuar corretamente as suas leituras. No entanto, não é
suficiente apenas determinar as medidas do objeto, é preciso saber expressar essa
medida com os números exatos de algarismos significativos e calcular corretamente
os erros de medidas.

A finalidade deste experimento é calcular os erros das medidas e massa


específica de uma moeda e comparar os dados.

OBJETIVOS

Realizar medidas lineares, aplicar a Teoria de Erros e Algarismos


Significativos, trabalhar com cálculos estatísticos aplicados às medidas lineares e
calcular a massa específica de materiais.

MATERIAIS UTILIZADOS

Para a realização do experimento, foram utilizados os seguintes materiais:


duas réguas milimetradas, um paquímetro, uma moeda de R$ 1,00 e uma balança de
precisão.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em um experimento nenhuma medida de qualquer grandeza física é exata. A


exatidão das medidas está delimitada pelo equipamento utilizado, pela habilidade do
indivíduo que realiza a medida, pelos princípios físicos básicos do instrumento de
medida. Quando pretende-se medir um valor de uma grandeza, realiza-se várias
medidas em diferentes locais, dependendo das condições experimentais particulares
ou da postura adotada diante do experimento, em cada caso, deve-se adotar uma
medida que melhor represente a grandeza dentro de um limite de erro do qual deve
estar compreendido o valor real. Mas afinal, o que seria o erro:

O ato de medir é, em essência, um ato de comparar, e essa comparação


envolve erros de diversas origens (dos instrumentos, do operador, do
processo de medida etc.).
Quando se pretende medir o valor de uma grandeza, pode-se realizar apenas
uma ou várias medidas repetidas, dependendo das condições experimentais
particulares ou ainda da postura adotada frente ao experimento. Em cada
caso, deve-se extrair do processo de medida um valor adotado como melhor
na representação da grandeza e ainda um limite de erro dentro do qual deve
estar compreendido o valor real.

 Erros nos dados experimentais e nos valores dos parâmetros:


 Sistemáticos (nos dados de entrada) - Erros que atuam sempre no
mesmo sentido e podem ser eliminados mediante uma seleção de
aparelhagem e do método e condições de experimentação. A coleta de dados
decorrente de medidas das observações e experimentos, na maioria das
vezes, traz consigo erros que são inerentes aos próprios instrumentos de
medida.
 Fortuitos (gerados pelo modelo) - Erros com origem em causas
indeterminadas que atuam em ambos os sentidos de forma não previsível.
Estes erros podem ser atenuados, mas não completamente eliminados.
 Erros de truncatura - Resultam do uso de fórmulas aproximadas, ou
seja, uma truncatura da realidade. É preciso fazermos a substituição de uma
expressão ou fórmula infinita por uma finita ou discreta. Por exemplo, quando
se tomam apenas alguns dos termos do desenvolvimento em série de uma
função.
 Erros de arredondamento - Resultam da representação de números
reais com um número finito de algarismos significativos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_erros
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Materiais utilizados: foram utilizados os seguintes instrumentos: duas réguas


milimetradas, paquímetro e uma moeda de R$ 1,00 de aço inoxidável.

 Foram realizadas cinco medidas do raio e da altura de uma moeda com a


régua milimetrada. Os dados foram organizados na tabela abaixo, contendo:
os valores das grandezas, as incertezas e as unidades de medida, conforme
tabela 1.

TABELA DE MEDIDAS – MOEDA DE R$ 1,00


Medidas Raio (mm) Altura (mm)
1 2,7 1,9
2 2,7 1,9
3 2,65 2,0
4 2,7 2,0
5 2,7 1,9
± ∆x
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Ao iniciar o procedimento experimental foram efetuados os seguintes cálculos:

1) Balanceamento das equações abaixo:

a) MnO4-(aq) + C2O42- + H+(aq)  Mn2+(aq) + CO2(g) + H2O(l)

b) MnO4-(aq) + H2O2(aq) + H+ (aq)  Mn2+(aq) + O2(g) + H2O(l)

Obteve-se o seguinte:

2) Calculou-se a massa de KMnO4 necessário para preparar 250 mL de uma solução


0,02 M: 0,79g.

3) Calculou-se a massa de Na2C2O4 necessária para preparar 100 mL de uma


solução 0.05 M: 0,67g.

4) Calculou-se quantos ml de uma solução 0,02 M de KMnO4 (problema 2) devem ser


gastos na titulação de 25 mL de uma solução 0,05 M de Na2C2O4 (problema 3):

Volume = 25ml

PADRONIZAÇÃO DO PERMANGANATO:

Resultado das pesagens realizadas:

Massa de permanganato: 0,793g;


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Massa de Oxalato: 0,675g.

Após a pesagem calculou-se a concentração da solução de oxalato, usando-


se os seguintes passos:

Calculou-se o número de mols na solução dividindo-se a massa pesada


(Massa de Oxalato: 0,675g) pela massa molar da substancia (MM = 134g/mol);

Dividiu-se o número de mols encontrado pelo volume da solução, neste caso,


100ml ou 0,001 litros:

Molaridade = 0,675/MM x 0,100 = 0,675/134 x 0,100 = 0,05M.

O número de mols de oxalato utilizado na titulação foi calculado multiplicando-


se a molaridade pelo volume:

Número de mols = Molaridade x 0,025 = 1,25 x 10-3 mol.

Resultados da padronização da solução de permanganato de sódio:

TITULAÇÃO VOLUME DE KMnO4 MOLARIDADE DE KMnO4


1 0,0257 0,195
2 0,0255 0,196
3 0,0254 0,197

A concentração de KMnO4 que utilizada foi a média dos três valores


encontrados, ou seja:

Molaridade do KMnO4 = 0,196M


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TITULAÇÃO DA ÁGUA OXIGENADA:


Usando-se a molaridade para a solução padronizada de permanganato, pôde-
se calcular o número de mol de KMnO4 utilizado em cada titulação:

Número de mols = Molaridade (KMnO4) x Volume

Como a proporção da reação entre o peróxido de hidrogênio e o


permanganato é 5:2, o número de mols de peróxido do titulado é calculado da seguinte
forma:

NH2O2 = 5 x Número de mols do KMnO4/2

Resultados da titulação do peróxido de hidrogênio:

TITULAÇÃO VOLUME DE Nº de Mols de KMnO4 Nº de Mols de


KMnO4 H2O2
1 0,0212 litros 4,16 x 10-4 mol 1,04 x 10-3 mol
2 0,0216 litros 4,23 x 10-4 mol 1,06 x 10-3 mol

Utilizou-se o valor médio dos dois valores , ou seja: N = 1,05 x 10-3 mol

A partir da metodologia, percebemos que a solução do titulado utilizada tem


5ml de água oxigenada comercial para cada 100 ml de solução. Como são utilizados
apenas 25 ml para serem titulados, a quantidade de água oxigenada é:

Pela quantidade de mols e o volume de água oxigenada foi possível calcular


a molaridade:

A concentração das águas oxigenadas comerciais em “volumes” se baseia na


quantidade (em litros) de oxigênio que um litro de água oxigenada libera na sua
decomposição. Pela molaridade da solução percebemos que tinha 1,02 x 10-2 mol de
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H2O2 em cada litro da solução. A decomposição do peróxido de hidrogênio segue a


equação:

Ou seja, cada mol de peróxido libera 0,5 mol de oxigênio. Nas CNTP (273,15
K e 101 325 Pa) o volume molar de um gás ideal é: 22,413 968 ± 0,000 020 L mol−1
. [1] Então, como um litro da água oxigenada tem cerca de 1,05 x 10-2 mol de peróxido,
o volume de oxigênio liberado foi:

V(oxigenada) = 8,4/2 x 22,414 = 9,414

Através desses cálculos chegou-se à conclusão de que a concentração de


peróxido na amostra de agua oxigenada estava um pouco abaixo do que o rótulo diz,
e é cerca de 9,414 “volumes”.
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CONCLUSÕES

Apesar de simples, para medir adequadamente algum objeto é necessário


atentar-se ao grau de precisão do instrumento utilizado, além de assumir o erro na
hora de manusear os equipamentos, o que vem afetar o resultado do experimento.
Como esperado ao utilizar duas réguas diferentes para medição da moeda os
resultados finais divergiram. Ainda, ao comparar com dados oficiais foi possível
perceber que uma régua não é precisa o bastante para mensurar um objeto pequeno.
No entanto, os resultados finais foram satisfatórios e condizem com
a realidade. Os erros são explicados pela falta de precisão dos instrumentos
utilizados

REFERÊNCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Medida_(f%C3%ADsica)
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http://wwwp.fc.unesp.br/~malvezzi/downloads/Ensino/Disciplinas/LabFisI_Eng/Aposti
laTeoriaDosErros.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_erros

http://wwwp.fc.unesp.br/~malvezzi/downloads/Ensino/Disciplinas/LabFisI_Eng/Aposti
laTeoriaDosErros.pdf

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