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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

UBERLÂNDIA
Faculdade de Engenharia Mecânica - FEMEC
Curso de Graduação em Engenharia Mecatrônica
FEMEC42062 – Elementos de Construção Mecânica
Prof Elias B Teodoro

Terceira Lista – Sistemas de Engrenagens


Planetárias, Sistema de Transmissão e Embreagem

Uberlândia
2017
SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3

2 - OBJETIVO .......................................................................................................... 33

3 - SISTEMA DE TRANSMISSÃO............................................................................ 33

4 - CONCLUSÃO .................................................................................................... 166

5 - BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 177

6 - ANEXO .............................................................................................................. 178


1 - Introdução
Dos muitos desafios da Engenharia atual têm sido desenvolver sistemas de
transmissão de potência que tenham melhor rendimento e consequentemente menos
perdas, sejam elas por atrito, deformação, calor, ajustes ou desgaste. Para tal, análises de
sistemas já existentes se fazem necessários, visto que já foram concebidos dezenas de
modelos de sistemas para transmissão com inúmeras vantagens, porém com algumas
deficiências no critério eficiência.
Neste trabalho, será feita uma breve abordagem sobre o modelo de transmissão por
engrenagens planetárias, exemplificando seu funcionamento, aplicações e melhorias
utilizando.

2 - Objetivo
O objetivo neste trabalho é aprofundar nossos conhecimentos na área de Engenharia
Mecatrônica focando principalmente na abrangente área de engrenagens e estudando mais
a fundo o funcionamento e aplicação prática das engrenagens planetárias, do sistema de
transmissão envolvendo cambio e embreagem.

3 - Sistema de Transmissão

A transmissão comunica às rodas a potência do motor transformada em energia


mecânica. Num automóvel convencional, com motor dianteiro, a transmissão tem início no
volante do motor e prolonga-se através da embreagem, da caixa de câmbio, do eixo de
transmissão e do diferencial até as rodas de trás. Os automóveis com motor à frente e com
tração dianteira ou com o motor atrás e tração nas rodas de trás dispensam o eixo transmissão
sendo, neste caso, o movimento transmitido por meio de eixos curtos. A embreagem, que se
situa entre o volante do motor e a caixa de câmbio, permite desligar a energia motriz da parte
da parte restante da transmissão para libertar esta do torque quando as mudanças são
engrenadas ou mudadas.
Basicamente, é constituído pelos seguintes elementos (Fig. 2):
Embreagem

Instalada entre o motor e a caixa de mudanças, a embreagem é um conjunto de peças


que se articulam entre si, com a finalidade de acoplar e desacoplar o motor, do restante do
sistema de transmissão (Fig. 3).
Disco de embreagem

É um disco de aço, revestido, nos dois lados, por faixas de lona especial, chamadas
"guarnições de atrito", por meio das quais, se processa o acoplamento da embreagem. Na parte
central, há ranhuras que se encaixam na árvore primária, da caixa de mudanças. As superfícies
das guarnições devem oferecer alto coeficiente de atrito. Por essa razão, são fabricadas à base
de amianto misturado com ligas de cobre e alumínio.
É uma peça fabricada com ferro fundido e chapas de aço. Sua finalidade é manter o
disco de embreagem em contato com o volante do motor. Os tipos mais utilizados são: platô de
molas helicoidais e platô de mola tipo diafragma. O platô de molas helicoidais utiliza a tensão
das molas para pressionar o disco entre sua superfície de trabalho e a do volante. A sua
característica básica é possuir molas helicoidais.

Caixa de mudanças

E um conjunto de elementos que faz variar, convenientemente, a relação entre o numero


de rotações do motor e o número de giros da s rodas motrizes do veículo (Fig. 4).
Transmissão articulada

Transmite o movimento de rotação da árvore secundária, da caixa de mudanças, ao


diferenciai, permitindo a variação de ângulo e de comprimento da transmissão, através das
juntas universais e elásticas (Fig. 5).

Diferencial

É um conjunto de engrenagens de aço, que se combinam, entre si, para permitir


rotações diferentes das rodas motrizes do veiculo, quando esse se desloca nas curvas (Fig. 6).

Semi-árvore

Transmite o movimento de rotação, do diferencial às rodas motrizes, do veiculo (Fig.


7)
Funcionamento - Quando o pedal de embreagem está livre, sem ser acionada pelo
motorista, a embreagem faz a conexão do motor com a caixa de mudanças. Ao contrário,
quando o pedal de embreagem é acionado, a embreagem acopla o motor com a caixa de
mudanças. Desse modo, quando o motor está em movimento, as engrenagens de uma marcha,
para serem engatadas, é necessário que a caixa de mudanças esteja desacoplada do motor.
Depois de engrenada a marcha, a embreagem acopla lentamente a caixa de mudanças ao
motor, sem causar trancos. Assim, a caixa de mudanças recebe o movimento de rotação do
motor e, na relação de velocidade que corresponde à marcha engrenada, transmite-o, por meio
da transmissão articulada, ao diferencial que, por sua vez, transmite-o às semi-árvores e suas
respectivas rodas. A seqüência de transmissão do movimento de rotação do motor obedece,
portanto, à seguinte ordem: motor, embreagem, caixa de mudanças, transmissão articulada,
diferencial, semi-árvores e rodas motrizes.
Os sistemas de transmissão mais comuns são: mecânica convencional, mecânica
compacta e automática.

Mecânica Convencional

Nesse sistema (Fig. 8), a embreagem e a caixa de mudanças, para transmitirem os


movimentos de rotação do motor, às rodas motrizes, são operadas pelo motorista, por meio de
comandos que conjugam o acionamento das duas.

No sistema mecânico, convencional, a transmissão dos movimentos de rotação do


motor tem inicio na embreagem, e continuidade através da caixa de mudanças, da transmissão
articulada, do diferencial e das semi-árvores, até às rodas motrizes.

Mecânica compacta
Nesse sistema (Fig. 10). a embreagem e a caixa de mudanças, para transmitirem os
movimentos de rotação do motor, às rodas motrizes, também são operadas pelo motorista, por
meio de comandos que conjugam o acionamento das duas.

Transmissão mecânica compacta. A transmissão dos movimentos de rotação do motor,


quando instalados na dianteira ou na traseira do veiculo, dispensa a utilização da transmissão
articulada, sendo, neste caso, transmitidos os movimentos por meio de árvores curtas.

Automática

Nesse sistema, a embreagem e a caixa de mudanças realizam automaticamente suas


funções, sempre que se fizerem necessárias. (Fig. 12). O sistema de transmissão automática, de
acordo com a velocidade do veículo e o numero de rotações do motor, seleciona as marchas
compatíveis ao deslocamento do veículo. Nesse sistema, o conversor de torque, substitui a
embreagem. A caixa de mudanças é comandada por pressões hidráulicas. Além desse tipo de
transmissão automática hidráulica, que é a mais usada, há outros pouco usados, que são:
transmissão automática eletromagnética, por correias e hidrostática. Automatizada Uma nova
alternativa em termos de caixa é a automatização (robotização) de caixas mecânicas, trata-se de
um sistema que possui um gerenciamento eletrônico da embreagem, permitindo que se faça
mudanças de marcha no cambio sem acionamento de um pedal.
Árvore de transmissão (homocinética)

A árvore de transmissão é uma barra de aço, cilíndrica, com as extremidades


articuladas por meio de juntas homocinéticas. É também conhecida como "semi-árvore". A
árvore de transmissão transmite os movimentos do conjunto "motor-caixa de mudanças", às
rodas motrizes do veiculo.
Há dois tipos mais generalizados de árvore de transmissão homocinética.

Figura 14. Tipos de árvores de transmissão homocinética.

União homocinética Birfield A união Birfield, que permite velocidades sem flutuações
nos eixos primários e secundários, numa vasta gama de ângulos, pode ser apresentada como
um dos mais bem sucedidos modelos de uniões homocinéticas. Um dos eixos apresenta, numa
das extremidades, uma esfera oca (alojamento esférico) onde existem seis ranhuras alinhadas
com o seu eixo. O outro eixo está unido por estrias a outra esfera com ranhuras semelhantes e
que se aloja no interior da esfera oca.
Entre estas duas peças encontra-se uma aranha de aço contendo seis esferas, também
de aço, que encaixam em ambos os conjuntos de ranhuras. O movimento é transmitido de um
para outro eixo pôr intermédio das esferas. Quando os eixos saem do alinhamento devido ao
movimento da direção ou da suspensão, as esferas deslocam-se nas ranhuras.

Caixa de mudanças
A caixa de mudanças, também conhecida como "caixa de câmbio", é um conjunto
formado por uma carcaça de alumínio fundido ou ferro fundido e por engrenagens de aço,
montadas em eixos, que se combinam entre si, quando acionadas por uma alavanca externa,
com a finalidade de fazer variar, convenientemente, a relação entre o número de giros das
rodas motrizes do veiculo (Fig. 15).

Figura 15. Caixa de mudanças.


Dependendo da marca do veículo, a caixa de mudanças pode ser instalada na parte
dianteira, ou na central, ou na traseira do veículo, em posição longitudinal, ou ainda, em
posição transversal. As combinações que as engrenagens da caixa de mudanças formam, são
em numero de três, quatro ou mais, dependendo da marca e tipo de veículo, além da
combinação que permite a inversão de marcha, conhecida como marcha-à-ré. As outras
combinações são chamadas de: primeira, segunda, terceira, quarta, etc. A velocidade máxima
de um automóvel depende da potência máxima do seu motor, desenvolvendo-se, está próximo
do número máximo de rotações do motor.

Diferencial

O diferencial é um conjunto de engrenagens, de aço, que se combinam entre si, em movimentos


rotativos, a fim de permitir que as rodas motrizes dos veículos desenvolvam rotações diferentes,
uma da outra, quando o veículo se desloca em curvas, garantindo, assim, a sua estabilidade.
Figura 16.Componentes de um diferencial

A caixa do diferencial é instalada na carcaça do diferencial. Nelas estão alojadas as engrenagens


satélites e planetárias, e afixada na coroa. Girando, portanto, junto com a coroa, permite o
movimento das engrenagens satélites e planetárias, para compensar a diferença de velocidade
entre as rodas motrizes

Figura 17. Deslocamento em linha reta e em uma curva


No entanto, quando o veículo se desloca em linha reta, as semi-árvores, a coroa, as
planetárias, as satélites e a caixa do diferencial, formam um só corpo, isto é, atuam como se
fossem um só eixo, logicamente, girando numa velocidade única. Isso acontece, porque as
engrenagens satélites, neste caso, não se deslocam e passam a funcionar como trava entre as
engrenagens planetárias.

Figura 18. Diferencial

O tipo de diferencial mais usado é o de "pinhão e coroa". Dependendo da posição de


engrenamento do pinhão com a coroa, é chamado de hipoidal, (mais usado), ou he1icoidal.

Hipoidal

É assim chamado, quando, no engrenamento, a linha de centro do pinhão não coincide com a
linha de centro da coroa.
Figura 19. Diferencial Hipoidal

Helicoidal

É assim chamado, quando, no engrenamento, a linha de centro do pinhão coincide com a linha
de centro da coroa

Figura 20. Diferencial Helicoidal

Figura 21. Parafuso sem-fim e coroa

Grupo planetário GP

O conjunto planetário pode ser utilizado em caixas de mudanças com a finalidade de realizar
reduções. A relação de redução de um conjunto planetário quando a engrenagem solar for
motora, é:
Figura 22. Grupo de Planetária - GP

Com o Grupo Planetário consegue-se um maior número de marchas, duplica as marchas da


caixa de mudanças de quatro marchas, de tal modo que se obtenha um total de oito marchas à
frente, sem contudo aumentar proporcionalmente suas dimensões.
4 - Conclusão

Vimos que engrenagens planetárias são elementos mecânicos formados pela engrenagem
solar (central), engrenagens satélites que giram em torno dela (planetárias), engrenagem anelar
onde os planetários se engrenam e um eixo de suporte. Seu objetivo é atuar como caixa de
redução, transformando a alta velocidade do motor em um alto torque para a operação da
máquina. As engrenagens planetárias, também são usadas em automóveis, onde as relações de
transmissão são precisas com um torque suave. Na comparação com outras engrenagens elas
possuem algumas vantagens, dentre elas, podemos citar que são mais compactas, leves, permitem
altas reduções de velocidade, etc.
5 - Bibliografia

CUNHA, Lauro Salles. Manual Prático do Mecânico. Edição 7. Editora HEMUS, 1972

Mercedes benzs, Caixa de transmissão ZF, apostila eletrônica, 2002

https://educacaoautomotiva.com/2015/10/29/como-funciona-o-diferencial/ - Acessado em
15/12/2017

http://www.fahor.com.br/publicacoes/TFC/EngMec/2012/Ronan_Toledo_Chiodelli.pdf -
Acessado em 15/12/2017

http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2015/12/diferencial-e-arvores-de-transmissao-
automotivos/ - Acessado em 15/12/2017
6 – Anexos
Vídeos do Youtube referente ao funcionamento de engrenagens planetárias.
https://youtu.be/4WhJqtnFqx0 - Como funciona o Diferencial (legendado) – Acessado em
16/12/2017
Um video tutorial de fácil entendimento feito nos anos 30 pela Chevrolet americana explica como
funciona essa importante peça que todos os carros têm.

https://youtu.be/gIGvhvOhLHU - How a Differential Works and Types of Differentials -


Acessado em 16/12/2017
Vídeo que criado para a Toyota em 2007. Isso foi produzido em um orçamento, mas seu
objetivo é explicar como um diferencial funciona e tipos de diferenciais.

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