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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ________ VARA DO

TRABALHO DE GOIÂNIA – GOIÁS

ALESSANDRA RODRIGUES DINIZ DE PAULA, brasileira,


desempregada, portadora do RG nº 3647629 2a Via, residente e domiciliada na
Rua 6, quadra 2. lote 1, casa 2, Setor Araguaia, Aparecida de Goiânia – Goiás,
vem à douta presença de Vossa Excelência, assistida por sua entidade sindical,
SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO
ESTADO DE GOIÁS, SINDSAÚDE, através de sua Advogada (m.j.) estabelecida
profissionalmente na Avenida Goiás, nº 350, Ed. Marlene Alvarenga, Salas
305/306, Centro, nesta capital onde receberá as comunicações processuais de
estilo, especialmente para propor a presente

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

em face da PREFEITURA DE GOIÂNIA, pessoa jurídica de direito público


interno, inscrita no CNPJ nº 01.612.092/0001-23, através de sua Secretaria
Municipal de Saúde, com sede no Centro Administrativo, Parque Lozandes,
Goiânia – Goiás, elaborando-a mediante as razões fáticas e jurídicas adiante
aduzidas:

Avenida Goiás nº 350 – Conj. 305/306 – Edifício Marlene Alvarenga – Goiânia (GO)
Fone: (62) 224-3570
DA ADMISSÃO, FUNÇÃO E REMUNERAÇÃO

A Reclamante foi admitida pela Reclamada, em 03.10.2001,


para exercer a função de AGENTE COMUNITÁRIA DE SAÚDE, tendo percebido
por última remuneração a importância de R$ 448,27 (quatrocentos e quarenta e
oito reais e vinte e sete centavos).

DA JORNADA DE TRABALHO

A Reclamante laborava das 08:00 às 18:00 horas, de


segunda a sexta-feira, com intervalo para alimentação de 02 (duas) horas.

DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

A Reclamante trabalhava em trânsito nas ruas e visitas


domiciliares. Que a mesma não recebeu o adicional de insalubridade durante a
vigência do pacto laboral, grau médio, equivalente a 20% sobre a remuneração
nos termos do artigo 7º, inciso XXIII da CF/88. Que a Reclamante estava exposta
a agentes agressivos (biológicos, físicos e químicos). Que o local de trabalho da
Reclamante é altamente insalubre, especialmente por tratar-se de “Unidade de
Saúde”, onde a Reclamante tinha contato com pessoas portadoras de doenças
infecto-contagiosas das mais variadas espécies, dentre elas a Hanseníase e
Tuberculose. Que a Reclamante não recebeu equipamento de proteção individual
EPI.

Assim, faz jus a Reclamante ao referido adicional, grau


médio.

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Requer desde já a realização de perícia técnica, vez que
não se pode prescindir da realização da prova pericial, por absoluta imposição
legal, inteligência dos artigos 818, da CLT, e 333, inciso I, do CPC, de aplicação
subsidiária.

DOS REFLEXOS DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O adicional de insalubridade constitui parcela de natureza


nitidamente salarial, destinada a remunerar o trabalho prestado em condições
insalubres. Logo, compõe a remuneração do empregado para todos os fins. A
remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal,
integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em
Lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.

Portanto, são devidos os reflexos do adicional de


insalubridade.

DO DESLIGAMENTO

No dia 11.09.2006, a Reclamante foi abruptamente


dispensada sem justa causa, oportunidade em que foi liberada do cumprimento
do Aviso Prévio.

DAS FÉRIAS VENCIDAS + 1/3 E FÉRIAS


PROPORCIONAIS + 1/3

A Reclamada não pagou férias + 1/3 referente ao período


aquisitivo 2005-2006 e proporcional 2006. Assim, a Reclamante requer o

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pagamento de todas as férias vencidas e proporcionais, bem como 1/3
constitucional referente a todo o pacto laboral.

DO 13º SALÁRIO

Igualmente, a Reclamada não pagou o 13º salário à


Reclamante. Dessa forma, requer o pagamento desta verba salarial referente ao
ano em curso.

DA MULTA DO ART. 477 DA CLT

Buscando evitar expediente procrastinatório, o legislador


estabeleceu o prazo em que se deve dar a quitação das parcelas rescisórias,
culminando multas para o caso de sua inobservância.

In casu, mais do que atraso, não houve pagamento,


portanto, indiscutível o pagamento da multa do art. 477 da CLT, cujo pagamento
requer.

DO AVISO PRÉVIO

A Reclamante foi sumariamente dispensada no dia


11.09.2006 e dispensada do cumprimento do Aviso Prévio. Assim, a Reclamante
requer o pagamento do aviso prévio indenizado, bem como sua projeção até o dia
11.10.2006, conforme teor do art. 487, § 1º da CLT, integrando-se ao tempo de
serviço para todos os efeitos.

DO FGTS + 40%

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A reclamada não pagou a multa de 40%. Dessa forma a
Reclamante requer a comprovação do pagamento do FGTS de todo o período
laboral ou o pagamento, caso o mesmo não tenha sido feito, mais a multa de 40%
sobre o montante devido a este título.

DO SEGURO DESEMPREGO

A Reclamante requer as guias de requerimento do seguro


desemprego no código 01 ou indenização equivalente.

DAS VERBAS RESCISÓRIAS E CONSECTÁRIOS


LEGAIS
Que a Reclamante não recebeu suas verbas rescisórias,
cujo pagamento requer.

Isto Posto Reclama

VERBAS RESCISÓRIAS DE:


1. Aviso prévio indenizado (30 dias);
2. Décimo terceiro salário proporcional de 2006 até a data
do rompimento do pacto laboral;
3. Férias vencidas e proporcionais até a data do
rompimento do pacto laboral; e abono de um terço sobre
as férias;
4. Pagamento do adicional de insalubridade e reflexos
durante a vigência do pacto laboral, 60 (sessenta)
meses, de 01.11.98 a 26.04.06, totalizando o valor de R$
4.727,52 (quatro mil setecentos e vinte e sete reais e
cinqüenta e dois centavos).

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5. FGTS, depósito de 8% sobre os salários pagos durante
todo o pacto laboral, e, ainda, sobre as parcelas salariais
da presente ação, com os acréscimos legais,
comprovação e liberação imediata pelo código 01, sob
pena de conversão dos respectivos valores em
indenização;
6. Multa de 40% sobre o FGTS, comprovação imediata de
depósitos em conta vinculada, sob pena de conversão
dos valores em indenização.
7. Multa de 477 da CLT;
8. Guias do Seguro Desemprego ou a transformação dos
respectivos valores em indenização, na hipótese de
impossibilidade de recebimento direto por parte da a
Reclamante em função da extemporaneidade de seu
fornecimento por parte da Empresa Reclamada;

Cálculos:
Salário fixo R$ 393,96
Insalubridade 20% R$ 78,79
Remuneração R$ 472,75

Aviso Prévio R$ 472,75


Férias vencidas simples + 1/3 R$ 628,75
Férias proporcionais + 1/3 (05.12) R$ 352,97
13º salário proporcional (05.12) R$ 196,97
Saldo de salário abril 2006 R$ 472,75
Multa do art. 477 R$ 472,75
FGTS + 40% R$ 3.176,88
Adicional de insalubridade R$ 4.727,52
Seguro Desemprego R$ 1.891,00

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Total Reclamado R$ 12.392,34

DOS PLEITOS ILÍQUIDOS

a) Baixa na CTPS da autora, bem como a sua entrega em


audiência;
b) O pagamento das verbas incontroversas em audiência
sob pena do pagamento da multa do artigo 467 da CLT;
c) O recolhimento das contribuições previdenciárias;
d) Os benefícios da justiça gratuita, em face da Reclamante
não possuir condições de custear tal processo, com
fulcro na CF/88, Lei nº 1.060 de 05.02.50, Lei nº
5.584/70, Lei nº 7.115/83 e do art. 790, § 3º da CLT;
e) Apresentação do PPRA e PCMSO durante a vigência do
pacto laboral, sob pena de aplicação dos artigos 359 do
CPC.
f) Que as notificações e intimações sejam enviadas ao
escritório da patrona localizado nesta cidade na Avenida
Goiás, nº 350, Conjunto 305/306, Edifício Marlene
Alvarenga, Goiânia – Goiás.

DO REQUERIMENTO FINAL

Face ao exposto, requer a Vossa Excelência, se digne


mandar notificar a Reclamada para os termos da presente ação, contestando,
querendo, acompanhando até final decisão, sob pena de revelia e confissão ficta,
quando espera seja julgado procedente o presente pedido, condenando a
reclamada ao total do pedido, juros de mora, correção monetária e ainda custas

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processuais, honorários advocatícios na base de 15% (quinze por cento), sobre o
valor do pedido e demais cominações legais.

Protesta-se por todos os meios de provas em direito


admitidas, sem exclusão de nenhuma delas por mais especiais que se
apresentem, especialmente juntada posterior de documentos, oitiva do
representante da Reclamada e realização de prova pericial.

Dá-se à causa o valor de R$ R$ 12.392,34 (doze mil


trezentos e noventa e dois reais e trinta e quatro centavos).

Nestes termos
Pede e espera DEFERIMENTO.

Goiânia, 01 de agosto de 2006.

Arlete Mesquita
OAB/GO nº 13.680

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