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Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências

RELATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL I


TRABALHO PRÁTICO Nº04

FACTORES QUE AFECTAM A


VELOCIDADE DE UMA REACÇÃO

Elaborado por grupo n°08


Arilson Gabriel – 20161225
Hélio Liberal - 20161024

Curso: Engenharia Química


Turma: EQM5/M1

Docente

Profº Almondevar Silva

DATA DE REALIZAÇÃO DO TRABALHO: 04/05/2018


ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 5
MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................. 9
DISCUSSÕES E RESULTADOS ..................................................................... 11
CONCLUSÕES ................................................................................................ 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 17
RESUMO

As reacções químicas podem acontecer em diferentes velocidades, sendo


assim algumas muito rápidas, de velocidade média e outras consequentemente são
muito rápidas. São vários os factores que podem afectar a velocidade de uma reacção
química, em geral aqueles que fazem com que haja mais interação entre as moleculas
causando mais colisões entre elas ira causar um aumento na velocidade da reacção e
o contrário irá provocar a diminuição da sua velocidade. Na presente práctica foi se
feito o estudo de diferentes tipos de reacções químicas e os diferentes factores que
podem influenciar na velocidade da reacção e verificaram-se os conceitos já
estudados nos modelos anteriores.

Palavras Chaves: Reacções Químicas, Velocidade média, colisões

ABSTRACT

Chemical reactions can occur at different speeds, so some are very fast,
medium speed and others are consequently very fast. There are several factors that
can affect the speed of a chemical reaction, generally those that cause more
interaction between the molecules causing more collisions between them will cause an
increase in the speed of the reaction and the opposite will cause the decrease of its
speed . In the present practice the study of different types of chemical reactions and
the different factors that can influence in the speed of the reaction and the concepts
already studied in the previous models were verified.

Keywords: Chemical Reactions, Average speed, collisions.


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I. INTRODUÇÃO
O conhecimento e o estudo da velocidade das reações, além de ser muito
importante em termos industriais, também estão relacionados ao nosso dia-a-dia, por
exemplo, quando guardamos alimentos na geladeira para retardar sua decomposição
ou usamos panela de pressão para aumentar a velocidade de cozimento dos
alimentos.

Assim como esses exemplos, podemos encontrar uma infinidade de reações


químicas presentes em nosso cotidiano que se processam com velocidades diferentes
e, por isso, é fundamental o estudo da rapidez com que essas transformações
acontecem. O processo de reacções químicas pode ser rápido ou lento.

Uma reação química é considerada rápida quando apresenta grande consumo


de seus reagentes em um curto intervalo de tempo e, consequentemente, uma rápida
formação de produtos. Temos como exemplo o momento da batida de um carro. Para
esse evento, é fundamental que o airbag seja acionado instantaneamente. Dentro do
airbag existe um dispositivo que produz uma faísca necessária para que ocorra a
seguinte reação:

6 NaN3(ℓ) + Fe2O3(s) → faísca → 3 Na2O(s) + 2 Fe(s) + 9 N2(g)

A reação produz uma grande quantidade de gás nitrogênio (N2), fazendo com
que a bolsa plástica aumente rapidamente de volume, criando um anteparo macio
para o motorista e/ou para os passageiros, prevenindo assim, lesões graves na
cabeça e no tórax.

As reações lentas são aquelas em que, como o nome sugere, os reagentes


combinam-se lentamente e ocorrem em longos períodos de tempo. Um dos mais
sérios problemas ambientais, o crescimento do volume de lixo doméstico, é causado
pela lenta reação de degradação de alguns materiais encontrados no lixo.

Objectivos

 Calcular a velocidade média de uma reação.


 Verificar experimentalmente alguns fatores que determinam ou influenciam a
velocidade das reações, tais como: temperatura, concentração, catalisadores e
superfície de contato.

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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


Reacções Químicas

Reações Químicas ocorrem quando diferentes substancias rompem suas


ligações para criar novas, alterando assim a sua composição e formando novas
substancias. São vários os factores que podem influenciar uma reação química, porém
os principais são: a pressão e a temperatura, assim como as reações possuem
diferentes velocidades e precisam de suas condições ideais para que ocorram.
(ATKINS e DE PAULA, 2014)

Energia de Activação

É dado o nome de energia de activação a quantidade de calor ou energia que


precisa ser fornecida a reacção para que ela ocorra, essa energia pode variar de
reacção para reacção, e ou por meio de catalisadores que façam com que a reacção
precise de uma quantidade menor. Reacção química nunca ocorrerá sem que seja
fornecida sua energia de activação mínima. (ATKINS e DE PAULA, 2014)

Velocidade Média

A velocidade média é calculada em função de uma das substâncias


participantes da reacção. É a razão entre a quantidade consumida ou produzida da
substância e o intervalo de tempo em que a reacção ocorreu.

∆𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑉𝑚 =
∆𝑡

Exemplo a reacção de decomposição do pentóxido de dinitrogênio:

2 𝑁2 𝑂5(𝑔) → 4𝑁𝑂2(𝑔) + 𝑂2(𝑔)

Podemos calcular tanto a velocidade média de consumo de pentóxido de


dinitrogênio, como a velocidade de formação do dióxido de nitrogênio ou do oxigênio.
Onde avelocidade média da reacção será a razão da variação da concentração pela
variação do tempo.

Cinética Química

A Cinética Química estuda a velocidade com a qual as reacções acontecem e


os factores que são capazes de realizar influência sobre ela. A medida mais comum
de velocidade dentro das reacções químicas é a variação de concentração ou variação
de quantidade de mols de uma espécie em um intervalo de tempo definido.

A Cinética está relacionada a movimento, quando pensamos nela de forma que


a física nos ensinou a pensar. Entretanto, nas reacções químicas, não há movimento,
mais sim mudanças de concentração e estas são as bases de nossos estudos. O
termo cinética química é utilizado para descrever o estudo quantitativo das variações
de concentração com o tempo quando ocorre uma reacção química. (ATKINS e DE
PAULA, 2014)

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O objectivo principal da cinética é o estudo da velocidade das reacções


químicas, e para isso é preciso o conhecimento de: o desenvolvimento de métodos
experimentais que permitam medir as velocidades das reacções, desde as mais lentas
até as mais explosivas; o estudo dos factores que influenciam nas velocidades das
reacções e o estudo do caminho percorrido pelas reacções.

Uma reacção química ocorre quando três factores envolvidos no mundo


micromolecular acontecem. Eles são:

1. O choque de uma espécie química com outras ou com as paredes do


recipiente na qual a mesma estiver.
2. A geração de alguma maneira de algum tipo de energia que permita que a
espécie química reagente atinja um patamar mínimi de energia para que a
reacção possa ocorrer (Energia de Activação).
3. A posição do choque (Factor muito importante nas reacções orgânicas onde
estiverem envolvidas substâncias com grandes cadeias).

Podemos, portanto concluir que reacções com energia de activação muito


pequena são muito rápidas. Na práctica estas reacções são instantâneas. Reacções
com energia de activação média corresponderão a velocidades altas, ou não,
conforme a importância do fator geométrico. E reacções com Energia de activação da
ordem de 100 kcal serão tão lentas na temperatura ambiente que na vida práctica até
podemos dizer que a reacção não é perceptível. (ATKINS e DE PAULA, 2014)

Teoria das Colisões

A teoria das colisões é utilizada para descrever como e quando uma determinada
reacção química ocorre. De acordo com ela, para que uma reacção aconteça é
necessário:

a) A ocorrência de colisões entre as moléculas participantes;

b) Colisões devidamente orientadas (colisões efectivas); e,

c) Moléculas adquiram energia suficiente para a reacção ocorre, ou seja, que


atinjam a chamada Energia de Activação. (ATKINS e JONES)

Definindo melhor, temos que a Energia de Activação é a minima energia


necessária para que o complexo activado seja formado e para que a reacção
efectivamente ocorra. O complexo activado é um ponto intermediário na reacção,
situado entre reagentes e produtos na qual ainda existem ligações presentes nos
reagentes (que estão em processo de quebra) e já aparecem as ligações que vão
formar os produtos (que estão em processo de formação) e no qual a energia é
máxima. Observe a seguinte reacção:

𝐴2 + 𝐵2 → 2𝐴𝐵

Num momento inicial, no qual temos apenas os reagentes, as moléculas estão com as
ligações abaixo:

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O complexo activado da reacção é:

Até que num momento final teríamos apenas o produto da reacção química:

A energia de activação seria então a energia necessária para que o complexo


activado seja atingido partindo dos reagentes, ou seja, a energia entre o patamar dos
reagentes e o máximo de energia da reacção e está representada no gráfico abaixo:

Factores que Afectam a Velocidade de uma Reacção:

1. Natureza dos Reagentes:

Para que as reacções químicas acontençam sempre é necessário que os


reagentes possuam algum tipo de afinidade que permita a quebra das ligações
previamente existentes e aformação de novas ligações relativas aos produtos da
reacção. Sendo assim, quanto maior for a afinidade entre as espécies mais
rapidamente ocorrerá a reacção. (ATKINS e JONES)

2. Temperatura:

A temperatura de qualquer sistema pode ser definida como o grau de agitação das
moléculas presentes no mesmo. A elevação da temperatura produz aumento tanto na
quantidade de colisões entre as partículas reagentes, quanto na energia cinética das
particulas, aumentando a frequência e as chances de choques produtivos, implicando
aumento da velocidade da reacção. (ATKINS e JONES)

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Uma observação importante é que a velocidade da reacção sempre aumenta com


o aumento da temperatura (directamente proporcionais), independente se estamos
tratando uma reacção endotérmica ou uma reacção exotérmica. (ATKINS e JONES)

3. Concentração:

O aumento na concentração dos reagentes provoca um aumento na quantidade de


choques e na frequência dos mesmos, ou seja, é responsável por acelerar a reacção.
Então podemos dizer que são directamente proporcionais. (ATKINS e JONES)

4. Estado físico dos reagentes:

O estado físico dos reagentes também é um factor influente na velocidade de uma


reacção. Em fase gasosa e em fase líquida as reacções são bem mais rápidas doque
em fase sólida, por haver maior contacto entre os reagentes, com o aumeto da
frequência de colisões. Por sua vez, em fase sólida a reacção será tanto mais rápida
quanto maior for a superfície de contacto disponível.

5. Superfície de contacto:

Quanto maior for à superfície de contacto, maior será a quantidade de choques


efectivos realizados num dado intervalo de tempo, ou seja, maior será a velocidade da
reacção. Sendo assim, por exemplo, quando reagimos um sólido pilverizado ao invés
de uma placa do mesmo sólido, a superfície de contacto é maior consequentemente a
velocidade da reacção aumenta.

6. Catalisador:

Catalisador de uma reacção é uma substância que tem as seguintes propriedades:

- Não é consumido na reacção Global

- Aumenta a velocidade da reacção

- Não influencia o equilíbrio da recção

O catalisador geralmente provoca alterações no mecanismo da reacção, e,


sendo assim, o aumento da velocidade da reacção é provocado pela redução da
energia de activação. Além disso, determinados compostos podem funcionar como
inibidores, reduzindo a velocidade da reacção a partir do aumento da energia de
activação. (ATKINS e JONES)

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III. MATERIAIS E MÉTODOS


Tabela. Materiais, Reagentes e Equipamentos

MATERIAIS REAGENTES EQUIPAMENTOS


Solução 0,01 Mol/L de
𝐾𝑀𝑛𝑂4
Provetas 10 mL Pico de Bunsen
(Permanganato de
Potássio)
Solução 1,0 Mol/L de
Béquers 50 mL e 100 mL 𝐻2 𝑆𝑂4 (Ácido Balança Analítica
Sulfúrico)
Solução 0,1 Mol/L de
Estante com tubos de
𝑁𝑎2 𝑆2 𝑂3 (Tiossulfato
ensaio
de Sódio)
Solução 0,6 Mol/L de
Termômetro de 0 – 100ºC
HCl (ácido Clorídrico)
Solução 6,0 Mol/L de
HCl
Zinco em pó
Ferro em pó; Fios de
Ferro.
Cristais de 𝐾𝑁𝑂3
(Nitrato de Potássio)

Procedimentos

 Efeito da Temperatura

Em duas buretas mediram-se 10 mL de uma solução de Permanganato de


Potássio 0,01 mol/L e 2 mL de uma solução de Ácido Sulfúrico 1,0 mol/L
respectivamente e foram colocadas em três tubos de ensaio diferentes. Dos quais o 1º
tubo de ensaio foi deixado a temperatura ambiente, o 2º foi aquecido entre 40-50ºC
em banho-Maria e o 3º foi aquecido directamente na chama usando um Pico de
Bunsen. Quando a solução no banho-Maria atingiu a temperatura desejada adicionou-
se em simultâneo nos três tubos de ensaio fios de ferro de aproximadamente 10 cm se
manteve os fios nas soluções e agitando cada uma das soluções. Foi se observando o
que aconteceu com as soluções nos diferentes tubos e anotou-se o tempo.

 Efeito da Concentração

Mediu-se usando uma bureta 5 mL de uma solução de Tiossulfato de Sódio 0,1


mol/L e adicionou-se em dois tubos de ensaios. Em um dos tubos de ensaio
adicionou-se 1,0 mL de solução de ácido Clorídrico 6,0 mol/L e no outro adicionou-se
1,0 mL de uma solução de Ácido Clorídrico 0,6 mol/L as duas soluções foram
adicionadas ao mesmo tempo nos dois tubos de ensaio, e em seguida agintando cada
uma das soluçãos observou-se em qual dos dois apareceu primeiro a turvação

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amarelada devido a enxofre formado e também registou-se o tempo que em que


ocorreu as reacções.

 Efeito de Catalisador

Numa bureta mediu-se 1,0 mL de Ácido Sulfúrico 1,0 mol/L e colocou-se em


dois tubos de ensaios. Nos dois tubos de ensaio colocou-se também Zinco em pó que
foi pesado em uma balança analítica e agitou-se as soluções e logo que se observou
desprendimento de Hidrogénio caractizado pelo aparecimento de bolhas na solução,
adicionou-se duas gotas da solução de Permanganato de Potássio em cada um dos
tubos de ensaio e em um dos tubos de ensaio adiciono-se uma pequena quantidade
de cristais de Nitrato de Potássio. Observou-se o que aconteceu em cada uma das
soluções e sempre registando o tempo em que ocorria cada uma das reacções.

 Efeito da superfície de contacto

Em dois tubos de ensaio colocou-se 5 mL de uma solução de Ácido Clorídrico


6,0 mol/L e em um dos tubos de ensaios adicionou-se uma quantidade de ferro isso é
na forma de fio e no outro tubo de ensaio colocou-se ferro em pó( uma quantidade
equivalente a quantidade de ferro na forma de fio). Agitou-se as duas soluções e
observou-se quais das duas reacções ocorreu mais rápido.

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IV. DISCUSSÕES E RESULTADOS


Nesta experiência foi nosso objectivo o cálculo da velocidade da reacção de
cada um dos factores, nesse caso, a temperatura, concentração, catalisador e
superfície de contacto. Durante uma reação química, os reagentes são consumidos
para que os produtos sejam formados. Por essa razão, podemos calcular a velocidade
em que um reagente é consumido ou a velocidade em que um produto é formado, por
exemplo. Em ambos os casos, sempre vamos realizar o cálculo a partir da relação
entre a variação da concentração e a variação do tempo:

|∆[𝑥]|
𝑉=
∆𝑡

Observação: O módulo |Δ[x]| é necessário porque a velocidade não pode ser


negativa. Além disso, existe a possibilidade de, ao calcular a variação da concentração
(Δ[x]), o resultado ser negativo (principalmente nos reagentes, pois a concentração
final é menor que a inicial).

Para determinar a velocidade média em que uma reação (vr) é processada,


devemos obrigatoriamente conhecer a velocidade (vx) de qualquer um dos
participantes da reação e dividi-la pelo seu coeficiente estequiométrico da reação:

𝑉𝑥
𝑉𝑟 =
𝑛

Sendo assim, procedemos aos cálculos da velocidade média para cada etapa
usando apenas um dos reagentes (velocidade de consumo) uma vez que não foi
possível calcular as concentrações finais. As tabelas 1, 2, 3 e 4 nos dão inormações
sobre as concentrações usadas para cada caso e o tempo em que foi executada a
experiência até a formação de produtos.

Tabela1. Efeito da Temperatuta

Parte 1
Tubos t (ºc) Tempo (min) [KMnO4] V (M/min)
1 (T. Ambiente) 34 16,5 0,00010
2 (Banho Maria) 50 15 0,01M 0,00011
3 (Chama) 79 3,75 0,0004

Na primeira parte três tubos de ensaio foram enumerados e preparados cada


um contendo cerca de 10,0 ml de permanganato de potássio 0,01M e 1ml ácido
sulfúrico concentrado e um pequeno fio de ferro.O 1º tubo foi deixado à temperatura
ambiente do laboratório;o 2º foi levado para aquecimento e banho maria à
temperatura de 45ºC e; o 3º tubo foi levado a aquecimento direto sobre a chama de
um bico de Bunsen com o auxílio de uma pinça de madeira.Ob servou-se então as
reações nos tubos e a diferença das velocidades entre os tubos. A reação a seguir
representa o primeiro experimento:

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10𝐹𝑒(𝑠) + 6𝐾𝑀𝑛𝑂4(𝑎𝑞) + 24𝐻2 𝑆𝑂4(𝑎𝑞) → 5𝐹𝑒2 (𝑆𝑂4 )3(𝑎𝑞) + 6𝑀𝑛𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 3𝐾2 𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 24𝐻2 𝑂(𝑎𝑞)

A solução de permanganato de potássio dava à mistura de reagentes nos três


tubos uma coloração púrpura. A formação de bolhas na reação está relacionada à
formação do gás hidrogênio. Conforme as reações se deram, houve a mudança na
coloração do conteúdo dos tubos de púrpura para um cristalino translúcido, esta
mudança está relacionada a extinção do reagente permanganato de potássio e
formação dos outros dois sais (MnSO4 e K2SO4) incolores em solução aquosa. Sob os
tratamentos de aquecimento foi observada uma influência na velocidade de reação
pelo que o 3º tubo, que foi aquecido diretamente sobre a chama do bico de Bunsen
teve uma velocidade mais rápida que os demais tubos na mudança de coloração do
conteúdo. Em seguida, alguns minutos depois, esse mesmo fenômeno ocorreu no 2º
tubo, que foi colocado em banho-maria. Por último, depois de mais alguns minutos
seguidos ao término da reação no 2º tubo, o 1º tubo, deixado à temperatura ambiente,
também extinguiu a concentração do permanganato de potássio.

Figura1. Efeito da Temperatura

A cor amarela pálida na figura acima indica a presença de iões férricos na


solução, iões esses oxidados pelo permanganato.

Velocidade vs Tempo
0,0005
Velocidade (mol/l.min)

0,0004

0,0003

0,0002
Velocidade vs Tempo
0,0001

0
0 5 10 15 20
Tempo (min)

Gráfico1. Velocidade da Reacção em Função do Tempo

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O gráico acima apresenta os resultados obtidos de velocidade e tempo para os


três tubos referentes a tabela 1. Notamos que existe uma relação de proporcionalidade
inversa entre os dois factores. Nesse caso, para o tubo 3 onde teve um menor tempo
de formação devido a chama obteve-se uma maior velocidade e para o tubo 1 à
temperatura ambiente demorou mais tempo de ormação e teve consequentemente
uma menor velocidade.

Na segunda parte do experimento, foi analisado o efeito da concentração na


reação, foi colocado em 2 tubos de ensaio 5,0 ml da solução de tiossulfato de sódio.E
então em um dos tubos foi adicionado 1,0 mL de ácido clorídrico 6,0M e para o outro
tubo foi adicionado 1,0 ml de ácido clorídrico 0,1M a fim de analisar em qual deles iria
adquirir primeiro uma tonalidade amarelada, devido ao enxofre formado. A velocidade
da reacção oi determinada pela concentração de HCl como mostra a tabela 2.

Tabela2. Efeito da Concentração

Parte 2
Tubos t (ºc) Tempo (min) [HCl] V (M/min)
1 27 1,67 0,6 0,18
2 27 0,83 6 3,61

A reação a seguir representa o segundo experimento:

𝑁𝑎2 𝑆2 𝑂3(𝑎𝑞) + 2𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 2𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑎𝑞) + 𝑆𝑂2(𝑎𝑞) + 𝑆(𝑠)

Figura2. Efeito da Concentração

A solução de tiossulfato de sódio apresentava uma coloração cristalina e ao


reagir com o ácido clorídrico apresentou uma coloração levemente amarelada e opaca
pela formação do gás de dióxido de enxofre e enxofre, assim como mostra a figura 2.
Sob os tratamentos de concentração foi observada a velocidade da reação, uma vez
que o tubo com concentração 6,0M do reagente ácido clorídrico teve uma velocidade
mais rápida em relação ao tubo contendo 0,6M do mesmo reagente.

Nesse primeiro experimento separou-se dois tubos de ensaio, chamados de “1”


e “2”, neles foram colocados, com auxílio de uma espátula, um granulo de zinco e 1,0
ml de ácido sulfúrico. Esperou- se o aparecimento de bolhas nos tubos para que então
adicionasse- se 2 gotas de permanganato de potássio.Escolheu-se um dos tubos para
inserir o catalisador. O tubo escolhido foi o 1. Adicionou-se um cristal de nitrato de

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potássio, agitando o tubo em seguida. A tabela 3 dá-nos informações sobre a


execução dessa prática.

Tabela3. Efeito do Catalisador

Parte 3
Tubos t (ºc) Situação [KMnO4] Tempo (min) V (min)
1 44 C/Catalisador 0,117 0,043
0,01 M
2 31 S/Catalisador 1,5 0,0033

As reações a seguir representam o terceiro experimento:

(1) 𝑍𝑛(𝑠) + 𝐻2 𝑆𝑂4(𝑎𝑞) → 𝑍𝑛𝑆𝑂4(𝑠) + 𝐻2(𝑔) (𝑙𝑖𝑏𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐻2 )

(2) 𝑀𝑛𝑂4− (𝑎𝑞) + 6𝐻 + (𝑎𝑞) + 5𝐻2(𝑔) → 2𝑀𝑛2+ (𝑎𝑞) + 8𝐻2 𝑂(𝑙) (𝑙𝑒𝑛𝑡𝑎)

(3) 5𝑁𝑂 − 3(𝑎𝑞) + 5𝐻2(𝑔) → 5𝑁𝑂2(𝑎𝑞) + 5𝐻2 𝑂(𝑙) (𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑎)

(4) 2𝑀𝑛𝑂4− (𝑎𝑞) + 5𝑁𝑂2(𝑎𝑞) + 6𝐻 + (𝑎𝑞) → 2𝑀𝑛2+ (𝑎𝑞) + 5𝑁𝑂 − 3(𝑎𝑞) + 3𝐻2 𝑂(𝑙) (𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑎)

(3 + 4) 2𝑀𝑛𝑂4−(𝑎𝑞) + 6𝐻 + (𝑎𝑞) + 5𝐻2(𝑔) → 2𝑀𝑛2+ (𝑎𝑞) + 8𝐻2 𝑂(𝑙)

Figura3. Efeito do Catalisador

Ao adicionarmos o granulo de zinco aos tubos de ensaio 1 e 2, que continham


1ml de ácido sulfúrico percebemos que houve a formação de bolhas, isso ocorreu
devido a fermentação causada pela separação do H2+ do SO4- (dissociação). Assim
que notamos o aparecimento das bolhas, colocamos a 2 gotas de permanganato de
potássio nos dois tubos e as soluções mudaram suas colorações de transparente para
violeta (Figura 3).Essa mudança de coloração ocorreu devido a uma certa quantidade
de H2 dissociar- se da molécula do ácido sulfúrico.

Assim que inserimos o cristal no tubo 1 passamos a balançar os dois tubos, e


quase imediatamente o tubo em que o catalisador foi inserido mudou a cor violeta para
o incolor. As bolhas que apareciam no fundo cessaram. Todo esse processo durou 7s.
O outro tubo em que não colocamos o nitrato de potássio permaneceu violeta e as
bolhas continuaram a sair por um tempo até o termino dos experimentos onde mudou
de cor. A redução do KMnO4 pelo H2 sem catalisador, como já mencionado, é muito
lenta, então ao adicionarmos o KNO3 na solução, trocamos essa única reação lenta e
direta, por outras duas rápidas. Desse modo, o permanganato de potássio é reduzido
por moléculas de NO2 liberadas da reação do nitrato de potássio com o H2, que por

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sua vez é liberado pela reação de simples troca entre o zinco e o ácido sulfúrico. Ao
final de ambos os processos, o catião Mn+2 é obtido e mais algumas moléculas de
água.

Nesse último experimento mais uma vez a velocidade da reação foi testada,
entretanto não houve um catalisador, mas sim a diferença entre as superfícies de um
mesmo reagente. Adicionamos 5 ml de ácido clorídrico aos tubos. Em um dos tubos
colocamos 0,601g de fio de ferro e no outro 0,602g de ferro, porém em pó, agitamos
ambos os tubos ao mesmo tempo.

Tabela4. Efeito da Superfície de Contacto

Parte 4
Tubos Ferro t (ºc) Tempo (min) V (M/min) [HCl]
1 Pó 27 1,38 2,17
6,0 M
2 Fio 28 8,67 0,35

A reação a seguir representa o quarto experimento:

𝐹𝑒(𝑠) + 2𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐹𝑒𝐶𝑙2(𝑎𝑞) + 𝐻2(𝑔)

Imagem4. Efeito da Superície de Contacto (ferro em pó)

O tubo com o fio de ferro ficou amarelado por conta da liberação de iôes Fe na
solução, enquanto o outro tubo com o pó de ferro foi tornando-se incolor. Em menos
de 2 min o pó de ferro já havia sido totalmente consumido, enquanto que o fio de ferro
apresentava apenas bolhas em volta de si e a coloração mencionada. Essa diferença
ocorreu pelo fato da configuração das moléculas, enquanto no pó de ferro todas as
moléculas entraram imediatamente em contato com o HCl, no fio de ferro apenas as
moléculas da superfície do fio reagiram de imediato. Ou seja, quanto maior a
superfície de contato, maior a velocidade da reação. E ntão, constatamos que a
superfície de contato do pó é maior em comparação ao fio de ferro, por isso ele reagiu
mais rápido.

Embora seja mais ligeira, a reação do pó originará a mesma quantidade de


produtos que o fio de ferro no final. Todavia, se compararmos a formação de produtos
em um determinado período de tempo da reação para ambos os reagentes, o pó terá
formado uma porcentagem maior da quantidade final de produtos do que o fio de ferro.

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V. CONCLUSÕES
As actividades nessa prática demostraram que os factores: temperatura,
concentração, catalizador e superfície de contacto dos reagentes exercem inluência
sobre as velocidades das reacções químicas.

O experimento modulado temperatura da reacção demostrou que quanto maior


for a temperatura maior será a velocidade da recção; o experimento modulado
concentração demostrou que quanto maior ela for maior será a sua velocidade; o
experimento com o catalisador demostrou que a sua presença acelera avelocidade da
reacção; e o experimento da superície de contacto entre os reagentes demostrou que
quanto maior a área, maior o contacto entre os reagentes e mais rápida se dá a
reacção.

Portanto, constatamos através da análise que o tempo de uma reação depende


de condições que farão dela mais rápida ou mais lenta. Uma vez que o uso de
catalisador realiza uma reação em pouco tempo, a ausência dele cria um contraste
significativo no tempo real da mesma reação. Podemos notar também que a
configuração dos reagentes acelera ou retarda o consumo dos mesmos,
demonstrando que a superfície de contato exerce papel decisivo na escolha dos
reagentes para um experimento.

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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química. 9ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2014.

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química. 3ª. ed. Porto Alegre: Bookman.

SKOOG, D. Fundamentos de Química Analítica. 9ª. ed. São Paulo: Cengage


Learning, 2014.

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