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MACROECONOMIA

 Teoremas Concorrência Perfeita:

1º Teorema Fundamental- Qualquer equilibrio competitivo é Pareto ótimo. Repare-se


que o ponto acima foi obtido na liberdade de mercado. Cada agente fez o que queria e,
sem ninguém se esforçar para obter esse resultado, verificou-se o ótimo em que Cm =
Um, logo é Pareto ótimo.
2º Teorema Fundamental- Qualquer ponto Pareto eficiente pode ser obtido por
equílibrio competitivo. Este teorema apenas diz que qualquer que seja o nível em que
Cm = Um, há sempre um preço que faz com que o mercado escolha essa situação. Esse
preço é, claro, aquele em que p = Um = Cm.
Estes teoremas chamam-se também teoremas de mão invísivel, pois formalizam, de
forma clara, a ideia de Adam Smith.

 Tipos de mercado:

TIPOS CONCORRÊNCIA MONOPÓLIO OLIGOPÓLIO CONCORRÊNCIA


CRITÉRIOS PERFEITA MONOPOLÍSTICA

NÚMERO DE Inúmeros Um Alguns Muitos


PRODUTORES
CONTROLO DO Nulo Total Bastante Pouco
PREÇO
BENS Homogéneos Único Pouco Diferenciados
PRODUZIDOS Diferenciados
CONCORRÊNCIA Muita Nenhuma Pouca Bastante

 Oligopólio- Teoria dos jogos: Estratégias, tipos de equilibrio e soluções dos


jogos

1- ESTRATÉGIA DOMINANTE

A estratégia designa-se dominante quando é a melhor estratégia para o jogador


independentemente da estratégia do outro jogador.

Exemplo:
Empresa B

Preço normal Preço baixo

Preço normal A5 B5 A2 B-2

Empresa A

Preço baixo A-2 B2 A0 B0

Se B escolher o preço normal, A deve escolher o preço normal (Ganham ambos 5)


Se B escolher o preço baixo, A deve escolher o preço normal (B perde 2 e A ganha 2)

Se A escolher o preço normal, B deve escolher o preço normal (Ganham ambos 5)


Se A escolher o preço baixo, B deve escolher o preço normal (A perde 2 e B ganha 2)

Ou seja, a solução neste caso, independentemente da decisão do outro jogador, é sempre


escolher o preço normal. Chama-se a isto uma estratégia dominante.

Equilibrio dominante: um equilíbrio dominante é o resultado de uma situação de interação


estratégica que se carateriza pelo facto de todos os jogadores envolvidos possuírem uma
estratégia dominante.

2- EQUILIBRIO DE NASH / EQUILIBRIO NÃO COOPERATIVO

Este equilíbrio é o resultado da interação entre dois jogadores quando pelo menos um dos
jogadores tem uma estratégia dominante.

Exemplo:

Empresa B

Preço normal Preço baixo

Preço normal A1 B1 A5 B-3

Empresa A

Preço baixo A-2 B5 A2 B10

Se B escolher o preço normal, A deve escolher o preço normal (ganhando ambos 1)


Se B escolher o preço baixo, A deve escolher o preço normal (pois B perde 3 e A ganha 5)

Se A escolhe o preço normal, B deve escolher o preço normal (ganhando ambos 1)


Mas se A escolher o preço baixo, B deve escolher o preço baixo também pois ganhará 10
enquanto A ganha apenas 2.

Ou seja, A tem uma estratégia dominante pois deve escolher sempre o preço normal, mas B
não tem estratégia dominante, pois a sua decisão depende do que o A fizer.
Ou seja a solução será ambos aplicarem os preços normais, ficando ambos a ganhar 1. Quando
isto acontece (normal, normal em que ambos ganham 1) acontece o “equilibrio de Nash”. Este
equilibrio ocorre quando ambas as empresas, dado a decisão da outra, não podem estar melhor
do que ali (neste caso, no normal normal). Ambos ganhariam mais se aplicassem o preço baixo,
porém A ganharia só 2 e B ganharia 10, chama-se a isso equilibrio cooperativo, e A ia subir o
preço para querer ganhar mesmo, e voltaria-se ao equilibrio de Nash.

3- DILEMA DO PRISIONEIRO

O dilema do prisioneiro é um jogo entre dois prisioneiros que ilustra porque é que a cooperação
é difícil de manter mesmo quando é mutuamente benéfica.

Prisioneiro B

Confessa Não confessa

Confessa A 5anos B 5 anos A 1 ano B 10 anos

Prisioneiro A

Não confessa A 10 anos B 1 ano A 2 anos B 2 anos

Se B confessar, A deve confessar (ficando ambos 5 anos presos)


Se B não confessar, A deve confessar (fica A apenas 1 ano e B durante 10 anos preso)

Se A confessar, B deve confessar (ficando ambos 5 anos presos)


Se A não confessar, B deve confessar (ficando apenas 1 ano preso e A ficaria durante 10)

Esta situação parece uma estratégia dominante pois ambos devem ter a estratégia de confessar,
independentemente da situação do outro: Confessar. No entanto, se confessarem apanham
ambos 5 anos, e se não confessassem apanhavam apenas 2 anos de prisão, ficando na melhor
situação, tornando-se assim um equilibrio cooperativo.

Observamos aqui dificuldades devido a problemas sociais como o egoísmo, foi ambos ficavam
bem se cooperassem, no entanto isso não acontece pois queremos sempre o melhor para nós
descartando os outros. Desta forma, vão todos fazer o que acham melhor para si, e no fim
acabam por ficar todos pior (equilibrio de Nash).

4- ESTRATÉGIAS MISTAS

Na realidade os jogos são muito mais complexos que os anteriores, pois não conseguimos muitas
das vezes prever o que o outro jogador irá fazer. Exemplo:
Sherlock Holmes

Dôver Cantuary

Dôver 100 0

Moriarty

Cantuary -50 100

Esta tabela apresenta sempre apenas uma solução pois o ganho de um é a perda do outro. Neste
caso, está representado o nivel de ganhos de Moriarty (ou seja, o numero negativo de moriarty
representa os ganhos de Holmes), onde o objetivo de Moriarty será matar Holmes e o objetivo
de Holmes será seguir o seu caminho para Dover sem morrer.

Se Holmes for para Dover, Moriarty deve ir para Dover (Acabando por matar Holmes)
Se Holmes ficar em Cantuary, Moriarty deve ir para Cantuary (Acabando por matar Holmes)

Se Moriarty for para Dover, Holmes deve ficar em Cantuary (0 de ganhos para nenhum pois
Holmes fica onde está e n segue caminho, mas Moriarty também não mata Holmes)
Se Moriarty for para Cantuary, Holmes deve seguir para Dover (Ganhando assim Holmes pois
segue caminho sem ser morto).

Conclusão- Não há solução para este jogo. Cada um dos jogadores poderá decidir qualquer
coisa, pois não sabe o que o outro irá fazer. Isto quer dizer que não existem estratégias puras
mas sim estratégias mistas, ou seja, uma mistura de duas estratégias básicas, entrando em
conta com o peso dos ganhos e perdas em cada caso. A análise direta destas estratégias então
não nos dá logo uma resposta clara, sendo necessário aprofundar um pouco mais, fazendo
cálculos matemáticos das probabilidades de todos os casos.

• Funções e características da moeda:

Funções:

1- INTERMEDIÁRIO GERAL DAS TROCAS: É contrapartida corrente das trocas económicas.


Na sociedade moderna, quase todas as trocas são feitas contra a moeda.

2- UNIDADE DE CONTA: A moeda torna-se no padrão comum de medida de valor. Dado


que as trocas são todas feitas através de moeda, é normal que esta passe a ser usada
para avaliar todas as coisas transacionadas. É, pois, o “numerário” da economia.

3- RESERVA DE VALOR: As trocas não são sempre feitas imediatamente, e por isso a
moeda tem de guardar valor em si, para o transferir mais tarde no futuro.

Características:

1- DIVISIBILIDADE: Importante por causa dos trocos.


2- DURABILIDADE: A degradação do bem alteraria-lhe o valor e dificultaria o seu uso
como padrão das trocas.

3- ACEITABILIDADE GERAL: Se não for reconhecida por todos, não cumpre a função de
meio de troca.

4- MANTER O VALOR: A moeda tem sempre o mesmo valor (1€ não passa a ser 50cent),
se esta se alterasse, tornava-se dificil o seu uso.

5- SER PRÁTICA DE MOVIMENTAR (FACIL MANUSEIO)- Não é pesado nem volumoso,


para facilitar o seu transporte.

6- DIFICILMENTE FALSIFICÁVEL.

 Tipos de moeda / História da moeda:

MOEDA PESADA: Balança para pesar o ouro e a prata, usado há alguns séculos.

MOEDA CONTADA: Bolinhas ou discos de ouro com o peso já determinado, para evitar gastar
tempo a pesá-las.

MOEDA CUNHADA: Esta já com o formato atual, normalmente com a cara e o escudo do rei,
imperador, etc. As moedas tinham o nome do peso correspondente, o nome do senhor que as
emitia ou do desenho que ostentavam.

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MOEDA-MERCADORIA: Bem de aceitação generalizada que servia na fase inicial da moeda como
intermediário nas trocas. Qualquer bem considerado útil por uma comunidade poderia servir
como moeda de troca.

MOEDA DE PAPEL: Papel que não era ouro, mas valia ouro, porque representava o depósito. Só
porque tinha a assinatura do cambista (pessoas que tinham como função comparar e trocar as
moedas de uma zona para outra). O papel começou a circular livremente como moeda.

PAPEL-MOEDA: Notas inconvertíveis de curso forçado imposto pelo Estado. Este deixou de
representar moeda e passou a ser moeda.

MOEDA ESCRITURAL: Depósitos bancários movimentados através de cheques, transferências,


ordens de pagamento ou cartões de multibanco. Essencial quando se trocam de grandes
quantidades de moeda.

MOEDA INFORMÁTICA: utilização do computador para movimentar depósitos bancários, como


as transferências ou ordens de pagamento efetuadas através da internet (é uma das formas de
movimentação da moeda escritural).

 Crédito, bancos e política monetária


A moeda é constituída pelas notas e moedas em circulação que o Estado emitiu. Essa emissão é
da responsabilidade do banco central e dá-se a esse montante o nome de “circulação
monetária” (C). No entanto, também os cheques são moeda. Logo, o montante depositado deve
constituir moeda, porque sobre eles pode passar-se cheques. Mas só se pode emitir cheques
sobre certos tipos de contas bancárias, depósitos à ordem (DO). Logo:

M = C + DO (Massa monetária)

Existem também depósitos a prazo (DP), que têm uma menor liquidez, mas uma maior
rentabilidade devido aos juros.

Multiplicador monetário
A alma do negócio bancário está em emprestar dinheiro que não é seu. Assim, quando os
agentes depositam o dinheiro no banco, este utiliza-o para empréstimo. Mas não empresta todo
o dinheiro que possui dos agentes que lá o depositaram, não só porque o depositante pode
querer levantar parte do seu dinheiro, mas também porque a lei o obriga a ter certas reservas
(reservas legais) para garantir que o banco pode cumprir as suas responsabilidades com os
depositantes.

Assim, supondo que o banco tem uma taxa de reserva de 10% (quer as obrigatórias, quer as
voluntárias), o banco concede crédito de 90% (se são depositado 1000 euros no banco, este
reserva 100 e dispõe-se a emprestar 900). Ao emprestar dinheiro, o banco fica com um crédito
sobre as pessoas a quem emprestou, ou seja, com um papel que diz que essas pessoas devem
dinheiro ao banco, o que significa que, nesse momento, o banco criou moeda (aumenta a moeda
no montante de crédito que foi concedido). O crédito é utilizado por quem o pediu para gastar.
E, depois de gasto, quem o recebeu decide depositar esse dinheiro (presumindo que o deposita
todo) no banco. Assim, o ciclo continua. Este mecanismo vai funcionando sucessivamente até
que as reservas sejam todas necessárias, ou seja, quando o banco já não puder dar mais dinheiro
em crédito.

O multiplicador monetário consiste no processo de conceder crédito e uma parte do dinheiro


depositado, ficando a totalidade dos depósitos segura apenas pelas reservas parciais. Supondo
uma taxa de reserva (r)de 10%, então o banco concede crédito de 90% (1-r) dos seus depósitos.
Isso aumenta a moeda no montante do crédito concedido. Se parte desse crédito concedido for
depositado na banca, isso permite aumentar o crédito de 90% desse depósitos, renovando a
criação de moeda e o processo continua com novos depósitos deste segundo crédito. Este
mecanismo vai funcionando sucessivamente até que a totalidade dos depósitos sejam iguais a
dez vezes as reservas. Nessa altura, um montante de dinheiro foi multiplicado por 10, ou seja
por 1/(1+r), que é o multiplicador monetário.

Se todos decidissem levantar o seu dinheiro, com o negócio bancário aparecia a bancarrota pois
o banco não teria esse dinheiro, uma vez que este estava emprestado.

Bancos e Juros
O banco emite crédito para ganhar dinheiro. O que ele recebe por esse crédito, a receita do
banco, que é paga por quem pediu emprestado, é o juro. Visto que as pessoas pedem crédito
de diferentes montantes, o pagamento é definido como uma percentagem do crédito, uma taxa
de juro.

Taxa de juro activa – é a que o banco recebe por emprestar (taxa de crédito).

Taxa de juro passiva – é a taxa que o banco paga pelos depósitos.

Spread – diferença entra a taxa activa e a taxa passiva (é a receita do banco).

Maturidade – duração do depósito ou crédito. Quanto maior for a maturidade maior é a taxa,
pois é mais vantajoso para quem o recebe.

Liquidez – quanto mais fácil é movimentar o dinheiro (maior liquidez), menor é a taxa recebida
pelo depósito.

Risco – quanto mais arriscado é um crédito, mais caro ele é.

Custos administrativos – são pagos através das receitas do banco. Se este tem custos altos
(porque é ineficiente), sobe a taxa dos seus créditos e baixa a dos depósitos.

Política Monetária
Para além de ter o monopólio da emissão de moeda, o Estado é responsável pelo controlo do
sistema através da política monetária. A primeira responsabilidade do Banco Central é a de
emitir moedas e notas que podem estar em circulação na economia (C) ou em reservas nos
bancos (R). A esse montante é chamado “base monetária” (BM = C + R).

Mas, o total de moeda que o país tem em circulação não é só a parte que depende do Banco
Central, mas os bancos comerciais também a influenciam, criando créditos. Por isso, a moeda
total de uma economia não é a base monetária, mas sim a soma da circulação da moeda (C) com
os depósitos (D):

M=C+D

Assim, através da Base Monetária, o BC não tem poder de definir directamente os depósitos e
os créditos, mas pode influenciá-los e, como é da sua responsabilidade orientar e controlar o
sistema, é essencial que o faça. É isso a política monetária.

Quais os meios que o BC tem para influenciar o total de moeda em circulação?

• A primeira maneira de controlar o sistema monetário é alterando directamente a base


monetária, lançando ou retirando moeda da circulação. Fá-la através de compras (aumenta a
moeda em circulação) e vendas (sai moeda da circulação) ou empresta aos bancos,
convencendo-os a pedir emprestado baixando a taxa de redesconto (taxa que o banco paga ao
BC) de forma a que estes façam lucro ao concederem crédito a taxas de crédito superiores a
esta.

• Pode também influenciar as reservas dos bancos. O BC controla a lei que obriga os bancos a
terem as suas reservas legais, fixando ele próprio a taxa de reserva legal. Se o BC subir a taxa
está a imobilizar dinheiro, que por isso não pode ser emprestado em crédito e, assim, desce o
montante de moeda no país (afecta em grandes escala as fugas ao multiplicador monetário).

• Por outro lado, o BC representa o poder do Estado, logo, pode “mandar” nos bancos pelo que
tem grande influência neles (desde “conselhos” a “ordens”)- regulação direta. Algumas das
fixações mais frequentes são a fixação das taxas de juro e os limites de crédito, sendo estas
intervenções directas sobre o mercado bancário, ditando o preço e/ou quantidade do crédito.

 Razões da procura de moeda


Como intermediário geral das trocas, a moeda é melhor do que os outros activos porque é mais
líquida visto ser de aceitabilidade geral. Quanto mais trocas de fazem, mais moeda se quer pelo
que a procura de moeda está directamente relacionada com o nível de actividade, por exemplo,
medida pelo produto ou rendimento (Y).

Equação das trocas / Equação de Fisher


Assim, a procura de moeda (Md) depende positivamente do nível de rendimento. Como
intermediário das trocas, a moeda depende do montante das trocas e, como cada troca tem
sempre a moeda como contrapartida, o valor da moeda tem de ser igual ao valor das trocas:

M=PxT

M é o montante de moeda em circulação e P x T é o valor das transacções realizadas num certo


período de tempo. T é o número de transacções realizadas e P o nível geral de preços.

Como a moeda faz mais que uma troca é possível falar em “velocidade de circulação da moeda”,
o número de transacções que cada moeda faz por ano.

MxV=PxT

Se medirmos o número de transacções pelo produto (Y), alterando correspondentemente V,


temos a forma corrente da equação de Fisher:

MxV=PxY

Esta equação diz-nos muito sobre a procura de moeda, indica-nos uma forma de relacionar
preços, a actividade produtiva e o funcionamento do sistema monetário e financeiro (V)

• Enquanto intermediário geral das trocas, a moeda manifesta o seu paradoxo ao aparecer como
um bem sem utilidade. A definição de bem económico baseia-se na satisfação das necessidades
humanas e, por isso, na utilidade. Não há, pois, bens que não tenham utilidade, pois é a utilidade
que define os bens. Mas a moeda é uma entidade que serve para trocar pelos outros bens,
apesar de não ter utilidade. Daí a sua natureza paradoxal.

• Por outro lado, a moeda desempenha a tarefa de guardar valor para o futuro. Como reserva
de valor, a moeda funciona como um activo, um instrumento de acumulação de riqueza mas
que, ao contrário de outros activos, não tem qualquer rentabilidade. Ao contrário dos outros
activos, que sobem e descem de valor e dão um juro, a moeda vale sempre o que vale e não dá
qualquer remuneração.

Desta forma, a taxa de juro (i) funciona como o custo de oportunidade de ter moeda, pois
representa o ganho que se deixa de ter por guardar moeda em vez de investir a prazo ou
comprar activos com rentabilidade. Deste modo, a procura de moeda desce quando a taxa de
juro sobe e cresce com a descida das taxas de juro.

Md = Md ( Y , i )

Y produto/rendimento, i taxas de juro. Quando um + outro -

Uma forma de incorporar este efeito na equação de Fischer consiste em notar que a velocidade
de circulação de moeda cresce com a taxa de juro. Na verdade, quando a taxa de juro sobe, os
agentes desejam menos moeda e cada moeda é obrigada a fazer mais trocas:

MxV(i)=PxY

 Uma subida do montante de moeda (M), para a mesma velocidade de circulação (V), faz
subir os preços (P), se o produto (Y) estiver fixo, devido a outros fatores (por exemplo,
a produção global da economia).

A bolsa
A taxa de juro é resultante das flutuações no mercado financeiro: a bolsa.

A bolsa trata-se de um mercado. O seu preço (o preço dos titulos) sobe e desce, conforme a
procura e a oferta. Esses preços estão fortemente ligados ao valor das empresas, pois os papeis
trocados representam, de várias formas, o capital de empresas concretas. Assim, uma ação pode
ver o seu valor subir ou descer porque se pensa que as perspetivas do valor futuro da produção
desse capital irá aumentar ou diminuir.

Mas também há movimentos globais nesse mercado. As subidas e as descidas da generalidade


dos títulos cotados na bolsa são causadas pela forte interação que existe no sistema económico.
Se aparece um período de progresso e bom clima na economia, o otimismo estende-se a mais
do que uma empresa ou um setor e, assim, as expectativas levam a que todas as ações (ou quase
todas) vejam os seus valores aumentados.

Bolhas especutalivas- Estes fenómenos são situações cumulativas onde um certo estado de
espírito afeta a bolsa, e esta, por sua vez, agrava o seu estado de espírito, criando círculos
viciosos não amortecidos, que crescem cada vez mais com a variação.

i= J/P  A relação entre o preço do ativo, definido pelo mercado, e a sua taxa de rentabilidade:
a taxa (i) é igual ao juro ou dividendo (J) divido pelo preço do ativo (P). Esta fórmula mostra uma
relação inversa entre a taxa de juro e o preço ativo.

Teoria do mercado eficiente- Segundo esta tese, o mercado incorpora toda a informação
relevante no seu preço.

Taxas reais e nominais


i=r+𝜋

A taxa de juro nominal (i) é igual à taxa real (r) somada à taxa de inflação (π)

 Tipos de pobreza + Estratégias


Quatro tipos distintos:

1. Subdesenvolvimento- Um primeiro tipo de pobreza resulta do facto de o total de


produção da economia, o bolo global, ser demasiado pequeno para dar uma quantidade
satisfatória a todos, mesmo que fosse bem distribuida. Trata-se de um problema
estrutural que só se resolve pelo aumento do bolo total, ou seja, pelo desenvolvimento
económico.

2. Problemas de flutuação económica- Um segundo tipo de pobreza resulta de choques e


perturbações que a economia sofre, e que, afetando certos estratos da economia menos
favorecidos, podem fazê-los cair numa situação de pobreza. Estes problemas de
flutuação económica são os causadores do aumento da pobreza verificados em período
de crise e depressão.

3. Má distribuição do bolo global- Se fosse repartido de forma mais equitativa, daria o


suficiente para todos. Aqui é que o problema da pobreza se liga ao da equidade. A
pobreza resulta de uma desigualdade de acesso aos bens produzidos, causada por
desigualdades sociais e económicas. São necessárias então estratégias de redistribuição
por parte do Estado.

4. “Novo tipo de pobreza”- Quarto tipo de pobreza que aparece mesmo quando uma
sociedade resolveu, em boa parte, os seus problemas de desenvolvimento, estabilidade
e distribuição. Estes novos tipos de pobreza têm causas muito mais profundas e estão
ligados aos elementos mais essenciais da estrutura do individuo e da sociedade:
situações de pobreza, marginalização e isolamento que resultam de “doenças”, pessoais
e sociais.

Cultura de pobreza- Quando a interação dos fatores objetivos e subjetivos de uma situação de
pobreza estão sempre presentes.

Estratégias de solução:

1. Distribuição de transferências diretas- Esmolas, programas diretos de combate à


pobreza. Estes programas só se justificam para casos e situações especiais, onde a
pobreza ou é de natureza transitória, eliminando-se por si, ou não tem solução, sendo
a assistência a única forma de a abordar, aliviando momentaneamente os sintomas.

2. Redistribuição direta dos fatores produtivos- Políticas de redistribuição de ativos


(reforma agrária, confiscação e nacionalização do capital). No que respeita ao fator
trabalho: O acesso à educação, a criação de condições básicas de vida indispensáveis à
realização da atividade produtiva e a eliminação de discriminações são algumas das
formas mais eficientes de combater as desigualdades neste campo.

3. Esforços de estabilização e desenvolvimento- O Banco Mundial apresentou uma


estratégia mista, orientada sobretudo para os países subdesenvolvidos, com duas linhas
de atuação: Orientação do processo de crescimento económico no sentido de favorecer
o trabalho não especializado, fator produtivo que é detido, sobretudo, pelos mais
pobres; Fornecimento de serviços públicos nos campos da saúde, educação assistência,
etc, que permitam aos pobres aproveitar das oportunidades de desenvolviemtno que a
primeira componente lhes traz.

 Agentes da macroeconomia e respetivos fluxos


 Tipos de desemprego
O termo desemprego traduz-se na impossibilidade de trabalhar e, isto, contra a vontade da
pessoa. Um desempregado é um indivíduo que faz parte da população activa e que anda à
procura de emprego embora, sem sucesso.

Tipos:

1- Desemprego Estrutural- O desemprego estrutural é gerado pela introdução de novas


tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos. Estes novos
elementos afetam os setores da economia de um país (indústria, comércio e serviços),
causando demissão, geralmente, em grande quantidade. Outras causas são os
problemas económicos de médio/longo prazo, pessoas cujas qualificações já não são as
necessárias para esse trabalho (devido à inovação tecnológica e ao constante
desenvolvimento e crescimento das empresas, problemas económicos de médio/longo
prazo, entre outros.

2- Desemprego Friccional- Este é causado por dificuldades de equílibrio de mercado.


Qualquer pessoa que tenha perdido o seu emprego e esteja a procurar por outro,
demora algum tempo a encontrá-lo. Assim, em cada momento, existe sempre um certo
número de pessoas nesta situação: Querem trabalhar (por isso não estão
desempregadas voluntariamente) e há emprego para elas, mas ainda não o
encontraram. Se existissem mecanismos perfeitos de divulgação da informação sobre
vagas de trabalho e pessoas à procura de emprego, e o mercado de trabalho ajustasse
instantânea e devidamente, não existiria este tipo de desemprego. A causa desse
desemprego reside assim nas imperfeições do mecanismo de ajudamento do mercado
de trabalho. Maus sistemas de informação, dificuldades de transportes e comunicações,
problemas de informação e de mobilidade, são as razões mais frequentes deste
desajustamento.

3- Desemprego cíclico/conjuntural – Desemprego de curto prazo (6 a 18 meses). Ocorre


quando se tem uma recessão da economia, o que significa retração na produção. As
empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar despesas.
Corresponde mais à visão popular de desemprego: trata-se da situação em que há falta
absoluta de postos de trabalho para as pessoas que querem trabalhar ao salário do
mercado. A esse salário as pessoas estão dispostas a trabalhar e não trabalham porque
não encontram emprego, porque não há. Só há desemprego involuntário se o mercado
de trabalho não ajustas. Na nossa análise, tal situação é inconcebível. O mercado pode
levar algum tempo a ajustar, mas, dentro da hipótese básica de todo o nosso estudo de
que os “mercados equilibram”, não é possível compreender uma situação em que um
mercado se mantém, de forma sistemática e contrinuada, fora do equílibrio. Algumas
instituições do mercado do trabalho, como imposição de salários mínimos
excessivamente altos, leis que impeçam o despedimento, ou contratos coletivos de
trabalho distorcidos, impedem o mercado de ajustar e aparece o desemprego
involuntário.

4. Desemprego sazonal- O Desemprego sazonal resulta basicamente da variação do ritmo


da actividade ecónomica ao longo do ano. Desemprego sazonal é um tipo de
organização de trabalho em que uma pessoa é empregada rotineiramente por parte do
ano, mas gasta o restante de meses ou semanas sem trabalho. Isto é devido a
determinados empregos que só são necessários/são mais chamativos em determinadas
estações do ano, e devido ao turismo, entre outros.

Pleno emprego = Situação alcançada quando a totalidade da mão-de-obra disponível de um país


tem a possibilidade de conseguir emprego.

Subsídios de desemprego = Trabalhadores abrangidos pelo regime geral de Segurança Social


dos trabalhadores por conta de outrem que: Estiveram com contrato de trabalho e tenham
ficado desempregados ou tenham suspendido o contrato de trabalho.

 Inflação
No contexto da Economia, inflação é um conceito que designa o aumento continuado e
generalizado dos preços dos bens e serviços. Significa o aumento dos preços que acontece de
forma persistente e que resulta na diminuição do poder de aquisição de uma moeda.

O aumento de preços é verificado na grande maioria dos bens e não só em alguns. Há uma
acentuada diminuição do poder de compra devido a vários fatores, como por exemplo, o
rendimento salarial que não sofre alteração.

Outra das causas da inflação é o aumento da emissão de papel-moeda pelo Governo para cobrir
os gastos do Estado. Quando isso acontece, há um maior volume de dinheiro em circulação no
mercado mas não houve criação de riqueza ou aumento de produção. Nestes casos, é exigida
maior quantidade de dinheiro para adquirir a mesma quantidade de produto, resultando em
inflação. Outras causas da inflação estão relacionadas com o aumento exagerado do preço de
um bem básico, como por exemplo, energia elétrica ou petróleo, ou ainda, pelo aumento ou
excesso de consumo, aumentando a procura do produto e, consequentemente, o seu preço.

Tipos de inflação:

Deflação- A deflação é uma realidade inversa à inflação. Na deflação há uma redução


prolongada do índice de preços no consumidor. Na inflação dá-se a subida generalizada dos
preços dos bens e serviços, causada pelo aumento de moeda circulante.
Moderada- 0-5%
Elevada- 10% e +
Hiperinflação- +100% ao mês ou +1000% ao ano

 Taxa de câmbio

A moeda estrangeira é um bem como outro qualquer, cujo preço (a taxa de câmbio) é
determinado pelo mercado. O equílibrio entre a procura de moeda estrangeira por parte dos
que querem importar e a oferta de moeda estrangeira por parte de todos os que exporatam,
determina a taxa de câmbio, ou seja, quantas unidades da nossa moeda temos de dar pela
moeda dos outros.
Se Portugal, por qualquer razão, tem um aumento do desejo de produtos ou capitais
americanos, e aumenta as importações, a procura de moeda estrangeira aumenta. Isso quer
dizer que, com a antiga taxa de câmbio, temos um excesso de procura de moeda estrangeira,
que se revela num défice de balança de operações não monetárias. Se o preço da moeda
estrangeira subir (que é uma valorização do dólar face ao escudo, ou seja, uma desvalorização
do escudo face ao dólar) para o novo equílibrio, a balança torna a equilibrar.

Regimes de taxa de câmbio/políticas cambiais:

1- Taxa de câmbio perfeitamente flexível ou flutuante: Neste regime, o Estado deixa a


taxa completamente livre. Assim o mercado cambial está sempre em equílibrio e a
balança de operações não monetárias está sempre equilibrada.
2- Taxa de câmbio perfeitamente fixa- Neste caso, o Estado fixa por lei e mantém-na,
como qualquer outro preço tabelado. Assim, o mecado cambial está normalmente
desequilibrado. O equílibrio do mercado dar-se-á, às vezes acima da taxa legal fixada,
outras vezes abaixo, criando saída ou entrada de reservas, respetivamente. Assim, as
reservas têm papel de “almofada”, para amortecer os choques sobre a taxa de câmbio.
Neste regime, o governo tem perfeito controlo sobre a taxa de câmbio, mas perde o
controlo sobre as reservas, que são o que se pretende. Existem câmbios fixados
irrealistas- Um dos casos mais frequentes desta situação dá-se quando alguns países
fixam as suas taxas de câmbio a valores normalmente valorizados, ou seja, com taxas de
câmbio anormalmente baixas. Nessa situação, a balança de operações não monetárias
está em défice permanente. O resultado habitual nestas situações é a existência de um
“mercado negro”, onde se transacciona moeda estrangeira à taxa próxima da realidade
do equílbrio. E existem câmbios fixos mas não constantes- Alguns países querem ter
algum controlo sobre a sua taxa de câmbio, mas prevêem que haverá um crescimento
da procura de moeda estrangeira no futuro, pelo que qualquer taxa que seja hoje fixada
em breve se tornará irrealista.

3- Flutuação controlada- Aquele em que atualmente se encontra a maioria dos países


desenvolvidos. Trata-se de um regime em que a taxa de câmbio é livremente determinada
pelo mercado, tal como nos câmbios flutuantes. Só que o Estado, embora respeitando
sempre as leis de mercado, não deixa o mercado fixar a taxa de câmbio onde calhar. Como
é que o Estado consegue essa influência? Através das reservas. Assim, se houver um
aumento de procura de moeda estrangeira, em vez de deixar desalorizar o escudo ou criar
um défice que fizesse sair reservas, o que o banco central português faz é aumentar a oferta
de dólares. Este ultimo regime é hoje o mais frequente nas grandes economias pois combina
as vantagens (e os inconvenientes) dos câmbios fixos e flexíveis. Se o Estado não gosta do
sentido em que a taxa está a evoluir, pode contrariar essa tendência, mas só através do
mercado.

Sistema Monetário Europeu (SME)- Os bancos centrais da UE, incluíndo o português,


juntando as suas forças, criaram o “mecanismo de taxa de câmbio” do SME, que era uma
garantia de estabilidade para as suas moedas. Assim, era fixada para cada moeda uma “taxa
central” e os bancos centrais europeus garantiam que, sem violar as regras de mercado, essa
moeda não se afastaria mais do que uma certa % desse nível central.
Especulação- Um especulador é apenas uma pessoa que encontra uma oportunidade de
ganho a partir de uma atitude algo irracional de alguém. Neste caso, a irracionalidade advém
precisamente de o banco central se comprometer a uma coisa que, realmente, não
consegue garantir.

 Balança de Pagamentos

Balança de pagamentos = É o registo de todos os fluxos económicos que se fazem através da


fronteira, ou seja, das relações económicas da sociedade com o exterior. A balança de
pagamentos regista todos os fluxos de transação monetária, utilizando o método básico da
contabilidade. Esse método obedece à “regra das partidas dobrada”. A regra exige que, para
evitar erros, cada transação seja registada duas vezes, mas com sinais contrários. Assim, uma
soma ou crédito tem sempre a respetiva subtração, ou débito ou vice-versa.

Esta está dividida em contas ou balanças, cada uma referente a um tipo de transação:

1. A balança de mercadorias (BM)- Regista as exportações, ou vendas (+, crédito) e


importações, compras (-, débito) de serviços, ou seja, transportes, turismo, etc.

2. A soma algébrica destas duas balanças chama-se balança comercial.

3. A balança de rendimentos- Onde se registam os pagamentos de salários, juros, rendas


que os nossos trabalhadores e investidores recebem do estrangeiro (+) e os nossos
pagamentos a trabalhadores e investidores estrangeiros (-).

4. A balança de transferências unilaterais (BTranf)- Com as ofertas de dinheiro feitas por


eles a nós (+) e por nós a eles (-).

A balança corrente (BC)- O total (algébrico) destas quatro balanças, porque trata de transações
(de bens, serviços e remuneração de fatores e transferências) realizadas neste período e com
efeitos também neste período.

5. A balança de capitais (BK)- Parte relativa aos movimentos de capitais. Regista as


entradas de dinheiro no nosso país (investimentos em Portugal feitos por estrangeiro,
compra de ações de portugueses por estrangeiros, empréstimos a portugueses feitos
por estrangeiros, letras passadas a estrangeiros pelos nacionais) como crédito (+) e as
saídas de dinheiro como débito (-) (operações inversas). Divide-se em: Balança de
capitais a médio e longo prazo (BKmlp)- investimentos, compra de ações, empréstimos
a mais de um ano; e a curto prazo- empréstimos a menos de um ano, letras.

6. A balança financeira- Ocupa-se das transações de títulos financeiros. Tem sub-balanças:


investimento direto, investimento de carteira, derivados financeiros e outros
investimentos.
Balança de operações não monetárias (BOM) ou variação dos ativos de reservas- É o total
algébrico da Balança Corrente e da Balança de Capitais. Esta balança regista o efeito líquido de
todas as transações entre a economia e o exterior. E se esse efeito líquido não é zero, significa
que o país, nesse período, tem de pagar ou receber dinheiro. A BONM, se é positiva, significa
que, devido a todos os tipos de operações feitas, entrou mais dinheiro do que saiu. Se é negativa,
quer dizer o inverso. Esses pagamentos constituem as operações monetárias.

7. Operações monetárias/ Variação de reservas- São o ultimo tipo de transação. Elas vão
compensar, finalmente, o resultado das outras transações, dadas essas entradas ou
saídas de dinheiro. Como são uma compensação, se aumentaram as reservas, regista-
se subtrair (débito), e inversamente se diminuírem. Dentro da balança monetária
devemos distinguir a variação de reservas dos bancos, e a balança de liquidações
oficiais (BLO), ou variação de reservas do Banco Central e do Estado. Deste modo, o
saldo da balança de operações não monetárias tem de ser igual e de sinal contrário ao
da balança de operações não monetárias. A soma algébrica das duas é, portanto, zero.

 Comércio Internacional

 3 óticas da Contabilidade Nacional

3 tipos de atividades: Produção, Despesa e Distribuição do Rendimento.

ÓTICA DA PRODUÇÃO

PIB, produto interno bruto: Valor dos bens e serviços finais produzidos num país líquidos da sua
componente importada

Problemas nesta ótica: Problema da dupla contagem- Quando, ao contarmos o PIB da produção
final de um produto, contamos também o valor dos produtos intermédios (por exemplo, ao valor
do pão adicionarmos também o valor da farinha).

Solução 1: É necessário retirar ao valor do pão o valor dos fatores de produção, contando assim
apenas o valor final do pão.

Solução 2: Valor acrescentado- Somar apenas as diferenças entre as vendas e os gastos no


consumo intermédio (por exemplo, o pão vale 10€ e os gastos na sua produção foram de 9€,
então o valor no PIB será de 1€).

PNB, produto nacional bruto: Se ao PIB adicionarmos os rendimentos transferidos para o nosso
país de fatores de produção que os residentes possuem no estrangeiro e retirarmos os
rendimentos transferidos para fora do país de fatores de produção de não residentes, temos o
PNB. Ou seja, no PNB interessa a residência e não a nacionalidade.

PIL ou PNL, produto interno/nacional liquido: Durante o processo produtivo, o equipamento


utilizado na produção desgasta-se. Ao retirarmos do PIB o valor dessas amortizações (os
equipamentos) obtemos o PIL. O mesmo com o PNB.

Estes podem ser valorizados a cf (custo de fatores) ou a pm (preços de mercado). A cf inclui


apenas a remuneração dos fatores de produção. A pm é igual ao produto a cf mais os impostos
indiretos, menos os subsídios.

ÓTICA DA DESPESA

Despesa interna (DI)- Despesa feita em bens e serviços finais produzidos internamente.
Classifica-se do seguinte modo:

Consumo privado (C)- Despesa nos produtos consumidos e pagos diretamente pelos residentes;
Consumo público (G, de governo)- Despesa feita pelo setor público administrativo em produtos,
essencialmente serviços, que fornece gratuitamente ou não, como educação, policiamento, etc;
Investimento (I)- Este divide-se em formação bruta de capital fixo (FBCF- toda a despesa em
aumentos de maquinaria, edificios, etc) e em variação de existências (a variação dos bens que
se encontram armazenados e ainda não vendidos);
Exportações (Ex)- Despesa feita pelos não residentes em bens e serviços vendidos por
residentes.

A procura interna é a soma do consumo privado, do consumo público e do investimento. A


procura externa inclui as exportações. A soma das duas procuras é a procura global. A despesa
interna é a procura global subtraída das importações:

DI = C + G + I + Ex – Imp

Como a despesa interna é a despesa feita em bens e serviços produzidos internamente,


incluindo os bens produzidos e não vendidos, que se incluem no investimento, a despesa interna
coincide com o PIB a preços de mercado, uma vez que as componentes da despesa são
valorizadas ao preço de venda ao utilizador final, que já inclui os impostos indiretos, líquidos de
subsídios. DI = PIBpm.

Se à despesa interna adicionarmos os rendimentos líquidos recebidos do resto do Mundo,


obtemos a despesa nacional. DN = PNBpm.

ÓTICA DO RENDIMENTO

Rendimentos gerados no país = Soma dos valores acrescentados brutos (VAB) subtraídos das
amortizações. Ou seja, o PILcf.

Somando a estes rendimentos os rendimentos recebidos do resto do mundo, obtemos o


rendimento nacional (RN). RN = PNLcf.
Rendimento disponivel (dos particulares) obtém-se do rendimento nacional, de que se subtrai
os lucros não distribuídos (ou poupança das sociedades) e os impostos diretos e contribuições
para a segurança social (T) pagos pelas famílias e a que se adicionam as transferências recebidas
do Estado (TR), tais como pensões de reforma, abonos de família, etc, e as transferências líquidas
recebidas do resto do mundo (RE de remessas de emigrates):

Yd = PNLcf – Lucros não distribuídos – T + TR + RE

Parte do rendimento disponível financia o consumo e a parte restante é a poupança (S).

RESUMO:

PIBcf = PIBpm – Impostos + Subsidios

PIBpm = DI = RI = Consumo Total (C + G ) + I + Exp – Imp

DN = PNBpm = PIBpm + SRRM (saldo dos rendimentos do resto mundo)

PILcf = PIBcf – Amortizações

PNBcf = PIBcf + RLEX (rendimento liquido do exterior)

PNBpm = PIBpm + RLEX

PNLcf = PNBcf – Amortizações

PNLpm = PNBpm – Amortizações

RN = RI + SRRM

PI = Consumo + Investimento

Yd (rend. Disponivel) = PNLcf – Lucros não distribuídos – T + TR + RE

S (poupança) = Yd – C

SO = Exp – Imp

BTC (balança de transf. Correntes) = SO – Tranf. Unilaterais + SRRM

 O modelo multiplicador

Y = C + G + I + Exp – Imp

Y=C+S ou seja, S=Y–C e C=Y-S

S=I (Porque C + S = C + I )

Com Estado:

S = I – SO (saldo orçamental)
SO = I – S

O modelo simples

Y=D

D=C+I

C = C + cY

I=I

OU SEJA: Y = C + cY + I

Como cY = (1-c)

Y - cY = C + I

Y (1-c) = C + I

ENTÃO: Y = C + I / 1-c

C = C + c I / 1-c

Y = C + I + G + cTR – cT / 1-c (1-t)

Fórmula do Y de equilibrio ( Y)

Y = C + I + G + c TR / 1-c (1-t)

Y= Y/ I x I

Ou 1 / 1-c

Y = 1 / 1-c (1-t) x G

Y= Y/ TR x c / 1-c (1-t)

Yd (rendimento disponivel) = S + C = I + C

Yd = Y – cY + TR

Efeito multiplicador simples 1 / 1-c = Um efeito multiplicador verifica-se em geral quando uma
variação unitária numa determinada variável externa provoca uma variação mais que
proporcional numa outra variável, de carácter interno. Nesses casos, o valor do multiplicador
propriamente dito corresponde ao coeficiente que relaciona a variação das duas variáveis em
causa.
 Preços correntes e constantes

O PIB é valorizado a preços correntes (PIB nominal), quando os bens e serviços produzidos em
cada ano são valorizados a preços desse ano. É valorizado a preços constantes (PIB real), quando
os bens e serviços produzidos nos diferentes anos são todos valorizados ao preço de um mesmo
ano.

A série do PIB a preços constantes permite avaliar a variação real do produto, ou seja, a variação
das quantidades de bens e serviços produzidos. Pelo contrário, a sério do PIB a preços correntes
permite apenas avaliar a variação nominal, que é o resultado das variações das quantidades e
dos preços.

À variação do nível de preços obtida pela comparação do PIB nominal com o PIB real chama-se
deflator do PIB. O deflator do PIB é um indíce de preços e obtém-se, precisamente, dividindo o
produto a preços correntes pelo produto a preços constantes.

Contas:

Deflator do PIB/ Indice de preços = PIB nominal / PIB real

PIB nominal = Deflator x PIB real

PIBr (real) = PIBn (nominal) / deflator do PIB

PIBr = Q1 x P1 + Q2 x P2, etc

Crescimento dos preços implícitos no PIB:

P 2010-2009 = ( Deflator 2010 – Deflator 2009 ) / Deflator 2009

Indíce de Pasche:

Pp = ( Soma de todos: Qx + Px ) / ( Soma de todos: Qx + P base )

Indíce de Laspeyres:

Lr = ( Soma de todos: Px x Q base ) / ( Soma de todos: P base x Q base )

• Exemplo de exercício: Função da produção


Qual é a função da produção de um trabalhador que em 6 horas produz 9 pares de sapatos (S)
e 6 cadeiras (C)?

6 = 9S + 6C

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