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PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO

TEOLOGIA E MISSÃO:
A LINGUAGEM TRANSCULTURAL

EVANGELHO
DO

INTEGRAL
Wagner Kuhn, PhD
por Wagner Kuhn, PhD

P
orque Deus é amor1, Ele busca continuamente alcançar a todos (João 3:16; I João 4:8-10, 19),
desejando revelar Seu caráter e vontade como Lhe apraz. Esta é a base da criação e redenção, é
o fundamento da educação verdadeira.2 Seu amor é constantemente comunicado e demonstra-
do por meio de uma educação redentiva que tenta transformar aqueles que recebem e creem
em Sua Palavra, e como o apóstolo Paulo, desejam tornarem-se servos de Jesus Cristo, acei-
tando e comunicando suas boas-novas por princípio, teoria, prática ou pensamento, palavra e
ato – mente, corpo e espírito. Assim, a linguagem teológica que aprendemos e usamos se torna funda-
mental na transmissão da fé, especialmente num contexto transcultural e multilinguístico.3

Compreendendo e comunicando Teologia: é guiado pelo Espírito Santo e escreve a maior por-
seguindo o apóstolo Paulo – o teólogo missionário ção do Novo Testamento. Tudo isso é impulsionado
Paulo ensinou teologia e praticou a missão ao pelo encontro dele com Deus. Ele escreve e trans-
se aproximar o máximo possível das pessoas a fim mite teologia em missão, e essa missão dada por
de salvá-las para Cristo. Ele diz: “Fiz-me como fra- Cristo em pessoa (Atos 9) é o fator que produz te-
co para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me ologia. Ao pregar e comunicar teologia, ele ensina
tudo para todos, para por todos os meios chegar a e escreve. Ao escrever, ele prega e ensina! Isso é
salvar alguns” I Cor 9:22. teologia e missão educando e transformando.5
Essa foi a metodologia de Paulo (sua pedago- A teologia e a missão do apóstolo Paulo se in-
gia teológica), que em palavra e ato combinou em terrelacionam não apenas como teoria e prática no
seu ministério o conhecimento e a pregação do sentido de sua missão fluir de sua teologia, mas
Evangelho – ele aprendeu e comunicou teologia sim no sentido de sua teologia ser missionária e de
em missão. A teologia e a pedagogia paulina fru- que sua mensagem e missão estão completamente
tificam ao seguir a Cristo. Ele afirma: “Sede meus relacionadas através do seu Deus dando identida-
imitadores, como também eu de Cristo” I Cor 11:1. de, pensamento, vocação e chamado.
Ele toma o exemplo de Cristo e o aplica à sua vida Paulo é um teólogo, mas também um comu-
apostólica – a vida de um servo, discípulo, teólogo, nicador, servo, missionário e professor.6 Assim,
e missionário.4 Paulo aprendeu, entendeu e comu- o processo de aprendizado e comunicação da te-
nicou teologia ao seguir o exemplo de encarnação ologia deve se centralizar no amor de Deus reve-
divina em Cristo. lado por Cristo na cruz do Calvário, e deve vir de
O encontro (revelação) que o apóstolo Paulo Deus por meio do chamado (revelação), vocação e
teve com Cristo providencia talvez o melhor exem- missão. Os princípios, conteúdo, e os métodos de
plo humano de unidade de teologia e missão. Esse comunicação teológica devem ter sua origem e
exemplo também nos ensina como ambos concei- fundação na Palavra de Deus. Devemos também
tos (facetas da revelação de Deus) são interdepen- seguir Paulo como ele seguiu o exemplo de Cristo.
dentes. No conhecimento de Deus (teologia) e na
prática ou pregação do Evangelho (missão), a sal- Revelação e missão caminham de mãos dadas
vação de Deus em Cristo é transmitida, comunica- Na perspectiva bíblica, a missão recebida de
da e dada aos gentios. Deus revela-se para Paulo, Deus vem da sua revelação a nós, sua iniciativa
e assim, Paulo conhece a Deus, prega o Evangelho, de buscar e salvar (Genesis 3:9, 15, 21; João 3:16).

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Essa visão ou revelação dá sentido, conteúdo e di- ta grandemente a maneira que a fé (Evangelho) e
reção à missão e informa como a missão deve ser missão foram transmitidas pelo apóstolo.
comunicada e desenvolvida. A revelação da missão divina e do Seu plano
O exemplo de Moisés ilustra bem este caso; de salvação que inclui pessoas de todas as raças,
Deus comunica (fala) com Moisés pela sarça ar- línguas e nações, guiou os apóstolos a expandirem
dente. Deus revela-se a Moisés (teologia/teofania). sua missão. Ela se tornou uma missão toda abran-
Dessa experiência com a revelação, que ocorre por gente que usou uma linguagem teológica que per-
iniciativa divina, Moisés começa a entender o cará- mitiu transpor barreiras sociais e geográficas com
ter e a vontade de Deus e, ao mesmo tempo, recebe o Evangelho. Essa visão que é dada pela revelação
uma missão (Êxodo 3). divina, por meio da instrução do Espírito Santo,
A revelação divina a Moisés continua ao Deus quebra barreiras, preconceitos, tradições, regras
revelar-se (teologia) progressivamente. Deus co- humanas e amplia o conhecimento de Deus (teo-
munica-se com Moisés numa linguagem teológica logia) e da Sua missão. Isso determina a missão da
que ele pode entender. Embora a linguagem huma- Igreja. É uma missão que usa a linguagem trans-
na de Moisés limite sua comunicação com Deus, cultural de Deus (teologia) em todos os lugares.
quanto mais Deus se revela e se comunica com ele,
mais Moisés compreende e confia. Nesse contexto A encarnação como a linguagem redentiva de
é que ele recebe a missão. Da revelação e missão, Deus
ele caminha com Deus cumprindo a vontade divi- Jesus Cristo, nosso Criador e Redentor, Aque-
na. E a missão comunicada por Moisés inclui não le que nos dá a melhor compreensão de teologia e
apenas a libertação do povo de Israel, mas também do Eterno Deus, assim o faz em enquanto está em
a inscrição do Pentateuco, o Evangelho no Antigo missão. NEle, Emanuel (Isa 7:14), recebemos o co-
Testamento. Sua missão inclui, revela e comunica o nhecimento de um Deus que é não apenas eterno e
conhecimento de Deus para Israel e para as nações divino mas também pessoal (Jo 1:1,14). Sua missão
pela Palavra escrita. Nos escritos de Moisés, Deus foi vir revelar a Si mesmo, e dessa revelação (encar-
transmite e revela Seu caráter, Sua vontade, Seus nação), que é cumprida em missão, Deus continua
planos, o Deus que é e faz, e o que Ele requer de a revelar (teologia), salvar (redenção), transformar
Seus filhos. e desenvolver (educação). No Cristo encarnado - o
Tal é o caso do profeta Isaías. Ele recebe a visão Evangelho e boas-novas de Deus - temos o exem-
na qual Deus revela a Si mesmo. Por meio dessa plo, o método e o princípio par excellence da mis-
revelação teológica comunicada a Isaías, ele pode são divina e da missão dos Seus servos.
compreender um pouco mais sobre a glória e ma- A Bíblia inteira segue esse padrão. Deus revela
jestade divina, bem como da sua santidade abso- a Si e o faz em missão porque a Sua missão é a au-
luta. Isaías compreende sua própria condição e a to-revelação – salvar e redimir. A Bíblia, como um
condição humana que é caída, pecadora, mortal todo, como tentei demonstrar acima, e especial-
e finita. mente nos quatro Evangelhos, nos dá uma compre-
A resposta ao chamado e missão é dada basea- ensão balanceada de teologia e missão. Um não é
da na revelação e encontro com Deus, num conhe- mais importante ou superior ao outro, pois ambos
cimento de Seu caráter, Sua santidade, e na infu- são integrados e se complementam. Isso se torna
são da Sua graça perdoadora. Ela é comunicada evidente quando analisamos a vida e ministério de
por uma linguagem teológica para um propósito de Cristo – Deus une a humanidade a Si para salvar
missão. Essa missão, ou método divino de iniciar o a raça caída. Misteriosamente Cristo é encarnado
processo de transformação necessária para nossa para servir, tendo a atitude de um servo. Em Cristo,
salvação, implica na revelação de Si mesmo (teolo- Deus cumpre perfeitamente Sua missão de salvar
gia), transmissão de visões e também na doação da (redenção) e revelar (teologia) Seu caráter na ma-
Sua Palavra que contém a missão divina e a nossa neira mais objetiva possível. Assim, a encarnação
missão (Mateus 28:19-20). nos comunica claramente a linguagem teológica
Na visão que Pedro recebe (Atos 10), Deus revela de Deus vista em Seu sacrifício na cruz por nós.
uma missão abarcante. Ao receber a visão/revela-
ção/instrução do Espírito Santo, sua compreensão A linguagem transcultural do evangelho
teológica expande e Pedro acredita que Cristo de- integral
seja salvar todos, especialmente os “pagãos gen- A missão de Deus vivida e comunicada pelos
tios”. A visão de mundo e a realidade de Pedro são apóstolos de Jesus é levada principalmente pela
abaladas e modificadas, e isso afeta sua linguagem pregação, ensino e ministérios de cura (Mat. 29:19-
e perspectiva transcultural. Na realidade, isso afe- 20). É uma missão que objetiva alcançar e transfor-

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mar a pessoa por completo – espírito, mente e corpo. Cristãos devem continuamente perceber que
Tal foco denota um esforço em considerar a missão Deus dá excelentes oportunidades para alcançar
como um ministério integral e todo abrangente. Mais e tocar pessoas por meio da educação, visto que
do que possamos imaginar, cristãos vão a lugares educação significa desenvolvimento que leva à
distantes e difíceis para ministrar e servir aos neces- transformação e redenção. Educação tem haver
sitados, e deles é o desafio da transculturalidade. com a restauração da dignidade humana. Assim, a
Muitos missionários comprometidos pregam as educação que é transformacional e redentiva deve
boas-novas do Evangelho e acham-se envolvidos abarcar todas as dimensões da existência humana
em circunstâncias desafiadoras onde providenciar – física, mental, social e espiritual.
cura física e educação para os povos é uma prio- “No mais alto sentido, a obra da educação e da
ridade. Em muitos lugares, a educação teológica redenção são uma; pois, na educação, como na
desempenha um papel significativo em alcançar redenção, ‘ninguém pode pôr outro fundamento,
a missão da igreja, que é proclamar o Evangelho além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo’
eterno a todo mundo. Portanto, em várias regiões (I Cor 3:11).”9 A autora expande esse princípio ao
do mundo, as escolas foram as primeiras institui- afirmar que “Redenção é o processo pelo qual a
ções a serem estabelecidas. Entre as primeiras ma- alma é preparada para o Céu. Esse preparo implica
térias ensinadas estavam a Bíblia, a religião e então conhecer a Cristo. Significa emancipação de ideias,
a teologia, pois essas disciplinas eram entendidas hábitos e práticas adquiridos na escola do príncipe
como as mais importantes para os novos membros das trevas. A alma se deve libertar de tudo que se
e futuros líderes das igrejas e comunidades locais. opõe à lealdade para com Deus”.10
Também não é incomum que muitos missioná- Assim, o objetivo de uma teologia e uma educa-
rios e obreiros da igreja se envolvam no trabalho ção que são abrangentes (integrais) é ver pessoas
de providenciar educação e outras atividades que transformadas e redimidas pelo amor de Cristo.
proporcionem desenvolvimento, pois esses tipos de Qualquer filosofia, teologia e prática de educação,
ministérios fornecem uma avenida onde pessoas especialmente dentro do contexto de missão, de-
e comunidades podem ter uma oportunidade para veria seguir os princípios do Evangelho integral de
mudar, se transformar, se desenvolver e, o mais im- Jesus, o qual busca transformar a pessoa inteira
portante, ouvir o Evangelho. Em outras palavras, a – corpo, mente e espírito.
linha tradicional que compartimentaliza ensino, pre- Além disso, uma teologia e uma educação que
gação, cura, educação e desenvolvimento espiritual por natureza são bíblicas e missionarias devem
torna-se interconectada, e todas essas atividades se também objetivar a redenção e a transformação
complementam - um ministério evangélico integral. das estruturas que impendem indivíduos de expe-
No passado, tais iniciativas educacionais (in- rimentar a vida abundante que Cristo deseja a to-
cluindo educação teológica) motivadas por um es- dos (Jo 10:10). Assim, a teologia e a educação que
pírito de caridade, inspiraram o estabelecimento não são transformativas, que não objetivam ajudar
de várias escolas e universidades na Europa e pelo e redimir os quebrantados e destruídos pelo peca-
mundo, muitas das quais ainda existem. Michel Ri- do, perdem sua missão, valor e foco.
quet faz o seguinte comentário sobre o estabeleci- Foi com o propósito de fornecer uma educação
mento de Sorbonne na França e de outras univer- toda abrangente que procura transformar a pessoa
sidades europeias: como um todo, e também foca em integrar conheci-
O fato é que Robert de Sorbon, capelão do rei mento sobre Deus que Ellen G. White foi avante com
St Louis, fundou o Colégio de Sorbonne em 1257 a visão de estabelecer uma instituição de educação
para habilitar dezesseis pobres homens, Mestrado superior – Colégio de Médicos Evangelistas Loma
em Artes aspirando ao doutorado. Foi o mesmo em Linda, em 1906. O propósito era que a cura dos doen-
Orleans, Salamanca, Oxford e Cambridge. Nesses tes e o ministério da Palavra deveriam andar juntas.11
centros universitários, freis pregadores por muitos Esse propósito deve continuar e não apenas na
anos nutriram a chama de fervor e caridade.7 Universidade de Loma Linda na Califórnia ou outro
Para esses missionários, uma educação ins- seminário teológico, mas em todas as instituições
pirada pelo espírito de fervor do Evangelho, deve educacionais, médicas, de publicação ou qualquer
abarcar toda forma de prática e vida cristã – evan- outra área da igreja – integrando o ensino da Pala-
gelística, educacional, médica, pastoral e assim vra com a cura do corpo. Mas, para que isso ocorra,
por diante. Assim, a educação teológica desempe- precisamos conhecer nosso Deus Criador, Aquele
nha um papel vital em preparar e equipar muitos que cura nossas feridas, restaura nossos corpos e
para continuar levando a Palavra de Deus e Sua transforma nossas mentes – assim, a importância
missão aos confins da Terra.8 da teologia e da educação.

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Conclusão missão de Deus – pois essa é a missão da igreja
A missão de Deus, uma missão que é toda cristã. Assim como o Espírito Santo integra te-
abrangente, deve continuar por hospitais que não ologia e missão, teólogos e educadores devem
apenas curam, mas também ensinam as palavras também integrar teologia com missão, para que
do Grande Médico. Sua missão deve continuar por a missão seja substanciada em conteúdo e base-
agências de alívio e desenvolvimento que não ape- ada na Palavra de Deus. Ao mesmo tempo eles
nas providenciam ajuda humanitária, mas também devem também integrar missão com teologia,
palavras de esperança do Deus que ama e cuida. para que a teologia tenha uma meta, um objetivo
Deve continuar através das instituições educacio- e um propósito.
nais que não apenas ensinam e o currículo padrão, Seguindo os passos de Paulo, devemos permitir
mas também constroem homens e mulheres de com que a missão molde nossa teologia e imbua
caráter nobre para esse mundo e para o Seu reino nossa prática de missão com o conteúdo de nossa
futuro. reflexão teológica. Devemos permitir que a Pala-
Sim, a missão de Deus deve também continu- vra revelada seja fundamental e transformacional
ar por seminários teológicos que são responsáveis em nossa vida e ministério. Ademais, refletindo na
em providenciar educação teológica aos membros Palavra e seguindo os passos de Cristo, devemos
leigos, pastores, professores e missionários – os lutar para usar a linguagem que efetivamente co-
maiores responsáveis pelo ensino e pregação das munica o Evangelho transculturalmente e de ma-
boas-novas à toda humanidade. A missão de Deus neira integral. Isso conectará o Céu e a Terra – o
deve continuar através de todos os membros do divino com o humano – e, assim, a linguagem te-
Seu corpo – você e eu – Sua igreja. ológica e transcultural do Evangelho integral será
Portanto, não podemos aprender, comunicar aprendida, ouvida e praticada ao seguirmos o Deus
ou ensinar teologia se não for integrado com a encarnado onde quer que Ele nos guie.

1 “Deus é amor.” Essa é uma frase surpreendentemente usada por Ellen G. White como a primeira afirmação no livro Patriarcas e Profetas e na
última do O Grande Conflito, que são respectivamente o primeiro e último da série Conflito dos Séculos.
2 WHITE, Ellen G. Educação. Tatuí, SP: CPB, p. 16.
3 Esse artigo empresta alguns conceitos e ideias desenvolvidas por Kuhn no artigo intitulado “Theological Education as Mission”, The Book and the
Student―Theological Education as Mission: A Festschrift Honoring José Carlos Ramos. Berrien Springs, MI: Andrews University, 2012, pp. 13-22.
4 Ver KUHN, Wagner. Adventist Missiological Education and Global Mission Perspectives. Journal of Adventist Mission Studies 7, n° 1, Spring,
2011, pp. 35-36.
5 KUHN, Wagner. Educação Missiológica e a Missão Global: Perspectivas Teológicas e Metodológicas para a Igreja Adventista. Em Teologia e
Metodologia da Missão, Elias Brasil de Souza, pp. 443-464. Cachoeira, BA: CePbliB, 2011, p. 450.
6 Ver BOSCH, David J., Transforming Mission: Paradigm Shifts in Theology of Mission. Maryknoll, NY: Orbis Books, 1991, pp. 492-496 e 123-124.
7 RICHET, Michel. Charity in Action, vol. 105 de The Church in The Modern World: Twentieth Century Encyclopedia of Catholicism. P. J. Hepburne-
-Scott, trans. Original: La Charite du Christ en Action. New York, NY: Hawthorn Books, 1961, pp. 124-125.
8 Ver WERNER, Dietrich. Theological Education in the Changing Context of World Christianity—An Unfinished Agenda, International Bulletin of
Missionary Research 35, n° 2, abril de 2011, pp. 92-100.
9 WHITE. Educação. p. 30.
10 WHITE. O Desejado de Todas as Nações. p. 229.
11 Ver SCHAEFER, Richard A. LLUMC Legacy: Daring to Care. Loma Linda, CA: Legacy Publication Association, 1995, p. 162.

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