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TRATAMENTOS PRÉ GERMINATIVOS EM

SEMENTES DE MANJERICÃO (Ocimum basilicum L.)

João Gabriel Vinter Martini 106761


João Paulo Gonçalves 106770
Karina da Silva Marquito 106792
Luiz Felipe dos Santos Sanches Ribeiro 106765
Luís Gustavo Maçan 106784

BANDEIRANTES/PR
03/2018
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1. INTRODUÇÃO

O Manjericão (Ocimum basilicum L.) é uma planta da família Lamiaceae,


ereta, herbácea, anual ou perene dependendo da região. São subarbustos que
atingem de 30 a 50 centímetros de altura com folhas ovaladas de coloração verde e
aroma característico. (LORENZI; MATOS, 2002).

Esta planta é mundialmente conhecida e muito utilizada na culinária como


condimento, mas tem diversas outras utilidades. No Brasil a produção visa a venda
de folhas aromáticas e é feita por pequenos produtores (May et al., 2008). O
Manjericão é uma planta muito versátil, possuindo características aromáticas,
condimentares e medicinais, sendo incluída em um grupo de plantas alvo de muito
interesse nos últimos anos. (CORRÊA JUNIOR, 2013). A produção em grande escala
do manjericão é justificada pois, além do consumo in natura, ele tem grande
importância econômica na extração de óleos que são usados como aromatizantes na
indústria de alimentos e cosméticos (PEREIRA, 2011). Seu uso medicinal inclui alivio
da febre, dores, calafrios, inclusive controla nível de açúcares no sangue (LORENZI;
MATOS, 2002).

É notável que o maior tipo de produção e o mais comum do manjericão se


dá por venda de mudas, e alguns tratamentos poderiam melhorar o desenvolvimento
destas mudas a partir das sementes. Algumas literaturas sugerem o uso de KNO3
como tratamento para semente de manjericão (POPINIGIS, 1985) e (BRASIL, 2009)
mas também existem produtos comerciais como Celleron-Seeds® e Stimulate® que
serão testados como tratamento das sementes.

Um problema relacionado a germinação de manjericão é mencionado por


(AMARO et al., 2012) que diz que sementes de manjericão apresentam dormência,
esta surgiu com a evolução e funciona como uma proteção para garantir a
perpetuação da espécie, ela faz com que as sementes germinem quando um
combinado de fatores ambientais está favorável para a sobrevivência da plântula.
(AMARO et al., 2012). Isso pode fazer com que a germinação ocorra de forma
desuniforme, atrapalhando a produção. (POPINIGIS, 1985).
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Mesmo sendo uma planta tão conhecida e utilizada em todo o mundo existe
pouca pesquisa relacionada com a germinação de Ocimum basilicum e, como visto,
literaturas sugerem alternativas para a melhora da germinação, com isso o trabalho
objetiva-se em testar tratamentos químicos naturais e comerciais para analisar a
velocidade de germinação, porcentagem de germinação e vigor das sementes de
manjericão, analisando também qual tratamento será mais eficaz.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento será realizado no 1º semestre de 2018 no Laboratório de


Fisiologia Vegetal da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP campus
CLM localizado na cidade de Bandeirantes/PR latitude 23º06’27”S longitude
50º21’31”W com uma altitude de aproximadamente 450 metros, o clima é Subtropical
Cfb.

Serão utilizadas 100 sementes comerciais de Manjericão (Ocimum


basilicum L.) por parcela, esta será uma caixa tipo Gerbox. O delineamento será
inteiramente casualizado (DIC) com 4 tratamentos mais a testemunha (sem nenhum
tratamento pré-germinativo) e 5 repetições, totalizando o uso de 2500 sementes
distribuídas em 25 Gerbox. Os tratamentos testados serão T1 – testemunha, T2 –
giberelina, T3 – KNO3, T4 – Celleron®, T5 – Stimulate®.

Como descrito na RAS, as sementes serão colocadas sobre papel (SP) que
poderá ser o mata-borrão, papel toalha ou o papel de filtro, então cada parcela terá
seu papel umedecido com o tratamento sorteado, que seguirá concentrações
recomendadas pela fabricante ou professor orientador.

A avaliação será iniciada no 4º dia após o início do teste (esta data é


estimada e poderá variar entre 1-3 dias como diz a RAS) e encerrará no 14º dia. Serão
avaliados a porcentagem de germinação, velocidade de germinação e vigor de
plântulas.

Para análise estatística serão coletados os dados que serão submetidos à


análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott - Knott a 5% de
probabilidade.
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REFERÊNCIAS

AMARO, H.T.R.; ASSIS, M.O.; DAVID, A.M.S.S.; SILVEI RA, J.R.; SILVA NETA, I.C.;
MOTA, W.F. Superação de dormência em sementes de manjericão (Ocimum
basilicum L.). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.14, n.spe, p.218-223, 2012.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise
de sementes. Brasília: SNAD/DNDV/CLAV. 2009. 365p.

CORRÊA JUNIOR, Cirino; Scheffer, Marianne Christina. Boas Práticas Agrícolas


(BPA) de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares. Curitiba: Instituto
Emater, 2013. 52 p.: il., (Série Informação Técnica, n. 88).

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas.


Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.

MAY, A.; TANAKA, M.A.S.; SILVA, E.H.F.M.; PINHEIRO, M.Q. Ocorrência de


cercosporiose em Ocimum basilicum L. Centro de horticultura – Plantas
Aromáticas e Medicinais. 2008.

PEREIRA, RITA DE CASSIA ALVES; MOREIRA, ANA LUIZA MARTINS. Manjericão:


cultivo e utilização. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2011. 31 p
(Documentos Embrapa Agroindústria Tropical, ISSN 2179-8184, 136).

POPINIGIS, F. Fisiologia da semente. s.ed. Brasília, 2ª edição. 1985. 289p.

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