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gabi_bc@hotmail.com
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Abstract
The condensate formed in steam lines needs to be constantly drained to avoid damage to the
pipes in which they flow and increase the efficiency of the processes and for this purpose, steam
traps are used. On the other hand, in the case of gaseous effluents, which can form a flammable
atmosphere and cause explosions, inertization is used in order to prevent accidents in the
industry.
Resumo
O condensado formado nas linhas de vapor precisa ser constantemente drenado para evitar
danos às tubulações nas quais escoam e aumentar a eficiência dos processos e para tanto,
utiliza-se purgadores de vapor. Por outro lado, no caso de efluentes gasosos, que podem formar
uma atmosfera inflamável e causar explosões, é utilizada a inertização, a fim de prevenir
acidentes na indústria.
1 INTRODUÇÂO
As tubulações de vapor necessitam ainda serem drenadas para a retirada de ar e outros gases
incondesáveis presentes em seu interior. Essa descarga, tanto de condensado, ar, vapor ou
gases são geralmente feitas por equipamentos chamados purgadores de vapor, que devido a
sua grande utilização industrial, necessitam ter seus detalhes de instalação, manutenção e
segurança bem compreendidos pelos profissionais da área.
2 METODOLOGIA
3 INERTIZAÇÃO
3.1. Gás inerte
O principal objetivo do procedimento é diminuir o oxigênio do meio, reduzindo a sua concentração
ao substituí-lo por gases como nitrogênio, dióxido de carbono, vapor d’água, gás de combustão,
hélio e argônio. Nem todos os gases são inertes, no entanto, podem ser utilizados em sistemas
industriais (BENAZZOLI, 2015).
O nitrogênio é um dos gases mais utilizados para a inertização, pois além de não reagir com
diversos compostos, possui um perfil ambientalmente correto. Sua eficiência para deslocar o
oxigênio de tubulações, vasos, tanques, reatores e outros equipamentos é comprovada.
A escolha do gás utilizado é muito particular e deve ser avaliada a partir das características do
ambiente, material e demais compostos presentes. A Tabela 1 mostra as principais vantagens e
desvantagens do uso de alguns gases inertes.
Vapor Pode ser gerado por processos Pode não estar disponível durante as
d'água tecnológicos no sistema. fases de partida e parada da planta. O
vapor de água é incompatível com muitas
poeiras combustíveis. A condensação
pode desativar o processo de
neutralização.
A escolha do gás inerte deve ser realizada considerando alguns fatores, incluindo: Eficácia do
gás inerte, possibilidade de armazenamento, capacidade de fornecimento, custo do gás,
condições do processo, riscos relacionados à segurança dos trabalhadores.
3.2. Técnicas de inertização
Há diferentes maneiras de inertizar um sistema ou equipamento. A escolha da técnica a ser
utilizada é avaliada com base nos recursos disponíveis e melhor adequação ao processo. Entre
as opções disponíveis, é válido citar as mais comuns:
• PURGA - É definida pela NR33 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde nos
Trabalhos em Espaços Confinados como “método de limpeza que torna a atmosfera interior do
espaço confinado isenta de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de
ventilação ou lavagem com água ou gases/vapor”. Geralmente se refere ao processo de alterar
a concentração de gás dentro de um vaso ou processo, geralmente com um gás inerte (para
diminuir a concentração de oxigênio) ou um gás combustível (para aumentar a concentração de
combustível).
• BLANKETING - É a técnica de manter continuamente uma atmosfera que é inerte ou rica
em combustível no espaço de vapor de um recipiente ou vaso. Um gás inerte é admitido em um
aparelho ou tubulação, a fim de deslocar um gás de processo a partir dele. A operação é
monitorada através da vazão e da pressão da corrente de gás inerte e/ou do nível de oxigênio
no gás que sai do equipamento (BENAZZOLI, 2015).
• SPARGING - Significa passar gás finamente disperso através de um líquido na forma de
bolhas, a fim de melhorar a mistura e aumentar a área da superfície para a transferência de
massa gás-líquido. A técnica encontra uso em reações químicas e biológicas e também na
decapagem. Vasos e equipamentos de processo de purga e manta (Blanketing) são duas
práticas comuns, porém distintas, para controlar a concentração de oxigênio (BENAZZOLI,
2015).
Nesse método, o equipamento é preenchido com líquido e em seguida, o gás inerte é introduzido
no espaço gasoso, que irá substituir o líquido à medida que este é drenado. O volume de gás
necessário é equivalente ao volume do vaso e a taxa de aplicação é definida para corresponder
à taxa de drenagem.
3.4.2. Por pressão
Esse método é mais comumente aplicado em equipamentos que suportam pressões mais altas.
Ele consiste na injeção de gás inerte pressurizado no recipiente e, após a difusão entre os gases,
na despressurização do recipiente para a atmosfera. Mais de um ciclo de purga pode ser
necessário para reduzir o teor de oxidante até a porcentagem desejada.
Esse método é utilizado apenas em vasos capazes de suportar pressões negativas. Sua
aplicação envolve a alimentação de gás inerte durante o esvaziamento de um equipamento que
opera a pressões reduzida, aumentando assim a sua pressão. Pode ser necessário realizar
outros ciclos de purga, evacuando o equipamento e repetindo o procedimento.
O método de purga por varredura consiste em introduzir o gás de purga por uma abertura
simultaneamente à liberação por outra abertura do conteúdo confinado, “varrendo” assim os
componentes indesejados. Esse procedimento é fortemente afetado pelo arranjo físico dos
equipamentos, variando muito a quantidade de gás inerte necessário. Uma tubulação pode ser
efetivamente purgada pelo seu volume equivalente em gás, porém, na prática, é necessário
muitas vezes essa quantidade. No caso de sistemas muito complexos, recomenda-se o uso de
outros métodos em vez da purga por varredura.
Algumas observações:
• A quantidade total de gás necessário pode ser menor que para os vários ciclos de uma
purga por pressão.
• Quatro a cinco volumes são o suficiente para deslocar a mistura original quase
totalmente.
Estão inclusas nessa classificação as purgas por sifão, vácuo, pressão e expulsão para
atmosfera.
Nesse sistema, o gás inerte é inserido de forma contínua e com taxa constante no equipamento,
garantindo sua inertização e sua consequente proteção, no entanto, independente da sua
demanda. Simultaneamente há a liberação do gás de purga juntamente com outros gases e
poeiras que foram arrastados de dentro do equipamento.
Vantagens:
Desvantagens:
Nessa configuração, o fornecimento de gás inerte é feito com uma taxa variável de acordo com
sua demanda, de forma a manter um nível de pressão selecionado arbitrariamente.
Vantagens:
• Menor gasto de gás inerte, já que sua alimentação é feita de acordo com a necessidade.
Desvantagens:
• Maior custo com equipamentos mais sofisticados, como reguladores de pressão, e sua
consequente manutenção;
• Dependência das válvulas de controle de pressão para uma operação satisfatória.
Alguns fatores estão envolvidos na decisão do método de inertização mais adequado para a
situação, entre eles:
Quando o método de purga a vácuo é aplicado, são considerados três estados para o sistema
sendo trabalhado. Abaixo, na Figura 2, está ilustrado um exemplo.
Figura 2 - Esquema dos estados de um sistema durante o procedimento de purga a
vácuo.
Sendo:
PL = pressão de vácuo;
V = volume;
T = temperatura.
1) Estado inicial - 1;
2) Despressurização - 2;
3) Pressurização – P;
4) Estado final – 3.
𝑃 𝑃𝐿
𝑥𝑖 3 = 𝑥𝑖 1 ( 𝐿 ) + 𝑥𝑖 𝑃 (1 − ) Equação 1
𝑃𝐻 𝑃𝐻
(𝑃𝐻 −𝑃𝐿 )𝑉
𝑛𝑃 = Equação 2
𝑅𝑇
E o número de ciclos necessários para atingir uma concentração desejada é definido como:
𝑥𝑖
𝐽
𝑙𝑛( )
𝑥𝑖 0
𝐽= 𝑃 Equação 3
𝑙𝑛( 𝐿 )
𝑃𝐻
3.5.1. Exemplo
Ao final do procedimento, a concentração final de oxigênio, definida pela Equação 1, será igual
a:
𝑃𝐿 𝑃𝐿 600𝑚𝑚𝐻𝑔 600𝑚𝑚𝐻𝑔
𝑥𝑖 3 = 𝑥𝑖 1 ( ) + 𝑥𝑖 𝑃 (1 − ) = 0,21 ( ) + 0,02 (1 − ) = 0,170
𝑃𝐻 𝑃𝐻 760𝑚𝑚𝐻𝑔 760𝑚𝑚𝐻𝑔
O volume na CNTP de gás de purga necessário é calculado através da Equação 2, como segue:
(𝑃𝐻 − 𝑃𝐿 )𝑉
𝑛𝑃 =
𝑅𝑇
𝑥𝑖
𝑙𝑛 ( 𝐽 ) 0,06
𝑥𝑖 0 𝑙𝑛 ( )
0,21
𝐽= = = 5,3
𝑃 600 𝑚𝑚𝐻𝑔
𝑙𝑛 ( 𝐿 ) 𝑙𝑛 ( )
𝑃𝐻 760 𝑚𝑚𝐻𝑔
Serão necessários seis ciclos para inertizar adequadamente o vaso de processo.
A ANSI, American National Standards Institute, define ainda purgador de vapor como uma válvula
autônoma utilizada para drenagem automática de condensado que, ao mesmo tempo, é vedada
para passagem de vapor vivo ou permita fluxo de vapor à uma taxa controlada estabelecida,
possibilitando também a passagem de gases não condensáveis.
A depender do caso de emprego do purgador, a instalação do mesmo deve ser feita de modos
diferentes. No entanto, para qualquer caso, a descarga dos purgadores pode ser feita de modo
direto na atmosfera, a chamada descarga livre, ou direcionada para uma linha de condensado,
a chamada descarga fechada (RIBEIRO, 2015).
Além disso, a instalação dos purgadores deve ser feita abaixo da geratriz inferior da linha a ser
drenada, filtros devem ser colocados imediatamente antes dos purgadores, as tubulações de
entrada e saída dos purgadores devem possuir o menor comprimento possível e a instalação
dos mesmos deve ser feita em locais de fácil acesso para manutenções e inspeções (SANTINI;
MONTEBELLO; CESARIN, 2017).
Em relação as descargas, nos casos em que a descarga é livre, deve-se utilizar válvulas de
bloqueio antes do purgador, bem como válvulas de dreno, e garantir que o jato de condensado
a altas temperaturas não atinja pessoas ou equipamentos. Já para descargas fechadas, válvulas
de bloqueio devem ser instaladas antes e depois dos purgadores. Além disso, a linha de retorno
do condensado deve estar situada preferencialmente abaixo do purgador, de modo que o
condensado escoe por ação da gravidade. Quando o escoamento por gravidade não for possível,
deve-se instalar uma válvula de retenção junto à linha de retorno (RIBEIRO, 2015).
Os purgadores de boia são purgadores mecânicos formados por uma entrada de vapor, uma
saída de condensado e uma boia utilizada para vedar o orifício de descarga do purgador. Nos
momentos em que o purgador se encontra cheio de condensado, a boia flutua e o purgador se
abre, possibilitando assim a drenagem do líquido acumulado (SANTINI; MONTEBELLO;
CESARIN, 2017).
Os purgadores de panela invertida, ou de balde invertido, são purgadores mecânicos que podem
ser utilizados sob quaisquer condições de temperatura e pressão. Eles necessitam estar
escovados para funcionarem corretamente e permitem a liberação de ar ou vapor desde que a
saída de condensado não seja contínua. Esse tipo de purgador é formado por uma válvula,
entrada de vapor, saída de condensado e uma panela flutuante (RIBEIRO, 2015).
5. CONCLUSÃO
A inertização ajuda a proteger as pessoas, produtos e ativos da planta, reduzindo o conteúdo de
oxigênio no espaço de vapor de um tanque de armazenamento ou vaso de processo, tornando-
o inerte. Isso elimina a possibilidade de incêndio ou explosão, diminui a evaporação e protege o
tanque contra danos estruturais causados por ar e umidade. Também evita que o ar, a umidade
ou outros contaminantes entrem no espaço de vapor e causem a degradação do produto. Ela
impede produtos inflamáveis de entrar em contato com o oxigênio no ar, criando assim um
ambiente não inflamável que evita incêndios e explosões.
O procedimento de purga é a principal estratégia para evitar misturas explosivas dentro do
processo de contenção e os diagramas triangulares de inflamabilidade são úteis para determinar
se a mistura inflamável se formará durante uma operação.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao professor Herbert pela oportunidade, apoio e tempo dedicado a essa matéria.
E agradecemos aos engenheiros da Braskem pela ajuda na realização do trabalho.
REFERÊNCIAS
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University of Padova, 2015.
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