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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ENGENHARIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

941-SP2-Laboratório de Eletrotécnica

Relatório no 5

Ensaios em transformadores monofásicos

Número Nome completo Assinatura


201023671 Nelson Kobayashi Junior

151050589 Vitor Mariano Mialichi

Prof. Dr. Francisco C. V. Malange

Ilha Solteira, 16 de Abril de 2018


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SUMÁRIO

1. Objetivos 3

2. Introdução Teórica 3

3. Materiais Utilizados 6

4. Procedimento Experimental 6

5. Resultados e Discussões 8

6. Conclusões 9

7. Questões Propostas 10

8. Referência Bibliográficas 10
3

Ensaios em transformadores monofásicos

1. Objetivos

Determinar os parâmetros do circuito elétrico equivalente de transformadores


monofásicos, bem como calcular seu rendimento e sua regulação.

2. Introdução Teórica

O circuito elétrico equivalente de um transformador é a forma de representar o


comportamento das grandezas elétricas e magnéticas tais como as perdas joule nos
enrolamentos, as perdas por Histerese e Foucault, os fluxos de dispersão do primário
e secundário e a reatância de magnetização.

O circuito equivalente de um transformador com núcleo ferromagnético (não


linear) é dado pela Figura 1.

Figura 1 - Circuito equivalente do transformador monofásico, modelo T.

Fonte:[1]

2.1 - Ensaio a vazio ou de circuito aberto – Tensão nominal

No ensaio a vazio, aplica-se tensão nominal no lado da baixa tensão. Ou seja,


nesse caso, o lado de baixa tensão é o primário do transformador. No secundário do
transformador não há 2 circulação de corrente. A corrente do primário tem valor muito
baixo sendo responsável apenas pela magnetização do núcleo do transformador.
Dessa maneira, podemos desprezar as perdas joule dos enrolamentos e as
dispersões de fluxos, sendo somente consideradas as perdas no núcleo.
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Neste ensaio são medidas as seguintes grandezas:

Vo – Tensão nominal aplicada (V);

Po – Potência consumida – perdas no núcleo (W);

Io – Corrente a vazio (A).

A partir das grandezas medidas são calculados os seguintes valores:

𝑉02 𝑃 𝑉
𝑅𝐶 = ; 𝐼𝐶 = 𝑉0 ; 𝐼𝑚 = √𝐼02 − 𝐼𝑐2 ; 𝑋𝑚 = 𝐼 0 (1)
𝑃0 0 𝑚

Dessa forma, obtêm-se: Rc [Ω] e Xm [Ω] referidos à baixa tensão.

2.2 - Ensaio de Curto-Circuito – Corrente nominal

Neste ensaio, são colocados em curto-circuito os terminais da baixa tensão. A


tensão aplicada no primário que, agora, é o lado de alta tensão (AT), deve ser de
valor tal que circule corrente nominal na baixa tensão. Como a tensão aplicada no
primário é muito baixa, as perdas no núcleo e a reatância de magnetização são
desprezadas.

Neste ensaio, são anotados os seguintes valores:

Vcc – tensão aplicada na AT para circular Inominal na Baixa tensão (V);

Icc – Inominal (A);

Pcc – Potência consumida – perdas no cobre (W).

A partir dessas grandezas medidas, são calculados:

𝑉𝑐𝑐 𝑃𝑐𝑐 2 2
𝑍𝑐𝑐 = 𝑍𝑒𝑞1 = ; 𝑅𝑐𝑐 = 𝑅𝑒𝑞1 = 2 ; 𝑋𝑐𝑐 = 𝑋𝑒𝑞1 = √𝑍𝑒𝑞1 − 𝑅𝑒𝑞1 (2)
𝐼𝑐𝑐 𝐼𝑐𝑐

Mas, por outro lado, tem-se:

(3)

Sendo:

𝑅𝑒𝑞1 = 𝑅1 + 𝑅′2 (4)


5

𝑋𝑒𝑞1 = 𝑋𝑙1 + 𝑋𝑙′2 (5)

Serão feitas as seguintes aproximações:

𝑅𝑐𝑐
𝑅1 = 𝑅 ′ 2 = (6)
2

𝑋𝑐𝑐
𝑋𝑙1 = 𝑋𝑙 ′ 2 = (7)
2

2.3 – Rendimento

A relação entre a potência de entrada P1 (fonte) e a de saída P2 (carga) define


o rendimento do transformador, ou seja:

𝑃
𝜂 = 𝑃2 (8)
1

Como o rendimento dos transformadores pode chegar a 99% e a diferença


entre as potências é muito pequena, não é possível simplesmente medir as duas
potências. Para contornar esse problema, tem-se:

𝑃1 = 𝑃2 + 𝑃0 + 𝑃𝑐𝑐 (9)

Onde:

𝑃2 = 𝑉2 . 𝐼2 . 𝑐𝑜𝑠𝜑2 (10)

2.4 – Regulação de tensão

Mede a variação da tensão nos terminais do transformador devido à passagem


do regime a vazio para o regime em carga. Com o transformador a vazio, no
secundário tem-se a tensão ou fem induzida E2, que passa para um valor V2 ao se
ligar uma carga. Se a regulação é boa, esta variação será pequena e vice-versa. A
variação de tensão (∆V = E2 – V2) depende da carga que se coloca no secundário e
pode ser: positiva, negativa ou nula. O valor da variação é influenciado por I 2 e cosφ2.
Em geral, a regulação dos transformadores é definida para valor nominal da corrente
e fator de potência da carga aproximadamente unitário.

A regulação é dada relativamente a V2 e sua expressão, em porcentagem, é:

𝐸2 −𝑉2 𝑉20 −𝑉2𝑛


𝑟𝑒𝑔(%) = 𝑉2
. 100 = 𝑉2𝑛
. 100 (11)
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Sendo:

V20: Tensão a vazio

V2n: Tensão sob carga nominal

3. Materiais utilizados

 Variac monofásico;

 Amperímetro Analógico;

 Transformador;

 Multímetro digital;

 Fios conectores;

 Reostato;

4. Procedimento Experimental
Como orientado, todo o experimento foi feito com o transformador com
enrolamentos em baixa dispersão.
A primeira parte do experimento consiste em fazer o ensaio em vazio no
transformador. Este, no seu sistema primário, será composto por um variac que está
conectado a um amperímetro analógico em serie, na escala de 1, que esta conectado
ao multímetro como mostra a figura a seguir, com o sistema secundário deixado em
aberto para não gerar corrente. A corrente no variac é de 110V e foi analizado os
dados obtidos no multímetro e amperímetro.

Figura 2 – Representação do circuito equivalente ao teste em vazio


7

Fonte: [1]

A segunda parte consiste no ensaio em curto-circuito. Este é montado da


mesma forma que o teste em vazio, com a diferença que no sistema secundário,
conectou-se os pontos H1 e H2, formando-se um curto circuito. A corrente no variac
é de 220V e foi analisado os dados obtidos no multímetro e amperímetro.
A terceira parte, o circuito primário foi deixado como nas partes anteriores
desse experimento, um variac montado a um amperímetro e um multímetro, e no
circuito secundário, foi mentado um multímetro conectado a um reostato como mostra
a figura a seguir.
Figura 3: representação da montagem dos circuito primário e secundário do
transformador.

Fonte: [1]
O variac foi posto em 220V ajustando o reostato para que a corrente do
secundário atinja a corrente predeterminada nas informações do transformador.
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5. Resultados e Discussões
Para o ensaio de vazio, mediamos os valores de voltagem, corrente e potência
entre o variac e o Trafo. Os valores obtidos estão na Tabela 1:
Tabela 1- Valores para ensaio a vazio
Vo(V) Io(V) Po(W)

110 0,46 21

Fonte: Autor
Utilizando as equações em (2), podemos calcular que:
𝑉𝑜2
𝑅𝑐 = = 576,19Ω
𝑃𝑜

𝑃𝑜
𝐼𝑐 = √ = 0,191𝐴
𝑅𝑐

𝐼𝑚 = √𝐼𝑜2 − 𝐼𝑐 2 = 0,418𝐴
𝑉𝑜
𝑋𝑚 = = 263,15Ω
𝐼𝑚
Agora, para o ensaio em curto-circutio, medimos os seguintes valores, dispostos na
Tabela 2.
Tabela 2- Valores para ensaio em curto-circutio
Vcc (V) Icc (A) Pcc (W)

108 4,54 93

Fonte: Autor
Utilizando as equação (2), (3), (5) e (6), temos que:
𝑃𝑐𝑐
𝑅𝑐𝑐 = = 4,51Ω
𝐼𝑐𝑐 2
𝑉𝑐𝑐
𝑍𝑐𝑐 = = 23,79Ω
𝐼𝑐𝑐
𝑋𝑐𝑐 = √𝑍𝑐𝑐 2 − 𝑅𝑐𝑐 2 = 23,36
𝑅𝑐𝑐
𝑅1 = 𝑅2 = = 2,255Ω
2
𝑋𝑐𝑐
𝑋1 = 𝑋2 = = 11,68Ω
2
Com isso, calculamos os parâmetros de circuito equivalente do transformador
monofásico.
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Agora, iremos ensaiar em carga na configuração de Baixa Dispersão de


Fluxo. Foi medido sem carga, e com carga. Com carga, foram medidos os valores
dos dois lados do transformadores (wattímetro 1 no primário e wattímetro 2 no
secundário), e os dados podemos observar na Tabela 3, a seguir:
Tabela 3 – Valores para ensaio com carga em baixa dispersão de fluxo
Sem carga Com carga

- Wattímetro 1 Wattímetro 2

V(V) 220 220 208

I(A) 0,24 4,7 4,6

P(W) 21 1053 966

Fonte: Autor
Para que a corrente o secundário fosse a nominal, foi necessário colocar um
resistência de R=44,8 Ω. Então, desconectamos a carga para medir o V20=224V.
Para o cálculo de rendimento:
𝑃𝑠 966
𝑛= ∗ 100 = ∗ 100 = 91,74%
𝑃𝑒 1053
Utilizando os valores de impedância e voltagem no ensaio dos parâmetros do
transformados, achamos que 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,98
𝑉2 ∗ 𝐼2 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜑 937,664
𝑛= = = 89,16%
𝑉2 ∗ 𝐼2 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑃𝑜 + 𝑃𝑐𝑐 1051,66
Para o regulamento, temos que:
𝑉20 − 𝑉2𝑁
𝑅% = ‖ ‖ ∗ 100 = 7,69%
𝑉2𝑁
6. Conclusões
Nos ensaios propostos, podemos encontrar os parâmetros do circuito equivalente
de um transformador monofásico. Os valores da impedâncias que causa a perda
Joule e da perda de Fluxo foram de 2,255 Ω para a perda Joule e 11,68 Ω para a perda
do fluxo magnético. Também, ensaiamos o transformador com carga para encontrar
a eficiência e a regulação do transformador. Os valores foram de 91,74% para a
eficiência e de 7,69% para a regulação.

7. Questões Propostas
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Primeiramente, no ensaio com carga, não foi possível utilizar a transformação de


110V/220V pois a corrente nominal indicado na placa do transformador para 110V é
de 9,1A, e olhando a máxima corrente no Variac, verificamos que era de 6,3V. Para
uma tensão de 220V com tensão nominal de 4,55V não tivemos problema quanto ao
Variac. E quanto as vantagens de se usar o ensaio a vazio do lado da baixa tensão e
o ensaio de curto-circuito no lado de alta tensão é devido as considerações que
podemos tomar. No ensaio a vazio com baixa tensão, a corrente era muito baixa,
podendo assim, desprezar as perdas nas bobinas e calcular os valores no núcleo. Já
para o ensaio de curto circuito em alta tensão, por a corrente sem alta, podemos
desconsiderar as perdas no núcleo e analisar só a bobina.
Figura 4- Circuito Equivalente

Fonte: Autor
8. Referências Bibliográficas
[1]: Roteiro fornecido pelo professor na aula de laboratório, no dia 9/04/2018
InfoEscola – Navegando e Aprendendo - Transformadores. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/eletricidade/transformadores>. Acesso em: 13 abril.
2018.
Transformadores Monofásicos FEEC – Unicamp Disponível em:
<http://www.dt.fee.unicamp.br/~akebo/et016/Transformadores_Monofasicos-1.pdf>.
Acesso em: 14 abril 2018.

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